Um Diálogo Com a Escola Francisco Luiz

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Um diálogo com a escola Francisco Luz André Laurence Freitas dos Santos 1 Resumo Os problemas referentes à inclusão de pessoas com necessidades especiais e portadores de deficiências nos processos educacionais, são alvo de uma discussão interminável em todo o país. Com relação à inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), é conhecida a discrepância existente entre o que determina a lei n o 12.764/2012 que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com TEA e suas diretrizes para a consecução de objetivos e o que se pratica diariamente. O presente trabalho tenta demonstrar, através de um diálogo com uma escola estadual de ensino fundamental, inclusiva, no município de Camaquã, associado às narrativas de outras iniciativas relatadas em vídeos e documentários, um pequeno esboço desta situação que aflige não somente os envolvidos no processo de ensino como professores, equipe pedagógica e gestão escolar como familiares e principalmente aqueles que têm as suas vidas diretamente atingidas com esta discussão, os Autistas. O Autismo um breve relato ________________________________ Aluno regular do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática – Mestrado Profissional – UFPEL – Disciplina de Recursos Adaptados para o ensino de Ciências

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Estudo de caso sobre inclusão de portadores de necessidades .

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Um dilogo com a escola Francisco LuzAndr Laurence Freitas dos Santos1ResumoOs problemas referentes incluso de pessoas com necessidades especiais e portadoresde deficincias nos processos educacionais, so alvo de uma discusso interminvel emtodo o pas!omrela"o incluso de pessoascom #ranstorno do $spectro Autista%#$A&, con'ecida a discrep(ncia e)istente entre o *ue determina a lei no 1+,-./+01+*ue institui a 1oltica 2acional de 1rote"o dos 3ireitos da 1essoa com #$A e suasdiretri4es para a consecu"o de ob5etivos e o *ue se pratica diariamente O presente trabal'o tenta demonstrar, atravs de um dilo6o com uma escola estadualde ensino fundamental, inclusiva, no municpio de !ama*u, associado s narrativas deoutras iniciativas relatadas emvdeos e documentrios, umpe*uenoesbo"odestasitua"o *ue afli6e no somente os envolvidos no processo de ensino como professores,e*uipe peda676ica e 6esto escolar como familiares e principalmente a*ueles *ue tmas suas vidas diretamente atin6idas com esta discusso, os AutistasO Autismo um breve relatoOs estudos comrela"oao#ranstornodo$spectroAutistadatamde18.9comapublica"odoarti6osobre:Ostranstornosautistasdocontatoafetivo;%18.9&pelopsi*uiatraaustracoLeo ?A@!=$SA e1ALB!AOS, +00.&C A incapacidade de relacionarDse normalmente com pessoas e situa"Ees>FFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFAluno re6ular do 1ro6rama de 17sDGradua"o em $nsino de !incias e ?atemtica H ?estrado 1rofissional H IF1$L H 3isciplina de @ecursos Adaptados para o ensino de !incias Im amplo con5unto de deficincias na comunica"o e na lin6ua6em> Ar6ida aderncia rotina e a insistncia das crian"as autistas nai6ualdade>#ambm com rela"o a tais estudos importante destacar a passa6em de trs momentosdistintos, um primeiro momento onde se atribuam, de maneira comprovadamente falsa,a causa para o #$A a fatores emocionais e afetivos inade*uados na rela"o das crian"asautistas com seus pais, *ue perdurou desde 18.9 por *uase +0 anos, tratando o autismocomoumtranstornopuramente afetivo, ose6undoapartir de18-0, derrubandoa'ip7tese anterior, atravs depes*uisas *ue tratavamfatores referentes co6ni"o,e)plicandoasdificuldadesdelin6ua6em, comunica"oefle)ibilidademental 2estese6undo momento a educa"o tomou frente como principal tratamento para o autismoOterceiromomento, enfo*ueatual doautismo, contacompes*uisas avan"adas napsicolo6iaeneurobiolo6ia*uecaracteri4amo#$Acomoumtranstorno6lobal dodesenvolvimento, derrubando os modelos anteriores e levando a um 6rande avan"o nas*uestEes relativas ao dia6n7stico, tratamento e convvio com autistas %!OOL>?A@!=$SA e 1ALB!AOS, +00.&A defini"odeautismoal6ocomple)odeterminadoporumasriedetipolo6iasenveis *ue possuem cada um suas especificidades no dia6n7stico As classifica"Ees maisempre6adas so o 3S? D AJ %?anual 3ia6n7stico e $statstico de transtornos ?entais&,da Associa"o Americana de 1si*uiatria %A1A, 188.& e o !A3D10 %!lassifica"oAnternacional de 3oen"as& da Or6ani4a"o ?undial de SaKde %O?S, 1889&, *ue,se6undo !ool, ?arc'esi e 1alcios %+01.&, :LM devem ser utili4adas comofundamentos r6idos do dia6n7stico clnico, *ue sempre deve basearDse emumaobserva"o ri6orosa das condutas da crian"a e emuma interpreta"o fina de seusi6nificado LM;1ara$stanislaueNressan%+01.&, ostranstornosdoespectroautistasotranstornoscomple)os de incio precoce, detectveis preferencialmente at os trs anos de idade,*ue se mantem ao lon6o da vida e *ue fre*uentemente ocasionam 6randes pre5u4os aoportador e sua famlia 1or terem incio na inf(ncia, importante *ue se5am con'ecidosnoambienteescolar,umave4*ueoseducadoresatravsdaanlisecomportamentalpodem detectar diferen"as entre crian"as portadoras ou no de tal deficinciaO termo Autismo, se6undo os autores, :LM uma condi"o *ue reflete altera"Ees noneurodesenvolvimento de uma pessoa, determinando *uadros muito distintos, *ue tmemcomumum6rande pre5u4o na sociabilidade considerado uma sndromeneuropsi*uitrica, pois caracteri4ado por um con5unto de sinais clnicos , nem sempreprovocados por uma causa comum; %!OOL, ?A@!=$SA e 1ALBSAO, +01.&, ae)pressoespectrofacilitaacompreensode*ueoautismoumacondi"omuitovarivel de um caso para outro3e acordo com a classifica"o 3S? H AJ, mais utili4ada, teremosC #ranstorno Autista %com seus nveis&> #ranstorno de Asper6er %com seus nveis&> #ranstorno de @ett> #ranstorno desinte6rador da inf(ncia> #ranstornos Globais de 3esenvolvimento sem outras especifica"EesA causa dos #$As atribuda a fatores 6enticos e ambientais como problemas no partoe 6esta"o, idade paterna avan"ada entre outros, $stanislau e Nressan %+01.&, baseadosem estudos recentes, afirmam *ue 80O das manifesta"Ees clnicas de autismo tm causa6entica e *ue uma famlia com uma crian"a autista tem de 9 a ,O de recorrncia do*uadro em outro fil'o!omrela"oeduca"odealunoscomautismo!ool, ?arc'esi e1alcios%+01.&,salientamaimport(ncia dedois fatores, adiversidadeeapersonali4a"o 1araosautores, :Os sistemas 'omo6neos e os modelos pouco individuali4ados do processo deensino aprendi4a6em so incapa4es de atender as necessidades de crian"as cu5o modode desenvolvimento se afasta mais do modelo padro de desenvolvimento 'umano;3evido a 6rande 'etero6eneidade dos *uadros de autismo, somente o dia6n7stico maispreciso e especiali4ado poder identificar a correta orienta"o educacional *ue deve serse6uida, dispondo os alunos, sem a e)cluso de nen'um modelo e nessa ordem, em umaescola re6ular, sempre *ue possvel ou uma classe especial em uma escola re6ular ouem uma escola especial, mas no especfica de autismo ou em uma escola especficapara o tratamento deste transtorno Al6o importante, e *ue deve ser levado em conta *ue a maioria das pessoas autistasre*uer aten"o, superviso e apoio durante toda a vida, pois, atualmente no se cura oautismo, apesar de poder 'aver mel'ora si6nificativa no *uadro em fun"o,principalmente, do trabal'o da educa"o %!OOL, ?A@!=$SA e 1ALBSAO, +01.&!omrela"oaestrat6iasdeensinoeambienteescolar,dadasasespecificidadesdecada caso e nvel de autismo, al6uns fatores so fundamentais para o sucessoeducacional do aluno autista comoC O dia6n7stico preciso *uanto ao tipo de transtorno e seu nvel no tempocerto> A forma"o e orienta"o de todos os profissionais e famlia envolvidosno processo de educa"o do aluno autista> Adefini"oeredefini"oplane5ada e preestabelecida das estrat6iasutili4adas para a educa"o em cada caso, com a participa"o de todos osenvolvidos no processo, incluindo a famlia> A presen"a de profissionais especiali4ados no tratamento com autistas, aomenos umpara compor uma estrutura de forma"o de professores,plane5amento e estrat6ias> Salas de aula com nKmero redu4ido de alunos para *ue o atendimentodirecionado se5a possvel, ao menos em al6um momento das atividades> @ecursos adaptados ao ensinodoautista e/ oua sensibili4a"o dosprofessores em desenvolvDlos, uma ve4 *ue atravs de sua observa"oindividual do aluno autista *ue tais necessidades podem ser desveladas> O aporte financeiro e de apoio por parte das entidades 6overnamentais nocumprimento da lei no 1+,-./+01+ e de suas diretri4es A Escola Estadual de Ensino Fundamental Francisco LuzA $scola $stadual de $nsino Fundamental Francisco Lu4 fica locali4ada em uma re6ioainda considerada central do municpio de !ama*u 1or ironia, fica as mar6ens de umacomunidade pobre e com'ist7rico de violncia e trafico de dro6as, !'amada!apoeiro,criada 5ustamente com o deslocamento de pessoas de bai)a renda para lcoma finalidade de e)pansoda re6iocentral Auma *uadra desta escola estlocali4ado o presdio do municpio onde residem os pais de muitos dos alunos destaescola Ima de suas caractersticas e *ue se tornou importante em sua escol'a comofoco deste trabal'o o fato dela receber todos os tipos de necessidades especiais, desdeos casos de vulnerabilidade at os casos 6raves de deficincia fsica e mental3iretoraC :Puando nen'uma escola mais aceita estes alunos, eles vem pra c 27s norecusamos nin6um;#rataDse de um ambiente pe*ueno com poucas salas de aula e poucos alunos em cadasala, atende cerca de .00 alunos em trs turnos, suas instala"Ees so limpas e a escola colorida e com aspecto de :feli4;, al6umas coisas consertadas com amadorismo aindaassim so feitas de maneira limpa e com o ob5etivo, alcan"ado, de conservar e manteror6ani4ado 1arece *ue tudo feito com muito amor e carin'o e *ue a escola realmentepertence a todos *ue ali trabal'am3uranteaconversacomadiretoraforamcitados casos dees*ui4ofrenia, autismo,surde4, autismoe surde4, ce6ueira, ossos devidro, daQun, almde 'ist7ricos devulnerabilidade social, mas o impressionante *ue em nen'um momento transparece oressentimento, a triste4a ou desesperan"a nos relatos desta profissional!omrela"o estrutura e apoio ela di4C : no, no temos acompan'amentoespeciali4ado e o pouco recurso *ue se conse6ue custa de muita batal'a e estandosempre atento aos editais e c'amados para verbas A*ui, tirando uma professora *ue temforma"o em Libras,a Knica,n7s conversamos muito e trocamos e)perincias, umasa5udando as outras, mas tudo feito por conta, cada professora, dentro de sua limita"otenta de todas as maneiras at *ue conse6ue, em al6uns casos, al6um sucesso ?as oatendimentoindividuali4adoeconstantedifcil, poistemos*ueatenderaosoutrostambm;!om rela"o ao Autismo, direcionouDse a entrevista ao caso de um aluno especfico de1, anos *ue fre*uenta a *uarta srie do ensino fundamental Puando *uestionada comrela"o ao dia6n7stico relataC :ele c'e6ou para n7s dia6nosticado com Asper6er masno sei, ele atende aos estmulos *uando *uer, so poucos os professores *ueconse6uem acesso para ensinar al6uma coisa para ele $le vem al6uns dias da semana,no so todos, permanece sentado na classe, me)endo constantemente em um monte detampin'as de 6arrafa pet coloridas *ue ele espal'a sobre a mesa $sse ano ele vai passar,pois 5 rodou no ano passado e no pode reprovar novamente, e assim vai cada retornoconse6uido, cada avan"o vistocomo uma evolu"o Aprofessora de portu6usconse6uiu *ue ele escrevesse as palavras com 6a, 6ue, 6ui em uma fo6ueira desen'adacomo parte de uma atividade durante as festividades de So Roo !oitada, saiucorrendo da sala e mostrando para todos os cole6as a sua con*uista e disse *ue para ela,na*uele ano, o aluno 5 estava aprovado;Outra professora *ue estava presente na entrevista relatou a fal'a nos procedimentos dedia6n7sticonomunicpioC : ummdicos7*uereali4a este trabal'oa*ui em!ama*u, certave4levei min'asobrin'a*ueestavamuitodeprimidaporcontadaperdadaav7, min'ame,enoestavaconse6uindodormir, para consultar comele,relatei o acontecido para ele e ele disse *ue o problema dela era #O!, pu)ou o bloco dereceitas eprescreveuumremdio*ueeucon'eciae5sabia*ueeratar5apreta1er6untei para ele com base em *ue ele dia6nosticou a min'a sobrin'a, adolescente de1S anos, ele ficou meio desconcertado, tentou me enrolar 3evolvi a receita para ele efui embora dar aten"o e carin'o para a menina Se ele fe4 isso com ela sabeDse l secon'ece al6uma coisa de autismo para dia6nosticar;2o*uesereferefamliadoalunoadiretorarelataC : noincios7opai eatiafre*uentavam as reuniEes, a me, *ue professora, custou muito a aceitar, mas 'o5e,ac'o*ue comotrabal'otambmda escola somuitoparticipativos e aceitamacondi"o do fil'o Sempre esto presentes nos eventos e reuniEes avaliativas;Ima das professoras *ue lecionou matemtica para o aluno em *uesto desabafaC : euno ten'o nen'uma forma"o ou con'ecimento para lidar com ele, mas ima6inei comose fosse a min'a fil'a e como eu 6ostaria *ue ela fosse tratada se tivesse esse problemaAcabei identificando o 6osto dele por e*uipamentos eletrTnicos e utili4ei catlo6os delo5as para trabal'ar porcenta6em, 5uros, descontos, mesmo *ue esse tema estivesse forado conte)to da aula dos outros alunos;A diretorafinali4aC : a*ui, nossomosumafamlia, sabemosdavidadetodososnossos alunos eprofessores, comoemuma famlia, issotemas suas vanta6ens edesvanta6ens, mas isso nos a6re6a nos une de uma forma *ue fortalece, cada um sabe*ue no est so4in'o, *ue no vai ser 5ul6ado ou condenado por fracassos ou sucessos#rabal'amos com muito amor e dedica"o e todos *ue vem trabal'ar a*ui, at mesmoos voluntrios acabam se apai)onando ou pela escola ou por um caso especial e a*uificamapesardetodasasdiversidadeseproblemas Ubom, euten'ocontratode.0'oras, mas fico -0 a*ui dentro, ven'o nos trs turnos por*ue me sinto em casa $ssa amin'a escola;!onsidera"Ees1ercebo, pelos relatos das professoras e pelas observa"Ees reali4adas com a visuali4a"ode outros materiais como documentrios e vdeos, a realidade precria de todo o sistemadeinclusodealunoscomtranstornodoespectroautistaentreoutrasnecessidades1orm, apesar das dificuldades encontradas, e)istem al6umas escolas com essa missoimpre6nada em seus ob5etivos !asos como o da escola Francisco Lu4 em !ama*u,ob5eto deste estudo, e as escolas Gilberto Ror6e, ?artin Aran'a, 3olores A !aldas eJila ?onte !risto em 1orto Ale6re *ue participam de pro5etos de docnciacompartil'ada e *ue tiveramsuas e)perincias re6istradas emumdocumentrioreali4ado em +00V %1&, demonstram al6umas caractersticas comuns e constantes onde o*ue prevalece a dedica"o, aboa vontade a capacidade de en)er6ar ooutroe,principalmente, um sentimento resumido em uma palavra mencionada pela maioria dosentrevistados por mim ou nos documentrios, o Amor $ como formar profissionais daeduca"o para a empatia e o amorW #alve4 esta discusso possa vir a tornarDse alvo deal6um estudo futuro por parte de acadmicos e pes*uisadores em educa"o Outro fator observado em dois documentrios referentes ao autismo a import(ncia dacontribui"o de adultos autistas dia6nosticados e tratados, *ue podem contribuir comsuas e)perincias de vida, a5udando a elucidar aspectos comportamentais e afetivos desua inf(ncia e adolescncia, como no caso do mKsico @ap'ael Au6usto @, Loures, *ueno documentrio :Ims7 ?undo; %+& relata al6umas dKvidas e dilemas de sua5uventude com Asper6er 3a mesma forma o pai autista de meninos tambm autistas*ue, no pro6rama especial sobre autismo transmitido pela rede Globo no 5ornalFantstico em +01. *ue relata toda a suas an6ustias e rotinas em famlia %9& Ainda importante mencionar a *uesto dos dia6n7sticos Se6undo o neuropediatra dainf(ncia e da adolescncia, 3r Ros Salomo Sc'Qart4man %9&, a 6rande maioria dospediatras no est devidamente preparada ou capacitada para a reali4a"o dodia6n7sticodeautismo Assosetradu4emum6randeproblema, umave4*ueopediatra *ue ir acompan'ar o desenvolvimento e evolu"o da crian"a 5ustamente noperodo mais importante para detec"o do autismo, *ue deve se dar at os trs anos deidade *uando os neurTnios *ue coordenam a comunica"o e os relacionamentos sociaisdei)am de formar as cone)Ees necessrias$sse fato fica claro na contribui"o dadapelas professoras entrevistadas da escola Francisco Lu4Feitas estas considera"Ees, concluo *ue infeli4mente a camin'ada da incluso depessoas com#ranstorno do $spectro Autista, para as famlias e envolvidos nosprocessos para a sua educa"o e sociali4a"o lon6a, trabal'osa e dolorosa, mas *ue aspoucas iniciativas com sucesso transmitem um sentimento de lu4 e esperan"a #alve4*uandotivermos casos de autismocompondoamaioria das famlias brasileiras osentimento de empatia e recon'ecimento do outro se torne o 6rande disparador dessesentimento de amor necessrio para *ue se concreti4em as a"Ees to bem formuladas eplane5adaspelalei no1+,-./+01+*ueinstitui a1oltica2acional de1rote"odos3ireitos da 1essoa com #$A e as diretri4es para a consecu"o de seus ob5etivosReferncias!OOL, !> ?A@!=$SA, A> 1ALB!AOS, R e colaboradores,Desenvolvimentopsicolgico e educa!o" #ranstornos de desenvolvimento e necessidades educativasespeciais vol 9, + ed, 1orto Ale6reC Artmed, +00.$S#A2ASLAI, G ?>N@$SSA2, @A> or6$a%de&entalnaEscola"o'ueoseducadores devem saber, 1orto Ale6reC Artmed, +01.%1&$)perinciasde3ocncia!ompartil'adanacidadede1ortoAle6re, noanode+00V, publicado em +0 de a6o de +019, AnC'ttpsC//QQQXoutubecom/Qatc'WvY.@3Sf+isX.Z, visuali4ado emC 0+/0,/+01S%+& 3ocumentrio :Im s7 mundo; sobre o Autismo, +01., publicado em 1. de abr de+01., AnC'ttpsC//QQQXoutubecom/Qatc'WvY'@1dPpI,2bA, visuali4ado emC0+/0,/+01S%9& Srie :Autismo;, Fantstico, rede Globo +019, publicado em ++ de set de +019, AnC'ttpsC//QQQXoutubecom/Qatc'WvYOvF2iFPuG1A, visuali4ado emC 0+/0,/+01S