Um estudo sobre educação à distância, sua regulamentação e tecnologias utilizadas

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Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 1 Um estudo sobre Educação à Distância, sua regulamentação e tecnologias utilizadas. Adriana dos Santos Matos 1 ; Philipe Allan Almeida 2 ·; Elizabeth d´Arrochella Teixeira 3 . Brasília, DF - julho/2011 Resumo: Este trabalho mostra que com a evolução dos recursos tecnológicos e a agenda apertada pelos afazeres diários, é cada vez maior a busca por instituições de ensino à distância. A flexibilidade de horário, a facilidade de acesso aos conteúdos são trunfos dessa modalidade de ensino. No Brasil, com a disseminação dos meios de comunicação, a EaD a partir dos 60 evoluiu consideravelmente. Utilizava-se rádio, televisão e também correspondências. Já nessa época surgiram os primeiros passos para a regulamentação da EaD. Contudo, hoje quando se fala em EaD, logo é associada com a internet e as tecnologias da informação, pois estas trazem maior eficácia no ensino à distância e contribuem para quebrar as barreiras e alargar as fronteiras da educação e assim atingir um número cada vez maior de pessoas. Palavras-chave: Educação à Distância. Tecnologias da Informação. Internet. 1. Introdução Segundo Haguenauer (2006) a informática a cada dia vem tendo uma grande colaboração na sociedade, assim facilitando a vida de muitas pessoas, inclusive na educação. Na educação a informática tem assumido várias funções, desde a automatização nos procedimentos da secretaria, como na inscrição do aluno até a impressão do seu certificado. Nesses últimos anos deparamos com a informática atuando diretamente na área do ensino-aprendizagem: A Educação à Distância (EaD). De acordo com Nunes (1998) apesar de a Educação à Distância ser destacada atualmente, ela não é algo tão novo assim. Podemos ponderar que essa modalidade inicia sua história em 1728, cuja primeira notícia que se registrou foi o anúncio das aulas por correspondência ministradas por Caleb Philips (20 de março de 1728, na Gazette de Boston, EUA). Ele enviava suas lições todas às semanas para os alunos inscritos. Depois, em 1840, na Grã-Bretanha, Isaac Pitman ofereceu um curso de taquigrafia por correspondência. Tal experiência se expandiu para outros temas, como preparação para concursos públicos (Skerry’s College, 1880, EUA), 1 Aluna do curso de Bacharel em Sistemas de Informação, [email protected] 2 Aluno do curso de Bacharel em Sistemas de Informação, [email protected] 3 Mestra em Gestão do Conhecimento e Tecnologia da Informação, Professora no curso de BSI da Faculdade Alvorada. [email protected]

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Este trabalho mostra que com a evolução dos recursos tecnológicos e a agenda apertada pelos afazeres diários, é cada vez maior a busca por instituições de ensino à distância. A flexibilidade de horário, a facilidade de acesso aos conteúdos são trunfos dessa modalidade de ensino. No Brasil, com a disseminação dos meios de comunicação, a EaD a partir dos 60 evoluiu consideravelmente. Utilizava-se rádio, televisão e também correspondências. Já nessa época surgiram os primeiros passos para a regulamentação da EaD. Contudo, hoje quando se fala em EaD, logo é associada com a internet e as tecnologias da informação, pois estas trazem maior eficácia no ensino à distância e contribuem para quebrar as barreiras e alargar as fronteiras da educação e assim atingir um número cada vez maior de pessoas

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Um estudo sobre Educação à Distância, sua regulamentação e tecnologias

utilizadas.

Adriana dos Santos Matos 1; Philipe Allan Almeida 2·;

Elizabeth d´Arrochella Teixeira3. Brasília, DF - julho/2011

Resumo:

Este trabalho mostra que com a evolução dos recursos tecnológicos e a agenda apertada pelos afazeres diários, é cada vez maior a busca por instituições de ensino à distância. A flexibilidade de horário, a facilidade de acesso aos conteúdos são trunfos dessa modalidade de ensino. No Brasil, com a disseminação dos meios de comunicação, a EaD a partir dos 60 evoluiu consideravelmente. Utilizava-se rádio, televisão e também correspondências. Já nessa época surgiram os primeiros passos para a regulamentação da EaD. Contudo, hoje quando se fala em EaD, logo é associada com a internet e as tecnologias da informação, pois estas trazem maior eficácia no ensino à distância e contribuem para quebrar as barreiras e alargar as fronteiras da educação e assim atingir um número cada vez maior de pessoas. Palavras-chave: Educação à Distância. Tecnologias da Informação. Internet. 1. Introdução

Segundo Haguenauer (2006) a informática a cada dia vem tendo uma grande colaboração na sociedade, assim facilitando a vida de muitas pessoas, inclusive na educação. Na educação a informática tem assumido várias funções, desde a automatização nos procedimentos da secretaria, como na inscrição do aluno até a impressão do seu certificado. Nesses últimos anos deparamos com a informática atuando diretamente na área do ensino-aprendizagem: A Educação à Distância (EaD).

De acordo com Nunes (1998) apesar de a Educação à Distância ser destacada atualmente, ela não é algo tão novo assim. Podemos ponderar que essa modalidade inicia sua história em 1728, cuja primeira notícia que se registrou foi o anúncio das aulas por correspondência ministradas por Caleb Philips (20 de março de 1728, na Gazette de Boston, EUA). Ele enviava suas lições todas às semanas para os alunos inscritos. Depois, em 1840, na Grã-Bretanha, Isaac Pitman ofereceu um curso de taquigrafia por correspondência. Tal experiência se expandiu para outros temas, como preparação para concursos públicos (Skerry’s College, 1880, EUA),

1 Aluna do curso de Bacharel em Sistemas de Informação, [email protected]

2 Aluno do curso de Bacharel em Sistemas de Informação, [email protected]

3 Mestra em Gestão do Conhecimento e Tecnologia da Informação, Professora no curso de BSI da Faculdade Alvorada.

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contabilidade (Foulkes Lynch Correspondence Service, 1884, EUA) e segurança de minas (Thomas J. Foster, EUA). No início do século XX, as universidades de Oxford e Cambridge, na Grã-Bretanha, ofereceram curso de extensão por correspondência, o que ocorreu também nos EUA, Alemanha e Austrália. Simultaneamente, novas mídias propiciaram a expansão da EaD. Em 1928, a British Broadcasting Company (BBC) começou a promover cursos para educação de adultos usando o rádio o que se expandiu para outros países, com esse mesmo propósito, inclusive no Brasil.

Segundo Moran (2011) a EaD ainda sofre resistências e preconceitos e ainda estamos aprendendo a gerenciar processos complexos, mas um país do tamanho do Brasil só pode conseguir superar sua defasagem educacional através do uso intensivo de tecnologias em rede, da flexibilização dos tempos e espaços de aprendizagem, da gestão integrada de modelos presencias e digitais.

Segundo Saraiva (1996) embora a educação implique comunicação de informações e conhecimentos, estímulo ao desenvolvimento de habilidades e atitudes, que constituem o que denominamos ensino, implica também e necessariamente a apropriação, por parte dos sujeitos, das informações e conhecimentos comunicados, das habilidades e atitudes estimuladas, apropriação denominada aprendizagem. Além disto, a educação implica processos pessoais e sociais de relação entre o ensinado e aprendido e a realidade vivida, no contexto cultural situado, produzindo - pessoal e coletivamente - a existência social e individual.

2. Tema e Justificativa

Para Nunes (1998) a EaD é a principal inovação na educação nas últimas décadas. Ela proporciona a democratização na aprendizagem, possibilitando que adultos que não tem tempo ou não podem sair de casa concluam ou iniciem novos cursos. E não apenas essas pessoas, mas também populações que não contam com instituições de ensino e até deficientes físicos com dificuldades de locomoção.

Preti (1996) afirma que vários estudantes buscam a EaD por poderem se programar para estudar, por serem capazes de avaliar seu desenvolvimento ou até mesmo por não gostarem de estar em salas de aula numerosas. A EaD faz com que através de métodos, técnicas e recursos estudantes possam adquirir conhecimento e qualificação em qualquer nível de ensino, contando com planejamento, acompanhamento e avaliação de uma instituição de ensino.

Alves (2006) afirma: “a EaD não é um privilégio dos países ricos ou de organizações poderosas. É, na verdade, um dos melhores instrumentos para a inclusão social e para a melhoria quantitativa e qualitativa da educação.” 3. Objetivos

Analisar o desenvolvimento da Educação à Distância e mostrar que esse modelo educacional poderá ser um grande salto na educação do país, pois amplia o acesso ao ensino e ao saber, permitindo ao aluno sua autoaprendizagem. É uma das melhores formas de se obter uma graduação ou até mesmo um curso de

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especialização. A internet e as novas tecnologias da informação atuam como facilitador desse processo. 4. Educação à Distância

Segundo Nogueira (1996) a EaD é uma forma de aprendizagem que proporciona ao aluno com dificuldade ou sem condições de comparecer á uma escola, a oportunidade de adquirir os conteúdos repassados aos estudantes da educação presencial. Uma modalidade que possibilita a eliminação das distâncias geográficas, econômicas, sociais, culturais e até mesmo psicológicas. Afinal, proporciona ao próprio aluno a organização do seu tempo de estudo, sem limitações físicas.

De acordo com Marchessou (1997) revisando historicamente a EaD, é notório que o método o qual utiliza-se da correspondência assincrônica precedeu a forma sincrônica conseguida através do surgimento e utilização das mídias de massa como a televisão e o rádio. No ensino aberto, só foi possível a concretização depois do aparecimento de mídias extremamente rápidas e interativas. A introdução das tecnologias de multimídia trouxe não apenas a integração multi-sensorial, mas também uma mudança de paradigma educativo: “da transmissão de informações pelo ensinante para a construção do saber pelo usuário”.

Segundo Deschênes (1998) um grupo interinstitucional de pesquisadores em EaD do Canadá observou que os modelos de EaD conhecidos possuem todos o mesmo alvo: facilitar o acesso ao saber a um número maior de pessoas, privilegiando para isso, caminhos de aprendizagem as quais aproximem o conhecimento dos aprendizes. Seria uma maneira de facilitar e flexibilizar o acesso ao saber, favorecendo a contextualização e a diversificação das interações.

Moran afirma que:

“ Desenvolvem-se cursos a distância, com ensino a distância quando por meio das novas tecnologias privilegiam a transmissão de informações, o acesso a elas e sua reprodução; as atividades do professor ou do técnico em informática abastecem o computador com uma base de dados ou de softwares apenas para que os alunos ali se apossem das informações outrora ensinadas pelo professor em aulas expositivas” (MORAN, 2007, p1)

Moran (2002) define a Educação à Distância como sendo “o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente. 4.1. A EaD no Brasil

Segundo Almeida (2002) desde o século XIX, a Educação à Distância utilizando os Correios para enviar material de impresso aos alunos e receber destes as respostas às lições propostas, funciona como alternativa empregada principalmente na educação não formal. Posteriormente, foi usada para tornar a

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educação convencional acessível às pessoas residentes em áreas isoladas ou àqueles que não tinham condições de cursar o ensino regular no período apropriado, o que lhe deu a reputação de educação de baixo custo e de segunda classe.

Segundo Moran (2009) o Brasil vem se estabelecendo em todos os setores e

níveis da Educação à Distância. O país passou por uma fase que houve uma busca por modelos de ensino adequados a cada instituição. Contudo, agora, o Brasil está numa fase de amadurecimento, dando importância ao crescimento, a infraestrutura das instituições e a metodologia de ensino utilizada por elas. Assim, a EaD vem se tornando referência para uma mudança intensa na educação superior.

Almeida (2002) afirma que:

“Nas últimas décadas, a Educação à Distância tomou um novo impulso com o uso das tecnologias tradicionais de comunicação como o rádio e a televisão associados aos materiais impressos enviados pelo correio, o que favoreceu a disseminação e a democratização do acesso à educação em diferentes níveis, permitindo atender a grande massa de alunos. Nessa abordagem, os centros de ensino e produção emitem as informações de maneira uniforme para todos os alunos, os quais recebem as produções dos emissores, estudam os conceitos recebidos, realizam os exercícios propostos e os remetem aos órgãos responsáveis pelo curso para avaliação e emissão de novos módulos de conteúdo.”

Segundo Moran (2009), agora nos encontramos numa fase de consolidação da EaD no Brasil, principalmente no ensino superior. A Educação à Distância é política pública, com forte apoio governamental, o que não acontecia no começo. Cria-se em 2005 a UAB - um órgão do MEC que gerencia as iniciativas da EaD nas universidades públicas. Consolida-se uma política mais reguladora no MEC, com decretos e portarias que definem claramente o que é válido ou não. Por exemplo, na graduação é fundamental ter pólos perto do aluno, com infra-instrutora bem definida e apoio de tutoria presencial.

Segundo Andrade (2002) neste início do século XXI, quando o futuro já

chegou, observou novos modos de socialização e mediações inéditas, decorrentes de artefatos técnicos extremamente sofisticados (como por exemplo, a realidade virtual) que subvertem radicalmente as formas e as instituições de socialização estabelecidas: as crianças aprendem sozinhas (“autodidaxia”), lidando com máquinas “inteligentes” e “interativas”, conteúdos, formas e normas que a instituição escolar, despreparada, mal equipada e desprestigiada, nem sempre aprova e raramente desenvolve. Do ponto de vista da sociologia, não há mais como contestar que as diferentes mídias eletrônicas assumem um papel cada vez mais importante no processo de socialização, ao passo que a escola (principalmente a pública) não consegue atender minimamente a demandas cada vez maiores e mais exigentes e a “academia” entrincheira-se em concepções idealistas, negligenciando os recursos técnicos, considerados como meramente instrumentais. No setor privado, as escolas respondem “naturalmente” aos apelos sedutores do mercado e se entregam de corpo e alma à inovação tecnológica, sem muita reflexão crítica e bem pouca

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criatividade, formando não o usuário competente e criativo, como seria desejável, mas o consumidor deslumbrado.

Segundo Moran (2011) o Brasil se encontra em uma fase de consolidação da

Educação a Distância em todos os setores e níveis de ensino. Depois de uma fase de experimentação, onde houve uma aprendizagem intensa e busca de modelos mais adequados para cada instituição, nos encontramos em uma fase de amadurecimento, de maior regulação governamental, de maior cuidado com o crescimento, a infra-estrutura, a metodologia de ensino, a avaliação. Os modelos predominantes são os de teleaula, videoaula e WEB com maior ou menor apoio local. A legislação atual no Brasil privilegia o modelo semi-presencial, com acompanhamento dos alunos perto de onde moram (em pólos) e mostra desconfiança pelo modelo de acompanhamento online, principalmente em cursos de graduação. A Educação à Distância está se transformando, de uma modalidade complementar ou especial para situações específicas, em referência importante para uma mudança profunda do ensino superior como um todo. Este utilizará cada vez mais metodologias semi-presenciais, flexibilizando a necessidade de presença física, reorganizando os espaços e tempos de ensino e aprendizagem. 4.1.1. O Instituto Universal Brasileiro

Segundo Iaralham (2009) em 16 de outubro de 1941, o Instituto Universal Brasileiro (IUB) foi fundado pelos irmãos Jacob Warghafting e Michael Warghafting, objetivando a formação profissional de jovens e adultos, sem o professor na sala de aula. Os cursos profissionalizantes eram ministrados por correspondência. O IUB é considerado pioneiro no ensino à distância no Brasil e há mais de 60 anos vem desempenhando uma relevante função de modernização nesta modalidade de ensino.

Segundo Pinto (2002) a metodologia do IUB incide no envio de apostilas didáticas, elaboradas por equipes qualificadas, que preparam o material utilizando gráficos, desenhos, fotografias, dentre outros, possibilitando ao aluno ter uma visão panorâmica do assunto abordado. Caso o aluno tenha dúvidas, ele pode se comunicar com a equipe de professores através de cartas. Essa equipe recebe a dúvida do aluno e responde a correspondência com agilidade.

Hoje, o IUB oferece cursos profissionalizantes nas áreas de Administração, Agronegócio Artesanato, Construção Civil, Culinária, Desenho e Arte, Eletricidade, Eletrônica, Empresarial, Fotografia, Idiomas, Informática, Iniciação Profissional, Mecânica, Moda e estética e Trabalhos Manuais. Oferece também 4 cursos técnicos: transações imobiliárias, secretaria escolar, gestão comercial e secretariado, além do supletivo oficial (IUB, 2011). 4.1.2. Regulamentação da EAD no Brasil Segundo Neto (1998) a EaD tem potencial para ampliar a educação e está diretamente ligada ao aparecimento de sistemas educacionais abertos, flexíveis e ágeis. É nesse cenário que sua regulamentação, mesmo que ainda frágil e merecendo muitos aprimoramentos já apresenta subsídios suficientes para uma educação de qualidade.

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Alves (2006) afirma que as primeiras normas de regulamentação da EaD no Brasil ocorreram por volta dos anos 60 com o surgimento do Código Brasileiro de Comunicações (Decreto de Lei nº 236/67) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 5.692/71), Lei esta que permitiu que o supletivo fosse feito através do rádio, televisão, cartas e outros meios de comunicação. Durante muito tempo houveram várias tentativas de criação de Universidades Abertas e à Distância e de regulamentação da EaD pelo Congresso Nacional, contudo, muitas não conseguiram sucesso pelos mais variados motivos. Mas, a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996) proporcionou vários avanços na EaD. O artigo 80 estabelece:

Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada.

§ 1º A educação à distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União.

§ 2º A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de diploma relativos a cursos de educação à distância.

§ 3º As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação à distância e a autorização para sua implementação, caberão aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas.

§ 4º A educação à distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá:

I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonora e de sons e imagens;

II - concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas;

III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos concessionários de canais comerciais.

Alves (2006) diz ainda que depois disso, objetivando regulamentar o artigo supracitado e também para apoiar o credenciamento de cursos superiores à distância, foi baixado pelo Executivo Federal o decreto nº 2.494 em 10 de fevereiro de 1998, que foi modificado em 27 de abril do mesmo ano pelo decreto nº 2.561, mas ambos não contemplavam os cursos de mestrado e doutorado. Os dois decretos foram revogados com a criação do decreto nº 5.622 de 19 de dezembro de 2005 que está dividido em seis capítulos e contém 37 artigos

Alves (2006) faz um estudo sobre o decreto nº 5.622 e lista alguns pontos que considerou relevantes. Alguns desses pontos são:

1) Há algumas agressões à língua portuguesa que precisam ser corrigidas; 2) 0 maior mérito é contemplar a possibilidade de programas de pós-graduação stricto sensu. Apesar de estar ainda por vir uma norma da CAPES regulamentando os credenciamentos nesse setor, já

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temos, num texto legal, contemplada a modalidade nos mestrados e doutorados; 3) 0 Decreto fala em possibilidade de EaD em diversos níveis e modalidades, contudo não se vê listada, no elenco do Artigo 2º combinado com o Artigo 30, a EaD para o ensino fundamental e médio; 4) O Decreto diz que os cursos ministrados por EaD devem ter a mesma duração dos presenciais; 5) Um dos pontos errôneos do Decreto é a exigência de momentos presenciais. Essa prática, que é exigida no Brasil, contraria a moderna EaD que dispõe de meios altamente confiáveis de processos de avaliação. 6) Desrespeito à autonimia universitária: a LDB, em seu Artigo 80, Parágrafo Primeiro, e por via de conseqüência a norma infra-legal, desrespeitam a Constituição Federal, que assegura a autonomia das universidades em criar cursos. A EaD é uma modadalidade de educação e, portanto, não pode receber tratamento diferenciado. Tanto a lei como o decreto não resistem a um questionamento judicial. Enquanto o Judiciário não julgar inconstitucional ou ilegal a matéria, as universidades terão que permanecer se submetendo a processos de credenciamento da União.

Em relação ao credenciamento das instituições, Alves (2005) informa que segundo dados 15 de outubro de 2005 há no Brasil 2.320 Instituições de Ensino Superior, sendo 100 federais, 78 estaduais, 58 municipais e 2.084 particulares. Desse conjunto, 174 são universidades, 110 centros universitários e 2.036 faculdades. Em relação ao credenciamento para EaD, 128 instituições tiveram as portarias governamentais do MEC.

Alves (2005) diz que: Tomando-se por base o universo de casas de ensino superior,

a relação é de 5,51%. 0corre, entretanto, que se observarmos as universidades, encontramos 76 credenciadas, representando 43,67%. Nos centros universitários, essas números são bastante diferentes. Dos 110 existentes, somente 15 estão aptos a funcionar com metodologia de EaD, o que equivale a 13,63%. Por fim, das 2.036 faculdades (isoladas, integradas, centros de ensino superior e outras denominações) apenas 1,81% conseguiram a permissão, correspondendo a um total de 37.

Quanto à quantidade de entidades de EaD regularizadas pelo MEC, segundo

Alves (2005), o Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação (IPAE), aponta que em 2005 na região norte do país haviam 8 instituições, na regiao nordeste 17 instituições, na região sudeste 63 instituições, na região sul 29 instituições e na região centro-oeste 11 instituições, sendo que na região centro-oeste estas insituições estão divididas em: 4 no Mato Grosso do Sul, 4 no Distrito Federal, 2 no Mato Grosso e 1 no Goiás. 4.2. As transformações tecnológicas da EaD Conforme Nogueira (1996), estamos vivendo a terceira revolução industrial, que é a revolução da inteligência, onde as pessoas tomam suas decisões habituais baseadas no acesso que tem as informações, seja para decidir onde aplicar seu

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dinheiro ou até para ir ao supermercado. Nesse contexto, a EaD avança na mesma proporção que avançam as tecnologias. De acordo com Chaves (1999) a EaD é algo antigo e suas transformações acompanharam as transformações tecnológicas. Antes de surgirem as modernas tecnologias, o ensino por correspondência foi a primeira forma da EaD. Nesse tipo de aprendizagem o livro teve uma significativa colaboração. Mais tarde, com o surgimento do rádio e da televisão, as aulas foram ficando mais interessantes. O rádio e a televisão permitiram que o som e a imagem fossem levados a lugares remotos. Eram usados também como forma de aprimorar os estudos fax, vídeo cassetes, CD-ROM, fotografias e slides convencionais. Com o surgimento do computador, os textos eram levados e buscados dos mais remotos lugares com maior facilidade. 4.2.1. Algumas ferramentas usadas na EaD Conforme Brito (2002) a EaD pode e tem sido realizada por diversos meios, seja rádio, correio, telefone, televisão e outros. Entretanto, o sucesso dos cursos não depende apenas das tecnologias usadas, assim como, muitas experiências atuais não obtêm o êxito esperado devido a diversos fatores alheios ao meio tecnológico utilizado. Contudo, não se pode negar que com o surgimento de novas tecnologias de informação e comunicação (NTIC), originadas na década de 60 e consolidadas nos anos 90, têm corroborado sensivelmente para o crescimento do ensino à distância. 4.2.1.1. Internet Segundo Brito (2002) a internet tem se mostrado como um meio natural para a difusão da EaD em todo o mundo. O motivo principal é a diversidade de ferramentas de interação que possui. Soma-se a isso seu baixo custo e popularização alcançada desde a década de 90, fazendo com que aos poucos fosse se tornando parte indispensável na vida das pessoas. É claro que há muito que evoluir não somente no aspecto tecnológico, mas, sobretudo no que diz respeito a sua democratização, permitindo o acesso de camadas da população de baixa renda. Bittencourt (1999) acrescenta como vantagens da internet a possibilidade do rompimento de barreiras geográficas de espaço e tempo, permitindo ainda o compartilhamento de informações em tempo real, o que apóia o estabelecimento de cooperação e comunicação entre grupos de indivíduos. Outro ponto positivo da internet é a disponibilidade de mecanismos de mediação síncronos ou assíncronos, que podem ser utilizados ao mesmo tempo, ou não. A combinação destes mecanismo torna a internet um meio flexível e dinâmico para o estabelecimento da EaD. 4.2.1.2. E-mail

Segundo Laudon (1996) o e-mail, ou correio eletrônico, é um dos serviços mais utilizados na internet. Com ele é possível enviar correspondências em texto ou com arquivos de quaisquer tipos anexados como vídeos ou imagens, por exemplo, para qualquer pessoa de forma simultânea.

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De acordo com Brito (2002) na EaD o e-mail exerce um papel fundamental,

pois é responsável pela interface entre alunos e professores, alunos e alunos, professores e professores, ou seja, de modo geral, engloba todos que estão envolvidos com o curso ou com a administração do ambiente virtual, fazendo questionamentos, comentários ou dando sugestões. Entretanto, sua utilização deve ser exercita com cuidado, pois pode se tornar um instrumento de desmotivação do aluno, caso não sejam observados certos aspectos como: tempo de resposta, sobrecarga do professor, sistematização de questões e sistematização de respostas.

4.2.1.3. Fórum

Nas palavras de Fischer (2000) os fóruns representam discussões assíncronas realizadas por meio de um quadro de mensagens, que dispõe de diversos assuntos e temas sobre os quais o usuário pode emitir sua opinião, sendo possível ainda, contra-argumentar opiniões emitidas por outros usuários, formando uma cadeia dinâmica de debates. Um fórum pode ser classificado por assuntos e as mensagens relacionadas em ordem cronológica, mantendo uma organização hierárquica das mensagens, podendo identificar a sequência da discussão e a que assunto estão relacionadas. 4.2.1.4. Chat De acordo com Fischer (2000) o chat, mais conhecido no Brasil como bate-papo, é outra ferramenta que pode ser aplicada a EaD, tendo como objetivo principal o estabelecimento de discussões simultâneas por via textual. Segundo Brito (2002) os participantes do chat, identificados por pseudônimos, podem enviar e ler mensagens, estabelecendo uma discussão em grupo, e ainda, trocar mensagem de forma reservada e particular. Essa possibilidade de “conversar on-line” pode ser utilizada com diversos objetivos na EaD: esclarecimento de dúvidas, discussões e debates, dentre outros. No entanto, existe grande possibilidade de apresentar desmotivação e/ou desvio do objetivo pretendido. Como o mecanismo é aberto, ou seja, não há um controle de software sobre o que será discutido, ou mesmo na ordem da discussão, muitos alunos podem perder o interesse em participar da discussão ou desviar o papo para um assunto diferente à finalidade do encontro. 4.2.1.5. Videoconferência A videoconferência e definida por Oliveira (1996) como um conjunto de facilidades de telecomunicações que permite aos participantes, em duas ou mais localidades distintas, estabelecer uma comunicação bidirecional mediante dispositivos eletrônicos de comunicação, enquanto compartilham simultaneamente, seus espaços acústicos e visuais, tendo a impressão de estarem todos no mesmo ambiente. Segundo Brito (2002) a videoconferência é uma das melhores ferramentas de abordagem simultânea, pois permite o uso de imagem e som em tempo real, além de ser a única que possibilita a explorar a linguagem corporal, a qual é responsável

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por 80% das impressões do indivíduo durante uma interação. Entretanto, este sistema ainda não pôde se tornar uma realidade popular devido ao seu alto custo e falta de uma infraestrutura de telecomunicações adequada. 4.3. O modelo on-line na Educação à Distância

Segundo Moran (2007) a EaD em rede é um modelo de ensino que muda a imagem do aluno como sendo um ser solitário e isolado, que apenas lê e realiza seus trabalhos acadêmicos, ficando distante do mundo. Através da internet, o aluno pode combinar momentos on-line, interagindo com outros alunos e professores, tirando dúvidas em chats e comparando resultado com momentos off-line, onde o aluno acessa quando quer sem que outros fiquem sabendo.

Moran (2007) afirma que:

“O modelo de EaD que mais cresce no Brasil combina a aula com o atendimento on-line: tele-aulas por satélite ao vivo, tutoria presencial e apoio da Internet. Aulas ao vivo para dezenas ou centenas de tele-salas, simultaneamente, onde em cada uma há uma turma de até cinqüenta alunos, que assiste a essas aulas sob a supervisão de um tutor local e realiza algumas atividades complementares na sala. Há alguma interação entre alunos e professores através de perguntas mandadas via chat e que podem ser respondidas ao vivo via teleconferência, depois de passarem por um filtro de professores auxiliares ou tutores. Essas aulas são complementadas nas salas com atividades supervisionadas por um tutor presencial e outras, ao longo da semana, orientadas por um tutor on-line.”

Para Jonassen (1996) a internet é um meio pelo qual guardamos e procuramos informações e o Word Wide Web (www) está se tornando a primeira fonte que os alunos recorrem quando precisam fazer pesquisas sobre os mais variados assuntos. Portanto, a internet é um excelente aliado e um modelo usual de Educação à Distância. Contudo, o autor ressalta que a EaD precisa ensinar aos alunos os mecanismos e a lógica para melhorar a qualidade das pesquisas feitas na internet.

Moran (2007) explica que o modelo de EaD conhecido como educação on-line

constitui um modelo onde o aluno entra num ambiente virtual e lá encontra materiais e atividades postadas pelos professores e pode trocar idéias com outros colegas. Nesse modelo, há diferentes formas de aprendizagem. Umas com foco em conteúdos prontos e atividades definidas outras focadas em pesquisas e atividades colaborativas, onde o centro é uma aprendizagem compartilhada.

5. Conclusão Este trabalho procurou mostrar através de pesquisas e citações, que a modalidade de Educação à Distância deve ser vista com bons olhos por educadores, alunos e pela sociedade em geral, já que é um progresso no sistema educacional do país.

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Essa modalidade de ensino ao longo dos anos passou por diversas mudanças, e agora no século XXI se utiliza da internet e de recursos tecnológicos cada vez mais modernos e sofisticados, trazendo mais qualidade ao ensino. A tendência é que um número crescente de jovens e adultos trabalhadores optem por estudar a distância, pois podem estudar em casa ou no trabalho sem deixar de cumprir seus afazeres diários. Com relação à regulamentação da EaD, apesar de ainda ser falha e frágil, e ter muito a ser feito, numa análise geral, podemos perceber que as leis existentes juntamente com o decreto nº 5.622/05 são bons para o país, uma vez que o referido decreto estabelece diretrizes gerais para credenciamento de instituições e para a ofertas de cursos à distância. 6. Referências Bibliográficas ALMEIDA, M. E. B. Incorporação da tecnologia de informação na escola: vencendo desafios, articulando saberes, tecendo a rede. In Moraes, M. C. (org.). Educação à distância: fundamentos e práticas. Campinas, SP: NIED/Unicamp, 2002. ALVES, João Roberto Moreira. A Educação Superior a Distância: uma análise de sua evolução no cenário brasileiro. 2005. Disponível em: <http://www2.abed.org.br/noticia.asp?Noticia_ID=20>. Acesso em: 05/07/11. ALVES, João Roberto Moreira. Os reflexos da nova regulamentação da Educação à Distância, 2006. Disponível em: <http://www2.abed.org.br/noticia.asp?Noticia_ID=56>. Acesso em: 23/05/11. ANDRADE, Gabriel. O que são Linguagens de Programação. 2002. Disponível em: <http://www.infoescola.com/informatica/o-que-sao-linguagens-de-programacao/> Acessado em: 13/05/11. BITTENCOURT, Dênia Falcão. A construção de um modelo de curso “lato sensu” via internet – a experiência com o curso de especialização para gestores de instituições de ensino técnico UFSC / SENAI. 1999. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina. Disponível em: <http://www.eps.ufsc.br/disserta99/denia/>. Acesso em: 11/06/11. BRITO, Mário Sérgio da Silva Brito. Tecnologias para a EaD. 2002. Disponível em: < http://www.lynn.pro.br/pdf/educatec/brito.pdf>. Acesso em: 11/06/11. CHAVES, Eduardo O. O. Tecnologia na educação, ensino à distância e aprendizagem mediada pela tecnologia: conceituação básica, 1999. Disponível em: <http://www.chaves.com.br/TEXTSELF/EDTECH/EAD.htm#2.%20O%20EAD:%20Breve%20Histórico>. Acesso em: 25/05/11. DESCHÊNES, A. J. e Outros. Construtivismo e Formação a Distância. Tecnologia Educacional. Rio de Janeiro: 1998 p. 03-10. FISCHER, Graciana Simoni. Um ambiente virtual multimídia de ensino na WEB, com transmissão ao vivo e interatividade. 2000. Dissertação (Mestrado em Informática) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

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