UFCD 6557 - Rede Nacional de Cuidados de Saúde - O Género No Acesso a Cuidados de Saúde

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE CASTRO VERDE - ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASTRO VERDE CURSO DE TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE [ M1 ] Cap. 2 2.6. O Género no acesso a cuidados de saúde

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE CASTRO VERDE - ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASTRO VERDE

CURSO DE TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE

[ M1 ] Cap. 2

2.6. O Género no acesso a cuidados de saúde

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CURSO DE TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE

Sumário

- O Género no acesso a cuidados de saúde.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

A igualdade de tratamento e de oportunidades entre mulheres

e homens” está consagrada como princípio fundamental na

Constituição da República Portuguesa, na Declaração dos

Direitos Humanos

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

OAcesso

O acesso refere-se à capacidade de obter um bem ou serviço no tempo requerido. O

que constitui exatamente o bom acesso é difícil de definir e irá variar consoante o

contexto. No entanto, conforme assinalado por Chapman et al., “existe um bom acesso

quando os doentes conseguem obter o serviço certo, na hora certa no lugar certo”.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

OAcesso

Os elementos chave do acesso incluem a disponibilidade, a utilização (uso dos

serviços disponíveis por parte da população), a relevância (os serviços prestados

refletem as necessidades e preferências dos grupos populacionais), a efetividade (se o

tratamento pretendido ou os resultados do serviço são atingidos e a equidade, que se

refere às diferenças no aceso entre grupos diferentes.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

OAcesso

As barreiras ao acesso podem incluir:

• Falta de capacidade e disponibilidade (incluindo a racionalização). Os exemplos

incluem longas listas de espera para tipos particulares de tratamento, carências de

infraestruturas ou de pessoal para que um serviço possa ser prestado, ou falta de

serviços no local ou no tempo em que são necessários.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

OAcesso

As barreiras ao acesso podem incluir:

• Custo. O pagamento total ou parcial de muitos tipos de

cuidados de saúde continua a ser a norma em muitos

países, o que pode constituir uma barreira significativa

para as populações pobres.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

OAcesso

As barreiras ao acesso podem incluir:

• Idioma e cultura. Tomar providências para que os membros da comunidade acedam a

serviços de saúde no idioma da sua comunidade constitui uma parte importante de tornar

os cuidados de saúde acessíveis e efetivos. Da mesma forma, a falha em atender as

diferentes normas culturais pode ter um impacto adverso na vontade das pessoas em

procurar ajuda, bem como na efetividade do tratamento.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

OAcesso

As barreiras ao acesso podem incluir:

• Falta de conhecimento e informações. O acesso pressupões que a pessoa aceda às

informações sobre a própria saúde, estratégias e abordagens preventivas e sobre os

tipos de serviços/cuidados disponíveis.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

OAcesso

As barreiras ao acesso podem incluir:

• Mobilidade e migração. As populações móveis poderão achar difícil identificar e

aceder aos serviços, em particular se existirem barreiras administrativas (por ex.,

exigindo uma morada a longo prazo para o registo numa instituição de saúde). O

assegurar de um bom envolvimento dos prestadores de cuidados e da continuidade dos

cuidados também é uma questão a considerar.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

OAcesso

As barreiras ao acesso podem incluir:

• Emprego. Em alguns países, o acesso aos serviços de saúde está fortemente

relacionado com o emprego, como por exemplo nos Estados Unidos da América, onde

muitas pessoas dependem de planos de saúde financiados pelo empregador. A falta de

emprego pode, portanto, limitar o acesso.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

OAcesso

As barreiras ao acesso podem incluir:

• Sensibilidade e preparação do pessoal. Os padrões e a ética profissional exigem que

os profissionais de saúde prestem serviços de forma competente e profissional, tratando

os doentes com respeito e sensibilidade. A formação e gestão efetivas devem apoiar os

profissionais de saúde na manutenção destes padrões.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

OAcesso

As barreiras ao acesso podem incluir:

• Discriminação. Apesar do empenhamento dos serviços e profissionais de saúde em

prestar cuidados de saúde efetivos, continuam a existir situações de discriminação com

base no género, raça, preferência sexual ou estatuto socioeconómico.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

Equidade

Os objetivos de equidade em geral reforçam a justiça na forma como os recursos e

impactos são distribuídos pela população e na redução de iniquidades nessa distribuição.

A noção de equidade muitas vezes também incorpora uma consideração de

oportunidades, para que a realização de determinados resultados em particular esteja

igualmente disponível para as pessoas, dependendo das escolhas feitas pelas mesmas.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

Equidade

“Uma abordagem de equidade contrasta com uma “abordagem de necessidades

básicas” ou uma “abordagem de pobreza”, que se foca nos pobres e não capacitados

sem relacionar a condição destes com a dos ricos e poderosos. A equidade implica uma

abordagem que dá mais àqueles que têm pouco e, portanto, dá menos àqueles que têm

muito. Mais do que a atribuição de partes iguais, a equidade implica a atribuição de

partes justas”. (McCoy, 2003)

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

IGUALDADE - GÉNERO, CIDADANIA E NÃO DISCRIMINAÇÃO

O Governo aprovou o IV Plano Nacional para a Igualdade - Género, Cidadania e não

Discriminação, 2011-2013, e designou a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de

Género (CIG) como entidade coordenadora do Plano, de acordo com a Resolução do

Conselho de Ministros n.º 5/2011, publicada a 18 de Janeiro, em Diário da República.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

IGUALDADE - GÉNERO, CIDADANIA E NÃO DISCRIMINAÇÃO

O IV Plano Nacional para a Igualdade, que foi submetido a consulta pública, pretende

afirmar a igualdade como fator de competitividade e desenvolvimento, numa tripla

abordagem:

- Reforço da transversalização da dimensão de género, como requisito de boa governação, de modo a

garantir a sua integração em todos os domínios de atividade política e da realidade social, para se

construir uma cidadania plena nas esferas pública e privada;

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

IGUALDADE - GÉNERO, CIDADANIA E NÃO DISCRIMINAÇÃO

O IV Plano Nacional para a Igualdade, que foi submetido a consulta pública, pretende

afirmar a igualdade como fator de competitividade e desenvolvimento, numa tripla

abordagem:

- A conjugação desta estratégia com ações específicas, incluindo ações positivas, destinadas a

ultrapassar as desigualdades que afetam as mulheres em particular;

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

IGUALDADE - GÉNERO, CIDADANIA E NÃO DISCRIMINAÇÃO

O IV Plano Nacional para a Igualdade, que foi submetido a consulta pública, pretende

afirmar a igualdade como fator de competitividade e desenvolvimento, numa tripla

abordagem:

- Introdução da perspetiva de género em todas as áreas de discriminação, prestando um olhar

particular aos diferentes impactos desta junto dos homens e das mulheres.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

IGUALDADE - GÉNERO, CIDADANIA E NÃO DISCRIMINAÇÃO

O Plano prevê a adoção de um conjunto de 97 medidas estruturadas em torno de 14

áreas estratégicas:

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

IGUALDADE - GÉNERO, CIDADANIA E NÃO DISCRIMINAÇÃO

O Plano prevê a adoção de um conjunto de 97 medidas estruturadas em torno de 14

áreas estratégicas:

• Integração da dimensão de género na administração pública, central e local, como requisito de boa

governação;

• Independência económica, mercado de trabalho e organização da vida profissional, familiar e pessoal;

• Educação e ensino superior e formação ao longo da vida;

• Saúde;

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

IGUALDADE - GÉNERO, CIDADANIA E NÃO DISCRIMINAÇÃO

O Plano prevê a adoção de um conjunto de 97 medidas estruturadas em torno de 14

áreas estratégicas:

• Ambiente e organização do território;

• Investigação e sociedade do conhecimento;

• Desporto e cultura;

• Media, publicidade e marketing;

• Violência de género;

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

IGUALDADE - GÉNERO, CIDADANIA E NÃO DISCRIMINAÇÃO

O Plano prevê a adoção de um conjunto de 97 medidas estruturadas em torno de 14

áreas estratégicas:

• Inclusão social;

• Orientação sexual e identidade de género;

• Juventude;

• Organizações da sociedade civil;

• Relações internacionais, cooperação e comunidades portuguesas.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

IGUALDADE - GÉNERO, CIDADANIA E NÃO DISCRIMINAÇÃO

A área estratégica da Saúde tem como objetivos:

• Promover as igualdades em saúde;

• Promover a saúde sexual e reprodutiva;

• Combater a feminização do VIH/sida;

• Acompanhar a implementação da lei da interrupção voluntária da gravidez.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

IGUALDADE - GÉNERO, CIDADANIA E NÃO DISCRIMINAÇÃO

Neste contexto, foram definidas seis medidas:

• Promover ações de sensibilização sobre saúde e género no âmbito da saúde sexual e

reprodutiva;

• Promover ações de sensibilização sobre saúde e género tendo em conta as

especificidades de género no acesso e tipos de cuidados de saúde;

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

IGUALDADE - GÉNERO, CIDADANIA E NÃO DISCRIMINAÇÃO

Neste contexto, foram definidas seis medidas:

• Promover ações de sensibilização sobre saúde e género no âmbito dos cuidados a

prestar em situações de violência de género, nomeadamente mutilação genital feminina

e violência doméstica;

• Acompanhar a aplicação da lei da interrupção voluntária da gravidez;

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

IGUALDADE - GÉNERO, CIDADANIA E NÃO DISCRIMINAÇÃO

Neste contexto, foram definidas seis medidas:

• Promover o desenvolvimento de abordagens preventivas, multissectoriais e integradas

de combate à feminização do VIH/sida, designadamente, através da disseminação da

utilização do preservativo feminino;

• Promover a desagregação por sexo dos dados epidemiológicos relacionados com o

perfil de saúde.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

IGUALDADE - GÉNERO, CIDADANIA E NÃO DISCRIMINAÇÃO

As desigualdades em saúde não são uma inevitabilidade se integrarmos a perspetiva

de género na definição das políticas de saúde ao nível do acesso e da prestação de

cuidados.

A maior vulnerabilidade das mulheres a situações de pobreza, o acesso ao emprego, os

horários prolongados, as dificuldades de conciliação e a ausência de tempos de lazer

têm de ser tidos em consideração na definição de uma política de saúde…

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

IGUALDADE - GÉNERO, CIDADANIA E NÃO DISCRIMINAÇÃO

…que integre a perspetiva de género.

O género é determinante em saúde e o impacto de género não é apenas consequência

das condições socioeconómicas, mas das desigualdades de género.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

INTEGRAR UMA PRESPETIVA DE GÉNERO NOS S. DE SAÚDE

O conceito de género refere-se aos papéis e relações dos homens e das mulheres, que

são moldados não por fatores biológicos mas sim por fatores sociais, económicos,

políticos e culturais.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

INTEGRAR UMA PRESPETIVA DE GÉNERO NOS S. DE SAÚDE

Porquê adotar uma perspetiva de género?

Em todo o mundo, as mulheres sofrem injustiças de forma muito mais marcada do que

os homens. Uma perspetiva de género reconhece a importância de ambos os sexos na

contribuição para o desenvolvimento e promove a distribuição equitativa dos recursos,

oportunidades e benefícios.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

INTEGRAR UMA PRESPETIVA DE GÉNERO NOS S. DE SAÚDE

Porquê adotar uma perspetiva de género?

Uma perspetiva de género:

• Reconhece os diferentes papéis dos géneros;

• Sublinha a necessidade de tanto homens como mulheres terem acesso a, e controlo

sobre, os recursos e os processos de tomada de decisão;

• Reconhece que os homens e as mulheres têm diferentes experiências e necessidades;

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

INTEGRAR UMA PRESPETIVA DE GÉNERO NOS S. DE SAÚDE

Porquê adotar uma perspetiva de género?

Uma perspetiva de género:

• Atribui um peso equivalente aos conhecimentos, valores e experiências dos homens e

das mulheres;

• Garante que tanto os homens como as mulheres são envolvidas na identificação das

suas necessidades e prioridades;

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

INTEGRAR UMA PRESPETIVA DE GÉNERO NOS S. DE SAÚDE

Porquê adotar uma perspetiva de género?

Uma perspetiva de género:

• Integra a consciência e a competência do género na “corrente principal” do

desenvolvimento.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

Exercícios

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

Exercícios

1. Defina “acesso aos cuidados de saúde”;

1,1 Para o sucesso do acesso aos cuidados de saúde existem três elementos chave. De que elementos falamos?

1,2 Defina cada um deles.

2. O que entende por género?

3. Existem determinadas barreira que condicionam o acesso a um determinado tipo de serviço.

3,1 Dê três exemplos dessas barreiras.

3,2 De que forma pensa que o género pode influir em cada uma das barreiras apresentadas apontadas por si?

4. Defina equidade.

5. O Plano Nacional para a Igualdade - Género, Cidadania e não Discriminação, 2011-2013 prevê a adoção de um conjunto de 97 medidas estruturadas em torno

de 14 áreas estratégicas. Dentre estas podemos apontar a área da Saúde.

5,1 Indique três áreas desta estratégia.

5,2 Indique uma das medidas tomadas no seguimento destas estratégias

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Agrupamento de Escolas de Castro Verde, 04/10/2015 38

2 O Género no acesso a cuidados de saúde

Exercícios

6. Comente a seguinte frase. “As desigualdades em saúde não são uma inevitabilidade se integrarmos a perspetiva de género na definição das políticas de saúde ao

nível do acesso e da prestação de cuidados”.

7. No seu ponto de vista, qual a importância de adotar uma perspetiva de género?

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Agrupamento de Escolas de Castro Verde, 04/10/2015 39

2 O Género no acesso a cuidados de saúde

Exercícios

Defina “acesso aos cuidados de saúde”;

O acesso aos cuidados de saúde refere-se à capacidade de obter um serviço de cuidados de saúde no tempo requerido.

- Para o sucesso do acesso aos cuidados de saúde existem três elementos chave. De que elementos falamos?

Os elementos chave do acesso incluem a disponibilidade, relevância, efetividade.

- Defina cada um deles.

Disponibilidade: Uso dos serviços disponíveis por parte da população;

Relevância: os serviços prestados refletem as necessidades e preferências dos grupos populacionais; Efetividade: se o

tratamento pretendido ou os resultados do serviço são atingidos e a equidade, que se refere às diferenças no aceso entre

grupos diferentes.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

Exercícios

O que entende por género

O conceito de género refere-se aos papéis e relações dos homens e das mulheres, que são moldados não por fatores

biológicos mas sim por fatores sociais, económicos, políticos e culturais.

Existem determinadas barreira que condicionam o acesso a um determinado tipo de serviço. Dê três exemplos dessas

barreiras.

Falta de capacidade e disponibilidade; Custo; Idioma e cultura; Falta de conhecimento e informações; Mobilidade e

migração; Emprego; Sensibilidade e preparação do pessoal; Discriminação.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

Exercícios

- De que forma pensa que o género pode influir em cada uma das barreiras apresentadas apontadas por si?

Quando falamos em género importa ter presente que a forma como este é percecionado é influenciada por todo o contexto

em que a pessoa está inserida. O género é determinante em saúde e o impacto de género não é apenas consequência

das condições socioeconómicas, mas das desigualdades de género.

Desta forma é correto afirmar que todas as barreiras mencionadas estão precondicionadas pelo género.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

Exercícios

Defina equidade.

“Uma abordagem de equidade contrasta com uma “abordagem de necessidades básicas” ou uma “abordagem de

pobreza”, que se foca nos pobres e não capacitados sem relacionar a condição destes com a dos ricos e poderosos. A

equidade implica uma abordagem que dá mais àqueles que têm pouco e, portanto, dá menos àqueles que têm muito. Mais

do que a atribuição de partes iguais, a equidade implica a atribuição de partes justas”. (McCoy, 2003)

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

Exercícios

O Plano Nacional para a Igualdade - Género, Cidadania e não Discriminação, 2011-2013 prevê a adoção de um conjunto de

97 medidas estruturadas em torno de 14 áreas estratégicas. Dentre estas podemos apontar a área da Saúde.

- Indique três áreas desta estratégia.

• Promover as igualdades em saúde;

• Promover a saúde sexual e reprodutiva;

• Combater a feminização do VIH/sida;

• Acompanhar a implementação da lei da interrupção voluntária da gravidez.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

Exercícios

- Indique uma das medidas tomadas no seguimento destas estratégias

• Promover ações de sensibilização sobre saúde e género no âmbito dos cuidados a prestar em situações de violência de

género, nomeadamente mutilação genital feminina e violência doméstica;

• Acompanhar a aplicação da lei da interrupção voluntária da gravidez;

• Promover o desenvolvimento de abordagens preventivas, multissectoriais e integradas de combate à feminização do

VIH/sida, designadamente, através da disseminação da utilização do preservativo feminino;

• Promover a desagregação por sexo dos dados epidemiológicos relacionados com o perfil de saúde.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

Exercícios

Comente a seguinte frase. “As desigualdades em saúde não são uma inevitabilidade se integrarmos a perspetiva de género

na definição das políticas de saúde ao nível do acesso e da prestação de cuidados”.

Comentar a existência de variáveis controláveis e não controláveis. O objetivo será o de incidir nas controláveis.

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2 O Género no acesso a cuidados de saúde

Exercícios

No seu ponto de vista, qual a importância de adotar uma perspetiva de género?

Uma perspetiva de género:

• Reconhece os diferentes papéis dos géneros;

• Sublinha a necessidade de tanto homens como mulheres terem acesso a, e controlo sobre, os recursos e os processos

de tomada de decisão;

• Reconhece que os homens e as mulheres têm diferentes experiências e necessidades;

• Atribui um peso equivalente aos conhecimentos, valores e experiências dos homens e das mulheres;

• Garante que tanto os homens como as mulheres são envolvidas na identificação das suas necessidades e prioridades;

• Integra a consciência e a competência do género na “corrente principal” do desenvolvimento

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE CASTRO VERDE - ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASTRO VERDE

Bibliografia• HENRIQUES, M. C. [et al], (2000) : Educação para a Cidadania. Lisboa, Plátano Editora.

• POTTER, P. A., & PERRY, A. G. (2006). Fundamentos de Enfermagem - Conceitos e Procedimentos (5ª ed.). (L. C.

Leal, & I. M. Ligeiro, Trads.) Loures, Portugal: Lusociência.