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UM TOQUE DE SAúDE 6 Pedalando, vai-se longe 4 5 Psicoterapia é aliada contra a síndrome do pânico EMOÇÕES E SAÚDE MAI14 3 Revista digital Consulta ao urologista mantém a próstata em forma

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Um toqUe de saúde

6Pedalando, vai-se longe

4 5Psicoterapia é aliada contra a síndrome do pânico

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Consulta ao urologista mantém a próstata em forma

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estilo de vida tem impacto na longevidade

verde qUe te qUero verdeO estilo de vida competitivo e obsessivo por resultados e a adoção de hábitos nocivos à saúde – como alimentação desequilibrada, sedentarismo, tabagismo, além do estresse e das agressões aos ritmos biológicos normais do corpo – são as principais causas de um aumento considerável na incidência de doenças. Os males crônicos que causam o maior número de mortes no mundo são os problemas cardiovasculares, o câncer e o diabetes. E eles são, em grande medida, passíveis de prevenção.

Tanto é verdade que estudo publicado na revista científica “Archives of Internal Medicine”, da Associação Médica Americana, mostrou que quatro hábitos adotados em conjunto respondem por uma redução de 80% no risco de desenvolvimento das doenças crônicas mais comuns. São eles: não fumar, manter o peso ideal, fazer exercícios regularmente e seguir uma dieta saudável.

E vale lembrar que os nossos hábitos dizem muito sobre quem somos, como costumamos trabalhar e sobre quais as expectativas que temos em relação ao mundo e às pessoas. Para que possamos ter sucesso em nossas atividades profissionais e pessoais, é preciso que identifiquemos nossos bons hábitos e os maus. Isso vale até para os nossos pensamentos. Ter uma atitude positiva faz diferença.

Para modificar maus hábitos, primeiro precisamos de um distanciamento para perceber quais são as nossas atitudes que nos prejudicam. Por exemplo, adiar nossos compromissos sem necessidade, não separar um tempo para realizar refeições e

Ser ou não ser vegetariano: eis a questão que intriga muitos interessados em adotar uma dieta (supostamente) mais saudável. Abrir mão de carne, leite, queijo, ovo e congêneres não é uma simples questão de paladar, já que envolve questões de saúde, para o bem e para o mal. Vegetais têm baixo teor calórico e apresentam quantidades reduzidas de gorduras e colesterol. Ou seja, são aliados importantes na prevenção de doenças cardiovasculares. Em contrapartida, os alimentos de origem animal são ricos em nutrientes – vitamina B12, cálcio, ferro, entre outros – que desempenham um papel importante no organismo. Decididamente, ser ou não ser vegetariano é uma questão complexa.

“As proteínas dos alimentos de origem animal são as maiores fontes de vitamina B12, que é imprescindível para o organismo”, observa a nutricionista Virginia Nascimento, da Clínica de Orientação Nutricional, ao destacar os pontos fracos de uma dieta vegetariana. “Mas a alimentação vegetariana também tem seu lado positivo. Ela facilita a digestão e a absorção dos nutrientes presentes nos legumes, nas frutas e nas verduras”.

Na opinião da nutricionista, dietas vegetarianas devem ser evitadas por crianças e idosos – ou, em casos extremos, somente incluindo ovos e leite, para garantir uma quantidade mínima de proteínas ao organismo. Virginia Nascimento lembra ainda que a carência dos nutrientes presentes nos alimentos de origem animal pode acarretar um quadro de anemia.

“Quem segue uma dieta vegetariana precisa estar atento para quadros de fraqueza e cansaço ou queda de cabelos. São sinais de que o corpo está carente de nutrientes essenciais”, explica.

Uma solução, na avaliação da especialista, é variar bem os vegetais da dieta. Ou adotar um cardápio ovolactovegetariano, que é menos radical:

Por Gilberto Ururahy, médico, diretor da Med-Rio Check-up e coautor de “O cérebro emocional – As emoções do estresse cotidiano” (editora Rocco)

acabar comendo apenas lanches prontos ou até mesmo ir dormir muito tarde; insistindo que temos de terminar alguma tarefa quando sabemos que não temos mais energia para isso. Esses são comportamentos habituais que afetam negativamente o sucesso de nossas atividades e deixam o corpo mais vulnerável a doenças graves. E, se você não consegue perceber hábitos ruins no seu cotidiano, peça para as pessoas mais próximas o ajudarem.

Toda mudança de hábito, como decidir fazer uma alimentação mais saudável e praticar atividade física regularmente, exige força de vontade e disciplina, mas vale a pena. Aproveite a leitura desta edição e adquira hábitos saudáveis.

foto da capa: Shutterstock

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“Na prática profissional, sugiro evitar a monotonia de alimentos, ou seja, a repetição de cardápios. Com isso, a pessoa consegue aproveitar uma variedade maior de nutrientes.”

Editorial Estilo de vida tem impacto na longevidade

Você é o que você come Verde que te quero verde

Pernas para que te quero Pedalar emagrece, melhora a saúde e traz bem-estar

Nervos à flor da pele Sem medo de viver

Prevenir é o melhor remédio Levar uma vida saudável é uma boa maneira de proteger a próstata

Tudo por um sonho Durma com um barulho destes

Eureka Caminhar diariamente melhora a qualidade de vida

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A revista digital Emoções e Saúde é uma realização da med-rio check-up.Edição e Reportagem: proa comunicação estratégica Projeto Gráfico e Editoração: design-se

você é o que você come

Dieta vegetariana emagrece, mas requer cuidados

CUidados Com as dietas veGetarianas

Os adeptos das dietas vegetarianas devem consultar nutricionista para evitar carências nutricionais, como, por exemplo, de:

• vitamina B12: Encontrada em alimentos de origem animal, é essencial às células vermelhas do sangue e ao sistema nervoso.

• vitamina d: Os vegetarianos que não consomem laticínios podem necessitar de suplementação dessa vitamina, essencial aos ossos.

• Zinco: As frutas e verduras não são boas fontes de zinco. Ele é essencial para várias reações químicas do organismo e o sistema de defesa.

• Ferro: O ferro das frutas, das verduras e dos grãos é mais difícil de ser aproveitado pelo organismo. Ele atua principalmente na fabricação das células vermelhas e no transporte do oxigênio.

• Proteínas: Um dos nutrientes mais importantes. São encontradas em maior quantidade em carnes, ovos, leite e derivados.

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pedalar emagrece, melhora a saúde e traz bem-estarPode parecer brincadeira de criança, mas andar de bicicleta é um ótimo exercício para manter o corpo e a mente saudáveis. Melhor ainda: a falta de um lugar adequado não é desculpa para excluir as magrelas das opções de atividade física. A bike indoor também ajuda a manter e a prevenir doenças crônicas, como obesidade e hipertensão, e a aliviar o estresse.

“Pedalar é um dos melhores exercícios aeróbicos. Combina força, coordenação motora e equilíbrio”, afirma o médico Claudio Gil Soares de Araújo, diretor da Clinimex — Clínica de Medicina do Exercício e professor do Programa de Pós-Graduação em Cardiologia da UFRJ.

O médico lembra que mesmo quem passou anos sem pedalar consegue voltar a andar de bicicleta facilmente. “Faz parte da nossa memória afetiva”, observa. Mas o especialista destaca que, para praticar o exercício, é preciso tomar uma série de cuidados:

“Mesmo nas ciclovias, o indivíduo tem que seguir regras de segurança: usar o equipamento adequado, em especial, o capacete; manter os pneus calibrados e os freios em dia; e respeitar as regras de trânsito.”

Começar a pedalar não exige um preparo anterior, e o risco de lesões é pequeno, principalmente se o equipamento estiver perfeitamente adequado ao usuário. No

ajuste do selim e do guidão, os braços e as pernas devem ficar ligeiramente flexionados. A coluna precisa estar reta, com o bumbum ligeiramente inclinado para trás. “Chamamos o ajuste de guidão e selim de bike fit. Se a perna e o tronco ficam na posição correta, dificilmente o exercício provocará alguma lesão”, diz Claudio Gil.

No caso das bicicletas de academia, esse ajuste deve ser feito com a ajuda de um professor. Na opinião do médico, pedalar estacionado é um ótimo exercício complementar. Se a atividade parecer entediante, o médico sugere as aulas de spinning. “São 40 ou 50 minutos pedalando, em grupo. Para quem não gosta de se exercitar sozinho, é uma ótima opção”.

De repente, as mãos tremem descontroladamente, o coração parece que vai disparar, e a sensação de falta de ar é angustiante. O mal-estar é incontrolável e, não raras vezes, vem acompanhado de vertigem ou tonturas. Crises da síndrome do pânico podem começar assim, mas a ciência já consegue controlar o problema e permitir ao indivíduo levar uma vida normal.

A síndrome é caracterizada por um sentimento de pânico ou pavor aparentemente sem causa objetiva, que dura de cinco a 20 minutos, segundo psiquiatras. Mas a crise pode ter como fator desencadeante alguma situação de estresse, por exemplo. Os ataques ocorrem a qualquer momento e lugar, sem aviso prévio. E o medo de ter outras crises leva a pessoa a evitar lugares onde sofreu o episódio.

Porém é possível prevenir o ataque com o acompanhamento do especialista e medidas simples. “Levar uma vida saudável, praticar exercícios, evitar o consumo excessivo de álcool e cafeína e dormir bem são alguns deles”, afirma o psiquiatra Ricardo Braga. “Ter uma vida familiar, amorosa, profissional e sexual estável também é importante”.

Braga explica que a síndrome é um transtorno de humor, caracterizado por uma série de sinais e sintomas psíquicos e somáticos (referentes ao corpo). E o “Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais” (DSM-IV) identifica 13 queixas associadas ao problema.

Os pacientes, em geral, relatam palpitações ou ritmo cardíaco acelerado, suor intenso, tremores, sensação de falta de ar ou de sufocamento, tontura, vertigem ou desmaio, náusea ou desconforto abdominal e alguns medos, como perder o controle, enlouquecer ou morrer.

“Há várias teorias para explicar o que pode causar a síndrome do pânico. Freud, por exemplo, ao explicar as neuroses atuais, afirmou que a ansiedade seria decorrente de uma interrupção da atividade sexual. Outras explicações psicanalíticas relacionam o problema com as teorias da repressão da sexualidade e a do recalque”, explica o psiquiatra.

Braga observa que há ainda abordagens cognitivo-comportamentais para a síndrome, que a consideram uma

pernas para que te quero nervos à flor da pele

sem medo de viverforma de “medo do medo”. Por exemplo, ao sentir as palpitações, o indivíduo pensaria estar prestes a ter um ataque cardíaco. E alguns estudos associam à síndrome a possibilidade de alterações no sistema de neurotransmissores cerebrais. O atual tratamento combina medicamentos e terapia.

“O médico receitará medicamentos benzodiazepínicos e antidepressivos, somados à psicoterapia e a técnicas cognitivo-comportamentais”, diz o psiquiatra.

Dados publicados nos Estados Unidos mostram que, em cada mil indivíduos, um a três sofrem do transtorno. No Brasil, a doença costuma se manifestar na faixa etária entre 20 a 45 anos e tem prevalência no sexo feminino. A síndrome é uma das principais causas de faltas e afastamento do trabalho e gastos com médicos e exames.

Associar psicoterapia e medicamentos é a melhor opção contra o transtorno do pânico

CUidados ao PeladarDicas do site http://vadebike.org/

• Na bicicleta, use luz branca na frente e vermelha atrás, para os motoristas saberem rapidamente se você está indo ou vindo. A luz deve ser sempre piscante.

• Use capacete adequado, joelheiras e luvas para sua maior proteção.

• Pedale na mão correta. Evite a contramão.

• Cuidado com as portas dos carros parados. Fique a uma distância suficiente para que uma porta se abrindo não o derrube.

• Respeite a sinalização e os pedestres. Nunca use as calçadas. Sinalize com a mão esquerda em 90º quando for virar à esquerda e com a mão direita quando for virar à direita. Quando for continuar em frente em um local onde muitos carros viram à direita, sinalize com a mão em 45º, pedindo para aguardar.

EMOÇÕES E SAÚDE 34 Revista digital da Med-Rio Check-upMAI14 5

LEVAR UMA VIDA SAUDáVEL é UMA BOA MANEIRA DE PROTEGER A PRóSTATA

Um toque pela saúde e contra o preconceito: doenças da próstata não são exclusividade de homens na terceira idade. Se o câncer e a hiperplasia da glândula (o crescimento benigno) têm maior incidência em pacientes acima dos 50 anos, as prostatites (inflamações causadas por infecções ou não) são comuns em indivíduos mais jovens. Portanto, quanto mais cedo o diagnóstico das doenças da próstata, melhor o resultado dos tratamentos.

A próstata é uma glândula do aparelho reprodutor masculino, do tamanho de uma castanha (15 a 20 gramas), localizada na parte inferior da bexiga e anterior ao reto, e envolve parte da uretra (o canal pelo qual a urina é eliminada). Uma de suas funções é fabricar o sêmen, o fluido que contém os espermatozoides. Em consultórios de urologistas, a prostatite é uma queixa frequente. A doença tem diferentes causas e se manifesta de forma aguda ou crônica. “Febre alta e súbita, dificuldade, dor ou ardência ao urinar e calafrios ou urina turva são sintomas que sugerem prostatite”.

Os pacientes também podem se queixar de micção frequente, urgência para urinar, dor na área entre o escroto e o períneo, dor ou desconforto no pênis e/ou nos testículos. “Um fator de risco são as relações sexuais sem uso de preservativos, em especial, as anais. A doença também pode aparecer sem causa aparente”, explica o urologista Fernando Vaz, membro da Academia Nacional de Medicina.

O diagnóstico e o tratamento precoces da prostatite podem evitar que a doença se torne crônica. O tratamento geralmente é com antibióticos. “Quando o tratamento é tardio, a prostatite tende a se repetir, pois os antibióticos não são bem absorvidos pela próstata, e a cura se torna mais difícil”, alerta

prevenir é o melhor remédio

Vaz. “Em alguns casos graves, indica-se a cirurgia para drenar abscessos”, comenta.

À medida que os homens envelhecem, a próstata aumenta e pode causar dificuldade de urinar, entre outros sintomas. “A hiperplasia benigna vem com a idade e afeta quase todos os homens com mais de 50 anos. Algumas das queixas mais comuns são modificações no modo e no ritmo da micção, sensação de que a bexiga não foi completamente esvaziada, dificuldade de fazer xixi ou vontade de urinar muito frequentemente”, acrescenta o urologista.

Os exames de rotina para diagnosticar o crescimento benigno da próstata incluem o toque retal, análise de sangue, diagnóstico por imagem e outros, dependendo da avaliação do médico. “Quando os remédios para retardar a progressão da doença não resolvem, indicamos a cirurgia, feita pela uretra, sem necessidade de cortes, com ótimos resultados.”

Já o câncer de próstata – o segundo mais comum entre homens no Brasil - costuma se desenvolver silenciosamente, alerta o médico. “Quando os sintomas surgem — como, por exemplo, urgência em urinar, dificuldade de urinar e se levantar várias vezes à noite para ir ao banheiro —, a doença piorou muito.” O diagnóstico precoce é feito por meio de exame anual ou a critério do médico e inclui toque retal e dosagem do PSA no sangue (o antígeno prostático específico, um indicador de alterações na próstata).

Para o tratamento do câncer de próstata, há diversas opções, como retirada total da glândula; aplicação de radioterapia externa ou com implante de material (“sementes”) radioativo; e medicamentos. “Já existe a opção de fazer a cirurgia com uso de robô, o que torna o procedimento mais seguro e confortável para médico e paciente. Porém ainda não pode ser indicada em todos os casos e, por enquanto, é um método caro. Em medicina, temos que usar o tratamento certo e não aplicar uma técnica porque é a mais moderna”, comenta Vaz.

De modo geral, o que faz mal ao coração faz mal à próstata, diz Vaz. Portanto, fazer uma dieta balanceada, praticar atividade física e evitar o estresse ajudam a manter a próstata saudável.

Diagnóstico precoce de doenças da glândula melhora a resposta aos tratamentos

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tudo por um sonho

caminhar DIARIAMENTE MELHORA A QUALIDADE DE VIDA

eureka!

Um novo estudo confirma que o hábito de caminhar diariamente ajuda as pessoas acima de 60 anos a se manterem mais independentes e melhora a qualidade de vida, segundo pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. A mobilidade reduzida é um fator de risco para doenças graves, comenta o médico Thomas Gill, um dos autores da pesquisa, publicada na revista da “Associação Médica Americana”.

Os autores acompanharam 1.600 adultos sedentários, de 70 a 89 anos, que apresentavam risco de perda de mobilidade, ou seja, a capacidade de caminhar sem ajuda. Eles foram divididos em dois grupos. Um deles caminhou 20 minutos diariamente, e o outro recebeu apenas material educativo sobre envelhecimento saudável. Depois de dois anos, os adultos que fizeram parte do grupo de caminhada apresentavam um risco 18% mais baixo de sofrer perda importante de mobilidade.

E outro estudo divulgado na revista da Associação Americana do Coração diz que vale a pena caminhar mesmo dentro de casa. Os autores acompanharam 168 pacientes de doença arterial periférica, um estreitamento das artérias que pode causar dor nos membros inferiores e levar a pessoa a ter dificuldades de andar, além de outros problemas de saúde. A turma que caminhou cinco dias por semana, até 50 minutos, fazendo intervalos para descanso, melhorou a distância percorrida, segundo a médica Mary McGrae McDermott, professora da Universidade de Northwestern, em Chicago. “Ter dificuldade de andar não faz parte do processo natural do envelhecimento. As pessoas que sentem dor, fraqueza, formigamento nas pernas e qualquer problema para caminhar devem consultar seus médicos”, alerta a médica.

dUrma com Um barUlho destesRonco pode ser sinal de problema grave de saúde

Estudos comprovam que seis em cada dez pessoas roncam eventualmente, e quatro dessas são roncadoras habituais. Além do incômodo para quem está no travesseiro ao lado, o ronco é um sinal de alerta de que a respiração durante o repouso não está correta. O problema é mais frequente em homens e em pessoas que estão acima do peso.

“O ronco é um sinal sonoro, que pode ser perturbador, e ocorre quando as estruturas da garganta vibram. Essa vibração é o primeiro indicativo de que a respiração durante o sono está instável”, diz Flávio Magalhães, diretor médico do Sleep Laboratório do Sono.

As causas do ronco podem ser variadas: aumento das estruturas da garganta (amígdalas, adenoides, úvula), obstrução nasal e desvio de septo, e, no caso dos indivíduos obesos, a redução do calibre da faringe. Magalhães lembra que o ronco pode ser um

sintoma de um problema mais grave, a apneia do sono, mal que atinge 32% da população. Esse problema produz interrupções breves e repetidas da respiração ao dormir. E isso pode trazer sérias consequências, como fadiga; irritação; doenças cardiovasculares, como infarto e pressão alta; falhas de memória; depressão; e disfunção erétil. Nem sempre quem sofre de apneia percebe que o seu sono foi interrompido, mas há casos em que a pessoa acorda no meio da noite sobressaltada, engasgada e com falta de ar.

Segundo o diretor médico do Sleep, o problema não apenas tem tratamento como pode ser evitado. A prevenção inclui manter um Índice de Massa Corpórea abaixo de 25,

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não fumar, não consumir bebida alcoólica até quatro horas antes de dormir e praticar exercícios físicos regularmente.

“Se essas medidas não controlarem o ronco, um especialista em medicina do sono deve ser consultado. Ele fará a avaliação clínica e indicará o tratamento adequado”, explica o médico.

Magalhães acrescenta que, dependendo da causa, o ronco tem solução definitiva. No caso de uma obstrução nasal, por exemplo, ela pode ser tratada. A retirada cirúrgica de amígdalas e adenoides, especialmente em crianças, também pode eliminar o ronco. Já nos pacientes com apneia obstrutiva, o uso durante o sono de máscara nasal chamada CPAP (sigla em inglês de “pressão positiva contínua nas vias aéreas”) aumenta o fluxo de ar e melhora a respiração. “A máscara nasal mantém a via aérea desobstruída”, explica Magalhães.

diCas Para redUZir o ronCo• Estabeleça um horário certo

para dormir.

• Prefira dormir deitado de lado (e não de costas).

• Não coma alimentos pesados por pelo menos três horas antes de ir para a cama.

• Procure se manter no seu peso adequado e leve uma vida saudável.

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