UFCSPA UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE … · vida dos pacientes e diminuir a...

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UFCSPA UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE YANET PATRICIA TRIANA SANCHEZ ESTRATÉGIA DE ABORDAGEM DA HIPERTENÇÃO ARTERIAL NA PREVENÇÃO DE COMPLICAÇOES. IRITUIA- PA 2018

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  • UFCSPA

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE

    YANET PATRICIA TRIANA SANCHEZ

    ESTRATÉGIA DE ABORDAGEM DA HIPERTENÇÃO ARTERIAL NA

    PREVENÇÃO DE COMPLICAÇOES.

    IRITUIA- PA

    2018

  • YANET PATRICIA TRIANA SANCHEZ

    ESTRATÉGIA DE ABORDAGEM DA HIPERTENÇÃO ARTERIAL NA

    PREVENÇÃO DE COMPLICAÇOES.

    Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização

    Em Saúde da Família pela Universidade Federal

    De Ciências da Saúde de Porto Alegre e UNA-SUS

    Orientador. Patricia Maria Barros Thomas Medica

    De Família e Comunidade

    IRITUIA

    2018

  • YANET PATRICIA TRIANA SANCHEZ

    ESTRATÉGIA DE ABORDAGEM DA HIPERTENÇÃO ARTERIAL NA

    PREVENÇÃO DE COMPLICAÇOES.

    Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização

    Em Saúde da Família pela Universidade Federal de

    Ciências da Saúde de Porto Alegre e UNA-SUS.

    Orientador. Patricia Maria Barros Thomas

    Medica de família e Comunidade

    1º Avaliador:

    2º Avaliador: Nota: _____________________

    Data: _____/______/_________

    IRITUIA-PA

    2018

  • SUMÁRIO

    1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 05

    2 ESTUDO DE CASO CLÍNICO................................................................................08

    3 PROMOÇÃO DA SAÚDE, EDUCAÇÃO EM SAÚDE E NIVEIS DE

    PREVENÇÃO................................................................................................................12

    4 VISITA DOMICILIAR..............................................................................................16

    5 REFLEXÃO CONCLUSIVA.................................................................................... 18

    REFERÊNCIAS........................................................................................................... 19

    ANEXO A – PROJETO DE INTERVENÇÃO............................................................. 20

  • 5

    1 INTRODUÇÃO

    Meu nome é Yanet Patricia Triana Sanchez, sou natural de Cuba província

    Villa Clara, tenho 32 anos terminei minha educação básica e pré-universitária em

    escolas públicas. Entrei na universidade por uma bolsa de estudo oferecida por

    no ministério de Saúde em Cuba, me graduei-me depois de 6 anos em mês de

    julho 2009 pela Faculdade de ciências Medica de Villa Clara. Em esse mesmo

    ano iniciei minha carreira profissional como médico geral por um tempo de 2

    anos em no município de Caibarien, posteriormente fiz uma residência de

    especialização em Medicina Geral Integral (MGI) por um tempo de 3 anos.

    Em julho de 2016 aderi ao Programa Mais Médicos para Brasil, onde atuo no

    Município Irituia, Estado Pará faz um ano e 6 meses.

    O município de Irituia localiza-se na mesorregião do nordeste do estado do

    Pará, pertencendo a região de Guajarina apresenta uma área de 1379523 km2

    e população de 30573 habitantes com densidade demográfica de 21,8

    habitantes por km2 concentrado 24 458 (80 %) na zona rural e 6 115 (20 %) zona

    urbana. (Irituia, 2016, p.11 )

    Em Irituia, a Hipertensão Arterial se comporta como a doença crônica com

    maior incidência na população. Na ESF Brasileira onde trabalho pertencente ao

    município com um Número de habitante de 1537 tem 135 pacientes hipertensos

    sendo a Hipertensão Arterial uma das doenças com mais incidência na

    população. Neste trabalho vamos a caracterizar o comportamento clinico e

    epidemiológica da hipertensão arterial para ver os principais fatores de risco da

    doença em esta população e fazer ações que permitam melhorar a qualidade de

    vida dos pacientes e diminuir a incidência da doença a traves de estilos de vidas

    mais saudáveis.

    A Hipertensão Arterial é uma doença crónica determinada por elevados

    níveis de pressão sanguínea nas artérias, o que faz com que o coração tenha

    que exercer um esforço maior do que o normal para fazer circular o sangue

    através dos vasos sanguíneos. A pressão sanguínea envolve duas medidas,

    sistólica e diastólica, referente ao período em que o músculo cardíaco está

    contraído (sistólica) ou relaxado (diastólica). A pressão normal em repouso situa-

  • 6

    se entre os 100 e 140 mmhg para a sistólica e entre 60 e 90 mmhg para a

    diastólica de acordo com Sociedade Brasileira de hipertensão, (Brasil,2006,

    p.56)

    A hipertensão arterial é um dos principais fautores de risco para a ocorrência

    do acidente vascular cerebral, tromboembólico ou hemorrágico, enfarte agudo

    do miocárdio, aneurisma arterial (por exemplo, aneurisma da aorta), doença

    arterial periférica, além de ser uma das causas de insuficiência renal crónica e

    insuficiência cardíaca, (Liberman, 2007, p.37)

    Existem dados que demostram que a doença acomete cerca de 20% da

    população mundial, mas acomete cerca de 30% da população negra. Nos

    Estados Unidos, estimativas relatam que cerca de 50 milhões de pessoas podem

    ser rotuladas como hipertensas. Outro dado relevante, é que o número de

    pessoas naquele país com mais de 50 anos com hipertensão, é

    proporcionalmente superior ao de pessoas normais (Osterberg, 2005). No Brasil,

    as doenças cardiovasculares são responsáveis; por 33% dos óbitos com causas

    conhecidas (Brasil, 2006, p.65)

    De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão, a Hipertensão Arterial

    Sistêmica (HAS) é um grave problema de saúde pública no Brasil. Sua

    prevalência no Brasil varia entre 22% e 44% para adultos (32% em média),

    chegando a mais de 50% para indivíduos com 60 a 69 anos e 75% em indivíduos

    com mais de 70 anos. Afeta mais de 30 milhões de brasileiros (36% dos homens

    adultos e 30% das mulheres) e é o mais importante fator de risco para o

    desenvolvimento das Doenças Cardiovasculares (DCV), com destaque para o

    Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), as duas

    maiores causas isoladas de mortes no País. (São Paulo,2006, p.45)

    Segundo dados do Inquérito Populacional realizado nas capitais brasileiras,

    a frequência de adultos que referiram diagnóstico médico de hipertensão arterial

    variou entre 16,6 % e 29,7 %. Em Pará, foi de 22,9%, sendo 20,3 % do sexo

    masculino e 23,6 % do sexo feminino. A Hipertensão Arterial tem alta prevalência

    e baixas taxas de controle, é considerado um dos principais fatores de risco

    modificáveis e um dos mais importantes problemas de saúde pública no Brasil,

    (Paz, 2006, p.132)

  • 7

    Constitui-se, assim, o problema deste Projeto de Intervenção a seguinte

    questão: Quais são as Ações de saúde para diminuir a incidência da Hipertensão

    Arterial na população do EFS brasileira, município de Irituia?

    Com este trabalho pretendemos mencionar os principais fatores de risco,

    determinar as idades de maior incidência na população com a doença e

    determinar ações para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

  • 8

    2 ESTUDO DO CASO CLINICO

    Paciente Maria dos Santos Martinez de 52 anos com escolaridade ensino

    médio, casada, e ama de casa mora na Vila da Brasileira com suas dois filhas e

    seu esposo, vivenda de madeira com uma sala, 3 quartos e cozinha.

    Maria é hipertensa há 4 anos, obesa e cumpre pouco com as orientações

    dadas em consulta medica, sendo difícil o controle da hipertensão Arterial.

    1ra Consulta:

    Dados da triagem: peso: 76kg, estatura: 1.45 cm; IMC: 36.15 obesidade grau

    ll, temperatura: 36,1oC, pressão arterial: 150/100 mmHg.

    Queixa Principal: dor de cabeça.

    História da doença atual: Paciente feminina de 52 anos, com antecedentes de

    hipertensão arterial há 4 anos faz uso de captopril 25 mg 2vezes ao dia além de

    hidroclorotiazida 25 mg uma vez ao dia, gosta de comer massa, gorduras, está

    obesa, não faz exercícios físicos, não faz caminhadas, ou seja, é muito

    sedentária.

    Agora chega em consulta com queixas de cefaleia, e com uma pressão arterial

    elevada. Urinas normais, não taquicardia, não adormecimento em extremidades

    superiores nem inferiores, não câimbras.

    Exame Físico:

    Aparato Cardiovascular: TA: 150/100 mmHg, Frequência Cardíaca: 85x´, não

    sopros, não edemas.

    Exame do pescoço: não sopros carotídeos.

    Exame do pulmão: murmulho vesicular normal, não escuto estertores.

    Frequência Respiratória: 18x´

    Exame do abdome: suave, depressível, não dor na palpação.

    Neurológico: sem alterações.

  • 9

    Passo examines de rotina:

    Hemograma

    Glicemia

    Colesterol

    Triglicerídeos

    ECG

    Urina

    Fundo de olho

    Achado no exame clinico Hipertensão Arterial Descompensada, obesidade,

    sedentarismo, risco de doenças cerebrovasculares.

    Orientações gerais:

    Cumprimento do tratamento farmacológico e não farmacológico

    -Tratamento não farmacológico:

    Praticar Exercícios físicos

    Fazer caminhada

    Não comer salgado, não gorduras, não massa.

    -Tratamento farmacológico:

    Captopril 25 mg 2 vezes ao dia

    Hidroclorotiazida 25 mg 1 vez ao dia

    - Manter monitoramento da pressão arterial por 2 semanas

    -Encaminho com Nutricionista.

    -Retorno aos 15 dias.

  • 10

    A hipertensão arterial é um dos principais fautores de risco para a ocorrência

    do acidente vascular cerebral, tromboembólico ou hemorrágico, enfarte agudo

    do miocárdio, aneurisma arterial (por exemplo, aneurisma da aorta), doença

    arterial periférica, além de ser uma das causas de insuficiência renal crónica e

    insuficiência cardíaca, (Liberman, 2007, p.37)

    Rangel (2006) assegura que os idosos uma vez envolvidos nos exercícios

    físicos reduzem sua pressão sistólica e diastólica, com taxas de mortalidade

    menores que as dos sedentários.

    Os exercícios físicos são muito importantes para diminuir as cifras de tensão

    arterial por umas das causas de Hipertensão Arterial é o sedentarismo.

    Entre os pacientes que iniciam o tratamento para o controle da HAS, entre o

    16% e 50% abandonam a medicação anti-hipertensiva durante o primeiro ano

    de uso, tornando-se prioritário aos profissionais de saúde desenvolver e

    programar estratégias que motivem ao paciente a continuar uma determinada

    terapêutica farmacológica ou não, fazendo intervenções com equipe

    multiprofissional. (Paz,2011, p.43)

    Consulta 2

    Dados da triagem: peso 75 kg, estatura 1.45 cm, IMC: 36.15 obesidade grau ll

    peso, TA: 140/90 mmHg

    São avaliados os resultados do examines:

    Hemograma sem alterações

    Glicemia 90 mg/dl

    Colesterol: 270 mmol/l

    Triglicerídeos: 150 mmol/l

    ECG: Ritmo sinusal norma FC: 76x´não alterações dos complexos QRS, exame

    sem alterações.

  • 11

    A paciente foi avaliada por a nutricionista quem fez um regime para ela e explicou

    a importância de manter a dieta para ter um controle do peso e da pressão

    arterial.

    A paciente tem risco de sofrer um acidente cerebrovascular, pois tem fatores de

    rico como: obesidade, Hipercolesterolemia, é hipertensa, sendo muito importante

    o cumprimento das orientações em todas as consultas, fazer a dieta, manter um

    estilo de vida sano, manter seu tratamento hipertensivo e também tratamento

    para hipercolesterolemia.

    A equipe de saúde tem a responsabilidade de fazer um acompanhamento

    integral na paciente com visitas domiciliarias, acompanhamento mensal em

    consulta, acompanhamento odontológico e nutricional.

  • 12

    3 PROMOÇÃO EM SAÚDE, EDUCAÇAO EM SAÚDE E NIVEIS DE

    PREVANÇÃO

    O cenário da intervenção é em minha UBS composta pela enfermeira,

    medico, 1 técnico de enfermagem, 8 agentes comunitários de saúde e uma

    dentista que só atende dois dias na semana. Contamos com uma população de

    1537 habitantes, famílias extremadamente carentes, o trabalho fundamental

    desta população é na roça, com uma alta incidência de doenças crônicas entre

    elas a hipertensão arterial pelo qual na minha UBS traçamos um plano de ações

    para diminuir esta incidência e proporcionar-lhes aos pacientes hipertensos

    melhor qualidade de vida e melhor controle da doença para isso foi importante o

    trabalho de todos com a equipe cadastrando e acompanhando todos os

    pacientes hipertensos, tentando cumprir com a linha de cuidado do programa

    de hiperdia que tem os seguintes atendimentos:

    . Atendimento medico

    . Atendimento de enfermagem

    . Assistência Fisioterápica

    . Assistência Odontológica

    . Acompanhamento nutricional

    . Avaliação oftalmológica

    . Atividade Física

    . Assistência Farmacêutica

    Segundo (Paz, 2011) as doenças cardiovasculares constituem a principal

    causa de morbimortalidade na população brasileira. A hipertensão Arterial

    Sistêmica representa um dos principais fatores de risco para o agravamento

    desse cenário por estar relacionada ao surgimento de outras doenças crônicas

    não transmissíveis que trazem repercuçoes negativas para a qualidade de vida.

    De acordo com (Santos, 2008) o número de pacientes portadores de Hipertensão

    Arterial tende a aumentar nos próximos anos, não somente devido ao

  • 13

    envelhecimento da população e a crescente urbanização, mas, sobretudo, pelo

    estilo de vida do paciente pouco saudável.

    O grande impacto da morbimortalidade cardiovascular na população brasileira

    traz um desafio para o sistema público de saúde: a garantia de acompanhamento

    sistemático dos pacientes hipertensos assim como o desenvolvimento de ações

    referentes `a promoção de saúde e `a prevenção de doenças crônicas não

    transmissíveis, sendo este desafio sobretudo da atenção básica notadamente da

    saúde da família que atua com equipe multiprofissional, segundo (Santos,2008)

    Na minha UBS não só acompanhamos ao paciente na consulta também

    manteemos esse acompanhamento fora do consultório médico com visitas

    domiciliarias como parte das ações de promoção e prevenção, as quais são

    muito importantes para conhecer o médio no qual se desenvolve o paciente, suas

    preocupações, assim como sua alimentação, seu estilo de vida, identificar e

    modificar fatores de risco do paciente para evitar a aparição de complicações

    futuras, o cumprimento com sua medicação e a relação com seus conviventes,

    desta forma tentamos fazer uma avaliação integral do paciente hipertenso

    caracterizando ao paciente como um todo no ambiente psíquico e social e

    involucrando aos familiares no controle da doença do paciente.

    Para intervir nos fatores de risco é de suma importância que a equipe saiba

    como se relacionar com o paciente e com sua respectiva família, afinal somente

    estabelecendo vínculo de confiança é que será possível a aceitação de algumas

    mudanças em seus hábitos diários. A presença de uma doença crônica no

    ambiente familiar exige uma série de alterações na estrutura da família, pois

    passa a ter que adaptar a dinâmica familiar às necessidades e atividades

    relativas ao tratamento e apoio ao membro portador da doença. (Martins,2010)

    Como parte das ações de promoção Nossa equipe também formou um grupo

    de hipertensos com o objetivo de intercambiar experiências, trocar ideias,

    compartilhar mudanças no estilo de vida, fortalecer os vínculos entre serviço de

    saúde e os pacientes hipertensos e desenvolver atividades educativas.

    A pesar da importância da abordagem individual, cada vez mais se comprova a

    necessidade da abordagem coletiva para se obter resultados mais conscientes

  • 14

    e duradouros dos fatores que levam a hipertensão arterial. Uma reforça a outra

    e são complementares. A exposição coletiva ao risco e como consequência da

    estratégia, a redução dessa exposição tem um efeito multiplicador quando

    alcançada por medidas populacionais de maior amplitude. (Diretrizes Brasileiras

    de Hipertensão Arterial, 2010)

    Planejamos realizar atividade grupal segunda feria no período matutino, cada

    semana com a participação de toda a equipe com os seguintes temas:

    - Pratica de exercícios Físicos.

    (Santos, 2006) assegura que os idosos uma vez envolvidos nos exercícios

    físicos reduzem sua pressão sistólica e diastólica, com taxas de mortalidade

    menores que as dos sedentários

    - Tabagismo

    - Atividade nutricional sendo importante a dieta hipossódica e hipolipidica.

    - Cumprimento do tratamento farmacológico continuo

    Segundo Paz (2011), entre os pacientes que iniciam o tratamento para o controle

    da HAS, entre o 16% e 50% abandonam a medicação anti-hipertensiva durante

    o primeiro ano de uso.

    Tal panorama indica que o modo como as pessoas fazem seus tratamentos está

    entre os maiores desafios no enfrentamento da doença, que o tratamento

    adequado pode consistir tanto na adoção de estilo de vida saudável, quanto no

    uso de medicação ou a associação de ambos. (Silva, 2004)

    - Complicações frequentes no paciente hipertenso sem controle.

    Segundo o Ministério de Saúde (2006) hipertensão arterial sistêmica (HAS) sem

    controle pode levar a complicações cardiovasculares, cerebrovasculares e

    renais, sendo responsável dos 40 % das mortes por acidente vascular cerebral,

    25 % das mortes por doença arterial coronariana e 50% dos casos de

    insuficiência renal terminal, junto com a diabete.

  • 15

    - Relato de experiência do paciente em relação ao diagnóstico da Hipertensão

    Arterial e suas mudanças no estilo de vida assim como participação familiar no

    controle da doença.

  • 16

    4 VISITA DOMICILIAR

    A visita domiciliar constitui um instrumento de atenção à saúde que possibilita,

    a partir do conhecimento da realidade do indivíduo e sua família in loco, fortalecer

    os vínculos do paciente, da terapêutica e do profissional, assim como atuar na

    promoção de saúde, prevenção, tratamento e reabilitação de doenças e agravos

    e tem sido apontada como importante veículo de operacionalização de parte de

    um programa ou de uma política de assistência à saúde presente na sociedade

    em dado momento histórico, possibilitando a concretização da longitudinalidade,

    integralidade, acessibilidade e a interação entre o profissional e o

    usuário/família.(Abrahão,2007)

    Considero que a visita domiciliar é uma ferramenta fundamental no trabalho

    da equipe onde estamos em contato com a realidade do paciente permitindo-nos

    conhecer suas relações familiares as condições socioeconômicas, e da

    comunidade onde mora, proporcionando que os pacientes que não tenham

    acesso ao posto por determinadas situações tenham assistência medica, como

    o paciente acamado, pacientes com problemas de acesso à unidade pelas

    condições da estrada, ausência de meios de transporte, pacientes com

    ausências no atendimento programado, portadores de doenças transmissíveis

    de notificação obrigatória, dos hipertensos, diabéticos, portadores de

    tuberculose e hanseníase que não estão aderindo ao tratamento, gestantes,

    crianças com dificuldade no desenvolvimento psicomotor.

    Os principais objetivos dela são: conhecer o domicilio e suas características

    ambientais, identificando problemas socioeconômicas e culturais, verificar a

    estrutura e a dinâmica familiar com elaboração do genograma ou familiograma

    ou ecomapa, identificar fatores de risco individuais e familiares, prestar

    assistência ao paciente no seu próprio domicílio, especialmente em caso de

    acamados, auxiliar no controle e prevenção de doenças transmissíveis, agravos

    e doenças não transmissíveis, estimulando a adesão ao tratamento,

    medicamentoso ou não, promover ações de promoção à saúde, incentivando a

    mudança de estilo de vida, propiciar ao indivíduo e à família a participação ativa

    no processo saúde doença, Adequar o atendimento às necessidades e

  • 17

    expectativas do indivíduo e de seus familiares, intervir precocemente na

    evolução para complicações e internações hospitalares, estimular a

    independência e a autonomia do indivíduo e de sua família, incentivando práticas

    para o autocuidado, Aperfeiçoar recursos disponíveis, no que tange a saúde

    pública, promoção social e participação comunitária. (Abrahão,2007)

    Na minha UBS as visitas domiciliarias são programadas pela equipe, este

    planejamento pode ser semanalmente ou quinzenal na quinta feria dependendo

    da existência do transporte fornecido pela secretaria de saúde, fazendo uma

    seleção do indivíduo e ou das famílias que estejam definidas como prioritárias,

    onde todos os participantes da equipe expõe suas prioridades e a necessidade

    de chegar até o paciente e o por que, cada ACS traz a prioridade da sua área,

    aqui também avaliamos gestantes de risco que são faltosas assim como os

    menores de um ano. Na hora da visita é importante ter um vínculo de confiança

    tanto com o paciente como com sua família, pois a família tem um papel

    fundamental como cuidadora e contribui nas execuções das orientações

    medicas. Observar o médio familiar tentando de apreciar crises familiares e

    assim caracterizar a família, condições estruturares da vivenda, presença de

    animais domésticos, condições socioeconômicas, renda familiar, identificar

    fatores de risco, Se for o caso se pode fazer coleta de examines, verificar

    pressão arterial, fazer curativos, fazer avaliação medica e sempre dar

    orientações gerais e levar ações de prevenção para evitar possíveis

    complicações tornando-se a visita educativa para o paciente e para sua família.

    Temos um exemplo de visita domiciliar realizada `a paciente do caso clinico

    exposto em este trabalho: Hipertensa, obesa, que preocupava porque tendo

    tratamento médico ficava com sua pressão alta e apresentava fatores de risco

    para desencadear possíveis complicações o caso foi discutido e foi realizada a

    visita em sua casa com participação da nutricionista, enfermeira e professor de

    educação física com um objetivo educativo tentando mudar estilos de vida e

    melhorar sua qualidade de vida.

  • 18

    5 REFLEXÃO CONCLUSIVA

    Considero que o curso que foi muito enriquecedor porque, consolidou

    conhecimentos antigos, mais ao mesmo tempo deu a conhecer novas

    tecnologias para nosso cenário de trabalho, conhecer fluxogramas de ações na

    abordagem de diferentes situações medicas na Atenção Primaria de Saúde no

    Brasil. Foi um período de muito aprendizado, de consolidar a pratica com o

    estudo, de enriquecer-nos com a cultura do povo brasileiro e sobre tudo de

    conhecer um sistema de saúde tão diferente ao nosso em Cuba, sendo este

    curso imprescindível para o trabalho do um médico estrangeiro em Brasil.

    Com o Eixo 1 do curso aprendi sobre o sistema único de saúde, as diversas

    etapas do sistema de saúde para ser finalmente o que é hoje, a atenção primaria

    de saúde, conceitos importantes de epidemiologia, vigilância em saúde,

    processo de trabalho em equipe entre outros temas que se caracterizavam por

    ser extensos sem negar que são temas e conceitos fundamentais para o trabalho

    do dia a dia.

    O Eixo 2 foi muito interessante e útil para nosso trabalho do dia a dia com a

    discussão de 30 casos complexos, trocando experiências no fórum com nossos

    colegas conhecendo a realidade de cada município em quanto ao manejo de

    determinada situação, todos os casos muito interessantes com doenças que

    acompanhamos todos os dias e situações que são comuns no posto de saúde.

    Penso que este eixo me possibilitou mais aprendizado no manejo de condutas

    médicas, foi esclarecedor em alguns aspectos como manejo de trauma, manejo

    de drogas ilícitas, doenças crônicas abordadas como Hipertensão Arterial sendo

    este último motivo de uma intervenção de saúde na UBS onde trabalho, assim

    como muitos temas mais.

    Considero como profissional da saúde que o curso de especialização ajudou

    muito para meu trabalho, senti de perto a realidade do sistema de saúde e o

    curso permitiu unir a prática com o teórico melhorando cada vez mais nosso

    trabalho.

  • 19

    REFERENCIAS

    Liberman A. Aspectos epidemiológicos e impacto clínico da hipertensão

    arterial no indivíduo idosos: Rev. Bras. Hipertens;14: 17-20, 2007.

    Irituia. Secretaria Municipal de Saúde de Irituia. Plano Municipal de Saúde de

    Irituia, 2016.

    Martins, Maria Silvia Amicucci Soares et al.Hipertensão Arterial e estilo de

    vida em Sinop, município da Amazônia legal.Arq. Brás.Cardiol,maio 2010.

    Ministério de Saúde. Secretaria de atenção básica. Hipertensão arterial

    sistêmica para o sistema único de saúde. Caderno de atenção básica n.15;

    Brasil, 2006.

    Osterberg L, Blaschke T. Adherencetomedication. NEJM 2005; 353 (5):487-97.

    Paz EPA, Souza MHN, carvalho PM et al. Estilos de vida de pacientes

    hipertensos atendidos com estratégia de saúde familiar: Invest. Educ.

    Enferm. 29 (30);467-476, 2011.

    Santos ZMSA, Lima HP. Tecnologia educativa em saúde na prevenção de

    hipertensão arterial em trabalhadores: Análises das mudanças no estilo de

    vida .Texto Contexto. Enferma;17(1): 9097, 2008.

    Diretrizes Brasileiras de Hipertensao Arterial. Arq Bras Cardiol 2010; 95(1

    supl.1): 1-51

    Abrahão . A visita domiciliar como uma estratégia da assistência no

    domicílio. In: Morosini MVGC, Corbo A D. Modelos de

    atenção e a saúde da família. Rio de Janeiro: ESPJV, 2007.

  • 20

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE

    PORTO ALEGRE

    PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA

    Yanet Patricia Triana Sánchez.

    Ações de saúde para diminuir a incidência da Hipertensão

    Arterial no ESF. Brasileira, município Irituia. Pará. Brasil.

    Projeto de Intervenção apresentado à

    Universidade Federal de Ciências da Saúde do

    Porto Alegre como requisito para obtenção do

    título de Especialista em Atenção Básica em

    Saúde da Família.

    Orientador (a): Prof.(ª) Eva Emanuela Lopes

    Cavalcante Feitosa.

    Irituia

    2017

  • 21

    RESUMO

    As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) representam uma

    ameaça para a saúde e desenvolvimento a todas as nações e Brasil não está

    exceto de isso. O seguinte projeto tem como objetivo diminuir os fatores de risco

    da hipertensão arterial assim como a incidência na população atendida pela

    equipe de saúde do programa de saúde da família Brasileira no município de

    Irituia, Estado de Pará, no período compreendido desde de maio até dezembro

    2017. Será feito um Estudo de Intervenção Educativa que será realizado com 50

    adultos, que concordarem em participar do estudo de forma voluntária que são

    atendidos no posto com idade igual ou superior a 18 anos, ambos os gêneros,

    com diagnóstico de Hipertensão Arterial Sistólica. Será utilizado um questionário

    sobre características sócias demográficas e clínicas para verificar o

    conhecimento dos pacientes sobre a Hipertensão Arterial Sistólica, sintomas,

    tratamento, complicações e prevenção. Esperamos aumentar o nível de

    conhecimento na população e assim a redução do número de fatores de risco e

    a incidência da Hipertensão arterial sistólica e suas complicações, queremos

    obter mudanças nos estilos de vida dos pacientes e assim melhorar a qualidade

    de vida da população que mora na comunidade da Brasileira.

  • 22

    SUMÁRIO

    1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................04

    2 OBJETIVOS..............................................................................................................06

    2.1 OBJETIVO GERAL..................................................................................................07

    2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS....................................................................................07

    3 REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................08

    4 MATERIAIS E METODO........................................................................................09

    5 CONOGRAMA.........................................................................................................11

    6 RECURSOS NECESSARIOS...................................................................................12

    6.1 RECURSOS HUMANOS..........................................................................................12

    6.2 RECURSOS MATERIAIS........................................................................................12

    7 RESULTADOS ESPERADOS..................................................................................13

    8 REFERENCIA............................................................................................................14

    9 APENDICE.................................................................................................................

    10 APENDICE 1..............................................................................................................

    11 APENDICE 2.............................................................................................................

  • INTRODUÇÃO

    O município de Irituia localiza-se na mesorregião do nordeste do estado do

    Pará, pertencendo a região de Guajarina apresenta uma área de 1379523 km2

    e população de 30573 habitantes com densidade demográfica de 21,8

    habitantes por km2 concentrado 24 458 (80 %) na zona rural e 6 115 (20 %) zona

    urbana. (Irituia, 2016, p.11)

    Em Irituia, a Hipertensão Arterial se comporta como a doença crônica com

    maior incidência na população. Na ESF Brasileira pertencente ao município com

    um Número de habitante de 1537 tem 135 pacientes hipertensos sendo a

    Hipertensão Arterial uma das doenças com mais incidência na população. Neste

    trabalho vamos a caracterizar o comportamento clinico e epidemiológica da

    hipertensão arterial para ver os principais fatores de risco da doença em esta

    população e fazer ações que permitam melhorar a qualidade de vida dos

    pacientes e diminuir a incidência da doença a traves de estilos de vidas mais

    saudáveis.

    A Hipertensão Arterial é uma doença crónica determinada por elevados

    níveis de pressão sanguínea nas artérias, o que faz com que o coração tenha

    que exercer um esforço maior do que o normal para fazer circular o sangue

    através dos vasos sanguíneos. A pressão sanguínea envolve duas medidas,

    sistólica e diastólica, referente ao período em que o músculo cardíaco está

    contraído (sistólica) ou relaxado (diastólica). A pressão normal em repouso situa-

    se entre os 100 e 140 mmhg para a sistólica e entre 60 e 90 mmhg para a

    diastólica de acordo com Sociedade Brasileira de hipertensão, (Brasil,2006,

    p.56)

    A hipertensão arterial é um dos principais fautores de risco para a ocorrência

    do acidente vascular cerebral, tromboembólico ou hemorrágico, enfarte agudo

    do miocárdio, aneurisma arterial (por exemplo, aneurisma da aorta), doença

    arterial periférica, além de ser uma das causas de insuficiência renal crónica e

    insuficiência cardíaca, (Liberman, 2007, p.37)

    Existem dados que demostram que a doença acomete cerca de 20% da

    população mundial, mas acomete cerca de 30% da população negra. Nos

    Estados Unidos, estimativas relatam que cerca de 50 milhões de pessoas podem

  • ser rotuladas como hipertensas. Outro dado relevante, é que o número de

    pessoas naquele país com mais de 50 anos com hipertensão, é

    proporcionalmente superior ao de pessoas normais (Osterberg, 2005). No Brasil,

    as doenças cardiovasculares são responsáveis; por 33% dos óbitos com causas

    conhecidas (Brasil, 2006, p.65)

    De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão, a Hipertensão Arterial

    Sistêmica (HAS) é um grave problema de saúde pública no Brasil. Sua

    prevalência no Brasil varia entre 22% e 44% para adultos (32% em média),

    chegando a mais de 50% para indivíduos com 60 a 69 anos e 75% em indivíduos

    com mais de 70 anos. Afeta mais de 30 milhões de brasileiros (36% dos homens

    adultos e 30% das mulheres) e é o mais importante fator de risco para o

    desenvolvimento das Doenças Cardiovasculares (DCV), com destaque para o

    Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), as duas

    maiores causas isoladas de mortes no País. (São Paulo,2006, p.45)

    Segundo dados do Inquérito Populacional realizado nas capitais brasileiras,

    a frequência de adultos que referiram diagnóstico médico de hipertensão arterial

    variou entre 16,6 % e 29,7 %. Em Pará, foi de 22,9%, sendo 20,3 % do sexo

    masculino e 23,6 % do sexo feminino. A Hipertensão Arterial tem alta prevalência

    e baixas taxas de controle, é considerado um dos principais fatores de risco

    modificáveis e um dos mais importantes problemas de saúde pública no Brasil,

    (Paz, 2006, p.132)

    Constitui-se, assim, o problema deste Projeto de Intervenção a seguinte

    questão: Quais são as Ações de saúde para diminuir a incidência da Hipertensão

    Arterial na população do EFS brasileira, município de Irituia?

    Com este trabalho pretendemos mencionar os principais fatores de risco,

    determinar as idades de maior incidência na população com a doença e

    determinar ações para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

  • 2.OBJETIVOS

    2.1 Geral:

    Caracterizar o comportamento clinico e epidemiológico da hipertensão

    arterial no ESF: Brasileira do município Irituia, Estado Pará.

    2.2. Específicos:

    Mencionar os principais fatores de risco da hipertensão encontrados na

    população.

    Determinar o conjunto de idade com maior incidência de hipertensão,

    assim como sexo e raça.

    Determinar ações para melhorar a qualidade de vida dos pacientes

    hipertensos e baixar o risco de apresentar a doença.

  • 1. REVISÃO DA LITERATURA

    Segundo o Ministério de Saúde (2006) hipertensão arterial sistêmica (HAS)

    é um problema grave de saúde pública no Brasil e no mundo, que pode levar a

    complicações cardiovasculares, cerebrovasculares e renais, sendo responsável

    dos 40 % das mortes por acidente vascular cerebral, 25 % das mortes por

    doença arterial coronariana e 50% dos casos de insuficiência renal terminal,

    junto com a diabete.

    A hipertensão Arterial pode levar ao desencadeamento de muitas

    complicações em diferentes órgãos de nosso corpo.

    De acordo com Sociedade Brasileira de Hipertensão (São Paulo, 2006,

    p.36), no ano de 2000 a pessoa com mais de 60 anos, no Brasil, alcançava

    aproximadamente os 15 milhões, em 2010 teve um incremento de 8,6 % a 11 %,

    chegando, neste ano, a mais 20 milhões de idosos. Segundo estimativas, em

    2025 o país terá mais de 30 milhões de idosos e aproximadamente 85 %

    apresentarão pelo menos uma doença (São Paulo, 2006, p.38).

    A Hipertensão Arterial tem uma tendência cada ano em um aumento

    exagerado de casos tendo previsão até 2025 de 30 milhões de idosos.

    As elevações da pressão arterial podem aparecer em qualquer indivíduo

    independentemente da faixa etária da vida, mas as pessoas com mais de 60

    anos apresentam até 60% de possibilidades de desenvolvimento da doença,

    segundo (Liberman ,2007, p.46).

    A doença crônica pode apresentar em qualquer idade, mas

    fundamentalmente em idosos.

    A hipertensão arterial configura-se, atualmente, como um dos principais

    fatores de risco para doenças cardiovasculares, com consequências

    significativas para a saúde pública. A pressão alta abrange cerca de 30% da

    população adulta brasileira, sendo que na terceira idade o índice é de mais de

    50% e está presente em 5% das crianças e adolescentes no Brasil (Osterberg,

    2005, p.45).

    Assim, segundo (Araújo de oliveira,2009), “hipertensão arterial é definida

    como pressão arterial sistólica maior ou igual 140 mmHg e uma pressão arterial

    diastólica maior ou igual 90 mmHg”. O aparecimento da hipertensão arterial é

    consequência de uma combinação de fatores ambientais e predisposição

  • genética. Portanto, a hipertensão resulta de várias alterações estruturais que

    tanto amplificam o estímulo hipertensivo, quanto causam danos cardiovascular

    (Martins,2010, p.26).

    A Hipertensão Arterial tem muitos fatores de risco como obesidade, fumante,

    sedentarismo, antecedentes familiares de primeira linha, uma alimentação

    inadequada assim como fatores ambientais.

    Envelhecer não é adoecer, é seguir sendo, seguir existindo, realizando,

    criando vida, é superar os limites dos que nos antecederam e de nossa própria

    geração, mas o sistema de saúde brasileiro, os trabalhadores da saúde e a

    população brasileira, ainda precisam de mais preparação ao respeito, para lograr

    um envelhecimento saudável. No Brasil, o crescimento dos índices das pessoas

    com sessenta anos ou mais é muito superior a todas as demais faixas etárias,

    aumentando o peso dos cuidados com a saúde, é por isso que um novo saber

    de saúde, específico e avançado, faz-se necessário, com parâmetros técnicos,

    culturais, sociais e biomédicos, que tenham como foco a prevenção e a

    promoção da saúde. (Rangel, 2006, p.57)

    No Brasil a faixa etária de 60 anos em adiante é maior que as outras é por

    isso que precisamos de um sistema de saúde dirigido principalmente a promoção

    e prevenção e assim evitar desenvolver doenças crônicas não transmissíveis e

    suas complicações.

    Rangel (2006) assegura que os idosos uma vez envolvidos nos exercícios

    físicos reduzem sua pressão sistólica e diastólica, com taxas de mortalidade

    menores que as dos sedentários.

    Os exercícios físicos são muito importantes para diminuir as cifras de tensão

    arterial por umas das causas de Hipertensão Arterial é o sedentarismo.

    Entre os pacientes que iniciam o tratamento para o controle da HAS, entre o

    16% e 50% abandonam a medicação anti-hipertensiva durante o primeiro ano

    de uso, tornando-se prioritário aos profissionais de saúde desenvolver e

    programar estratégias que motivem ao paciente a continuar uma determinada

    terapêutica farmacológica ou não, fazendo intervenções com equipe

    multiprofissional. (Paz,2011, p.43)

    A Hipertensão Arterial precisa de tratamento continuo, o paciente não pode

    deixar de tomar sua medicação é por isso a importância de palestras educativas

    e de intervenções assim como do acompanhamento pelo professional.

  • 2. MATERIAIS E METODO:

    Trata-se de um estudo de Intervenção Educativa a ser realizado na ESF

    Brasileira, município de Irituia, Estado de Pará, em pacientes com diagnóstico

    de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) no período de maio – dezembro 2017.

    Sujeitos da Intervenção.

    A amostra será constituída por 50 adultos, que concordarem em participar

    do estudo de forma voluntária, após lerem e assinarem o Termo de

    Consentimento Livre e Esclarecido (Apendice 2). Como critérios de inclusão

    serão estudados pacientes com idades igual ou superior a 18 anos, ambos os

    gêneros, com diagnóstico de HAS, capazes de responder verbalmente ou pela

    escrita um questionário. Serão excluídos pacientes com idades inferiores aos 17

    anos, e os que não concordarem em participar do estudo.

    Estratégias e Ações

    Serão aplicados um questionário com questões sobre características sociais,

    demográficas e clínicas (Apendice 1). Será utilizada um questionário para

    verificar o conhecimento do paciente sobre a HAS, sintomas, tratamento,

    complicações e prevenção. A aplicação do questionário será realizada pela

    própria pesquisadora do estudo após a consulta em ambiente calmo e tranquilo.

    Após aplicação do questionário utilizando orientação sobre HAS sintomas,

    tratamento, complicações e prevenção. A intervenção educativa procura diminuir

    a frequência de hipertensão arterial e trabalhar com fatores de risco como:

    obesidade, sedentarismo, tabagismo, dislipidemias, alcoolismo, tudo isso

    podendo ser produto de hábitos ou estilos de vidas inadequados, baixo nível de

    informação da população.

    Serão propostas temáticas com linguagem de fácil acesso a partir de

    reuniões que terão uma periodicidade quinzenal e tempo de duração aproximado

    de uma hora e também reuniões quinzenais, na unidade de saúde, nas quais

    cada dia será discutido um tema relacionado ao estilo de vida saudável. Durante

    as reuniões quinzenais serão discutidos o desenvolvimento do projeto para

    possíveis intervenções, se necessárias, e análise comparativa sobre do número

    de fatores de riscos existentes antes e depois dos grupos educativos.

  • Avaliação e Monitoramento.

    Após o período de 30 dias, o questionário será aplicado novamente e os

    dados comparados para saber a eficácia da orientação. Os dados serão

    tabulados em planilhas de Excel e aplicado teste estatísticos necessários para

    compreensão dos dados. O desenvolvimento do estudo respeitou os princípios

    de ética em pesquisa envolvendo seres humanos. Com a implantação das ações

    antes ditas neste trabalho é esperado uma redução da incidência da hipertensão

    arterial, suas complicações e melhorar os estilos de vidas da população.

  • 3. CRONOGRAMA

    Cronograma Maio Junho Julho Agosto Setembro Dezembro

    Elaboração do

    Projeto

    X X X X X X

    Aprovação do Projeto X

    Estudo da literatura X X X X X X

    Coleta de dados X X

    Discussão e análises

    dos resultados

    X

    Revisão final e

    digitação

    X

    Entrega do trabalho

    final

    X

    Socialização do

    trabalho

    X

  • 4. RECURSOS NECESSARIOS

    Recursos Humanos:

    Equipe de saúde da família composta por 6 agentes comunitários de Saúde,

    1 técnicos de Enfermagem, 1 enfermeiros, 1 médicos, 1 dentista, 1 auxiliar de

    saúde bucal.

    Recursos Materiais:

    Computadores.

    Fichas de Acompanhamento de Domiciliar

    Impressora

    Cadernos de Atenção Básica (Envelhecimento, Atenção Domiciliar)

    Canetas

  • 5. RESULTADOS ESPERADOS:

    . Detectar a presença de um baixo nível de conhecimento na população

    hipertensa dos critérios diagnósticos, fatores de risco e estilos de vida, medidas

    de prevenção. Conhecer sobre os critérios que definem a Hipertensão pelos

    pacientes. Diminuir fatores de risco e a incidência da Hipertensão Arterial e suas

    complicações. Conhecer as principais ações para melhorar a qualidade de vida

    dos pacientes.

  • 6. REFERÊNCIA

    Irituia. Secretaria Municipal de Saúde de Irituia. Plano Municipal de Saúde de

    Irituia, 2016.

    Liberman A. Aspectos epidemiológicos e impacto clínico da hipertensão

    arterial no indivíduo idosos: Rev. Bras. Hipertens;14: 17-20, 2007.

    Martins, Maria Silvia Amicucci Soares et al.Hipertensão Arterial e estilo de vida

    em Sinop, município da Amazônia legal.Arq. Brás.Cardiol,maio 2010.

    Ministério de Saúde. Secretaria de atenção básica. Hipertensão arterial

    sistêmica para o sistema único de saúde. Caderno de atenção básica n.15;

    Brasil, 2006.

    Osterberg L, Blaschke T. Adherencetomedication. NEJM 2005; 353 (5):487-97.

    Paz EPA, Souza MHN, carvalho PM et al. Estilos de vida de pacientes

    hipertensos atendidos com estratégia de saúde familiar: Invest. Educ.

    Enferm. 29 (30);467-476, 2011.

    Santos ZMSA, Lima HP. Tecnologia educativa em saúde na prevenção de

    hipertensão arterial em trabalhadores: Análises das mudanças no estilo de

    vida .Texto Contexto. Enferma;17(1): 9097, 2008.

    Silva, Jorge Luís Lima; Souza, Solange Lourdes de Sousa. Fatores de risco

    para hipertensão arterial sistêmica versus estilo de vida docente: Revista

    eletrônica de enfermagem, V.06,n.03,p.330-335;2004.

    Sociedade Brasileira de hipertensão ( SBH ).V Diretrizes Brasileiras de

    hipertensão arterial. São Paulo (SP) 2006.

    Sociedade Brasileira de Cardiologia/Sociedade Brasileira de

    Hipertensão/Sociedade Brasileira de Nefrologia Diretriz Brasileira de

    Hipertensão arterial. Arq.BrásCardial 2007.

  • APENDICE

  • APENDICE 1

    Modelo Levantamento

    Nome: ____________________________ Número de Ordem: _______

    1. A partir do que figuras considerados hipertensos? (Marque um)

    a) Maior 160/100 ____ b) Prefeito de 170/110 _____

    2. Considere a pressão arterial elevada apenas se a máxima (sistólica)?

    Sim ____ Não _____ Não sei _____

    3. Por que considerar importante o controle da hipertensão?

    Impede anormalidades no fundo de olho que prejudiquem a visão ___

    4. Você acredita que a hipertensão é um processo de envelhecimento em si?

    Sim ___ Não ____

    5. Que importância dá o controle de outros fatores que estão relacionados com

    a hipertensão?

    Ao colesterol alto _______ ____ _____ _______ Ansiedade e _______ ____

    _____ _______

    6. Porque sei que você tem pressão alta? Um. Outracausa ______

    7. Quando você toma

    Um. Quando a pressão arterial é alta _____

    8. Em sua opinião, apontar o que são as complicações da hipertensão

    Um. Não sei _____

    9. Você sabe se essas drogas elevar a pressão arterial?

    Prednisona _____ ______ ________

    B). A efedrina (nasal ou xarope) _____ ______ ________

    10. Diga se for considerado útil para ajudar a controlar a pressão arterial o

    seguinte:

    Um. Exercíciofísico habitual _____ ______ _______

  • APENDICE 2

    Termo de consentimento livre e esclarecido

    Eu, __________________________________________, portador (a) do RG

    No. _______________________, após ter sido esclarecido(a) pela Médica

    Yanet Patricia Triana a respeito do projeto de pesquisa, concordo em participar

    deste estudo. Estou ciente de que não serei identificado em nenhum momento

    deste estudo, que minhas respostas não influenciarão em nada o meu

    tratamento e que não corro riscos ao me submeter a este estudo. Ficou claro

    que a minha participação é isenta de despesas e que tenho garantia de acesso

    a tratamento hospitalar, quando necessário. Concordo, voluntariamente, em

    participar deste estudo sobre AÇÕES DE SAÚDE PARA DIMINUIR A

    INCIDENCIA DA HIPERTENSAO ARTERIAL no posto de saúde Brasileira e sei

    que posso retirar o meu consentimento a qualquer momento, sem penalidades

    ou qualquer prejuízo ao meu tratamento.

    ______________________________________ Data: ___/___/___ (Assinatura

    do paciente ou representante legal)

    ______________________________________ Data: ___/___/___ (Assinatura

    da testemunha)

    Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária, o Consentimento Livre e

    Esclarecido deste paciente para a participação neste estudo.

    ______________________________________ Data: ___/___/___ (Yanet

    Patricia Triana Sanchez)