Ultrasonografia de pescoço: glândulas salivares, linfonodos e laringe

Ecografia del cuello en caninos: gl. salivares, linfonodos y laringe

Cibele Figueira CarvalhoCibele Figueira CarvalhoDMV, MSc, PhDDMV, MSc, PhD

Médica Veterinária Serviço de Ultrassonografia do PROVETMédica Veterinária Serviço de Ultrassonografia do PROVET

Pesquisadora colaboradora do INRAD - HCFMUSPPesquisadora colaboradora do INRAD - HCFMUSP

casos de presença de massas casos de presença de massas palpáveis (sólidas ou flutuantes) na palpáveis (sólidas ou flutuantes) na regiãoregião

pesquisa de invasão vascular em pesquisa de invasão vascular em casos de massa tumorais na regiãocasos de massa tumorais na região

pesquisa de metástases ou de tumor pesquisa de metástases ou de tumor primário em cadeia linfonodal primário em cadeia linfonodal cervical ventralcervical ventral

INDICAÇÕES CLÍNICASINDICAÇÕES CLÍNICAS

US Pescoço: US Pescoço: Estado da Estado da ArteArte

Fonte: RUIVO, C.N.; SIMÃO, C.S.; CARVALHO CF; GARCIA, D.A.A.; FROES, T.R. Ultrassonografia de pescoço - estudo retrospectivo em cães. Rev. Clinica Veterinária. v.17, n.99, p.58-64, 2012.

conhecimento da anatomia regionalconhecimento da anatomia regional

Fonte: Ettinger & Feldman (2005)


Técnica de exameTécnica de exame

transdutores de alta resolução, transdutores de alta resolução, lineares ou micro convexos e lineares ou micro convexos e frequência 7 a 10 ou 15 MHzfrequência 7 a 10 ou 15 MHz

entre ramos mandibulares e pescoçoentre ramos mandibulares e pescoço imagem transbulbar da glândula imagem transbulbar da glândula

salivar zigomática (ocular)salivar zigomática (ocular)


Técnica de Técnica de exameexame

US PescoçoUS Pescoço: Estado da : Estado da ArteArte

Fonte: Carvalho, CF (2012).

Glândulas salivaresGlândulas salivares


AnatomiaAnatomia

ParótidaParótida : é pequena, fina e : é pequena, fina e triangular, situa-se sob a pele e um triangular, situa-se sob a pele e um fino músculo parotídeo auricular; o fino músculo parotídeo auricular; o ducto parotídeo atravessa o ducto parotídeo atravessa o masseter e abre-se acima dos dentes masseter e abre-se acima dos dentes caninoscaninos

US Pescoço: US Pescoço: Gl. salivaresGl. salivares

Glândula parótida apresenta parênquima ecogenicidade baixa a moderada com ecos uniformes


Glândula salivar mandibularGlândula salivar mandibular : é : é grande, arredondada e ventral a grande, arredondada e ventral a parótida; caudal ao ramo da mandíbula parótida; caudal ao ramo da mandíbula e caudoventral a bifurcação das veias e caudoventral a bifurcação das veias maxilares e linguofacialmaxilares e linguofacial

parênquima moderadamente ecogênico parênquima moderadamente ecogênico e homogêneo, cápsula hiperecóicae homogêneo, cápsula hiperecóica

tecido intersticial fibroso e veiastecido intersticial fibroso e veias


Glândula salivar mandibular


Glândula salivar sublingualGlândula salivar sublingual : é de : é de difícil visualização, localiza-se difícil visualização, localiza-se rostralmente á mandibular rostralmente á mandibular

tamanho menor e parênquima mais tamanho menor e parênquima mais hipoecogênicohipoecogênico


Glândula salivar zigomáticaGlândula salivar zigomática : : localiza-se ventral ao tecido fibroso localiza-se ventral ao tecido fibroso orbital e rostro medial ao arco orbital e rostro medial ao arco zigomáticozigomático

observa-se através da sonografia ocular observa-se através da sonografia ocular dorso medialmente ao globodorso medialmente ao globo

aspecto oval em plano longitudinal e aspecto oval em plano longitudinal e arredondada em plano transversal arredondada em plano transversal

hipoecóica e com várias veias, hipoecóica e com várias veias, circundada por margem hiperecogênicacircundada por margem hiperecogênica


Alterações sonográficasAlterações sonográficas

cistos cistos abscessosabscessos hematomashematomas Sialite/ sialoadeniteSialite/ sialoadenite obstrução de ductos / sialolitosobstrução de ductos / sialolitos neoplasias (massas ventrais ao neoplasias (massas ventrais ao

ouvido, caudais aos ramos ouvido, caudais aos ramos mandibulares, abaixo da língua e em mandibulares, abaixo da língua e em casos de exoftalmia)casos de exoftalmia)


Processo obstrutivo da via de saída - cisto


Processo obstrutivo - Sialolitos ou inflamatório


Processo inflamatório/ infeccioso crônico (SIALOADENITE)


Neoplasia em glândula salivar


Estado da Arte: linfonodos Estado da Arte: linfonodos

Fonte: Nyman & O’Brien (2007)

Parâmetros a serem avaliados:-Tamanho (eixo curto / longo)-Formato-Ecogenicidade ao modo-B-Vascularização ao mapeamento Doppler*

Estado da Arte: Estado da Arte: linfonodoslinfonodos


Padrão reativo hilar Padrão misto

Padrão periféricoFonte: Nyman et al. (2004)


laringe normal (pl long)

laringe

Processo inflamatório: laringite


sub-mand

Processo inflamatório: sialite


Processo inflamatório: adenite supurativa

Processo inflamatório/ infeccioso crônicoLinfoadenite


Teckel, fêmea, 10 anos(linfoma)


Fonte: Saunders, JH (2010)

Usando os parâmetros de tamanho, Usando os parâmetros de tamanho, formato, aspecto ecográfico, distribuição do formato, aspecto ecográfico, distribuição do fluxo vascular e índices Doppler (IR e IP), fluxo vascular e índices Doppler (IR e IP), pode-se obter diagnóstico correto em:pode-se obter diagnóstico correto em:

- 89% dos casos (benignos x malignos)- 89% dos casos (benignos x malignos)


estrutura cartilaginosa repleta de ar estrutura cartilaginosa repleta de ar que pode ser avaliada somente quanto que pode ser avaliada somente quanto a sua a sua superfíciesuperfície

Estado da Arte: laringeEstado da Arte: laringe

Fonte: Carvalho, 2009

Estado da Arte: Estado da Arte: laringelaringe

Avaliação dinâmica ou funcional

PLANO TRANSVERSAL DE LARINGE


Pequinês, fêmea, 7 anos(rouquidão) – edema de laringe


Invasão regional (meta Ca tireóide) em laringe e linfonodos


Poodle, femea, 8 anos

Carcinoma de tireoide com invasão metastática da laringe


Controle pós tireoidectomia realizada há 2 anos (meta de carcinoma de tireoide)



Neoplasia de laringe com meta traqueia

• várias possibilidades de utilização na rotina veterinária com os aparelhos de alta resolução

• amplo campo de pesquisa

• poucas limitações quanto a dificuldade técnica

ConclusõesConclusões

Obrigada pela Obrigada pela atenção!atenção!

Ruivo, C.N.; Simão, C.S.; Carvalho CF; Garcia, D.A.A.; Froes, T.R. Ultrassonografia de pescoço - estudo retrospectivo em cães. Rev. Clinica Veterinária. v.17, n.99, p.58-64, 2012.Taeymans et al. Thyroid imaging in the dog: status and future directions. JVIM, v21, n11, p.673-84, 2007.Penninck & D’Anjou. Atlas of small animal ultrasonography. Iowa: Blackwell publishing, 2008.Nyland & Mattoon. Small animal diagnostic ultrasound. 2nd ed. Philadeplphia: WB Saunders. p.285-304, 2002.Reusch et al. Ultrasonography of the parathyroid glands as an aid in diferentiation of acute and chronic failure in dogs. JAVMA, v.127, n.12, p.1849-52, 2000.Carvalho CF; Andrade Neto JP; Diniz SA. Small breed dogs with confirmed stroke: concurrent diseases and sonographic findings. Arq. Bras. Med Vet Zootec. v.64, n.5, p.1177-1183, 2012. Carvalho , CF; Simão, C.S; Ruivo,CN Sonographic assessment of vessel invasion by cervical masses in dogs. Arq. Bras. Med Vet Zootec. v.64, n.5, p.1145-1150, 2012.Carvalho, CF Região cervical ventral: pescoço. In: Carvalho, CF Ultrassonografia em pequenos animais. 2ed Editora Roca, São Paulo. p.309-327, 2014.

Referencias Referencias

Ultrasonografia de pescoço: glândulas salivares, linfonodos e laringe

Health & Medicine

Transcript of Ultrasonografia de pescoço: glândulas salivares, linfonodos e laringe