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Câmeras IP II: Estudo Viabilidade de Transmissão Com e Sem Fio A iminente explosão da tecnologia entrega cada vez mais soluções aos problemas do mercado. Assim tem sido também com a segurança. As câmeras de vigilância que antes necessitavam de altíssimos investimentos podem hoje ser compradas em lojas de varejo e por preços acessíveis. Com o avanço das redes e a implantação do TCP/IP, vigiar tornou-se mais fácil e a mobilidade entrou como enorme vantagem. Além disso, a convergência IP padronizou as redes ethernet em geral, tornando totalmente possível a conversação e a compatibilização entre diferentes sistemas, interconectando redes de computadores, de vídeo-vigilância, de automação, de combate a incêndio, e outros. Atualmente câmeras IP podem ser conectadas com ou sem cabos, utilizando cabos par-trançado ou tecnologia wireless, facilitando ainda mais seu limite de instalação. Contudo, redes de comunicação precisam ser bem projetadas para que tenham um desempenho satisfatório. Há uma limitação de velocidade, distância, nível de sinal e largura de banda para cada meio de transmissão escolhido para transportar a informação. Esta série de tutoriais apresenta um estudo comparativo das tecnologias de cabeamento par-trançado e wireless, de forma a dar rumo para cada uma das soluções de transmissão e firmar cada uma delas em sua melhor utilização para a implantação de Câmeras IP. Os tutoriais foram preparados a partir do trabalho de conclusão de curso “Modelos de Competição no Setor de Telecomunicações para Serviços de Banda Larga”, elaborado pelo autor, apresentado como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Engenharia de Telecomunicações na Faculdade Assis Gurgacz – FAG. Foi orientador do trabalho o Prof. Ewerson Luiz Poisk. Este tutorial parte II apresenta os materiais e métodos utilizados no teste, os resultados dos testes realizados, a avaliação comparativa dos resultados obtidos e as conclusões finais. Tiago Waldow Engenheiro de Telecomunicações pela Faculdade Assis Gurgacz (Cascavel, PR). Atuou como Profissional de Auto Atendimento na Trevisan Locação de Mão de Obra, executando atividades de atendimento geral a Clientes no Banco do Brasil, e como Executivo de AR no Grupo TOTVS-Microsiga, executando atividades de prospecção de Clientes, negociação e fechamento de contas, venda de sistemas ERP e de tecnologia da informação. 1

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Câmeras IP II: Estudo Viabilidade de Transmissão Com e Sem Fio A iminente explosão da tecnologia entrega cada vez mais soluções aos problemas do mercado. Assim temsido também com a segurança. As câmeras de vigilância que antes necessitavam de altíssimosinvestimentos podem hoje ser compradas em lojas de varejo e por preços acessíveis. Com o avanço dasredes e a implantação do TCP/IP, vigiar tornou-se mais fácil e a mobilidade entrou como enormevantagem. Além disso, a convergência IP padronizou as redes ethernet em geral, tornando totalmentepossível a conversação e a compatibilização entre diferentes sistemas, interconectando redes decomputadores, de vídeo-vigilância, de automação, de combate a incêndio, e outros. Atualmente câmeras IP podem ser conectadas com ou sem cabos, utilizando cabos par-trançado outecnologia wireless, facilitando ainda mais seu limite de instalação. Contudo, redes de comunicaçãoprecisam ser bem projetadas para que tenham um desempenho satisfatório. Há uma limitação develocidade, distância, nível de sinal e largura de banda para cada meio de transmissão escolhido paratransportar a informação. Esta série de tutoriais apresenta um estudo comparativo das tecnologias de cabeamento par-trançado ewireless, de forma a dar rumo para cada uma das soluções de transmissão e firmar cada uma delas em suamelhor utilização para a implantação de Câmeras IP. Os tutoriais foram preparados a partir do trabalho de conclusão de curso “Modelos de Competição noSetor de Telecomunicações para Serviços de Banda Larga”, elaborado pelo autor, apresentado comorequisito parcial para obtenção do título de bacharel em Engenharia de Telecomunicações na FaculdadeAssis Gurgacz – FAG. Foi orientador do trabalho o Prof. Ewerson Luiz Poisk. Este tutorial parte II apresenta os materiais e métodos utilizados no teste, os resultados dos testesrealizados, a avaliação comparativa dos resultados obtidos e as conclusões finais.

Tiago Waldow Engenheiro de Telecomunicações pela Faculdade Assis Gurgacz (Cascavel, PR). Atuou como Profissional de Auto Atendimento na Trevisan Locação de Mão de Obra, executandoatividades de atendimento geral a Clientes no Banco do Brasil, e como Executivo de AR no GrupoTOTVS-Microsiga, executando atividades de prospecção de Clientes, negociação e fechamento de contas,venda de sistemas ERP e de tecnologia da informação.

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Atualmente trabalha como Engenheiro de Telecomunicações na Proenerg Engenharia, realizandoatividades de orçamento de engenharia, participação de licitações públicas, estudo de projetos,coordenação de equipe de trabalho, gerência de obras de engenharia elétrica e de telecomunicações. Email: [email protected]

Categorias: Banda Larga, Redes de Dados Wireless

Nível: Introdutório Enfoque: Técnico

Duração: 15 minutos Publicado em: 11/04/2011

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Câmeras IP II: Introdução Em 1844, Samuel Morse apresentou ao mundo o nascimento do telégrafo, e logo em seguida (1876) oescocês Alexander Graham Bell provou ao público e ao monarca imperador Dom Pedro II que seuinvento magnífico funcionava: o telefone. Ainda naquele mesmo século, no ano de 1895, GuilhermeMarconi pôs a funcionar na Europa a primeira transmissão oficial de telefonia sem fio, fato apresentadoum ano antes no Brasil pelo padre gaúcho Roberto Landell de Moura, 1894. As telecomunicações, quetêm hoje não mais do que 150 anos, cresceram estrondosamente em pouco tempo, e as projeções paraseus próximos anos são igualmente ambiciosas. (SIQUEIRA, 1999/2001). Já no século XX, nos anos 50, surgiram os primeiros computadores. Desde então, diminuição de tamanho,aumento da capacidade de processamento e diminuição de custo foram as tendências que levaram àdifusão dos microcomputadores que hoje alcançam a categoria de ultra portáteis. (GADELHA, 2001) Quando eram mencionadas as redes de comunicação anos atrás, pensava-se diretamente numa redetelefônica, já que naquela época as redes eram projetadas para atender exclusivamente o tráfego de vozque demanda pouca banda passante. No entanto, o crescimento levou à distribuição dos dados, ondeentão se tornou necessária a comunicação entre os extremos para que seja possível a troca deinformações. (SOARES, 1995) Hoje as redes de comunicação são projetadas para serem “future proof”, ou seja, do inglês, à prova defuturo, que são redes capazes de atender às demandas de hoje, do amanhã e de um futuro próximo sem anecessidade de grandes reformas em sua infra-estrutura principal. As redes de comunicação de hojetornaram-se simplesmente a resposta para a troca de qualquer tipo de informação, e sem elas, o mundoainda estaria praticamente mudo e estancado. (SOUSA, 2004) Impulsionados por todo este avanço das telecomunicações e da alta disseminação da tecnologia em geralna atualidade, os sistemas de Circuito Fechado de Televisão (CFTV) têm ganhado cada vez mais espaçonos negócios do último século. Não apenas para segurança de “espionagem” e pequenas instalações comoera visto, mas hoje com projetos mais ousados, amplos e aliados a outras tecnologias, visando entregar nasmãos do usuário mais informação e mais controle usando cada vez menos infra-estrutura. A cada ano novos equipamentos desembarcam no nosso mercado e novas exigências surgem por parte dosconsumidores. São desafios que impulsionam a busca por mais qualidade tanto nos equipamentos como namão de obra que projeta seus sistemas. Por este motivo, há uma grande carência no mercado porinformação e qualificação neste setor, assim como há em qualquer outra área em pleno desenvolvimento. Cada vez mais os benefícios do CFTV Digital substituem a tecnologia anteriormente dominante(analógica) por todas as suas vantagens, mas principalmente pela possibilidade de conexão em rede,permitindo o acesso local ou remoto, redução de infra-estrutura de instalação, melhores recursos deinformática, acesso a qualquer momento, gerenciamento de permissões de acessos, de histórico, deeventos, entre outras. No decorrer da era digital as câmeras IP conseguiram alavancar o crescimento dos sistemas de segurança,colocando-se à frente e não contendo o avanço da tecnologia. Estas câmeras combinam câmerasconvencionais com toda uma inteligência de processamento, ou seja, não é mais somente uma câmeraanalógica, mas uma câmera com características de um web server, incluindo a digitalização ecompactação de vídeo, retirando o processamento da imagem do computador e conseqüentemente

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reduzindo a quantidade de informação transmitida. O resultado do vídeo processado é transportadoatravés de uma rede, seja ela cabeada ou wireless, no protocolo TCP/IP, e armazenado em umcomputador com o Software de Gerenciamento e Controle de Vídeo (NVR). Este sistema de vídeo em rede utiliza o processamento nas câmeras como forma de reduzir a utilização dabanda, permitir a utilização da infra-estrutura de rede existente e ampliar as capacidades e conectividadesdo sistema de CFTV. Assim é possível proporcionar uma resolução ainda superior, qualidade de imagemconsistente, possibilidade de POE (Power Over Ethernet - Alimentação de Energia utilizando o mesmocabo par trançado que trafega a informação), utilização de dispositivos de rede Wireless (Wi-Fi),possibilidade de integrar PTZ (Pan/Tilt-Zoom - movimentação da câmera nos eixos horizontal, vertical eem zoom, respectivamente), inclusão de áudio, várias entradas e saídas digitais, acionamento dedispositivos extras para integração do sistema geral de segurança, e uma infinidade de provas daflexibilidade. Não menos importante do que toda esta infra-estrutura de equipamentos que mantém o avanço do CFTVé a transmissão dos dados das câmeras para o software. Fibras Ópticas, Wi-Fi e cabeamento metálicopar-trançado UTP e STP são algumas das opções mais usadas em projetos bem elaborados. Tãoimportante quanto a própria informação, é também a forma como ela é tratada e a qualidade com a qualela é apresentada. (SOUSA, 2004) A solução Wi-Fi permite que câmeras estejam espalhadas numa nuvem de alcance do sinal e consigamtransmitir dados por sinais de rádio freqüência de baixa potência. As câmeras operam com placas de rede(ou associadas aos roteadores que possuam estas placas) e possuem antenas pelas quais recebem e enviamos dados. O sinal irradiado nos casos mais comuns segue o padrão IEEE 802.11: opera na faixa de 2.4GHz ou 5.2 GHz, área de cobertura restrita, podendo variar de acordo com o alcance do sinal(aproximadamente num raio de até 500m), usualmente com velocidades de 54 a 300 Mbit/s embora orange mais utilizado esteja mesmo entre 54 e 108 Mbit/s. Esta tecnologia é geralmente mais cara do que oscabeamentos de rede par-metálicos comuns devido ao valor dos equipamentos ativos, mas podem seequivaler para uma quantidade grande de pontos de acesso onde a metragem de cabos aumentariaconsideravelmente ou onde há urgência no atendimento a determinados pontos e não há tempo para ainstalação de uma infra-estrutura física de cabos. O cabeamento par trançado é hoje a forma mais utilizada para transmissão de dados em redes decomputadores. Com a flexibilidade de instalação, tem conquistado cada vez mais espaço e não temdeixado de evoluir. Os primeiros cabos, os 10BaseT, alcançam o máximo de taxa de transferência de 10Mbit/s. Hoje já existem cabos de par trançado operando em 100 Mbit/s (100BaseT) e 1000 Mbit/s(1000BaseT), atendendo às normas em vigor nas categorias 5, 5E, 6 e 6A. Seu gargalo de instalação estáno limite de comprimento do cabo regulamentado pelas normas da EIA/TIA (90 metros por trecho).(DANTAS, 2002) Com as varias possibilidades de projeto, não há parâmetros comparativos que possam nortear uma decisãoacertada e tecnicamente baseada para a viabilidade de utilizar-se uma câmera cabeada, o que demandamais custos de mão-de-obra, infra-estrutura de tubulação e cabeamento, ou utilizar-se uma soluçãowireless que elimina a necessidade de um meio de conexão físico entre o software e o dispositivo decaptura de imagens, mas inclui o custo dos equipamentos ativos. A falta de uma base sólida na tomada dedecisão resulta em perda de tempo, de recursos financeiros e de qualidade em sistemas modernos quedeixam a desejar em seu funcionamento devido a falhas de projeto na escolha da melhor tecnologia detransmissão.

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A inexistência no mercado, e inclusive no próprio fabricante das câmeras, de uma orientação comparativaentre as soluções de transmissão, embora o produto suporte ambas as tecnologias, impede umembasamento sólido aos projetistas e instaladores no momento de optar por um dos dois meios detransmissão disponíveis. Por conservadorismo o meio físico é mais comumente utilizado, mas é precisoentender que “novas” tecnologias, como wireless, podem reduzir custos em certos casos e em longoprazo, além de oferecer multiplicidade de acessos e a tão desejada mobilidade. O foco deste trabalho é comparar as tecnologias de cabeamento par-trançado e wireless, de forma a darrumo para cada uma das soluções de transmissão e firmar cada uma delas em sua melhor utilização.

Tutoriais O tutorial pare I apresentou os fundamentos teóricos necessários para que os testes comparativos de usodas soluções de transmissão de sinais das câmeras IP se tornassem possíveis e corretos. Inicialmenteforam apresentadas noções de comunicação, com ênfase nos sinais transmitidos, e a seguir foramapresentadas noções sobre os meios de transmissão, com ou sem fios. Este tutorial parte II apresenta os materiais e métodos utilizados no teste, os resultados dos testesrealizados, a avaliação comparativa dos resultados obtidos e as conclusões finais.

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Câmeras IP II: Materiais e Métodos Para que o real desempenho das tecnologias de transmissão pudesse ser comparado, tornou-se necessárioir a campo e executar testes com ambas as soluções propostas neste trabalho para a transmissão de dadosem sistemas de vigilância com câmeras IP. Sendo assim, vários materiais e equipamentos foram utilizadosdurante os testes, e os mesmos foram executados com ordem, visando equiparar ao máximo as condiçõesem cada teste, evitando a discrepância de resultados. Em busca da equiparação dos testes, como fora previamente proposto, optou-se por utilizar tecnologias detransmissão, tanto a cabo metálico par-trançado como wireless, que apresentassem velocidades detransmissão similares. Para a concretização deste trabalho, a fábrica de câmeras IP, SONY DO BRASIL, ofertou para utilizaçãonos testes, 2 câmeras IP de sua linha IPELA do modelo CS50N, que possuem interface de conexãoethernet 10Base-T/100Base-TX, ou seja, com velocidade de transmissão de até 100 Mbit/s.

Figura 1: Câmera IP Sony Ipela SNC-CS50NFonte: Catálogo de Produtos Sony.

Devido a esta característica das câmeras houve a escolha pelo cabo metálico de par-trançado (UTP) deCategoria 5E, que oferece uma banda passante de 100MHz e uma velocidade de transmissão Ethernet de100 Mbit/s. Estes cabos, como já mencionado anteriormente, seguem o padrão das normas ISO/IEC eEIA/TIA para cabeamento estruturado onde, portanto, por limitação da própria norma, o comprimentomáximo dos cabos foi estipulado em 90 metros de link permanente. Neste caso os patch cords utilizadosnão são levados em consideração, contudo, todos os cabos foram certificados para garantir sua qualidade.Além disso, os cabos utilizados foram conectorizados em patch panel e conector fêmea RJ-45 também deCategoria 5E, formando um link permanente que foi igualmente certificado antes da execução de cadateste.

Figura 2: Representação de um Link PermanenteFonte: o autor

Na tecnologia wireless, optou-se pela utilização da normativa dada pelo grupo IEEE 802.11g, que operana faixa de 2,4GHz e, por padrão, atinge velocidades de 54 Mbit/s. Como foi necessário que a velocidadede transmissão de ambas as tecnologias fosse a mesma, adotou-se então a linha de equipamentos 802.11gque atinge velocidades de 108 Mbit/s, pois, ainda que não normatizados nestas velocidades pelo IEEE,

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são comuns no mercado, apresentam boa estabilidade e atingem às velocidades prometidas. Os testes propriamente ditos foram executados nas dependências desta faculdade e foram conduzidos emdiferentes ambientes, simulando as situações de espaço fechado (com obstáculos) e espaço aberto (semobstáculos).

Figura 3: Representação de Espaço Aberto e Espaço FechadoFonte: o autor

Para as medições de espaço fechado, tanto para cabeamento metálico quanto para wireless, osequipamentos foram instalados nas salas de aula nos corredores da faculdade onde há obstáculos(paredes) que separam o emissor do receptor no canal de comunicação. Os testes foram conduzidos para atecnologia de cabo UTP até a distância limite de link permanente: 90 metros. Para a tecnologia wireless,os testes foram executados até a distância máxima em que não houvesse mais potência suficiente narecepção do sinal para o streaming de vídeo. Igualmente, para os testes em espaço aberto, o cabeamento metálico UTP foi limitado à 90 metros de linkpermanente e o teste com wireless seguiu até a distância onde houve suficiente recepção de sinal. Nestecaso, os equipamentos foram instalados numa área totalmente livre de obstáculos, sem paredes, coberturaou muros, de forma que não houvesse obstrução do sinal de maneira alguma. O colhimento dos dados nostestes foi feito de duas maneiras, novamente visando fugir de tendências ou erros que prejudiquem algumadas tecnologias. O software de gerenciamento e controle de vídeo, fornecido pelo próprio fabricante dascâmeras (software RealShot Manager, da SONY), fornece parte das informações necessárias para acomparação dos dados, principalmente a taxa de transmissão de bits instantânea (bitstream atingido) e aquantidade de quadros por segundo (FPS) da imagem que está sendo enviada da câmera através do canalde comunicação. Para comparação, utilizou-se um software da Lucent Technologies, o MyVitalAgent, quecalcula, também instantaneamente, a velocidade de transmissão dos dados na rede, entre outrasinformações.

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Figura 4: SreenShot do Software RealShot ManagerFonte: o autor

Figura 5: ScreenShot do Software MyVitalAgentFonte: o autor

Os testes foram feitos ao conectar a câmera IP ligada à rede através de cabo ou wireless ao computadorcom o software de gerenciamento de vídeo, que capta as imagens e apresenta as informações necessárias,conforme esboço de projeto, apresentado no anexo I.

Materiais Utilizados Nos testes foram utilizados vários materiais e equipamentos, todos cedidos de alguma forma por empresasrepresentantes ou fabricantes dos produtos para a realização dos testes. Testes com Cabo

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Para os testes com cabo metálico de par-trançado, foram utilizados os seguintes materiais, ferramentas esoftwares, com suas especificações de acordo com os manuais dos respectivos fabricantes:

855 metros de Cabo Eletrônico MultiLan U/UTP 24AWGx4P Categoria 5E CM RoHS Furukawa1 Patch Panel MultiLan Categoria 5E 24P T568A/B RoHS Furukawa18 Conectores Fêmea RJ-45 MutiLan Categoria 5E T568A/B RoHS Furukawa3 Patch Cords Metálicos U/UTP MultiLan Categoria 5E c/ 2,5m RoHS Furukawa1 Switch 8 Portas Gigabit Ethernet 10/100/1000 Mbit/s GSD-803 - Planet Networking18 Tomadas Aparentes p/ 1 Porta RoHS Furukawa1 Chave de Inserção Puch Down c/ Impacto1 Decapador de Cabos1 Computador HP DV2610 – Processador AMD Turion 64 X2 1.9GHz, c/ 2GB de Memória RAM,interface de rede 100Base-TX e Wireless 802.11b/g 54 Mbit/s, c/ Sistema Operacional Windows 7Professional1 Câmera IP SNC-CS50N - Sony IpelaSoftware RealShot Manager Advanced, versão 1.1.0Software MyVitalAgent, versão 8.0.1

Testes com Wireless Os testes com a tecnologia Wireless 802.11g 108 Mbit/s foram executados com a utilização dos seguintesmateriais, ferramentas e softwares:

1 Wireless Router Super G & eXtended Range 108M DN-WR642G – D-net1 Wireless USB2.0 Adapter EZConnect 802.11g 108 Mbit/s SMC Networks1 Patch Cord Metálico U/UTP MultiLan Categoria 5E c/ 1,0m RoHS Furukawa1 Computador HP DV2610 – Processador AMD Turion 64 X2 1.9GHz, c/ 2GB de Memória RAM,interface de rede 100Base-TX e Wireless 802.11b/g 54 Mbit/s, c/ Sistema Operacional Windows 7Professional1 Câmera IP SNC-CS50N - Sony IpelaSoftware RealShot Manager Advanced, versão 1.1.0Software MyVitalAgent, versão 8.0.1

Métodos Utilizados Testes com Cabo Para o colhimento de dados utilizando-se cabos de par-trançado, testes com diferentes distâncias foramfeitos nas dependências desta faculdade, no Bloco de Engenharias (salas de aula) utilizando a extensãototal dos corredores, no caso dos testes para ambiente fechado. Para os testes em ambiente aberto, ocampo de futebol da faculdade foi usado, devido à sua extensão e à inexistência de obstáculos queinterfiram na transmissão de dados. Como houve a necessidade de testar uma grande quantidade de links de distâncias variadas, foramutilizados vários trechos de cabo UTP com 5 metros de diferença entre cada até o limite máximo de 90metros, ou seja, links com 5, 10, 15, 20, 25 metros, e assim sucessivamente. Os cabos UTP, medidos e

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cortados nas distâncias necessárias, foram conectorizados na traseira do patch panel em uma de suasextremidades (utilizando-se o Decapador de Cabos UTP e a Chave de Inserção Puch Down c/ Impacto),conforme as normas da ISO/IEC e EIA/TIA recomendam. A outra extremidade livre dos lances de cabo foi conectorizada em um conector fêmea RJ-45, eacomodada numa tomada aparente para 1 porta (ou ponto), formando assim um link permanente,conforme ilustrado na figura 2.

Figura 6: Conectorização em Patch PanelFonte: o autor

Figura 7: Conectorização em Conector Fêmea RJ-45Fonte: o autor

Figura 8: Acomodação do Conector Fêmea RJ-45 em Tomada 1PFonte: o autor

Para uma melhor organização dos cabos, todos foram identificados em sua distância total e receberam nopatch panel e na tabela de resultados o nome com o prefixo “Link”, seguido de sua distância total, em

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metros. Por exemplo: Link05 para o link de 5 metros, Link35 para o link de 35 metros, Link90 para o linkde 90 metros, e assim sucessivamente. A câmera Sony SNC-CS50N foi conectada à sua fonte de energia 12 Volts em sua parte traseira, ondetambém se encontra a porta para interface Ethernet do equipamento.

Figura 9: Painel de Conexões (Cabo) da Câmera SNC-CS50NFonte: o autor

Utilizando-se um dos patch cords de categoria 5E com 2,5 metros de comprimento, a interface ethernetda câmera SNC-CS50N foi conectada ao ponto da tomada com o conector RJ-45 Fêmea, tambémCategoria 5E.

Figura 10: Conexão da Câmera à Tomada RJ-45Fonte: o autor

Na outra extremidade deste link, o cabo do link permanente está conectorizado numa das portas do patchpanel. Para a conexão do computador com esta porta do patch panel, colocou-se um equipamento ativono caminho: um switch 8 portas Gigabit Ethernet. No equipamento switch escolhido todas as 8 portas doequipamento trabalham com a velocidade de conexão de 10/100/1000 Mbit/s, fato proposital para quenão seja o equipamento o limite de velocidade de transmissão do link.

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Figura 11: Switch 8 Portas 10/100/1000 PlanetFonte: o autor

O switch de 8 portas foi conectado à energia e duas de suas portas foram usadas para conectar, por meiode dois patch cords Categoria 5E de 2,5 m cada, a porta ethernet do notebook com a porta RJ-45 dopatch panel correspondente ao link à ser testado naquele momento. Desta forma, conectorizando todos oscabos e ligando todos os equipamentos, a parte frontal do switch, que possui leds que indicam avelocidade de transmissão em cada porta (10, 100 ou 1000 Mbit/s), mostra que ambas as portasconectadas estão utilizando a velocidade de 100 Mbit/s, conforme já era previsto teoricamente.

Figura 12: Parte Frontal do Patch PanelFonte: o autor

Figura 13: Conectorização no Switch 8 PortasFonte: o autor

Figura 14: Conectorização do Patch Cord ao NotebookFonte: o autor

Desta forma, estando todas as conexões finalizadas, há um link que interliga, através do switch, a portaethernet do notebook à interface ethernet da câmera IP. Antes de cada teste, todo o link foi certificadopara garantir seu completo atendimento às normas de cabeamento estruturado. Os patch cords receberama nomenclatura Patch Cord 01, 02 e 03, sucessivamente, e estão certificados conforme segue nos anexosII e III. Os cabos de link permanente foram igualmente certificados, com seus relatórios apresentados

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também nos anexos II e III. O esquema de ligação obedece ao proposto no anexo I. Após o link ter sido estabelecido com sucesso, o software RealShot Manager Advanced identifica eadiciona automaticamente a câmera aos dispositivos disponíveis na rede. Neste momento algumasconfigurações foram setadas na câmera através o painel de configurações de dispositivos do software,para usufruir do máximo de qualidade que o equipamento possa oferecer, visando padronizar os testes. Os itens configurados na câmera foram os seguintes:Device Configuration:

General: Camera Name: Camera001Codec: MPEG4Resolution: 704x480BitRate: 2048 kbit/sFrameRate: 30 fps

Layout Property:

Camera NameTimeFPSBandwidth

A partir destas configurações, os testes foram iniciados da seguinte forma: a câmera foi fixada num localde forma que fosse possível registrar para todos os testes a mesma imagem, com a mesma quantidade demovimento. Isto porque as câmeras com compactação de imagem e CODEC MPEG4 eliminam as partesrepetidas da cena à cada frame por segundo, ou seja, caso numa imagem nada de novidade seja captadopela câmera em relação ao frame anterior, “nada é transmitido”. Portando foi imprescindível mantê-lacaptando uma imagem sempre em movimento para todos os testes. A imagem captada pela câmera e apresentada pelo software foi analisada de duas maneiras diferentes: asinformações do próprio software RealShot Manager, e as informações do software MyVitalAgent. Osoftware apresenta na tela, conforme o layout foi configurado previamente, o nome da câmera, a horaexata da captação daquela imagem, a quantidade de frames por segundo (FPS) e a banda que está sendoutilizada para a transferência deste vídeo. Estes valores foram anotados numa planilha para cada link deteste. Igualmente, o software MyVitalAgent, fornece a informação da quantidade de bits que estátrafegando na rede naquele instante, além de informações como a quantidade total de bits enviados e bitsrecebidos, o tempo de conexão e o valor máximo de velocidade alcançado. A velocidade instantâneafornecida por este último software também foi anotada em planilha. Vale observar que o software MyVitalAgent apresenta a velocidade total de toda a rede naquele instante.Já o software RealShot Manager mostra o bitstream utilizado apenas para a transmissão da imagem. Poreste motivo, o computador que foi utilizado durante os testes se manteve conectado apenas à câmera queestava sendo testada no momento das medições. Não houve utilização paralela de outros programas ou detroca de informações com outras redes, sejam elas internet ou redes locais, garantindo assim a veracidadedos resultados apresentados.

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Este processo repetiu-se para todos os links, desde o Link05 até o Link90, e em ambas as situações:espaço aberto e espaço fechado. Testes com Wireless Da mesma forma que os testes com cabo, o campus desta faculdade foi utilizado para os experimentoscom colhimento de dados utilizando-se a tecnologia wireless. O Bloco de Engenharias, nas salas de aula eextensão total dos corredores foi utilizado para os testes de ambiente fechado, devido à presença deparedes e obstáculos, e o campo de futebol foi escolhido para as experiências de ambiente aberto emtodas as suas distâncias. Assim como nos testes com cabo, foram utilizadas várias distâncias para separar o emissor do receptorwireless 802.11g, iniciando em 5 metros e progredindo, com acréscimo de 5 metros a cada trecho, até adistância máxima onde o software RealShot Manager conseguiu conectar-se à câmera. Os links foram nomeados de acordo com a padronização adotada também para os cabos, sendo que osresultados de cada teste foram referenciados com o prefixo “Link”, seguido de sua distância total, emmetros. Por exemplo: Link05 para o link de 5 metros, Link50 para o link de 50 metros, Link115 para olink de 115 metros, e assim sucessivamente. A câmera Sony SNC-CS50N foi conectada à sua fonte de energia 12 Volts através de seu painel traseiro,onde também se encontra a porta para interface ethernet do equipamento. Embora o equipamento ofereçasuporte para placas proprietárias com acesso à rede ethernet 802.11g, estas são disponibilizadas pelofabricante apenas na velocidade de 54 Mbit/s, o que não utiliza o total oferecido pela interface ethernetRJ-45 (100Base-TX). Por esta razão o equipamento foi conectado à um roteador wireless 802.11g de 108 Mbit/s através de umpequeno trecho de cabo UTP também de Categoria 5E, identificado como PatchCord04 e de cor verde,para facilitar sua diferenciação dos demais, que foi igualmente certificado de acordo com as normasISO/IEC e EIA/TIA, com relatório anexo juntamente às outras certificações (anexos II e III).

Figura 15: Painel de Conexões (Wireless) da Câmera SNC-CS50NFonte: o autor

Neste caso, o PatchCord04, com apenas 1 metro de comprimento, conectou a Câmera SNC-CS50N aoroteador wireless D-Net 802.11g 108 Mbit/s, conforme ilustrado nas imagens 30 e 31, abaixo:

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Figura 16: Câmera SNC-CS50N e Wireless Router DN-WR642GFonte: o autor

Figura 17: Conexão entre Câmera e Wireless RouterFonte: o autor

Feitas estas ligações, o link da câmera ao roteador wireless torna-se ativo, e o sinal wireless estádisponível para a conexão dos hosts. Para que o notebook seja capaz de conectar-se à rede wireless utilizando a tecnologia 802.11g e avelocidade de 108 Mbit/s, tornou-se necessária a utilização de um Adaptador Wireless USB2.0 802.11g108 Mbit/s, já que a placa wireless do próprio notebook é também 802.11g porém de apenas 54 Mbit/s.Desta forma, o adaptador USB foi conectado ao notebook (visto também na figura 14) e instaladoconforme orientações do fabricante. A partir deste instante, o sistema operacional Windows Seven Professional identifica as redes wirelessdisponíveis, onde é possível identificar a rede na qual a câmera está conectada. Ao conectar-se à rede o software RealShot Manager Advanced identifica os dispositivos disponíveis nanova rede e os adiciona automaticamente. As mesmas configurações utilizadas para os testes com caboforam setadas para os testes com wireless, e os mesmos softwares em suas mesmas configurações foramutilizados para identificar os dados necessários sobre a transmissão do sinal na tecnologia wireless. Assim como nos testes com cabo, a câmera foi fixada de forma a captar sempre a mesma imagem emconstante movimento, visando utilizar sua máxima capacidade. Este processo repetiu-se para todos os links, desde o Link05 até a máxima distância onde foi possívelidentificar sinal, e em ambas as situações: espaço aberto e espaço fechado.

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Câmeras IP II: Resultados Os valores encontrados durantes os testes, medidos em frames no caso de FPS, e em Mbit/s no caso daVelocidade de Transmissão, foram registrados para cada link em cada uma das situações (espaço aberto eespaço fechado). Os resultados finais obtidos são apresentados a seguir. Os resultados são apresentados em forma de planilha e gráfico. O link recebe o nome formado peloprefixo LINK seguido pela distância, em metros, do canal de comunicação. Vale lembrar que o bitstreammáximo foi configurado no software em 2048 Mbit/s, e a quantidade de frames por segundo (FPS) foiconfigurada em 30, também o máximo oferecido pelo sistema, bem como a resolução: 704x480 pixels. Para efeito de apresentação em planilha e gráfico, o bitstream medido pelo software RealShot ManagerAdvanced foi chamado de “BitStream 1”, e o bitstream medido pelo software MyVitalAgent foi nomeado“BitStream 2”.

Testes com Cabo Apresentam-se a seguir os testes realizados em espaços abertos e fechados. Teste em Espaço Aberto Os resultados dos testes em espaço aberto são apresentados a seguir.

Tabela 1: Resultados dos Testes com Cabo em Espaço Aberto

LINKBITSTREAM 1

(EM Mbit/s)BITSTREAM2

(EM Mbit/s)

BITSTREAMMÉDIO

(EM Mbit/s)

FPS(EM FPS)

Link05 1,67 1,88 1,78 29

Link10 1,66 1,85 1,76 27

Link15 1,67 1,85 1,76 27

Link20 1,62 1,78 1,70 29

Link25 1,59 1,70 1,65 27

Link30 1.61 1,75 1,68 28

Link35 1,63 1,70 1,67 27

Link40 1,62 1,70 1,66 27

Link45 1,59 1,81 1,70 27

Link50 1,64 1,85 1,75 27

Link55 1,65 1,86 1,76 27

Link60 1,66 1,71 1,69 27

16

Page 17: Tutorial Camera Ip 2

Link65 1,62 1,84 1,73 27

Link70 1,6 1,75 1,66 27

Link75 1,61 1,70 1,66 27

Link80 1,64 1,84 1,74 27

Link85 1,62 1,80 1,71 27

Link90 1,63 1,82 1,73 27

Fonte: o autor

Figura 18: Gráfico de BitStream x Distância do Link (Cabo/Esp. Aberto)Fonte: o autor

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Page 18: Tutorial Camera Ip 2

Figura 19: Gráfico de FPS x Distância do Link (Cabo/Esp. Aberto)Fonte: o autor

Teste em Espaço Fechado Os resultados dos testes em espaço fechado são apresentados a seguir.

Tabela 2: Resultados dos Testes com Cabo em Espaço Fechado

LINKBITSTREAM 1

(EM Mbit/s)BITSTREAM2

(EM Mbit/s)

BITSTREAMMÉDIO

(EM Mbit/s)

FPS(EM FPS)

Link05 1,66 1,83 1,75 29

Link10 1,64 1,75 1,70 26

Link15 1,57 1,70 1,64 27

Link20 1,58 1,72 1,65 26

Link25 1,65 1,78 1,72 26

Link30 1,62 1,71 1,67 27

Link35 1,58 1,81 1,70 28

Link40 1,59 1,82 1,71 27

Link45 1,62 1,85 1,74 27

Link50 1,64 1,88 1,76 27

Link55 1,63 1,72 1,68 27

Link60 1,62 1,75 1,69 27

Link65 1,64 1,88 1,76 27

Link70 1,62 1,85 1,74 27

Link75 1,61 1,84 1,73 27

Link80 1,64 1,74 1,69 27

Link85 1,62 1,71 1,67 27

Link90 1,61 1,80 1,71 27

Fonte: o autor

18

Page 19: Tutorial Camera Ip 2

Figura 20: Gráfico de BitStream x Distância do Link (Cabo/Esp. Fechado)Fonte: o autor

Figura 21: Gráfico de FPS x Distância do Link (Cabo/Esp. Fechado)Fonte: o autor

Testes Com Wireless Apresentam-se a seguir os testes realizados em espaços abertos e fechados. Teste em Espaço Aberto Os resultados dos testes em espaço aberto são apresentados a seguir.

Tabela 3: Resultados dos Testes com Wireless em Espaço Aberto

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Page 20: Tutorial Camera Ip 2

LINKBITSTREAM 1

(EM Mbit/s)BITSTREAM2

(EM Mbit/s)

BITSTREAMMÉDIO

(EM Mbit/s)

FPS(EM FPS)

Link05 1,90 2,00 1,95 28

Link10 1,90 2,00 1,95 28

Link15 1,85 1,98 1,92 28

Link20 1,75 1,85 1,80 28

Link25 1,70 1,80 1,75 22

Link30 1,72 1,85 1,79 22

Link35 1,47 1,82 1,65 17

Link40 1,10 1,42 1,26 15

Link45 1,52 1,80 1,66 13

Link50 1,47 1,65 1,56 10

Link55 1,34 1,52 1,43 7

Link60 1,32 1,73 1,53 3

Link65 1,55 1,88 1,72 2

Link70 1,10 1,25 1,18 7

Link75 1,26 1,48 1,37 9

Link80 1,38 1,61 1,50 4

Link85 1,78 2,00 1,89 4

Link90 1,44 1,79 1,62 9

Link95 1,63 1,85 1,74 1

Link100 1,20 1,23 1,22 7

Link105 0,98 1,12 1,05 2

Link110 0,86 1,12 0,99 1

Link115 0,59 0,72 0,66 1

Link120 1,07 1,25 1,16 3

Link125 0,95 1,23 1,09 2

Link130 0,83 1,10 0,97 1

Link135 0,32 0,48 0,40 1

20

Page 21: Tutorial Camera Ip 2

Link140 0,98 1,50 1,24 5

Link145 0,25 0,33 0,29 1

Link150 0,07 0,16 0,12 1

Fonte: o autor

Figura 22: Gráfico de BitStream x Distância do Link (Wireless/Esp. Aberto)Fonte: o autor

Figura 23: Gráfico de FPS x Distância do Link (Wireless/Esp. Aberto)Fonte: o autor

Teste em Espaço Fechado

21

Page 22: Tutorial Camera Ip 2

Os resultados dos testes em espaço aberto são apresentados a seguir.

Tabela 4: Resultados dos Testes com Wireless em Espaço Fechado

LINKBITSTREAM 1

(EM Mbit/s)BITSTREAM2

(EM Mbit/s)

BITSTREAMMÉDIO

(EM Mbit/s)

FPS(EM FPS)

Link05 1,80 1,93 1,87 29

Link10 1,75 1,89 1,82 28

Link15 1,72 1,85 1,79 28

Link20 1,70 1,80 1,75 27

Link25 1,71 1,75 1,73 28

Link30 1,68 1,85 1,77 27

Link35 1,66 1,90 1,78 28

Link40 1,66 1,92 1,79 28

Link45 1,44 1,90 1,67 29

Link50 1,36 1,25 1,31 27

Link55 0,99 1,02 1,01 25

Link60 0,62 0,82 0,72 17

Link65 0,41 0,52 0,47 15

Link70 0,33 0,38 0,36 12

Link75 0,21 0,22 0,22 4

Link80 0,13 0,16 0,15 1

Link85 0,07 0,08 0,08 1

Link90 0,06 0,07 0,07 1

Fonte: o autor

22

Page 23: Tutorial Camera Ip 2

Figura 24: Gráfico de BitStream x Distância do Link (Wireless/Esp. Fechado)Fonte: o autor

Figura 25: Gráfico de FPS x Distância do Link (Wireless/Esp. Fechado)Fonte: o autor

23

Page 24: Tutorial Camera Ip 2

Câmeras IP II: Resultados Comparados Em busca de facilitar a compreensão dos dados e melhorar a comparação dos mesmos para a formação deuma conclusão acertada, foram montados gráficos que visam comparar os dados colhidos em dois ou maistestes, conforme segue.

Comparativos Wireless Nesta comparação os dados dos testes com wireless para espaço aberto e fechado foram unidos numúnico gráfico, facilitando a visualização dos resultados e das principais diferenças entre o desempenho dosistema nestas duas situações.

Figura 26: Gráfico de BitStream x Distância do Link (Comp. Wireless)Fonte: o autor

Figura 27: Gráfico de FPS x Distância do Link (Comp. Wireless)Fonte: o autor

24

Page 25: Tutorial Camera Ip 2

Comparativos Cabo Aqui os dados dos testes com cabo para os espaços aberto e fechado foram unidos, facilitando avisualização dos resultados.

Figura 28: Gráfico de BitStream x Distância do Link (Comp. Cabo)Fonte: o autor

Figura 29: Gráfico de FPS x Distância do Link (Comp. Cabo)Fonte: o autor

Comparativos Espaço Aberto Unindo informações dos testes em espaço aberto, tanto para wireless quanto para cabo, torna-se fácilvisualizar a diferença de desempenho entre as soluções.

25

Page 26: Tutorial Camera Ip 2

Figura 30: Gráfico de BitStream x Distância do Link (Comp. Espaço Aberto)Fonte: o autor

Figura 31: Gráfico de FPS x Distância do Link (Comp. Espaço Aberto)Fonte: o autor

Comparativos Espaço Fechado Através de gráficos que fundem resultados dos testes em espaço fechado para ambas as soluções pode-secomparar facilmente seus desempenhos.

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Page 27: Tutorial Camera Ip 2

Figura 32: Gráfico de BitStream x Distância do Link (Comp. Espaço Fechado)Fonte: o autor

Figura 33: Gráfico de FPS x Distância do Link (Comp. Espaço Fechado)Fonte: o autor

Comparativos de Custos Em busca de complementar e solidificar o estudo feito neste trabalho, apresentando uma comparaçãocompleta entre as soluções, não visando entregar uma solução definitiva, mas trazendo dados concretossobre a real viabilidade de utilização de cada tecnologia aqui apresentada, houve a necessidade decomparar também o investimento financeiro para a implantação dos sistemas propostos. Sendo assim,foram consultadas 3 empresas que atuam no ramo de telecomunicações e trabalham com a instalaçãodestas soluções de conectividade e com a venda de produtos. O orçamento solicitado foi para os seguintes serviços:

Item 1: Valor médio de instalação de cabeamento estruturado com a inclusão de infra-estrutura(seja ela por meio de eletroduto embutido em parede/piso ou canaleta), com preço por metro deinstalação, composto por um percentual do valor unitário de um patch panel Cat.5E e conectorRJ-45 Fêmea Cat.5E, 1 metro de Cabo UTP Cat.5E, 1 metro de duto de menor bitola e a mão de

27

Page 28: Tutorial Camera Ip 2

obra para instalação dos materiais com abertura e recomposição de parede.Item 2: Cotação Unitária de equipamento Roteador Wireless que atenda à tecnologia 802.11g esuporte a velocidade de 108 Mbit/s.

As empresas consultadas, A, B e C, retornaram os orçamentos solicitados, conforme tabela abaixo, sendoque seus dados foram consolidados através da média entre eles.

Tabela 5: Orçamento de instalação das soluções. Empresas A, B e C

ITEMCOTADO

EMPRESA A EMPRESA B EMPRESA C MÉDIA

Item 1 R$ 9,80 R$ 15,00 R$ 7,20 R$ 10,67

Item 2 R$ 298,15 R$ 240,00 R$ 275,90 R$ 271,35

Fonte: o autor

Em posse destes dados, foi possível plotar as informações com custo de cada solução numa tabela queconsolida os dados, apresentando para cada distância de link o custo para a implantação utilizando-se ocabo metálico par-trançado e a tecnologia wireless 802.11g 108 Mbit/s. Vale ressaltar que, para a implantação de uma câmera, o custo por metro, conforme cotado, deve sermultiplicado pela distância do link. Já para a solução wireless, da maneira como foi utilizada nestetrabalho, utiliza um roteador wireless para cada câmera instalada.

Tabela 6: Comparativo de custo para instalação das soluções

DISTÂNCIA DO LINKCUSTO DE INSTALAÇÃO

PARA CABOCUSTO DE INSTALAÇÃO

PARA WIRELESS

Link05 R$ 53,35 R$ 271,35

Link10 R$ 106,70 R$ 271,35

Link15 R$ 160,05 R$ 271,35

Link20 R$ 213,40 R$ 271,35

Link25 R$ 266,75 R$ 271,35

Link30 R$ 320,10 R$ 271,35

Link35 R$ 373,45 R$ 271,35

Link40 R$ 426,80 R$ 271,35

Link45 R$ 480,15 R$ 271,35

Link50 R$ 533,50 R$ 271,35

Link55 R$ 586,85 R$ 271,35

28

Page 29: Tutorial Camera Ip 2

Link60 R$ 640,20 R$ 271,35

Link65 R$ 693,55 R$ 271,35

Link70 R$ 746,90 R$ 271,35

Link75 R$ 800,25 R$ 271,35

Link80 R$ 853,60 R$ 271,35

Link85 R$ 906,95 R$ 271,35

Link90 R$ 960,30 R$ 271,35

Fonte: o autor

Através dos orçamentos que foram efetuados e consolidados na tabela acima, vê-se a situação de que atecnologia wireless torna-se mais barata apenas nos links acima de 25 metros. Porém, como a instalaçãode infra-estrutura não é sempre padrão, foi considerado nesta pesquisa apenas o valor médio de instalaçãoe situações hipotéticas, mas é sabido que há várias formas de proteger um cabo: a quebra de parede para ainstalação de um eletroduto que pode ser de PVC ou de ferro galvanizado, a instalação de uma canaletaaparente plástica ou metálica, e etc. Cada uma destas variações alteram consideravelmente o preço demateriais e de mão de obra para a instalação, sendo portanto aconselhado que para cada situação sejafeito um orçamento in loco detalhado e comparativo do custo de ambas as soluções.

29

Page 30: Tutorial Camera Ip 2

Câmeras IP II: Considerações finais Com base nos dados colhidos durante os testes efetuados neste trabalho, utilizando-se das normas e domáximo desempenho de cada sistema, pode-se unir informações suficientes para comparar as tecnologiasde transmissão aqui propostas. Os dados que foram plotados nos gráficos e tabelas seção ResultadosComparados deste trabalho permitem a fácil comparação do desempenho de cada uma das tecnologiastanto para espaço aberto quanto para espaço fechado. É possível notar que, por exemplo, a tecnologia wireless pode substituir facilmente a convencional infra-estrutura de cabos UTP quando em ambiente fechado, pois a velocidade de transmissão para ambas assoluções foi satisfatória na distância de até 55 metros, conforme dados da figura 22. Nas distânciasmaiores, porém, houve perda gradual do nível de sinal, o que resultou em diminuição do bitstream eframes por segundo, causando delay da recepção da imagem pelo software (figuras 24 e 25). Contudo,vale ressaltar que a imagem torna-se “incômoda” ao usuário que monitora o vídeo apenas quando aquantidade de frames por segundo fica abaixo de 10. Neste caso, podemos qualificar como aceitável atransmissão wireless em ambiente fechado para a distância máxima de 70 metros (figura 25 e tabela 5).Nas transmissões wireless no espaço fechado notou-se uma variação máxima entre as médias dosresultados de 1,80 Mbit/s e 28Fps. Já a transmissão via cabo metálico par-trançado em ambiente fechado mostrou-se, como já era previsto,satisfatória em todas as distâncias, até o máximo permitido em norma de 90 metros (figuras 20 e 21).Houveram poucas variações, de no máximo 0,12 Mbit/s e 3Fps (tabela 10), considerando-se os valoresmédios, o que garante uma excelente visualização das imagens mesmo nas distâncias maiores, já que,ainda acima dos 70 metros alcançados pelo wireless com o valor de fps acima de 10, a transmissão emcabo par-trançado mostrou-se bem acima: próximo dos 30Fps máximos do sistema (tabela 10). Nos testes em espaço aberto, verificou-se que a transmissão usando cabos UTP é satisfatória tanto quantopara espaço fechado. Os resultados foram similares, conforme se pode notar nas figuras 18 e 19,demonstrando que esta é uma tecnologia segura para a transmissão de dados, já que não houveramgrandes oscilações de sinal e tanto o bitstream quanto o fps mantiveram-se sempre muito próximos domáximo oferecido pelo sistema (figuras 18 e 19). No entanto, na transmissão wireless em espaço aberto, houve uma oscilação muito grande do sinal, o quecausou a diminuição brusca na quantidade de frames por segundo (figuras 22 e 23). Assim, ainda que obitstream estivesse próximo do valor máximo, o valor de fps ficou, em grande parte dos testes, abaixo dos10Fps, tornando esta tecnologia, da forma como foi testada, inapropriada para transferência de dados demonitoração de vídeo em distâncias maiores que 50 metros. Pode-se verificar, por exemplo, com os dadosda tabela 11, que após a distância de 50 metros até 100 metros nos testes wireless de espaço aberto, oBitStream Médio manteve-se acima de 1 Mbit/s, porém, ainda assim, a quantidade de frames por segundomáxima alcançada foi 9fps e a mínima foi de 1. Mesmo com a distância de 145 metros do emissor aoreceptor, a velocidade de transmissão ainda era satisfatória (1,24 Mbit/s), porém, como não há reflexão dosinal assim como em ambiente fechado, a oscilação foi grande, carregando para baixo os FPS. Estes testes mostraram que a tecnologia wireless é muito funcional para acessos à internet, por exemplo,onde não há a necessidade de manter-se uma taxa constante de bits por segundo na transmissão. Porém,quando há necessidade deste quesito num espaço aberto, a tecnologia wireless convencional de 802.11g108 Mbit/s apresenta muitas oscilações e não consegue manter o sistema operando de forma satisfatóriaacima dos 50 metros. Já as transmissões com a utilização de cabeamento metálico par-trançado foram

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Page 31: Tutorial Camera Ip 2

satisfatórias em todos os testes, apresentando constância nas transmissões e altas taxas de frames porsegundo, sendo considerada totalmente aplicável à este tipo de sistema, seja em ambiente aberto oufechado. Quanto ao comparativo de custos para a implantação de ambas as soluções, pouco fica esclarecido.Devido às inúmeras variações de infra-estrutura que podem ser utilizadas para a instalação dos cabos, nãohá como comparar de forma precisa o custo por metro de uma instalação infra-estruturada e a compra deum roteador wireless. Porém, é fato que a solução wireless não pode ser descartada sem antes ser orçadae projetada corretamente.

Referências SIQUEIRA, Ethevaldo – “Três Momentos da História das Telecomunicações no Brasil”, 2ª Edição –Dezembro Editorial, 1999. SIQUEIRA, Ethevaldo – “Grandes Personalidades das Comunicações”, 1ª Edição – DezembroEditorial, 2001. GADELHA, Julia – “A Evolução dos Computadores”. Universidade Federal Fluminense, 2001. Pesquisaon-line site Instituto de Computação. Disponível em:http://www.ic.uff.br/~aconci/evolucao.htmlAcesso em 28 de junho de 2010 SOARES, Luis Fernando G.; LEMOS, Guido; COLCHER, Sérgio – “Redes de Computadores: DasLans, Mans e Wans às Redes ATM”, 2ª Edição – Editora Campus, 1995. SOUSA, Lindeberg Barros de – “Redes de Computadores – Dados, Voz e Imagem”, 7ª Edição – EditoraÉrica, 2004. DANTAS, Mario – “Tecnologias de Redes de Comunicação e Computadores” – Editora Axcel Books,2002. PINHEIRO, José Mauricio S. – “Guia Completo de Cabeamento de Redes”, 1ª Edição – EditoraCampus, 2003. PINHEIRO, José Mauricio S. – “Projeto e Construção de Redes” - Curso Seqüencial de Computadores– UniFOA, Centro Universidade de Volta Redonda, Volta Redonda, 2005. MARTIGNONI, Marcos Aurélio – “Apostila de Cabling I” – Lucalm, 2004. Pesquisa on-line siteLucalm. Disponível em:http://www.lucalm.hpg.ig.com.br/cabeamento.htmAcesso em 28 de junho de 2010 MORINOTO, Carlos E. – “Tipos de Cabos de Rede” – Guia do Hardware, 2006. Pesquisa on-line siteGuia do hardware. Disponível em:http://www.guiadohardware.net/guias/14/index2.phpAcesso em 28 de junho de 2010

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MF 101 FURUKAWA – “Introdução à Tecnologia de Redes” – Apostila de Treinamento FurukawaCertified Professional. CATÁLOGO DE PRODUTOS SONY, disponibilizado impresso pelo fabricante. CATÁLOGO DE PRODUTOS D-NET, disponibilizado impresso pelo fabricante. CATÁLOGO DE PRODUTOS SMC, disponibilizado impresso pelo fabricante. CATÁLOGO DE PRODUTOS FURUKAWA, disponibilizado impresso pelo fabricante.

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Page 33: Tutorial Camera Ip 2

Câmeras IP II: Teste seu entendimento 1. Qual foi uma dos critérios para equiparação dos testes com cabo metálico e wireless?

Utilizar tecnologias de transmissão que apresentassem velocidades de transmissão similares.

Utilizar tecnologias de transmissão que apresentassem velocidades de transmissão distintas.

Utilizar tecnologias de transmissão que apresentassem propagação semelhante.

Utilizar tecnologias de transmissão que apresentassem propagação distinta. 2. De acordo com o resultado obtido, é possível usar a tecnologia wireless para substituir a infra-estrutura convencional de cabos UTP quando em ambiente fechado?

Sim, apesar da velocidade de transmissão para ambas as soluções só ser satisfatória em distânciasmaiores que 55 metros.

Não, pois a velocidade de transmissão para ambas as soluções não pode ser comparada.

Sim, pois a velocidade de transmissão para ambas as soluções foi satisfatória em distâncias de até 55metros.

Não, pois a velocidade de transmissão para ambas as soluções só é satisfatória em distâncias maioresque 55 metros.

3. Qual das duas tecnologias, cabo e wireless, se mostrou mais satisfatória em todos os testes?

Cabo e Wireless.

Wireless.

Nenhuma.

Cabo.

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