UEL 2004 Dia 3

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    INSTRUES

    1. Confira, abaixo, seu nome e nmero de inscrio. Assine no local indicado.

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    4. Esta prova composta por questes de mltipla escolha, com somente uma alternativacorreta.

    5. Ao receber a folha de respostas, examine-a e verifique se os dados nela impressoscorrespondem aos seus. Caso haja alguma irregularidade, comunique-a imediatamenteao Fiscal.

    6. Transcreva para a folha de respostas o resultado que julgar correto em cada questo,preenchendo o retngulo correspondente com caneta de tinta preta.

    7. Na folha de respostas, a marcao de mais de uma alternativa em uma mesma questo,rasuras e preenchimento alm dos limites do retngulo destinado para cada marcaoanulam a questo.

    8. No haver substituio da folha de respostas por erro de preenchimento.

    9. No sero permitidas consultas, emprstimos e comunicao entre os candidatos,tampouco o uso de livros, apontamentos e equipamentos, eletrnicos ou no, inclusiverelgio. O no-cumprimento dessas exigncias implicar a excluso do candidato desteConcurso.

    10. Ao concluir a prova, permanea em seu lugar e comunique ao Fiscal. Aguarde autoriza-o para devolver, em separado, o caderno de prova e a folha de respostas, devida-mente assinados.

    11. O tempo para o preenchimento da folha de respostas est contido na durao destaprova.

    DURAO DESTA PROVA: 4 HORAS

    SALA NMERO DE INSCRIO NOME DO CANDIDATO

    ASSINATURA DO CANDIDATO

    3GEOGRAFIA

    HISTRIA

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    GEOGRAFIA

    01- As figuras 1 e 2 apresentam as transformaes pelasquais passaram as formaes vegetais no Brasil.

    Adaptado de: SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. So Paulo: tica, 2000. p. 87.

    Com base nas figuras e nos conhecimentos sobre vege-tao, correto afirmar:

    a) Entre as datas indicadas nas figuras, formaes vegetaisbrasileiras foram total ou parcialmente extintas, na sua maiorparte em decorrncia de aes antrpicas.

    b) A elaborao da legislao ambiental brasileira e o respeito aela se expressaram na diminuio do desmatamento e dasaes antrpicas na rea correspondente Amaznia legal.

    c) Dentre as formaes florestais brasileiras, a Floresta Atlnticasofreu pequena ao antrpica, pois se situa numa vastarea tradicionalmente destinada ao turismo ecolgico.

    d) No perodo indicado nas figuras, dentre as formaesarbustivas e herbceas, o cerrado foi mais preservado que acaatinga e os campos, pois a rea por ele ocupada imprpria agricultura.

    e) Entre 1960 e 1999, a quase totalidade da vegetao original

    brasileira foi substituda por espcimes introduzidas, maisadequadas s condies climticas dominantes.

    02- A umidade relativa do ar e as temperaturas so altas,pouco variando ao longo do ano em virtude de sua loca-lizao latitudinal e da densa presena de rios e vegeta-o. Possui temperatura mdia que varia entre 25 C e28 C, pouco flutuante ao longo das estaes. Compluviosidade mdia situada entre 1500 e 2500 mm/ano,suas chuvas so constantes e abundantes, em geral,resultado de processos convectivos. Nela, predomina aatuao da massa de ar equatorial continental.

    O texto refere-se a um tipo de clima, regio e fenmenosclimticos. Assinale a alternativa que relaciona correta-mente esses elementos.

    a) Clima: Subtropical; regio: pampas sul-riograndenses;fenmenos climticos: deslocamento sazonal de frente fria,friagem, chuvas orogrficas.

    b) Clima: Tropical semi-mido; regio: semi-rido nordestino;fenmenos climticos: deslocamento de massa de ar tropicalmartima, chuvas de inverno.

    c) Clima: Equatorial semi-mido; regio: campos; fenmenosclimticos: deslocamento de massas de ar tropicais eequatoriais continentais, chuvas frontais.

    d) Clima: Equatorial mido; regio: amaznica; fenmenosclimticos: chuvas convectivas, elevada taxa de umidade,alto ndice pluviomtrico.

    e) Clima: Tropical de altitude; regio: cerrado; fenmenosclimticos: deslocamento de massas de ar tropicais atlnticas,sazonalidade da precipitao.

    03- Os mapas mudam o modo como lemos os romances,realam a natureza espacial das formas literrias: cadauma delas com sua geometria peculiar, suas fronteiras,seus tabus espaciais e rotas favoritas, trazem luz algica interna da narrativa. A forma literria aparececomo resultado de duas foras conflitantes e igualmen-te significativas: uma que funciona de fora, e a outra, dedentro.

    Adaptado de: MORETTI, Franco.Atlas do romance europeu (1800-1900).So Paulo: Boitempo, 2003. p. 15.

    A caracterstica geogrfica de um local uma das for-as de fora que contribui com a forma literria. Assina-le a alternativa que faz as correspondncias corretasentre algumas regies e obras literrias brasileiras.

    Regiesbrasileiras

    Serto do Cariri

    Zona do Cacau

    Gerais

    Campanha Gacha

    Obras literrias

    Grande serto: veredas (GuimaresRosa)Trilogia O tempo e o vento (ricoVerssimo)Vidas secas (Graciliano Ramos)

    So Jorge dos Ilhus (Jorge Amado)

    a)

    Regiesbrasileiras

    Serto do CaririZona do CacauGerais

    Campanha Gacha

    Obras literrias

    Vidas secas (Graciliano Ramos)So Jorge dos Ilhus (Jorge Amado)Grande serto: veredas (GuimaresRosa)Trilogia O tempo e o vento (ricoVerssimo)

    b)

    Regiesbrasileiras

    Serto do CaririZona do Cacau

    Gerais

    Campanha Gacha

    Obras literrias

    So Jorge dos Ilhus (Jorge Amado)Grande serto: veredas (GuimaresRosa)Trilogia O tempo e o vento (ricoVerssimo)Vidas secas (Graciliano Ramos)

    c)

    Regies

    brasileirasSerto do Cariri

    Zona do Cacau

    GeraisCampanha Gacha

    Obras literrias

    Trilogia O tempo e o vento (ricoVerssimo)Grande serto: veredas (GuimaresRosa)So Jorge dos Ilhus (Jorge Amado)Vidas secas (Graciliano Ramos)

    d)

    Regiesbrasileiras

    Serto do CaririZona do Cacau

    GeraisCampanha Gacha

    Obras literrias

    So Jorge dos Ilhus (Jorge Amado)Trilogia O tempo e o vento (rico

    Verssimo)Vidas secas (Graciliano Ramos)Grande serto: veredas (GuimaresRosa)

    e)

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    05- Com base no texto e na figura, assinale a alternativa correta.

    a) Texto e figura abordam temticas diferentes. O texto refere-se s reas onde esto alocadas as indstrias blicas ativase a figura destaca zonas mundialmente famosas pelodesenvolvimento de tecnologias ambientalmente

    sustentveis.b) O texto se contrape figura. O texto refere-se aos locaisprecursores de uma nova territorialidade, poca daRevoluo Industrial, e a figura destaca reas comindustrializao incipiente.

    c) Texto e figura tratam de temticas independentes. O textorefere-se aos locais de industrializao tardia, e a figuradestaca plos tursticos secundrios.

    d) Texto e figura so mutuamente excludentes. O texto descrevereas de pequeno desenvolvimento econmico e a figuradestaca zonas empobrecidas e de tenso permanente.

    e) Texto e figura se complementam, pois referem-se aos mesmoslocais, atualmente conhecidos como tecnopolos. O texto, deuma forma geral, os descreve, e a figura os destaca.

    08- Processos fsicos, qumicos e biolgicos associados saes antrpicas alteram significativamente o relevo.Observe as figuras a seguir.

    Com base nas figuras e nos conhecimentos sobre gnesee transformao do relevo, correto afirmar:

    a) A figura II mostra que transformao do relevo e diferenasestruturais das rochas so fenmenos sem correlao entresi.

    b) Conforme indicam as figuras I a IV, aes antrpicas, tiposde rochas, clima, declividades topogrficas e durao dosprocessos so fatores atuantes na diversificao das formasde relevo.

    c) A figura IV mostra que a gnese das formas de relevo estcondicionada dinmica de apropriao e uso do solo urbano.

    d) As figuras I a IV mostram que intemperismo, eroso ecobertura vegetal so irrelevantes na transformao do relevo,cuja dinmica revela a existncia de processos autnomos.

    e) Como mostra a figura I, os processos de gnese etransformao do relevo so intensos nas mdias e altasvertentes e nulos nas reas de deposio.

    Adaptado de: SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. So Paulo: tica, 2000. p. 23.

    04- Sobre diferentes convenes, leia as citaes a seguir edepois assinale a alternativa que indica, respectivamen-te, aquelas descritas nos textos I e II.

    I. Com os avanos da urbanizao e da expanso do co-mrcio, fez-se sentir com intensidade cada vez maior anecessidade de sincronizar o nmero crescente das ativi-dades humanas, e de dispor de uma rede de refernciastemporais cuja extenso regular pudesse servir de quadrode referncia. Construir essa rede e faz-la funcionar erauma das tarefas da autoridade central clerical ou leiga.

    Dela dependiam o pagamento regular e peridico dosimpostos, dos juros e dos salrios, bem como a execuode inmeros contratos e diversos compromissos; o mesmoacontecia com os numerosos feriados em que as pessoasrepousavam de seu trabalho.

    II. [...] passamos de uma forma de determinao do tempoque era pontual, descontnua e situacional para uma tra-ma temporal contnua, de malhas cada vez mais finas,que encerram e condicionam em sua universalidade todaa extenso das atividades humanas. A rede temporal so-cial conhecida pelos membros das naes altamente in-dustrializadas desse tipo. Hoje em dia, vai-se estenden-do progressivamente pelo mundo inteiro, e fcil observar

    as dificuldades acarretadas por sua adoo em regiesonde at hoje ainda se usavam formas mais primitivas dedeterminao do tempo.

    ELIAS, Norbert. Sobre o Tempo.Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998. p. 46; 77.

    a) Latitude e Longitude.b) Paralelos e Meridianos.c) Calendrio e Fuso horrio.d) Estaes do ano e Coordenadas geogrficas.e) Meridiano de origem e Linha de mudana de data.

    Leia o texto, observe a figura e responda a questo05.

    Lugares atrelados s inovaes tecnolgicas, resultantesde pesquisas prprias ou de outros centros, so por isso

    vinculados a instituies de pesquisa ou de transfernciade tecnologia. Suas localizaes dependem tanto do apoiode capital de risco, criao e difuso de empresas de basetecnolgica, quanto de um conjunto de externalidadeslocais e regionais, disponibilidade de servios voltados dinmica das trocas e da vida nos referidos locais: sistemade telecomunicaes, instalaes para empresasnascentes - incubadoras, agncias governamentais dosvrios nveis de governo, servios de apoio, firmascomerciais, etc.

    06- Assinale a alternativa que indica corretamente o processoque ocorre em reas de perseguies religiosas, polticas ouideolgicas, guerras, conflitos polticos, falta de oportunida-de de trabalho no local de origem, concentrao fundiria.

    a) Atrao populacional.b) Aumento das taxas de natalidade.c) Crescimento vegetativo.d) Migraes populacionais.e) Diminuio das taxas de mortalidade.

    07- Cotidianamente, sees de classificados em jornais e placasafixadas em imveis urbanos ofertam moradias para vendaou locao. No entanto, o problema da moradia no Brasilainda exige soluo. Sobre o tema, correto afirmar:

    a) O problema de moradia nas cidades brasileiras funda-se naprocura que maior que a oferta, ocasionando aumento nopreo dos imveis.

    b) Como em qualquer sociedade ps-moderna, o ritmo daconstruo de casas lento em relao demanda porcompra e locao, ocasionando o problema de moradia.

    c) A alta densidade populacional das cidades, os baixos salriosda maioria da populao e a apropriao do solo comomercadoria dificultam o acesso moradia.

    d) O problema da moradia no Brasil foi equacionado e um dosfatos que comprovam tal afirmao a permanente ofertadeste bem para as diferentes classes sociais.

    e) O problema da moradia no Brasil insolvel, pois oferta edemanda esto espacializadas em diferentes lugares.

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    09- No Brasil existem seis domnios morfoclimticos com carac-tersticas bem definidas: Amaznico, Cerrado, Mares deMorros, Caatinga, Araucria e Pradarias. Atualmente, cadaum deles possui problemas ambientais, em grande partedecorrentes das aes antrpicas. Assinale a alternativa quefaz a correspondncia correta entre domnio morfoclimticoe seus problemas ambientais atuais mais expressivos.

    a) Pradarias: destruio das florestas latifoliadas nativas,decorrente da intensa explorao ilegal de madeira nobre,perda da fertilidade do solo em funo da diminuio da

    produo de matria orgnica florestal, chuva cida, aumentoda acidez do solo, poluio e esgotamento dos recursoshdricos por atividades industriais.

    b) Mares de Morros: destruio de florestas de galerias paraimplantao da rizicultura nos vales fluviais, derrubada eextermnio da floresta latifoliada equatorial, em decorrnciada explorao madeireira para exportao, aumentoprogressivo do processo de desertificao decorrente dasatividades industriais, intensificao dos processos desalinizao do solo.

    c) Cerrado: chuva cida, contaminao do solo e dos recursoshdricos decorrentes de processos de extrao de petrleo,extino da fauna remanescente da floresta latifoliada,empobrecimento dos solos decorrente de intenso processode lixiviao, desmatamentos e derrubada indiscriminada deflorestas tropicais.

    d) Caatinga: contaminao do solo e da gua por atividadeindustrial, compactao e conseqente impermeabilizaodo solo decorrente da prtica de agricultura mecanizadapesada, intensa perda de solo por processos de eroso pluviale fluvial e diminuio de sua fertilidade em funo de processosnaturais de lixiviao.

    e) Domnio Amaznico: contaminao do solo e da gua poratividades de garimpo e minerao, poluio do ar e da guapor atividade industrial, explorao indiscriminada de madeiraproveniente de vegetao nativa, ameaa e extino deespcies silvestres, aumento de processos erosivos e perda

    da fertilidade do solo decorrentes da derrubada da floresta.

    10- Numa propriedade rural localizada no Norte do Paran, cujarea se estende do espigo at o fundo de vale, seu proprie-trio procurou aconselhar-se com profissionaisespecializados sobre a viabilidade de cultivar milho safrinhana referida rea. No Norte do Paran, o milho safrinha plan-tado no outono e, em condies climticas regulares, essaregio contribui com cerca de 50% da produo nacional.Leia a seguir os pareceres emitidos e assinale a alternativaque expressa a deciso e justificativas corretas em relao possibilidade de plantio do milho safrinha.

    a) Considerando-se que, no outono, o Norte do Paran enfren-ta alguns episdios de geadas, nos quais o ar mais frio edenso se concentra nos fundos de vale, com os espiges seresfriando noite, deve-se cultivar o milho safrinha priorizandoas reas de mdia vertente, onde as temperaturas so maisamenas.

    b) Deve-se descartar a possibilidade de cultivar milho safrinha,pois apesar dos custos inexpressivos de plantio e manejo,trata-se de uma lavoura de alto risco em funo da intensida-de e freqncia das geadas na regio e no perodo citado.

    c) O milho safrinha deve ser plantado no espigo porque nessarea a radiao solar mais concentrada, tornando lento oprocesso de resfriamento aps o pr-do-sol no outono,evitando-se, assim, os efeitos danosos das geadas.

    d) O milho safrinha deve ser cultivado no fundo do vale pornecessitar de irrigao em virtude dos longos perodos deestiagem que ocorrem no Norte do Paran. Realizar o culti-vo no local indicado implicar na anulao dos riscos decor-rentes das variaes de tempo, comuns no outono.

    e) Considerando-se a necessidade de ficar imune aos riscos,deve-se plantar outra cultura na propriedade, pois o milhosafrinha uma lavoura incompatvel com os curtos perodosde estiagem e geadas anuais pouco intensas, prprios dooutono.

    Observe a charge a seguir.

    Fonte: ANGELI. Terra para todos. Folha de S. Paulo,So Paulo, 01 jul. 2003. p. A 2.

    11- Considerando a perspectiva do cartunista sobre o campobrasileiro, a charge evidencia:

    a) A proliferao dos minifndios em virtude das sucessivaspartilhas por herana e conseqente insustentabilidadeeconmica das propriedades.

    b) O amplo acesso terra decorrente da distribuioeqnime entre as diferentes estirpes familiares desdeos primrdios da colonizao.

    c) A legitimidade tanto do uso das armas quanto daconsolidao de milcias privadas para a manuteno dopatrimnio fundirio intra-familiar.

    d) O acelerado processo de desconcentrao fundiriadecorrente das sucessivas vendas de terra entre umamesma linhagem familiar.

    e) O bloqueio do acesso democrtico terra em virtude daausncia de limites mximos de extenso daspropriedades.

    12- [...] quando eu era pequeno, tinha paixo por mapas. Eu fica-va horas olhando a Amrica do Sul, ou a frica, ou a Austrlia,e abandonava-me s glrias da explorao. Naquela poca,havia muitos espaos em branco no mundo e, quandoenxergava um que parecia particularmente convidativo nomapa (mas todos pareciam assim), colocava o dedo ali e diziaQuando crescer, vou para l. [...] Havia um, no entanto - omaior, o mais branco, por assim dizer -, que me atraa especi-almente. (CONRAD, Joseph. Corao das trevas. Porto Ale-gre: L&PM, 1997. p.12-13.)

    Sobre o texto, correto afirmar:

    a) Faz referncia s polticas colonialistas encetadas pelosEstados Unidos na Amrica do Sul, frica e Austrliaevidenciando o fim da neutralidade poltica desse pas.

    b) Revela que os espaos em branco no mapa representavamterritrios exauridos pelo processo de colonizaoempreendido pelos europeus nos lugares citados.

    c) Indica a correlao entre elaborao de mapas eexpansionismo, demonstrando a tendncia preponderantedos europeus de tomar como glorioso o processo dedominao de outros povos.

    d) Explicita o rigor cientfico na confeco dos mapas, pois osdocumentos para tal empreendimento estavam apoiadosnuma detalhada base de dados da Amrica do Sul, frica eAustrlia.

    e) Expressa que a elaborao de representaes detalhadas eprecisas da frica, Amrica do Sul e Austrlia antecedeu acorrida colonialista da Europa.

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    PASES

    JAPOEUABRASILFEDERAORUSSAINDONSIAPAQUISTONIGRIA

    13- Analise as afirmativas a seguir.

    I. Vrias cincias, ao conceberem o mundo como sub-metido a um esquema terico universal, elaboraramleis gerais de seu funcionamento, tornando-se, des-sa maneira, instrumento de dominao, controle eextermnio tanto dos seres humanos quanto dosoutros elementos da natureza.

    II. A cincia e a tecnologia no Ocidente, a partir do s-culo XVI, conferiram aos seres humanos a capaci-dade de subjugar e controlar incondicionalmente asforas da natureza, tornando-os libertos einvulnerveis a quaisquer dinmicas ambientais.

    III. A razo tcnico-cientfica, no contexto das socieda-des modernas, voltou-se predominantemente parao circuito da produo de necessidades de consu-mo questionveis, desconsiderando os riscos doatual projeto societrio para o planeta.

    IV. O determinismo mecanicista o horizonte do conhe-cimento que se pretende utilitrio e funcional pelasua capacidade de dominar as foras hostis da na-tureza, em benefcio de poucos e em detrimento da

    vida no planeta como um todo.V. A cincia, atravs de acurada observao e desco-berta do conjunto de leis que regem as dinmicasda natureza, proporcionou aos seres humanos odomnio das foras ambientais contrrias sua per-petuao no planeta.

    Fazem crticas concepo cientfica utilitarista apenasas afirmativas:

    a) I e II.b) II e III.c) I, II e V.d) I, II I e IV.e) III, IV e V.

    PASES

    JAPOEUABRASILFEDERAORUSSAINDONSIAPAQUISTONIGRIA

    Assinantes detelefone por cabo ede telefones mveis(por 100 pessoas)

    117,4111,838,529,6

    6,62,90,8

    Usurios deInternet (por100 pessoas)

    38,450,14,72,9

    1,90,30,1

    Computadorespessoais emuso (por 100

    pessoas)

    35,862,56,35,0

    1,10,40,1

    14- Analise a tabela a seguir.

    ACESSO A NOVAS TECNOLOGIAS E REDES 2001

    c) As desigualdades no desenvolvimento econmico esocial so mundialmente reforadas e ampliadas nobojo do processo de globalizao, pois a difuso dasnovas tecnologias e redes de circulao se realiza deforma restrita.

    d) O processo de globalizao amplia de forma irrestrita aintegrao cultural entre os pases e pessoas, pois adisseminao mundial das novas tecnologias e redestende a homogeneizar e democratizar o acesso dapopulao do planeta ao mercado, informao e cultura.

    e) O processo de globalizao, ao ancorar-se nodesenvolvimento e na ampla difuso das redes e novastecnologias, como demonstram os dados da tabela,permite a democratizao das relaes de poder emescala mundial.

    Adaptado de: ONU. Indicadores do Desenvolvimento Humano, 2003.

    Com base nas informaes da tabela e nos conhecimen-tos sobre redes e globalizao, correto afirmar:

    a) Pases como a Indonsia, Paquisto e Nigriaexcluram-se do processo de globalizao em virtudedo fundamentalismo religioso hegemnico, o qual impsobstculos que bloquearam o acesso s novastecnologias e redes.

    b) Pode-se afirmar que o Brasil e a Rssia, em funo deseu grande contingente populacional, figuram entre ospases no mundo que mais tm acesso a novastecnologias e redes. Em nmeros absolutos, seususurios so equivalentes aos dos EUA e Japo.

    15- A Unio Europia (UE) um bloco regional que, como osdemais, visa a ampliar trocas comerciais entre seus pa-ses membros e outras partes do mundo. No entanto, essebloco possui especificidades. Assinale a alternativa queindica apenas as caractersticas da Unio Europia.

    a) Garantia do estabelecimento de relaes econmicase culturais privilegiadas entre os pases-membros.Atuao conjunta no mercado internacional.

    b) Subsdios e financiamento ao setor primrio. Instituiode barreiras comerciais tarifrias e no-tarifrias comnfase ao setor agropecurio.

    c) Zona de livre comrcio com ampla liberdade decirculao de mercadorias e capitais em seu interior.Tarifa externa comum (TEC) aplicada aos pasesexternos ao bloco.

    d) Unio aduaneira com el iminao das taxasalfandegrias incidentes sobre a troca de mercadoriasinternas ao bloco. Livre circulao de mo-de-obra.

    e) Unio monetria, com implantao de moeda unificada.Estrutura administrativa especfica em mbitoparlamentar, poltico e financeiro.

    16- A agricultura dos pases desenvolvidos subsidiada emcerca de 1 bilho de dlares por dia, o que correspondea um auxlio lquido anual de cerca de 11.000 dlarespor produtor, ou 40% de sua renda agrcola total. NaUnio Europia, para a qual se destina 55% das exporta-es brasileiras de carne bovina, o subsdio de 26%.Some-se a isso as barreiras tarifrias que incidem sobrea carne brasileira, o que diminui a sua competitividadenesse mercado.

    Adaptado. Disponvel em: . Acesso em: 03 jun. 2003.

    Com base no texto e nos conhecimentos sobre comr-cio internacional, correto afirmar:

    a) A atual poltica de subsdios, na Unio Europia, ummecanismo que visa propiciar a exportao dealimentos para os pases perifricos.

    b) A atual poltica agrcola interna praticada pelos pasesdesenvolvidos decisiva para o equilbrio da balanacomercial dos pases perifricos.

    c) O recrudescimento das atuais barreiras tarifrias esanitrias da Unio Europia resulta no aumento dademanda por carne bovina brasileira nesse mercado.

    d) A poltica de subsdios agrcolas praticada pelos pasesricos um dos mecanismos de trocas desiguais que osfavorece em detrimento dos pases pobres.

    e) A diminuio da demanda interna por carne bovina nospases em desenvolvimento resultado da atual polticade subsdios praticada pelos pases desenvolvidos.

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    17- Sobre os recursos hdricos, analise as afirmativas a se-guir.I. Prticas de uso ineficientes no campo domstico, in-

    dustrial e agrcola e abastecimento de gua potvelso fenmenos correlacionados; da a diminuio daquantidade disponvel desse recurso nos ltimosanos.

    II. Os habitantes das cidades dos pases subdesenvol-vidos conseguem manter um equilbrio entre dispo-

    nibilidade e consumo de gua, pelo fato de as suasatividades econmicas demandarem baixa utilizaode recursos hdricos.

    III. Em funo de os recursos hdricos economicamenteaproveitveis estarem espacialmente bem distribu-dos, pode-se afirmar que, no planeta, o problema deabastecimento e acesso gua potvel circunscre-ve-se a regies desrticas ou semi-ridas.

    IV. O racionamento e acesso insuficiente gua potvelso expresses da displicncia da sociedade em re-lao ao uso dos recursos hdricos e desdobram-sede maneira diferenciada, ao afetar, sobretudo, as clas-ses sociais menos favorecidas.

    Esto corretas apenas as afirmativas:

    a) I e III.b) I e IV.c) II e III.d) I, II e IV.e) II, III e IV.

    18- A partir da dcada de 60, o uso de materiais plsticos cres-ceu de modo acentuado. A proporo desse material presen-te no lixo urbano, porm varia significativamente de pas parapas, e em cada um deles, de cidade para cidade [...]. Emborade baixa toxicidade, o plstico tem como caracterstica umlongo tempo de permanncia ambiental, isto porque sua de-gradao muito lenta. Como resultado, quando descartado,

    ele se acumula no ambiente onde permanece por muito tem-po, at algumas dezenas de anos. (SCARLATO, FranciscoC.; PONTIN, Joel A.. Do nicho ao lixo: ambiente, sociedadee educao. So Paulo: Atual, 1992. p.60-61.)

    Com base no texto e nos conhecimentos sobre meio am-biente, correto afirmar:

    a) O aumento do descarte de materiais plsticos revela atendncia de apropriao indiscriminada dos recursos eimpe a necessidade de um amplo debate sobre o atualpadro de consumo.

    b) A maior parte dos materiais plsticos no Brasil recicladaporque, majoritariamente, a populao que os consomepossui alto nvel de escolaridade, responsvel direta pela

    conscincia ambiental.c) O descarte dos materiais plsticos deve ser feito a cuaberto, pois nesse tipo de tcnica os fatoresbiodegradantes evitam a poluio ambiental.

    d) As tcnicas atuais de acondicionamento dos materiaisplsticos em aterros sanitrios aumentam a suabiodegradao, eliminando os impactos ambientaisdecorrentes do seu uso.

    e) A utilizao de embalagens plsticas garante a qualidadedos produtos, o que impe a necessidade de conciliarexpanso de seu consumo com ampliao das reas dedescarte.

    II. O percentual da populao ocupada no setor prim-rio vem diminuindo nas ltimas dcadas, sobretudonos pases altamente industrializados, principalmen-te devido aos processos de mecanizao agrcola.

    III. A populao dos pases recentemente industrializa-dos tem suas atividades econmicas centralizadas nosetor de desenvolvimento e produo de tecnologiade ponta, fator determinante para os baixos ndicesde sua participao nos outros setores da economia.

    IV. Nos pases de industrializao incipiente, polticas p-blicas de fortalecimento do setor tercirio tmalavancado suas economias, auxiliando na expansodos demais setores econmicos devido ao baratea-mento do custo de vida da populao como um todo.

    Esto corretas apenas as afirmativas:

    a) I e II.b) I e III.c) II e IV.d) I, III e IV.e) II, III e IV.

    19- Analise as afirmativas sobre os setores de atividadeseconmicas.I. At a dcada de 1970, o setor secundrio era o mais

    importante da economia de uma nao. As popula-es dos pases mais industrializados nele se con-centravam, situao que vem sendo modificada devi-do aos processos de automatizao e robotizao.

    NORDESTE

    MINAS GERAIS

    RIO DE JANEIRO

    SO PAULO

    Grande So Paulo

    Interior

    PARANSANTA CATARINA

    RIO GRANDE DO SUL

    1939

    10,9

    7,6

    25,5

    40,7

    26,3

    14,42,3

    2,1

    9,1

    1949

    9,1

    6,6

    20,6

    48,9

    32,4

    16,52,9

    2,4

    7,9

    1959

    6,9

    5,8

    17,6

    55,6

    41,0

    14,63,1

    2,2

    7,0

    1970

    5,7

    6,5

    15,5

    58,2

    43,5

    14,73,1

    2,6

    6,3

    1975

    6,6

    6,3

    13,5

    55,9

    38,8

    17,14,0

    3,3

    7,5

    1980

    8,1

    7,7

    10,6

    53,4

    33,6

    19,84,4

    4,1

    7,3

    1985

    8,6

    8,2

    9,5

    51,9

    29,4

    22,54,9

    3,9

    7,9

    1989

    8,1

    8,2

    10,3

    50,2

    28,8

    21,45,3

    4,0

    7,8

    1995

    8,1

    8,8

    8,6

    49,8

    25,4

    24,45,5

    4,4

    8,2

    20- Analise a tabela a seguir. Indstria de transformao: participao regional no valor de

    transformao industrial (%)

    Fonte: CANO, Wilson. Concentrao e desconcentrao econmica regional noBrasil: 1970/95. Economia e Sociedade, Campinas, n. 8, p.101-141, jun. 1997.

    Analise as afirmativas a seguir.I. No perodo compreendido entre de 1939 a 1970, pode-

    se afirmar que, em linhas gerais, em comparao comoutras regies do Brasil, ocorreu uma significativaconcentrao industrial no Estado de So Paulo, es-pecificamente, na regio da Grande So Paulo.

    II. No perodo de 1939 a 1995, a regio Nordeste apre-sentou uma tendncia progressiva de queda nospercentuais de participao industrial nacional, apre-sentando os mesmos ndices dos estados que com-pem a regio Sul do pas.

    III. No perodo de 1970 a 1995, os estados da regio Su-

    deste demonstraram uma tendncia homognea dediminuio de sua participao no conjunto da pro-duo industrial nacional, a percentuais equivalentesaos da regio Nordeste.

    IV. A partir de 1970, verifica-se uma tendncia de aumen-to da participao dos estados da regio Sul do pasno conjunto da produo industrial nacional e,concomitantemente, de diminuio da participao doEstado de So Paulo.

    Com base na tabela e nos conhecimentos sobre produ-o industrial nacional, esto corretas apenas as afirmati-vas:

    a) I e II.b) I e IV.c) II e III.d) I, III e IV.e) II, II I e IV.

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    HISTRIA

    21- Marcial, escritor que viveu no sculo I depois de Cristo,tornou-se conhecido pela escrita de epigramas, dirigidosa vrios personagens do Perodo Imperial Romano, sem-pre em tom jocoso e crtico. Porque lho sado, agora, peloseu nome, quando, antes, lhe chamava de rei e senhor, nome chame de insolente: comprei meu solidu da liberdade custa de todos os meus bens. Reis e senhores deve ter

    algum que no possui a si mesmo e que cobia aquilo queos reis e os senhores cobiam. Se voc pode suportar no terum escravo, Olo, pode, tambm, agentar no ter um rei.(MARCIAL apud FUNARI, Pedro Paulo Abreu. AntigidadeClssica. A Histria e a Cultura a partir dos Documentos. Cam-pinas: Editora da Unicamp, 1995. p. 132.)Com base no epigrama, correto afirmar:

    a) O escritor demonstra que, no Perodo Imperial Romano,as relaes entre escravos e senhores eram harmnicas.

    b) Marcial reconhece que viver na pobreza era melhor que acondio de escravo, o que denota ser a liberdade umvalor fundamental no Perodo Imperial Romano.

    c) Marcial reverencia os senhores romanos, o que expressaa inexistncia de qualquer forma de insulto entre categoriassociais distintas.

    d) Para Marcial a estrutura social existente poca tornavaos escravos indiferentes luta pela liberdade.

    e) Para Marcial obter a liberdade com a venda de seus benspessoais uma atitude insolente.

    22- Os homens da Europa Medieval produziram um conjuntorelevante de obras artsticas. Observe a seguir uma re-presentao da arquitetura romnica.

    (Igreja de Santo Ambrsio em Milo. In: CONTI, Flvio.Como reconhecer a arteromnica. Lisboa: Edies 70, s. d. p. 8.)

    Sobre as caractersticas do estilo romnico, analise asafirmativas a seguir.I. Quanto mais ampla a abbada, tanto mais macias

    deveriam ser as paredes para sustent-la.II. Paredes espessas, arcos arredondados e tetos das

    naves centrais que deixaram de ser de madeira, es-to presentes de modo marcante.

    III. Na fachada principal e nas do transepto esto osprticos monumentais, encimados por uma roscea,uma ou duas galerias de esttuas e duas torres.

    IV. O interior da edificao romnica era escassamenteiluminado, devido impossibilidade da abertura degrandes janelas nas paredes sem enfraquec-las.

    Esto corretas apenas as afirmativas:

    a) I e II.b) I e III.c) III e IV.d) I, II e IV.e) II, III e IV.

    23- Em finais do sc. IX surge na literatura medieval, para seespraiar no sculo XI e at tornar-se um lugar comum no s-culo XII, um tema que descreve a sociedade dividida em trscategorias ou ordens. As trs componentes desta sociedadetripartida so segundo a forma clssica de Adalberon de Laondo sc XI: oratores, bellatores, laboratores. (LE GOFF,Jacques. Para um novo conceito de Idade Mdia. Lisboa:Editorial Estampa, 1979.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre a estru-tura social da Idade Mdia, correto afirmar:

    a) Na estrutura tripartida, o conjunto dos homens livressubsistia sem seus servos.b) Os oratores, pertencentes ordem clerical, recusavam

    qualquer pagamento pelos seus prstimos, pois a suavocao era meramente combater.

    c) A atividade religiosa, o prestgio militar e a incumbnciada produo eram, respectivamente, elementosconstitutivos das trs ordens no medievo.

    d) Os bellatores tinham a responsabilidade de produziralimentos para as outras duas ordens.

    e) Os laboratores constituam uma camada social marcadapelo distanciamento das atividades ligadas terra e aopastoreio de animais.

    24- Nos textos a seguir, o escrivo da frota cabralina, PeroVaz de Caminha, e o poeta Olavo Bilac apresentam ima-gens simblicas do Brasil.

    Esta terra, senhor, [...] De ponta a ponta toda praia redonda...muito ch e muito formosa. Pelo serto, nos pareceu, vista domar, muito grande; porque a estender dolhos, no podamosver seno terra com arvoredos, que nos parecia muito longa.[...] a terra em si de muito bons ares, assim frios e temperadoscomo os de Entre-Douro e Minho. [...] As guas so muitas;infindas. E em tal maneira graciosa que, querendo aproveit-la, tudo dar nela, por causa das guas que tem. (CAMINHAapud CASTRO, Silvio. A carta de Pero Vaz de Caminha: odescobrimento do Brasil. 2.ed. So Paulo: L&PM Editores,

    1987. p. 97-98.)Ama com f e orgulho a terra em que nascestes!Criana, jamais vers pas como este!Olha que cu, que mar que floresta!A natureza, aqui perpetuamente em festa, um seio de me a transbordar carinhos.(Olavo Bilac apud CHAU, Marilena. O mito fundador doBrasil. Folha de S. Paulo, So Paulo, 26 mar. 2000. CadernoMais!, p. 10.)

    Com base nos textos, assinale a alternativa que apre-senta a compreenso dos autores sobre o Brasil.

    a) Tanto para Caminha quanto para Bilac, a imensa eesplendorosa natureza do Brasil constitui-se em umelemento negativo, j que a imagem de perigosobrepe-se de Paraso.

    b) A presena de elementos mticos do Paraso Terrestrerestringe-se descrio de Caminha, pois no poemade Bilac a nossa identidade e grandeza desligam-sedo plano natural.

    c) A descrio de Caminha sobre a natureza inaugurouuma viso do Brasil associada ao mito do ParasoTerrestre, viso essa que permaneceu no poema deBilac num tom ufanista.

    d) Tanto o escrivo quanto o poeta construram imagensdo Brasil em desarmonia com sua natureza, defendendoque somente a extenso territorial era digna de

    destaque.e) As imagens simblicas criadas por Olavo Bilac pararepresentar o Brasil esto dissociadas das de Pero Vazde Caminha, visto que com o fim do perodo dacolonizao encerra-se a demanda pela construo deum mito fundador do pas.

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    25- Em termos demogrficos a conquista da Amrica pelos es-panhis revelou-se uma tragdia. A esse respeito, vriosautores destacam o caso do Mxico Central, afirmando queentre os sculos XVI e XVII ocorreu uma dizimao das po-pulaes indgenas. Vrios fatores contriburam para essegenocdio. Sobre eles, considere as afirmativas a seguir.I. Foi decisiva a ao dos espanhis na desocupao

    das terras dos nativos, visando explorao agrcolaextensiva aos moldes europeus do perodo.

    II. Um fator importante foi a intensa utilizao da mo-

    de-obra indgena na construo das cidades e no pro-cesso de minerao.III. Foi fundamental a profunda alterao efetuada pelos

    europeus no sistema produtivo e cultural das popula-es amerndias, que levou fome e doenas s comu-nidades.

    IV. A crise demogrfica foi influenciada pela dissemina-o entre os membros das comunidades indgenasde atitudes como suicdio, infanticdio, abortos e abs-tinncia sexual entre os casais.

    Esto corretas apenas as afirmativas:

    a) I e II.b) I e III.c) III e IV.d) I, II e IV.e) II, III e IV.

    26- Apesar dos diferentes nveis do sucesso nas capitanias, apoltica bsica dos jesutas foi a mesma em todo o Nordeste.Opondo-se escravizao do gentio, eles realizaram um pro-grama de catequizao nos pequenos povoados ou aldeias,onde tanto os grupos tribais locais quanto os ndios trazidosdo serto pudessem receber instruo e orientao espiritual.Os ndios eram educados para viver como cristos, conceitoque inclua no s a moralidade, mas tambm os hbitos detrabalho dos europeus. (SCHWARTZ, Stuart.Segredos inter-nos: engenhos e escravos na sociedade colonial. So Paulo:Companhia das Letras, 1988. p. 48.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre a poltica

    jesutica implementada no Nordeste brasileiro durante ossculos XVI e XVII, correto afirmar:

    a) A defesa de uma poltica de catequizao para aspopulaes nativas revela o respeito dos jesutas culturaindgena, distanciando-se dos colonizadores que aconcebiam como brbara e inferior.

    b) A atuao dos jesutas foi decisiva para a manutenodas formas tradicionais de trabalho presentes nascomunidades indgenas.

    c) Embora houvesse discordncia entre jesutas e colonos,ambos respeitaram as diferenas entre os grupos tnicosnativos e atuaram na pacificao das relaes intertribais.

    d) A ao dos jesutas fundou-se no trabalho decatequizao, que requereu a destribalizao e conversodos gentios ao catolicismo, prticas to desintegradorasda cultura indgena quanto a escravizao.

    e) Os jesutas, ao manterem alguns princpios essenciais dascomunidades indgenas, como a poligamia e o canibalismoritual, obtiveram a converso integral dos gentios aocristianismo.

    27- Na Europa moderna, entre os sculos XV e XVIII, as festascomo: o Solstcio de Vero, o Ano Novo, o dia de Reis, oCarnaval e as festas dos Santos padroeiros, eram ocasi-es especiais em que as pessoas paravam de trabalhar,comiam e bebiam para comemorar e se divertir. Sobre

    essas festas, correto afirmar:a) Para as sociedades europias, as ocasies de festas

    eram momentos que serviam para reforar ocomportamento de economia cuidadosa, evitando-sedesperdcios de alimentos, bebidas e vestimentas.

    28- Observe as imagens a seguir.

    (AGOSTINI, ngelo. Cabrio, 15 set. 1867. In: Cabrio: semanrio humorstico: 1866-1867. 2.ed. So Paulo: Unesp, 2000. p. 392.)

    Com base nas imagens e nos conhecimentos sobre apoltica de recrutamento no Brasil na poca da Guerra doParaguai (1864-1870), assinale a alternativa que remete interpretao de ngelo Agostini sobre o tema.

    a) O autor enfatiza a harmonia presente na poltica derecrutamento para a Guarda Nacional, a qual obteve oapoio do conjunto da populao brasileira, que se dispsa ser Voluntrio da Ptria.

    b) Os desenhos de Agostini constituem-se numa exaltaoao patriotismo, pois conclamam adeso de todos osbrasileiros para lutar contra o Paraguai.

    c) O trao caricatural nos desenhos do autor denota o seuvnculo com a imprensa monrquica, que buscavamobilizar a populao usando de estratgias humorsticas.

    d) Ao compor uma situao imaginria da paisagembrasileira, Agostini afasta-se da realidade apresentadapelos desdobramentos da Guerra do Paraguai no cotidiano

    da poca.e) Agostini apresenta uma caricatura do cenrio polticobrasileiro que remete Guerra do Paraguai, perodo noqual as populaes livres pobres so aterrorizadas com orecrutamento forado.

    b) Nas festas, a participao de nobres e plebeus, ricos epobres, reis e sditos, possibilitava uma inverso de papise a crtica momentnea estrutura social da poca.

    c) O ato de profanar e insultar as autoridades reais ereligiosas estava ausente das festividades, que eramocasies marcadas pela moderao dos participantes.

    d) As festas populares da Europa moderna, especialmenteo Carnaval, estiveram dissociadas do aumento datransgresso social.

    e) A comemorao e os ritos presentes nas festas apontam

    claramente para a separao entre a cultura popular e acultura erudita existente poca.

    Em razo do recrutamento ainda veremosos homens metidos no mato.

    E os bichos habitando a cidade.

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    29- A natureza no faz nada verdadeiramente suprfluo e no perdulria no uso dos meios para atingir seus fins. Tendodado ao homem a razo e a liberdade da vontade que nelase funda, a natureza forneceu um claro indcio de seu pro-psito quanto maneira de dot-lo. Ele no deveria serguiado pelo instinto, ou ser provido e ensinado pelo conhe-cimento inato, ele deveria, antes, tirar tudo de si mesmo.(KANT, Immanuel. Idia de uma histria universal de umponto de vista cosmopolita. So Paulo: Brasiliense, 1986.p. 12.)

    O texto do filsofo alemo Immanuel Kant (1724-1804) representativo do Iluminismo, movimento inspiradordas revolues burguesas dos sculos XVIII e XIX.Baseado nele, correto afirmar que o Iluminismo tinhacomo um de seus fundamentos:

    a) A crena na superioridade e na providncia divina, queregula todos os acontecimentos no mundo dos homens.

    b) A luta pela implantao de regimes democrticosbaseados no iderio da Contra-Reforma catlica.

    c) O reconhecimento da desigualdade natural doshomens, que legitimava a escravido no perodo emque viveu o filsofo.

    d) A confiana na racionalidade e a convico do papel

    dos homens como sujeitos autnomos, estimulandomovimentos por mudanas em todas as esferas sociais.e) A certeza da incapacidade dos homens de se

    autogovernarem, exigindo a reproduo do modelo datutela do Estado Monrquico.

    30- [...] Nas grandes fazendas de caf, [...] a maior parte dosescravos se ocupava do servio de roa. Esse era o traba-lho de Jos, embora tivesse, depois da sua chegada, apren-dido alguma coisa de carpintaria. [...] No demorou muitoJos percebeu que os ritmos do trabalho no tinham so-mente os sons do chicote e da gritaria imposta pelos feito-res. Aprendeu e logo se animava com os vissungos, canti-gas africanas. Sob formas de versos cifrados, repetidos

    refres e com significados simblicos, tambm serviam comosenhas, por meio das quais resenhavam suas vidas e ex-pectativas e mesmo avisavam uns aos outros sobre a apro-ximao de um feitor. O ngoma como diziam podia es-tar perto. A despeito da violncia e pssimas condies, ten-tar definir alguns sons e ritmos do trabalho era uma facefundamental da organizao de suas prprias vidasescravas. (GOMES, Flvio. O cotidiano de um escravo. Folhade S. Paulo,So Paulo, 24 ago. 2003. Caderno Mais!, p. 9.)

    Com base no texto e nos conhecimentos sobre a escra-vido no Brasil, assinale a alternativa que interpreta demaneira adequada as estratgias presentes no cotidianodos escravos.

    a) Entre os escravos, formas de comunicao esociabilidade alternativas foram eliminadas pelo usoconstante da violncia e da vigilncia dos senhores.

    b) O escravo africano redefinia sua identidade socialreagindo contra a alienao imposta pela cultura dotrabalho baseada na escravido.

    c) Ao utilizar cantigas africanas para amenizar o trabalhorduo, os escravos criaram estratgias simblicasdissociadas da resistncia, j que esta ltima se reduzia formao dos quilombos.

    d) A condio do escravo como simples instrumento detrabalho para lavrar a terra impossibilitou a negociaode relaes sociais diferenciadas como, por exemplo,o aprendizado de outros ofcios.

    e) A comunicao por meio de sinais durante o trabalholimitava-se a evitar os castigos corporais, sendoirrelevante para a constituio de uma identidade socialentre os escravos.

    31- O debate em torno da poltica imigratria fez-se presenteno Brasil antes da Independncia poltica, acirrando-seem 1850 com a proibio do trfico negreiro. Sobre osdiferentes posicionamentos diante do tema da imigra-o no perodo, leia o texto a seguir.Determinados a consolidar a grande propriedade e a agri-cultura de exportao, os fazendeiros e o grande comrciobuscavam angariar proletrios de qualquer parte do mun-do, de qualquer raa, para substituir, nas fazendas, os es-cravos mortos, fugidos e os que deixavam de vir da frica.

    Preocupados, ao contrrio, com o mapa social e cultural dopas, a burocracia imperial e a intelectualidade tentavamfazer da imigrao um instrumento de civilizao, a qual,na poca, referia-se ao embranquecimento do pas [...].(ALENCASTRO, Luiz Felipe de; RENAUX, Maria Luiza. Ca-ras e modos dos migrantes e imigrantes. In: NOVAIS,Fernando (org.). Histria da vida privada no Brasil2. SoPaulo: Companhia das Letras, 1997. p. 293.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre polticaimigratria no Brasil, correto afirmar:

    a) Embora houvesse divergncias entre fazendeiros eburocracia imperial quanto forma de conceber aimigrao, ambos concordavam que os asiticosconstituam a nacionalidade que melhor se adequaria

    ao projeto de civilizar o pas.b) Na segunda metade do sculo XIX, o tema da imigrao

    ocupou espao restrito no cenrio sociopoltico eeconmico brasileiro, motivo pelo qual deixou de serincorporado pela imprensa brasileira da poca.

    c) Para os fazendeiros, a imigrao signif icava acontinuidade do latifndio exportador, enquanto paraos altos funcionrios acenava para a oportunidade toesperada de civilizar o conjunto da sociedade.

    d) O debate sobre a nacionalidade distanciava-se dadiscusso sobre a imigrao, o que tornavainsignificante a origem dos imigrantes para o conjuntodo pensamento poltico brasileiro.

    e) No debate sobre a imigrao, os fazendeiros,especialmente os cafeicultores paulistas, defendiam aformao de ncleos coloniais que possibilitassem areconstruo da identidade cultural dos imigrantes.

    32- Os textos a seguir apresentam leituras sobre o contextodo fim da escravido no Brasil.

    [...] No Brasil a decretao da lei que ps fim a essa chagasecular a escravido foi uma festa de fraternidade, que lembraos entusiasmos das festas com que a Frana toda se irmanou a14 de julho e que inspiraram Michellet. [...] Entre ns no houvenecessidade de uma luta entre irmos, de armas em punho,levantados uns em nome do interesse da rotina agrcola, erguidosoutros sombra de um lbaro, que traa seus interessesegosticos de sociedade industrial precisado de brao livre ebranco. [...] (O Paiz, 13 maio 1908, citado por HONORATO,Csar Teixeira; OLIVEIRA, Newton Cardoso de. In: COGGIOLA,Osvaldo (org.).A revoluo francesa e seu impacto na AmricaLatina. So Paulo: Edusp, 1990. p. 340.)[...] O abolicionismo se fez num ambiente de violncia, derevoltas locais de quilombos, num movimento de ameaa ordem pblica e que marcou profundamente a poltica brasileiracom relao cidadania, por isso este um momento de retraodos votos, de crise da cidadania urbana, h o motim dos vintns,o radicalismo urbano no Rio de Janeiro, o movimento de revoltados funcionrios pblicos contra o selo, contra o aumento daspassagens do bonde, enfim, um clima de comcios populares,com o comeo do movimento operrio no Rio de Janeiro, que

    se confunde muito com o abolicionismo na sua tangente maisrevolucionria. (DIAS, Maria Odila Leite da Silva. A RevoluoFrancesa e o Brasil: sociedade e cidadania. In: COGGIOLA,Osvaldo (org.).A revoluo francesa e seu impacto na AmricaLatina. So Paulo: Edusp, 1990. p. 305.)

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    35- A verdade que os lderes totalitrios, embora estejam con-vencidos de que devem seguir consistentemente a fico eas normas do mundo fictcio estabelecidas durante a lutapelo poder, s aos poucos descobrem toda a implicaodesse mundo irreal e de suas normas. A f na onipotnciahumana e a convico de que tudo pode ser feito atravs daorganizao leva-os a experincias com que a imaginaohumana pode ter sonhado, mas que a atividade humananunca realizou. (ARENDT, Hannah. Origens do totalitaris-

    mo. So Paulo: Companhia das Letras, 1989. p. 486.)

    Com base no texto e nos conhecimentos sobre os regi-mes totalitrios (nazismo e stalinismo), correto afirmar:

    a) Os regimes totalitrios consistem numa forma deopresso poltica idntica ao despotismo e ditadura,o que torna imprecisa a afirmao de que o totalitarismo uma modalidade especfica de governo.

    b) Por ser artificialmente fabricado, o carisma dos lderestotalitrios constituiu um instrumento pouco eficaz paraa adeso da coletividade as suas propostas.

    c) Tanto o nazismo quanto o stalinismo operaram com oimaginrio social, recorrendo ao terror imaginrio para

    conseguir a participao entusistica da populao.d) A concepo de poder do totalitarismo se apropria maisdas suas potencialidades econmicas do que da foradas suas organizaes de massa, aspecto que colocaem segundo plano a f num mundo idealizado e fictcio.

    e) O emprego do terror direcionado a segmentosespecficos da sociedade (judeus, ciganos etc.) evitouque o cotidiano da populao em geral fosseimpregnado pela insegurana e pela impotncia durantea vigncia do totalitarismo.

    33- Leia os textos a seguir.Estando com apenas quatorze anos, em Paris, onde nasci, euj tinha vis to o surgimento do telefone, do aeroplano, doautomvel, da eletricidade domstica, do fongrafo, do cinema,do rdio, dos elevadores, dos refrigeradores, do raio-x, daradioatividade e, ademais, da moderna anestesia. (RaymondLoewy apud SEVCENKO, Nicolau. Histria da vida privada noBrasil.So Paulo: Companhia das Letras, 1998. v. 3, p. 10.)[...] A economia capitalista era, e s podia ser, mundial. Estafeio global acentuou-se continuamente no decorrer do sculoXIX, medida que estendia suas operaes a partes cada vezmais remotas do planeta e transformava todas as regies cadavez mais profundamente. Ademais, essa economia noreconhecia fronteiras, pois funcionava melhor quando nadainterferia no livre movimento dos fatores de produo.(HOBSBAWM, Eric. A era dos imprios. 3 ed. Rio de Janeiro:Paz e Terra, 1988. p. 66.)

    Comparando os diferentes olhares, do narrador RaymondLoewy e do historiador Eric Hobsbawm, correto afir-mar:

    a) Na condio de testemunha das transformaestecnolgicas, o narrador acentua o seu carter inovador,

    enquanto o historiador enfatiza o carter expansionistae internacionalista do capitalismo.

    b) As citaes revelam a preocupao dos autores comos impactos malficos das indstrias qumicas, com odesenvolvimento da medicina e com o controle danatalidade e das molstias.

    c) O olhar do narrador determinado pelo distanciamentoem relao s mudanas, enquanto o historiadorpercebe as transformaes ao seu redor de formaemocional e alheia aos desdobramentos econmicos,polticos e sociais.

    d) Para ambos, o progresso decorrente dastransformaes tecnolgicas iguala as economiasmundiais e preserva o modo de vida das sociedadestradicionais.

    e) Para o historiador, as transformaes tecnolgicasrepresentam uma barreira ao fortalecimento da economiacapitalista, enquanto para o narrador, contribuem paramanter inalteradas as formas de intimidade e lazer.

    34- Durante o Estado Novo, o governo de Getlio Vargas foimarcado por frtil produo de materiais como cartilhas,cartazes, filmes e pela prtica de grandes espetculoscomemorativos. Sobre o significado da propaganda po-ltica na ditadura estadonovista, correto afirmar:

    a) Constituiu um dos pilares do Estado Novo, pois aodisseminar imagens e smbolos que valorizavam asaes do governo teve como alvo buscar o apoio

    popular e a legitimidade junto s massas, assegurandoassim o controle social.b) Expressou a preocupao de Vargas em associar o seu

    governo ao passado nacional, j que a utilizao desmbolos da Repblica Velha era recorrente e difundiaa idia de continuidade.

    c) A propaganda poltica do Estado Novo veiculoumensagens que objetivavam consolidar o ideal de umtrabalhador orientado por uma conscincia de classe ereivindicativo quanto a seus interesses.

    d) A veiculao de imagens e smbolos enaltecedores dafigura de estadista de Vargas dificultou a visualizaodessa liderana poltica como pai dos pobres.

    e) O objetivo central da propaganda poltica no Estado

    Novo era explicitar para a sociedade a existncia dastenses e conflitos, indicando ser a luta de classes ocaminho para a construo de uma sociedade coesa.

    Com base nos textos, assinale a alternativa que apre-senta a compreenso do editorial do jornal O Paize dahistoriadora Maria Odila Dias sobre o contexto doabolicionismo no Brasil.

    a) A historiadora analisa o abolicionismo restringindo-o scondies do mundo escravo e desconsiderando aimportncia do contexto urbano para a compreensodesse movimento.

    b) Tanto para o editorial quanto para a historiadora, asdiscusses em torno do abolicionismo no Brasilocorreram dentro de um contexto em que se destaca aausncia de conflitos sociais expressivos.

    c) O editorial do jornal ressalta que, no Brasil, os interessesdos setores vinculados ao estabelecimento da mo-de-obra livre estiveram ausentes da campanhaabolicionista.

    d) No texto da historiadora percebe-se a preocupao emelaborar uma memria para o abolicionismo com nfasena participao de grandes personagens reconhecidospela histria oficial.

    e) A diferena de abordagem sobre o abolicionismo,presente nos textos, revela no editorial do jornal o vis

    conciliador que contribuiu para que o pas fosse umdos ltimos a decretar o fim do trabalho escravo.

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    36- [...] O capitalismo contemporneo mundial e integradoporque potencialmente colonizou o conjunto do planeta,porque atualmente vive em simbiose com pases que histo-ricamente pareciam ter escapado dele (pases do ex-blocosovitico e China) e porque tende a fazer com que nenhumaatividade humana, nenhum setor de produo fique fora deseu controle. [...] O capitalismo mundial integrado no respeitamais os modos de vida tradicional do que os modos deorganizao social dos conjuntos nacionais que parecemestar melhor estabelecidos. [...] (GUATTARI, Felix.Revoluo molecular: pulsaes polticas do desejo. SoPaulo: Brasiliense, 1987. p. 211.)

    Com base no texto e nos conhecimentos sobre aglobalizao e seus efeitos, correto afirmar:

    a) A economia do mundo globalizado privilegia relaesde mercado vinculadas dinmica da acumulaoflexvel do capital.

    b) O conhecimento cientfico reafirma cotidianamente asua autonomia e independncia em relao aos efeitosda globalizao.

    c) A globalizao manteve a tradicional diviso social do

    trabalho capitalista fundada poca da revoluoindustrial na Inglaterra.

    d) A lgica do mercado global izado for talece asorganizaes representativas dos trabalhadores, queresistem com sucesso desestruturao do mundo dotrabalho.

    e) Os sistemas produtivos dos pases emergentesprotegem-se dos dissabores do mercado,estabelecendo cotas para os seus produtos exportveis.

    39- [...] a tcnica udio-animatrnica constitua um dos maio-res motivos de orgulho de Walt Disney, que finalmente con-seguira realizar o prprio sonho, reconstruir um mundo defantasia mais verdadeiro que o real, destruir a parede dasegunda dimenso, realizar no o filme, que iluso, mas oteatro total, e no com animais antropomorfizados, mas comseres humanos. [...] De fato os autmatos da Disney soobras-primas de eletrnica [...], verdadeiros e autnticos com-putadores em forma humana, revestidos no fim de carne epele realizadas por uma equipe de artesos de incrvelpercia realstica. (ECO, Umberto. Viagem na irrealidadecotidiana. 9.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, s. d. p. 57.)

    Sobre a insero social do mundo de fantasia de WaltDisney, correto afirmar:

    a) Nos parques da Disneylndia, o aparato utilizado paraa montagem e integrao de seus visitantes aoscenrios temticos impe obstculos reproduo dasociedade de consumo.

    b) O uso de autmatos humanos demonstra muito mais apreocupao dos parques com a reproduo da fantasiaque da realidade, caracterstica que leva o visitante aaderir cena teatral de forma irrefletida.

    c) A incorporao s paisagens fictcias possibilita aovisitante, na condio de espectador, manter umdistanciamento dos cenrios.

    d) Na Disneylndia o recurso tcnica ocupa um lugarsecundrio, pelo fato de as paisagens reais aguarema imaginao mais que as paisagens fictcias.

    e) A natureza fictcia da Disneylndia faz dela um mundoalheio realidade norte-americana, o que impossibilitaqualquer vnculo entre a reproduo da fantasia e omundo real.

    37- Quem no se comunica se trumbica! Esse era o bor-do utilizado por um apresentador de programa de au-ditrio muito popular da televiso brasileira. A forma de

    comunicao projetada pela TV exerce um importantepapel no cenrio nacional, via de regra reafirmando di-ferenas regionais, sociais e culturais. Sobre a presen-a da televiso no Brasil, considere as afirmativas a se-guir.I. A base dos programas de televiso, bem como a

    experincia de seus primeiros artistas, sofreu a in-fluncia precursora do rdio, que tinha uma signifi-cativa penetrao popular.

    II. Pela sua estreita vinculao com o regime instaura-do no golpe militar de 1964, as emissoras de TV fo-ram poupadas da censura poltica em suas progra-maes.

    III. Desde os primeiros programas televisivos da dca-da de cinqenta a presena do negro mereceu des-taque na programao, tendo como objetivo questi-onar o preconceito racial.

    IV. O fato de a televiso ser o principal canal de entrete-nimento para a maioria da populao brasileira noassegura o compromisso das emissoras com a qua-lidade da programao.

    Esto corretas apenas as afirmativas:

    a) I, II e III.b) II, III e IV.c) I e III.d) I e IV.

    e) II e IV.

    38- Caminhando contra o vento / Sem leno sem documento /No sol de quase dezembro / Eu vou / [...] Por entre fotos enomes / Sem livro e sem fuzil / Sem fome sem telefone / Nocorao do Brasil / Ela nem sabe at pensei / Em cantar nateleviso / O sol to bonito / Eu vou / Sem leno semdocumento / Nada no bolso ou nas mos / Eu quero seguirvivendo amor. (Caetano Veloso, Msica Alegria Alegria.)Com base na letra da cano e nos conhecimentos so-bre o tropicalismo, correto afirmar:

    a) Ao criticar a sociedade por meio da construo potica,a cano questiona determinada concepo deesquerda dos anos 1960.

    b) A letra da cano mostra que os tropicalistas usavam aarte como instrumento para a tomada do poder.

    c) Ao valorizar a aproximao com a mdia os tropicalistascolocaram num plano secundrio a qualidade estticade suas canes.

    d) Para o tropicalismo as transformaes sociais precedemas mudanas ocorridas no plano subjetivo.

    e) A letra da cano enfatiza temas sociais e revela oengajamento do autor na resistncia poltica armada.

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    40- Observe as imagens a seguir.

    Disponvel em: . Acesso em: 07 dez. 2003.

    A imagem 1 refere-se derrubada de uma esttua doditador iraquiano Saddam Hussein, ocorrida no centrode Bagd, em 9 de abril de 2003. A imagem 2 mostra aderrubada de uma esttua improvisada do presidentenorte-americano, George W. Bush, em uma praa no cen-tro de Londres, durante um protesto de mais de 100.000pessoas, organizado pela coalizo Stop the War (Parea Guerra), em 20 de novembro de 2003.Com base nas imagens, considere as afirmativas a se-guir.I. O protesto contra George W. Bush constri uma pa-

    rdia da derrubada da esttua de Saddam Hussein,objetivando caracterizar satiricamente os dois per-

    sonagens como politicamente semelhantes.II. Os dois eventos demonstram como a recorrncia dasimbologia atribuda aos monumentos constitui umelemento importante do discurso poltico contem-porneo.

    III. O fato de a esttua de Saddam Hussein ser um ver-dadeiro monumento e a de George W. Bush ser ale-grica torna impossvel estabelecer analogias entreos dois episdios.

    IV. As duas imagens revelam atitudes de vandalismo nosprotestos contra Saddam Hussein e George W. Bush,o que retira a legitimidade dessas aes comomobilizaes polticas autnticas.

    Esto corretas apenas as afirmativas:

    a) I, II e III.b) II, III e IV.c) I e II.d) I e IV.e) III e IV.

    Imagem 1

    Imagem 2

    Disponvel em: . Acessoem: 07 dez. 2003.