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UM LUGAR PARA UM LUGAR PARA UM LUGAR PARA UM LUGAR PARA DIZER ADEUS DIZER ADEUS DIZER ADEUS DIZER ADEUS EDER FERREIRA

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UM LUGAR PARA UM LUGAR PARA UM LUGAR PARA UM LUGAR PARA

DIZER ADEUSDIZER ADEUSDIZER ADEUSDIZER ADEUS

EDER FERREIRA

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Eder Ferreira

UM LUGAR PARA UM LUGAR PARA UM LUGAR PARA UM LUGAR PARA

DIZER ADEUSDIZER ADEUSDIZER ADEUSDIZER ADEUS

1º Edição

Siqueira Campos - PR Outubro de 2011

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Edição, diagramação e capa: Eder Ferreira

Revisão: Eder Ferreira e Samara de Oliveira

Ferreira, Eder Um lugar para dizer adeus: Eder Ferreira; Siqueira Campos – 2011

1. Literatura. 2. Literatura nacional. 3. Poesias

Eder Ferreira. 2011. Todos os direitos reservados

Contato: [email protected]

Atenção: todos os textos publicados neste livro são de autoria de Eder Ferreira. As únicas exceções são o prefácio e os poemas Imperfeitos

versos, Inquietação, Insensível, Brilho solitário e Lembranças que foram escritos em co-autoria. Todos esses textos estão devidamente creditados.

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ApresentaçãoApresentaçãoApresentaçãoApresentação

Amor. Sentimento humano, único, útil, que une

duas almas em um só enlace, arrepiando a pele fria, que logo se aquece, por um beijo acalorado.

Saudade. A ausência do ser amado, que, na distância, cria uma tristeza, misturada com alegria, pela esperança da volta de quem se ama.

Solidão. A falta ou abandono, de quem se esperava tanto amor. Ou, ainda, o ódio pelo desamor, pela indiferença e pelo vazio deixado depois da partida.

Amor, saudade, solidão. Três palavras diferentes, mas que se tornam uma só no coração de um ser apaixonado.

Esse livro é mais que uma coletânea poética. É, na verdade, uma história de amor, mas sem personagens ou enredo.

Primeiro, a descoberta e a alegria, de se estar amando. Depois, a angústia lancinante pela ausência de quem se ama. E, enfim, a solidão e a revolta de uma alma sem o amor prometido.

Uma história que pode ser minha, sua, ou de qualquer pessoa. Uma história que só pode acabar em um lugar tão distante quanto as últimas lembranças do amor que já se foi. Um lugar para apagar todas as promessas feitas. Um lugar para esquecer. Um lugar para dizer adeus.

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PrefácioPrefácioPrefácioPrefácio

Eu vi aquela lágrima escapar dos olhos e deslizar silente pela face do apaixonado. Ele chegava ao cais e queria encontrar uma resposta na linha azul do horizonte, que costuma engolir embarcações e vomitar ora tristeza ora esperança. Eu vi a tal lágrima suave perder-se no mar, e ouvi os aplausos das estrelas entre comentários invejosos. Vi, dou fé que vi, mas preciso confessar que não estava lá. Os poemas de Eder Ferreira é que me abriram uma janela no ar para que tudo me fosse revelado com todas as nuances de uma perfeita miragem agridoce. Sinto-me tão indigno que estar aqui, tentando abrir as cortinas da tal janela para que outros também possam contemplar a minha visão. Não quero macular a delicadeza destes textos que exploram até os ângulos mais improváveis do amor, que atestam e duvidam desse sentimento tão belo e igualmente agressivo. Talvez eu já tenha maculado, pelo menos um deles, quando Eder Ferreira, em sua insanidade de poeta, convidou-me a participar desta obra. Se eu soubesse tratar-se de uma brisa fragrante, que tenta revelar essa força arrebatadora criada por Deus através das fendas de elementos naturais, eu não teria aceitado o convite. Acho que manchei este lenço de seda, mas a luz destes poemas não permitirão que a minha pouca sombra tenha qualquer importância.

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É preciso amar. E também ser amado. É preciso dizer adeus e ficar. Depois dizer e partir. Lágrimas de amor e lágrimas de adeus são absolutamente necessárias para firmar o solo da vida. Esta obra é feita de terra, flores e alma. Eu sei porque vi. Vi, mas não posso mostrar a ninguém nem revelar quais são os caminhos. Fui convidado a abrir as cortinas, mas agora apresento minha desistência. Cada um que arrisque por sua própria conta. Amar é arriscar-se. O amor implica em encontrar as janelas e portas da própria alma. E os poemas do Eder Ferreira estão à espera de seres iluminados (e corajosos) que os usem como chaves.

A. Zhoras

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SumárioSumárioSumárioSumário

Início... .......... 15

Primeiro encontro .......... 16

Intraduzível .......... 18

Aos profanos anjos do perene amor .......... 19

Paradoxo .......... 20

Mar de lágrimas .......... 21

Ferina .......... 22

Reminiscências .......... 23

Entre as flores .......... 24

A melhor coisa do mundo .......... 25

Primavera sem fim .......... 26

Amor alado .......... 27

A voz do pecado .......... 28

Flauta doce .......... 29

Louco amor .......... 30

Teorema.......... 32

Estrela proibida .......... 33

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Incertezas .......... 34

Corpo/Alma .......... 36

Horizonte distante .......... 37

Nova vida .......... 39

Inexplicável .......... 41

Quem me dera .......... 42

Alma humana .......... 43

...meio... .......... 44

Engano meu .......... 45

Karma eterno .......... 46

Coração pensante .......... 48

Sem mais despedidas .......... 49

Eclipse .......... 51

Uma última gota de amor .......... 52

Noturno .......... 53

Limbo .......... 55

Sem saída .......... 56

Simples assim .......... 58

Além das horas .......... 59

Teu espectro .......... 60

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Universo paralelo .......... 62

Ao seu falso amor .......... 64

Trajetória .......... 65

Antes que você se vá .......... 67

Inimigo oculto .......... 69

Estado de graça .......... 70

Imperfeitos versos .......... 72

Inquietação .......... 73

Insensível .......... 75

Brilho solitário .......... 77

Lembranças .......... 79

Um lugar para dizer adeus .......... 81

...e fim .......... 83

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Não é o amor que move o mundo, mas sim a humana necessidade

de sempre alcançá-lo

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Início...

Big Bang e tudo começa

Um novo mundo

de belezas e sonhos

Uma nova história

que se monta no mote do tempo

Juras de amor

sem dor

Planos futuros passados a limpo

Duas vidas

unindo-se em uma só

Dito e feito E como dito

é só o começo...

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Primeiro encontro

estalos na noite

sem faíscas

enlaces noturnos

de praxe

ensaios

de uma vida

sem saída

contrastes de almas

sem acordo

abalos

sísmicos

sem ardor

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estalos

na manhã seguinte

já era amor

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Intraduzível

amo-te/i love you de uma maneira/in a way tão complexa/as complex

quanto uma/as an frase em inglês/english sentence

escrita por alguém/written by someone que nada sabe/who knows nothing

de outro idioma/of another language

e nesse amor/and in that love que me transportou/carried me

a outra realidade/to another reality tentei traduzir/I tried to translate

o que sentia/what I felt

não consegui/I couldn’t pois nada/cause’ nothing

pode explicar/could explain minha paixão/my passion que só pode/that can only ser traduzida/be translated

em um único/in a single beijo apaixonado/passionate kiss

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Aos profanos anjos

do perene amor

Que anjos provençais me dirão agora O quanto amar me fará em percalços Sentir valores que não soem falsos Nem que me chegue a última hora

Falem, querubins, derramem o saber Contemplados seres, na fé amados Que mesmo nos céus encarcerados

Inda alimentam o “amor sem perecer”

Digam a mim, a nós, a toda’s almas O que vem, e nos tira a sublime calma Ao vivermos essa vida, tão desatados

Ou calem-se, e nos deixem amando

Nessa santa volúpia, nos perpetrando Em beijos ardentes, em abraços calados

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Paradoxo

Não há pecado no amor

Só há uma mescla ardente

Mistura de prazer e dor

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Mar de lágrimas

Nade por esse oceano de sentimentos e lamentos

Sinta a fluidez do mar de lágrimas que se formou a cada novo pranto

Mergulhe fundo na placidez aquática do caos úmido do amor contido

Navegue, a todo vento sentindo a brisa fria que arrepia a pele

Nade livre sem amarras

pelos mares da inquietude pelos portos da insensatez

pelas correntes de paixão lasciva Nade

pelo mar de almas apaixonadas de virtudes pulsantes de defeitos ocultos de amores em vão Nade, sem medo

Nade sempre Nade comigo Nade em mim Nade sem fim

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Ferina

Minha deusa, minha virgem. Mulher! Que eu nunca te perca e sempre te veja!

Na eternidade, teu amor deseja, e no infinito tua alma me quer!

Sou teu homem, teu servo, teu amante!

Aquele que te faz mulher, e te ama! Mais que o calor da poderosa chama, que queima em meu peito. Inebriante!

Me perco em tua feminilidade; Em tua delicada suavidade;

Em teu saboroso cheiro feminino.

Minha linda, minha mulher. Senhora de minha vida, que me tens agora

e para sempre, em teu corpo ferino!

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Reminiscências

Lembrar

É isso o que tento fazer agora

Recordar Os momentos mais sublimes que tivemos

Recapitular

Cada fase desse sentimento único

Revisar Os momentos que passei contigo

Restaurar

Minha plena certeza sobre o amor

Relembrar Tudo em você, para nunca mais

te esquecer

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Entre as flores

Vastos jardins se estendem logo à frente

Enormes planícies Grandes extensões

Floridas e perfumadas Verdes espaços preenchidos

Vagas lacunas sem pólen Acácias, violetas, rosas Enfim, um mar de flores

que se esparrama pelo terreno em busca do infinito

Vastas cores Inúmeras formas Arranjos sem fim

E, no meio, uma ilha feita de ilusões e nela, estou eu

Náufrago Perdido

Entre as flores Entre os sonhos

Entre tantos amores

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A melhor coisa do

mundo

Quero ter, em um único toque, o mundo Em minhas mãos, pegar o que não é meu

Um sonho que o destino me prometeu Guardado no coração, bem lá no fundo

Sentir, no tato, a suavidade da existência A materialização do que é mais abstrato Eternizar como se faz em um belo retrato O mundo inteiro em sua plena excelência

Mas, sei que o que quero é algo impossível Um desejo que me parece intransponível Que me surge como uma insensível dor

E como não posso ter tudo o que aspiro

Troco todas as coisas pelas quais suspiro Pela melhor coisa do mundo, o teu amor

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Primavera sem fim

Teu desejo em ser minha É meu desejo em te ter

Como minha única estação

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Amor alado

Como queria poder voar Para viajar pela imensidão do espaço

E sentir a brisa gélida do vento Na esperança de encontrar ao longe

Minha fonte de calor eterna

Queria poder flutuar pelos ares E ver o mundo todo lá de cima

Para poder te dizer quando chegasse Que te daria tudo o que vi

Se tivesse poder para tal feito

Queria olhar para o infinito horizonte E imaginar teu rosto inquieto

Na longínqua distância das horas Esperando eu descer das nuvens

Para nunca mais levantar voo

Como queria poder voar E te dizer lá das alturas Que não há nada maior Nada que se eleve mais

Que o amor que sinto por você

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A voz do pecado

Ouço, em risco, a voz que me vem dizer Que o amor me escolheu sem demora

E fez surgir um ardor que me aflora Na alma um desejo, a me entorpecer

Me dizendo, em sussurros, breves palavras

Essa voz se fez como um vento quente Ditando regras, tão vis e eloquentes

Tornando minh’alma uma audível escrava

Meus ouvidos, cansados, de tantas vozes De tantos lamentos, de gritos ferozes Já não mais aguentam essa voz louca

Mas ao elevar minha atenção ao extremo

Notei uma coisa, a que mais eu temo Essa voz saindo de sua vermelha boca

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Flauta doce

Adocicado o vento

voa lentamente

Plana pelo plano da existência contida E em forma de brisa acaricia os ouvidos

de quem só pode tocar o ar

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Louco amor

De que me adianta amar se não conheço o amor

Não o vejo

Nem o escuto

Apenas o sinto

como um frio cortante

De que adianta querer amar se meu querer é inútil

se minha vontade é nula perante meus sonhos aluados

De que adianta querer sonhar

com o amor mais puro se meus pecados me corrompem

se meu olhar transparece a loucura em mim contida

De que adianta amar

se só sei descrever o amor em singelas palavras

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Queria eu sonhar que estava amando

Quem sabe sonhando

eu encontraria o verdadeiro amor escondido sob os escombros de minha mente já devastada

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Teorema

Não há fórmula ou equação Que possa explicar

Os desmandos do coração

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Estrela proibida

Haverá uma estrela, no infinito céu Fazendo par com outra, cadente

De brilho abrasivo e incandescente A completar o enlace desse negro véu

Uma centelha de luz tão reluzente A voar livre, pela abóboda celeste

A dançar, plena, balançando a veste Banhada em luar, no universo aparente

E observando o céu em grande festa

Ouvindo o som da cosmológica orquestra Apenas fito os eventos arbitrários

Sozinho, espero essa bela estrela

Na esperança de um dia poder tê-la Brilhando em meus braços tão solitários

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Incertezas

É possível num sonho a alma se partir em duas

e sair do corpo em direção ao espaço?

Ou será ela imutável

a ponto de ficar parada, inerte, só

em um único abraço?

Poderá um dia ser um corpo a prisão

que não segura o coração quando este se libertar?

E quando a vida se desmonta

num beijo tão distante pode o amor ser

apenas um, irrelevante?

Será o amor a lâmina que separa duas almas

e tira toda a calma de uma vida em desalento?

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Tantas formas, tantas dúvidas

que se perdem ao relento desgastando a pobre alma

perdida, sem contento

Mas não há certeza posta nem resposta que se faça pois a única coisa gasta

é a certeza do amor eterno

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Corpo/Alma

receptáculo vazio

pela falta de outro corpo

que aqueça que arrepie a pele

sem o toque de puro contato

sem tocar a extensão das formas

e das normas não violadas

preenchimento do vácuo corporal

que na falta de um corpo para amar se liberta

e voa em direção

da alma alheia que espera em sonho

para ser amada

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Horizonte distante

Apenas te olho Em sua vida que aflora Vigiando teus passos

A uma distância segura Na insegurança de meus desejos

Apenas te fito

Na longínqua paisagem Seguindo teus anseios Na esperança tétrica De não poder tê-la

Apenas te observo Quase de relance Sem poder tocá-la Sem poder senti-la Sem poder algum

Apenas te vejo

Cada vez mais longe Em sua vida particular

Em seus problemas casuais Em seu destino que se desenha

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Apenas te olho E te contemplo

Nesse eterno adeus Nesse amor silencioso Nesse desejo reverso De um dia te perder

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Nova vida

Por onde caminhava nessa vida que ainda não me procurou?

Esqueceu-se de nosso plano?

Por onde teu coração trilhou

nesse fragmento de existência?

Esqueceu-se de nosso acordo? Esqueceu-se do que combinamos?

De nos encontrarmos ao acaso

mas sem surpresas

De esperarmos um pelo outro, para que ninguém pudesse dizer:

- Quem é essa pessoa?

Esqueceu-se do que te disse?

Não se lembra das juras de amor de perdição

onde meu beijo enfim calou tua descrença no infinito?

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Já não lembra mais das lágrimas

que ficaram naquele século e que queimaram a relva pura

dum outono que já se foi?

Esqueceu-se, não é? Do sinal que combinamos

para outrora nos encontrarmos

Te disse em teu leito: - Serei um poeta

e, quando um dia nos vermos, nem que seja de relance,

lerá um poema que escreverei

Aqui está ele

Sabe bem onde me encontrar

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Inexplicável

Quantas vezes achei que o mundo estava em minhas mãos Tantas, que já nem sei

É inexplicável, mas um dia me vi eterno em minha vida tão finita

Um dia te olhei, e te vi inteira para, hoje, só te ter aos pedaços

Fragmentos de lembranças que ainda surgem sem explicação

Quantas noites, me senti o dono de tudo do destino, da vida, de mim mesmo

para hoje, não ter nem você em meus braços cansados

de tanto tentar abraçar o mundo Quantas explicações mais

terei que arranjar para entender de uma vez

que nada é meu, nada me pertence Nada me tira o vazio

deixado por tua inexplicável ausência

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Quem me dera

Quem me dera amar e ser amado Pelo amor mais puro que há no mundo

E em meu coração mergulhar bem fundo Voando alto num eterno sonho alado

Quem me dera ser eu mesmo o amor E sentir em mim as mais vis paixões

Recapturando em minh'alma as emoções Que perdi ao amar sem sentir dor

Quem me dera no amor poder me ver Como no espelho trágico de meu ser Que reflete em falso meu leve pesar

E sentido o amor que inda me resta Como Baco, soluçando numa festa

Diria: "Quem me dera saber amar..."

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Alma humana

Talvez um dia qualquer O destino me deixe em paz

E pare de correr atrás De minh'alma já cansada

Deixe que a maré me leve Para um mar de incertezas Não limitando as fraquezas

Que me impõem essa jornada

Posso, um dia, quem sabe, ser Eu mesmo meu próprio destino

Encarnado em um mero desatino A não viver mais novas paixões

Mas mesmo que o destino releve As auguras que as vezes me faz Sei que minh’alma voltará atrás Em busca de novas emoções

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...meio...

...e no centro de tudo os dilemas

de lemas esquecidos

Rotina em roda viva

rondando a roda do destino

Plenos pulmões para soprar velas

já apagadas pelo tempo

Escapadas Paralelismos Eufemismos

E quase no fim

a boca do abismo sorrindo em falso

Só mais um passo

para o inevitável fracasso...

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Engano meu

Verdadeiramente, menti Na ilusão que é o amor Ainda não te esqueci

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Karma eterno

Eram várias as esferas Que flutuavam pelas ruas

Em cada uma, uma história Um pedaço de tempo

Dividido por igual Na desigualdade da vida

Eram muitas as cabeças

Rarefeitas e inertes Que vagavam pelo limbo

Da sujeira humana De cada profundo beco

Eram tantos pesadelos Disfarçados em sonhos Que andavam devagar

Destoando dos breves sons Que surgiam ao acaso

Eram muitas eras

Muitas vidas refeitas Fulgentes, em caminhar

Buscando um lugar Nesse mundo inerente

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Eram tantas vidas Soltas no universo

Perdidas no espaço De um momento singular

Que começou ao entardecer E acabara com a alvorada

Eram tantas almas

Confraternizando no cosmos E só a minha sentia um vazio

Um vácuo perpétuo

Eram erros, eram certezas Fragmentos de esperança

Era o fim do meu inevitável sonho

Que, no final, na verdade, não era nada Só mais uma vida a ser vivida Dentre tantas que já se foram

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Coração pensante

Odeio o insight que me contempla a mente, e me atormenta aos poucos, sem aviso! Tirando minha calma, trazendo um riso,

que surge a cada nova lembrança aparente.

Consulto os anais filosóficos de outrora, para buscar respostas que me consolem. Sobre tomos cheios de grãos de pólen, perco a noite em estudo, até a aurora.

Por que?! Digam-me, mestres, sem aval: Ptolomeu, Sócrates, Aristóteles, Platão... - O que perturba meu saber tão racional?

Que força é essa que me traz esse ardor,

e que transforma em um bobo coração meu cérebro, que só faz pensar em amor?!

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Sem mais

despedidas

Já se foram dias, meses, anos e ainda temos que dizer adeus

a cada nova despedida

Lá se foram os sonhos para onde o coração não vai na distância física da alma

Se foram todas as palavras

deveras ditas e escritas para manter o fogo aceso

Sumiram todos os sorrisos

todos os abraços nunca dados e todos os beijos ao sabor do vento

Desapareceram as lembranças

que embalavam a memória perdida em tantos momentos

Já se foram horas, minutos e segundos

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e mais uma vez tenho que te dizer “Adeus, se cuida e até breve”

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Eclipse

Por mágoas de amor Quando o sol e a lua se encontram

Todo o céu escurece

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Uma última gota

de amor

Meu sangue ficou preso Numa gota singular

Que não cai Que não vibra

Apenas fita a existência

Um pedaço de fluido Que não flui mais

Em um espinho solitário Que aponta ao infinito

Meu sangue é negro

Como a escuridão na noite E vermelho rubro

Como a paixão que me corrói

Mas não tem brilho como a flor Que ostenta o espinho

Por não mais fazer meu coração Pulsar por um ser amado

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Noturno

Perdido em tua ausência Vago pela noite sem rumo

Sem direção

Na escuridão Tendo ver algo que me traga luz

Mas, só vejo trevas

Peço, em forma de oração Que a noite me diga

Com sua voz negra e silenciosa Onde está você

Mas, só escuto a quietude da eterna espera

Tento adormecer Mas, a tua falta, me tira o sono

Tento esquecer

Mas, tua imagem me surge em meio à penumbra

Tento não te amar Imaginar que tudo foi um pesadelo

Até enfim perceber Que estou acordado

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Preso na realidade da solidão Que escurece minh’alma

E me consome a cada nova madrugada Sem você

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Limbo

Você sumiu desapareceu no limbo da existência humana

Foi-se, como quem sai de viagem para nunca mais voltar

Partiu

para longe, nem sei de onde Deixou pra traz um coração partido

e solitário

Tua presença se fez invisível e tuas palavras se calaram

Não a vejo

Nem a sinto Nem sei se existiu de fato

Apenas vejo um vazio deixado pela tua falta

Você se foi

para longe de mim e eu fiquei aqui

no limbo de minha existência sem sentido

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Sem saída

Abra as portas da vida insensata

Deixe a luz do negro sol adentrar

Abra as portas da percepção

As janelas da decepção

e finja que há uma leve brisa no ar

Derrube as paredes de seu orgulho concreto

Desabe

o desamor perdido em falsas promessas

Acabe de uma vez com essa dor que te assola sem perceber

e me esfola a alma

Abra os portais da sanidade estendida

e desentendida

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Feche teus olhos lacrimejantes

Não há mais saída

Agora é tarde Já me perdeu

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Simples assim

Na simplicidade dos versos Incompreensivelmente

A complexidade de minha solidão

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Além das horas

Vislumbro a cada nova lembrança A eternidade de meus devaneios

E percebo, inerente

Que estou aquém do tempo E das coisas que ficaram

Como pedaços de um tempo que já se foi

E além de tudo o que me restou Ficou ainda a saudade

Além das horas que passam

Ficou a singularidade dos dias

Além da tua falta Ficou seu retrato na parede Como um silencioso relógio

Marcando o tempo Que ainda resta ao meu cansado coração

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Teu espectro

Sozinho em minha casa vejo sombras se montando

sobre meu corpo que se desmonta

Aparições, que sobrevoam o que sobrou de mim

Fantasmas de um passado

que ainda ecoa sob gritos silenciosos

Vejo seres translúcidos

Criaturas invisíveis Monstros momentâneos

E, entre eles, vejo teu espectro

como uma névoa pairando livre

entre os cômodos de minha comoção

Não sinto medo, nem pânico

Dentro de mim

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apenas um sentimento

Pena da vida que tivemos

e que se foi para o mundo das almas perdidas

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Universo paralelo

Fugitivo da realidade me perdi na lacuna

que separa a vida e a morte

Entrei por um caminho de ilusões que me trouxe uma nova visão

um novo mundo um novo planeta

uma nova dimensão um novo amor

Meus sentidos se perderam na imensidão de sensações a flutuarem pela atmosfera desse sonho tão concreto

Olhei para os lados

para o infinito que se estendia em todas as direções

e vi você tão diferente

tão real

Em teu olhar, um lamento

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Em teu sorriso, uma súplica Em tua alma, uma desejo ardente

de não ir mais embora

Mas você foi e deixou-me sozinho

mais uma vez nesse universo paralelo que criamos lentamente

com palavras e despedidas

Voltou para seu mundo e eu fiquei aqui

perdido, sem rumo sem teu coração para chamar de lar

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Ao seu falso amor

O ódio que há em mim me disse o que fazer Não mais ser escravo do que me enfraquece

Pois teu falso amor não mais me apetece E tuas palavras nada mais vão me dizer

Quando lembro do que eu senti um dia Vejo a verdade pulsar em meu coração

E lembro que aquela inviável e vil paixão Era o que vagarosamente me destruía

E desde quando você tomou sua decisão De a outro presentear com seu coração Percebi que nada mais me fazia sentido

Sejas muito feliz, com esse seu amor E não se preocupe com a minha dor

Pois há de se curar meu coração ferido

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Trajetória

...o caminho!

“Todos devem segui-lo!”

E eu segui Como um cego Que nada vê E nada sente

Fui de encontro

Com o amor E o encontrei

Tropecei

Cai Quase desisti

Mas fui

Pela estrada

E, num lapso temporal Voltei ao começo

Continuei vivendo

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Continuei tentando Continuei sozinho Continuei sofrendo Continuei amando

Continuei...

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Antes que você se vá

Por mais que meu coração tente se enganar

sei que vai embora

Que um dia, me deixara para viver a plenitude

de sua vida já construída

Tijolo por tijolo você fez seu destino

Pedra por pedra

você refez minha alma

Palavra por palavra vi tudo se desmanchando

Por mais que eu saiba de tudo o que acontece ainda há uma certeza

do que poderia ter sido

Outra era Outro tempo

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Outro espaço Outro lugar

Só o que ainda é o mesmo

é o medo que sempre existiu

E antes que você se vá

assumo esse pavor não de te perder

mas de um dia encontrar outra pessoa como você

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Inimigo oculto

Atenção, caro leitor. Quer saber

quem é seu inimigo oculto? Então

acesse a internet, aumente o volume

do som e escolha uma das opções

abaixo:

Opção 1

Acesse o blog

ederliterato.blogspot.com

Depois clique no botão Inimigo oculto na lateral direita do blog

Opção 2

Acesse o link

www.recantodasletras.com.br/ audios/poesias/43902

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Estado de graça

Singela homenagem ao meu

querido estado do Paraná

Pioneiro no amor me vejo, agora, aos farrapos

Sem estância, sem lembranças apenas com essa terra

a me sustentar

Não vejo mais gralhas sobrevoando meus pensamentos

e nem araucárias enfeitando meu caminho

Vejo apenas a chuva fria que cai sobre a cidade modelo em sua forma amada em seu estado

Para nada do que quero

me vem a certeza de algum dia conquistar

a independência tão sonhada

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Mas, no frio que me vem nessa metade de mundo

sinto um vento que vem do sul a esquentar meu coração

E com essa brisa

estou em paz para sempre

em estado de graça

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Imperfeitos versos

Co-autoria: Eliana Rigo Acosta Ferreira

Sinto que minha voz não te alcança,

por mais que eu grite. Então, uso um verso triste

de um poema para chamar sua atenção.

Mas a tristeza não é pela imperfeição dos sentimentos, que agora nem consigo traduzir,

e sim por eu não obedecer às leis da poesia.

Talvez, seja isso que torne meus poemas imperfeitos

e incapazes de fazer teus olhos os contemplarem.

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Inquietação

Co-autoria: Gesiane Almeida

Nessa mesa que coloco-me a escrever Em um quarto fechado

Selado pela solidão Falta-me alguma coisa

Falta-me você

Fecho meus olhos e te imagino Neste quarto, junto a mim

Me dizendo frases de amor sem fim Com aquela voz inigualável

Que incendeia os meus desejos

E neste sonho tão triste Deito-me ao teu lado

Sentindo teu calor aquecer meu corpo Me envolvendo em teus braços Me amando em teus anseios

Como um louco vampiro

Que quer teu amor me possuindo Me faz viajar por várias horas

Como só você sabe fazer

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Como só você sabe me fazer sentir

Mas na escuridão de meu quarto Meu sonho da lugar à inquietação

Por estarmos tão longe Unidos somente por esse laço eterno

Por essa vampirica e soturna recordação

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Insensível

Co-autoria: A. Zhoras

sinta-me se tiver coragem

sinta o sopro gélido da minha ausência e a lava do meu ódio em erupção

sinta-me

em seus pesadelos e se souber delirar sem ópio

sinta-me

em minhas crises de pavor ante a verdade de sua partida

sinta-me sem mentira

sinta-me

neste pulsar estraçalhado de um coração que

você degustou com seus talheres de indiferença refinada naquele jantar regado a vinho

e torpor

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sinta-me

neste sangrar sem sentido nesta dor que não me abandona

nestes soluços que me molestam a alma nesta ponta de espada que me invade

lenta e impiedosa mas sinta apenas

se tiver coragem

sinta-me neste não neste sim

neste chão que se abre nesta cova cruel

neste fim

sinta-me se tiver coragem

pois sou eu o remédio contra esse seu medo

(secreto) da solidão

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Brilho solitário

Co-autoria: Rodrigo Machado Rodrigues

Queria ser uma das estrelas Elas sempre estão só

mas brilham para todos

Queria ser o sol Ele está sempre sozinho mas iluminando o mundo

Ou como a lua

que vaga pela noite banhando a almas

com sua luz

Pois estar sozinho comigo mesmo é uma tortura

Por que a mais bela entre as coisas

é o amor e este, eu não conheço

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Onde ele estará? Nas estrelas

no sol ou na lua?

Não sei

mas, um dia, o encontrarei

E irei contemplá-lo

em seu eterno brilho solitário

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Lembranças

Co-autoria: Samara de Oliveira

Quando aquela música tocar, Quando aquele solo eu escutar,

Vão minhas lágrimas rolar... Lembranças.

Quando certo alguém eu vir,

Quando um jeito de ser eu perceber, Vão minhas lágrimas correr...

Lembranças.

Quando certo alguém surgir, Quando um sorriso me sorrir, Vão minhas lágrimas cair...

Lembranças.

Quando à tarde o sol se pôr, Quando a luz do céu se for,

Vão minhas lágrimas com dor... Lembranças.

Quando à noite a lua surgir,

Quando linda ela vir,

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Vão minhas lágrimas sumir... Amantes.

Os teus beijos vou sentir, Os teus braços vão surgir,

Nesta noite que me engana.

Quando o mundo acordar, Quando em tudo eu pensar, Vão minhas lágrimas rolar...

Lembranças.

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Um lugar para

dizer adeus

Uma lágrima caiu ao chão

E molhou a terra que me mantém em pé Sem desistir de meus sonhos petrificados

Uma gota de esperança

Que escapou de meu olhar desesperado Por uma última imagem sua

Um pedaço de minha alma

Que se partiu depois de tantas partidas De tantas despedidas solitárias

Uma queda livre

Que me prende à tua invisível existência Que me cai como um raio sem brilho

Um momento ímpar

Na paridade de nossa união já desfeita Sem nem mesmo termos nos unido

Um último pedido

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Desabando pelo ar rarefeito Por não ter tua respiração como guia

Uma súplica cansativa

Que nunca irá se acabar Pela eternidade que liga nossas almas

Um dia, uma noite, um instante

E um único desejo pulsante De que as horas parem de pulsar

Um lugar para dizer adeus

A todas as despedidas feitas E a todas as lágrimas já derramadas É só o que peço, é só o que quero

É só por isso que meu pranto ainda cai

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...e fim

...cada dia mais é uma escada

Cadafalso conjugal

Na corda

pendurada os lamentos nunca ditos

Na última lágrima

desabada um grito de socorro

Na derradeira palavra

falada um pedido de desculpa

a alguém já distante a um ex-amor

Adeus

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CO-AUTORES

Eliana Rigo Acosta Ferreira mora em Siqueira Campos - PR. Esposa do escritor Eder Ferreira, dedica-se à família e aos dois filhos. É co-autora do poema “Imperfeitos versos” (Pág. 72). E-mail: [email protected]

Samara de Oliveira mora em Macapá – AP. Pianista, poeta, professora de inglês, bacharel em direito, amante das letras, da música, da lua e filha de Iemanjá. É co-autora do poema “Lembranças” (Pág. 79). Blog: www.samaradeoliveira.com

A. Zhoras mora em Tomazina – PR. Funcionário público, teatrólogo e escritor, foi destaque em vários concursos literários. É co-autor do poema “Insensível” (Pág. 75), além de assinar o prefácio dessa edição. Site: leandromuniz.weebly.com

Rodrigo Machado Rodrigues mora em Siqueira Campos – PR. Recentemente publicou o livro “Face a face”, além escrever poesias, frases e pensamentos. É co-autor do poema “Brilho solitário” (Pág. 77). E-mail: [email protected]

Gesiane Almeida mora em Araguari – MG. Estudante e poetiza, estreou na literatura com o livro de poesias “No silêncio da noite”. É co-autora do poema “Inquietação” (Pág. 73). E-mail: [email protected]

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OUTRAS OBRAS DO AUTOR

UMA VERDADEIRA PROSA – CONTOS & MINICONTOS

Humor, emoção, suspense. Esses são apenas alguns dos ingredientes que formam esse livro. São 15 contos e 40 minicontos, que farão você viajar por mundos inimagináveis. Fantasia, ficção científica, histórias cotidianas e surreais. Um prato cheio para os amantes de uma boa leitura.

PALAVRAS VAZIAS Palavras Vazias é uma coletânea de poemas escritos ao longo de 3 anos. Com temáticas fortes e metafísicas, é um verdadeiro passeio pelas várias formas que a poesia pode ter. O livro é formado por poesias de estilos variados, alguns rimados, outros não, além de um anexo sobre o nano-soneto.

ALÉM DO QUE OS OLHOS PODEM VER Coletânea de mensagens inspiradoras, esse livro é mais que uma obra de auto-ajuda. A cada texto, o leitor poderá refletir sobre sua vida e sua convivência com as demais pessoas. Um livro instigante, que fará você repensar sobre a vida e as desilusões que o mundo nos impõe.

O EXTERMINADOR DE SONETOS O soneto não é mais o mesmo. Com o passar dos anos, a poesia se transformou, e o soneto, o maior representante da poesia clássica, tomou novas formas. Esse livro é uma coletânea de sonetos variados, não só em temáticas, mas, principalmente, em formas.

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NÃO TEM GRAÇA Contar piadas não é uma tarefa fácil. Mas, imagine se, ao invés de contá-las, você apenas as publica, a fim de tirar algumas gargalhadas dos leitores? Essa é a tarefa desse livro. Não contando com a expressividade que a piada declamada tem, essa obra quer, além de fazer rir, fazer você pensar.

TODA POESIA Reunião de todas as poesias publicadas nos livros “Palavras vazias” e “O Exterminador de Sonetos”, esse livro é um apanhado de todo o trabalho poético de Eder Ferreira, entre os anos de 2005 e 2010, contando, ainda, com várias poesias inéditas.

REVISTA DRUMMOND – NÚMERO 1 A poesia perdeu espaço nos dias de hoje. Por isso mesmo, é preciso que novas formas de divulgar esse gênero literário surjam. O 1º número da Revista Drummond vem com essa missão: não apenas divulgar, mas iniciar uma reflexão, sobre o futuro da poesia no Brasil e no mundo.

MINIMALES Em 2010, o livro “Uma Verdadeira Prosa – Contos & Minicontos”, de Eder Ferreira, trouxe, além dos 15 contos, 40 minicontos, cheios de humor e reflexão. “Minimales” traz todos esses 40 textos, e mais 20 minicontos inéditos. Se você ainda não conhece esse gênero, essa obra é perfeita.

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O DEUS DA CIÊNCIA Deus. O maior mistério da humanidade. Quem é esse ser que nos enche de esperança e de dúvidas ao mesmo tempo? Esse livro disserta sobre a necessidade da ciência em desvendar as complexidades de Deus, através de seus ramos de estudo, como a física teórica, a astronomia e a biologia.

O EXTERMINADOR DE SONETOS – 2ª EDIÇÃO O soneto não é mais o mesmo. Com o passar dos anos, a poesia se transformou, e o soneto, o maior representante da poesia clássica, tomou novas formas. Essa 2ª edição do livro “O Exterminador de Sonetos” traz os mesmos textos publicados na 1ª, além de outros sonetos, alguns inéditos.

Todas as obras aqui mostradas estão à venda pela

livraria virtual www.clubedeautores.com e

pelo blog ederliterato.blogspot.com. Pedidos

também podem ser feitos pelo email

[email protected]

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AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer às pessoas que tanto me apoiaram para que esse livro pudesse existir.

À minha esposa, Eliana Rigo Acosta Ferreira, e a meus amigos poetas, Gesiane Almeida, A. Zhoras, Rodrigo Machado Rodrigues e Samara de Oliveira, que me ajudaram a compor alguns dos mais belos poemas desse livro.

Quero agradecer ainda minha amiga Cris, locutora da Radio Cana Verde FM, por emprestar sua bela voz ao poema “Inimigo oculto”.

A vocês, meu muito obrigado e sucesso sempre.