Um futuro pela frente. Fazer Crescer Portugal. · levadas a cabo pelos executivos de alguns países...

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Dados Financeiros 2012

Um futuro pela frente. Fazer Crescer Portugal.

Siemens Portugal

Ficha Técnica

Este Relatório e Contas contém afirmações orientadas para o futuro,

baseando-se em suposições e estimativas da Direção da Siemens, S.A.

Apesar de considerarmos que as expectativas destas previsões são

realistas, não podemos garantir que elas sejam comprovadas como

certas.

As suposições podem correr riscos e incertezas que podem levar a

resultados factuais que se desviem na sua essência das provisões. Entre

os fatores que poderão causar os referidos desvios constam, entre outros,

alterações no ambiente económico e comercial, oscilações nos câmbios e

nas taxas de juro, introdução de produtos concorrentes, falta de aceitação

de novos produtos e serviços e alienações na estratégia da atividade. Não

está prevista, pela Siemens, S.A., nenhuma atualização das previsões, nem

assumimos nenhuma obrigação nesse sentido. É princípio nosso publicar

todas as informações essenciais sem limitações e numa base não seletiva.

As designações usadas neste relatório poderão ser marcas registadas.

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4. 2012 – Situação Económica Global

5. Atividade Global da Siemens, S.A.

8. Atividade Comercial

15. Resultados da Siemens, S.A.

15. Evolução Previsível

16. Considerações Finais

18. Balanço

19. Demonstração dos Resultados por Naturezas

20. Demonstração de Fluxos de Caixa

21. Demonstração das Alterações no Capital Próprio

22. Anexo às Demonstrações Financeiras

62. Certificação Legal das Contas

63. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

ÍNDICE

ASSEmblEIA GErAl

ConvocatóriaSão convocados os senhores acionistas da Sociedade para reunirem em Assembleia Geral no dia 19 de dezembro de 2012, pelas 11h30, na sede da Sociedade, com a seguinte ORDEM DO DIA:

1) Deliberar sobre o relatório de gestão e as contas da Sociedade referentes ao exercício de 01.10.2011 a 30.09.2012 e sobre a proposta de aplicação de resultados, bem como proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da Sociedade; 2) Eleger os membros da Assembleia Geral;Eleger a Comissão para afixação dos honorários dos Corpos Gerentes; 3) Autorizar o Conselho de Administração a comprar, vender ou trespassar bens imóveis, a comprar e vender participações de sociedades já existentes e a participar na constituição de novas sociedades.

4) Tratar de qualquer outro assunto de interesse para a Sociedade.

Amadora, 19 de novembro de 2012

O PRESIDENTE DA MESA DA ASSEMBLEIA GERALCarlos Manuel Pequito de Almeida Sampaio

Siemens, S.A.

Sede: Rua Irmãos Siemens, n.º 1 e 1-A

2720-093 Alfragide

Capital Social: 70.000.000,00 euros

Matriculada na Conservatória do

Registo Comercial da Amadora

Pessoa coletiva n.º: 500 247 480

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2012 – Situação Económica GlobalAtividade Global da Siemens, S.A.

2012 – Situação Económica Global

Com o produto interno bruto (PIb) global a crescer 2,5 por cento, face aos 3,0 por cento de 2011, o crescimento da economia mundial continuou a desacelerar em 2012. As preocupações com a estabilidade do setor bancário, a juntar à crise da dívida soberana, que tem vindo a flagelar as economias da Zona Euro, continuaram, em 2012, a ter um efeito negativo.

A crescente instabilidade económica na Europa tem vindo a afetar os níveis de crescimento mundiais. Preocupações com a estabilidade do setor bancário e a crise da dívida soberana estão a ter um impacto negativo sobre o investimento e o consumo privado. Além disso, as políticas de austeridade levadas a cabo pelos executivos de alguns países da Zona Euro, com o objetivo de cortar nos défices e diminuir as dívidas soberanas, tem levado a cortes significativos no investimento público. Em comparação com 2011, em que o PIB global cresceu 3,0 por cento em termos reais, a IHS Global Insight prevê para 2012 um crescimento global de 2,5 por cento no produto interno bruto (PIB).

do Cluster Asiático/Australiano que apresentam, com 4,7 por cento, a maior taxa de crescimento do PIB. Este desenvolvimento deve-se, em parte, aos níveis de crescimento da China (7,4 por cento), ainda que afetados pela quebra do consumo privado no Ocidente, e, por outro lado, pelos níveis de crescimento registados por países como a Indonésia, Tailândia e Vietname. Os países da Comunidade dos Estados Independentes (CIS) vão observar um decréscimo nos seus índices de crescimento. A IHS Global Insight prevê que o PIB da região CIS crescerá 3,6 por cento em 2012, comparado com taxa de crescimento de 4,3 por cento registada no ano anterior.

O Cluster Médio Oriente, devido à instabilidade geopolítica relacionada com o Irão e a Síria, vai continuar a registar uma contração económica significativa. Por seu lado, o crescimento económico dos países produtores de petróleo continua robusto, devido aos preços desta commodity.

Na Europa, a desaceleração económica foi mais significativa em 2012. Políticas de austeridade, crescimento do desemprego, fuga de capitais e a crise da dívida soberana dos países periféricos do sul estão a levar a uma grande diminuição dos níveis de consumo e do investimento. Devido a tudo isto, prevê-se uma quebra no consumo de 2,1 por cento comparativamente com 2011. No continente africano, o crescimento foi surpreendentemente forte em 2012. No entanto, este continente continua a sofrer de um enquadramento de instabilidade política, sendo também altamente dependente do preço das commodities.

Na região das Américas, o crescimento do PIB em 2012 abrandou ligeiramente. Para esta região, a IHS Global Insight prevê um crescimento do PIB de 2,3 por cento para 2012.Na América do Sul, deverá ser registado um decréscimo nos níveis de crescimento em 2,9 por cento, devido, em parte, ao abrandamento dos níveis de exportação, impulsionados pela diminuição do consumo global. Além disso, a situação económica global fez descer os preços das commodities, o que afetou as economias latino-americanas, altamente dependentes das exportações. Como tal, os níveis de investimento registados diminuíram consideravelmente, levando a que economias como o Brasil registassem um crescimento de apenas 1,6 por cento, em 2012. Por outro lado, os Estados

Numa perspetiva regional, a IHS Global Insight prevê que as regiões Europa, Comunidade dos Estados Independentes (CIS), África e Médio Oriente registem um crescimento económico de 0,9 por cento, comparado com os 2,4 por cento de 2011. De todas as regiões, são os países

PIB gloBAl em termoS reAIS (em % comPArADo com o Ano AnterIor)1

20122011201020092008 2

1,6

4,2

3,02,5

(2,0)

1 De acordo com a IHS Global Insight, à data de 15/10/2012, taxas de crescimento por ano civil.

2 Estimativa para o ano civil de 2012.

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O desempenho da economia portuguesa em 2012 foi fortemente influenciado pela intervenção da Troika em Portugal. A necessidade de reduzir significativamente a despesa do Estado teve impacto nas decisões de investimento, o que conduziu a uma retração generalizada da atividade económica e do consumo privado. Presente em Portugal desde 1905, a Siemens, S.A. tem sido um parceiro empenhado no crescimento económico do país em todas as suas fases de desenvolvimento. Com cerca de 2000 colaboradores distribuídos pelas equipas de vendas, engenharia e de desenvolvimento de negócio, duas unidades de produção e 57 parcerias com o meio académico, a empresa promoveu, em 2012, mais de 40 projetos de Investigação & Desenvolvimento e submeteu três patentes. Quanto ao seu desempenho financeiro, a Siemens, S.A. terminou o ano fiscal em análise com o montante de 340,9 milhões de euros em vendas, um resultado líquido de 6,6 milhões de euros e exportações que atingiram o valor de 109,5 milhões.

Pela primeira vez desde os anos 60, Portugal foi capaz de equilibrar a sua balança de pagamentos externos graças ao aumento significativo das exportações e a uma forte diminuição das importações, o que prova a vitalidade e a capacidade de operar em contraciclo de diversas empresas nacionais. Uma das características que melhor identificam a Siemens, S.A. é a capacidade de estar presente em diversas geografias através dos seus bens e serviços. Em 2012, os principais mercados de destino foram a Alemanha, o Médio Oriente, a Oceânia e principalmente a África, onde a Siemens Angola se destaca com um volume de encomendas no valor de 40,5 milhões de euros e uma faturação de 24,4 milhões de euros. Para este mercado de elevado potencial é de destacar a venda de soluções e serviços para a área da energia – designadamente o fornecimento de componentes elétricas de média tensão e transformadores para sete novas centrais elétricas,

Atividade Global da Siemens, S.A.

Unidos da América devem registar, ano após ano, um crescimento mais acentuado, com um aumento comparado de 2,1 por cento face aos 1,8 por cento registados em 2011. O aumento do investimento nos Estados Unidos foi particularmente robusto (5,6 por cento), comparado com o efetuado em 2011 (3,4 por cento). No entanto, os níveis de desemprego e de dívida pública continuam a ser um constrangimento e geram alguma incerteza quanto ao futuro.

PIB Por regIão em termoS reAIS (em % comPArADo com o Ano AnterIor)1

20122 2011

1 De acordo com a IHS Global Insight, à data de 15/10/2012, taxas de crescimento por ano civil.

2 Estimativa para o ano civil de 2012.

3 Comunidade dos Estados Independentes.

legenda: IHS Global Insight (Global information company with world-class experts in the pivotal areas of business).

Europa, CIS3,África,

Médio Oriente

0

1

2

3

4

5

2,53,0

0,9

2,4 2,3 2,4

4,7 4,6

Américas Ásia,Austrália

Mundo

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Atividade Global da Siemens, S.A.

o estudo da rede elétrica de Luanda e a venda de uma turbina a vapor para uma central da Sonangol – e da mobilidade, com o fornecimento de quatro aeroportos baseados no conceito CapacityPlus® para as cidades do Soyo, Dundo, Saurimo e Luena.

Por seu turno, os Centros de Competência (CoC) de vertente tecnológica – que em conjunto com os Global Shared Services (GSS) de serviços financeiros e de recursos humanos continuaram a ser um dos destaques da empresa em 2012 – reforçaram as suas valências de engenharia. Neste momento, a empresa tem a seu cargo CoC nas áreas de produção e transmissão de energia, smart grids, média tensão, terminais aeroportuários e Tecnologias de Informação (TI) para a área da saúde. Recorde-se que estas unidades empregam cerca de 200 colaboradores altamente qualificados, número que se espera que venha a aumentar no exercício de 2013. Na área do negócio aeroportuário, a Siemens, S.A. desenvolveu software para sistemas de processamento de bagagens a operarem em países como o Bahrain, os Emirados Árabes Unidos, a China, os Estados Unidos da América, a Índia e Singapura. A empresa desenvolveu igualmente uma plataforma de software para smart metering que permite a gestão centralizada e faturação da energia produzida por cada parque eólico operado pela EDP Renováveis em todo o mundo.

No seguimento da estratégia mundial da Siemens, S.A., com especial enfoque no seu portefólio ambiental – que inclui soluções para todas as áreas da produção, transmissão e consumo de energia (edifícios, indústria e iluminação), assim como tecnologias ambientais para o controlo da poluição do ar – a Siemens, S.A., neste ano, conseguiu com estas soluções reduzir as emissões de CO2 dos seus clientes em 5,9 milhões de toneladas. A cultura de excelência da Siemens, S.A. é espelhada no compromisso a todos os níveis da organização para manter a eficácia e a melhoria contínua do sistema de gestão da Qualidade, Ambiente e Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho (SHST), dando cumprimento à política da empresa, aos objetivos e metas definidos e aos requisitos dos clientes. A renovação das suas certificações realça o empenho e o compromisso da empresa no fortalecimento da sua parceria com os seus stakeholders. A empresa está integrada no restrito grupo das empresas a operarem em Portugal com as certificações – Qualidade, Ambiente, SHST e IDI – Inovação, Investigação & Desenvolvimento.

«Fazer crescer Portugal»: uma estratégia para o país Desde que iniciou a sua atividade comercial em Portugal, a Siemens, S.A. tem sido um dos atores económicos mais empenhados no desenvolvimento do país. Este dinamismo tem por base uma estratégia de gestão que assenta numa visão prospetiva sobre todos os setores da economia nacional num período de dez anos. Foi neste contexto que a Siemens, S.A. lançou, em 2012, a visão «Fazer Crescer Portugal», cujo objetivo foi analisar as mais relevantes dimensões de crescimento da economia portuguesa ligadas às nossas áreas de atuação – Economia da Saúde, Economia do Mar, Economia dos Serviços e Turismo de Valor Acrescentado, Energia e Eficiência Energética, Indústria e Produtividade, Mobilidade e Logística e Cidades e Sustentabilidade. A partir desta matriz, foram constituídas sete equipas no seio da empresa, que investigaram as oportunidades que cada uma destas dimensões possa conter, desenvolvendo posteriormente abordagens de negócio que serão colocadas em prática nos próximos anos fiscais.

Sendo uma das características mais marcantes da Siemens, S.A. a sua capacidade de executar as estratégias delineadas de uma forma pragmática e consistente, os principais destaques comerciais dos setores em 2012 foram já um reflexo desta nova orientação.

Em 2012, o setor Industry teve uma ação importante no reforço da capacidade do país em aproveitar o enorme potencial da Economia do Mar, tendo, simultaneamente, incrementado a Indústria e Produtividade da economia portuguesa. Com efeito, foi completado um conjunto de projetos para o terminal de contentores de Leixões, que incluiu a instalação de dois novos pórticos para a gestão de carga. Ainda no segmento dos portos, foi renovado um pórtico de descarga no porto de Santa Apolónia e em Sines foram levados a cabo trabalhos de melhoramento no terminal de contentores. Estes projetos foram cruciais para aumentar a capacidade de carga e descarga das unidades portuárias envolvidas, além de melhorarem significativamente a sua eficiência energética.

No seu ano de arranque, o setor Infrastructures and Cities soube interpretar da melhor forma as oportunidades geradas pelo vetor de desenvolvimento Cidades e a Sustentabilidade. Assim, a sua divisão Smart Grids forneceu tecnologia de ponta à EDP Distribuição para

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alimentadores e automação de subestações. Graças a este projeto, a divisão conquistou quotas de mercado significativas neste segmento.

No eixo da Mobilidade e Logística, a divisão Rail Systems ganhou, em 2012, os dois contratos de manutenção para subestações de tração e 149 passagens de nível. Por seu turno, a divisão Mobility and Logistics teve como destaque a encomenda para o fornecimento de sistemas de rastreio de bagagens para todos os aeroportos sob jurisdição da ANA (Aeroportos de Portugal) e da ANAM (Aeroportos e Navegação Aérea da Madeira).

A Economia da Saúde encerra um enorme potencial de crescimento, abrangendo áreas que vão além da prestação de cuidados de saúde. Neste contexto, a divisão Building Technologies vai liderar o consórcio responsável pelas instalações técnicas do novo hospital de Vila Franca de Xira. Este projeto compreende a responsabilidade das instalações elétricas, rede de comunicações, rede de deteção de incêndios, controlo de acessos e gestão técnica centralizada. O novo hospital de Vila Franca de Xira deverá ser inaugurado em abril de 2013, servindo os cerca de 250 mil habitantes dos concelhos de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Vila Franca de Xira e Benavente. Numa vertente mais ligada ao core da economia da saúde, o setor Healthcare assinou uma parceria com o Hospital-Escola Fernando Pessoa que contempla a disponibilização de recursos para análise estratégica, programação funcional, tecnologias biomédicas e de edifícios, sistemas de TI e otimização de procedimentos. O objetivo deste projeto passa por promover a excelência no tratamento ao paciente, a formação de profissionais de saúde e a pesquisa médica.

Uma das áreas em que Portugal tem ocupado posição de destaque a nível mundial é no apoio ao desenvolvimento sustentável da área da Energia e Eficiência Energética. A Siemens, S.A. tem estado ao lado do país neste desafio e, em 2012, o setor Energy concluiu o reforço de potência da barragem de Picote. Além do elevado investimento associado a este contrato, a obra permitiu instalar em Portugal soluções de ponta nas tecnologias hídricas, estreitando a relação com a EDP, um parceiro estratégico fundamental no setor energético português.

Por fim, a atividade dos GSS tem dado, desde 2006, um importante contributo para o crescimento da Economia dos

Serviços e Turismo de Valor Acrescentado. O Supply Chain Management Shared Services, um centro de serviços partilhados dedicado à compra centralizada de serviços e bens, entrou em funcionamento em 2012, prestando serviços a sete entidades Siemens espalhadas por quatro países do Sudoeste Europeu. Por seu turno, os GSS para as áreas financeiras e de recursos humanos – Global Shared Services Accounting & Finance, Governance & Control e Human Resources – continuaram a operar em bom ritmo. Em conjunto, estas unidades prestam serviços a 76 entidades dentro do universo Siemens e empregam aproximadamente 500 colaboradores.

No âmbito da estratégia de Responsabilidade Corporativa que tem vindo a ser desenvolvida pela Siemens, S.A., e que abrange as áreas do voluntariado e do apoio à educação, foi desenvolvido em 2012 um conjunto de projetos que tiveram um inegável impacto na sociedade portuguesa, com destaque para a ação de cariz social que envolveu cerca de meio milhar de voluntários, entre os quais mais de 400 colaboradores da Siemens, S.A, numa operação de requalificação urbana na aldeia de Ponte de Rol (Torres Vedras). Assim, o centro de dia, a igreja paroquial, a escola primária, os muros públicos e duas casas de habitantes locais receberam a intervenção dos colaboradores da empresa. Com estas ações, a população – 2500 habitantes, dos quais 30 por cento são seniores, com uma idade média de 80 anos – passou a contar com um novo centro de dia (que apoia mais de mil pessoas por ano) e uma escola primária renovada, que é frequentada diariamente por 90 alunos.

encomendas à Siemens, S.A.O volume de encomendas (relativas ao negócio próprio) recebidas pela Siemens, S.A. em Portugal, neste exercício, atingiu o montante de 287,4 milhões de euros.

Vendas da Siemens, S.A.O valor das vendas da Siemens, S.A. atingiu o montante de 340,9 milhões de euros.

Investimentos da Siemens, S.A.Os investimentos realizados em imobilizado corpóreo pela Siemens, S.A. atingiram 1,7 milhões de euros no período em questão.

exportações da Siemens, S.A.As exportações de bens e serviços atingiram, em 2012, o montante de 109,5 milhões de euros.

8 Dados Financeiros

Atividade Global da Siemens, S.A.Atividade Comercial

No exercício fiscal de 2012, e graças ao empenho, dedicação e profissionalismo dos seus colaboradores, os setores de atividade da Siemens, S.A. reforçaram o seu portefólio de referências com negócios e projetos de elevado interesse estratégico para o crescimento da empresa nos próximos anos comerciais.

energiaNo ano fiscal de 2012, a atividade do setor Energy em Portugal foi marcada pela capacidade de contrariar o ambiente económico adverso demonstrada pelas suas equipas. Para a Energy, este período significou o fecho de um ciclo de obras extremamente relevantes, que serão peças fundamentais para a matriz da energia portuguesa. De facto, a Transmission finalizou e colocou na rede um conjunto de subestações compactas essenciais para o bom funcionamento da rede nacional de transporte de energia, tendo ainda colaborado na expansão e renovação de outras instalações vitais à modernização da infraestrutura elétrica da REN. Por seu turno, as divisões ligadas à produção de energia concluíram os trabalhos de reforço de potência da barragem de Picote, uma unidade fundamental no sistema nacional de barragens.

Em 2012, a Energy recebeu da Associação Portuguesa para a Gestão de Projectos (APOGEP) o prémio de Excelência em Gestão de Projectos para a obra da Central de Ciclo Combinado do Pego. Também a REN – Redes Energéticas Nacionais atribuiu ao setor Energy um prémio de mérito pela excelência na gestão da segurança nas obras de modernização das subestações elétricas.

No segmento da energia hídrica, o destaque vai para a conclusão do reforço de potência da barragem de Picote II, o culminar de quatro anos de trabalho intenso, sendo de salientar que foi completado dois meses antes do prazo contratualizado. Ao serviço desde 1958, a barragem de Picote teve um reforço de 246 MW na sua potência instalada, um aumento de 125 por cento face à capacidade inicial que poupará à economia portuguesa perto de 30 milhões de euros anuais em importações de energia. Além do elevado investimento associado a este contrato, a obra permitiu instalar em Portugal soluções de ponta nas tecnologias hídricas, estreitando a relação com a EDP. Foi também uma oportunidade

Atividade Comercial

resultado líquido da Siemens, S.A.O resultado líquido apresenta este ano o valor de 6,6 milhões de euros.

colaboradores da Siemens, S.A.Em 30 de setembro de 2012, a Siemens, S.A. empregava um total de 1418 colaboradores.

estrutura do Balanço da Siemens, S.A.A soma do Balanço regista o montante de 285,1 milhões de euros, representando os ativos fixos tangíveis, com 38,6 milhões de euros, 34 por cento do capital próprio. As dívidas de terceiros a curto prazo e as disponibilidades correspondem a 3 por cento do total do Balanço. Os capitais próprios cifram-se neste exercício em 114,4 milhões de euros, correspondendo a 40 por cento da soma do Balanço.

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de demonstrar a elevada capacidade de gestão de projetos complexos e delicados, reunindo todo o know-how da Energy e, mais especificamente, da Voith Hydro – a joint venture da Siemens, S.A. e da Voith que lidera o desenvolvimento de soluções para a energia hidroelétrica à escala mundial. Ainda neste segmento, destaque para o início das obras da Central Hidroelétrica de Venda Nova III (Frades II), peça fundamental no xadrez hidroelétrico nacional, estando prevista a sua entrada em operação em 2015.

Durante mais de três anos, a Energy esteve envolvida nos trabalhos de prolongamento da vida útil das turbinas a gás da Central da EDP na Tapada do Outeiro, a primeira unidade de ciclo combinado a gás instalada em Portugal e um negócio de referência da Siemens, S.A. Este upgrade estava incluído na extensão do contrato de manutenção de longa duração assinado, em 2009, no qual, além da extensão da vida útil das turbinas a gás para mais 100.000 horas de operação, estava prevista toda uma série de upgrades, como o aumento de potência. Este projeto, que chegou a envolver mais de 300 trabalhadores, culminou em dezembro de 2011.

Ainda na área da produção de energia, foi assinado um contrato com a EFACEC para o fornecimento de uma turbina a vapor SST-300, um condensador e um alternador com uma potência de 11,5 MW. Estes equipamentos serão instalados na Central de Ciclo Combinado da Sonangol, localizada em Luanda. O projeto é mais um exemplo de cooperação entre a Siemens, S.A. e outras empresas portuguesas, em conjunto com empreiteiros angolanos, para sustentar a expansão a mercados internacionais.

Já para a Transmission, o ano de 2012 fica indelevelmente marcado pela conclusão dos trabalhos de instalação de seis das oito subestações isoladas a gás (GIS – Gas Insulated Substations) em regime de chave-na-mão, um dos mais importantes projetos de renovação e reforço de capacidade da REN, designadamente no seu parque de subestações. Este projeto, iniciado em 2010, foi o maior de sempre da área do Transporte de Energia no segmento das subestações, tendo sido executado com amplo sucesso, tal como reconhecido pelo cliente. Ao concluir este projeto, a Siemens, S.A. deu um importante contributo para o reforço da integração das energias renováveis (particularmente a eólica e a hídrica) no sistema energético ibérico.

Também pela REN, a Transmission recebeu a maior encomenda jamais atribuída à remodelação de uma única subestação. Trata-se da subestação de Vermoim, cujos trabalhos se iniciaram ainda em 2012. Para a Energy, o contrato vem alargar a aplicação de soluções GIS e é mais um passo em frente na relação com um cliente-chave do mercado energético nacional. A divisão também tem prestado atenção especial aos países lusófonos africanos, contribuindo com as suas soluções para o desenvolvimento das infraestruturas e o crescimento das economias locais. Assim, foi desenvolvida, em conjunto com a Siemens Angola, uma parceria para a construção de uma central de produção com duas turbinas a gás de 6,6 kV e 14,5 MVA cada, para alimentar a cidade do Soyo a 30 kV, sendo a distribuição feita na cidade a 15 kV. A Transmission será responsável pelo comissionamento de duas subestações para assegurar a distribuição da energia produzida pela central. O contrato incluiu vários equipamentos fabricados em Portugal, nomeadamente transformadores de potência da Fábrica do Sabugo e celas de média tensão da Fábrica de Quadros Eléctricos de Corroios.

Seguindo a sua tradição de inovação tecnológica, a Fábrica de Transformadores do Sabugo (FS) lançou, em 2012, o primeiro transformador Plug & Play construído em alumínio no universo da Siemens. Este produto inovador foi construído para responder às necessidades da empresa espanhola REVSA e disponibiliza 8 MVA e 6,6 kV. Além de permitir uma significativa redução de custos na aquisição de material, a utilização do alumínio permite explorar novas oportunidades de mercado, em especial no segmento de Large Distribution Transformers (LDT).

A exportação, um dos pontos fortes da FS nos exercícios fiscais anteriores, foi, mais uma vez, um dos vetores de desenvolvimento de negócio da unidade fabril, com destaque para as encomendas destinadas à Argélia, Alemanha, Angola, Emirados Árabes Unidos e África do Sul, entre outros países.

Quanto às vendas no território nacional, merece realce a continuação do negócio efetuado com a ENEOP para a construção dos seus parques eólicos, ao abrigo do qual foram fornecidos transformadores de potência, assim como o fornecimento de várias unidades de distribuição.

No capítulo do desenvolvimento de competências tecnológicas, a fábrica continua a destacar-se no panorama

10 Dados Financeiros

Atividade Comercial

de mais de 110 MW. Ao longo dos últimos anos, alguns dos maiores investidores nacionais do setor manifestaram a sua total confiança na Siemens, S.A., à qual adjudicaram os projetos fotovoltaicos nos Parques Solares de Serpa (11 MW), Alqueva (65 kW), Almodôvar (2,15 MW), Ferreira do Alentejo (dois parques de 12 MW e 10 MW cada, para diferentes investidores), Porteirinhos (6 MW), Madeira (6 + 7,2 MW), Porto Santo (2 MW), Palmela (1,8 MW), Algarve (20 MW), Lisboa (30 MW), entre outros.

Estes projetos foram, ao mesmo tempo, impulsionadores da estratégia de internacionalização destas capacidades da Siemens, S.A. no segmento fotovoltaico, com mais de 65 MW fornecidos, de que são exemplos parques fotovoltaicos na Índia (23 MW), Espanha (3,8 MW), França (4,1 MW), Bélgica (1,86 MW), Grécia (255 kW) e Reino Unido (32 MW, em sete centrais independentes), nos quais a empresa participou através de parceiros portugueses. Entre as soluções fornecidas para os referidos parques solares, podem contar-se os inversores SINVERT (conversão DC/AC), os sistemas de controlo SIMATIC S7, as redes SIMATIC, os sistemas de supervisão WinCC, com acesso remoto via internet, e os quadros elétricos com equipamento de corte e proteção SIRIUS, bem como o equipamento de média tensão. Todo o projeto elétrico, desenvolvimento de software, comissionamento e contratos de manutenção de longa duração completaram o âmbito de fornecimento do setor Industry nos referidos projetos.

Num panorama económico em que cada vez mais merecem destaque os projetos de gestão e investimento na produtividade, a Portucel deu o exemplo, investindo numa solução estratégica para alcançar uma maior competitividade das suas operações. Neste contexto, o setor Industry foi responsável pela atualização das soluções de automação da Máquina de Papel 3. Com esta modernização, a Portucel beneficia agora de uma atualização tecnológica de hardware que garante uma ampla funcionalidade e performance.

Na área da petroquímica, a Repsol, em Sines, selecionou a Siemens, S.A. para a implementação e melhoramentos no sistema PMS (Power Management System) da Central, relativos às novas celas de 30 kV. A equipa do setor Industry levou a cabo ações de manutenção e instalou soluções mais eficientes.

1 – Uma unidade equivalente a 20 pés (em inglês Twenty-foot Equivalent Unit ou TEU) é uma medida standard utilizada para calcular o volume de um contentor. Um TEU representa a capacidade de carga de um contentor marítimo normal, de 20 pés de comprimento.

internacional com os LDT, sendo uma das duas únicas fábricas no universo da Siemens com competências para o fornecimento deste tipo de transformadores.

IndústriaO setor Industry, no ano comercial em análise, foi especialmente dinâmico nos setores fotovoltaico e portuário, graças a diversos projetos desenvolvidos em Portugal, bem como à implementação bem-sucedida de uma estratégia de internacionalização, para a qual foram fundamentais parceiros nacionais.

Em 2012, o setor Industry desenvolveu importantes intervenções em vários terminais portuários nacionais, como os de Leixões, Santa Apolónia e Sines. No terminal de Leixões, que em 2011 movimentou 512.286 TEU1 , foram instalados dois novos pórticos de movimentação de carga. Já no porto de Santa Apolónia, as equipas do setor recuperaram e renovaram um pórtico de descarga com uma solução integrada, que permitiu melhorar a performance do equipamento. Finalmente, no terminal de Sines, todos os pórticos de cais e gruas de parque estão equipados com acionamentos e controladores da Siemens, que ajudam a minimizar os tempos de paragem dos equipamentos em caso de avaria.

Nestes três projetos, foi possível aumentar a capacidade de movimentação de carga, assim como melhorar o desempenho energético das infraestruturas portuárias. Atualmente, as soluções da Siemens para terminais portuários estão presentes em todo o país e contribuem, anualmente, para diminuir as emissões de CO2 destas infraestruturas em 14 mil toneladas e poupar cerca de 1,6 milhões de euros. Adicionalmente, a Siemens, S.A., em parceria com empresas nacionais, está já a exportar as suas competências nesta área para Espanha, França e Turquia.

As competências da divisão Drive Technologies valeram-lhe a atribuição da liderança da iniciativa «SWE Cranes Program», um programa desenvolvido pelas subsidiárias da Siemens do Sudoeste Europeu e que visa incrementar a penetração da empresa no importante segmento dos pórticos para portos.

No segmento das renováveis, e em particular no fotovoltaico, a empresa esteve presente nos principais parques solares do país, tendo sido responsável até ao momento pela instalação

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Finalmente, e no decorrer do apoio à Siemens Angola, o setor Industry participou no programa promovido pelo Governo angolano «Água para Todos», com o objetivo de assegurar o fornecimento de água potável a 80 por cento da população rural. No âmbito deste programa, foram fornecidas duas estações de tratamento de águas (ETAR) que, através do processo de coagulação/floculação, decantação, filtração e desinfeção final da água, vão servir uma população de dez mil habitantes.

Refira-se que, no ano em análise, a Industry ganhou dois prémios na divisão de Industry Automation: SIMATIC ET 200SP – Portugal Best DP Channels Growth 2011/2012 (aumento do volume de vendas em 54,8 por cento) e o Business Award for SINVERT – Portugal Best Product Launch in Performance-based Market (prémio performance para a Industry Portugal como melhor país no lançamento do produto inversor solar SINVERT.

Infraestruturas e cidades A entrada em operação do setor Infrastructures & Cities (IC) marcou o ano de 2012. De facto, a integração numa só estrutura das valências da empresa na mobilidade, na gestão de infraestruturas e na engenharia de redes elétricas foi decisiva na geração de sinergias que ajudaram a expandir áreas de negócios como a exportação e fomentaram a penetração em mercados cruciais como o das infraestruturas aeroportuárias e hospitalares.

O esforço das equipas do setor IC foi reconhecido por clientes e parceiros de negócio. Assim, a divisão de infraestruturas aeroportuárias recebeu da Siemens AG o Golden Wrench Award pelo desempenho excecional na aquisição de projetos a nível mundial, enquanto a divisão portuguesa de Smart Grids viu reconhecidas as suas capacidades de inovação, sendo considerada como Centro de Competência nas áreas do Service e dos Sistemas de Proteção e Controlo para infraestruturas de transporte e distribuição de energia.

A divisão Mobility and Logistics (MOL) continuou a implementar, com sucesso, a sua estratégia de internacionalização. Um bom exemplo é o sistema de gestão de bagagens criado pela Siemens, S.A., que é hoje um sucesso em aeroportos de todo o mundo. Depois de ter sido instalada nos aeroportos nacionais (Lisboa, Porto, Faro, Madeira e Açores) e de ter conquistado clientes em aeroportos internacionais no Bahrein, Abu Dhabi e África

do Sul, a solução de gestão de bagagens desenvolvida pela empresa está atualmente em fase de implementação na cidade indiana de Calcutá, no terminal de cruzeiros de Singapura e no aeroporto internacional do Dubai. Recentemente, foi o aeroporto internacional de Xi’an, no noroeste da China, que decidiu adotar esta solução.

Recorde-se que o sistema Baggage Base Logic foi reconhecido pela Siemens AG como o standard a aplicar em aeroportos de pequena e média dimensão. Esta solução permite que aeroportos de menores dimensões possam gerir mais eficazmente o fluxo de bagagens dos seus passageiros – razão pela qual já várias estruturas aeroportuárias, nos vários continentes, o têm adotado.

Outro projeto em destaque no ano comercial transato foi o apoio dado à Siemens Angola na implementação de quatro aeroportos, baseados no conceito CapacityPlus®, nas cidades de Soyo, Dundo, Saurimo e Luena, naquele que foi o primeiro grande breakthrough da empresa no mercado angolano.

O conceito CapacityPlus® consiste em implementar terminais modulares de modo a responder rapidamente a um aumento de fluxo de passageiros, especialmente adaptado para a remodelação de infraestruturas existentes ou para a realização de eventos de grandes dimensões. A Siemens, S.A. é a única empresa no mundo com referências na execução deste tipo de terminais, recorrendo sempre a competências nacionais, e que incluem sistemas de tratamento de bagagem e desenvolvimento de software para ajuda à exploração aeroportuária, entre outros serviços de operação e manutenção.

Em Portugal, a MOL recebeu ainda a adjudicação do projeto «100% Screening» para modernização do sistema de rastreio de bagagens que passa a servir os aeroportos da ANA (Aeroportos de Portugal) e da ANAM (Aeroporto da Madeira). É ainda de salientar que, durante 2012, a divisão Rail Systems (RL) recebeu a adjudicação de dois contratos de manutenção, nomeadamente de subestações de tração e de 149 passagens de nível.

No seu primeiro ano de atividade, as divisões Smart Grid/Low and Medium Voltage (SG/LMV) estiveram particularmente ativas no mercado da exportação, em especial no território angolano, fruto do suporte à atividade da Siemens Angola.

Assim, a LMV forneceu a componente elétrica de média tensão para sete novas centrais elétricas angolanas.

12 Dados Financeiros

Atividade Comercial

uma liderança tecnológica e de mercado na área das redes elétricas inteligentes, posicionando-se de forma destacada na definição e implementação das soluções que permitirão gerir de modo cada vez mais eficiente as redes elétricas.

Na área dos sistemas de contagem, destacam-se os projetos contratualizados com a EDP Renováveis para o Sistema de Telecontagem, que agregará a informação de contagem referente a todos os parques eólicos desta empresa a nível mundial, e com a EDP Produção para a remodelação integral dos armários de contagem de nove centrais hidroelétricas. Estes projetos, pelo carácter inovador e importância estratégica, refletem também a elevada capacidade de engenharia das equipas da SG em Portugal.

No período fiscal de 2012, a Fábrica de Quadros Eléctricos de Corroios (FC) foi essencial no apoio ao desenvolvimento do negócio de exportação da Siemens, S.A. Um exemplo desta realidade foi o fornecimento à Siemens Angola dos quadros de média tensão para sete centrais elétricas a construir naquele país, cuja componente elétrica estará a cargo da divisão LMV.

Continuando a sua estratégia de expansão para novos mercados, alargando a sua atividade exportadora fora da União Europeia, merecem também realce as entradas de encomendas e vendas de quadros de média tensão para projetos relevantes na Austrália, Brasil, África do Sul, Rússia e Emirados Árabes Unidos. O desenvolvimento de soluções de engenharia específicas para projetos executados pela engenharia da FC, especialmente para os setores da Indústria Naval e Automóvel (Automotive & Marine Solutions), Refinarias (Oil & Gas) e Centrais Elétricas, tem vindo a consolidar a preferência e fidelização de alguns clientes globais nestes segmentos.

Um dos aspetos da sua atividade em que a FC mais tem investido nos exercícios fiscais recentes é na formação dos seus colaboradores. Prosseguindo essa estratégia, a FC levou a cabo, ao longo de 2012, um extenso programa de formação, do qual se destaca a ação de Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho, uma componente crucial para o bom funcionamento da unidade fabril.

Já a divisão Building Technologies (BT) integra o consórcio responsável pela construção do novo hospital

As obras, adjudicadas pelas empresas EST e COEM, fazem parte de um concurso para a construção de sete centrais a fuel que pretendem colmatar as necessidades energéticas e estabilizar a rede elétrica nas cidades de Luanda, Benguela, Ondjiva, Huambo, Dundo e Lubango.

Ainda em 2012, a Siemens, S.A., em colaboração com a sua congénere angolana e através das equipas portuguesas da SG, ganhou um conjunto de projetos que a posicionam como uma das empresas-chave na modernização do sistema de abastecimento elétrico da cidade de Luanda. Entre estes projetos, destacam-se dois contratos com a Empresa de Distribuição de Electricidade de Luanda (EDEL), que preveem a modernização da rede de energia na capital angolana e a manutenção preventiva de seis subestações. Neste âmbito, será realizado um estudo detalhado da rede de distribuição da cidade de Luanda, o que permitirá planear o desenvolvimento equilibrado da mesma, nomeadamente através da implementação de soluções tecnológicas avançadas, com o objetivo de melhorar a qualidade e fiabilidade do serviço da EDEL no abastecimento de eletricidade à capital angolana.

Paralelamente ao estudo acima mencionado, a divisão SG e a Siemens Angola venceram o contrato de manutenção preventiva de seis subestações da EDEL, o que permitirá desenvolver as técnicas de manutenção preventiva e corretiva utilizadas nestas subestações, assumindo, assim, um papel mais próximo como parceiro privilegiado para futuras intervenções.

Quanto ao desempenho das divisões SG/LMV em Portugal, destaca-se a assinatura com a EDP Distribuição de três importantes contratos-programa para fornecer sistemas de proteção, comando e controlo e celas de média tensão de subestações, assim como soluções de automação da distribuição. O primeiro destes acordos, estabelecido pela SG, destina-se a subestações em Portugal Continental e é o primeiro contrato-programa assinado para este tipo de fornecimento com a EDP Distribuição. Em paralelo, a EDP Distribuição confiou também à LMV um contrato-programa de dois anos para o fornecimento de celas de média tensão para subestações. Finalmente, ainda para a EDP Distribuição, a SG/LMV fornecerá tecnologia de ponta para a automação da rede de distribuição de eletricidade, nomeadamente para os postos de transformação que suportam a rede de alimentação nos grandes centros urbanos. Graças a estes projetos, a empresa manteve

13

de Vila Franca de Xira. A BT é responsável pelas instalações elétricas, rede de comunicações, rede de deteção de incêndios, controlo de acessos e gestão técnica centralizada. Esta infraestrutura, que será inaugurada em abril de 2013, vai servir perto de 250 mil habitantes dos concelhos de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Vila Franca de Xira e Benavente.

Paralelamente, a BT celebrou um contrato com a Vodafone Portugal, com a duração de três anos, para a prestação de serviços de otimização e melhoria de performance de energia (BPO – Building Performance Optimization). Através deste projeto, foi proposta a otimização de toda a infraestrutura do edifício sede da Vodafone Portugal, localizado no Parque das Nações, em Lisboa. Deste modo, a empresa contribuiu para a redução do consumo de energia (elétrica e térmica) do edifício sede da Vodafone Portugal em cerca de 11 por cento por ano. As medidas de otimização centraram-se em várias componentes técnicas e na melhoria do funcionamento das unidades de tratamento de ar (UTA), quer ao nível do seu horário de funcionamento, quer ao nível das estratégias de controlo.

Por fim, a BT implementou o conceito Advance Operation Center em Portugal. Este novo centro tecnológico, localizado nas instalações da empresa em Alfragide, conta com uma equipa especializada em energia e segurança, que monitoriza e controla remotamente várias instalações de clientes. Através de ligações seguras, este centro tem como função apoiar os gestores e operadores dos sistemas dos edifícios na otimização do sistema de gestão técnica centralizada e na implementação de soluções que promovam a eficiência e segurança dos edifícios.

Saúde No setor Healthcare em Portugal, em linha com o que se verificou no ano comercial transato, a Siemens, S.A. continuou a operar, em 2012, numa conjuntura marcada por várias adversidades e desafios, condicionantes que mantiveram a sua influência sobre o mercado, entidades e players da área da saúde. Ciente desta realidade, o setor Healthcare continuou a apoiar os seus clientes através de soluções de diagnóstico diferenciadoras, do desenvolvimento de tecnologias de informação inovadoras, bem como do estabelecimento de parcerias estratégicas que visaram melhorar os cuidados prestados aos pacientes e aumentar a sustentabilidade na área da saúde.

Em 2012, o setor Healthcare, em reconhecimento pelo seu know-how em Tecnologias de Informação (TI), foi a única filial na Europa escolhida pela Siemens AG para participar nos testes de validação da mais recente versão da solução líder de mercado para cardiologia. Neste âmbito, a Siemens, S.A. integra o programa CUT (Customer User Testing) através de uma parceria com o Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/ Espinho. Esta solução da Siemens está na vanguarda das TI para a área da saúde ao permitir a integração, na mesma plataforma, da gestão de dados e imagem, nas modalidades de angiografia coronária, angioTC, ressonância magnética cardíaca e ecocardiografia, e disponibilizar essa informação em qualquer ponto do hospital.

Também no ano comercial de 2012, a Siemens, S.A. foi a primeira empresa a obter a certificação para uma solução de triagem de doentes nas urgências hospitalares para a versão 2 do Sistema de Manchester – o Siemens Triage. Em funcionamento no Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, na Amadora, este sistema informático, desenvolvido em Portugal por uma equipa da Siemens, S.A., obteve do Grupo Português de Triagem, entidade reconhecida pelo Grupo de Manchester a nível internacional e pelo Ministério da Saúde, o certificado que atesta o excelente desempenho alcançado no serviço de urgência desta unidade de saúde.

Uma das parcerias estratégicas a destacar no período em análise consistiu no modelo de cooperação que o setor Healthcare estabeleceu com o Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa, um projeto inovador que aposta no futuro sustentável em saúde. Este modelo de cooperação pressupõe a disponibilização dos recursos experientes e especializados da Siemens, S.A. para apoiar o hospital em diferentes áreas, como a análise estratégica, programação funcional, tecnologias biomédicas e de edifícios, sistemas de informação e otimização processual, entre outras. Adicionalmente, a Siemens, S.A. equipou este hospital com uma solução global de sistemas de informação e com tecnologias de diagnóstico por imagem e laboratoriais de última geração.

Já o Hospital SAMS (Serviços de Assistência Médico-Social), em Lisboa, investiu na melhoria dos seus equipamentos de diagnóstico, através da aquisição à Siemens, S.A. de uma nova ressonância magnética e de uma solução de TAC, única no país, que permite atingir um nível superior em tomografia

14 Dados Financeiros

Atividade Comercialresultados das Siemens, S.A.Evolução Previsível

computorizada no que respeita a qualidade de imagens cardíacas. Este é o primeiro equipamento do género na Península Ibérica e um dos primeiros a nível internacional.

No novo Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, a Siemens, S.A. instalou meios de diagnóstico de ponta, desenhados para fornecer elevada fiabilidade e segurança, quer aos doentes quer aos utilizadores. A câmara gama instalada no hospital inclui a última tecnologia de detetores e é a primeira deste modelo em Portugal. Também os aparelhos de TAC, raio-X e de mamografia são os mais modernos e estão pensados para reduzir a possibilidade de erro e minimizar a dose de radiação na execução dos exames.

Além da área da imagiologia, esta unidade de saúde também se encontra na vanguarda ao nível dos sistemas de informação. Toda a prestação de cuidados de saúde no hospital é suportada por tecnologias de informação de última geração da Siemens, como o processo clínico eletrónico Soarian, que apoia as decisões clínicas com informação atualizada, disponível no tempo certo e no local certo, para uma prestação de cuidados mais eficiente e segura.

Por seu turno, a divisão Healthcare Diagnostics (DX) celebrou um contrato com o Grupo Base, com a duração de cinco anos, para o fornecimento de linhas de produtos nas áreas da bioquímica (10 equipamentos), imunoensaio (16 equipamentos), hematologia (7 equipamentos), coagulação (10 equipamentos) e urianálise (10 equipamentos). O Grupo Base, com oito laboratórios a nível nacional, está em franca expansão, quer no que diz respeito ao número de laboratórios que possui, quer no número de pacientes atendidos por dia.

Foi ainda celebrado um contrato com o grupo LabCo, através do qual a Siemens, S.A. passou a ser o parceiro tecnológico principal desta entidade a nível nacional. Este acordo, também com a duração de cinco anos, prevê a instalação de equipamentos em dois laboratórios da LabCo em Lisboa e um no Porto. Os 14 equipamentos a instalar são das áreas da bioquímica, imunologia, hematologia, coagulação e urinas.

Numa vertente de Investigação & Desenvolvimento, o setor Healthcare, através das suas parcerias estratégicas com instituições de investigação de referência a nível nacional, submeteu mais um pedido de patente associado a um inovador método de deteção de lesões tumorais na mama através de imagens de ressonância magnética.

Ainda no ano fiscal de 2012, a Siemens, S.A., através do setor Healthcare, doou um ecógrafo ao Oceanário de Lisboa, que tem permitido um acompanhamento mais eficaz de raias tropicais uges-de-manchas-azuis (Taeniura lymma) durante o seu período de gestação. Com a doação deste equipamento de ecografia, a Siemens, S.A. proporcionou ao Oceanário de Lisboa a possibilidade de estudar e recolher dados científicos sobre a reprodução desta raia, considerada «quase ameaçada» pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Projetos internacionais de conservação de espécies marinhas, como o European Studbook, beneficiarão largamente desta tecnologia que, embora criada para servir o homem, é imprescindível para conhecer, estudar e conservar a biodiversidade.

Finalmente, o setor Healthcare lançou ainda, no período em análise, o Customer Care Center, o novo serviço de atendimento e suporte para clientes, global e único para o setor. Portugal foi um dos primeiros países dentro do universo da Siemens, S.A. a disponibilizar este serviço aos seus clientes.

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Em 2013, projeta-se uma recuperação gradual da economia portuguesa num contexto de equilíbrio entre a procura interna e externa. As exportações deverão continuar a registar um crescimento positivo, perseverando o seu papel determinante na atenuação do impacto da contração da procura interna sobre a atividade económica. Desta forma, deverá registar-se, à semelhança do que se observou em 2012, uma redução do peso da procura interna no PIB e um aumento do peso das exportações em cinco por cento. No que diz respeito às componentes da procura interna, as projeções apontam para uma redução do consumo privado de 1,3 por cento em 2013***.

Ao longo do período em questão, deverão observar-se condições de financiamento progressivamente menos restritivas, traduzindo-se numa diminuição das taxas de juro e na descida da inflação para 1,0 por cento. Esta recuperação, feita de modo gradual, é consequência imediata do programa de assistência financeira solicitado por Portugal ao Fundo Monetário Internacional (FMI), que visa a redução dos desequilíbrios macroeconómicos acumulados ao longo das últimas décadas***.

Na Zona Euro, e de acordo com as previsões do BCE, o crescimento real do PIB vai situar-se entre os -0,4 por cento e os 1,4 por cento, em 2013. A taxa de inflação da Zona Euro deverá diminuir e situar-se entre 1,3 por cento e 2,5 por cento, impulsionada, em grande medida, pela evolução da inflação dos preços dos produtos energéticos, que se prevê que abrande substancialmente ao longo do horizonte de projeção, refletindo a descida gradual dos preços do petróleo**.

O BCE prevê igualmente uma aceleração das exportações europeias de 4,3 por cento em 2012 para 8,1 por cento em 2013. O consumo privado deve manter um fraco crescimento, em torno de 0,8 por cento. No que se refere à procura externa da Área do Euro,espera-se que apresente um crescimento de 5,8 por cento em 2013**.

A taxa de desemprego deve diminuir para 11,1 por cento na Zona Euro, em comparação com os 11,3 por cento registados em 2012, tendência que se estende à generalidade dos países, com exceção da Grécia, Portugal e Espanha**.

A economia mundial deverá crescer cerca de 3,6 por cento em 2013, dando continuidade à tendência registada em 2012. Num enquadramento internacional, estima-se que o crescimento real do PIB mundial recupere de 3,8 por cento em 2012 para 4,0 por cento em 2013**.

O valor da receita de negócio próprio registou o montante de 340,9 milhões de euros. Foram efetuadas todas as amortizações, ajustamentos e provisões que a Administração entendeu necessárias para a cobertura de riscos previsíveis.

Colocamos à disposição da Assembleia Geral 6,619 milhões de euros, para o que propomos a seguinte distribuição:

- Dividendos: 6.619.598,72 de euros.

O resultado líquido já inclui 10.454 milhões em gratificações aos colaboradores.

Não existem dívidas em mora ao setor público estatal, incluindo a Segurança Social.

As contas foram objeto de auditoria pela firma de auditores independentes Ernst & Young Audit & Associados – S.R.O.C., S.A., que emitiu um parecer sem reservas.

Resultados da Siemens, S.A.

Evolução Previsível

16 Dados Financeiros

Evolução PrevisívelConsiderações FinaisDemonstrações dos resultados

As transferências da Siemens, S.A. para o Estado, no período de 1 de outubro de 2011 a 30 de setembro de 2012, ascenderam ao montante de 24.360 milhões de euros em impostos e de 13.808 milhões de euros para a Segurança Social, tendo as nossas vendas gerado 47.072 milhões de euros de IVA, o que perfaz um total de 85.240 milhões de euros para os cofres do Estado.

A todos os colaboradores, de todas as unidades e serviços internos e externos, que contribuíram para o desenvolvimento da empresa, agradecemos a dedicação e o entusiasmo que demonstraram ao longo do ano.

Amadora, 19 de novembro de 2012

Considerações Finais

O crescimento económico é menos pronunciado nas economiasavançadas, que em média vão crescer 1,9 por cento no próximo ano, enquanto as economias emergentes terão um desempenho melhor, ao crescerem 5,9 por cento, em 2013.

Os dois países mais populosos do mundo, China e Índia, continuarão a crescer a taxas muito elevadas, mas a um ritmo mais moderado. Para a China, o FMI prevê uma taxa de crescimento de 8,8 por cento. Já para a Índia, o Fundo aponta para uma taxa de 7 por cento.

No que se refere à taxa de desemprego mundial, esta deverádiminuir de 8 por cento em 2012 para 7,9 por cento em 2013****.

Relativamente à atividade da Siemens para 2013, é de destacar a implementação global do «Siemens 2014», um programa de realinhamento estratégico que será completado em 2014. Este programa assenta em cinco vertentes identificadas como Cost Reduction, Go To Market, Simplified Governance, Optimizing Infrastructure e Strengthen Core Activities, cujo principal objetivo passa pelo reforço do enfoque nos clientes e pelo fortalecimento dos negócios core da empresa.

No seguimento deste plano, foi já anunciada a compra da Invensys Rail, uma empresa líder no campo da sinalização e do controlo ferroviário, que permitirá à Siemens expandir a sua presença no crescente mercado global de automação ferroviária. Paralelamente, foi decidido desinvestir em segmentos de mercado non-core para a empresa, como o manuseamento de bagagens, triagem postal e de encomendas, assim como o mercado de energia solar e fotovoltaica e a área de tratamento de águas e resíduos.

Para 2013, perspetiva-se que os Centros de Competência de vertente tecnológica e os Global Shared Services de serviços financeiros e de recursos humanos continuem a ser um dos destaques da atividade da Siemens, S.A. Atualmente, cerca de 200 colaboradores altamente qualificados prestam serviços nestas áreas a clientes espalhados pelo mundo. O apoio à atividade da Siemens Angola, assim como a prospeção de novos mercados no continente africano, serão outros pontos de realce no ano fiscal de 2013, alargando assim a influência e atividade da Siemens, S.A. a novas fontes de negócios.

* FMI – World Economic Outlook October 2012.** BCE – Eurosystem Staff Projections.*** Banco de Portugal – Boletim Económico – Verão 2012.**** OCDE – OECD Economic Outlook n.º 91.

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Demonstraçõesdos Resultados 2012

18 Dados Financeiros

balançoDemonstração dos resultados por Naturezas

BAlAnÇo (montantes expressos em euros)

rubricas Notas 30/09/2012 30/09/2011

AtIVo:

Ativo não corrente:

Ativos fixos tangíveis 7 38.602.203,01 40.951.466,88

Ativos fixos intangíveis 8 413.147,05 -

Outros ativos financeiros 9 22.390.600,36 13.937,50

Ativos por impostos diferidos 12 15.878.000,00 7.985.000,00

77.283.950,42 48.950.404,38

Ativo corrente:

Inventários 13 77.486.516,97 86.130.563,59

Clientes 14 7.628.605,98 13.049.947,02

Acionistas/sócios 11 102.755.431,74 158.814.924,74

Outras contas a receber 11 857.798,90 978.363,17

Diferimentos 16 14.313.182,99 4.186.584,46

Caixa e depósitos bancários 4 4.815.553,84 4.420.314,23

207.857.090,42 267.580.697,21

total do Ativo 285.141.040,84 316.531.101,59

cAPItAl PrÓPrIo:

Capital realizado 17 70.000.000,00 70.000.000,00

reservas legais 17 14.256.000,00 14.256.000,00

Outras reservas 17 11.232.005,24 11.275.005,24

resultados transitados 17 12.300.662,86 16.415.124,17

resultado líquido do período 17 6.619.598,72 32.806.773,96

total do capital Próprio 114.408.266,82 144.752.903,37

PASSIVo:

Passivo não corrente:

Provisões 19 40.400.448,52 25.675.247,16

Passivos por impostos diferidos 12 5.042.000,00 5.862.000,00

45.442.448,52 31.537.247,16

Passivo corrente:

Fornecedores 11 49.664.816,62 65.662.666,52

Adiantamentos de clientes 11 4.821.185,42 3.370.781,61

Estado e outros entes públicos 15 5.583.392,38 10.621.739,72

Acionistas/sócios 11 450.983,08 -

Outras contas a pagar 11 32.580.571,07 25.849.447,93

Diferimentos 16 32.189.376,93 34.736.315,28

125.290.325,50 140.240.951,06

total do Passivo 170.732.774,02 171.778.198,22

total do capital Próprio e do Passivo 285.141.040,84 316.531.101,59O Conselho de Administração O Técnico Oficial de Contas

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DemonStrAÇão DoS reSUltADoS Por nAtUreZAS (montantes expressos em euros)

rendimentos e Gastos 30/09/2012 30/09/2011

Vendas e serviços prestados 340.909.567,11 418.760.957,04

Subsídios à exploração 14.450,57 244.261,86

Variação nos inventários da produção 4.026,00 (4.718.170,86)

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (126.383.672,82) (162.056.334,16)

Fornecimentos e serviços externos (129.468.295,79) (150.440.973,04)

Gastos com o pessoal (67.405.966,40) (68.916.850,19)

Imparidade de inventários (perdas/reversões) (157.960,63) (103.999,53)

Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 1.258.549,49 (790.196,81)

Provisões (aumentos/reduções) (14.725.755,36) 13.747.141,72

Outros rendimentos e ganhos 5.409.741,44 9.288.480,62

Outros gastos e perdas (3.061.860,47) (6.222.867,77)

resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos (eBItDA) 6.392.823,14 48.791.448,88

Gastos/reversões de depreciação e de amortização (3.975.861,60) (3.976.602,61)

resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) (eBIt) 2.416.961,54 44.814.846,27

Juros e rendimentos similares obtidos 933.389,90 1.615.972,62

Juros e gastos similares suportados (255.198,50) (272.044,93)

resultado antes de impostos (eBt) 3.095.152,94 46.158.773,96

Imposto sobre o rendimento do período 3.524.445,78 (13.352.000,00)

resultado líquido do período 6.619.598,72 32.806.773,96

resultado das atividades descontinuadas (líquido de impostos) incluído no resultado líquido do período - -

resultado por ação básico EUR 0,47 EUR 2,34O Conselho de Administração O Técnico Oficial de Contas

20 Dados Financeiros

Demonstração de Fluxos de CaixaDemonstração das Alterações no Capital Próprio

DemonStrAÇão De FlUXoS De cAIXA (montantes expressos em euros)

rubricas 30/09/2012 30/09/2011

Fluxos de caixa das atividades operacionais – método direto

recebimentos de clientes 348.877.846,50 475.921.352,91

Pagamentos a fornecedores (280.109.648,23) (299.305.361,10)

Pagamentos ao pessoal (66.392.272,68) (67.715.219,11)

caixa gerada pelas operações 2.375.925,59 108.900.772,70

Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento (9.310.409,44) (2.530.270,34)

Outros recebimentos/pagamentos 67.967.891,16 (73.245.220,94)

Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 61.033.407,31 33.125.281,42

Fluxos de caixa das atividades de investimento

Pagamentos respeitantes a:

Ativos fixos tangíveis (1.625.548,94) (2.949.673,06)

Ativos intangíveis (413.147,05) -

Investimentos financeiros (10.076.000,00) -

Dividendos (49.221.898,13) (29.400.000,00)

recebimentos provenientes de:

Ativos fixos tangíveis 20.235,02 50.211,64

Juros e rendimentos similares 933.389,90 1.615.972,62

Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) (60.382.969,20) (30.683.488,80)

Fluxos de caixa das atividades de financiamento

Pagamentos respeitantes a:

Juros e gastos similares (255.198,50) (272.044,93)

Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) (255.198,50) (272.044,93)

Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) 395.239,61 2.169.747,69

efeito das diferenças de câmbio -

caixa e seus equivalentes no início do período (4.420.314,23) (2.250.566,54)

caixa e seus equivalentes no fim do período 4.815.553,84 4.420.314,23

395.239,61 2.169.747,69O Conselho de Administração O Técnico Oficial de Contas

21

DemonStrAÇão DAS AlterAÇÕeS no cAPItAl PrÓPrIo (montantes expressos em euros)Período findo em 30 de setembro de 2012

Descrição Capital realizado reservas legais Outras reservas resultados Transitados

resultado líquido do Período

Total de Capital Próprio

PoSIÇão no InícIo Do PeríoDo 01-10-2010 70.000.000 14.256.000 11.290.005 18.649.468 27.165.656 141.361.129

APlIcAÇão De reSUltADoSTransferência de resultado líquido para resultados Transitados (2.733.697) 2.733.697 -

- - - (2.733.697) 2.733.697 -

AlterAÇÕeS no PeríoDoImpostos diferidos realizados resultantes de reservas de reavaliação (15.000) (15.000)

Outras alterações 499.353 (499.353) -

- - (15.000) 499.353 (499.353) (15.000)

reSUltADo líQUIDo Do PeríoDo 32.806.774 32.806.774

reSUltADo IntegrAl 32.307.421 32.791.774 oPerAÇÕeS com DetentoreS De cAPItAl no PeríoDo

Pagamento de Dividendos (29.400.000) (29.400.000)

- - - - (29.400.000) (29.400.000)PoSIÇão no FIm Do PeríoDo 30-09-2011 70.000.000 14.256.000 11.275.005 16.415.124 32.806.774 144.752.903 PoSIÇão no InícIo Do PeríoDo 01-10-2011 70.000.000 14.256.000 11.275.005 16.415.124 32.806.774 144.752.903

APlIcAÇão De reSUltADoSTransferência de resultado líquido para resultados Transitados 32.806.774 (32.806.774) -

- - - 32.806.774 (32.806.774) -

AlterAÇÕeS no PeríoDoImpostos diferidos realizados resultantes de reservas de reavaliação (43.000) (43.000)

Aquisição da SHD 12.300.663 12.300.663

- - (43.000) 12.300.663 - 12.257.663

reSUltADo líQUIDo Do PeríoDo 6.619.599 6.619.599

reSUltADo IntegrAl 6.619.599 18.877.262 oPerAÇÕeS com DetentoreS De cAPItAl no PeríoDo

Pagamento de Dividendos (31.000.000) (31.000.000)Pagamento de Dividendos extraordinários (18.221.898) (18.221.898)

- - - (49.221.898) - (49.221.898)PoSIÇão no FIm Do PeríoDo 30-09-2012 70.000.000 14.256.000 11.232.005 12.300.663 6.619.599 114.408.267

O Conselho de Administração O Técnico Oficial de Contas

22 Dados Financeiros

Anexo às Demonstrações Financeiras

1. IntroDUÇãoA empresa foi constituída em 1922 com a denominação social de Siemens Companhia de Electricidade, Lda. Em 1931, foi transformada em sociedade anónima e, com as alterações ao Código das Sociedades Comercias, tomou a presente designação de Siemens, S.A.

A empresa tem a sua sede na Rua Irmãos Siemens, n.º 1, Venteira, Amadora.

Dispõe, ainda, de instalações no Freixieiro e de fábricas no Sabugo (transformadores) e Corroios (quadros elétricos).

A empresa está presente em diversos setores de atividade, a saber:

• Energia (Distribuição e Produção);• Indústria (Soluções integradas para a gestão e manutenção de edifícios e equipamentos industriais);• Saúde (Aparelhos de diagnóstico e soluções IT de gestão para a área da saúde);• Infraestruturas e Cidades (Infraestruturas ferroviárias e aeroportuárias, smart grids, serviços e sistemas de proteção e controlo).

Presta ainda serviços financeiros a 72 empresas do grupo de 20 países localizados em 3 continentes, através dos centros de competência instalados em Portugal.

A sua atividade principal é o fabrico, desenvolvimento, reparação, aquisição e venda de produtos, pertencentes aos setores acima descritos.

A empresa-mãe da Siemens, S.A. denomina-se Siemens International Holding, B.V., que tem a sua sede em Haia, na Holanda, detendo 100 por cento dos 14 milhões de ações com o valor nominal de 5€ cada, que representam o capital da Siemens, S.A.

A Siemens, S.A. optou por não apresentar as suas demonstrações financeiras consolidadas, ao abrigo da isenção permitida pela alínea b) do n.º 3 do artigo 7.º do Decreto- Lei n.º 158/2009 de 13 de julho.

2. reFerencIAl contABIlíStIco De PrePArAÇão DAS DemonStrAÇÕeS FInAnceIrASAs presentes demonstrações financeiras foram elaboradas no pressuposto da continuidade das operações a partir dos livros e registos contabilísticos da empresa e de acordo com as Normas Contabilísticas de Relato Financeiro (NCRF) previstas pelo Sistema de Normalização Contabilística (SNC), aprovado pelo Decreto Lei n.º 158/2009 de 13 de julho, com as retificações da Declaração de Retificação n.º 67-B/2009 de 11 de setembro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 20/2010 de 23 de agosto.

Dado que a partir da publicação do Decreto-Lei n.º 238/91 de 2 de julho a empresa iniciou a preparação e apresentação de contas, as presentes demonstrações financeiras, que são as primeiras apresentadas de acordo com as NCRF, não são as primeiras demonstrações financeiras apresentadas pela empresa.

Não houve derrogações de disposições do SNC tendo em vista a necessidade de estas darem uma imagem verdadeira e apropriada do ativo, do passivo e dos resultados da empresa.

Não existem contas, seja do balanço seja da demonstração de resultados, cujos conteúdos não sejam comparáveis com os do exercício anterior.

A Siemens, tendo um exercício económico diferente do ano civil (1 de outubro a 30 de setembro) superiormente autorizado, adotou as NCRF pela primeira vez em 1 de outubro de 2010, aplicando para o efeito a NCRF 3 – Adoção pela primeira vez das

Anexo às Demonstrações FinanceirasExercício de 1 de outubro de 2011 a 30 de setembro de 2012

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Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro, tendo preparado o balanço de abertura a 1 de outubro de 2009, considerando as isenções e/ou proibições de aplicação retrospetiva previstas na respetiva norma.

3. PrIncIPAIS PolítIcAS contABIlíStIcAS

3.1. Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras:Na preparação das demonstrações financeiras a que se referem as presentes notas, a empresa adotou:

• As Bases de Preparação das Demonstrações Financeiras constantes do anexo ao Decreto-Lei n.º 158/2009 de 13 de julho, que instituiu o SNC;

• As NCRF em vigor na presente data com as isenções descritas na Nota 2.

Assim, as demonstrações financeiras foram preparadas tendo em conta as bases da continuidade, do regime do acréscimo, da consistência de apresentação, da materialidade e agregação, da não compensação e da informação comparativa.

Tendo por base o disposto nas NCRF, as políticas contabilísticas adotadas pela empresa foram as seguintes:

(a) Ativos fixos tangíveisOs ativos fixos tangíveis referem-se a bens utilizados na produção, na prestação de serviços ou no uso administrativo.

A empresa adotou o custo considerado na mensuração dos ativos fixos tangíveis em referência a 1 de janeiro de 2009 (data de transição para as NCRF), nos termos da isenção permitida pela NCRF 3 – Adoção pela primeira vez das NCRF.

A empresa adotou como custo considerado:

• Para terrenos e edifícios, o valor de aquisição reavaliado ao abrigo da legislação publicada;• Para os restantes ativos fixos tangíveis, o valor constante das anteriores demonstrações financeiras preparadas de acordo

com o POC, o qual incluía reservas de reavaliação efetuadas ao abrigo de diversos diplomas legais que tiveram em conta coeficientes de desvalorização da moeda.

Os ganhos resultantes das revalorizações efetuadas encontram-se refletidos em «Outras reservas».

Com exceção dos terrenos que não são amortizáveis, os ativos fixos tangíveis são amortizados durante o período de vida económica esperada e avaliados quanto à imparidade sempre que existe uma indicação de que o ativo possa estar em imparidade.

As amortizações são calculadas numa base duodecimal, a partir do momento em que os bens estão disponíveis para a utilização para a finalidade pretendida, utilizando o método da linha reta.

Os ativos fixos tangíveis são depreciados em duodécimos durante as vidas úteis estimadas:

Edifícios e outras construções 10 a 50 anos

Equipamento básico 4 a 10 anos

Equipamento de transporte 4 a 6 anos

Equipamento administrativo 4 a 8 anos

Outros ativos fixos tangíveis Até 1 ano

24 Dados Financeiros

Anexo às Demonstrações Financeiras

Considera-se que o valor residual é nulo, pelo que o valor depreciável sobre o qual incidem as amortizações é coincidente com o custo.

Os métodos de amortização, a vida útil estimada e o valor residual são revistos no final de cada ano e os efeitos das alterações são tratados como alterações de estimativas, ou seja, o efeito das alterações é tratado de forma prospetiva.

O gasto com amortizações é reconhecido na demonstração de resultados na rubrica «Gastos/reversões de depreciação e amortização».

Os custos de desmantelamento e remoção de bens do ativo fixo tangível e os custos de restauro do local onde estes estão localizados, em cuja obrigação se incorre quando os bens são adquiridos ou como consequência de terem sido usados durante um determinado período para finalidades diferentes da produção de inventários, fazem parte do custo do ativo fixo tangível correspondente e são amortizados no período de vida útil dos bens a que respeitam.

Os custos de manutenção e reparação correntes são reconhecidos como gastos no período em que ocorrem.

Os custos com substituições e grandes reparações são capitalizados sempre que aumentem a vida útil do imobilizado a que respeitem e são amortizados no período remanescente da vida útil desse imobilizado ou no seu próprio período de vida útil, se inferior.

Qualquer ganho ou perda resultante do desreconhecimento de um ativo tangível (calculado como a diferença entre o valor de venda menos custos da venda e o valor contabilístico) é incluído no resultado do exercício no ano em que o ativo é desreconhecido.

As «Outras reservas» relativas a reservas de reavaliação existentes nos anteriores PCGA não são transferidas para resultados transitados por se referirem a reservas efetuadas ao abrigo de diplomas legais, as quais, apesar de realizadas pelo uso ou pela venda, não podem ser distribuídas aos sócios.

Os ativos fixos tangíveis em curso dizem respeito a bens que ainda se encontram em fase de construção ou desenvolvimento e estão mensurados ao custo de aquisição sendo somente amortizados quando se encontram disponíveis para uso.

ImparidadeA empresa avalia se existe qualquer indicação de que um ativo possa estar com imparidade no final do ano. Se existir qualquer indicação, as empresas estimam a quantia recuperável do ativo (que é a mais alta entre o justo valor do ativo ou de uma unidade geradora de caixa menos os gastos de vender e o seu valor de uso) e reconhecem nos resultados do exercício a imparidade sempre que a quantia recuperável for inferior ao valor contabilístico.

Ao avaliar se existe indicação de imparidade são tidas em conta as seguintes situações:

• Durante o período, o valor de mercado de um ativo diminuiu significativamente mais do que seria esperado como resultado da passagem do tempo ou do uso normal;

• Ocorreram, durante o período, ou irão ocorrer no futuro próximo, alterações significativas com um efeito adverso na entidade, relativas ao ambiente tecnológico, de mercado, económico ou legal em que a entidade opera ou no mercado ao qual o ativo está dedicado;

• As taxas de juro de mercado ou outras taxas de mercado de retorno de investimentos aumentaram durante o período e esses aumentos provavelmente afetarão a taxa de desconto usada no cálculo do valor de uso de um ativo e diminuirão materialmente a quantia recuperável do ativo;

• A quantia escriturada dos ativos líquidos da entidade é superior à sua capitalização de mercado;

25

• Está disponível evidência de obsolescência ou dano físico de um ativo;• Alterações significativas com um efeito adverso na entidade ocorreram durante o período, ou espera-se que ocorram

num futuro próximo, até ao ponto em que, ou na forma em que, um ativo seja usado ou se espera que seja usado. Estas alterações incluem um ativo que se tornou ocioso, planos para descontinuar ou reestruturar a unidade operacional a que o ativo pertence e planos para alienar um ativo antes da data anteriormente esperada;

• Existe evidência em relatórios internos que indica que o desempenho económico de um ativo é, ou será, pior do que o esperado.

Independentemente de haver indicações de estarem em imparidade, os bens que ainda não estão disponíveis para uso são testados anualmente quanto à imparidade.

As reversões de imparidade são reconhecidas em resultados (a não ser que o ativo esteja escriturado pela quantia revalorizada, caso em que é tratado como acréscimo de revalorização) e não devem exceder a quantia escriturada do bem que teria sido determinada caso nenhuma perda por imparidade tivesse sido reconhecida anteriormente.

(b) Ativos intangíveisAtivos intangíveis adquiridos separadamente são mensurados, na data do reconhecimento inicial, ao custo.

Após o reconhecimento inicial, os ativos intangíveis apresentam-se ao custo menos amortizações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas.

A vida útil do ativo intangível foi avaliada como finita.

Os ativos intangíveis com vidas úteis finitas são amortizados durante o período de vida económica esperada e avaliados quanto à imparidade sempre que existe uma indicação de que o ativo pode estar em imparidade.

A imparidade destes ativos é determinada tendo por base os critérios descritos na alínea a) ativos fixos tangíveis.

As reversões de imparidade são reconhecidas em resultados e não devem exceder a quantia escriturada do bem que teria sido determinada caso nenhuma perda por imparidade tivesse sido reconhecida anteriormente.

Para um ativo intangível com uma vida útil finita, os métodos de amortização, a vida útil estimada e o valor residual são revistos no final de cada ano e os efeitos das alterações são tratados como alterações de estimativas, i.e. o efeito das alterações é tratado de forma prospetiva.

O gasto com amortizações de ativos intangíveis com vidas úteis finitas é reconhecido na demonstração de resultados na rubrica de «Gastos/reversões de depreciação e amortização».

Qualquer ganho ou perda resultante do desreconhecimento de um ativo intangível (calculado como a diferença entre o valor de venda menos o custo da venda e o valor contabilístico) é incluído no resultado do exercício no ano em que o ativo é desreconhecido.

(b.1.) Programas de computadorÉ reconhecido nesta rubrica o programa de computador GloRHia de gestão de recursos humanos, adquirido a terceiros.

Os gastos associados à manutenção e ao desenvolvimento dos programas de computador são reconhecidos como gastos quando incorridos por se considerar que não são mensuráveis com fiabilidade e/ou não geram benefícios económicos futuros.

O período de depreciação do ativo fixo intangível registado é de cinco anos.

26 Dados Financeiros

Anexo às Demonstrações Financeiras

(c) Participações financeiras – método da equivalência patrimonialEstão valorizados de acordo com o método de equivalência patrimonial os investimentos em subsidiárias, definindo-se como tal as entidades nas quais a empresa exerce uma influência significativa e que não são nem associadas nem empreendimentos conjuntos.

ImparidadeA imparidade destes ativos é determinada tendo por base os critérios descritos na alínea a) ativos fixos tangíveis.

(d) Participações financeiras – outros métodosAs participações financeiras da Siemens que não utilizam o método da equivalência patrimonial respeitam a participações em associações empresariais cujo objeto é de interesse económico para a empresa, mas em que não existe participação na gestão das mesmas.

A empresa adotou a isenção definida na NCRF 3 e, consequentemente, considerou os montantes ao custo do antigo GAAP.

(e) Imposto sobre o rendimento

(e.1.) Imposto sobre o rendimento – correnteO imposto corrente é determinado com base no resultado contabilístico ajustado de acordo com a legislação fiscal em vigor.

A empresa é tributada em sede de imposto sobre o rendimento à taxa de 25 por cento, acrescida da taxa de derrama até à taxa máxima de 1,5 por cento sobre o lucro tributável, e acrescida de uma taxa da derrama estadual, aplicável a partir de 2010 inclusive, de 2,5 por cento sobre o valor de lucro tributável que exceda os 2 milhões de euros.

Nos termos da legislação em vigor, as declarações fiscais da Siemens, S.A. estão sujeitas a revisão por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos, o qual pode ser prolongado em determinadas circunstâncias, nomeadamente quando existem prejuízos fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações.

O Conselho de Administração, suportado nas posições dos seus consultores fiscais e tendo em conta as responsabilidades reconhecidas, entende que das eventuais revisões dessas declarações fiscais não resultarão correções materiais nas demonstrações financeiras.

(e.2.) Imposto sobre o rendimento – diferidoOs ativos e passivos por impostos diferidos resultam do apuramento de diferenças temporárias (dedutíveis e tributáveis) entre as bases contabilísticas e as bases fiscais dos ativos e passivos da empresa.

Os ativos por impostos diferidos refletem:

• As diferenças temporárias dedutíveis até ao ponto em que é provável a existência de lucros tributáveis futuros relativamente ao qual a diferença dedutível pode ser usada;

• Perdas fiscais não usadas e créditos fiscais não usados até ao ponto em que seja provável que lucros tributáveis futuros estejam disponíveis contra os quais possam ser usados.

Diferenças temporárias dedutíveis são diferenças temporárias das quais resultam quantias que são dedutíveis na determinação do lucro tributável/perda fiscal de períodos futuros quando a quantia escriturada do ativo ou do passivo seja recuperada ou liquidada.

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Os passivos por impostos diferidos refletem diferenças temporárias tributáveis.

As diferenças temporárias tributáveis são diferenças temporárias das quais resultam quantias tributáveis na determinação do lucro tributável/perda fiscal de períodos futuros quando a quantia escriturada do ativo ou do passivo seja recuperada ou liquidada.

A mensuração dos ativos e passivos por impostos diferidos:

• É efetuada de acordo com as taxas que se espera que sejam de aplicar no período em que o ativo for realizado ou o passivo liquidado, com base nas taxas fiscais aprovadas à data de balanço; e

• Reflete as consequências fiscais decorrentes da forma como a empresa espera, à data do balanço, recuperar ou liquidar a quantia escriturada dos seus ativos e passivos.

(f) InventáriosOs inventários são registados ao menor de entre o custo e o valor líquido de realização. O valor líquido de realização representa o preço de venda estimado deduzido de todos os gastos estimados necessários para concluir os inventários e para efetuar a sua venda. Nas situações em que o valor de custo é superior ao valor líquido de realização, é registado um ajustamento (perda por imparidade) pela respetiva diferença.

O método de custeio dos inventários adotado pela Siemens consiste no custo médio ponderado.

(g) Ativos financeiros não incluídos nas alíneas anterioresOs ativos financeiros não incluídos nas alíneas atrás e que não são valorizados ao justo valor estão valorizados ao custo amortizado (de acordo com o método do juro efetivo, o qual torna o valor contabilístico do ativo diferente do respetivo valor nominal quando o prazo da realização dos ativos é significativo, geralmente superior a seis meses), líquido de perdas por imparidade, quando aplicável.

No final do ano, a empresa avaliou a imparidade destes ativos. Sempre que existia uma evidência objetiva de imparidade, a empresa reconheceu uma perda por imparidade na demonstração de resultados.

A evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos pode estar em imparidade tem em conta dados observáveis que chamem a atenção sobre os seguintes eventos de perda:

• Significativa dificuldade financeira do devedor;• Quebra contratual, tal como não pagamento ou incumprimento no pagamento do juro ou amortização da dívida;• As empresas englobadas na consolidação, por razões económicas ou legais relacionadas com a dificuldade financeira

do devedor, ofereceram ao devedor concessões que de outro modo não considerariam;• Tornar-se provável que o devedor irá entrar em falência ou qualquer outra reorganização financeira;• Informação observável indicando que existe uma diminuição na mensuração da estimativa dos fluxos de caixa futuros

de um grupo de ativos financeiros desde o seu reconhecimento inicial.

Os ativos financeiros individualmente significativos foram avaliados individualmente para efeitos de imparidade. Os restantes foram avaliados com base em similares características de risco de crédito.

A imparidade apurada nos termos atrás referidos não difere daquela que é apurada com critérios e para efeitos fiscais.

28 Dados Financeiros

Anexo às Demonstrações Financeiras

Seguem-se algumas especificidades relativas a cada um dos tipos de ativos financeiros:

(g.1.) AcionistasOs empréstimos a acionistas encontram-se valorizados ao custo amortizado, utilizando o método do juro efetivo, menos imparidade. Os restantes saldos com acionistas são também apresentados pelo respetivo custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade, sempre que aplicável, determinada com base nos critérios definidos acima.

(g.2.) ClientesAs contas a receber de clientes são mensuradas, aquando do reconhecimento inicial, de acordo com os critérios de mensuração de «Vendas e prestações de serviços» descritos na alínea p), sendo subsequentemente mensuradas ao custo amortizado menos imparidade.

A imparidade é determinada com base nos critérios definidos na alínea g).

A Siemens, S.A. acordou com a sua casa-mãe, através dos seus serviços financeiros (Siemens Financial Services) a cedência dos créditos sobre clientes, denominado Siemens Credit Warehouse, sendo a dívida reclassificada para a conta de associadas até à data do seu vencimento.

(g.3.) Adiantamentos a fornecedoresEstes saldos são mensurados ao respetivo custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade, sempre que aplicável, determinada com base nos critérios definidos na alínea g).

(g.4.) Outras contas a receberAs outras contas a receber que incluem as dívidas ativas dos colaboradores e os saldos devedores de fornecedores encontram-se também valorizadas ao custo amortizado, menos eventuais imparidades calculadas com base nos critérios definidos na alínea g). (g.5.) Caixa e depósitos bancários e caixa e equivalentes de caixaOs saldos incluídos nesta rubrica estão mensurados da seguinte forma:

• Depósitos sem maturidade definida – ao custo (equivalente ao valor nominal).

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de «Caixa e equivalentes de caixa» compreende depósitos, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.

(h) estado e outros entes públicosOs saldos ativos e passivos desta rubrica são apurados com base na legislação em vigor.

No que respeita aos ativos, não foi reconhecida qualquer imparidade por se considerar que tal não é aplicável, dada a natureza específica do relacionamento.

(i) Diferimentos ativos e passivosEsta rubrica reflete as transações e outros acontecimentos relativamente aos quais não é adequado o seu integral reconhecimento nos resultados do período em que ocorrem, mas que devam ser reconhecidos nos resultados de períodos futuros.

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(j) rubricas do capital próprio

(j.1.) Capital realizadoO capital encontra-se totalmente realizado nas datas de constituição da Sociedade e respetivas escrituras de aumento de capital.

(j.2.) Reserva legalDe acordo com o art. 295.º do CSC, pelo menos 5 por cento do resultado tem de ser destinado à constituição ou reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20 por cento do capital social.

A reserva legal não é distribuível a não ser em caso de liquidação e só pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, ou para incorporação no capital social (art. 296.º do CSC).

(j.3.) Outras reservasEsta rubrica inclui reservas de reavaliação efetuadas nos termos dos anteriores PCGA e as efetuadas na data de transição, líquidas dos correspondentes impostos diferidos, e que não são apresentadas na rubrica de «Excedentes de revalorização» pelo facto de a entidade ter adotado o custo na data de conversão para o SNC.

As reservas de reavaliação efetuadas ao abrigo de diplomas legais, de acordo com tais diplomas, só estão disponíveis para aumentar capital ou cobrir prejuízos incorridos até à data a que se reporta a reavaliação e apenas depois de realizadas (pelo uso ou pela venda).

As reservas que resultam da revalorização efetuada na data de transição só estão disponíveis para distribuição depois de realizadas (pelo uso ou pela venda).

(j.4.) Resultados transitadosEsta rubrica inclui os resultados realizados disponíveis para distribuição aos acionistas (que são líquidos de perdas por reduções de justo valor em instrumentos financeiros, investimentos financeiros e propriedades de investimento) e os ganhos por aumentos de justo valor em instrumentos financeiros, investimentos financeiros e propriedades de investimento que, de acordo com o n.º 2 do art. 32.º do CSC, só estarão disponíveis para distribuição quando os elementos ou direitos que lhes deram origem forem alienados, exercidos, extintos ou liquidados.

(j.5.) Ajustamentos em ativos financeirosEsta conta inclui os ajustamentos relacionados com a aplicação do método da equivalência patrimonial, nomeadamente a apropriação das variações nos capitais próprios das participadas e lucros não atribuídos.

(j.6.) Resultado líquido do períodoEsta rubrica representa o resultado da atividade comercial e industrial, bem como outros rendimentos e ganhos e outros gastos financeiros.

(l) Provisões Esta conta reflete as obrigações presentes (legais ou construtivas) da entidade provenientes de acontecimentos passados, cuja liquidação se espera que resulte numa saída de recursos da entidade que incorporem benefícios económicos e cuja tempestividade e quantia são incertas, mas cujo valor pode ser estimado com fiabilidade.

As provisões são mensuradas pela melhor estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação presente à data do balanço. Sempre que o efeito do valor temporal do dinheiro é material, a quantia de uma provisão é o valor presente

30 Dados Financeiros

Anexo às Demonstrações Financeiras

dos dispêndios que se espera que sejam necessários para liquidar a obrigação usando uma taxa de desconto antes dos impostos que reflete as avaliações correntes de mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscos específicos do passivo e que não reflete riscos relativamente aos quais as estimativas dos fluxos de caixa futuros tenham sido ajustadas.

Seguem-se algumas especificidades relativas a provisões:

(l.1.) Provisões para garantiasEstas provisões refletem a estimativa dos gastos em que se poderá vir a incorrer para solucionar problemas originados por defeitos de fabrico que venham a ser detetados nos produtos vendidos que tenham sido fabricados pela empresa e que venham a ser reclamados pelos clientes no prazo máximo de dois anos a contar da data da venda.

Estas provisões são mensuradas tendo por base a proporção histórica de gastos com garantias em relação ao valor original das vendas, apurada de forma individualizada por tipo de produto, ao longo dos seis últimos anos de vendas.

Não são reconhecidas provisões para garantias relativas a produtos adquiridos à casa-mãe pelo facto de esta assumir os gastos em que se possa vir a incorrer.

(l.2.) Provisões para matérias ambientaisEstas provisões incluem os gastos das medidas tomadas para evitar, reduzir e reparar danos de carácter ambiental decorrentes das atividades das entidades. Estes gastos incluem os relativos a tratamento de águas da fábrica de transformadores.

A provisão reconhecida na empresa respeita a gastos a incorrer com o tratamento de águas na Fábrica do Sabugo.

(l.3.) Provisões para contratos onerososEstas provisões referem-se a obrigações relacionadas com contratos em que os gastos inevitáveis de satisfazer as obrigações segundo os contratos excedem os benefícios económicos que se espera que venham a ser recebidos no âmbito dos mesmos. Para este efeito, considera-se que os gastos inevitáveis segundo o contrato são o menor do custo líquido de sair dos contratos que é o mais baixo do custo de os cumprir e de qualquer compensação ou de penalidades resultantes da falta de os cumprir.

Antes de reconhecer uma provisão separada para um contrato oneroso, a empresa reconhece qualquer perda de imparidade que tenha ocorrido nos ativos inerentes a esse contrato.

(l.4.) Provisões para reestruturaçãoEstas provisões resultam de uma obrigação construtiva pelo facto de a empresa ter decidido levar a cabo um programa planeado e controlado pelo órgão de gestão e que altera materialmente ou o âmbito de um negócio empreendido pela empresa ou a maneira como o negócio é conduzido pela empresa.

Entende-se que a obrigação de reestruturação surge somente quando a empresa:

• Tem um plano formal detalhado para a reestruturação que indica, entre outras situações:– O negócio em questão;– As principais localizações afetadas;– A localização, função e número aproximado de empregados que receberão retribuições pela cessação dos seus serviços;– Os dispêndios que serão levados a efeito; – Quando será implementado o plano; e– Criou uma expectativa válida nos afetados de que levará a efeito a reestruturação por ter anunciado as suas principais

características aos afetados por ele.

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(l.5.) Outras provisõesEsta rubrica inclui as provisões não previstas nas alíneas anteriores.

(m) transações e saldos em moeda estrangeiraAs demonstrações financeiras da Siemens são apresentadas em euros, sendo o euro a moeda funcional e de apresentação.

As transações em moeda estrangeira (moeda diferente da moeda funcional da Siemens, S.A.) são registadas às taxas de câmbio das datas das transações. Em cada data de relato, as quantias escrituradas dos itens monetários denominados em moeda estrangeira são atualizadas às taxas de câmbio de 30 de setembro de 2012.

Os ganhos ou perdas cambiais resultantes dos pagamentos ou recebimentos das transações, bem como da conversão de taxa de câmbio à data de balanço dos ativos e passivos monetários, denominados em moeda estrangeira, são reconhecidos na demonstração dos resultados em função da sua natureza (operacional, investimento e financiamento) no período em que são geradas.

(n) responsabilidades por benefícios pós-emprego e gastos com o pessoalOs gastos com pessoal são reconhecidos quando o serviço é prestado pelos empregados independentemente da data do seu pagamento.

Seguem-se algumas especificidades relativas a cada um dos benefícios:

(n.1.) Benefícios pós-empregoNos planos de contribuição definida, a mensuração das quantias a reconhecer não tem em conta quaisquer pressupostos atuariais e a empresa procede ao seu reconhecimento de forma linear determinada pelas quantias a serem contribuídas relativamente a cada exercício. As quantias são reconhecidas por valores não descontados por se vencerem completamente antes de decorridos 12 meses após o final do período em que os empregados prestam serviço.

Os ativos dos planos não estão disponíveis para os credores da empresa nem podem ser pagos diretamente a esta.

O gasto do exercício respeita às contribuições feitas pela empresa.

(n.2.) Férias e subsídio de fériasDe acordo com a legislação laboral em vigor, os empregados têm direito a férias e a subsídio de férias no ano seguinte àquele em que o serviço é prestado. Assim, foi reconhecido nos resultados do exercício um acréscimo do montante a pagar no ano seguinte, o qual se encontra refletido na rubrica «Outras contas a pagar».

(n.3.) Distribuição de lucros a empregadosAs distribuições de lucros a empregados são reconhecidas em «Gastos com o pessoal» no período a que respeitam e não como uma distribuição de resultados. Assim, foi reconhecido nos resultados do exercício uma dívida do montante a pagar após 30 de setembro, o qual se encontra refletido na rubrica «Outras contas a pagar».

(n.4.) Remunerações com base em açõesOs benefícios concedidos a colaboradores ao abrigo de planos de incentivos de aquisição de ações ou de opções sobre ações são reconhecidos de acordo com as disposições da IFRS 2 – Pagamentos com base em ações.

Assim, os benefícios concedidos são reconhecidos como gastos durante o período em que os serviços são prestados pelos empregados.

32 Dados Financeiros

Anexo às Demonstrações Financeiras

Os benefícios a serem liquidados com base em ações são mensurados pelo justo valor na data de atribuição, sendo reconhecidos como gastos com o pessoal ao longo do período em que são adquiridos pelos beneficiários tendo em conta a probabilidade de virem a ser adquiridos e, se for o caso, a probabilidade das opções virem a ser exercidas.

(n.5.) Benefícios de cessação de empregoA Siemens reconhece um passivo e um gasto por benefício de cessação de emprego quando já se comprometeu de forma demonstrável a:

• Cessar o emprego de um empregado ou grupo de empregados antes da data normal de reforma; ou• Proporcionar benefícios de cessação como resultado de uma oferta feita a fim de encorajar a saída voluntária.

Considera-se forma demonstrável quando tem um plano formal pormenorizado para a cessação e não exista possibilidade realista de retirada e quando o plano inclua, como mínimo:

• A localização, a função e o número aproximado de empregados cujos serviços estão para ser cessados;• O benefício de cessação para cada classificação ou função de emprego.

No caso de ofertas feitas para encorajar a saída voluntária, a mensuração dos Benefícios de Cessação de Emprego é baseada no número de empregados que se espera que aceitem a oferta.

(o) Passivos financeiros Os passivos financeiros são reconhecidos quando a empresa se constitui parte na respetiva relação contratual.

Os passivos financeiros são desreconhecidos quando as obrigações subjacentes se extinguem pelo pagamento, são canceladas ou expiram. Todos os passivos financeiros são reconhecidos inicialmente ao justo valor e, no caso de empréstimos, são também deduzidos os gastos de transação.

Os passivos financeiros estão mensurados nos termos indicados nas alíneas seguintes:

(o.1.) FornecedoresAs contas a pagar a fornecedores são reconhecidas inicialmente pelo respetivo justo valor e, subsequentemente, são mensuradas ao custo amortizado, de acordo com o método do juro efetivo.

(o.2.) Outras contas a pagarAs outras contas a pagar estão mensuradas ao custo amortizado, utilizando o método do juro efetivo, sendo que nesta rubrica estão registadas dívidas passivas ao pessoal e outros acréscimos de gastos.

(o.3.) Adiantamentos de clientesOs adiantamentos de clientes estão mensurados ao custo amortizado.

(o.4.) Acionistas/sóciosOs saldos dos acionistas são apresentados ao custo.

(p) Vendas e prestações de serviçosAs vendas e as prestações de serviços são mensuradas pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber deduzido das quantias relativas a descontos comerciais e de quantidades concedidos.

33

Quando é concedido crédito isento de juros aos compradores ou estes aceitam livranças com taxa de juro inferior à do mercado como retribuição pela venda dos bens, ou, de qualquer outra forma o influxo de dinheiro ou equivalentes de dinheiro é diferido, a diferença entre o justo valor da retribuição e a quantia nominal da retribuição é reconhecida como rédito de juros, durante o período que medeia entre a data do reconhecimento do rédito e a data efetiva do recebimento.

Quando o preço da venda dos produtos/serviços inclui uma quantia identificável de serviços subsequentes, essa quantia é diferida e reconhecida como rédito durante o período em que o serviço é executado.

Embora o rédito somente seja reconhecido quando for provável que os benefícios económicos associados à transação fluam para a empresa, quando surja uma incerteza acerca da cobrança de uma quantia já incluída no rédito, a quantia incobrável, ou a quantia com respeito à qual a recuperação tenha cessado de ser provável, é reconhecida como uma imparidade saldo a receber, e não como um ajustamento da quantia de rédito originalmente reconhecido.

Seguem-se algumas especificidades relativas ao reconhecimento das vendas e das prestações de serviços:

(p.1.) VendasO rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando estão satisfeitas todas as condições seguintes:

• Tenham sido transferidos para o comprador os riscos e vantagens significativos da propriedade dos bens;• Não se mantenha envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse, nem o controlo

efetivo dos bens vendidos;• A quantia do rédito possa ser mensurada com fiabilidade;• Seja provável que os benefícios económicos associados com a transação fluam para a entidade; e• Os gastos incorridos ou a serem incorridos referentes à transação possam ser mensurados com fiabilidade.

(p.2.) Prestações de serviços O rédito das prestações de serviços é reconhecido quando o desfecho da transação pode ser estimado com fiabilidade, o que ocorre quando todas as condições seguintes são satisfeitas:

• A quantia de rédito pode ser mensurada com fiabilidade;• É provável que os benefícios económicos associados à transação fluam para a empresa;• A fase de acabamento da transação à data do balanço pode ser mensurada com fiabilidade; e• Os gastos incorridos com a transação e os gastos para concluir a transação podem ser mensurados com fiabilidade.

(p.3.) Contratos de construçãoQuando é possível estimar com fiabilidade o resultado de um contrato de construção, os correspondentes gastos e rendimentos são reconhecidos por referência à percentagem de acabamento do contrato na data de relato. A percentagem de acabamento é determinada de acordo com os gastos incorridos face aos gastos totais para concluir o contrato.

Quando não é possível estimar com fiabilidade o resultado do contrato de construção, o rédito do contrato é reconhecido até à concorrência dos gastos do contrato incorridos que se esperam recuperar. Os gastos do contrato são reconhecidos no período em que são incorridos.

Quando for provável que os gastos totais do contrato excedam o rédito total do mesmo, a correspondente perda esperada é reconhecida de imediato como um gasto. A quantia de tal perda é determinada independentemente de ter ou não começado o trabalho do contrato ou da fase de acabamento da atividade do contrato.

34 Dados Financeiros

Anexo às Demonstrações Financeiras

(q) Subsídios à exploraçãoSão reconhecidos nesta rubrica os subsídios não reembolsáveis que não estejam relacionados com ativos.

A empresa recebeu um subsídio respeitante à formação, que apenas foi reconhecido quando recebido.

(r) Juros e gastos similares suportadosOs gastos com financiamento são reconhecidos na demonstração de resultados do período a que respeitam e incluem:

• Juros suportados determinados com base no método do juro efetivo.

(s) Ativos e passivos contingentesUm ativo contingente é um possível ativo proveniente de acontecimentos passados e cuja existência só será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da entidade.

Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras para não resultarem no reconhecimento de rendimentos que podem nunca ser realizados. Contudo, são divulgados quando for provável a existência de um influxo futuro.

Um passivo contingente é:

• Uma obrigação possível que provém de acontecimentos passados e cuja existência só será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da entidade; ou

• Uma obrigação presente que decorra de acontecimentos passados mas que não é reconhecida porque:– Não é provável que uma saída de recursos seja exigida para liquidar a obrigação, ou– A quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras para não resultarem no reconhecimento de gastos que podem nunca se tornar efetivos. Contudo, são divulgados sempre que existe uma probabilidade de exfluxos futuros que não seja remota.

(t) efeito das alterações das taxas de câmbioAs transações em moeda estrangeira são convertidas para o euro às taxas nas datas das transações.

Os saldos que se mantenham em dívida no final do ano são convertidos à taxa de fecho e a diferença é reconhecida em resultados.

(u) eventos subsequentesOs eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre as condições que existiam à data do balanço são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras, se materiais.

35

3.2. Juízos de valor (excetuando os que envolvem Principais julgamentos e estimativas) que o órgão de gestão fez no processo de preparação das demonstrações financeiras Na preparação das demonstrações financeiras de acordo com o SNC, o Conselho de Administração utiliza julgamentos, estimativas e pressupostos que afetam a aplicação das políticas e montantes reportados.

As estimativas e julgamentos são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência de eventos passados e outros fatores, incluindo expectativas relativas a eventos futuros considerados prováveis face às circunstâncias em que as estimativas são baseadas ou resultado de uma informação ou experiência adquirida. Os efeitos reais podem diferir dos julgamentos e estimativas efetuados, nomeadamente no que se refere ao impacto dos custos e proveitos que venham realmente a ocorrer.

Os principais julgamentos e estimativas contabilísticas e que tiveram maior impacto refletidas nas quantias reconhecidas nas demonstrações financeiras são como segue:

(a) Vida útil dos ativos fixos tangíveis e intangíveisA vida útil de um ativo é o período durante o qual uma entidade espera que esse ativo esteja disponível para seu uso e deve ser revista pelo menos no final de cada exercício económico.

O método de amortização/depreciação a aplicar e as perdas estimadas decorrentes da substituição de equipamentos antes do fim da sua vida útil, por motivos de obsolescência tecnológica, é essencial para determinar a vida útil efetiva de um ativo.

Estes parâmetros são definidos de acordo com a melhor estimativa da gestão, para os ativos e negócios em questão, considerando também as práticas adotadas por empresas dos setores em que a empresa opera.

(b) reconhecimento de prestações de serviçosA empresa utiliza o método da percentagem de acabamento no reconhecimento das suas prestações de serviços.

A utilização deste método requer que a empresa estime os serviços executados como uma percentagem do total de serviços a serem executados, os quais também necessitam de ser estimados.

(c) Provisões para impostosA empresa, suportada nas posições dos seus consultores fiscais e tendo em conta as responsabilidades reconhecidas, entende que das eventuais revisões dessas declarações fiscais não resultarão correções materiais nas demonstrações financeiras que requeiram a constituição de uma provisão adicional para impostos.

3.3. Principais fontes de incerteza das estimativas (envolvendo risco significativo de provocar ajustamento material nas quantias escrituradas de ativos e passivos durante o ano financeiro seguinte)As estimativas são baseadas no melhor conhecimento existente em cada momento e nas ações que se planeiam realizar, sendo permanentemente revistas com base na informação disponível.

Alterações nos factos e circunstâncias subsequentes podem conduzir à revisão das estimativas no futuro, pelo que os resultados reais poderão vir a diferir das estimativas presentes.

As principais fontes de incerteza das estimativas (envolvendo risco significativo de provocar ajustamento material nas quantias escrituradas de ativos e passivos durante o ano financeiro seguinte) são as seguintes:

36 Dados Financeiros

Anexo às Demonstrações Financeiras

(a) Imparidade das contas a receberO risco de crédito dos saldos de contas a receber é avaliado a cada data de relato, tendo em conta a informação histórica do devedor e o seu perfil de risco tal como referido no parágrafo 3.1. (j.1).

As contas a receber são ajustadas pela avaliação efetuada dos riscos estimados de cobrança existentes à data do balanço, os quais poderão vir a divergir do risco efetivo a incorrer no futuro.

(b) ProvisõesO reconhecimento de provisões tem inerente a determinação da probabilidade de saída de fluxos futuros e a sua mensuração com fiabilidade.

Estes fatores estão muitas vezes dependentes de acontecimentos futuros e nem sempre sob o controlo da empresa, pelo que poderão conduzir a ajustamentos significativos futuros, quer por variação dos pressupostos utilizados, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes.

(c) Provisões para desmantelamento e restauroAs provisões para os custos de desmantelamento e remoção de bens do ativo fixo tangível e para os custos de restauração do local onde estes estão localizados está dependente de pressupostos e estimativas que as tornam sensíveis a:

• Expectativa de custo a ser incorrido;• Data previsível da ocorrência dos custos;• Taxa de desconto utilizada no desconto das saídas de caixa esperadas.

(d) Pagamentos com base em açõesOs compromissos de pagamentos com base em ações assumidos com os empregados encontram-se refletidos nas contas por um valor que tem em consideração, entre outros, o valor das ações, a probabilidade das condições de exercício virem a ser atingidas e a probabilidade das opções virem a ser exercidas. Em contexto de crise, estas variáveis podem sofrer oscilações significativas.

4. FlUXoS De cAIXAO saldo de Caixa e seus equivalentes constante da demonstração de fluxos de caixa é composto apenas por depósitos à ordem, não existindo valores que não estejam disponíveis para uso, conforme quadro seguinte:

rendimentos e Gastos Set. 12 Set. 11

Depósitos bancários 4.815.554 4.420.314

6. PArteS relAcIonADAS

6.1. empresa-mãe e participações financeirasA empresa é detida pela Siemens International Holding, B.V., com sede em Haia, na Holanda, sendo as Demonstrações Financeiras consolidadas na empresa Siemens AG, com sede em Munique, na Alemanha.

Adquiriu, neste exercício, as quotas da Siemens Healthcare Diagnostics, Lda., detendo 100 por cento do seu capital.

Esta empresa faz também parte do perímetro de consolidação da Siemens AG.

37

a) empreendimentos conjuntosA empresa participa nos empreendimentos conjuntos abaixo discriminados:

Estes empreendimentos utilizam o ano civil como exercício económico, pelo que existe uma disparidade de nove meses entre os finais dos exercícios equivalentes na Siemens, S.A.

Os resultados dos ACE são incorporados nas contas da Siemens, S.A., em conformidade com a percentagem de interesse.

b) Associadas e subsidiáriasA empresa adquiriu, neste exercício, 100 por cento do capital da Siemens Healthcare Diagnostics, Lda., com sede na Amadora, cuja atividade principal é o fornecimento de material e reagentes para diagnósticos na área da saúde.

c) outras participaçõesDurante o corrente e anterior exercício, a Siemens participa ainda nas sociedades seguintes:

ACE Atividade % de interesseSet. 12

% de interesseSet. 11

SIEOCEAN Indústria 65,00% 65,00%

SIm III Manutenção instalações 90,00% 90,00%

SICmAN Indústria 95,00% 95,00%

GSH Indústria 50,00% 50,00%

ACIT Indústria 40,00% 40,00%

SIEmENS, SETAl, DEGr. E EFACEC Indústria 34,00% 34,00%

GmET – SErVIÇOS DE mANUT. DE INFrAESTrUTUrAS Manutenção instalações 50,00% 50,00%

EmEF/SIEmENS ACE (SImEF) Manutenção material circulante 49,00% 49,00%

GSEC – GESTÃO E SErVIÇOS DE mANUT. ESP. CUlT. Indústria 95,00% 95,00%

SIEmENS E IbErlIm Manutenção instalações 75,00% 75,00%

SIEmENS E TDGI Manutenção instalações 80,00% -

SmEC – PrEST. SErVIÇOS DE mANUT. ESP. CUlT. Manutenção instalações 95,00% -

Participação Valor

mST – metro Sul do Tejo 0,01% 3.938 €

Amb3E – Associação Portuguesa de Gestão de resíduos 10.000 €

Estas participações não tiveram qualquer alteração, quer na percentagem, quer no valor relativamente a exercícios anteriores.

A empresa não exerce qualquer tipo de influência na gestão das participadas.

38 Dados Financeiros

Anexo às Demonstrações Financeiras

6.2. remunerações do pessoal-chave da gestão da empresaAs remunerações do pessoal-chave da gestão da empresa encontram-se discriminadas no quadro seguinte:

6.3. transações e saldos com partes relacionadasAs transações com entidades relacionadas estão discriminadas no quadro seguinte:

Descrição Set. 12 Set. 11

benefício de curto prazo 1.030.195 1.123.783

benefícios pós-emprego 17.150 16.543

Outros benefícios de longo prazo 0 96.300

1.047.345 1.236.626

Set. 12 Set. 11

Entidades País relação rendimentos Gastos Saldos Proveitos Gastos Saldos

Siemens S.A. AGO Mat/Serv 14.393.448 603.834

SD (mIDDlE EAST) ARE Mat/Serv 113.593 291.441

Siemens l.l.C. ARE Mat/Serv 1.456.748 -5.288 -10.997 1.673.232 -1.732

Siemens middle East ARE Mat/Serv 2.750

Siemens S.A. ARG Mat/Serv 91.890

Siemens ltd. AUS Mat/Serv 1.994.551

Comos Industry Solut AUT Mat/Serv 20.792

Siemens AG Oesterrei AUT Mat/Serv 571.244 -138.380 1.501.035 -1.342.681

Siemens Healthcare D AUT Mat/Serv 53.882

Siemens Power Genera AUT Mat/Serv -6.085 -45.918

Siemens SGP Verkehrs AUT Mat/Serv -3.960

Siemens Transformers AUT Mat/Serv 16.218 -79.903 4.410 -1.792.153

Trench Austria GmbH AUT Mat/Serv -101.250 1.730 -186.000

Dade behring S.A. BEL Mat/Serv 177.898 -164.800 346.060 -83.791

Siemens BEL Mat/Serv 3.321.126 -1.737.109 3.730.005 -1.293.216

Siemens Healthcare D BEL Mat/Serv -143.147 -239.020

Siemens bangladesh l BGD Mat/Serv 214.962 -9.850 -3.740

Siemens EOOD BGR Mat/Serv 643.592

Siemens W.l.l. BHR Mat/Serv 12.214 7.769

Siemens d.o.o. BIH Mat/Serv 1.665.630

Siemens ltda. BRA Mat/Serv 1.033.530 127.676 -81.762

SCl – PGI bUSINESS U CAN Mat/Serv 141.839 30.201

Siemens Canada ltd. CAN Mat/Serv -2.926 -30.201 -47.313

Siemens Transformers CAN Mat/Serv

Dade behring Diagnos CHE Mat/Serv 53.190

Siemens IT Solutions CHE Mat/Serv 3.640

Siemens Product life CHE Mat/Serv 37.929

SIEmENS SCHWEIZ CHE Mat/Serv 3.006.667 -4.403.188 2.351.996 -4.120.940

Siemens ltd. China CHN Mat/Serv 174.301 -1.988 294.699 -7.281 (Continua)

39

Set. 12 Set. 11

Entidades País relação rendimentos Gastos Saldos Proveitos Gastos Saldos

Siemens mindit magne CHN Mat/Serv -4.875

Siemens Shanghai med CHN Mat/Serv -3.600

Siemens Switchgear l CHN Mat/Serv -119.263

Siemens Transformers CHN Mat/Serv 537 16.519

Siemens manufacturing COL Mat/Serv 2.036

SIEmENS INDUSTrIAl CZE Mat/Serv -576.500

Siemens s.r.o. CZE Mat/Serv 206.053 -393.965 147.518 -28.860

Comos Industry Solut DEU Mat/Serv 111.114 169.049

FEAGFErTIG DEU Mat/Serv -42.341 -42.341

HSP Hochspannungsger DEU Mat/Serv -192.740 -470.300

lOHEr GmbH DEU Mat/Serv -720

messma GmbH DEU Mat/Serv -1.126

maschinenfabrik rein DEU Mat/Serv 354

SFS Holding DEU Mat/Serv 153

Siemens DEU Mat/Serv -14.420.293 -13.386.396

Siemens AG DEU Mat/Serv 37.475.956 -97.902.480 30.055.555 -121.674.423 1.557.591

Siemens AG – IbT CPS DEU Mat/Serv -29.563 -32.877

Siemens Corporation DEU Mat/Serv -47.693

Siemens Energy Autom DEU Mat/Serv -51.432

Siemens Geared motor DEU Mat/Serv -56.013 -51.607

Siemens Healthcare D DEU Mat/Serv 648.076 292.292

Siemens Industrieget DEU Mat/Serv -103.197 -43.272

Siemens Insulation C DEU Mat/Serv -25.047 -10.203

Siemens IT Solutions DEU Mat/Serv -756

Siemens Project Vent DEU Mat/Serv 8.410

Siemens Treasury Gmb DEU Mat/Serv -79.306

Siemens Turbomachine DEU Mat/Serv -464.390

Siteco beleuchtungst DEU Mat/Serv -692.371 -445.385 -445.385

Trench Germany GmbH DEU Mat/Serv

VA TECH Ferranti-Pac DEU Mat/Serv

VVK Versicherungsver DEU Mat/Serv -495.270 -176.063

WINErGY AG DEU Mat/Serv 201 -6.877 -3.369

Siemens A/S DNK Mat/Serv 476.634 23.529 -4.465

Siemens Flow Instrum DNK Mat/Serv -4.178

Siemens Healthcare D DNK Mat/Serv 84.259

Siemens Industry Sof DNK Mat/Serv 16.241

Siemens Industry Sof DNK Mat/Serv 31.935

Siemens Wind Power A DNK Mat/Serv 160.308 -20.061 50.000 477

SIEmENS S.P.A. DZA Mat/Serv -73.800 91.014 73.800

SD (mIDDlE EAST) EAU Mat/Serv 36.842

SIEmENS HEAlTHCArE D EGY Mat/Serv 11.000

Dade behring Iberica ESP Mat/Serv 23.849

SIEmENS HEAlTHCArE D ESP Mat/Serv 691.731 -1.365.265 709.148 -1.640.754

Siemens Holding S.l. ESP Mat/Serv 437.102 -3.066.847 307.168 -2.661.425 -22.004

Siemens IT Solutions ESP Mat/Serv -27.004

Siemens Product life ESP Mat/Serv 53.236

(Continuação)

(Continua)

40 Dados Financeiros

Anexo às Demonstrações Financeiras

Set. 12 Set. 11

Entidades País relação rendimentos Gastos Saldos Proveitos Gastos Saldos

Siemens S.A. ESP Mat/Serv 6.963.231 -2.468.121 11.133.014 2.180

TElECOmUNICACIÓN, El ESP Mat/Serv 954

Siemens Healthcare D FIN Mat/Serv 84.226

Siemens Osakeyhtioe FIN Mat/Serv 326.954 97.105

Siemens FRA Mat/Serv

Siemens Healthcare D FRA Mat/Serv 737.268

Siemens medical Solu FRA Mat/Serv -930.090 704.208

Siemens Product life FRA Mat/Serv 57.031

Siemens Production A FRA Mat/Serv 634 -19.893

Siemens S.A. FRA Mat/Serv -1.490.479

Siemens S.A.S. FRA Mat/Serv 6.485.310 -1.502.929 5.398.690 -239.044

Siemens Transmission FRA Mat/Serv 63.670 -829.678 557.847 -28.028 36.842

TrENCH FrANCE FRA Mat/Serv 19.816 -874.027 -2.116.245

SIEmENS INDUSTrY INC GAB Mat/Serv 2.950

Oxford magnet Techno GBR Mat/Serv -22.429

Demag Delaval Indust GBR Mat/Serv 201

Siemens GBR Mat/Serv -325.088

Siemens Healthcare D GBR Mat/Serv 223.996

SIEmENS PlC GBR Mat/Serv 460.489 -163.187 229.392

Siemens Product life GBR Mat/Serv 102.141

Siemens Transmission GBR Mat/Serv 405.622 278.922

Siemens A.E. GRC Mat/Serv 1.299.868 580.956 -140.771

Siemens Healthcare D GRC Mat/Serv 113.962 298.731

Siemens Eroemuetechn HUN Mat/Serv 17.986 -76.389

Siemens rt HUN Mat/Serv 670 35.218

Siemens Transzformat HUN Mat/Serv -29.257

Siemens Zrt. HUN Mat/Serv 133.405 -91.120 -448

P.T. Siemens Indones IDN Mat/Serv -243

Siemens Information IND Mat/Serv -647.949 -266.760

Siemens ltd. IND Mat/Serv 63.291 -53.507 30.884

Siemens ltd. IRL Mat/Serv 50.812 11.026 -118.492

Siemens medical Solu IRL Mat/Serv 40.700

Siemens Sherkate Sah IRN Mat/Serv 141.145 147.596 6.451

Siemens Concentrated ISR Mat/Serv 37.500 50.000 665.939

Siemens Israel ltd. ISR Mat/Serv 358.300 -134

Siemens Healthcare D ITA Mat/Serv 977.988 -470.305 1.028.957 -234.325

Siemens Product life ITA Mat/Serv 70.855

SIEmENS S.P.A. ITA Mat/Serv 7.254.594 -737.011 325 5.692.995 -450.279

Siemens Transformers ITA Mat/Serv -74.728

TrENCH ITAlIA Srl ITA Mat/Serv -55.740 -94.320

Siemens Asahi medica JPN Mat/Serv -1.099

Siemens Japan K.K. JPN Mat/Serv 142.213 21.394

Siemens ltd. KOR Mat/Serv -767 -5.240

National & German El KWT Mat/Serv -69.951 -538

SIEmENS ElECTrICAl & KWT Mat/Serv 134.634

(Continuação)

(Continua)

41

Set. 12 Set. 11

Entidades País relação rendimentos Gastos Saldos Proveitos Gastos Saldos

Siemens LUX Mat/Serv

Siemens Osakeyhtioe LVA Mat/Serv 346

Siemens Plant Operat MAR Mat/Serv 557 -50.759

Siemens S.A. MAR Mat/Serv 39.859 69.814

Siemens S.A. de C.V. MEX Mat/Serv 3.278 16.343

Siemens malaysia Sdn MYS Mat/Serv 13.193

Siemens Healthcare D NLD Mat/Serv 83.609

SIEmENS INDUSTrIAl NLD Mat/Serv 3.000

Siemens Industry Sof NLD Mat/Serv 32.674

Siemens Nederland N. NLD Mat/Serv 515.475 458.069 -2.751

Siemens AS NOR Mat/Serv 1.088.833 -8.775 562.755

Siemens Healthcare D NOR Mat/Serv 84.076

Siemens Oil and Gas NOR Mat/Serv 634 68.068

Siemens Pakistan PAK Mat/Serv 476 -76.899 -8.600

Siemens S.A.C. PER Mat/Serv 508

Siemens Pakistan PKT Mat/Serv 92.109

Siemens Industry Sof POL Mat/Serv 11.040

Siemens Sp. z o.o. POL Mat/Serv 2.549 16.877 -134.674

TurboCare Poland Spo POL Mat/Serv -261.648

SIm III – SIEmENS mAN PRT Mat/Serv 2.542.971 8.950.653 -1.895.414

SIEmENS, SETAl DEGrE PRT Mat/Serv 71.436 133.385 14.071

Sieocean – Siemens O.S. PRT Mat/Serv 724.888 622.817 12.979

SICmAN – SErV OPEr mAN PRT Mat/Serv 418.319 4.561.295 -1.434.203

ACIT SIEmENS – OPErA PRT Mat/Serv 391.506

NOKIA SIEmENS NETWOr PRT Mat/Serv 3.127.869 331.550

SYNCrEA – ENTErPrISE PRT Mat/Serv 216.085 -514.660

Siemens E Iberlim, A PRT Mat/Serv 4.540.890 79.875

GmET – Serviços de m PRT Mat/Serv 219.312 16.729

EmEF/SIEmENS ACE – S PRT Mat/Serv 609.162 32.243 54.978

GSEC – GESTÃO SErV m PRT Mat/Serv 22.711 -91.648

GSH – GESTÃO E SErVI PRT Mat/Serv 323.398 102.806

OSrAm PRT Mat/Serv 30.517 4.476 155.638

Siemens medical Solu PRT Mat/Serv 1.133.714

bSHP Electrodoméstic PRT Mat/Serv 4.039 -2.444

FUJITSU TECHNOlOGY S PRT Mat/Serv -10.518

SOrEFAmE SIEmENS, ACE PRT Mat/Serv 225

Siemens IT Solutions PRT Mat/Serv 2.739.959 -782.140

NANIUm PRT Mat/Serv 18.548 6.390

Siemens W.l.l. QAT Mat/Serv 458.223

Siemens S.r.l. ROU Mat/Serv 3.831 114.671

OOO Siemens RUS Mat/Serv 1.907.900 315.009

Arabia Electric ltd. SAL Mat/Serv 285 25.838

Siemens ltd. SAL Mat/Serv 60.990 344.652

Siemens d.o.o. SCG Mat/Serv 6.123

Siemens Pte. ltd. SGP Mat/Serv 206.432 233.491 -19.705

Siemens s.r.o. SVK Mat/Serv -86.474 1.034 -31.603

(Continuação)

(Continua)

42 Dados Financeiros

Anexo às Demonstrações Financeiras

Set. 12 Set. 11

Entidades País relação rendimentos Gastos Saldos Proveitos Gastos Saldos

Siemens Ab SWE Mat/Serv 811.132 -707.722 1.104.014 -879.639

Siemens Finans Ab SWE Mat/Serv -1.079

Siemens Healthcare D SWE Mat/Serv 84.454

SIEmENS INDUSTrIAl SWE Mat/Serv 118.815 -2.027.257 254.156 -7.065.448

Siemens Product life SWE Mat/Serv 50.448

Siemens ltd. THA Mat/Serv 2.409 -120 218.508

Siemens Sanayi ve Ti TUR Mat/Serv 282.176 -673.444 59.859 -584.981

Siteco Aydinlatma Te TUR Mat/Serv -120.631 -120.631

Siemens Corporation USA Mat/Serv -12.878 -68.972

Siemens Energy, Inc. USA Mat/Serv 2.748.451 1.890.933

SIEmENS HEAlTHCArE D USA Mat/Serv 230.795 291.086

Siemens Industry, In USA Mat/Serv 16.141 -24.130 -6.179

Siemens medical Solu USA Mat/Serv 87.915 -1.108.985 500 -1.170.522

Siemens Water Techno USA Mat/Serv 22.310 -183.410 -118.308

Siemens Westinghouse USA Mat/Serv 541

Siemens ltd. ZAF Mat/Serv 2.827.763 -191.250 4.770.684 -16.317

Siemens Healthcare Diagnostics PRT Mat/Serv 30.517 -33.425

Osram, lda. PRT Mat/Serv -62.024

105.085.154 -140.837.183 -62.863 97.251.926 -149.213.166 -2.276.706

7. AtIVoS FIXoS tAngíVeISA reconciliação da quantia escriturada no início e no fim do período encontra-se detalhada nos quadros seguintes:

Ativo bruto Saldo em 30/09/2010

Aumentos Abates e Alienações

Correções e Transf.

Saldo em 30/09/2011

Aumentos Abates e Alienações

Correções e Transf.

Saldo em 30/09/2012

Terrenos e recursos naturais 8.252.332 8.252.332 8.252.332

Edifícios e outras construções 53.953.422 916.399 -39.492 54.830.328 398.246 -674.072 54.554.502

Equipamento básico 18.396.229 1.566.888 -186.608 58.600 19.835.109 425.070 -397.673 63.500 19.926.006Equipamento de transporte 3.354.583 101.011 -198.465 3.257.128 0 -57.870 3.199.258

Equipamento administrativo 9.601.434 323.720 -836.627 49.988 9.038.538 314.176 -880.483 8.572.207

Ativos fixos tangíveis em curso 624.005 41.656 -204.564 -108.588 352.508 488.057 -63.500 777.065

Outros ativos fixos tangíveis 164.513 -19.741 144.772 -48.316 96.456

94.346.518 2.949.673 -1.485.499 0 95.810.693 1.652.549 -2.058.414 0 95.377.826

(Continuação)

43

Depreciações acumuladas Saldo em 30/09/2010

Aumentos Abates e Alienações

Correções e Transf.

Saldo em 30/09/2011

Aumentos Abates e Alienações

Correções e Transf.

Saldo em 30/09/2012

Edifícios e outras construções 29.919.020 1.704.013 -38.468 31.584.565 1.704.871 -656.349 32.633.087

Equipamento básico 11.728.611 1.450.900 -183.290 12.996.222 1.486.222 -365.159 14.117.285Equipamento de transporte 2.721.962 174.248 -143.540 2.752.670 158.768 -57.870 2.853.568

Equipamento administrativo 7.562.054 647.442 -828.499 7.380.997 543.371 -849.141 7.075.227

Outros ativos fixos tangíveis 164.513 -19.741 144.772 0 -48.316 96.456

52.096.161 3.976.603 -1.213.538 0 54.859.226 3.893.232 -1.976.835 0 56.811.174

42.250.357 40.951.467 38.602.203

A empresa procedeu às reavaliações autorizadas pelos diversos diplomas legais publicados, a saber:

• D.L. n.º 430/78 de 27 de dezembro;• D.L. n.º 219/82 de 2 de junho;• D.L. n.º 399-G/84 de 28 de dezembro;• D.L. n.º 118-B/86 de 27 de maio;• D.L. n.º 111/88 de 2 de abril;• D.L. n.º 49/91 de 25 de janeiro;• D.L. n.º 264/92 de 24 de novembro; • D.L. n.º 31/98 de 11 de fevereiro.

Os Ativos Tangíveis em Curso respeitam a obras de conservação e reparação dos edifícios.

Estes excedentes de revalorização, no valor de 11.232.005 €, nos termos do n.º 2 do art. 32.º do CSC, só estarão livres para distribuição depois de realizados pela venda.

Quadro de reavaliações:

rubricas Custos Históricos a) reavaliações a) b) Valores Contabilísticosreavaliados a)

Ativos Fixos tangíveis:

Terrenos e recursos naturais 4.331.040,13 4.021.424,76 8.352.464,89

Edifícios e outras construções 7.039.596,28 3.424.470,37 10.464.066,65

11.370.636,41 7.445.895,13 18.816.531,54a) líquidos de depreciações.

b) Englobam as sucessivas reavaliações.

44 Dados Financeiros

Anexo às Demonstrações Financeiras

8. AtIVoS IntAngíVeISA reconciliação da quantia escriturada no início e no fim do período encontra-se detalhada nos quadros seguintes:

Valor de aquisição Saldo em 30/09/2010

Aumentos Abates e Alienações

Correções e Transf.

Saldo em 30/09/2011

Aumentos Abates e Alienações

Correções e Transf.

Saldo em 30/09/2012

Programas de computador 0 0 495.776 495.776

0 0 0 0 0 495.776 0 0 495.776

Amortizações acumuladas Saldo em 30/09/2010

Aumentos Abates e Alienações

Correções e Transf.

Saldo em 30/09/2011

Aumentos Abates e Alienações

Correções e Transf.

Saldo em 30/09/2012

Programas de computador 0 0 82.629 82.629

0 0 0 0 0 82.629 0 0 82.629

0 0 413.147

9. PArtIcIPAÇÕeS FInAnceIrAS As participações financeiras decompõem-se da forma indicada nos quadros seguintes:

Valor de aquisição Saldo em 30/09/2010

Aumentos Abates e Alienações

Saldo em 30/09/2011

Aumentos Abates e Alienações

Saldo em 30/09/2012

Investimentos em subsidiárias 0 22.376.663 22.376.663

Investimentos noutras empresas 23.913 23.913 23.913

23.913 0 0 23.913 22.376.663 22.400.576

Imparidades Saldo em 30/09/2010

Aumentos Abates e Alienações

Saldo em 30/09/2011

Aumentos Abates e Alienações

Saldo em 30/09/2012

Investimentos em associadas 0 0

Investimentos noutras empresas 9.976 9.976 9.976

9.976 0 0 9.976 0 0 9.976

13.937 13.937 22.390.600

a) Investimentos em associadas e subsidiáriasDurante o exercício, a Siemens, S.A. adquiriu 100 por cento das ações da Siemens Healthcare Diagnostics, Lda. (SHD) por 10.076.000 €. Anteriormente, estas ações eram detidas pela Siemens Diagnostics Holding II BV (34,78 por cento) e Siemens Medical Solutions Diagnostics Europe Limited (65,22 por cento), sendo que ambas têm a mesma última casa-mãe, Siemens AG, que a Siemens, S.A. A data de aquisição foi em 28/09/2012 e a SHD não teve atividade operacional deste esta data até 30/09/2012, o último dia deste exercício. O preço de compra foi baseado numa avaliação feita, ao nível global para várias empresas do grupo, por um avaliador externo.

45

Na data da aquisição, a Siemens, S.A. efetuou uma análise às demonstrações financeiras SHD e não detetou quaisquer casos em que:

i) o valor dos ativos da SHD estavam sobreavaliados;ii) passivos e/ou passivos contingentes da SHD foram omitidos ou os valores atribuídos a esses itens estavam subavaliados.

Uma vez que todas as entidades são controladas pela mesma parte ou partes antes e após a compra, a NCRF 14 – Concentração de Atividades Empresariais não se aplica a entidades sob controlo comum e, tomando em consideração a substância económica das operações, a Siemens, S.A. registou o valor do seu investimento na SHD pelo valor correspondente ao total do capital próprio da mesma e a diferença entre o preço de compra de 10.076.000 € e o valor de capital próprio da SHD de 22.376.663 € foi registado como um aumento para Resultados Transitados.

A informação financeira resumida das associadas e subsidiárias, incluindo as quantias agregadas de ativos, passivos, rendimentos e resultados, é a que se indica no quadro seguinte:

balanço Demonstração dos resultados

Ativos Correntes Ativos Não Correntes Passivos Correntes Passivos Não Correntes rendimentos resultados

SHD 24.812.700 14.769.326 17.036.586 168.777 30.927.579 1.448.202

A Siemens, S.A. não consolidou contas com a Siemens Healthcare Diagnostics, Lda., ao abrigo do n.º 3, do artigo 7.º, do Decreto-Lei n.º 158/2009 de 13 de julho, atendendo que a última empresa-mãe da Siemens, S.A., a mesma da Siemens Healthcare Diagnostics, Lda., a faz. A entidade que procede à consolidação de contas é a Siemens AG, com sede em Munique.

b) Investimentos em entidades conjuntamente controladasForam reconhecidos na empresa os resultados, relativos aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2011, dos empreendimentos conjuntos, conforme abaixo discriminado:

ACE Atividade % de interesse resultado Dez. 11

resultado Dez. 10

SIEOCEAN Indústria 65,00% 10.097,89 -7.995

SIm III Manutenção instalações 90,00% 2.109,01 213.244

SICmAN Indústria 95,00% -99.826,37 -158.847

GSH Indústria 50,00% -2.473,03 -4.942

ACIT Indústria 40,00% 0,00 34

SIEmENS, SETAl, DEGr. E EFACEC Indústria 34,00% -4.889,42 12.451

GmET – SErVIÇOS DE mANUT. DE INFrAESTrUTUrAS Manutenção instalações 50,00% 3.837,47 3.872

EmEF/SIEmENS ACE (SImEF) Manutenção material circulante 49,00% 261.348,20 593

GSEC – GESTÃO E SErVIÇOS DE mANUT. DE ESP. CUlT. Indústria 95,00% -63.958,73 -10.350

SIEmENS E IbErlIm Manutenção instalações 75,00% -78.720,53 59.925

SIEmENS E TDGI Manutenção instalações 80,00%

SmEC – PrEST. SErVIÇOS DE mANUT. DE ESP. CUlT. Manutenção instalações 95,00%

46 Dados Financeiros

Anexo às Demonstrações Financeiras

10. locAÇÕeS

10.1. gastos com locações operacionais

a) locações operacionais – empresa como locatária:Os contratos de locação operacional em que a empresa é locatária referem-se a viaturas colocadas à disposição de colaboradores, para serviço da empresa.

Embora existam cláusulas de renovação nos contratos, a empresa tem por política proceder à efetiva substituição das viaturas no fim dos contratos, que têm uma duração de quatro anos.

Os contratos não contêm cláusulas de opção de compra e são canceláveis.

A empresa reconheceu como gastos de locação no exercício o valor de 2.242.805 €.

O valor das rendas contingentes ascende a 5.614.610 € (6.012.823 € no exercício anterior).

11. oUtroS AtIVoS e PASSIVoS FInAnceIroS

11.1. Ativos financeirosA discriminação dos ativos financeiros pelas diferentes categorias consoante o seu critério de mensuração é a indicada nos quadros seguintes:

Set. 12 Set. 11

Ativo corrente:

Valores brutos:

Inventários

Adiantamentos p/ conta de compras 618.875 1.619.367

Clientes 7.628.606 13.049.947

Acionistas

Empréstimos concedidos 70.000.000 125.000.000

Conta corrente 32.755.382 33.814.925

Outras contas a receber 857.799 978.363

Caixa e depósitos bancários 4.815.554 4.420.314

116.676.216 178.882.916

Set. 12 Set. 11

Imparidades:

Clientes -3.007.409 -4.265.959

Outras contas a receber -15.585 -19.492

-3.022.994 -4.285.451

47

11.2. Passivos financeirosA discriminação dos passivos pelas diferentes categorias de passivos financeiros consoante o seu critério de mensuração é a indicada no quadro seguinte:

Set. 12 Set. 11

Passivo corrente:

Fornecedores 49.664.816 65.662.666

Adiantamentos de clientes 4.821.185 3.370.781

Estado e outros entes públicos 5.583.392 10.621.739

Acionistas 450.983

Outras contas a pagar 32.580.571 25.849.447

93.100.947 105.504.633

11.3. ganhos líquidos e perdas líquidas de ativos e passivos financeirosOs ganhos líquidos e perdas líquidas de ativos e passivos financeiros por categoria de mensuração dos ativos e passivos financeiros são os indicados no quadro seguinte:

Set. 12 Set. 11

ganhos

Descontos de pronto pagamento obtidos 796.830 757.360

recuperação de dívidas incobráveis 5.095

Diferenças de câmbio favoráveis 823.717 803.762

Ganhos em alienações 20.235 4.708

Juros obtidos 933.390 1.615.973

2.579.267 3.181.803

Perdas

Descontos de pronto pagamento concedidos 386.946 371.280

Dívidas incobráveis 115.446 97.085

Diferenças de câmbio desfavoráveis 465.258 924.032

Perdas em alienações 33.891 25.811

Juros suportados 255.199 272.045

1.256.740 1.690.253

48 Dados Financeiros

Anexo às Demonstrações Financeiras

12. ImPoSto SoBre o renDImento

12.1. Ativos e passivos por impostos diferidosAs quantias de ativos e passivos por impostos diferidos reconhecidos no balanço para cada período apresentado por cada tipo de diferença temporária são as indicadas no quadro seguinte:

Ativos Passivos

Set. 12 Set. 11 Set. 12 Set. 11

Provisões 12.766.000 4.479.000

Excedentes de revalorização 462.000 419.000

Ativos fixos tangíveis 496.000 609.000

Diferimentos 1.229.000 1.510.000

Inventários 1.627.000 1.996.000

Outras contas a pagar 256.000 3.365.000 4.131.000

Outros 719.000 703.000

15.878.000 7.985.000 5.042.000 5.862.000

12.2. excesso ou insuficiência de estimativa para impostosA empresa reconheceu um ganho de 2.701.446 € relativos a excesso de estimativa para impostos. No ano anterior tinha reconhecido um excesso de 67.327 €.

12.3. Imposto sobre o rendimento do períodoA quantia de gastos (rendimentos) por impostos correntes e diferidos reconhecidos na demonstração dos resultados encontra-se indicada no quadro seguinte:

base do imposto Taxa de imposto

30 Set. 12 30 Set. 11 30 Set. 12 30 Set. 11

resultado antes de imposto 3.095.153 46.158.774

Taxa de imposto sobre o rendimento (< 2.000.000 €) 26,5% 26,5%

Taxa de imposto sobre o rendimento (> 2.000.000 €) 29,0% 29,0%

Imposto sobre o lucro à taxa nominal 847.594 13.336.044

Diferenças temporárias dedutíveis 14.039.986 6.800.000

Diferenças temporárias tributáveis 878.694

Diferenças não temporárias tributáveis -2.039.183 320.000

lucro tributável 15.974.649 39.678.774

Taxa de imposto sobre o rendimento (< 2.000.000 €) 26,5% 26,5%

Taxa de imposto sobre o rendimento (> 2.000.000 €) 29,0% 29,0%

Imposto calculado 4.582.648 11.456.844

Tributação autónoma 650.271 576.000

Efeito do aumento/reversão de impostos diferidos -8.756.000 1.320.000

Imposto sobre o rendimento/taxa efetiva -3.523.081 13.352.000 28,92%

Não houve alterações nas taxas de tributação nem lançamento de novos impostos, pelo que a quantia de gasto (rendimento) por impostos diferidos não sofreu quaisquer alterações decorrentes de tais situações.

49

Set. 12 Set. 11

Valor bruto Imparidades Valor líquido Valor bruto Imparidades Valor líquido

matérias-primas e consumíveis 8.350.326 -682.322 7.668.004 8.343.861 -485.590 7.858.271

Produtos e trabalhos em curso 33.370.598 33.370.598 12.028.013 12.028.013

Produtos acabados 319.022 -68.468 250.554 314.996 -113.883 201.114

mercadorias 1.139.886 -286.635 853.251 1.224.863 -279.991 944.872

Adiantamentos por conta de compras 35.344.110 35.344.110 65.098.294 65.098.294

78.523.941 -1.037.424 77.486.517 87.010.027 -879.463 86.130.564

13.2. Variação nos inventários da produçãoA variação nos inventários da produção decompõe-se da forma indicada no quadro seguinte:

30 Set. 12 30 Set. 11

Produtos acabados

Saldo inicial -314.996 -1.022.792

Saldo final 319.022 314.996

4.026 -707.796

30 Set. 12 30 Set. 11

mercadorias

Saldo inicial 1.224.863 2.787.835

Compras 18.342.151 24.485.014

Saldo final -1.139.886 -1.224.863

18.427.128 26.047.986

matérias-primas e consumíveis

Saldo inicial 8.343.861 12.897.587

Compras 107.737.515 131.210.657

regularizações 225.495 243.965

Saldo final -8.350.326 -8.343.861

107.956.545 136.008.348

126.383.673 162.056.334

13.3. custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidasO custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas decompõe-se da forma indicada no quadro seguinte:

13. InVentárIoS

13.1. InventáriosA quantia total de inventários encontra-se discriminada no quadro seguinte:

50 Dados Financeiros

Anexo às Demonstrações Financeiras

14. clIenteSA quantia total de clientes discrimina-se da forma seguinte:

30 Set. 12 30 Set. 11

Clientes c/c

Imparidade 10.636.015 17.315.906

-3.007.409 -4.265.969

7.628.606 13.049.947

Os clientes c/c decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte:

Não vencidas Vencidas

< 30 dias < 60 dias < 90 dias > 90 dias

Clientes c/c

30 Set. 12 5.389.015 534.372 825.798 585.208 3.301.621

30 Set. 11 7.446.187 648.677 1.033.709 1.235.062 6.952.071

15. eStADo e oUtroS enteS PúBlIcoS Esta rubrica decompõe-se da forma indicada no quadro seguinte:

30 Set. 12 30 Set. 11

A receber

Imposto retido estrangeiro 3.415

Pagamentos por conta 7.961.547 7.646.069

7.964.962 7.646.069

A pagar

IrC 9.102.410 13.160.063

IVA 2.705.198 3.462.966

IrS 685.959 645.033

Segurança Social 1.054.787 999.747

13.548.354 18.267.809

5.583.392 10.621.740

51

16. DIFerImentoSOs diferimentos decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte:

30 Set. 12 30 Set. 11

Diferimentos ativos

Gastos a reconhecer

Contratos de construção 13.930.910 4.027.990

Seguros 263.449 120.391

rendas 118.824 38.204

14.313.183 4.186.585

Diferimentos passivos

rendimentos a reconhecer

Contratos de construção 24.560.009 24.127.918

Contratos de manutenção 7.483.117 10.381.916

rendas 146.251 226.481

32.189.377 34.736.315

17. cAPItAl PrÓPrIo

17.1. capital socialO capital social é representado por 14 milhões de ações ao valor nominal de 5 €.

17.2. reservas e resultados não disponíveis para distribuiçãoAs outras reservas constantes do balanço não se encontram disponíveis para distribuição por se tratarem de reservas de reavaliação.

17.3. DividendosForam distribuídos dividendos no valor de 49.221.898 € no exercício findo (29.400.000 € no exercício anterior).

18. SUBSíDIoS Do goVerno e APoIoS Do goVerno

18.1. Subsídios reconhecidos em resultadosForam reconhecidos no exercício 14.451 € de subsídios recebidos do Instituto do Emprego e Formação Profissional, referente a estágios profissionais concedidos pela empresa. No exercício anterior tinha sido reconhecido um subsídio de 244.262 €.

52 Dados Financeiros

Anexo às Demonstrações Financeiras

19. ProVISÕeS, PASSIVoS contIngenteS e AtIVoS contIngenteS

19.1. Provisões

Saldo em 30/09/2011

Constituição e reforço

reversões e utilizações

Saldo em30/09/2012

Garantias a clientes 14.863.940 11.391.476 26.255.416

Processos judiciais em curso 692.366 201.036 893.403

Impostos 388.121 -554 387.567

Penalidades contratuais 1.395.423 -386.245 1.009.179

Comissões 472.986 472.986

Despesas com pessoal:

Indemnizações 3.765.413 3.905.406 7.670.819

Jubileus 1.562.893 27.344 1.590.237

Outras 547.467 1.014 -23.008 525.473

Royalties 47.748 -3.493 44.255

Outras despesas 2.361.608 -905.653 1.455.955

matérias ambientais 50.268 44.892 95.159

25.675.247 16.044.154 -1.318.398 40.400.449

O movimento ocorrido nas provisões encontra-se refletido no quadro seguinte:19.2. Passivos contingentesOs principais compromissos e passivos contingentes são os seguintes:

• Garantias a clientes: 79.418.596 €; • Contencioso laboral: 662.512 €;• Contencioso comercial: 924.993 €.

19.3. Ativos contingentesA empresa candidatou-se aos incentivos previstos no programa SIFIDE (Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial) para os exercícios de 2007, 2008, 2009 e 2010, nos valores abaixo discriminados, tendo para o efeito entregue os pedidos de revisão da matéria coletável e as reclamações graciosas correspondentes, aguardando a aprovação da entidade respetiva (Agência de Inovação).

• Exercício 2007: 133.311 €;• Exercício 2008: 314.195 €;• Exercício 2009: 143.512 €;• Exercício 2010: 393.144 €.

20. mAtérIAS AmBIentAISA empresa reforçou a sua provisão para matérias ambientais em 44.892 € e os 50.268 € já existentes no exercício anterior, totalizando neste exercício 95.159 €, para fazer face a gastos relacionados com a estação de tratamentos de águas na sua Fábrica do Sabugo.

53

21. BeneFícIoS DoS emPregADoS

21.1. Benefício pós-empregoA empresa tem constituído, desde setembro de 2006, um Plano de Pensões de contribuições definidas, aplicado num Fundo de Pensões, gerido por uma terceira entidade e extensivo à generalidade dos colaboradores que nele queiram participar, nos termos definidos no Plano.

No Plano, a empresa contribui com uma quantia equivalente ao valor da contribuição do colaborador até ao máximo de 3 por cento do salário deste.

A quantia reconhecida como gasto durante o período relativamente a planos de contribuição definida foi de 545.396 € (542.767 € no exercício anterior).

a) Benefícios de cessação de empregoEm caso de cessação de emprego, a empresa concede aos seus colaboradores uma indemnização cuja quantia é determinada com base no número de anos de serviço e no salário mais recente multiplicado por um fator determinado por análise casuística.

Estas provisões incluem um montante de 7.671 K € (ano anterior: 3.765 K €) para fazer face a benefícios por cessação de emprego que serão incorridos em consequência de reestruturação.

b) Pagamentos com base em açõesA casa-mãe oferece aos Administradores das empresas do seu grupo um programa de incentivos chamado «Stock Options», que consiste no direito de opção sobre ações daquela, resgatáveis em períodos futuros.

Existe ainda um outro programa de adesão voluntária por parte dos colaboradores, chamado «Share Matching Plan», em que a casa-mãe oferece uma ação sua, por cada três adquiridas, desde que os colaboradores as mantenham na sua posse por um período de quatro anos.

A empresa reconheceu um gasto de 244.851 € (ano anterior: 193.887 €) relacionados com estes planos.

Não há outras informações consideradas relevantes para permitir aos utentes das demonstrações financeiras compreender o efeito das transações de pagamento com base em ações reconhecidos no passivo nos lucros ou prejuízos da entidade e na sua posição financeira.

c) outras informaçõesNão houve pagamentos com base em ações a outras partes diferentes dos empregados, pelo que não há lugar:

• à divulgação da forma como o justo valor dos serviços recebidos teria sido mensurado em tais casos;• à divulgação de quaisquer eventuais factos ou circunstâncias que pudessem ter levado a empresa a refutar o pressuposto

de que o justo valor dos bens ou serviços recebidos pode ser estimado com fiabilidade.

Não há outras informações consideradas relevantes para permitir aos utentes das demonstrações financeiras compreender:

• a natureza e a extensão dos acordos de pagamento com base em ações que existiram durante o período;• o efeito das transações de pagamento com base em ações nos lucros ou prejuízos da entidade e na sua posição financeira.

54 Dados Financeiros

Anexo às Demonstrações Financeiras

21.2. gastos com o pessoal

Set. 12 Set. 11

remunerações dos Órgãos Sociais 480.970 471.093

remunerações do pessoal 42.399.281 42.184.071

Encargos sobre remunerações 9.385.058 9.157.225

Seguro Ac. Trab. e Doenças Profi. 187.965 205.604

Estimativa para participação nos lucros 9.385.922 10.601.167

Outros gastos com pessoal 5.566.772 6.297.690

67.405.967 68.916.850

O detalhe dos gastos com o pessoal é o indicado no quadro seguinte:22. VenDAS e PreStAÇÕeS De SerVIÇoS

30 Set. 12 30 Set. 11

Vendas

mercadorias e produtos 321.661.352 406.266.095

Subprodutos resíduos e refugos 1.265.539 2.069.879

Devoluções e descontos -53.175.260 -40.260.543

269.751.631 368.075.431

Prestação de serviços

Serviços 54.154.608 24.064.003

Diferimentos 17.003.328 26.621.523

71.157.936 50.685.526

340.909.567 418.760.957

As quantias de vendas e prestações de serviços discriminam-se da forma indicada no quadro seguinte:

30 Set. 12 30 Set. 11

Vendas e prestações de serviços

mercado nacional 269.115.479 363.220.908

União Europeia 44.577.490 41.559.889

Fora da União Europeia 26.716.598 13.980.160

340.409.567 418.760.957

55

As vendas e prestações de serviços por mercado geográfico significativo são as indicadas no quadro seguinte:

30 Set. 12 30 Set. 11

margem bruta

Vendas 269.751.631 368.075.431

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas -126.383.673 -162.056.334

143.367.958 206.019.097

% margem bruta 53,14% 57,54%

A margem bruta é a indicada no quadro seguinte:As vendas e prestações de serviços por setor de atividade encontram-se discriminadas conforme quadro abaixo:

Set. 12 Set. 11

Industry 37.820.049 36.096.661

Energy 119.388.833 183.329.946

Healthcare 30.778.170 38.169.086

Infrastructures & Cities 118.968.250 148.899.725

Corporate Centers 33.954.265 3.397.813

340.909.567 409.893.231

Set. 12 Faturação real receita reconhecida acumulada

receita reconhecida no período

receita diferida Custos reais acumulados

Custos reais do período

Adiantamentos recebidos

Industry 635.051.137 567.326.964 71.079.979 67.724.173 509.846.778 64.294.000 391.715

Energy 90.214.674 91.242.180 18.601.539 -1.027.506 73.926.036 15.342.598 1.614.304

Healthcare 92.131.282 91.994.348 10.208.823 136.933 81.671.179 8.728.330 1.786.216

Infrastructures & Cities 345.943.323 354.279.625 87.899.852 -8.336.302 300.526.592 71.419.609 1.629.551

1.163.340.415 1.104.843.117 187.790.193 58.497.299 965.970.584 159.784.537 5.421.786

Set. 11 Faturação real receita reconhecida acumulada

receita reconhecida no período

receita diferida Custos reais acumulados

Custos reais do período

Adiantamentos recebidos

Industry 621.401.917 545.494.000 112.390.620 75.907.917 489.420.645 96.281.495 2.230.074

Energy 104.017.273 102.931.636 17.143.147 1.085.638 87.785.271 13.089.623 674.531

Healthcare 92.659.783 94.723.083 20.995.499 -2.063.300 83.279.101 19.694.384 63.084

Infrastructures & Cities 319.474.653 317.845.669 75.682.586 1.628.983 272.463.985 61.930.160 0

1.137.553.626 1.060.994.389 226.211.851 76.559.238 932.949.001 190.995.662 2.967.688

56 Dados Financeiros

Anexo às Demonstrações Financeiras

23. contrAtoS De conStrUÇão24. FornecImentoS e SerVIÇoS eXternoS

30 Set. 12 30 Set. 11

Trabalhos especializados 73.968.320 94.474.580

Publicidade e propaganda 1.013.619 1.219.581

Vigilância e segurança 541.923 472.800

Comissões 18.266 351.265

Conservação e reparação 4.154.942 4.799.139

Ferramentas e utensílios de desgaste rápido 635.990 834.739

livros e documentação técnica 26.842 30.676

material de escritório 408.671 288.861

Artigos para oferta 6.255 10.185

Eletricidade 1.043.472 1.639.875

Combustíveis 973.074 980.513

Água 174.290 146.928

Deslocações e estadas 3.638.561 3.843.027

Transporte de mercadorias 4.199.182 3.677.778

rendas e alugueres 4.857.426 3.534.302

Comunicação 1.017.411 999.483

Seguros 1.676.850 1.949.935

Royalties 828.305 955.380

Contencioso e notariado 84.394 178.105

Despesas de representação 129.112 279.450

limpeza, higiene e conforto 515.594 565.174

Outros 29.555.797 29.209.197

129.468.296 150.440.973

Os fornecimentos e serviços externos decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte:25. ImPArIDADe De AtIVoSO movimento ocorrido nas perdas por imparidade acumuladas cujos movimentos de imparidade e reversão afetaram

Saldo em 01/10/2010

Aumentos reversões Saldo em 30/09/2011

Aumentos reversões Saldo em 30/09/2012

Participações financeiras 9.976 9.976 9.976

Inventários 775.464 104.000 879.463 157.961 1.037.424

Clientes 3.472.672 793.287 4.265.959 1.258.549 3.007.410

Outros devedores 22.582 3.090 19.492 3.906 15.586

4.280.694 897.287 3.090 5.174.890 157.961 1.262.455 4.070.396

57

os resultados é o indicado no quadro seguinte:26. oUtroS renDImentoS e gAnhoS

30 Set. 12 30 Set. 11

rendas recebidas 1.901.680 2.951.880

Descontos de pronto pagamento obtidos 796.830 757.360

recuperação de dívidas 5.095 0

Diferenças de câmbio favoráveis 823.717 803.762

Ganhos em alienações 20.235 4.708

Excesso de estimativa para impostos 67.327

Proveitos serviços de cantina 1.308.495 1.587.616

Outros ganhos 553.689 3.115.828

5.409.741 9.288.481

Os Outros rendimentos e ganhos decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte:27. oUtroS gAStoS e PerDAS

30 Set. 12 30 Set. 11

Impostos indiretos 424.013 314.315

Descontos de pronto pagamento concedidos 386.946 371.280

Dívidas incobráveis 115.446 97.085

Perdas em existências 225.495 243.965

Perdas em alienações 33.891 25.811

Donativos 59.500 98.424

Quotas 108.658 87.473

Gastos c/ garantias 1.063.908 1.252.151

Diferenças de câmbio desfavoráveis 465.258 924.032

Outras perdas 178.745 2.808.332

3.061.860 6.222.868

Os outros gastos e perdas decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte:28. gAStoS/reVerSÕeS De DePrecIAÇão e AmortIZAÇão

30 Set. 12 30 Set. 11

Ativos fixos tangíveis 3.893.232 3.976.603

Ativos fixos intangíveis 82.629 0

3.975.861 3.976.603

58 Dados Financeiros

Anexo às Demonstrações Financeiras

Os gastos/reversões de depreciação e amortização decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte:29. gAStoS De FInAncIAmento (líQUIDoS)

29.1. Juros e rendimentos similares obtidos

30 Set. 12 30 Set. 11

Juros obtidos

De depósitos 1.476 3.522

De financiamentos concedidos a associadas 925.834 1.607.716

De financiamentos a colaboradores 4.333 4.641

931.643 1.615.879

outros rendimentos similares 1.748 94

933.391 1.615.973

Os juros e rendimentos similares obtidos decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte:29.2. Juros e gastos similares suportados

30 Set. 12 30 Set. 11

Juros pagos

De descobertos bancários 1.320 552

De financiamentos obtidos de associadas 2.292 7.564

3.612 8.116

outros gastos e perdas de financiamento 251.586 263.928

255.198 272.044

Os juros e gastos similares suportados decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte:30. geStão Do rISco FInAnceIroO risco financeiro é o risco de o justo valor ou os fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro virem a variar e de se virem a obter resultados diferentes do esperado, sejam estes positivos ou negativos, alterando o valor patrimonial da empresa.

No desenvolvimento das suas atividades correntes, a empresa está exposta a uma variedade de riscos financeiros suscetíveis de alterarem o seu valor patrimonial, os quais, de acordo com a sua natureza, se podem agrupar nas seguintes categorias:

• Risco de mercado:– Risco de taxa de juro;– Risco de taxa de câmbio (ver detalhes na página seguinte);– Outros riscos de preço (ex.: de mercadorias);

• Risco de crédito;• Risco de liquidez.

A gestão dos riscos acima referidos – que decorrem,em grande medida, da imprevisibilidade dos mercados financeiros – exige a aplicação criteriosa de um conjunto de regras e metodologias aprovadas pela Administração, cujo objetivo último é a minimização do seu potencial impacto negativo no valor patrimonial e no desempenho da empresa.

59

Com este objetivo, toda a gestão é orientada em função de duas preocupações essenciais:

• Reduzir, sempre que possível, flutuações nos resultados e cash flows sujeitos a situações de risco;• Limitar os desvios face aos resultados previsionais, através de um planeamento financeiro rigoroso.

A empresa não assume posições especulativas, pelo que, geralmente, as operações efetuadas no âmbito da gestão dos riscos financeiros têm por finalidade o controlo de riscos já existentes e aos quais a empresa se encontra exposta.

A Administração define princípios para a gestão do risco como um todo e políticas que cobrem áreas específicas, como o risco cambial, o risco de taxa de juro, o risco de liquidez, o risco de crédito e outros instrumentos financeiros não derivados e o investimento do excesso de liquidez.

A gestão dos riscos financeiros – incluindo a sua identificação, avaliação e cobertura – é conduzida pela Direção Financeira, de acordo com políticas aprovadas pela Administração. A Direção Financeira avalia e realiza coberturas de riscos financeiros em estrita cooperação com as unidades operacionais da empresa que dispõem de equipas especializadas em termos de competência, experiência e supervisão.

30.1. risco de mercado

a) risco de taxa de juroO risco de taxa de juro é o risco de o justo valor ou os fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro virem a variar, devido a alterações nas taxas de juro de mercado, alterando o valor patrimonial da empresa.

A empresa mitiga este risco utilizando a Siemens Financial Services.

b) risco de taxa de câmbioO risco de taxa de câmbio é o risco de o justo valor ou os fluxos de caixa de um instrumento financeiro virem a variar em resultado de alterações nas taxas de câmbio.

O carácter internacional da empresa obriga-a a estar exposta ao risco de taxa de câmbio das moedas de diferentes países.

A exposição ao risco de taxa de câmbio resulta, fundamentalmente, das atividades operacionais com clientes e fornecedores com moeda diferente do Euro:

• O preço de alguns produtos no mercado mundial é tradicionalmente fixado em USD, pelo que a evolução do Euro face ao USD poderá ter um impacto nas vendas futuras da empresa, independentemente de essas vendas serem denominadas em Euros ou noutra moeda;

• Uma parte das vendas é denominada em moedas diferentes do Euro, nomeadamente em USD, entre outras com menor preponderância. Por esta via também a evolução do Euro face a estas moedas poderá ter um impacto significativo nas vendas futuras da empresa;

• Uma vez concretizadas as vendas em moeda diferente do Euro, a empresa incorre em risco cambial até ao recebimento dos montantes das vendas, pelo que existe permanentemente no ativo da empresa um montante significativo de créditos a receber expostos a risco cambial (caso a empresa não contrate instrumentos de cobertura de risco cambial).

60 Dados Financeiros

Anexo às Demonstrações Financeiras

A variação das taxas de câmbio que afeta a exposição ao risco de taxa de câmbio é a indicada no quadro seguinte:Quando se afigura oportuno, a empresa recorre à utilização de instrumentos financeiros para a gestão do risco cambial, de acordo com uma política definida periodicamente pela Administração e que tem como objetivo limitar o risco de exposição cambial associado às vendas futuras, aos créditos a receber denominados em moedas diferentes do Euro.

Por norma, só são efetuadas operações sobre taxas de câmbio que se destinem a cobrir riscos de posições já existentes ou contratadas e os termos da cobertura são negociados de forma a serem condizentes com os termos do instrumento coberto, de forma a maximizar a eficácia da cobertura.

Os ativos e os passivos registados em moeda estrangeira são valorizados à taxa de câmbio da data do balanço.

30.2. risco de créditoO risco de crédito é o risco de uma contraparte não cumprir as suas obrigações ao abrigo de um instrumento financeiro originando uma perda.

A empresa encontra-se sujeita a risco de crédito no que concerne às seguintes atividades:

• Atividade operacional – Clientes e outras contas a receber;• Atividades de investimento – Depósitos na Siemens Financial Services.

A gestão do risco de crédito relativo a clientes e outras contas a receber é efetuada da seguinte forma:

• Seguindo políticas, procedimentos e controlos estabelecidos pela empresa para cada unidade operacional;• Os limites de crédito são estabelecidos para todos os clientes com base em critérios de avaliação interna;• A qualidade de crédito de cada cliente é avaliada com base em notações de crédito fornecidas por empresas especializadas

externas à empresa;• Os valores em dívida são regularmente monitorizados e os fornecimentos para os clientes mais significativos estão

normalmente cobertos por garantias;• A empresa tem em vigor um contrato denominado Siemens Credit Warehouse, mediante o qual cede os créditos.

30 Set. 12 30 Set. 11

USD 1,293 1,3503

SEK 8,4498 9,258

GbP 0,7981 0,8667

CHF 1,2099 1,217

mOP 10,3259 10,8375

NOK 7,3695

DKK 7,4555

CAD 1,2684 1,4105

ZAr 10,7125 10,9085

JPY 100,37

AED 4,7492

bHD 0,5091

61

A antiguidade de clientes é a indicada na nota 16.

Dado que, conforme descrito anteriormente, a empresa adotou uma política de cedência de créditos para a generalidade de saldos a receber de clientes, a Administração considera que a exposição efetiva da empresa ao risco de crédito se encontra mitigada a níveis aceitáveis.

31. AcontecImentoS APÓS A DAtA Do BAlAnÇoNão existiram acontecimentos relevantes após a data do balanço.

32. DIVUlgAÇÕeS eXIgIDAS Por DIPlomAS legAIS

32.1. Divulgação exigida pelo n.º 1 do art. 66.º-A do cScNão existem operações não incluídas no Balanço, pelo que não há lugar à divulgação da respetiva natureza, objetivo comercial, impacto financeiro ou riscos e benefícios.

62 Dados Financeiros

Certificação legal das Contasrelatório e Parecer do Conselho Fiscal

IntroDUÇão1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas de Siemens, S.A., as quais compreendem o Balanço em 30 de setembro

de 2012 (que evidencia um total de 285.141.040,84 Euros e um total de capital próprio de 114.408.266,82 Euros, incluindo um resultado líquido de 6.619.598,72 Euros), a Demonstração dos Resultados por Naturezas, a Demonstração das Alterações no Capital Próprio e a Demonstração dos Fluxos de Caixa do exercício findo naquela data, e o Anexo.

reSPonSABIlIDADeS2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma

verdadeira e apropriada a posição financeira da empresa, o resultado das suas operações, as alterações no seu capital próprio e os seus fluxos de caixa, bem como a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

ÂmBIto4. O exame a que procedemos foi efetuado de acordo com as Normas Técnicas e Diretrizes de Revisão/Auditoria da Ordem

dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objetivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:

• A verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;

• A apreciação sobre se são adequadas as políticas adotadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;• A verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e• A apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras.

5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de Gestão com as demonstrações financeiras.

6. Entendemos que o exame efetuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

oPInIão7. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os

aspetos materialmente relevantes, a posição financeira de Siemens, S.A., em 30 de setembro de 2012, o resultado das suas operações, as alterações no seu capital próprio e os seus fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos aceites em Portugal.

relAto SoBre oUtroS reQUISItoS legAIS8. É também nossa opinião que a informação financeira constante do Relatório de Gestão é concordante com

as demonstrações financeiras do exercício.

Lisboa, 19 de novembro de 2012

Ernst & Young Audit & Associados – S.R.O.C., S.A.Sociedade de Revisores Oficiais de Contas (n.º 178)Representada por: João Carlos Miguel Alves (ROC n.º 896)

Certificação Legal das ContasRelativo ao exercício findo em 30 de setembro de 2012

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Exmos. Senhores Acionistas,

Em conformidade com o disposto na alínea g) do número 1 do artigo 420.º do Código das Sociedades Comerciais, cumpre-nos, na qualidade de membros do Conselho Fiscal da Siemens, S.A., apresentar o Relatório e Parecer sobre o relatório de gestão, contas e proposta de aplicação de resultados, apresentadas pelo Conselho de Administração da Sociedade, relativamente ao exercício findo em 30 de setembro de 2012.

Através de reuniões e outros contactos com o Conselho de Administração, bem como pelos esclarecimentos e diversas informações recolhidas junto dos serviços competentes, o Conselho Fiscal informou-se acerca da atividade da Sociedade e da gestão dos negócios desenvolvida no exercício findo em 30 de setembro de 2012.

Procedeu também à verificação da informação financeira produzida ao longo do ano, efetuando as análises julgadas convenientes. Comprovámos igualmente a adequação das políticas contabilísticas e dos critérios valorimétricos adotados. É de referir que este exercício foi o primeiro em que a Siemens, S.A. passou a utilizar o normativo do Sistema de Normalização Contabilística, que passou a ser aplicado em Portugal em substituição do Plano Oficial de Contabilidade nos exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2010.

Após o encerramento das contas, o Conselho Fiscal apreciou o Relatório de Gestão elaborado pelo Conselho de Administração, que traduz apropriadamente a atividade desenvolvida neste exercício e a evolução previsível dos negócios da Sociedade, bem como as demonstrações financeiras apresentadas, que compreendem o Balanço, a Demonstração dos resultados por naturezas, a Demonstração de fluxos de caixa, a Demonstração das alterações no capital próprio e o Anexo às demonstrações financeiras.

O Conselho Fiscal verificou a observância da lei e dos estatutos da Sociedade e concluiu também que as contas do exercício satisfazem as disposições legais aplicáveis.

Finalmente, depois de ter sido elucidado pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas do trabalho realizado pela mesma e das suas principais conclusões no âmbito da revisão efetuada, tomou conhecimento da Certificação Legal das Contas sem reservas e com cujo teor concorda.

Em resultado do trabalho desenvolvido, e tendo em consideração os documentos referidos no parágrafo anterior, somos de Parecer que a Assembleia Geral Anual da Sociedade aprove:

a) O Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras referentes ao exercício findo em 30 de setembro de 2012; eb) A Proposta de aplicação de resultados contida no mencionado Relatório de Gestão.

Por último, propomos um voto de louvor ao Conselho de Administração pela eficiência demonstrada no desempenho das suas funções, bem como aos Diretores e demais pessoal da Sociedade pela dedicação e resultados alcançados no exercício.

Amadora, 19 de novembro de 2012

O CONSELHO FISCAL Luís Miguel Couceiro Pizarro Beleza, PresidenteFranz Kiener, VogalJosé Rodrigo de Castro, Vogal

Relatório e Parecer do Conselho FiscalRelativo ao exercício findo em 30 de setembro de 2012

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Siemens, S.A.Situação em janeiro de 2013

Assembleia geralMarta Maria Reynaud Pinto Leite de Areia Presidente da Mesa

Patrícia da Silva Campos AfonsoSecretária

conselho FiscalLuís Miguel Couceiro Pizarro BelezaPresidente

José Rodrigo de CastroVogal

Franz KienerVogal

José Silva JorgeSuplente

revisor oficial de contasErnst & Young Audit & Associados – S.R.O.C., S.A.Representada por:Ricardo Filipe de Frias Pinheiro

conselho de AdministraçãoChristophe Marie Phillipe de MaistrePresidente

Carlos Manuel de Melo RibeiroAdministrador-Delegado

Miguel Pedro Garcia GuerreiroVogal

António Manuel de Carvalho Ferreira VitorinoVogal

Mário Emanuel Herrmann Pais de SousaVogal

Dados adicionais sobre o conselho de Administração:

• Prazo de duração dos mandatos: 2 anos.

• Datas da primeira eleição dos atuais membros do Conselho de Administração:

– Christophe Marie Phillipe de Maistre: janeiro 2012 – dezembro 2013

– Carlos Manuel de Melo Ribeiro: março 1995 – dezembro 2013

– Miguel Pedro Garcia Guerreiro: janeiro 2012 – dezembro 2013

– António Manuel de Carvalho Ferreira Vitorino: dezembro 2005 – dezembro 2013

– Mário Emanuel Herrmann Pais de Sousa: dezembro 2000 – dezembro 2013

Siemens Portugal

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