Turbo Oficina Pesados 10

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N.º 10 | MAIO/JUNHO 2015 | WWW.OFICINA.TURBO.PT | 2,2€ PUBLICIDADE GRUPO SOBRALPNEUS GAMA COMPLETA DE PRODUTOS E SERVIÇOS PARA PESADOS PATINTER FORTE APOSTA NA MANUTENÇÃO PRÓPRIA DA FROTA ESPECIAL . Por dentro da estratégia das marcas PEÇAS ORIGINAIS RECAUCHUTAGEM PNEUS DO ALCAIDE REUNIÃO KRAUTLI / VDO ESTRATÉGIA HYDRAPLAN

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O destaque desta edição vai para as peças originais vendidas em Portugal pelos construtores de pesados, seja para consumo próprio ou para oficinas independentes ou oficinas próprias de transportadores. Destaque ainda para a reportagem na Reunião da VDO e a estratégia da Hydraplan, ao mesmo tempo que lhe trazemos as novidades de camiões e autocarros e visitamos várias empresas. Não perca esta edição!

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N.º 10 | MAIO/JUNHO 2015 | WWW.OFICINA.TURBO.PT | 2,2€

PUBLICIDADE

GRUPO SOBRALPNEUS GAMA COMPLETA DE PRODUTOS E SERVIÇOS PARA PESADOS

PATINTER FORTE APOSTA NA MANUTENÇÃO PRÓPRIA DA FROTA

E S P E C I A L .

P o r d e n t r o d a e s t r a t é g i a d a s m a r c a s

PEÇAS ORIGINAIS

RECAUCHUTAGEM PNEUS DO ALCAIDE

REUNIÃO KRAUTLI / VDO

ESTRATÉGIA HYDRAPLAN

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MAIO/JUNHO 2015 | TURBO OFICINA PESADOS 3

PROPRIEDADE E EDITORATERRA DE LETRAS COMUNICAÇÃO UNIPESSOAL LDANPC508735246CAPITAL SOCIAL 5000 € CRC CASCAISSEDE, REDAÇÃO, PUBLICIDADE E ADMINISTRAÇÃO AV. TOMÁS RIBEIRO 129, EDIFÍCIO QUINTA DO JAMOR, SALA 11, 2790-466 QUEIJASTELEFONES 211 919 875/6/7/8FAX 211 919 874E-MAIL [email protected]

DIRETORCLÁUDIO [email protected]

REDAÇÃOPAULO [email protected]É MACÁ[email protected]ÃO CERQUEIRAANDRÉ BETTENCOURT [email protected]ÓNIO [email protected] [email protected]

DIRETORA COMERCIALANABELA [email protected]

EDITOR DE ARTE E INFOGRAFIARICARDO [email protected]

PAGINAÇÃOLÍGIA [email protected]

GESTORA DE BASE DE DADOSANABELA [email protected]

FOTOGRAFIAJOSÉ [email protected]

SECRETARIADO DE REDAÇÃOSUZY [email protected]

CONSULTOR EDITORIAL JOÃO ALMEIDA

COLABORADORESPEDRO MONTENEGRO

PARCERIASAPVGN CENTRO ZARAGOZACESVIMAP IMPRESSÃOJORGE FERNANDES, LDA RUA QUINTA CONDE DE MASCARENHAS, 92820-652 CHARNECA DA CAPARICADISTRIBUIÇÃOVASP-MLP, MEDIA LOGISTICS PARK, QUINTA DO GRANJAL-VENDA SECA 2739-511 AGUALVA CACÉMTEL. 214 337 [email protected]ÃO DE ASSINATURASVASP PREMIUM, TEL. 214 337 036, FAX 214 326 009, [email protected] EXEMPLARESIsenta de registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6 Art.o 12º nº 1 A.

INTERDITA A REPRODUÇÃO, MESMO QUE PARCIAL, DE TEXTOS, FOTOGRAFIAS OU ILUSTRAÇÕES SOB QUAISQUER MEIOS E PARA QUAISQUER FINS, INCLUSIVE COMERCIAIS

N.º 10 | MAIO/JUNHO 2015sumário

Editorial.............................................................................................. P.4Grande EntrevistaPaulo Lopes – Iptrans ........................................................................... P.6Notícias............................................................................................... P.10EmpresaEurocomponentes .................................................................................. P.18Krautli ........................................................................................................... P.20Rosete .......................................................................................................... P.22Transvetra .................................................................................................. P.24Mikfil ............................................................................................................ P.28Empresa em destaqueGrupo Sobralpneus ................................................................................ P.30EstratégiaHydraplan ................................................................................................... P.34MercadoFrost & Sullivan......................................................................................... P.38EspecialPeças originais ........................................................................................ P.42CongressoSupply Chain Meeting .......................................................................... P.50Wtransnet ................................................................................................... P.52FrotasIntertráfego............................................................................................... P.54Patinter......................................................................................................... P.56CamiõesScania .......................................................................................................... P.60AutocarrosMAN................................................................................................................. P.64Técnica Limitadores de velocidade ................................................................ P.68Condução .................................................................................................... P.70 LegislaçãoFundo de eficiência energética ...................................................... P.72 Pneus Pneus do Alcaide ..................................................................................... P.74Contiservice .............................................................................................. P.78Goodyear ..................................................................................................... P.79AmbienteOpinião APVGN ........................................................................................ P.80Opinião João Almeida.................................................................. P.82

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Mercado exigente

OO mercado das peças nos pesados é duro. Num tipo de operação onde o desgaste e o volume de peças consumidas é enorme, a concorrência é substancialmente menor do que nos ligeiros. Porquê? Devido ao nível de exigência e à menor permeabilidade a novas marcas, que têm muito para provar antes de serem consideradas um player de mercado. Os clientes maiores, detentores

de frotas consideráveis são, ao mesmo tempo, clientes e fornecedores. As peças que compram para os seus camiões ou autocarros, servem para manter um veículo para vender um serviço a terceiros. O mesmo acontece com as frotas mais pequenas, neste caso quase sempre por intermédio de oficinas especialistas (sejam da rede oficial dos construtores, sejam independentes). Em especial as oficinas independentes sabem que estes clientes não aceitam peças que não tragam a rentabilidade desejada (seja na duração, mas também no tempo de imobilização a que o veículo é obrigado, uma vez que todos os custos são calculados ao cêntimo). É por isso que dificilmente se encontram as empresas pára-quedistas de fornecimento de peças, porque a fraca qualidade não é aceite, tal como os fornecedores que vendem uma peça sem serviço associado (seja formação, garantias ou acompanhamento), ainda que o preço seja apetecível. Um veículo parado é um veículo que entra na coluna dos prejuízos na gestão de uma frota. É, por isso, curioso ver o caminho que várias empresas (muitas delas bem implantadas nos ligeiros) estão a fazer no mercado dos pesados. Só depois de garantirem um produto de primeiro nível entram, com muita cautela, neste mercado. E os resultados não se podem ver ao fim de poucos meses, são necessários alguns anos até que o mercado, de facto, aceite uma determinada marca. Isso vê-se também por algumas marcas que tentaram entrar mas acabaram por recuar na estratégia. O mercado dos pesados dificilmente perdoa erros e as segundas oportunidades são raríssimas. E tudo se resume a exigência dos clientes. É um mercado que se auto-regula de uma forma muito rigorosa. O mercado independente tem muito para crescer, mas apenas para as marcas com peças equivalentes de primeira qualidade, com serviços associados, para que possam fazer concorrência (saudável) às peças de origem, com um peso ainda grande no mercado português. E é esse mercado independente mais forte que vai também ajudar os construtores a tornarem-se cada vez mais competitivos.

editorial

O MERCADO INDEPENDENTE DAS PEÇAS TEM MUITO PARA CRESCER NOS PESADOS, MAS APENAS PARA AS MARCAS COM PEÇAS EQUIVALENTES DE PRIMEIRA QUALIDADE, COM SERVIÇOS ASSOCIADOS, PARA QUE POSSAM FAZER CONCORRÊNCIA (SAUDÁVEL) ÀS PEÇAS DE ORIGEM

Cláudio Delicado DIRETOR [email protected]

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grande entrevista

Paulo Lopes. “O Iptrans tem uma taxa de empregabilidade da ordem dos 80%”Com mais de duas décadas de atividade, o Instituto Profissional de Transportes (Iptrans) tem tido um papel fundamental na formação de quadros para as empresas de transportes, alimentando sobretudo o mercado de trabalho dos operadores rodoviários. TEXTO JOÃO CERQUEIRA

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de Marketing, Animador Sociocultural, Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos e Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos.Em 2006 o Iptrans inaugurou novas instalações, construídas no mesmo local das anteriores no concelho de Loures, com financiamentos do Ministério da Educação, da extinta DGTT e apoios da Câmara Municipal de Loures.Paulo Lopes, Vogal de Direção do Iptrans, fala-nos do contributo do Instituto na inclusão socioprofissional de jovens, da oferta formativa e dos projectos em carteira, da elevada taxa de empregabilidade do Instituto e das principais linhas programáticas da nova Direcção.

Ao longo destes 22 anos de história quais foram os pontos altos do Iptrans?Foi na altura em que houve mais verbas do Estado para a formação profissional. Nesse período o Iptrans ganhou uma dimensão assinalável. Chegámos a ter mais de duas centenas de alunos. Pode dizer-se que houve dois momentos importantes, o primeiro foi quando nós, para além de termos cursos profissionais, alargámos também a nossa área de atividade à aprendizagem. Criámos um espaço adicional perto da Biblioteca Municipal de Loures, onde tínhamos as turmas de aprendizagem.Mais tarde, uma segunda fase importante coincidiu com a criação dos cursos de Educação e Formação pelo Ministério da Educação. Passámos a ter esses novos cursos em que íamos buscar jovens com o 6.º ou 7.º ano e dávamos-lhe o 9.º ano. Tivemos, por exemplo, o curso de Operador de Armazenagem ou o de Operador de Informática, que eram importantes porque depois abasteciam os cursos profissionais de transportes e de informática. Outro período importante foi quando o governo de Sócrates criou as Novas Oportunidades e o Iptrans desenvolveu um Centro de Novas Oportunidades. Resumindo, pode dizer-se que o melhor período do Instituto foi entre 2005 e 2008.

Ao longo do tempo a oferta formativa foi sempre sendo alargada?Começámos com o Curso de Técnico de Transportes e depois passámos a ter Informática, Contabilidade, etc. Em nosso entender, por um lado, o Iptrans deve fazer tudo aquilo que puder para reforçar a sua oferta formativa na área dos transportes e da logística, mas por outro, trata-se de uma escola que está inserida no território dos concelhos de Loures e de Odivelas. Nós temos uma vocação muito especial para servir estes dois concelhos e os limítrofes. Logo, é importante dar resposta a essas solicitações, por isso começámos a alargar a oferta formativa a novas áreas.

Chegaram mesmo a ter um curso de Nível 2 que dava equivalência ao 9.º ano de Mecânica Automóvel?É verdade! Sobre esse curso, lembro-me de na cerimónia de entrega de diplomas os pais terem vindo falar connosco a agradecerem- -nos porque os filhos, que estavam com imensos problemas a nível de inserção social, tinham encontrado um caminho de integração socioprofissional.

Esse é outro dos aspetos que tem sido realçado, até pelas empresas de transportes e de logística para onde os jovens formados no Iptrans vão depois trabalhar: o papel de inserção social e de preparação para o mundo laboral. A que se deve?Houve sempre um caráter social na formação profissional dada pelo Iptrans. Para nós, o aspeto da inserção social sempre foi muito importante. Os alunos que vêm para estes cursos só raramente conseguem inserir-se no ensino normal que é muito teórico. Quando são canalizados para o ensino prático sentem--se mais realizados e acabam por dar o melhor de si. Integram-se bem profissionalmente nas áreas da gestão de tráfego, gestão de frotas, armazenagem, por vezes têm mais apetência para a área da logística, alguns gostam mais das contabilidades. O curso dá-lhes alguma formação em várias áreas e isso permite que eles possam ter mais oportunidades a nível das orientações profissionais onde se inserem.No Iptrans, para além das qualificações profissionais, damos uma grande atenção às qualificações humanas. É desenvolvido um grande trabalho de educação junto dos jovens, para que eles, para além de trabalhadores, sejam melhores seres humanos.

E em relação aos níveis de empregabilidade dos jovens formados pelo Iptrans? Esse é um dos aspetos de maior destaque. O Iptrans tem conseguido garantir uma taxa de empregabilidade da ordem dos 80%. Por um lado, deve-se à qualidade da formação que o Iptrans dá e, por outro, às fortes ligações que têm sido estabelecidas diretamente com o próprio tecido empresarial. Embora o curso de Técnico de Transportes seja um curso transversal que abrange todos os modos de transporte tanto nas mercadorias como nos passageiros, o nosso cliente principal são as empresas de transporte rodoviário de mercadorias. Também temos uma relação

OIptrans foi criado em 1993, pela Câmara Municipal de Loures, ANTR AM e FECTR ANS (Federação dos Sindicatos dos Transportes e

Comunicações). Atualmente é propriedade da Associação para o Ensino Profissional em Transporte e Logística, constituída pelas três entidades fundadoras.A oferta formativa do Instituto arrancou com o Curso de Técnico de Transportes e foi-se alargando e diversificando progressivamente. Hoje é dirigida a jovens, com cursos profissionais e vocacionais, e a adultos com Cursos de Especialização Tecnológica e Formação Modular. A nível de Cursos Profissionais, a oferta é dirigida a jovens com o 9.º ano de escolaridade e, para além do Técnico de Transportes, tem também os cursos de Técnico de Turismo, Técnico de Contabilidade, Técnico de Secretariado, Técnico de Apoio à Infância, Técnico de Apoio Psicossocial, Técnico

EM 2006 FORAM INAUGURADAS AS NOVAS INSTALAÇÕES DO IPTRANS, EM LOURES. A SUA CONSTRUÇÃO CONTOU COM O APOIO DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, DA DGTT E DA CÂMARA MUNICIPAL LOCAL

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grande entrevista

muito forte com o transporte pesado de passageiros, com os associados da ANTROP. A Rodoviária de Lisboa, a Barraqueiro, o Grupo Luís Simões, são entidades que também têm uma relação muito forte connosco, isto para citarmos apenas alguns.

Qual é o período de estágio dos formandos nas empresas de transportes? O modelo dos cursos tem uma forte componente de formação em contexto de trabalho. No total são três meses de estágio. A formação em contexto de trabalho existe no segundo e no terceiro anos do curso. Os estágios permitem que as próprias empresas avaliem os formandos. Temos tido imensos alunos mais problemáticos, se assim se pode dizer, que nas alturas dos estágios se conseguem integrar nas organizações. Neste momento estamos a trabalhar na revisão curricular do Curso de Técnico de Transportes e vai-se aumentar ainda mais o tempo de formação em contexto de trabalho, uma vez que tem sido fundamental para o sucesso da empregabilidade.

E relativamente a essa revisão do Curso de Técnico de Transportes...O Curso de Técnico de Transporte quando for revisto em princípio fica com unidades de 25 e de 50 horas. Pretendemos que haja a máxima articulação entre as várias soluções e o modelo das unidades de formação de curta duração. A ideia é que o formando faz uma unidade e esse crédito já lhe está reconhecido. Isso pode ser integrado no curso que ele depois queira fazer.

Pensam estender o Curso de Técnico de Transportes a outras regiões do país? Tivemos alguns contactos interessantes no sentido de alargarmos o serviço do Iptrans para além de Loures. Efetivamente, ambicionamos prestar serviço formativo em todo o país. Um dos modelos possíveis para concretizarmos o Técnico de Transportes noutras regiões é através de uma parceria com as empresas locais.

Quais são as áreas onde neste momento existem maiores carências profissionais nas empresas de transportes?Em termos gerais, o setor dos transportes continua a ter algum défice de quadros qualificados. Neste momento, com as exigências profissionais que estão a colocar aos motoristas, consideramos que o Iptrans tem de encarar o desafio da qualificação inicial de motoristas profissionais. Já estamos a trabalhar nessa área. As empresas têm falta de motoristas. Vamos tentar concretizar o mais rapidamente possível os projetos que temos em carteira nesta área. Recentemente, num evento que se realizou em Lisboa apresentámos um inquérito às empresas transportadoras presentes, através do qual pretendemos avaliar as

necessidades de formação para activos das empresas, avaliar o seu interesse em colher estágios e saber se estão interessadas em nós irmos às próprias empresas falar com os colaboradores.

Sabemos que nalgumas empresas transportadoras com oficinas próprias há carências ao nível de técnicos de oficina. O Iptrans pode vir a ter um curso nessa área?É verdade, verificam-se algumas lacunas em formação de mecânicos para pesados. Por exemplo, existe um Centro de Formação Profissional para a Reparação Automóvel (CEPRA) mas que é apenas vocacionado para os ligeiros, e os empresários de transportes rodoviários de mercadorias têm-nos referido que há falta de pessoal qualificado na área da formação de técnicos de oficina para pesados. Trata-se de uma área que poderia ser interessante explorar.

Têm muitos projetos em carteira?Nós temos os cursos profissionais mas queremos ter também este ano cursos vocacionais. Os cursos vocacionais vieram, em parte, substituir os cursos de educação e formação. Há cursos vocacionais que dão

equivalência ao 9º ano e outros ao 12º. Nós candidatámo-nos na área da Logística. Portanto, vamos também tentar concretizar cursos nessa área.

Fala-se também de um projeto de inclusão social na área da formação de motoristas oriundos de bairros problemáticos. De facto temos um projeto emblemático que é o Proximum. A ideia é fazer um curso de inserção social com os jovens da Quinta da Fonte e da Quinta do Mocho. Será desenvolvido em colaboração com o município de Loures e com a Rodoviária de Lisboa para formar motoristas. Logo à partida, temos a garantia de que os jovens formados pelo Proximum serão absorvidos profissionalmente em cerca de 80% pela Rodoviária de Lisboa. Vão ser formados com equipamento da própria empresa. A ideia da transportadora é que eles sejam os futuros motoristas para aqueles dois bairros de onde são oriundos, e nos quais existem alguns problemas de segurança que afetam os motoristas que lá fazem serviço. Com motoristas oriundos daqueles bairros esse tipo de problemas tenderá a desaparecer. Está comprovado que a ligação ao território

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ajuda a resolver muitos problemas. Se avançar é uma experiência inovadora em Portugal. Acreditamos que vai criar uma dinâmica para desenvolvermos mais cursos com este perfil.

Vão continuar a dar formação na área do turismo?Vamos continuar com a oferta do curso profissional de Técnico de Turismo porque o turismo tem muitas afinidades com o transporte, nomeadamente com o transporte rodoviário de passageiros.Paralelamente, apresentámos agora uma candidatura conjunta do Iptrans com o Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pesca (Simamevip), filiado na Fectrans, e também com parceiros italianos e espanhóis e com mais dois portugueses (IEFP e a Universidade do Algarve), para criar o perfil profissional e o referencial de formação do gestor de destinos turísticos. É uma área nova em que não existe formação.

Esta nova direção do Iptrans tem outras linhas programáticas importantes?O grande objetivo desta nova direção é criar condições para que o Iptrans se desenvolva.

Há que criar condições para novos desafios e alcançar outros objetivos, e acima de tudo garantir que o Iptrans tenha uma estabilidade financeira que até aqui não foi possível. Quando o atual governo acabou com as Novas Oportunidades e criou uma nova figura que são os Centros de Qualificação e Ensino Profissional, não lhe atribuiu financiamento. Nós temos agora a expectativa de que, com o Portugal 2020, venha algum financiamento para o Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional (CQEP) que tem a vertente do apoio e encaminhamento e orientação vocacional dos jovens. O IEFP financia formação que as entidades desenvolvem, a AIP também faz isso, e no fundo o que estamos a fazer é procurar diversificar as nossas fontes de financiamento. Os cursos profissionais vão continuar a ser apoiados pelo município de Loures, ANTRAM e empresas do setor.

Há ainda obras a fazer nas instalações inauguradas em 2006.É verdade, acabámos por não fazer tudo o que queríamos. Tivemos um problema de financiamento, a Câmara Municipal de Loures fez um acordo connosco cedendo-nos os

direitos sobre os terrenos da escola e alguns anexos. A Câmara definiu o valor de um desses terrenos e nós tentámos vendê-lo em concurso público, mas como já apanhou o período de crise não apareceu ninguém interessado. Agora estamos a negociar com a Câmara a redução do preço e o processo está a correr bem.

E a nível de equipamentos, existem carências?Felizmente, a esse nível não. Só para dar um exemplo, a escola tem um parque informático muito bom e com técnicos que foram formados pelo próprio Iptrans.

E em relação ao corpo docente? Os cursos profissionais têm três vertentes: a sociocultural, a científica e a tecnológica. Nós temos 11 professores efetivos que desempenham um papel importante em termos do acompanhamento dos alunos, coordenação das turmas, coordenação dos cursos, acompanhamento dos estágios, etc. As áreas tecnológicas normalmente são lecionadas por especialistas externos que trabalham nos setores. Estamos muito bem servidos a todos os níveis.

O PROJETO PROXIMUM VAI FORMAR MOTORISTAS PARA A RODOVIÁRIA DE LISBOA E É DESTINADO, PRIORITARIAMENTE, A JOVENS DA QUINTA DA FONTE E QUINTA DO MOCHO

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10 TURBO OFICINA PESADOS | MAIO/JUNHO 2015

notícias

Wabco. Tecnologias para diminuir custos operacionaisA

Wabco, fornecedora de tecnologias de segurança e eficiência para veículos pesados, apresentou recentemente

algumas das suas tecnologias mais avançadas, bem como com algumas inovações.Um dos produtos-estandarte da marca é o OnGuardACTIVE, um sistema de travagem de emergência para camiões e autocarros que deteta outros veículos na via, que estejam em movimento ou estacionários, utilizando para tal um radar de 77 Ghz, garantindo o funcionamento do sistema mesmo sob condições meteorológicas adversas. O OnGuardACTIVE é capaz de analisar o tráfego até 200 m à frente do veículo, reconhecendo os obstáculos com

de avisos sonoros e luminosos. Também foi divulgado o mBSP, uma plataforma modular de travagem que permite aos construtores equiparem os seus veículos pesados com ABS ou EBS consoante os requisitos regionais dos seus mercados.Os sistemas OptiRide e OptiDrive foram outra novidades anunciadas, que pretendem garantir um decréscimo do consumo de combustível. O OptiRide atua sobre a transferência de massas para diminuir o desgaste e outros custos operacionais e os consumos em até 3%; ao passo que o OptiDrive é uma tecnologia modular para transmissões manuais robotizadas, que otimiza a troca de relações e promete, com isso, diminuir o consumo de combustível e até 5%.

Aeni lançou um novo Catálogo para os sectores Agrícola e Obras Públicas com um novo design e formato.

A linha de lubrificantes para equipamentos agrícolas e obras públicas cumpre os mais elevados padrões de performance. Esta inclui produtos de tecnologia tradicional, que utilizam formulações fiáveis e testadas, assim como tecnologias de vanguarda, para veículos mais recentes, equipados com sistemas de pós‐tratamento de gases de escape para reduzir as emissões.Para mais informações consulte www.sintetica.enilubes.com.

Através da sua Truck Divison, a febi bilstein,

consegue abarcar todas as necessidades dos veículos pesados com a sua gama de Bombas de Óleo.Grande parte das Bombas de Óleo fornecidas pela febi bilstein são produzidas na fábrica da febi na Alemanha, sendo as restantes produzidas por parceiros que asseguram a qualidade através de criteriosos processos de seleção. Fabricadas com um alto nível de precisão, todas as unidades são sujeitas a rigorosos testes. O resultado final, segund a febi bilstein é um produto de primeira categoria com qualidade equivalente OE. As Bombas de Óleo com carcaça de alumínio asseguram as características de precisão e durabilidade

FEBI BILSTEIN. BOMBAS DE ÓLEO PARA TODAS AS NECESSIDADES DOS PESADOS

exigidas nos veículos comerciais. As Bombas de Óleo de alta qualidade da febi bilstein, produzem apenas a quantidade de pressão de óleo que o motor necessita, sendo este um fator crítico para prevenir danos no motor. Cada uma das unidades fornecidas pela febi é testada num banco de ensaios que simula um motor em funcionamento, para testar a pressão, rpm e o fluxo do caudal, sendo que durante os testes o óleo está à temperatura de funcionamento.A febi bilstein oferece uma ampla gama de

Bombas de Óleo para camiões, autocarros e carrinhas, para mais informações sobre toda a gama de Bombas de Óleo para veículos pesados, consulte o catálogo online: www.trucks.febi-parts.com.

tempo. Quando ativado, o sistema é capaz de imobilizar o veículo.O OnLane é um sistema de manutenção na faixa de rodagem que alerta o condutor para uma mudança de faixa não intencional através

ENI. NOVO CATÁLOGO DE OBRAS PÚBLICAS E AGRÍCOLAS

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MAIO/JUNHO 2015| TURBO OFICINA PESADOS 11

Eberspaecher. Cooltronic G2 Hatch é novidade para camiões

Chama-se Cooltronic G2 Hatch e é a nova aposta da Eberspaecher no que respeita a sistemas de arrefecimento para

cabines de camião. Esta gama é totalmente elétrica e alimentada diretamente pela bateria, podendo funcionar com o camião parado, o que proporciona pausas e noites mais agradáveis para o condutor. Para garantir que a bateria tem sempre energia suficiente para o camião arrancar, existe um sistema que desliga este ar condicionado quando deteta que a energia da bateria está a atingir níveis críticos.Com 1.4 kW de potência, o Cooltronic 1400 G2 Hatch é o mais potente da gama e do mercado. Para as cabines mais pequenas, a marca propõe o Cooltronic 1400 G2 Slim Hatch, com apenas 11,6 cm de espessura, que é o primeiro sistema de climatização montado no tejadilho no segmento das cabines elevadas. A unidade de arrefecimento pode ser montada no tejadilho ou na parede traseira da cabine.

Acaba de ser lançada a atualização da aplicação da Eurotax, a RepairEstimate G2G, onde os veículos pesados

aparecem disponíveis para seleção.Este é um passo importante para a empresa, que assim vai ao encontro dos requisitos e solicitações dos seus clientes.A seleção do veículo é feita de forma simples,

EUROTAX. REPAIRESTIMATE G2G ATUALIZADA EM PESADOS

Com mais de 25 anos de experiência no mercado de lubrificantes a Karterlub foi selecionada para representar a marca

Comma em todo o território Português.“A Comma é uma marca britânica de classe mundial que se dedica ao fabrico e comercialização de lubrificantes e produtos químicos. A Karterlub é uma empresa dinâmica e altamente considerada com quem temos o prazer de trabalhar”, explicou Mike Bewsey, Director de Vendas e Marketing da empresamãe da Comma (a Cosan Lubrificantes), dizndo ainda que “a Karterlub já está bem estabelecida no norte do país e tem a visão, ambição e estratégia de fazer crescer a marca Comma em todo o território Português”.Comemorando o seu 50º aniversário em 2015, a Comma foi estabelecida como um produtor de óleos lubrificantes de propriedade privada em 1965 e rapidamente estabeleceu uma enorme reputação através da qualidade do produto e serviço ao cliente. Em 1999 foi adquirida pela ExxonMobil e em 2012 tornou-se uma subsidiária integral da Cosan SA de São Paulo, Brasil, uma empresa diversificada e líder mundial em bioenergia.As principais gamas Comma incluem óleos de motor para veiculos ligeiros Performance Motor Oil e X-Flow, refrigerantes Xstream e lubrificantes para veiculos pesados TransFlow, todos altamente especificados para atender e exceder as necessidades dos fabricantes de veículos.Para mais informações visite o site www.karterlub.com.

KARTERLUB. DISTRIBUI COMMA EM PORTUGAL

através da normal árvore de escolha da Eurotax, onde aparece disponível no tipo de veículo a opção “Comercial Pesado”. Ao entrar na zona de seleção das peças estão disponíveis várias áreas de trabalho.Para já não está disponível

informação de preços de peças nem tempos do fabricante, uma vez que a empresa está ainda a trabalhar com veículos genéricos, mas esta atualização revela o empenho que a Eurotax coloca na sua relação com os clientes, tentando sempre satisfazer as suas necessidades.

ADT Spare Parts ampliou a sua oferta de peças de aftermarket para modelos da Renault Trucks. Os modelos agora

abrangidos são os Magnum, Premium, Midlum, Kerax, R, Major, G, Manager, Maxter, M/S e Midliner, num total de 1600 novos produtos que complementam a oferta da DT Spare Parts no mercado independente de pós-venda para veículos industriais. Este novo catálogo inclui informação detalhada sobre mais de 3300 produtos da DT Spare Parts, adequados para mais de 4650 referências da marca francesa.Dentro do catálogo, as novas peças estão marcadas com a letra N, para serem facilmente reconhecidas. Os kits de reparação “Special DT Kits”, que incluem

todas as peças necessárias para efetuar uma reparação completa, estão marcados coma letra S. É possível encontrar, além das instruções gerais, uma tabela cruzada de referências para mais facilmente identificar os componentes necessários. É também possível realizar pesquisas rápidas online, graças aos códigos QR de cada artigo.Este novo catálogo também está disponível online, em http://dcat.dt-spareparts.com, e em http://m.dt-spareparts.com, para os utilizadores de tablets e smartphones.

DT SPARE PARTS. NOVO CATÁLOGO PARA RENAULT TRUCKS

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12 TURBO OFICINA PESADOS | MAIO/JUNHO 2015

Kögel. Apresenta novo sistema telemático para reboques

Osistema telemático próprio da Kögel, que se chama Kögel Telematics, foi recentemente apresentado na Feira

Transport Logistic. Através de um modelo à escala 1:10 permitiu ver que dados podem ser acedidos de forma rápida e cómoda pelo condutor, pelas empresas de transporte e mesmo pelos clientes através deste novo sistema. Até agora, este sistema era fornecido por uma outra empresa à Kögel e funcionava com o acesso a um portal de Internet de uma terceira parte. Agora a Kögel reuniu todos os componentes deste sistema sob a sua alçada e adaptou-o aos seus semirreboques. No futuro, os clientes da marca beneficiarão de um sistema telemático para reboques que é económico, altamente fiável e moderno, e que permite o acesso em tempo real aos dados de posição, refrigeração e EBS do reboque a partir do portal da Kögel, de forma clara e com um funcionamento intuitivo.

O sistema Kögel Telematics está disponível para todos os veículos da gama de produtos da marca. Naturalmente, dependendo do tipo de semirreboque, variam os dados que podem ser recolhidos, o hardware opcional e os preços.

FOI NOTÍCIA QUE...... a Wulf Gaertner Autoparts irá apoiar as equipas

tankpool24 e CEPSA no Campeonato Europeu

FIA de Camiões de Corrida. Este apoio vai

materializar-se no fornecimento de discos e

pastilhas de travão a ambas as equipas.

... Andreas Renschler é o novo presidente do

Conselho de Supervisão da MAN, sucedendo

no cargo a Ferdinand K. Piëch, que dexou esta

posição no passado dia 25 de abril.

... Luca Crepaccioli é o novo diretor-geral da

Goodyear Dunlop Ibérica, substituindo no cargo

Mitchel Peeters, que abandonou a empresa ao

fim de dez anos.

... depois da saída de Martin Lundstedt, Per

Hallberg foi nomeado CEO interino da Scania

até que outro seja eleito. No entanto, manterá

as suas atuais responsabilidades na direçãoo

executiva.

... a Diesel Technic Iberia festejou, com os

distribuidores de Espanha e Portugal, dez anos

de existência, com um evento no Teatro Bodevil,

no centro de Madrid. “Em nome de toda a equipa,

eu gostaria de agradecer a todos os parceiros

pela cooperação extraordinária e pela confiança

depositada em nós”, disse o Gerente Comercial

Martin Ratón. “Estamos ansiosos para muitos

mais anos de sucesso e por uma parceria cada

vez mais forte.” A gama completa de produtos

da marca DT Spare Parts tem mais de 30 000

diferentes peças de reposição para veículos

comerciais e permite aos distribuidores um

eficiente One-Stop-Shopping.

... a Kögel anunciou a revisão do seu serviço de

gestão de frotas Full Service, com a inclusão de

dois novos pacotes de serviços: BasicService e

ProService O Kögel BasicService engloba todas

as intervenções do programa recomendado

pela Kögel, incluindo peças de desgaste de

substituição e todos os materiais necessários

a estas intervenções. Além disso, todas as

reparações causadas por desgaste estão

incluídas, desde que utilizadas com o devido

fim. O Kögel ProService cobre todos os serviços

incluídos no BasicService, mais o pagamento

das taxas de inspeção e dos testes obrigatórios

de segurança. O Lasi-Check annual também está

incluído neste pacote de serviços.

ELRING. CATÁLOGO ONLINE EM PEÇAS DE MOTOR

AElring é conhecida pelo fornecimento de produtos de alta qualidade sobretudo em peças de motor. Agora

acaba de anunciar o seu novo catálogo online, com um design renovado e mais intuitivo, para uma navegação mais fácil e em 18 línguas diferentes, para chegar a um público mais alargado.Além disso, a pesquisa de componentes inclui links para os guias vídeo de instalação passo-a-passo e a secção “Documentos” oferece informação específica relativa a cada produto, bem como um guia para a sua correta instalação. Todas as extensões e updates relativamente à gama de produtos oferecidos pela Elring

podem ser encontradas na secção “Novos Produtos” do site, em http://www.elring.de/pt/assistencia-tecnica/catalogos-online.html.

notícias

DT SPARE PARTS. APRESENTA PARTNER PORTAL

ADT Spare Parts participou pela primeira vez na Autopromotec, salão que se realizou em Bolonha, Itália, onde se

destacou o novo Partner Portal. O Partner Portal oferece, entre outras, uma pesquisa diversificada de produtos, informações detalhadas sobre os produtos da marca DT Spare Parts e um Centro de Serviço para a auto-verificação.Os novos catálogos digitais de produtos também foram um dos pontos de interesse

deste stand. Podem ser acedidos também através do website móvel da DT Spare Parts e terão a sua oferta de informação complementada pela newsletter “Parts info” a cada duas semanas. Na Autopromotec foram apresentados os catálogos de peças para DAF e Renault, bem como para algumas Séries da Scania. Com 3770 novas peças, a gama completa de produtos da marca para peças de veículos comerciais está ainda maior.

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MAIO/JUNHO 2015| TURBO OFICINA PESADOS 13

Turbo Oficina Pneus. Nova revista para o sector dos pneus

Depois da Turbo Oficina e da Turbo Oficina Pesados, foi recentemente lançado no mercado a Turbo Oficina

Pneus.Esta publicação, editada de dois em dois meses, tem distribuição nas casas de pneus, mas também nas frotas de veículos pesados, onde os pneus assumem uma importância fundamental.A primeira edição da Turbo Oficina Pneus está repleta de artigos relevantes e diferenciadores para o mercado, com destaque para uma série de novidades na área dos pneus para pesados, bem como um artigo sobre a oferta do serviço de gestão de frotas nos pneus que as principais marcas de pneus dinamizam em toda a Europa e em Portugal.Poderá ler sempre a edição da Turbo Oficina Pneus em www.oficina.turbo.pt, ou pedir um exemplar para receber nas suas instalações.

ZF. LEMFÖRDER COM PORTFÓLIO EXPANDIDO

Com mais de 13 000 componentes para chassis e sistemas de direção para ligeiros de passageiros e veículos

pesados, a Lemförder, empresa do Grupo ZF Services, acaba de expandir o seu portfólio, com a adição de 600 novos produtos, incluindo componentes para veículos recentemente lançados no mercado, o que demonstra como o negócio do aftermarket é importante para este grupo.Graças a esta expansão, para além dos veículos ligeiro também os camiões estão abrangidos por este novo catálogo, nomeadamente os Mercedes-Benz Actros e Zetros, ou o novo Unimog.

CIVIPARTS. DISPONIBILIZA EQUIPAMENTOS OFICINAIS KS TOOLS

Mediante acordo firmado com o fornecedor para os mercados onde atua, a Civiparts tem agora disponível

na sua gama de equipamentos oficinais, a marca alemã KS Tools.Esta reconhecida marca de equipamentos possui uma vasta gama de aplicações para veículos pesados com um catálogo com mais de 17.000 artigos e também website com vídeos, imagens e características dos equipamentos que servem de suporte à correta e eficaz pesquisa das necessidades de cada cliente.Enquadrada nas várias ações conjuntas previstas e, para além de suportes de comunicação da marca, a Civiparts colocará à disposição para fornecimento imediato cerca de 330 referências de produto e para o lançamento da marca, terá ativa uma campanha promocional até 31 de Julho com 4 artigos de elevado consumo.

KORMORAN. WEBSITE RENOVADO

Kormoran, a marca polaca de pneus de camião, renovou a sua página web, em www.kormoran-tyres.com, com o objetivo

de facilitar o acesso dos seus clientes aos seus produtos, melhorando a navegabilidade e adaptando-a a todos os dispositivos móveis e fixos. Ao mesmo tempo, esta nova página incorpora também novos conteúdos.Com a nova conceção da sua página web, a Kormoran pretende refletir a filosofia da marca, com uma aparência clara e simples, de modo a que os utilizadores acedam mais facilmente à oferta pneus das Roads, On/Off e City, com toda a informação técnica sobre os produtos, bem como aumentar o conhecimento e a confiança dos clientes nos seus pneus de camião.A partir de agora, os clientes da marca poderão ainda desfrutar de promoções e benefícios especiais, bem como utilizar o localizador para encontrar o distribuidor mais próximo e calcular o itinerário até ao endereço do fornecedor.

DISPNAL. NOVO SITE DE INTERNET

ADispnal renovou o seu site, que agora exibe uma imagem mais dinâmica e inovadora, mantendo a qualidade e a

segurança.O portal da marca especializada no comércio de pneus apresenta agora uma nova imagem, mais dinâmica e apostada na inovação, mantendo ao mesmo tempo a qualidade até aqui apresentada na interação e na segurança nas transações realizadas.Os produtos presentes no site não se alteraram, mantendo-se disponíveis produtos para as categorias Turismo, Agro Industrial, Engenharia, Camião, 4×4, Comerciais Inverno, Competição, Empilhador e Florestais.Saiba mais em www.dispnal.pt.

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14 TURBO OFICINA PESADOS | MAIO/JUNHO 2015

RAVAGLIOLI. NOVA DESMONTADORA PARA CAMIÃO.

ARavaglioli deu a conhecer a sua nova desmontadora de pneus para camião, a G9256T.15, que pode operar sem

alavanca e ser comandada por Bluetooth.Este equipamento colmata todas as necessidades de uma oficina especializada em camiões, podendo aceitar jantes de até 56” de diâmetro e 1500 mm por roda. Tem movimento duplo, duas velocidades e pode ser comandada via Bluetooth.A marca tem ainda disponível este equipamento com uma função especial patenteada que permite a desmontagem dos pneus sem utilizar a alavanca, uma

inovação que pode rentabilizar rapidamente o investimento e trabalhar a gosto.

FROTCOM. “ YOUTUBE” PARA AJUDAR A REDUZIR CUSTOS NAS FROTAS

AFrotcom International anunciou o lançamento do seu canal de vídeo no YouTube – Frotcom Academy – onde

apresenta um conjunto de tutoriais em video sobre a própria plataforma da empresa.Os novos tutoriais oferecem guias visuais sobre como utilizar a interface Frotcom em várias situações diferentes e são concebidos para ajudar os utilizadores tanto a dominar os conceitos básicos como a explorar recursos

avançados, como seja por exemplo a redução dos custos nas frotas.

Além deste canal no YouTube, a Frotcom disponibiliza também estes vídeos no seu site, em http://pt.frotcom.com/, onde serão centralizados vários outros recursos para os clientes e potenciais clientes.Já estão previstos mais tutoriais em vídeo e serão elaborados pela Frotcom com regularidade.

notícias

ALTARODA. DESENVOLVE CARRO DE ASSISTÊNCIA PARA A TIEL

Aempresa de Paredes, Altaroda, desenvolveu para o cliente Tiel um moderno carro de assistência técnica a

pneus de pesados.Este veículo totalmente equipado pela Altroda, permite à Tiel fazer a assistência aos pneus dos veículos de grande porte no local da avaria, evitando dessa forma o reboque desse mesmo veículo.Segundo a Altaroda, este tipo de serviço / assistência é personalizado e cada vez mais tem sido solicitado pelos clientes que sentem a dificuldade no tratamento dos problemas surgidos com pneus, tendo em conta o

transtorno que um veículo de grande porte representa no caso de ter que ser rebocado.

TOP TRUCK. APRESENTA CAMPANHA “RAÇA DE CAMPEÕES”

Arede de oficinas multimarca para pesados Top Truck lançou mais uma campanha de serviço em que os seus

clientes são o centro das atenções.A campanha denominada “Raça de Campeões” vigora até ao final de Junho de 2015 e vai sortear, entre os clientes que se inscreverem na sua oficina Top Truck, dois convites VIP para assistir à penúltima prova do Campeonato Europeu de Camiões no famoso circuito de

Jarama, em Madrid.O bilhete inclui não só o acesso ao circuito mas também ao Paddock e à bancada central, na reta da meta, sendo válido para os 3 dias da competição

que decorrente entre os dias 2 e 4 de Outubro. As condições da campanha podem ser consultadas em www.toptruck.pt ou numa qualquer oficina Top Truck e o vencedor será anunciado no dia 3 de Julho.

VIPAL. NOVO PISO PARA CAMIÕES

AVipal Rubber anunciou o seu novo piso para utilização no eixo de tração de camiões no segmento

Autoestrada. Batizado de DV-RT4, o produtor de pisos brasileiro pretende ser opção para os que procuram uma maior eficiência e lucro nas operações de transporte em autoestrada.Este novo produto tem como público-alvo os camiões com mais do que um atrelado, que naveguem em estradas com mais curvas e subidas e descidas de gradiente mais elevado, e que usem um sistema de tração nos dois eixos traseiros (6×4).As principais características destes pneus incluem o design do piso, que promove a estabilidade; compostos que garantem uma tração elevada e uma durabilidade aumentada; maior área de contacto com o solo; elevados escoamento de água e aderência em piso molhado, bem como em pisos com terra e/ou neve.

Oespecialista de peças para pesados de leiria, BPN, realizou uma formação com Javier Monedero, sobre a montagem de

embraiagens e amortecedores da marca Sachs.Nesta formação, onde foram detalhadas informações técnicas bem como se falou de inovação ao nível do produto da marca Sachs, estiveram presentes oficinas independentes (especialistas em pesados) e responsáveis técnicos de transportadorasNo entender da BPN esta formação foi muito importante para os seus clientes, tendo em conta o esclarecimento de dúvidas (com trocas de impressões), a partilha de experiências entre os intervenientes e o fortalecimento da relação da BPN com os seus clientes.

BPN. FORMAÇÃO SACHS

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Westlake. Disponibiliza nova gama para pesadosS

ão nove os produtos que compõem a mais recente gama de pneus

da Westlake para veículos pesados, divididos entre propostas para o transporte de longo curso, regional e para o serviço misto. Todos os pneus foram pensador para garantir condução precisa e tração otimizada, além de contarem com plataformas de ejeção de pedras no seu piso para que estas não se alojem nas ranhuras. Todos os pisos são menos profundos, o que, segundo a marca, diminui a ocorrência de desgaste irregular e aumenta a longevidade.No que respeita a longo curso, a Westlake propõe o WTL1, um pneu para o eixo do reboque, que está disponível nas medidas 385/55 R22,5 e 385/65 R22,5. Também proposta única é o WTX1, um pneu para o reboque dos low loaders de serviço longo e regional e que está disponível em seis

medidas, entre a 205/65 R17,5 e a 265/70 R19,5.A maior gama de propostas neste catálogo é para o serviço regional: são cinco as referências, entre os WSR1 e WSR+1 para o eixo da direção; os WDR1 e WDR+1 para o eixo de tração e o WTR1 para eixos de reboque. As medidas variam de acordo com os pneus. Os WSR+1 e WDR+1 oferecem medidas entre os

205/75 R 17,5 e os 205/70 R 19,5, ao passo que as dos WSR1 e WDR1 oscilam entre os 295/80 R 19,5 e os 385/65 R 22,5. Quanto ao WTR1, as medidas são 295/80 R 22,5, 315/70 R 22,5 e 315/80 R 22,5.A completar o catálogo surgem as duas propostas para serviço misto: os WDM1 e WTM1. O primeiro é para o eixo de tração e o segundo para o reboque. As medidas também diferem: enquanto o WDM1 oferece as medidas 295/80 R 22,5 e 315/80 R 22,5, o WTM1 é proposto apenas na medida 385/65 R 22,5.

MICHELIN. APRESENTADA SOLUÇÃO EFFITIRES PARA TRANSPORTADORES

AMichelin Solutions apresentou a Effitires, uma nova oferta de criação de valor com compromisso de poupança

de combustível para os transportadores.Denominada Effitires, esta oferta permite aos gestores de frotas de qualquer tipo de transporte dirigir a sua atividade com mais eficiência. Para o transportador, esta oferta consiste em exteriorizar o orçamento para pneus e beneficiar de um compromisso em poupança de combustível depois de realizar uma auditoria personalizada da sua frota e das suas condições operativas. O contrato Effitires baseia-se num preço por quilómetro (PPK) proposto ao transportador. Para poder aceder a este compromisso adicional da Michelin Solutions, o transportador deve equipar 70% da sua frota com uma instalação telemática e montar pneus Michelin de alta eficiência energética nos referidos veículos. No caso de não se obterem os lucros contratuais, a Michelin compromete-se a reembolsar proporcionalmente ao operador os lucros não realizados.

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16 TURBO OFICINA PESADOS | MAIO/JUNHO 2015

Continental. Novo pneu para autocarros

Oconstrutor premium de pneus Continental alargou a sua gama de pneus para o transporte urbano e

regional de pessoas, lançando o Conti Urban HA3. O novo pneus de 19,5” foi desenvolvido com um novo composto de borracha para garantir uma maior longevidade (mais 20%) e maior resistência ao contacto com passeios.Disponível na medida 265/70 R19.5, o Conti HA3 19.5 tem um padrão particularmente resistente ao desgaste e pode ser utilizado em todos os eixos. Exibe ainda marcas para ressulcagem, o que diminui o custo de operação da frota, e é passível de recauchutagem. Ao mesmo tempo, está marcado com o símboloM+S, que lhe permite ser utilizado no ano inteiro em muitos países europeus.

notícias

Aeditora Tutorial – Conteúdos e tecnologia, Lda. acaba de lançar o livro ADR 2015 (Acordo Europeu relativo

ao transporte internacional de mercadorias perigosas por estrada), o qual incorpora as alterações introduzidas com a 18ª edição do “Regulamento Tipo” da ONU e das disposições modais aprovadas no seio do WP.15 da UNECE.A edição portuguesa do ADR 2015 destaca centenas de alterações produzidas no transporte internacional de mercadorias perigosas. Estas alterações já podem ser aplicadas pelas empresas, não obstante o período transitório geral legalmente estabelecido só terminar a 30 de Junho de 2015.

TUTORIAL. ADR 2015 JÁ TEM EDIÇÃO PORTUGUESA

Ogrupo Volkswagen integrou a MAN e a Scania na empresa Truck & Bus GmbH, com uma direcção única, dirigida pelo

alemão Andreas Renschler, membro do conselho de direcção da Volkswagen que veio da Mercedes-Benz. Na prática, a nova empresa passa a funcionar como uma holding para a área dos veículos industriais.A Truck & Bus GmbH vai coordenar a actividade da MAN Truck & Bus AG, MAN Latin America e Scania AB, em termos de estratégia, investigação e desenvolvimento, recursos humanos, compras, etc, com o objetivo de converter a empresa num campeão global também nos camiões.

VOLKSWAGEN. JUNTA MAN E SCANIA

SCANIA. CAMPANHA DE SERVIÇOS PROLONGADA ATÉ AO FIM DO ANO

AScania decidiu prolongar a campanha 1.000.000 km até 31 de Dezembro de 2015. Esta campanha de ser viços

preventivos destina-se a camiões e autocarros da marca sueca com mais de 800.000 km, oferecendo até dez pacotes de reparação de componentes vitais do motor, a preço fixo.Segundo a Scania, uma reparação preventiva diminui a possibilidade de paralisações extraordinárias, planifica o momento mais adequado para efectuar a

despesa e mantém o motor do veículo em pleno rendimento. Os profissionais da marca conhecem a evolução do veículo e recomendam, exclusivamente quando necessário, que se actue preventivamente, renovando um ou outro dos componentes vitais do motor. Como em qualquer visita à oficina, é realizada uma inspecção, completamente gratuita, com o objectivo de prevenir situações que possam afectar a segurança do veículo e a comodidade do condutor.

OGrupo Andrés anunciou a chegada ao mercado ibérico do novo pneu de camião

Matador Gama 4, que se começará a produzir em junho de 2015. A marca eslovaca, parte do universo Continental, pretende com este novo pneu responder às necessidades de duas grandes áreas do transporte profissional: Longo Curso, onde eram utilizados, até agora, pneus da categoria H, e Regional, que recorria a pneus da categoria H.Os Matador FHD4 e DHR4 serão distribuídos em Espanha e Portugal a partir da segunda metade deste ano, nas medidas 315/80 R 22.5, 315/70 R 22.5 e 295/80 R 225, pelo Grupo Andrés, que desde 2012 tem a distribuição exclusiva para o mercado ibérico desta marca.

MATADOR. GAMA 4 EM PORTUGAL ESTE ANOOs Matador FHD4 destinam-se ao eixo dianteiro e os DHR4 ao eixo motriz e prometem uma vida útil 15% maior face aos seus antecessores, fruto da tecnologia Air Keep, que assegura a pressão exata em cada pneu durante um tempo cerca de 50% maior do que até agora, com a consequente melhoria na resistência ao rolamento e no consumo de combustível.Estes pneus são do tipo M+S, o

que assegura a sua eficácia em qualquer tipo de clima, mesmo quando as temperaturas descem abaixo dos 7º C. Aliás, os Matador DHR 4 exibem a classificação 3MPSN, reservada a pneus de inverno e que garante uma aderência extra em solo gelado.

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18 TURBO OFICINA PESADOS | MAIO/JUNHO 2015

EMpresas

Eurocomponentes. Peças com apoio técnico

Desde 1999 que Valdemar Craveiro se estabeleceu no negócio das peças de aftermarket para veículos pesados, depois de muitos anos ligado a um

representante de uma marca (de pesados). Primeiro em Condeixa, onde ainda hoje está a sede, a empresa tem vindo a crescer de forma sustentada, tendo mudado de instalações em 2002, mas como o crescimento da empresa não parava foi decidido que estava na altura de ter um armazém maior, pelo que, juntando o útil ao agradável, a empresa passou a ter um novo ponto de venda, desta feita em Ansião.“Foi muito importante para nós esta nova localização, pois permitiu trabalhar alguns segmentos de mercado que não tínhamos, como alargar a nossa área de influência na zona centro do país”, começou por referir Valdemar Craveiro, gerente da Eurocomponentes, dizendo que de momento não existem quaisquer perspetivas de ter uma terceira unidade de negócio já que a empresa tem um comercial no terreno.Orientado essencialmente para os transportadores, até porque existem poucas oficinas independentes de pesados, o responsável da Eurocomponentes diz que ainda existe muito mercado por explorar na região, nomeadamente entrando em alguns segmentos do transporte onde a empresa quer estar também presente.

PEÇASA Eurocomponentes não tem qualquer exclusividade ao nível das marcas de peças, componentes ou consumíveis, tendo a empresa desenvolvido a sua atividade junto de fornecedores nacionais e internacionais. É no material de mecânica geral que a empresa mais aposta, nomeadamente em segmentos como a travagem, “onde somos muito fortes”, diz Valdemar Craveiro, mas também a área da chapa e dos lubrificantes tem vindo a ser trabalhada.Aliás, ao nível dos lubrificantes a empresa desenvolveu, juntamente com a Krautli,

No interior do país, a Eurocomponentes faz da proximidade ao cliente uma das suas principais armas no negócio de peças para veículos pesados, apostando também na diversificação de serviços.TEXTO PAULO HOMEM

através da marca Valvoline, um projeto de implementação dos produtos desta marca nos clientes da Eurocomponentes. Aliás, este distribuidor é o único do país que trabalha a marca Valvoline exclusivamente para pesados.“É uma marca com prestígio e tecnologicamente avançada, que temos vindo a introduzir nos clientes, num processo que vai começando a dar os seus frutos, pois os transportadores começam a notar os benefícios de usar um produto que tendo um preço mais alto à partida acaba por se tornar rentável ao longo do período de utilização no motor do camião”, explica Valdemar Craveiro, dizendo ainda que “o leque de referências disponíveis dá-nos outras oportunidades no mercado, face aos lubrificantes baratos que normalmente só têm uma ou duas referências”.Quanto à política de marca / produto, a Eurocomponentes aposta, sobretudo, em duas linhas de produtos, Premium e preço/qualidade, evitando claramente os produtos de marca própria. “Trabalhamos marcas que nos dão muita tranquilidade e que nos permitem ter uma relação estável com o cliente” afirma Valdemar Craveiro, que aposta sobretudo em fornecedores e construtores europeus.

APOIO TÉCNICOCom a evolução tecnológica dos veículos pesados, para alguns dos clientes da Eurocomponentes (na maioria são transportadoras que fazem a manutenção dos seus veículos) é cada vez mais complicado fazer o diagnóstico de avarias. Nesse sentido, a Eurocomponentes adquiriu, no entender do seu responsável, o melhor equipamento de diagnóstico do mercado para diagnosticar avarias nos pesados de muitos dos seus clientes.“Além de sermos uma casa de peças temos também um departamento técnico no qual fornecemos o diagnóstico de avarias como outro tipo de informações técnicas ao nível da mecânica o que nos permite acrescentar valor à nossa oferta de serviços”, refere Valdemar

Craveiro, argumentando que “fomos de alguma forma inovadores e permitiu-nos fazer a diferença no negócio das peças. Não sendo um serviço com fins lucrativos esta foi uma forma de fidelizarmos o cliente”.Esta aposta permitiu também à Eurocomponentes investir noutro serviço técnico. Com o equipamento que já dispunha e com a aquisição de um banco de ensaio, a empresa disponibiliza um serviço de teste a diversos componentes (válvulas eletro-pneumáticas, sistema de travões, sistema de ABS, etc) permitindo saber se esses componentes estão avariados.“Com este sistema o cliente sabe se o

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MAIO/JUNHO 2015 | TURBO OFICINA PESADOS 19

problema é do componente ou não, evitando assim eventuais custos acrescidos que tenha na reparação” refere o gerente da Eurocomponentes.

MERCADO“Ao nível do volume de vendas não notamos a crise”. Quem o diz é Valdemar Craveiro referindo-se à crise que passou também por este sector e que foi notada sobretudo ao “nível dos recebimentos, o que gerou momentaneamente alguns problemas de tesouraria”.Contudo, o responsável da Eurocomponentes avalia que o facto de não se terem

comercializado muitos camiões novos nos últimos anos isso “teve alguns benefícios para o nosso setor das peças”.Daqui para frente a aposta da Eurocomponentes passará um pouco também pela maior divulgação dos seus produtos através da sua página online (embora não esteja nas previsões da empresa as vendas B2B), assim como o reforço da presença nos clientes através do serviço de apoio técnico e “continuar a consolidar a nossa atividade de forma consistente e com crescimento moderado, para que a empresa continue a ter sustentabilidade”, conclui Valdemar Craveiro.

CONTACTOSEurocomponentesDiretor Comercial: Valdemar Craveiro

Telefone: 236 621 075

E.mail: [email protected]

Website: http://www.eurocomponentes.pt

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20 TURBO OFICINA PESADOS | MAIO/JUNHO 2015

CONTACTOSKrautliVendas e marketing: Carlos Silva

Telefone: 219 535 626

E.mail: [email protected]

Website: www.krautli.pt

empresa

Krautli. Trabalhar para o futuro com a VDO

Aprimeira marca que a Krautli trabalhou na sua história, agora que a empresa faz 25 anos, foi precisamente a VDO. Por isso é longa e proveitosa a relação

entre as duas empresas, que passou por diversas fases e formas de representação, a mais recente das quais, em 2013, que permitiu à empresa de Santa Iria de Azóia passar a ter a representação exclusiva da VDO em Portugal.A gama de produtos VDO é relativamente extensa, com peças para o mercado de reposição (injeção, elétrica, instrumentos, sensores, etc), mas também para a área das frotas, onde sobressaiem os tacógrafos, que foram o tema central da reunião anual nacional da rede dos Serviços Oficiais dos Tacógrafos VDO que a Krautli tem a responsabilidade de dinamizar em Portugal.Para se ter uma ideia da enorme importância dos tacógrafos VDO, refira-se que esta marca é líder no primeiro equipamento, equipando 80% dos veículos pesados novos, enquanto no aftermarket, a quota de mercado ronda os 68%.Dos quase 100.000 veículos pesados que circulam em Portugal, cerca de 37,2% utilizam tacógrafo digital. Isto representa que 29.760 pesados utilizam tacógrafo digital VDO e mais de 50.200 possuem tacógrafo analógico.Estes dados são muito importantes para as redes de agentes de tacógrafos em Portugal, nomeadamente para aqueles que trabalham a marca VDO e que são promovidas pela Krautli, embora esta empresa tenha relações técnicas e comerciais com praticamente todos os agentes de tacógrafos no nosso país.Atualmente são 38 as empresas que fazem parte da Rede de Serviços Oficiais VDO em Portugal, existindo neste momento mais 19 em processo de negociação, que permitirão à Krautli ter uma cobertura total do país. Dessas 38 destacam-se 8 agentes Oficiais VDO que integram uma rede de especialistas em tacógrafos designada por DTCO+.Um dos passos estratégicos para a Krautli passa precisamente pela consolidação da Rede de Serviços Oficiais VDO através

A Krautli efetuou a reunião anual nacional da rede dos Serviços Oficiais dos Tacógrafos VDO. Nesta reunião, muito concorrida, foi essencialmente focado o futuro dos tacógrafos e da sua legislação, que irá alterar o paradigma dos transportes. TEXTO PAULO HOMEM

da fidelização dos membros à rede, incrementando a formação, a informação e apoio pós-venda.

FUTUROO tempo em que o tacógrafo tinha por missão principal controlar os tempos de condução já é passado. Atualmente, a VDO já oferece ao mercado um conjunto de soluções muito abrangentes que vão muito além do tacógrafo que permitem uma gestão eficiente da logística, do veículo pesado e do motorista, sempre de acordo com as leis em vigor, como é o caso da plataforma TIS-Web.Conetividade inteligente (DTCOsamtr link), Posicionamento por GPS & Rotas (mapeamento), DTCO Connetc (Solução inteligente de negócio), DTCO Trailer ID, DTCO Assistência e serviço móvel, DTCO Pin (conteúdo via web), são algumas das inovações da VDO que estão ou estarão no mercado muito em breve.Um dos passos que está a ser dado é o da interação com smartphones e tablets, que permitirá uma maior conetividade entre a empresa e o motorista, mas que também permitirá um controlo muito mais efetivo e em tempo real do veículo, como das suas condições de operação (carga, combustível, consumíveis, pneus e diagnóstico).Nas diversas apresentações feitas ao longo da reunião foram ainda abordados os temas legislativos, com destaque para o regulamento EU nº165/2014 que, entre outras coisas, poderá vir a definir que os tacógrafos estejam ligados a um sistema global de satélite a partir de março de 2017.No fundo este regulamento poderá vir a mudar radicalmente o paradigma atual dos tacógrafos pois exigirá maior rigor, maior responsabilização dos centros técnicos, um avanço tecnológico considerável, exigências técnicas e informáticas superiores, verificação das calibrações pela Comissão Europeia (que terão maiores competências sobre os centros técnicos) e uma certificação da competição dos Centros Técnicos.

Nesta reunião ficou bem evidente que o futuro reserva grande alterações para todos os intervenientes (centros técnicos, frotas, motoristas, etc), com implicações diretas no dia-a-dia, onde o desafio tecnológico e legislativo é enorme e por isso só os mais preparados poderão acompanhar os novos desafios. A krautli e a VDO estão claramente nesse caminho.Para terminar refira-se que a Krautli atribuiu ainda o Prémio Maior Crescimento à empresa José M. & Paulo Monte, Lda, o Prémio Maior Volume de Vendas à Tecniamper, Lda e o Prémio Reconhecimento (há 25 anos que estão com a krautli) às empresas Fontes Costa, Lda e Manuel Ramalho Saraiva, Lda..

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MAIO/JUNHO 2015 | TURBO OFICINA PESADOS 21

SERVIÇOS OFICIAIS VDO EM PORTUGALCom 38 empresas afetas aos Serviços

Oficiais VDO (das quais 8 pertencem

à rede de especialista em Tacógrafos

DTCO+), a Krautli disponibiliza para

todas elas uma série de ferramentas,

entre as quais se destacam:

Formação e certificação

Campanha de marketing

Programa de lealdade e

diferenciação

Linha de apoio exclusiva e

informações técnicas

Extranet

Web site VDO e Krautli

Verificação de equipamentos para

o serviço a efetuar

Apoio jurídico, garantias

Parcerias para a gestão do

negócio

Equipamento atualizados com a

legislação em vigor

CLUBE KRAUTLINeste evento a Krautli lançou um

novo programa que designou por

Clube Krautli, que mais não é do que

uma plataforma de longo prazo para

reforçar as relações com os principais

parceiros de negócio da empresa, em

todos as áreas em que está presente

(peças, lubrificantes, tacógrafos, etc).

Com este clube a Krautli desenvolveu

um conjunto de benefícios / vantagens

que vão premiar os clientes que mais

compram efetuam, tendo para o efeito

ofertas exclusivas. O objetivo é que a

Krautli seja o fornecedor preferencial

dos membros deste clube, permitindo

dessa forma gerar mais lucros

para todos, reforçar a lealdade e a

fidelidade, e reforçar as relações de

longo prazo com todos eles.

Logicamente que a Krautli criou

um conjunto de requisitos para os

membros, mas também de vantagens,

onde se inclui bónus de volume,

acesso a programas de prémios,

apoio de marketing exclusivo, melhor

logística, acesso a Extranet e ainda o

acesso a um importante conjunto de

ferramentas oficinais, como hotline

técnica, formação, entre outras que

estão em desenvolvimento.

Page 22: Turbo Oficina Pesados 10

22 TURBO OFICINA PESADOS | MAIO/JUNHO 2015

Rosete. Acompanhar a mercadoria

Sendo uma empresa de serviços que opera junto dos transportadores, a Rosete desenvolveu ao longo dos anos um imenso conhecimento sobre as

necessidades dos mesmos na sua operação diária de transporte de carga.Após avaliação e estudo, a Rosete decidiu avançar com a representação para Portugal da Contguard, uma empresa líder mundial, especializada em sistemas automáticos em tempo real para a monitorização e a gestão remota de veículos, contentores e mercadorias em grupagem. Graças à simplicidade do sistema que a Rosete disponibiliza agora em Portugal, através da Contguard, é possível oferecer soluções úteis e eficazes para satisfazer as necessidades de cada utilizador na área das transportadoras. Os sistemas de Contguard oferecem uma solução integral através de equipamentos inovadores e software exclusivo.

A REALIDADECom a capacidade de controlar e administrar o ambiente do armazenamento de contentores secos e refrigerados pode reduzir-se significativamente os riscos de danos e perda de carga.Os registos de um histórico de condições dos sensores e alertas perante eventos especiais podem ajudar a explicar qualquer incidente ocorrido durante a respetiva viagem, desde o momento em que o contentor é selado,

ao mesmo tempo que lhe permitem ver o seu percurso sobre um mapa, a partir da comodidade de um computador ou de um dispositivo móvel.Sendo um produto do qual já existe oferta no mercado, a diferenciação será feita sobretudo pela forma de comercialização, como se de um serviço se tratasse.Dessa forma, não é necessário qualquer investimento em tecnologia já que o serviço de pagamento por dia de utilização inclui o aluguer do software e o envio e recolha do dispositivo em qualquer lugar do mundo.Dessa forma a transportadora ou o responsável pelo envio da carga poderá monitorizar a todo o momento o que se passa de anormal com a mesma, deixando de ter encargos com a aquisição dos dispositivos de controlo instalados no transporte dessa carga, passando assim a ter apenas o custo do aluguer com serviço e dispositivos incluídos.

A Rosete, empresa especializada em peritagem técnica de dados tacográficos,fruto da sua proximidade aos transportadores, lançou um novo serviço para o mercado nacional que permite monitorizar em tempo real a carga de um veículo.TEXTOS PAULO HOMEM

BENEFÍCIOS DA MONITORIZAÇÃO CONTGUARD

São evidentes os benefícios existentes

de controlar tudo o que se passa com

a carga até ela chegar ao seu destino.

Dessa forma, para a Contguard os

benefícios da monitorização da carga

são os seguintes:

Máximo controlo graças aos seus

sensores incorporados;

Transmissões do percurso

periódicas para a necessária

manutenção do contentor;

Tecnologia com certificados a nível

internacional (FCC,CE,RoHS,GS,E1,etc);

Transporte aéreo com deteção de

temperatura, luz e localização em tempo

real. Carga sensível à temperatura e de

manipulação especial;

Pode ficar descansado pois

receberá em tempo real alertas sobre

situações fora do comum. O sistema

ativa-se automaticamente, permitindo-

lhe reagir com prontidão e confiança

para superar os desafios e obstáculos

durante a viagem do contentor;

Suporte automático de

localização de mercadoria numa hora

predeterminada.

CONTACTOSRoseteGerente: Carlos Rosete

Telefone: 244 837 760

E.mail: [email protected]

Website: www.rosete.pt

empresa

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24 TURBO OFICINA PESADOS | MAIO/JUNHO 2015

Transvetra. Soluções criativas

ATransvetra – Transformação de Veículos Lda, iniciou a atividade de adaptação de veículos em agosto de 2000, tendo-se tornado rapidamente

uma empresa conceituada nos segmentos de veículos profissionais, veículos especiais e veículos para o transporte de pessoas de mobilidade reduzida.Martim de Dornellas, sócio-gerente da Transvetra, recorda-nos a origem desta frutuosa aventura que está prestes a completar 15 anos de vida: “trabalhei no estrangeiro como consultor internacional até à viragem do milénio. Com um amigo que era administrador de um banco em Portugal, começámos esta empresa de transformação de veículos do zero.”Hoje, a Transvetra é uma empresa de referência no seu segmento de atividade, desenvolvendo produtos para veículos ligeiros e pesados, nomeadamente unidades móveis de saúde, veículos TPMR, postos de atendimento, estúdios móveis de televisão, carros oficina, minibus, bibliotecas e ludotecas ambulantes, camiões gerador, unidades móveis para as forças de segurança pública, entre muitos outros.

Fortemente apostada no desenvolvimento de conceitos tecnológicos integrais e inovadores, a Transvetra afirmou-se na indústria de veículos transformados para uma grande multiplicidade de aplicações. Por outro lado, a qualidade de processos produtivos e materiais utilizados faz com que a empresa esteja prestes a finalizar o seu processo de certificação, ao abrigo da norma ISO 9001.TEXTO E FOTOS JOÃO CERQUEIRA

empresa

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MAIO/JUNHO 2015 | TURBO OFICINA PESADOS 25

MUITAS PARCERIAS COM AS MARCASA empresa privilegia também, sempre que possível, trabalhar em colaboração com as marcas ou com os seus distribuidores nacionais. Estas parcerias permitem reforçar mutuamente a presença das marcas e da Transvetra no segmento dos veículos transformados. Em 2008, nesse âmbito, firmou uma parceria com a Renault Tech, filial do grupo Renault, desenvolvendo a produção para o mercado nacional do Renault Kangoo TPMR (Transporte Pessoas com Mobilidade Reduzida). Outro exemplo de sucesso é a parceria com a Iveco, no quadro da qual foram produzidas entre 2001 e 2010 mais de 700 cabinas triplas (9 lugares) sobre o chassis Daily.“O que sempre nos motivou é inovar. Copiar o que os outros fazem não é motivante nem nos dá gozo” – sustenta Martim de Dornellas – “enquanto o mercado produzia cabinas triplas em chapa, a Transvetra desenvolveu uma solução inovadora em fibra de vidro que se revelou fantástica em termos de durabilidade e de custo de produção”. Caso raro neste tipo de transformação, a

Unidade móvel de saúde

garantia da marca sobre a carroçaria de origem foi alargada para cobrir a transformação. No quadro das parcerias que desenvolve com as marcas, a Transvetra tem em curso outro projeto interessante, neste caso concreto com o importador nacional dos veículos comerciais Piaggio (Zemarks). Trata-se da transformação do triciclo da gama APE para operar como tuk-tuk. “Temos este projecto nas mãos com uma evolução prevista para que utilizando o mesmo chassis o veículo possa passar a elétrico.”

VEÍCULOS PESADOS PALCO DE GRANDES PROJETOSOs veículos pesados têm sido para a Transvetra um palco privilegiado para o desenvolvimento de alguns dos seus mais notáveis projetos. Em parceria com a Philips Portugal a empresa concebeu as duas primeiras unidades móveis de Raio X a nível mundial com tecnologia totalmente digital, instalando equipamentos avaliados em mais de meio milhão de euros.Segundo nos explica o empresário: “ é sempre difícil dizer qual o projeto mais inovador

EXPORTAÇÕES A CRESCERCom cerca de 10% do volume de

negócios associado às actividades

de exportação, o transformador tem

apostado sobretudo no mercado

angolano, onde a procura de unidades

móveis de saúde, carros oficina e

projectos especiais têm vindo a ganhar

peso na actividade da empresa.

“Neste momento temos alguns projectos

a decorrer, o mercado angolano continua

a ser interessante. As soluções que nós

vendemos para Angola tanto podem

ser montadas aqui como lá” – explica o

empresário – “o ano passado fornecemos

uma série de carros oficina em kit.

Também já fornecemos reboques oficina

completos para a agricultura”.

Neste momento, a Transvetra tem em

mãos um outro projecto de unidades

móveis de saúde com um conceito

totalmente novo, destinado aos países

em desenvolvimento.

Preparação de caravana de ator com maquilhagem

Caravana de ator Ensaio de estruturas em caixa de furgão para carro oficina

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26 TURBO OFICINA PESADOS | MAIO/JUNHO 2015

empresa

ou o mais arriscado. Podemos afirmar que a transformação de um autocarro de dois pisos numa sala de teatro móvel completamente autónoma é um projeto de risco. Instalar um anfiteatro com capacidade para cerca de três dezenas de espectadores, um palco de 10 m2 totalmente equipado, um camarim com sala de estar, quarto, cozinha e WC, uma régie, um sistema de climatização, espaços para arrumações, equipamento de segurança e gerador, representa um verdadeiro desafio pois o único resultado aceitável implica que todas as componentes sejam operacionais a 100%.”E acrescenta: “foi também um desafio na conceção porque um autocarro parece enorme mas esse enorme não é assim tão grande. Cada centímetro conta; os espaços e as funcionalidades exigidas interagem uns com os outros criando um verdadeiro quebra- -cabeças.”No entanto, do ponto de vista técnico, para a Tranvetra o mais desafiante são os estúdios móveis TV montados em camiões de grandes dimensões. Estamos a falar de veículos que têm de estar sempre operacionais, com uma fiabilidade a quase 100%.“As estruturas onde são instalados os equipamentos de áudio e imagem têm de ser realizadas e montadas com precisão, têm também de ser concebidas para suportar

GRANDES CLIENTES EM CARTEIRAPara além de inúmeras parcerias

com os distribuidores de veículos, a

Transvetra tem uma carteira de clientes

recheada de grandes empresas públicas

e privadas, tanto nacionais como

estrangeiras. Entre estas, apenas para

mencionar algumas, encontram-se

a Galp Energia, EPAL, EMEL, Linde,

AXA Assistance, GDF Suez, ou ainda a

EPOS – Empresa Portuguesa de Obras

Subterrâneas do Grupo Teixeira Duarte.

“Para a Epos fizemos muitos carros

destinados a trabalhar no fundo

das minas. Nesses veículos fomos

inovadores ao ponto de fornecer os

carros com a carroçaria colada. O

revestimento exterior não tinha um

único parafuso. Fizemos uma avaliação

rigorosa entre o economicamente viável

e os ganhos de resistência e chegámos

à conclusão de que ia funcionar, como

se veio a comprovar no terreno. É claro

que a utilização de técnicas inovadoras

implica um método de fabrico muito

mais exigente do que as técnicas ‘base’.

A mais valia da Transvetra é estarmos

sempre a tentar evoluir, a descobrir

novas soluções e a melhorar o nosso

produto.”

cargas elevadas sem deformação mas ocupando o mínimo de espaço, finalmente todos os equipamentos têm de ser facilmente amovíveis e acessíveis por trás. Sem esquecer que os utilizadores exigem que o conjunto seja confortável, fácil de utilizar e com uma ergonomia elevada. Se pode parecer complicado num local fixo, imagine que por cima destes requisitos juntamos o facto que o conjunto é colocado num camião e que deve resistir a acelerações em todos os sentidos.”

PERITOS EM AUTOCARROS MUITO ESPECIAISUma das áreas de atuação da empresa são os minibus especiais, direcionados para um tipo de cliente que opera em segmentos muito personalizados. “O tipo de cliente que nos procura quer um autocarro diferente; por exemplo, com estofos em couro de boa qualidade, com uma disposição dos bancos versátil e diferente da habitual, possibilidade de instalar a bordo outos equipamentos, etc.” A gama cobre igualmente a oferta de autocarros para o transporte escolar, a par da instalação de outros equipamentos não disponíveis de origem, nomeadamente portas automáticas, degraus de acesso, varões de apoio, entre outras soluções.

MERCADO DOS CARROS OFICINA INCONSTANTENo segmento dos carros oficina a Transvetra representa em Portugal as marcas Sterntec de origem holandesa, e as suecas Modul-System e Edström, três gamas distintas de produtos modulares que se completam, permitindo à empresa uma enorme flexibilidade ao nível da oferta de soluções e de módulos de equipamento.Martim de Dornellas sublinha que se trata de um tipo de mercado algo inconstante, onde “tanto pode haver várias frotas de 20 carros oficina, como pode haver só algumas unidades. Neste momento estamos a fazer a frota da AXA Assistance. Fizemos o protótipo e os primeiros carros quando iniciaram esta

atividade. Agora que alargaram o serviço a uma série de parceiros, vamos lançar a produção dos primeiros 10 a 20 carros.”A Transvetra tem no seu currículo a transformação de grandes frotas de carros oficina para conceituadas empresas como a Linde Material Handling, Lisboa Gás, GDF Suez, etc.

PRIORIDADE NA ASSISTÊNCIA PÓS-VENDAA empresa garante serviços de assistência pós-venda nas suas instalações em toda a sua gama de produtos e tem também algumas parcerias activas com reparadores externos. Consciente de que os veículos profissionais são indispensáveis no dia-a-dia, a assistência usufrui de prioridade sobre todos os outros serviços.“Fazemos produtos muito fiáveis e tentamos sempre produzir veículos em que a boa qualidade seja simples de utilizar, sólidos e adaptados às necessidades do cliente. Por outro lado, se alguém nos telefonar, por exemplo, às oito da noite a dizer que tem um problema, mesmo que o serviço esteja completo pedimos que se apresente de manhã cedo no dia seguinte para resolvemos a situação.”As garantias dadas pela Transvetra variam entre 1 e 3 anos, consoante os tipos de equipamento, enquanto nos trabalhos de montagem efetuados pela empresa o período de garantia é sempre de 2 anos. Nos carros oficina a garantia dada pelo fornecedor é de 3 anos. Em caso de concursos públicos a empresa também faz extensões de garantia, se houver necessidade disso.

CONTACTOSTransvetra – Transformação de Veículos de TrabalhoSócio gerente: Martim de Dornellas

Telefone: 212 109 650

E.mail: [email protected]

Internet: www.transvetra.pt

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28 TURBO OFICINA PESADOS | MAIO/JUNHO 2015

Mikfil. O estratégico setor dos pesados

Évasta a gama de produtos que a Mikfil tem em stock. Sejam eles filtros de ar, habitáculo, óleo ou combustível, a Mikfil possui uma diversificada

oferta neste tipo de produto, dando resposta a praticamente todas as necessidades do mercado automóvel, seja em ligeiros, seja em pesados.

PESADOSSe a gama de filtros para veículos ligeiros sempre foi o forte da Mikfil, a aposta nos últimos anos tem sido num reforçou da oferta para os veículos pesados e, também, ao nível na maquinaria.“Atualmente podemos dizer que temos uma gama muitíssimo abrangente para veículos pesados, mas temos vindo a trabalhar também noutros segmentos, como seja o veículos industriais e de construção e tratores agrícolas. Um outro sector que também já estamos a fornecer é os dos equipamentos industriais, mas neste caso já fora do sector auto”, diz João Costa.Reconhece este mesmo responsável que

Totalmente especializada em filtragem para o setor auto, a Costa, Nunes & Costa, Lda, mais conhecida por Mikfil, entende o setor dos veículos pesados como estratégico para a sua atividade, através da marca Fil Filter.TEXTOS PAULO HOMEM

trabalhar o segmento dos veículos pesados, dos veículos industriais e tratores é algo “mais exigente que o sector dos veículos ligeiros, por ser um mercado muito específico que requer muita atenção e conhecimento. Contudo, não deixa de ser um mercado atraente e que nos tem vindo a alargar substancialmente o leque de clientes e de oportunidades, até porque não existe tanta concorrência”.Na avaliação deste “novo” tipo de cliente, João Costa diz que se trata de um cliente “que sabe bem o que quer e quando quer precisa de ser imediatamente servido. É um sector em que os clientes não olham tanto ao preço valorizando bastante a qualidade. Estamos a falar de veículos e máquinas muito caros, que levam os clientes a olharem muito à qualidade dos filtros”.Considera ainda o mesmo responsável que se trata de uma área de negócio “em que ainda temos muito para desbravar e, por isso, é algo em que vamos continuar a apostar, obviamente sem desprezar os filtros para ligeiros que representam ainda 70% das nossas vendas”.

FIL FILTERDas diversas marcas que comercializa, é a Fil Filter aquela que mais se orienta para os veículos pesados e para a maquinaria industrial e agrícola. Trata-se de uma marca do origem Turca, que a Mikfil representa há muitos anos, que para além de estar presente no aftermarket está igualmente no primeiro equipamento, com presença em marcas como a New Holland e Massey Fergunson, tendo ainda representação no catálogo TecDoc . “Temos desenvolvido muito esta marca em Portugal, que tem precisamente a sua especialização neste sector dos veículos pesados. Algo que temos vindo a implementar, por exemplo, são os filtros de óleo para componentes hidráulicos, onde existe uma grande exigência ao nível da fiabilidade, que uma marca como a Fil Filter pode garantir”, explica o responsável de Marketing da Mikfil.No plano estratégico, a abordagem da Mikfil ao segmento das frotas de pesados, segue uma lógica um pouco diferente face à que tem para os filtros de ligeiros, onde existe uma cadeia logística mais definida (grossista, retalhista e oficina).

empresa

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MAIO/JUNHO 2015 | TURBO OFICINA PESADOS 29

Logicamente que todos os retalhistas podem comercializar os seus filtros para estes sectores mais profissionais, mas é a própria Mikfil que também faz uma ação comercial direta junto das frotas de pesados. “Temos vindo a trabalhar com alguns clientes que fazem eles próprios a manutenção das suas frotas de pesados”, refere João Costa, esclarecendo que “é um trabalho que vamos continuar a fazer, mesmo sabendo que é um mercado onde existe uma grande fidelização às marca Premium, mas onde existem muitas oportunidades”.Para as frotas de maquinaria industrial e agrícola, a abordagem será também semelhante, possibilitando aos seus clientes retalhistas a abordagem a esses segmentos e nos casos em que tal não for possível, ser a própria Mikfil a trabalhar diretamente com esses clientes.

ESPECIALIZAÇÃO MARCA / SETORA marca mais representativa do portefólio desta empresa de Grijó é precisamente a Mikfil. Um dos trabalhos que a empresa tem

vindo a fazer passa pela especialização das marcas nos diferentes sectores de atividade em que está presente. Dessa forma, a Mikfil tendencialmente tem vindo a ser trabalha apenas para o sector dos filtros para veículos ligeiros, ficando a Fil Filter orientada para os pesados e máquinas industriais e agrícolas.A empresa ainda comercializa uma outra marca, designada por JHF, também ela registada pela Mikfil, com filtros destinados ao segmento dos veículos ligeiros asiáticos, possuindo uma gama muito alargada.Apesar da estabilidade de marcas e representações que tem mantido ao longo dos últimos anos, João Costa refere que “não fechamos a porta a novas representações, porém estamos receptivos a poder estudar novas representações, mesmo numa oferta Premium, que pudesse preencher algumas referências que não temos na nossa gama. Pode ser que surjam novidades no futuro a este nível”.A empresa dispõe de dois armazéns no Grijó (Vila Nova de Gaia), com mais de 2.000 m2, trabalhando mais de 1.500 referências

CONTACTOSMikfilResponsável de Marketing: João Costa

Telefone: 227 536 770

E.mail: [email protected]

Website: www.mikfil.com

distintas, que comercializa apenas para o retalho de peças, seguindo a tradicional cadeia logística.Investir em stock, diversificar a oferta, reforçar presença na zona sul do país e continuar a investir na presença online (pelo site de vendas online entram 80% dos pedidos e está disponível o catálogo sempre atualizado) são as próximas apostas da Mikfil.Refira-se que a empresa está a preparar o caminho em 2015, para em 2016 ter a sua própria marca (Mikfil) também do TecDoc, pois considera João Costa que “é uma excelente montra, que nos possibilitaria uma outra exposição e uma outra visibilidade para a nossa marca mais representativa”.

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30 TURBO OFICINA PESADOS | MAIO/JUNHO 2015

empresa em destaque

Grupo Sobralpneus. Diferentes abordagens aos pesados

A s raízes do Grupo Sobralpneus estão na área elétrica. Foi com as reparações elétricas que a empresa iniciou a sua atividade no distante ano de 1972,

mas passados quase 43 anos a realidade é outra, com a empresa a diversificar os seus serviços para as áreas dos pneus, mecânica, chapa, pintura, lavagem, assistência 24 horas, transporte de mercadorias, tacógrafos, gestão de postos e distribuição de combustível e, mais recentemente, entrou até em áreas que nada tem a ver com automóveis ou com veículos pesados.“Uma das vertentes da empresa sempre teve a ver com os limitadores e com os tacógrafos, que ainda hoje é uma das áreas mais importantes da empresa”, começa por revelar António Eduardo, Diretor Geral do Grupo Sobralpneus.De tal forma este área é importante na empresa, que atualmente o Grupo Sobralpneus pertence à rede europeia DTCO+, que funciona como a rede oficial da VDO. “Desde o início que estamos neste projeto, que ganhou mais visibilidade nos últimos dois anos, que nos permite estar constante atualizados na área dos tacógrafos, quer nos equipamentos quer nas atualizações do software, que muitos outros operadores só têm mais tarde”, afirma o mesmo responsável,

O Grupo Sobralpneus disponibiliza para o setor dos pesados uma série de serviços que permite à empresa do Carregado ter uma abordagem muito completa para as frotas, estando continuamente a investir nesta área.TEXTOS PAULO HOMEM

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dizendo que “esta situação obriga-nos a muito investimento, mas como temos clientes de referência, temos que estar constantemente a investir nesta área”.Fruto da especialização da empresa na área elétrica e electrónica, o Grupo Sobralpneus tem vindo a desenvolver outros serviços técnicos de reparação de unidades electrónicas dos pesados (embora o principal serviço seja em veículos ligeiros), como também reparações de alternadores, motores de arranque e outros componentes.Sendo muito forte também na área da mecânica tradicional, nomeadamente para veículos ligeiros, António Eduardo diz que “a empresa também está capacitada e tem técnicos que nos permitem fazer intervenções mecânicas em veículos pesados, mas essa não é a nossa aposta nem é estratégico para nós pois sabemos que existem especialistas para o fazer”.Tendo no grupo uma empresa que faz a distribuição de combustível por grosso, outro dos serviços que a empresa disponibiliza aos seus clientes de frota é precisamente o da distribuição de gasóleos.

PNEUSTambém na área dos pneus para pesados o grupo Sobralpneus dispõe de uma capacidade

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32 TURBO OFICINA PESADOS | MAIO/JUNHO 2015

de resposta significativa. Só no Carregado dispõe de instalações com seis boxes individuais para pesados, onde se faz todo o serviço de pneus. “Sejam camiões, reboques, autocarros ou mesmo outros veículos pesados mais específicos podemos disponibilizar qualquer serviço em pneus, assim como a assistência 24 horas, serviço para o qual temos quatro diferentes veículos equipados, sendo que um deles está sempre a trabalhar na casa dos clientes”, revela António Eduardo, explicando que em função dos clientes e do tipo de frota a empresa tem contratos de assistência.Este forte acompanhamento das frotas na área dos pneus, com o recolher constante de informação relevante sobre esta área, permite que o Grupo Sobralpneus tenha como dado adquirido, perante os seus clientes, o serviço de “consultoria” e aconselhamento especializado.Não menos importante são os acordos que a empresa tem com algumas das mais reputadas empresas de pneus, fazendo o grupo Sobralpneus parte integrante das redes europeias de assistência a pneus que esses construtores de pneus desenvolvem.

REPRESENTAÇÕES EXCLUSIVASPara além dos postos de retalho, da assistência e de disponibilizar aos clientes uma abrangente gama de pneus (desde o ligeiro até ao pesado, passando pelos pneus para Otr), o Grupo Sobralpneus possui mesmo algumas

empresa em destaque

representações exclusivas nesta área.Em tempos a empresa chegou a ter uma estrutura dedicada ao sector grossista, mas atualmente a empresa não tem uma máquina montada exclusivamente para a distribuição, mesmo se o responsável da empresa admite que ainda atualmente tem alguma revenda, dizendo contudo que não é o core business da empresa.O Grupo Sobralpneus tem a representação da Starmaxx (em pesados de camião, turismo, comerciais e 4x4), produto fabricado na Turquia, a Advance, uma marca chinesa que está presente no equipamento de origem em equipamentos pesados e industriais, e ainda a marca Horizon, neste caso um produto Budget (apenas disponível nesta fase para veículos ligeiros).“Temos um volume de stock de quase 50.000 pneus, que está divido pelas nossas sete lojas e por um armazém que temos no Carregado”, revela António Eduardo que diz que “todas as marcas que representamos são muito interessantes na relação preço / qualidade, mas o importante para nós é saber sempre as necessidades do cliente e dar-lhes a melhor solução. É por isso que comercializamos muito outras marcas de pneus, pois queremos oferecer sempre a solução correta ao cliente”.Não sendo prioritária a revenda para o Grupo Sobralpneus, António Eduardo esclarece que a aposta da empresa nestas três marcas se deve sobretudo a “alguma volatilidade das companhias nos segmentos Budget e

isso não é confortável para nós. Ao termos as nossas próprias marcas conseguimos garantir ao cliente uma continuidade num produto e numa marca que ele já está habituado. A exclusividade dessas marcas garante-nos alguma proteção fase à concorrência e preços mais competitivos”.Ainda na área dos pneus o Grupo Sobralpneus chegou a ter uma recauchutagem (uma das mais antigas do país), mas neste momento é uma empresa que se dedica apenas a reparação de pneus, nomeadamente em pneus agrícolas, OTR e pesados.Novos projetos poderão vir a surgir no Grupo Sobralpneus, mas ainda não será o momento certo para os divulgar, referindo António Eduardo que “sempre foi um grupo que se soube adaptar aos tempos e quase todos os anos tínhamos um novo investimento. Os tempos são outros e já não nos permitem sonhar da mesma forma, mas estamos sempre muito atentos a novas realidades nas quais poderemos vir a investir, até porque temos espaço e meios para isso. A nossa intenção é não ficar parados”.

CONTACTOSGRUPO SOBRALDiretor-geral: António Eduardo

Telefone: 263 851 201

E.mail: [email protected]

Website: www.sobralpneus.com

SETE INSTALAÇÕES, CINCO PARA PESADOSO Grupo Sobralpneus dispõe de seis

unidades de retalho de pneus e

assistência técnica (na zona da Grande

Lisboa), sendo que cinco delas estão

preparadas para fazer serviços a

pesados.

A empresa trabalha essencialmente

com clientes frota mas praticamente

não existem contratos de manutenção.

“Temos por experiência própria que

o cliente consegue rentabilizar a sua

manutenção fazendo serviço a serviço,

pois fazendo contratos de serviços o

mesmo acaba por pagar alguns sem

nunca usufruir deles” refere António

Eduardo, Diretor Geral do Grupo

Sobralpneus.

A aposta tem sido muito forte nos

equipamentos e na formação da equipa

profissional, dizendo o responsável

da empresa que “a empresa tem 43

anos e sempre se pautou por assumir

as suas responsabilidades, através

da comercialização de serviços e

produtos sobre os quais poderemos dar

garantia e que sabemos que servem as

necessidades dos clientes”.

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34 TURBO OFICINA PESADOS | MAIO/JUNHO 2015

Estratégia

Hydraplan. Estende rede de serviço MAN a EspanhaO novo MAN Truck & Bus Service de Mérida foi oficialmente inaugurado no passado dia 25 de abril, com a presença de cerca de duas centenas de convidados, na esmagadora maioria clientes ibéricos da marca alemã. TEXTO E FOTOS JOÃO CERQUEIRA

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Concessionado à Hydraplan – Manutenção e Comércio de Veículos S.A., empresa que já detinha em Portugal dois MAN Truck & Bus

Center, trata-se dum novo ponto de assistência pós-venda e de serviço de peças para camiões e autocarros das marcas MAN e Neoplan. Esta nova concessão da MAN Truck & Bus Iberia cobre toda a região da Extremadura espanhola.A cerimónia de inauguração contou com a presença do Director de Pós-venda da MAN Truck & Bus Iberia, José Luis Mellado, do Alcaide de Mérida, Pedro Acedo Penco, dos administradores da Hydraplan e de representantes da MAN Portugal.Segundo José Luis Mellado, “as novas instalações cumprem todos os standards normativos definidos pela MAN, honrando a presença da marca Extremadura com o

objectivo de assegurar um excelente serviço junto dos nossos clientes.”O Director de Pós-venda da MAN Truck & Bus Iberia vai mesmo mais longe, garantindo que “esta oficina cumpre uma função extraordinária no contexto da geografia da Península Ibérica, consolidando o pós-venda da MAN numa das rotas mais importantes, com ligações à zona centro e saída para a Europa e à capital de Portugal. Também assegura o serviço aos nossos clientes na importante Rota da Prata.”José Luis Mellado considera que “nestes tempos difíceis é um privilégio contar com empresários dispostos a investir na MAN e nos seus clientes. Neste caso passaram mesmo a fronteira para investir no nosso país. A excelência da empresa Hydraplan, do seu serviço e profissionalismo, fizeram dela uma empresa de referência a nível de serviço

da MAN no mundo e na Europa, permitindo assegurar a melhor atenção profissional aos nossos clientes na Extremadura e a todos aqueles que transitam por esta rota.”Também o alcaide de Mérida enalteceu o regresso da MAN à capital autonómica da Extremadura, após um ano de ausência na sequência do desaparecimento da Vialca.O novo MAN Truck & Bus Service – Hydraplan Mérida encontra-se implantado numas generosas instalações com cerca de 7.000 m2, estando activos neste momento à volta de 4.000 m2, dos quais 1.800m2 são de área coberta, onde foram instalados a oficina, armazém e loja de peças e os serviços administrativos. A oficina tem capacidade para prestar assistência a 12 veículos pesados ao mesmo tempo, e espaço para se estender por mais 1.200 m2 de área coberta, caso no futuro o aumento do fluxo de serviço o justificar.

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36 TURBO OFICINA PESADOS | MAIO/JUNHO 2015

ESTRATÉGIA

José Duque. “Hydraplan Mérida superou expetativas”

José Duque, o grande impulsionador da implementação da MAN no Algarve, primeiro diretamente através da MAN Portugal, e a partir de 2005 aos comandos

da administração do concessionário Hydraplan Algarve, foi nomeado também administrador da Hydraplan Mérida, funções que ainda acumula com a administração comercial da Hydraplan Alverca, nesta entrevista fala-nos do novo MAN Truck & Bus Service, da atividade no Algarve e da expansão da atividade da Hydraplan Alverca.

Como nasceu este projeto de expansão da Hydraplan para fora do território nacional?A Hydraplan já cobria uma zona bastante abrangente do território nacional com toda a parte sul de Portugal. Sempre esteve no nosso pensamento estendermo-nos territorialmente para conseguirmos ter um peso maior dentro da própria organização MAN. Há pouco mais de um ano houve alguns contactos com o concessionário que estava aqui na zona, mas esses contactos acabaram por se gorar. Posteriormente, tivemos conhecimento que esse concessionário fechou e iniciámos logo contactos com a MAN Portugal e depois com a MAN Iberia. Viemos ao local para arranjar instalações e também contactámos a equipa que trabalhava no anterior concessionário.

Porquê Mérida?A MAN disse-nos que a localização teria de ser em Mérida, uma vez que estamos num cruzamento de rotas, com a ligação entre as duas capitais Lisboa e Madrid e a rota da Prata, no eixo entre Sevilha e Salamanca. Para a MAN é importante ter aqui um ponto de apoio para acorrer a uma eventual avaria, e para nós era importante expandirmo-nos para uma região contígua à nossa zona de influência em Portugal. É uma região bastante grande uma vez que a concessão abrange as províncias de Badajoz e Cáceres, portanto todo o território da Comunidade Autonómica da Extremadura.

Q uais são as principais mais-valias deste novo MAN Truck & Bus Service?Como se tratava de um projeto novo tentámos, do ponto de vista tecnológico, um posicionamento acima dos padrões normais. Dotámos a oficina com todos os meios tecnológicos que hoje são necessários. Posso dizer, inclusivamente, que estamos ainda mais bem equipados do em Portugal. Por

exemplo, nós temos aqui detetores de folgas, frenómetros, etc. Em termos de ferramentas este novo ponto de serviço MAN é topo de gama como também o é em termos de espaço.

E em termos de investimento?Investimos cerca de meio milhão de euros na Hydraplan Mérida. Anteriormente, o edifício era composto por três pavilhões. Um dos nossos grandes desafios foi adaptar o edifício às exigências da MAN e também às do próprio ayuntamiento de Mérida, com placas antifogo, isolamentos térmicos, saneamento a nível de resíduos perigosos, o próprio isolamento do solo, etc.

Quais são as vossas perspetivas para a atividade desta nova oficina? Embora estejamos agora a inaugurar oficialmente, este novo ponto de serviço MAN começou a laborar a 15 de janeiro e hoje já temos a certeza que foi um projeto que valeu a pena. Está correr muito bem, nestes primeiros meses superou as nossas expetativas. Nós já estamos com uma média de três a quatro entradas diárias. O nosso objetivo no curto/médio prazo é no mínimo 10 entradas por dia, entre serviços rápidos e outros.

Que trabalho estão a desenvolver para dar a conhecer a nova oficina? Neste momento estamos a contactar os clientes MAN do Alentejo junto à fronteira, nomeadamente em Elvas, Campo Maior, Portalegre e outras localidades, a informá--los de que agora têm um ponto de assistência geograficamente mais próximo. Mesmo quando se trata de organismos públicos que podem ter alguma dificuldade em fazer serviços a nível de Espanha, informamos que não tem qualquer problema porque o fazem oficialmente em termos de Hydraplan Portugal, e depois nós “subcontratamos” a nossa filial aqui em Espanha para fazer o serviço. É como se o serviço fosse feito em Portugal.

Têm aqui em Mérida viaturas usadas do programa MAN TopUsed?Relativamente à venda de veículos temos uma pessoa cá da MAN Iberia que é responsável por essa área, e acabamos por ter também o departamento TopUsed de viaturas usadas. As que estão em exposição foram recondicionadas aqui nas nossas oficinas.

Após uma ausência da MAN na região da Extremadura espanhola durante quase um ano, a Hydraplan ganhou nova concessão desta conceituada marca alemã de pesados, estendendo agora além-fronteiras a sua atividade de serviço pós-venda.

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MAIO/JUNHO 2015 | TURBO OFICINA PESADOS 37

CONTACTOSHydraplan Mérida, S.L.Responsável administração oficina: Victor Ribeiro Granado

Telefone: 924035092

E.mail: [email protected]

Internet: www.hydraplan.pt

A Hydraplan Algarve inaugurou também novas instalações o ano passado. É possível fazer um balanço?No Algarve sempre trabalhámos com instalações que eu diria provisórias, com graves lacunas em termos de espaço de parque. Inaugurámos novas instalações há pouco mais de um ano. Surgiu-nos a oportunidade de ficarmos com umas instalações que já estavam preparadas para oficina, saímos de Olhão, uma cidade que nos deu sempre todo o apoio que nós necessitámos e passámos para Loulé. Ficámos com uma localização mais central no Algarve e com umas instalações mais modelares a nível de MAN Truck e Bus Center, com cerca de 1.000 m2 de área coberta e 3.000 m2 de área descoberta. No Algarve temos muitos clientes municipais e não nos tem faltado serviço. Nós apoiamos e tratamos esses municípios com muito carinho e felizmente é isso que nos tem dado a possibilidade de marcarmos uma presença forte no Algarve.

No Algarve também prestam assistência às frotas MAN do Baixo Alentejo?Na MAN temos de ter pontos de apoio até um raio de 125 km. Isso permite-nos, entre Alverca e o Algarve, os nossos serviços oficinais dividivem a zona irmamente. No caso do serviço de peças ainda vamos mais longe, porque se houver necessidade pode avançar qualquer das lojas de peças da Hydraplan (Alverca, Algarve ou Mérida).

Porquê a opção da Hydraplan Alverca ter avançado também com as concessões de vendas e serviços pós-venda da Volkswagen Veículos Comerciais e da Mazda? Em Alverca tínhamos umas instalações já com uma dimensão razoável, mas só com a atividade ligada à MAN. O maior risco de termos só uma atividade é haver períodos altos e baixos. Para colmatar os períodos baixos abraçámos outros projetos. Conseguimos uma concessão da Volkswagen Veículos Comerciais e também da Mazda a nível de automóveis ligeiros não comerciais, uma vez que já há muitos anos que andávamos a ser contactados pela Mazda Portugal porque não tinham naquela zona nenhum concessionário. Não tendo o volume de negócio que temos nos pesados, nuns meses o negócio dos comerciais Volkswagen corre um pouco melhor, noutros é o da Mazda, e tudo isso vai ao encontro da nossa ideia: compensar a nossa atividade da MAN.

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38 TURBO OFICINA PESADOS | MAIO/JUNHO 2015

MERCADO

Mercado. Perspetivas para o futuro

Durante os anos de 2013 e 2014, a Frost & Sullivan recolheu, através de entrevistas com administradores de empresas de componentes OEM

realizadas mundialmente, dados acerca do setor dos pesados. Compilando-os, esta empresa de consultoria e estudos de mercado oferece um ponto de vista interessante sobre o que será o futuro do setor nos próximos anos. Para já são os novos mercados da globalização – a África e os mercados emergentes que compõem os Next 11 (Bangladesh, Egito, Indonésia, Irão, México, Nigéria, Paquistão, Filipinas, Turquia, Coreia do Sul e Vietname) – que ocupam a mente dos gestores mundiais, bem como a crescente relevância para o setor da América do Norte, tanto no que diz respeito à produção como ao comportamento dos seus mercados. Mas o que mais preocupa estes administradores é a volatilidade do preço dos combustíveis, um fator determinante para todo o setor e que condiciona o seu desempenho futuro.A este respeito, e apoiando-se também em dados do Banco Mundial, a Frost & Sullivan prevê que 2015 seja um ano de crescimento tanto para o setor dos pesados, apoiando--se também num crescimento global do rendimento bruto, que será entre 3,3 e 3,6% superior ao registado em 2014, e num crescimento bastante elevado do negócio de pesados nos mercados emergentes, onde a Índia apresenta um aumento de 11,3% nas expectativas de crescimento face ao conseguido em 2014, apresentando assim elevadas oportunidades de negócio para os investidores. No lote dos mercados apetecíveis em termos de negócio encontram-se ainda os Next 11 (para quem é vaticinado um crescimento de 8,7%) e a Rússia, que deverá crescer 10% face a 2014. A Europa, no entanto, representa apenas uma oportunidade moderada de negócio, fruto de um crescimento do produto interno bruto dos países que a compõem de entre 0,8 e 1,3%, a que corresponde um crescimento estimado de meros 2,8% para o setor dos pesados.

A Frost & Sullivan, uma empresa global de consultoria e estudo de mercado, realizou um estudo mundial sobre pesados e levanta o véu do que será o futuro do setor.TEXTO JOSÉ MACÁRIO

Contas feitas a todas as regiões do globo, é esperado que em 2015 as vendas globais de pesados atinjam os 2,88 milhões de unidades, um aumento de 3,5% face aos 2,79 milhões registados no ano passado, que se distribuirão entre 64% de camiões pesados (acima de 16 toneladas) e 36% de camiões médios (entre 6 e 16 toneladas). A maior fatia destes será entregue na China, que será responsável pela compra de perto de um milhão de unidades (74% de camiões pesados e 26% de camiões médios), ao passo que a menor fatia viajará para a Rússia, onde serão vendidos apenas cerca de 100 mil unidades, com um mix que favorece claramente os camiões pesados, que atingem 78% do total de vendas naquele país. Na Europa deverão ser comercializadas cerca de 300 mil unidades, onde predominarão os camiões pesados (77%) face aos médios (23%).

VENTOS DE MUDANÇAA curto/médio prazo, este estudo aponta para algumas mudanças de paradigma no mundo dos pesados. Para começar, os portfólios das frotas deverão contar, na sua maioria, com camiões de gama média, como o JAC HF ou o Tata Prima, pois apresentam a melhor relação custo/benefício. As gamas de preços deverão oscilar entre os 40 mil e os 85 mil euros, mas o equipamento de série será extenso e contará com itens como ABS, direção assistida, bancos ajustáveis, ecrã multifunções, entre outros. Quanto a motores, a maioria deverá ser constituída por unidades com potências entre os 250 e os 360 cv e com capacidades que oscilarão entre os oito e 11 litros. Para os alimentar o gasóleo continuará a ser o combustível de eleição, esperando-se que em 2015 atinja, globalmente, uma percentagem de 93,5% do mercado. No entanto, os motores alimentados por gás natural deverão subir durante este ano, prevendo a Frost & Sullivan que registem uma quota de mercado de 4,4%. Os restantes 2,1% do mercado dividem- -se entre os grupos propulsores híbridos e as unidades que consomem gasolina,

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5 PREVISÕES PARA 20151 As vendas globais devem atingir os

2,88 milhões de unidades à medida que

a economia crescerá entre 3,3% e 3,6%.

2 O diesel continuará a ser o combustível

mais apreciado, ainda que a sua quota

face aos restantes combustíveis no

mercado desça para 93,5%.

3 A volatilidade do preço dos

combustíveis trará insegurança aos

mercados e impactos negativos nas

tecnologias ambientais.

4 A adoção de sistemas telemáticos

será ajudada pelas poupanças que estes

possibilitarão.

5 Construtores e empresas vão virar

a sua atenção para as tecnologias

de análise de dados, agregação de

transportes e condução autónoma.

que conseguem 0,2% e 1,9% do mercado, respetivamente.Apesar de globalmente ter uma percentagem maior do mercado, os motores a gasolina não deverão ser vistos nas estradas europeias, onde a previsão aponta para que 97,7% dos camiões vendidos consumam gasóleo, 1,9% gás natural e 0,4% sejam híbridos, um valor próximo do do mercado norte-americano, onde se deverá registar a maior percentagem de veículos deste tipo (0,5%), mas também movidos a gasolina (6,0%). Por seu turno, a China deverá registar a maior percentagem de camiões movidos a gás natural (8,0%) ao passo que no mercado russo o diesel será rei, com 99,6% do mercado.

EVOLUÇÃO TECNOLÓGICAÀ medida que as vendas crescem em cerca de mais 90 mil unidades, a indústria deverá focar-se na adoção de tecnologias de conectividade para realizar uma mudança positiva na eficiência dos serviços que envolvem camiões.Se até agora a tecnologia ao serviço dos veículos pesados versava apenas sobre design, dinâmica de condução, segurança, fiabilidade, conforto e custo de operação, o paradigma está a alterar-se e as marcas focam agora os seus esforços de pesquisa e desenvolvimento (sem descurar os restantes) na sustentabilidade e no desempenho ambiental dos seus veículos, bem como na conectividade e na “inteligência”, foco esse que se manterá no futuro, mas que estará mais centrado no condutor, potenciando o seu conforto, saúde e bem-estar, e em tecnologias de condução autónoma. No entanto, a segurança nunca deixará de estar debaixo de olho e vamos assistir este ano ao início da integração dos sistemas de segurança, que combinarão num único sistema de sensores

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mercado

os vários subsistemas, como a monitorização do ângulo-morto, o controlo de estabilidade, alerta de atenção do condutor, entre outros. Não só isto beneficiará a classificação destes veículos pelas entidades reguladoras como simplificará os processos de montagem e reparação, diminuindo assim o custo de operação do cliente final.Esta mudança de foco confere legitimidade às previsões de adoção massiva de software telemático, que deverá chegar a 7,2 milhões de camiões em todo o mundo até ao final de dezembro de 2015, o que se espera gere cerca de 1600 milhões de euros em receitas de serviços telemáticos, um valor 19% acima do registado em 2014. Por outro lado, com o aumento de sistemas telemáticos a bordo dos camiões será possível assistir ao desenvolvimento de software de previsão de tráfego e também de mapeamento meteorológico. Até 2020 chegarão os sistemas inteligentes de transporte e, cinco anos mais tarde, a integração com as redes sociais estará completa. Todas estas evoluções permitirão aos decisores terem atitudes proactivas ao invés de reativas, como até agora.Será possível combinar dados meteorológicos, de tráfego, de disponibilidade de locais de carga/descarga para criar uma maior rentabilidade na indústria do transporte. Os custos poderão ser diminuídos em todas as categorias, estimando-se, por exemplo, para o consumo de combustível, um dos maiores de uma frota, uma diminuição de entre 10% e 25% de acordo com a aposta na otimização das rotas. Sabendo quando e onde o camião andará, é possível adotar um sistema de seguro baseado na utilização, o que gerará poupanças de até 30% neste particular; mas não só, a utilização de sistemas de prognóstico e de manutenção preventiva deverá colocar nos bolsos das empresas cerca de 25% do que habitualmente era gasto com estas intervenções.

USADOSAté 2020, o mercado de exportação de usados também sofrerá algumas alterações (ver gráfico ao lado). Os camiões que partem da Europa Ocidental para o leste europeu descerão ao longo dos próximos cinco anos, passando dos 21,5% previstos para 2015 para 15% em 2020. Cenário idêntico é esperado para as exportações realizadas para o Médio Oriente (passarão de 23,8% para 19%) e para a América do Norte (de 29,5% em 2015 para 23% em 2010). No entanto, outras oportunidades de negócio emergirão, sendo o mercado africano aquele que se colocará na linha da frente para receber os usados europeus: espera-se que, dos 12,5%esperados para 2015, as exportações para aquele mercado disparem para 28% em 2020. As regiões da Ásia, América do Sul e Austrália também verão as suas quotas crescer até 2020, ano em que se espera atinjam os 7%, 6% e 2%, respetivamente, das exportações de usados europeus.

MARCA MERCADO PRODUTO

Grupo Volvo América do Norte VAH 630

Índia Série PRO 6000, 8000

Ásia-Pacífico UD Quester 8,0 litros

Europa Betoneira Renault C XLOAD

Renault C 8x4 Tridem

Renault K Xtrem

Navistar América do Norte International Workstar com motor Cummins de 6,7 litros

Tata Motors Ásia-Pacífico Veículos comerciais Xenon e Prima

Cummins Global Motores 5.0 V8

Daimler América do Norte Western Star 5700

Ásia-Pacífico e África Fuso FJ HDT-2528R

Paccar Europa DAF CF e XF com eixo traseiro direcionável

GAZ Rússia Sadko NEXT

IVECO/FPT Europa, China e África Eurocargo (Nova geração)

Daily (4x4, Gás Natural)

FAW-Jiefnag China Gama J6 LNG

Shaanxi China Camiões M3000

Camiões 8x4

Camiões pesados X3000

Fonte: Frost & Sullivan

ESTREIAS EM 2015

AMÉRICA DO NORTE

AMÉRICA DO SUL

ÁFRICA

EUROPA DE LESTE

ÁSIA

MÉDIO ORIENTE

AUSTRÁLIA

29,5

5,6

12,521,5

5,6

23,8 23

6

2815

7

19

2

1,1

EXPORTAÇÕES DE PESADOS A PARTIR DA EUROPA OCIDENTAL

2015 2020

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42 TURBO OFICINA PESADOS | MAIO/JUNHO 2015

especial

Peças originais. Marcas diversificam oferta

Aconcorrência movida pelo mercado de peças não originais é ainda mais intensa nos veículos comerciais do que nos turismos e sente-se

sobretudo no material de grande rotação. O lado positivo dessa concorrência feroz é que tem vindo a obrigar também as marcas de veículos comerciais a fazerem reajustamentos de preços, reclassificando com elevada frequência muitas referências de peças em termos de valor, aproximando-se assim tanto quanto lhes é possível daquilo que o cliente profissional encontra no mercado.Outra forma encontrada pelas marcas para tentar contrariar essa tendência de mercado traduz-se por uma enorme proliferação de campanhas de serviço, mensais, sazonais, etc., com pacotes de descontos muito diversificados que englobam tanto as peças

Num mercado ferozmente concorrencial as peças originais fornecidas pelas redes das marcas de camiões e autocarros continuam a dar as melhores garantias em termos de qualidade, fiabilidade e durabilidade. TEXTO JOÃO CERQUEIRA

como o próprio serviço. Segundo testemunho dos próprios transportadores, por vezes os descontos destas campanhas são tão significativos que conseguem mesmo superar toda a concorrência em termos de preço.

SEGUNDAS LINHAS DE PEÇAS Outra das grandes tendências de mercado prende-se com o lançamento da oferta de segundas linhas de peças nas redes de serviço dos fabricantes de pesados. Neste momento, já todas as marcas oferecem também peças recondicionadas originais, num processo onde as peças usadas são totalmente desmontadas, limpas, verificadas exaustivamente, submetidas a testes de qualidade e de resistência dos materiais, selecionadas e montadas de novo de forma industrial, muitas vezes nas próprias linhas das unidades de produção dos fabricantes.

Em boa verdade, as peças recondicionadas são na esmagadora maioria dos casos órgãos, onde são substituídas apenas as peças que já não correspondem aos padrões exigidos pelas marcas. Na prática, este tipo de oferta tem enormes vantagens em termos de preço para os clientes profissionais e dá todas garantias de um produto de qualidade original.A oferta de segundas linhas não se fica por aqui e começa a estender-se também progressivamente às peças para reboques e superestruturas, procurando as marcas oferecer soluções One Stop de serviço aos seus clientes, às peças de “linha branca” nas famílias de produtos de grande rotação e até mesmo às peças multimarca.

RAPIDEZ É FUNDAMENTALNo milionário negócio das peças de reposição, dos transportadores com quem falámos no

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decurso da realização deste trabalho, o fator determinante, na maioria dos casos, é o fator tempo. Isto é, eles até podem pré-selecionar um determinado fornecedor porque tem a peça mais barata, mas se houver outro que a entrega mais depressa, essa acaba por ser, quase sempre, a sua decisão de compra. Para o transportador, ter a peça mais cedo significa que também consegue devolver o veículo à estrada mais cedo.As marcas sabem isso e têm feito investimentos muito grandes em toda a rede de fornecimento, normalmente composta, numa primeira linha, por grandes armazéns centrais, numa segunda, por grandes armazéns regionais, e finalmente, pela rede capilar dos concessionários de serviço.Entre os grandes investimentos recordo-me, por exemplo, do da MAN em 2011, no novo Centro Logístico de Salzgitter, implantado numa área de 52.000 m2 e gerido pela MAN Logistik GmbH, que tornou mais célere e introduziu outras melhorias no abastecimento de peças sobressalentes às redes de serviços de assistência da MAN a nível global. Mais recentemente, a DAF investiu 30 milhões de euros no novo centro de distribuição de peças Paccar Parts (PDC) em Eindhoven, destinado a fornecer diretamente os revendedores dos mercados do Benelux, da Alemanha e da França, e os restantes armazéns regionais DAF na Europa. O PDC de Eindhoven tem 65.000 peças em stock

(DAF, Paccar Parts e TRP), e recebe 12.000 pedidos de entrega diariamente.

AUTO-SUECO GARANTE ELEVADA DISPONIBILIDADE DE STOCK Com um volume de negócios anual na casa dos 30 milhões de euros só em peças para camiões e autocarros da Volvo e para motores marítimos e grupos geradores Penta, a Auto Sueco Portugal disponibiliza stocks com mais de 40.000 referências ativas de peças e assegura 98% de entregas das peças solicitadas pelos seus clientes até um máximo de 24 horas.A oferta abrange Peças Genuínas Volvo, cujos padrões de qualidade a marca garante serem “vitais para maximizar o período operacional das viaturas pesadas e proporcionar a máxima rentabilidade aos proprietários de camiões e autocarros Volvo.”É complementada por Peças Sobresselentes Volvo recondicionadas em conformidade com os padrões de qualidade da marca sueca, assegurando que “durante o processo de recondicionamento, as peças desgastadas são completamente desmontadas para que se torne possível avaliar com precisão a sua condição.”Outra importante mais-valia, prende-se com o facto de a Volvo garantir o fornecimento de peças por um período de 15 anos após a descontinuação da produção de todos os seus modelos de veículos pesados. Só a Volvo Trucks, por exemplo, encontra-se

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especial

DAF TAMBÉM COMERCIALIZA PEÇAS MULTIMARCA A Paccar Parts, sedeada na cidade holandesa de Eindhoven, é um dos principais fabricantes de peças originais a nível mundial. Distribui as marcas de peças originais DAF, Paccar e TRP para camiões e semi-reboques multimarca, comercializadas exclusivamente na rede oficial de serviço da DAF Trucks. Na primeira linha encontram-se as peças originais DAF, garantindo um rendimento e máxima duração, fiabilidade e minimização dos custos operacionais dos camiões da marca holandesa. Sob a marca Paccar Genuine Parts é comercializada uma gama completa de peças de motor, desenhadas

especificamente para os motores da Paccar que equipam os camiões DAF. A oferta é complementada por uma linha de peças originais recondicionadas, integrando componentes como motores de arranque, motores, alternadores, transmissões, etc; e por uma gama completa de lubrificantes DAF, que a marca considera fundamental para a fidelização dos seus clientes, integrando todos os tipos de óleos de motor, como óleos de alto rendimento, óleos para poupança combustível, óleos minerais e sintéticos, óleos para caixas de velocidade e diferenciais, e também refrigerantes. Quanto ao programa de peças TRP (Truck and Trailer Parts) para camiões e semi-reboques multimarca foi lançado há mais de duas décadas, disponibilizando presentemente cerca de 60.000 peças na rede de concessionários DAF que detém mais de 1.000 pontos de serviço em 26 países. Para além duma gama completa de peças para todos os órgãos e componentes do veículo, este programa também integra grande número de consumíveis de oficina.A DAF comercializa igualmente uma gama completa de acessórios desenvolvidos à medida de cada modelo de camião das gamas XF, CF e LF. Nesta família de produtos encontra-se um pouco de tudo, desde deflectores, forros de assentos, jantes de alumínio, frigoríficos, televisores, etc.Os serviços de peças da DAF Trucks em

A linha TRP para veículos multimarca é comercializada pela rede DAF

A Mercedes também comercializa os seus próprios eixos para semi-reboques

presente em mais de 140 mercados, alguns deles servidos também pela Auto Sueco (Grupo NORS), o que obriga a um sofisticado e complexo sistema de operação logística no fornecimento de peças a uma rede praticamente global.Tradicionalmente, mais de metade das peças provenientes dos armazéns da rede da Auto Sueco Portugal são consumidas pelas próprias oficinas Volvo.A Volvo Trucks oferece igualmente uma vasta gama de acessórios para personalizar os conceituados camiões da marca. A oferta de acessórios é diferenciada por famílias distintas para as gamas FH, FM, FMX, FL e FE. As campanhas de serviço frequentemente promovidas pela Auto Sueco na sua rede de pós-venda também abrangem descontos nas peças. Por exemplo, todos os meses é lançado uma campanha com um desconto associado a um determinado produto/peça. Com 16 armazéns de peças em todo o país, a Auto Sueco Portugal disponibiliza serviços de peças nas oficinas de rede própria: Bragança, Braga, Guimarães, Maia, Santarém, Torres Vedras, Lisboa (Sacavém) e Setúbal; da rede de Concessionários Independentes, Ponta Delgada (Açores), Funchal (Madeira), Eduardo Coelho (Arouca), Pontautos (Faro); e da rede Ascendum Veículos, em Albergaria-a- -Velha, Viseu, Coimbra e Leiria.

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Portugal são assegurados pela ACRV – Comércio de Veículos e Peças, nas oficinas de Perafita (Porto), Castanheira do Ribatejo (Lisboa) e Areias de Pêra (Algarve), na da Beiracar (Viseu), Jaime & Rodrigues (Anadia), GSVI (Leiria) e Reta – Serviços Técnicos e Rent-a-cargo (Carregado). IVECO COM OFERTA DIVERSIFICADAAs peças originais Iveco são comercializadas com a marca CNH Industrial Genuine Parts, sublinhando o construtor que “são fruto de um processo constante de investigação e seleção dos melhores parceiros industriais cuja qualidade é garantida por provas de fiabilidade ao longo de toda a cadeia de produção.”Desde 2013 que a Iveco disponibiliza, a par com as linhas de peças sobressalentes

originais, duas novas linhas de peças sobresselentes criadas para garantir poupança e qualidade, a Value Line, exclusivamente para os veículos da gama Iveco Daily e Stralis com mais de 5 anos de idade, e também a All Makes, dirigida a veículos comerciais ligeiros e pesados multimarca. Estas duas novas linhas de peças resultam de uma parceria com a Magneti Marelli AfterMarket Parts & Service. Segundo Ruggero Mughini, director geral da Iveco Portugal, “com a linha de produtos AllMakes o nosso objetivo é chegar aos clientes Iveco que também têm veículos de outras marcas, e com a Value Line fidelizar clientes com veículos Iveco com alguma idade de forma a prolongar a vida útil do veículo, aumentar o seu desempenho e segurança”.A Iveco comercializa também peças para reboques e semi-reboques multimarca através da sua marca Bullder, e uma vasta gama de acessórios Iveco Shop para personalização dos veículos e merchandising. A nível de reconstruídos, é especializada há mais de 20 anos na reconstrução, de entre outros, motores e caixas de velocidades, fornecidos sempre com 12 meses de garantia.As campanhas de serviço também são muito frequentes na Iveco Portugal, encontrando--se a decorrer neste momento e até finais

LOGÍSTICA DE PONTAOs grandes centros logísticos de

armazenamento e distribuição e até mesmo

já alguns pontos da rede capilar recorrem

aos mais avançados sistemas de tecnologia

logística, para tornar mais célere tanto

o processamento em armazém como a

satisfação do pedido de entrega.

No essencial, estes armazéns têm áreas

totalmente automatizadas, com tapetes de

recepção e expedição automáticos, cranes

sobre carril e suspensos e estanteria com

vários andares até ao nível do tecto.

É apenas nas restantes áreas do armazém onde

é necessária intervenção humana, efectuada

com ajuda de comunicações de rádio frequência

e ordens de picking controlados por voz,

operações de manipulação de cargas realizadas

com empilhadores com garras telescópicas de

precisão. Processos automáticos uniformizados

de embalagem, etiquetagem, etc.

NESTE MOMENTO, JÁ TODAS AS MARCAS OFERECEM PEÇAS RECONDICIONADAS ORIGINAIS, UMA FORMA DE DIMINUIR OS CUSTOS DOS CLIENTES COM A CONSERVAÇÃO E REPARAÇÃO DOS SEUS VEÍCULOS

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especial

do próximo mês de junho a campanha “Iveco Oferece Sempre Mais – Especial Manutenção” com a oferta de preços promocionais em muitas peças originais e acessórios.Com uma disponibilidade de stock superior a 90% e interoperabilidade de fornecimento de peças em toda a rede, a Iveco Portugal tem vendas em balcão nas suas próprias lojas de peças de Vila Franca de Xira, Lisboa e Setúbal, e ainda na rede de parceiros de ser viços composta pelas empresas Soveco, ( Vila Nova de Gaia, Viseu e Aveiro), NBS (Braga), Garagem Santa Margarida ( Vila Real), Irmãos Pinto (Leça do Balio), MTA – CMTA (Guarda), NCN (Fundão), Garagem Estrela (Cantanhede), Vecodouro (Lixa), Iveconde ( Vila do Conde), Ferreira & Filhos (Marinha Grande), Car veco (Santarém), Auto Pintadense (Tomar), Vecotorres (Torres Vedras), Selcar (Sintra), Auto-Diana (Évora), MSCar (Faro), Cimertex

(Madeira), Andrade & Irmão (S. Miguel – Açores) e Vecoaçores (S. Miguel – Açores).

MAN LANÇOU RECENTEMENTE LINHA ECOLINEAs peças originais MAN são fabricadas de acordo com as directrizes da própria marca e verificadas em conformidade com rigorosas normas de qualidade. São comercializadas com uma garantia de 12 meses, válida a nível mundial. Em finais de 2013 a MAN lançou a linha de peças recondicionadas ECOline para as gamas de camiões TGX. TGS, TGA, TGM, TGL e autocarros das marcas MAN e Neoplan. O objetivo da linha de peças ECOline é proporcionar aos clientes da MAN menores custos de reparação e conservação, com a vantagem do serviço de oficina ser mais rápido na substituição de peças do que na sua reparação, permitindo assim aumentar o período operacional das viaturas. Os operadores também poupam tempo e custos de aquisição, uma vez que a linha ECOline se encontra disponível em todos os

pontos de assistência da marca alemã. Por outro lado, asseguram padrões elevados de qualidade, já que se tratam de peças originais MAN verificadas a 100%. Desde o seu lançamento esta nova gama tem vindo a ser progressivamente alargada.Podem ser obtidas informações adicionais sobre a gama de peças ECOline através do MAN After Sales Portal (https://my.man-mn.com/portal/irj/asp). A estratégia da MAN no setor das peças foi delineada com base numa política de proximidade com o cliente. A disponibilidade de peças em stock (na casa dos 97%) permite à marca garantir uma elevada qualidade de serviço e atenção ao cliente. No caso da peça não se encontrar disponível em stock a MAN garante a sua entrega num prazo de 24 horas a partir do armazém central de Madrid ou de outro dos seus European Logistic Center (ELC). Para que a peça chegue à oficina que a solicitou o mais rapidamente possível o transporte é efectuado também durante o período nocturno.

A rede Omniplus é abastecida a partir de New-Ulm Renault tem oferta vasta e diversificada

A GRANDE AMEAÇA Presentemente, uma das

preocupações das marcas prende-

se com a proliferação de peças

falsificadas no mercado, prática que

consideram ameaçar a segurança

dos veículos e violar os direitos de

propriedade dos fabricantes de peças

originais.

Muitos destes produtos copiados

surgem no mercado com uma

apresentação gráfica nas

embalagens semelhante às originais

e, não raras vezes, com os próprios

logos das grandes marcas de

camiões e de autocarros estampadas,

na tentativa de induzir em erro tanto

comerciantes como consumidores.

Os campeões da pirataria são

os chineses, mas existem

falsificadores de peças em muitos

países e mercados. Logo, a dura

batalha das marcas contra a

pirataria é cada vez mais global e

difícil, sobretudo quando travada

em países onde grassa a corrupção

ou a burocracia.

O maior problema das peças

falsificadas é a ameaça que

constituem à segurança dos próprios

veículos e dos utentes da estrada.

Como normalmente são de má

qualidade é muito raro cumprirem

as normas de resistência ou replicar

as propriedades tecnológicas do

material original, causando por vezes

acidentes graves.

As marcas defendem-se o melhor

que podem, tendo nos últimos

anos começado a patentear,

inclusivamente, o design das peças

visíveis e das que são vendidas

em grandes quantidades, como as

laterais da cabina, pára-choques,

degraus, etc.

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Cerca de 60% das peças em stock são consumidas pelas próprias oficinas da MAN, enquanto os restantes 40% são relativos a vendas em balcão para oficinas independentes, oficinas de transportadores e casas de peças. A MAN disponibiliza aos clientes diversas campanhas de peças que podem ser visualizadas em www.mantruckandbus.pt A MAN Truck & Bus Portugal tem armazéns de peças e efectua vendas em balcão em 12 pontos de rede tanto no continente como nas ilhas adjacentes, nomeadamente na sua própria oficina de Perafita (Porto), e nas oficinas autorizadas da ACMAN (Aveiro, Viseu, Guarda e Leiria), Hydraplan (Lisboa e Algarve), TAR Braga (Braga), Carpenor (Mirandela), nos Açores MAN Terceira – EVT e MAN S. Miguel, e a Tomiauto na Ilha da Madeira.

MERCEDES-BENZ WEBPARTS TAMBÉM PARA CLIENTES PROFISSIONAISAs peças originais sobresselentes Mercedes--Benz para veículos pesados e comerciais ligeiros reflectem os elevados padrões de qualidade, segurança e durabilidade da marca alemã, contribuindo para manter o bom desempenho das viaturas profissionais ao longo da sua vida útil.A Mercedes disponibiliza também uma segunda linha de peças recondicionadas originais para alguns componentes dos veículos, tratando-se de uma opção mais económica para os operadores que nalguns casos podem obter uma poupança de até 50%: esta solução também contribui para a preservação do meio ambiente.A Mercedes-Benz TrailerAxleSystems, uma empresa do Grupo Daimler, é um dos

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especial

principais fabricantes europeus de eixos equipados com sistema de disco de travão para veículos comerciais pesados e semi- -reboques. A Mercedes-Benz comercializa assim os seus próprios eixos para semi- -reboques, disponibilizando as respetivas peças originais a par de serviços integrados de assistência na rede de oficinas autorizadas da marca, como a Mercedes-Benz Comercial (Alverca), Carclasse (Braga), Soc. Com. C. Santos (Maia), António Garcia (Guarda) e Sodicentro (Leiria).A Mercedes-Benz Portugal oferece também aos seus clientes profissionais uma plataforma online, o WebParts, que se destina à pesquisa e encomenda de peças e acessórios originais (activo 7 dias por semana 24 horas por dia), bem como aceder toda a gama de serviços, personalizados ao cliente, prestados pelo balcão de peças. Associado e com um acesso directo ao WebParts, existe outra plataforma, o eMBPeças, que permite aos Clientes ter conhecimento de campanhas de peças, de uma forma rápida e direta, mantendo-se atualizados, bem como poder consultar e gerir a sua conta de pontos obtidos em função das suas compras de peças efectuadas. Pontos esses que podem ser rebatidos por artigos de boutique da Marca. A marca da estrela possui igualmente um serviço de entrega de peças ao domicílio que já tem um peso muito assinalável na venda global de peças para clientes profissionais que assegura ainda entregas até 24 horas. A Mercedes-Benz Portugal dispõe de

armazéns de peças e vendas em balcão nas 19 oficinas da rede de assistência para veículos pesados em Portugal continental e Ilhas adjacentes.

OMNIPLUS FORNECE MAIS DE 120.000 PEÇAS ORIGINAISA OMNIplus fornece mais de 120.000 peças e acessórios originais para autocarros das marcas Mercedes-Benz e Setra. Paralelamente, apresenta uma segunda linha de peças originais recondicionadas, com vantagens de preço em comparação com as peças novas, elevados padrões de qualidade e 12 meses de garantia. A logística de peças da OMNIplus é assegurada a partir do armazém central de Neu-Ulm, onde trabalham mais de 200 profissionais de logística que garantem o rápido fornecimento de peças a toda a rede de ser viço, sempre que as mesmas não se encontrem disponíveis numa oficina autorizada.Através do OMNIPlus Merchindising Shop, um portal da internet, os clientes profissionais também podem encomendar brochuras técnicas, miniaturas de autocarros e numerosos artigos de colecção.A OMNIplus Portugal possui ser viço de peças nas oficinas da rede de Viana do Castelo, Braga, Guimarães, V.N. Famalicão, Maia, Guarda, Viseu, Covilhã, Coimbra, Leiria, Alverca, Lisboa, Carnaxide, Palmela, Évora, Faro, Ponta Delgada e Funchal.

RENAULT TRUCKS OFERECE TRÊS LINHAS DE PEÇASA Renault Trucks, representada em Portugal pela Galius, empresa do grupo Nors, tem uma oferta muito vasta e diversificada de peças sobressalentes, kits e acessórios, que abrange 3 linhas distintas de produtos, tanto para veículos em comercialização como para modelos descontinuados. Todas elas são comercializadas com uma garantia internacional de 12 meses e quilometragem ilimitada, beneficiando, paralelamente, de uma logística de excelência que garante elevados níveis de disponibilidade de stock e rapidez na entrega (mais de 90% da entrega de peças é feita em menos 24 horas em toda a rede).A Renault Trucks Genuine Approved Parts é a primeira linha de peças de origem da marca francesa, que responde a estritas exigências em matéria de qualidade, fiabilidade, segurança e normas ambientais. A marca

A oferta da Iveco é composta por 3 linhas distintas

Auto Sueco tem mais 40.000 referências Volvo em stock

Scania comercializa mais de 65.000 referências

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Na linha MAN Ecoline todas as peças são verificadas a 100%

afirma que a linha de peças sobressalentes Genuine “dá a garantia de manutenção dos desempenhos de origem do veículo.”A segunda linha de peças dá pelo nome de Exchange Approved Parts, sendo composta por peças renovadas ou recondicionadas que, com mais de 2.000 referências disponíveis, cobre quase todas as necessidades de trocas standard.A Renault Trucks tem ainda uma terceira linha de peças, a Okelia, que abrange manutenção e reparação de veículos pesados multimarca, utilitários e reboques. Esta gama alarga de forma diferenciadora a oferta existente, disponibilizando uma vasta gama de consumíveis e ferramentas de oficina. A gama é bastante completa, disponibiliza peças para os sistemas de travagem mecânica, pneumática e electrónica, carroçaria e chassis, direcção e suspensão, material de filtração, iluminação de sinalização, segurança, etc. A gama de acessórios da Renault Trucks encontra-se disponível em catálogo em língua portuguesa, sendo composta por uma vasta gama de acessórios com fins utilitários, para maximizar a segurança, a climatização, para personalização dos veículos e até mesmo kits completos de cozinha para os veículos pesados de longo curso.A presença da Renault Trucks em Portugal passou a ser assumida, a partir de dia 2 de Março de 2015, pela Galius, empresa do grupo NORS. A rede de serviço da Galius integra armazéns de peças e disponibiliza venda em balção nos seus 9 pontos de

Scania comercializa mais de 65.000 referências

assistência, nomeadamente nas oficinas de Vila do Conde e Castanheira do Ribatejo, assim como nas oficinas concessionadas Mecanibraga (Braga), RenaCentro (Aveiro), Auto Reparadora da Muna (Viseu), Auto Reparadora Carlos A. D. Rosa (Coimbra), RenaLopes (Leiria), Alvielauto (Alcanena), e SulTruck (Olhão).A Galius e as oficinas concessionadas da marca disponibilizam profissionais especializados em peças em toda a sua rede de assistência.

SCANIA TAMBÉM TEM PEÇAS PARA REBOQUES E SUPERESTRUTURASAs peças originais Scania apresentam elevados padrões qualidade, desenvolvidos para proporcionar aos veículos da marca performance, resistência, economia de combustível, segurança e uma longa vida útil.A marca oferece também uma linha de peças recondicionadas, incluindo unidades injetoras, cabeças do motor e radiadores, entre outros. As peças recondicionadas Scania têm vantagens em termos de preço e minimizam os tempos de imobilização do veículo na oficina.Com o Scania Trailer Services, um novo serviço profissional de reparação e manutenção de semi-reboques, a marca passou a disponibilizar uma vasta gama de peças para semi-reboques e superestruturas, tendo firmado parcerias estratégicas com fabricantes de renome. Nesse âmbito, nas peças para reboques a Scania fornece e monta eixos SAF-Holland e sistemas de engate

VBG, sistema de travagem e suspensão da Wabco, elevadores traseiros para operações de carga e descarga da Dhollandia e da Zepro, equipamentos hidráulicos para básculas da Hyva Hydraulics, sistemas pneumáticos e electrónicos da Norgen, produtos de fixação de cargas da Foranka e correntes para pneus da VBG. A Scania disponibiliza igualmente uma vasta gama de acessórios que permitem personalizar os veículos. Para os fãs da marca, comercializa também vestuário, equipamento de escritório e para actividades de lazer, através das coleções Scania Truck Gear e Scania Selection, cujos artigos podem ser adquiridos nos pontos da rede de oficinas ou diretamente pela Internet na Webshop da marca. A Scania comercializa mais de 65.000 referências de peças, apresentando na sua rede de ser viço um vasto stock de peças para modelos em produção e descontinuados. Na prática, garante que as 5.000 peças de maior rotação encontram-se em stock em todos os pontos de rede. Assegura também entregas num prazo de 24 horas, graças a uma sofisticada rede logística de peças, que integra um centro de actividade e armazéns satélite em todos os continentes.A Scania Portugal tem armazéns de peças e efetua vendas em balcão nas suas oficinas do Porto, Mangualde, Coimbra, Leiria, Faro, Lisboa e Funchal, e nas oficinas autorizadas da Scancar, em Castelo Branco, e da Scangarv, em Olhão.

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50 TURBO OFICINA PESADOS | MAIO/JUNHO 2015

congresso

Supply Chain Meeting. Logística de peças em debate

Aproblemática da gestão eficiente das peças de reposição tanto ao nível da cadeia de abastecimento como da armazenagem continua ainda hoje a ser

um quebra-cabeças para muitas empresas.Nos anos oitenta, uma joint-venture entre os alemães da Contrac Gmbh e o Grupo Salvador Caetano deu origem ao arranque de produção do autocarro de aeroporto da marca Cobus. A joint-venture é detida em 60% pela Caetano Bus e em 40% pela Contrac. Neste autocarro é utilizado um chassis especialmente desenhado a partir do NAW Nutzfahrzeuge AG, na Suíça, enquanto as carroçarias são produzidas na fábrica de Vila Nova de Gaia da Caetano Bus. Em Wiesbaden, o consórcio da marca Cobus detém as oficinas, loja e armazém de peças centrais. O Cobus rapidamente se tornou líder de mercado a nível mundial no segmento de autocarros de aeroporto, com vários milhares de unidades vendidas a mais de 200 aeroportos em perto de 90 países. A enorme exigência e complexidade deste modelo de negócio levou à necessidade de reformular também a gestão do stock e da logística de peças. Esta tarefa foi desenvolvida pela LogisFLOW - Logistics Consulting, uma empresa portuguesa de consultoria logística, e pela Procensus, uma empresa de sistemas de informação. Ambas apresentaram o Case Study

Num evento organizado pela revista especializada “Logística Moderna”, transversal a vários setores de atividade, a logística de peças também foi ator de relevo, com particular foco no debate da racionalização de custos, gestão de stocks e just-in-time no fornecimento de peças às lojas e aos clientes.

TEXTOS JOÃO CERQUEIRA

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MAIO/JUNHO 2015 | TURBO OFICINA PESADOS 51

da reconfiguração do modelo logístico das Spare Parts da marca Cobus.Segundo Afonso Dourado, da LogisFLOW, “o volume de negócios das peças de reposição é cada vez mais significativo para os resultados das empresas, daí a importância crescente duma gestão eficiente do stock de peças.” Na Cobus, “o valor dos stocks eram astronómicos, talvez porque o aumento da idade dos veículos gera maior pressão na gestão da manutenção.” De tal forma, que cerca de 30% do stock de peças armazenado na Alemanha foi totalmente reintegrado na linha de produção da Caetano Bus.

CIVIPARTS PORTUGAL DESTACA-SE NO MERCADO DE MARGENS APERTADASO grupo Nors encontra-se presente em 23 países e 4 continentes, integrando importantes empresas na distribuição aftermarket de peças e componentes auto, como a As Parts e a Onedrive (ligeiros), Civiparts (pesados), ExpressGlass e Axial (vidro automóvel). Globalmente, as compras anuais no conjunto das empresas de aftermarket do grupo ascenderam o ano passado a 56,5 milhões de euros e o valor em stocks aos 23,8 milhões. Com um volume de negócios de 85,6 milhões de euros, um universo de 840 fornecedores e mais de 1,5 milhões de despesa só em transportes de peças e acessórios, este segmento de negócio

de um dos maiores grupos empresariais portugueses atinge hoje proporções verdadeiramente gigantescas, que obrigam a uma logística de ponta.Segundo Nuno Jacinto, gestor de operações aftermarket do grupo Nors, que centrou a sua intervenção na gestão de operações como fator de diferenciação e mais-valia para as empresas, “o setor mais personalizado é o dos pesados, um mercado cada vez mais agressivo onde as margens são cada vez mais apertadas. O responsável falou ainda da importância da racionalização de meios e garante que “produtos de baixa rotação não podem estar em áreas privilegiadas de armazém.”Por seu turno, Rute Rebelo, gestora logística da Civiparts, uma empresa com 8 milhões de euros em stocks de peças, falou da importância do controlo de custos variáveis, da gestão integrada com clientes e da gestão de stocks dos próprios clientes.

FUCHS LUBRIFICANTES PARCEIRO AZKAR HÁ MAIS DE 10 ANOSNuma altura em que a Azkar, uma empresa de logística e transporte que integra o Dachser Group, se prepara para arrancar, com o serviço de logística para a indústria química na Península Ibérica, Arcadi Cano, project manager da Chem-Logistics Iberia responsável pela implementação e desenvolvimento desta

solução para o mercado ibérico, explicou no Supply Chain Meeting a estratégia que tem como objetivo fazer da empresa a principal solução logística para a indústria química a nível europeu. A iniciativa contou igualmente com a participação de Paul Cezanne, diretor- -geral da Fuchs Lubrificantes, uma empresa do Grupo Fuchs, líder mundial em lubrificantes especiais, e com a qual a Azkar mantém uma frutuosa relação de parceria activa há mais de uma década.

KATHREIN LIDERA PRODUÇÃO DE ANTENASNa mesa redonda de CEOs, Miguel Pinto, diretor-geral da Kathrein Automotive Portugal, falou das potencialidades e desafios gerados pela própria localização da fábrica no interior em Vila Real, ironizando que para a empresa a maior dificuldade resultante da sua interioridade “é a atração de quadros qualificados,” uma vez que existem muito poucas empresas de dimensão naquela região. A Kathrein Automotive é líder global na produção de antenas automóveis. As sedes estão localizadas em Rosenheim e Hildesheim (Alemanha). A fábrica em Portugal permite combinar custos de produção atrativos com curtos prazos de entrega dentro da zona europeia.

FAURECIA FLEXIBILIZA CADEIA DE ABASTECIMENTOO Grupo Faurecia dedica-se à produção de componentes para a indústria automóvel. Em Portugal, uma das unidades de produção da multinacional francesa é a Faurecia Moldados, produtora de acessórios para assentos automóveis, nomeadamente capas de costura, apoios de cabeça e braço, espumas de assentos, encostos e outros.Carlos Pires, responsável por esta unidade de produção da Faurecia, desenvolveu, em conjunto com Paulo Laranjeira, responsável de controlo de produção e logística, a aplicação dos mecanismos de nivelamento de produção, a definição do pool stock para absorver a variabilidade do cliente, flexibilizar e controlar a produção. O controlo e a redução de stocks, bem como a redução de movimentos e transportes, também fazem do processo contínuo de flexibilização logística desenvolvido por aquela unidade de produção.No evento participaram também Sofia Santos, do Consórcio para a Economia Verde, que abordou a temática dos grandes desafios da Economia Verde nos transportes e da logística; Dalila Tavares, da Luís Simões Logística Integrada, que apresentou a solução de transporte multimodal rodo-marítimo com o recurso a megacamiões que a empresa desenvolveu para a Altri. “O uso de veículos modulares com maior capacidade de carga facilita e torna mais eficiente o transporte em curtas distâncias, ao diminuir o número de viagens e, consequentemente, o consumo de combustível” – conclui Dalila Tavares.

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WTransnet. Estreia promissora do Portugal Transport Networking O Portugal Transport Networking – I Encontro de Empresas de Transporte da Península Ibérica reuniu mais de 90 empresas participantes entre transportadores e transitários, numa sessão de entrevistas rápidas geradoras de novas oportunidades de negócio. TEXTO JOÃO CERQUEIRA

CONGRESSO

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MAIO/JUNHO 2015 | TURBO OFICINA PESADOS 53

Oevento teve lugar no Hotel Tryp Lisboa Aeroporto e foi organizado pela Fundação Wtransnet, com a colaboração da ANTRAM,

Lextransportgrupo, Opentach e C2A. Trata--se de uma réplica do modelo de entrevistas rápidas do WConnecta, realizado com enorme sucesso no país vizinho pela Wtransnet nos últimos 5 anos e que agora se estreia também em Portugal. Josep María Salles, Director Comercial da Wtransnet na Península Ibérica, na apresentação do I Encontro de Empresas de Transporte da Península Ibérica, sublinhou que este é “uma oportunidade de negócios para as empresas”, referindo também que a primeira edição do WConnecta teve apenas a participação de meia centena de empresas e que a última, realizada o ano passado em Barcelona, ultrapassou o meio milhar.Em declarações à TURBO OFICINA PESADOS, Manuel Fontes, Area Manager Portugal da Wtransnet, afirmou que é intenção da empresa prosseguir com a realização destes encontros em Portugal “alternadamente nas cidades de Lisboa e do Porto, à semelhança do modelo espanhol, cuja realização anual tem sido alternada entre as cidade de Madrid e Barcelona.” Manuel Fontes acrescenta que “o Portugal

produtos de valor acrescentado para o setor do transporte e da logística. Fundada em 1996, actualmente encontra-se presente em 23 países da Europa e América Latina, contando com mais de 10.000 empresas clientes. Lidera os mercados português e espanhol de bolsas de cargas desde o ano 2000. Em Portugal conta já mais de 600 empresas clientes, entre transportadores, operadores logísticos e carregadores.A expansão e o crescimento da rede Wtransnet noutros países levou à criação de filiais como a Wtransnet France SARL, em 2009, e a Wtransnet Soluções para o Transporte, LTDA (Brasil). A Wtransnet conta com uma equipa de 125 pessoas, de 8 nacionalidades. Cerca de 80% da equipa está dedicada ao serviço de atenção ao cliente, atendendo mais de 180.000 chamadas anuais que equivalem a uma média diária de 780 chamadas.Por sua vez, a Fundação Wtransnet é um organismo sem fins lucrativos promovido pela direcção da Wotrant S.L. e pelos seus funcionários mais antigos. Mobiliza recursos económicos canalizados para actividades de investigação, desenvolvimento e inovação tecnológica e organizativa no setor do transporte e da logística. Desenvolve também programas de formação específicos.

Transport Networking tem por principal objectivo incentivar as relações comerciais entre as empresas de transporte portuguesas e portuguesas espanholas.” Quanto à bolsa de cargas Wtransnet, neste momento já tem “mais de 600 empresas associadas em Portugal, entre transportadores e transitários.”O modelo “Speed Networking” adotado neste encontro foi composto por rondas de sete minutos, para proporcionar às empresas o maior número de entrevistas possível nas cerca de 4 horas de trabalho do evento.Márcio Lopes, que assumiu o cargo de presidente da ANTP há cerca de 5 meses em representação da transportadora Tákitá, em jeito de balanço, garante que este Encontro, “para além de nos proporcionar contactos com representantes de empresas que ainda não conhecíamos e gerar novas oportunidades de negócio, permite-nos também ficar a conhecer pessoalmente alguns parceiros com quem já conversámos por telefone ou trocámos e-mails.”

BOLSAS DE CARGAS ATIVAS EM 23 PAÍSESA WTransnet é uma empresa de origem espanhola especializada no desenvolvimento de bolsas de cargas e avançados sistemas online para a gestão de fornecedores e outros

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54 TURBO OFICINA PESADOS | MAIO/JUNHO 2015

Frotas

Intertráfego. “Optamos por fazer a assistência nas marcas”

AIntertráfego Tir, Lda. foi criada em 1967 por Pedro Nunes, um dos primeiros motoristas TIR em Portugal. A empresa alicerçou-se desde a sua fundação no

segmento dos transportes internacionais de mercadorias como agente de transportes e transitário. Rapidamente granjeou enorme prestígio a nível nacional e internacional e uma carteira de clientes invejável.Aos 80 anos de idade, Pedro Nunes ainda dirige a empresa, mas agora com a preciosa ajuda dos seus filhos, Rui Nunes e Joaquim Pedro, que após uma aventura empresarial que durou cerca de uma década nos PALOP e na América Central, regressaram em força para dinamizar e relançar a Intertráfego. A empresa possui escritórios, armazém, entreposto aduaneiro e parque em Aveiras de Cima, bem como um segundo armazém na Zona Industrial da Maia, afeto à Intertráfego – Porto. A nível de serviços efetua transportes de carga geral, refrigerada, matérias perigosas, Open Top e Flats, com serviços terrestres nacionais e internacionais de carga completa e de grupagem, serviços marítimos de contentores completos e de grupagem, Roll-on/Roll-off e ainda serviços de expedição aérea.A atividade de transportes é complementada pela atividade logística, sobretudo ao nível de entreposto aduaneiro, com consolidação de mercadorias para exportação e importação (países terceiros).“Nós consolidamos contentores para exportação para os PALOP. Angola e Moçambique são duas rotas que neste momento estão muito ativas. Para África operamos a via marítima e a via aérea. A América do Norte também tem muita solicitação. Saem daqui contentores diretos tanto para Nova Iorque como para o Canadá. Também temos serviços de pequenas remessas que são necessárias expedir para diferentes pontos do globo. Nestes casos, utilizando os nossos camiões, deslocamos a maior parte deste tipo de cargas via Barcelona, onde há maior frequência de saída de navios

A Intertráfego Tir adquire todos os veículos com contratos de manutenção e reparação, efetuando a assistência pós-venda nas marcas da sua vida útil. A esmagadora maioria da frota desta empresa é composta por camiões Volvo e os níveis de satisfação com os serviços pós-venda prestados pela Auto Sueco Lisboa são muito elevados. TEXTO E FOTOS JOÃO CERQUEIRA

com tempos de viagem mais curtos” – afirma Joaquim Pedro, sócio-gerente da Intertráfego.

NOVOS SERVIÇOS“Em breve vamos iniciar o transporte de contentores. Adquirimos recentemente dois Volvo FH Euro 6 de 420 cv de potência que vão sair do internacional para o serviço de porta--contentores. Só vamos fazer o transporte de contentores direto com o nosso cliente, quando nos dá a carga para consolidarmos aqui” – revela o transportador – “ não vamos entrar no mercado só para fazer o transporte de contentores.”No internacional, a Intertráfego está a apostar muito nos serviços de grupagem, sobretudo na sua principal rota, que é o serviço de Itália, com atividades de triangulação na Catalunha e no Sul de França. “Neste momento estamos também a projetar a linha da Bélgica, vamos reforçar a frota com mais dois tratores Euro 6 para esse efeito.”Outra aposta que se tem vindo a fortalecer na empresa prende-se com distribuição capilar no mercado nacional enquanto atividade de

“PROTEJAM AS EMPRESAS PORTUGUESAS”Os gestores da Intertráfego são

profundamente críticos de muitas das

empresas que compram serviços optarem

por contratar transportes de firmas

estrangeiras, sobretudo oriundas do

Leste da Europa.

“Os empresários portugueses preferem

pagar menos 5 cêntimos e dar uma

carga a um operador estrangeiro em

vez de a um nacional. O nosso conselho

é que olhem mais para dentro do

país, acreditem nos nossos serviços

e protejam as empresas portuguesas

porque nós estamos no mercado para

proteger os interesses dos nossos

clientes.”

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MAIO/JUNHO 2015 | TURBO OFICINA PESADOS 55

CONTACTOSIntertráfego Tir, Lda.Sócios-gerentes: Joaquim Pedro

e Rui Nunes

Telefone: 229 160 690

E.mail: [email protected]

Website: www.intertrafego.pt

tradição na empresa e compramos todos os carros novos com contratos de assistência. Há uma pessoa na Auto Sueco pela qual temos grande apreço. Sempre que temos algum problema eles tentam resolver-nos a situação o mais rápido possível. Normalmente fazem--no dentro de um prazo razoável tanto em Portugal como no estrangeiro, embora lá fora dependa também muito do sítio onde o carro esteja e da distância a que este se encontre do concessionário de onde venha a assistência.”As manutenções programadas da frota Volvo da Intertráfego são realizadas nas oficinas da Auto Sueco Lisboa (Edifício Volvo de São João da Talha). Fora disso, “sempre que temos algum problema ou o motorista deteta alguma anomalia e o carro tem um serviço naquela zona, não precisamos de fazer pré-marcações, o carro passa por lá e somos logo atendidos.” O empresário transportador sublinha também que a Intertráfego é dura nas negociações de cada novo contrato: “caso a caso é tudo estudado, estamos sempre a negociar o período das revisões, os tempos de paragem para manutenção, a assistência no estrangeiro, enfim, tudo o que seja necessário para uma boa rentabilidade do camião. O transportador tem de ter uma assistência num período máximo de 24 horas e nós com a Volvo temos conseguido isso. Nós se dermos ideias para melhorar o próprio serviço da empresa, eles estudam o que nós propomos.”A experiência a nível de assistência com outras marcas de camiões não é tão profunda, uma vez que a empresa integra apenas na sua frota dois camiões de outros fabricantes. “O carro que temos da MAN tem-nos dado muito poucos problemas e também estamos muito satisfeitos a nível de assistência.” Esta é prestada nas instalações do concessionário ACMAN Leiria (Turquel), e como a Intertráfego tem muitos serviços naquela rota da EN1, “se o carro tiver algum problema e passar por ali, também resolvem logo na altura sem necessidade de marcação prévia.”Mas como não há bela sem senão, a empresa adquiriu um Iveco Stralis e Rui Nunes encontra-se profundamente desiludido com o serviço pós-venda da marca: “o carro gasta muito óleo e a assistência é péssima. Trata-se de um carro que faz em média por cada viagem entre 5.000 e 6.000 km. Quando regressa o carro precisa sempre de meter óleo e a assistência obriga-nos a deslocar o trator à oficina para fazer esse serviço. Cada viagem são cerca de 50 km. São custos elevados só para ir meter óleo.”

suporte logístico porta-a-porta, efetuado com o recurso a pequenas carrinhas.A empresa começou a desenvolver igualmente serviços de consultoria no transporte de mercadorias perigosas (ADR) e parcerias de despacho com outras transportadoras e agentes de mercado.

ASSISTÊNCIA NAS MARCAS ASSENTE EM RELAÇÕES DE CONFIANÇA A Intertráfego não tem oficinas próprias, adquirindo todas as viaturas associadas a contratos de manutenção e reparação que se estendem ao longo de toda a vida útil dos veículos. A opção estratégica de externalização dos serviços de assistência assenta sobretudo numa relação de confiança estabelecida ao longo de muitas décadas com a Auto Sueco e a marca Volvo Trucks, fornecedora quase exclusiva da frota de veículos da empresa e dos respetivos serviços de pós-venda.“O meu pai sempre nos disse que o sonho de qualquer motorista de camiões era conduzir um Volvo” – explica Rui Nunes, sócio-gerente da Intertráfego – “temos mantido essa

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56 TURBO OFICINA PESADOS | MAIO/JUNHO 2015

Patinter. Valores caseiros

APatinter é uma empresa que tem no transporte internacional o seu core business, realizando transportes no eixo atlântico, entre Lisboa e o Norte

da Europa, passando pelo Norte de Espanha, França, Bélgica e Inglaterra.Com uma frota composta por 1250 camiões (com mais 250 a caminho até ao final de junho), posiciona-se no top três a nível ibérico e tem um foco muito grande na indústria automóvel, estando mais de metade do volume transportado ligado direta ou indiretamente a marcas automóveis, quer transportando diretamente os produtos para as fábricas, quer através de contratos com fornecedores. Do total da frota, cerca de 1150 camiões estão em Portugal e os restantes espalhados entre Espanha, França e Inglaterra. A idade média dos veículos é de cerca de dois anos (a dos reboques é um pouco maior), fruto de uma renovação constante, que se pauta por

Com uma frota de 1250 camiões que se renova com elevada frequência, a Patinter prefere usar a “prata da casa” para as suas reparações, tanto em Portugal como no estrangeiro. A relação custo/benefício é o principal fator para esta filosofia, também utilizada nos pneus.TEXTO JOSÉ MACÁRIO FOTOS JOSÉ BISPO

uma mistura entre veículos adquiridos com capital próprio – cujas idades podem chegar aos seis anos – e outros em regime de aluguer operacional, com contratos que atingem, no máximo, os três anos. Estes contratos contemplam a manutenção dos veículos, e a mesma solução é usada pela Patinter para os camiões que são comprados com capital próprio, realizando com entidades exteriores alguns contratos de manutenção, principalmente para os motores e caixas de velocidades. De fora ficam sempre os pneus, tanto para os veículos em aluguer operacional como para os veículos de frota própria. Nos veículos mais antigos, que ultrapassam os quatro anos, todas as intervenções são realizadas em oficinas próprias, que se localizam dentro e fora de portas: uma em Mangualde, nas instalações da sede da empresa; uma no Porto, localização muito

importante para uma empresa de transporte internacional; e outra em Espanha. Além destas três oficinas próprias, a Patinter conta com vários pontos de apoio espalhados pela Europa, mas também com uma frota de reparação móvel. Composta por três veículos, está sempre em movimento fora do país para realizar a quase totalidade das reparações necessárias além-fronteiras. Qualidade, custo e rapidez do serviço são os pilares em que assenta a sua utilização. Francisco Polónio, administrador da Patinter, explica porque optaram por esta solução. “Hoje em dia, se tiver um problema com, por exemplo, um turbo, às 20h00, no meio de França, nenhuma marca me consegue dar resposta no próprio dia. Depois deparamo-nos sempre com o problema das peças, que nunca existem em stock e é preciso encomendar. Usar esta solução permite-nos ter a certeza de que o nosso mecânico chega no próprio

FROTAS

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MAIO/JUNHO 2015 | TURBO OFICINA PESADOS 57

A RELAÇÃO CUSTO/BENEFÍCIO É O PRINCIPAL PILAR DA ESTRATÉGIA DA PATINTER NO QUE RESPEITA À REPARAÇÃO E MANUTENÇÃO DOS 1250 CAMIÕES QUE COMPÕEM ESTA FROTA

48 ANOS DE HISTÓRIACriada em 1967, a Patinter surge na

necessidade de abastecimento da

unidade de fabrico de automóveis criada

em Mangualde e da cooperação entre

a Pat-Aquitane, empresa francesa de

transportes, e empresários locais. Em

1986 dá-se um dos principais marcos na

história desta empresa, com a aquisição

por parte dos seus atuais proprietários,

e, oito anos volvidos, outro marco, desta

feita em termos tecnológicos: foi neste

ano que a Patinter estreou o seu sistema

de gestão de frota via satélite, tendo

mesmo sido a primeira empresa a fazê-lo

em terras lusas.

Tal criou as bases para um aumento

de confiança por parte dos seus

clientes e possibilitou a otimização

dos seus serviços. O crescimento que

daí adveio “obrigou” a que, em 1995, se

construíssem as atuais instalações da

sede da empresa, em Mangualde, que

cobrem um total de 100 mil m2, que

albergam zonas administrativas, oficinas,

lavagem, posto de abastecimento e

parque de viaturas.

A expansão além-fronteiras começa em

1998, com a criação da Patinter España,

seguindo-se em 2000 a Patinter France,

em 2003 a Patinter Deutschland e em

2004 a Patinter Czech, na República

Checa.

No ano seguinte a Patinter torna-se

empresa certificada segundo a Norma

OHSAS 18001:1999 e em 2008 lança-se no

setor logístico e imobiliário com a criação

da Patinter II –Logística e Imobiliária.

Quase a completar cinquenta anos de

existência, o crescimento continua a ser o

objetivo desta que já é das maiores frotas

nacionais de pesados.

dia ao local. Como conhecemos a nossa frota como ninguém, sabemos identificar logo o verdadeiro alcance do problema, pois muitas vezes por trás da avaria de uma simples peça há outras que estão escondidas – e as marcas, nesse aspeto, têm muito menos conhecimento do que nós – e sabemos quando é que o carro vai estar pronto, coisa que, quando entregamos o serviço a um terceiro, nunca sabemos. Como nestas

coisas, tempo é dinheiro, privilegiamos a nossa reparação, até para carros que têm contratos de manutenção com as marcas. A relação custo/benefício é tremenda porque fazemos tudo muito mais barato e com mais qualidade”.O administrador remata dizendo que, enquanto for mais barato à Patinter mandar um mecânico de Mangualde a Paris fazer uma intervenção num carro avariado do que mandá-lo à marca, esta empresa continuará a optar por esta solução.

SOFTWARE “DA CASA”A geolocalização da frota é realizada em tempo real e recorrendo ao software da Frotcom, mas a Patinter utiliza um software desenvolvido propositadamente para si, de seu nome Fleetcom, para gerir todos os outros aspetos da sua frota. Este software, que é partilhado por todos os escritórios da marca –

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58 TURBO OFICINA PESADOS | MAIO/JUNHO 2015

CONTACTOSPATINTERAdminstrador: Francisco Polónio

Telefone: 232 620 200

e.mail: [email protected]

Internet: www.patinter.net

de Mangualde à Alemanha – permite, além de saber a cada momento onde se encontra cada um dos camiões, realizar todas as operações de gestão de tráfego, organizando cargas complementares ou os chamados retornos, em função dos destinos de cada um dos veículos que a compõem. Também no que respeita à gestão das intervenções é este o software utilizado para saber quais os veículos no ativo e quais os que estão parados na oficina, encomendar as peças e agendar operações de manutenção, sejam elas mecânicas ou de pneus. Neste particular, a Patinter realiza uma gestão apertada, misturando pneus novos e recauchutados, sempre com o objetivo de os rentabilizar ao máximo. A conta é simples e é-nos apresentada Francisco Polónio: “quanto mais tempo de vida tiver um pneu e quantos mais quilómetros ele fizer, mais barato me fica, e isso influencia o meu preço junto do cliente”. Assim, e se as condições o permitirem, os pneus podem fazer duas ou até três recauchutagens, processo realizado a 100% pela Lusitânia Recauchutagem. Também a sua colocação nos veículos difere, começando no eixo da direção quando novos (aqui nunca são utilizados pneus recauchutados)

e deslocando-se para trás, através dos vários eixos do trator e do reboque, de acordo com a sua idade e estado.

O SÉTIMO PNEUUm outro aspeto da gestão de pneus feita por esta empresa é a “política do sétimo pneu”: como a frota é renovada com frequência, os pneus sobressalentes dos tratores e dos reboques adquiridos são trocados por pneus recauchutados e aplicados em veículos diferentes. Por exemplo, em 100 tratores adquiridos existem 100 pneus que equiparão o eixo de direção de 50 veículos, indo para os seus lugares 100 pneus já recauchutados. Isto leva a que a média de pneus gastos anualmente pela Patinter ronde os 4000 pneus, se bem que, em anos de menor renovação da frota, este valor suba até aos cerca de 6000. Apesar de comprar pneus a várias marcas, porque “por vezes a concorrência apresenta melhores preços”, para a gestão diária dos seus pneus, a Patinter elegeu a Bridgestone, através do programa Total Tyre Care. As razões passam pela qualidade dos seus produtos e pela assistência de bom nível. Apesar disso, o Truck Point é apenas utilizado como último recurso. Para este facto é

decisivo o preço que custa uma intervenção, tal como nos conta o administrador desta empresa: “imagine que tenho um camião que já gastou o pneu suplente e tem um segundo furo. Com facilidade eu uso o meus sistema de geolocalização e encontro um camião que esteja atrás dele e que lhe vá ceder o seu suplente. Isto é válido não só para um furo como também para se for preciso ajuda para tirar uma roda ou resolver alguma outra questão ligada com pneus. Por isso privilegio a nossa própria rede.”A este serviço da Bridgestone a Patinter recorre apenas quando o camião com problemas está muito longe dos restantes e o apoio seja mais difícil ou em casos em que a carga é muito importante e é necessária uma resposta muito rápida, assumindo o elevado custo de uma intervenção deste género, que pode atingir valores perto dos 3000 euros.

FROTAS

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60 TURBO OFICINA PESADOS | MAIO/JUNHO 2015

camiões

Scania Streamline R 730. Potência sem limites

AScania trouxe a Portugal para ser testado pela imprensa especializada o novo Scania Streamline R 730 LA4x2MNB, o mais potente de todos

os camiões da marca sueca, equipado com um motor de 730 cv, cabina Topline vermelho chilli com suspensão pneumática de quatro foles e equipamentos como o novo Scania Opticruise de dois pedais e Active Prediction com novos modos de desempenho, novo Retarder 4100D desacoplável, travões de disco com controlo electrónico, ESP, Scania Driver Support, Cruise-Control com Active Prediction e Scania Eco-roll, um novo sistema que calcula a forma mais económica de efetuar as descidas, com potencial para diminuir até 2% o consumo combustível. O Eco-roll é instalado de série em todos os camiões de longo curso equipados com Opticruise e Active Preditcion, funcionando a partir dos dados cartográficos fornecidos por GPS.Adicionalmente, o novo Scania Opticruise com Active Prediction (Sistema de Antecipação Ativa) pode contribuir para até

O novo Scania Streamline R 730 Euro 6 é um camião optimizado para actividades de transporte de grande dureza e para os apaixonados da marca que ambicionam um veículo personalizado e exclusivo.

TEXTO E FOTOS JOÃO CERQUEIRA

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mais 5% de poupança combustível, desde que o motorista selecione o novo Modo Economia, como tivemos oportunidade de comprovar num circuito de teste misto de cerca de uma centena de quilómetros. Com este novo sistema introduzido pela Scania na geração de camiões Euro 6, os transportadores passaram a usufruir da possibilidade de adaptar o desempenho dos seus veículos a cada tipo específico de operação, podendo igualmente dar asas às suas preferências individuais no que se refere à funcionalidade e à influência do condutor. Todas estas configurações podem ser alteradas ou aperfeiçoadas numa oficina Scania.Outra das características que contribuem para uma poupança adicional de combustível, são os pneumáticos Michelin Savergreen.

MOTOR TOPO DE GAMAO grande destaque do Scania Streamline R 730 é precisamente o seu motor topo de gama de 730 cv de potência, o mais poderoso de todos os V8 desta marca sueca, que também

disponibiliza no mercado nacional variantes de potência de 520 e 580 cv Euro 6. Este motor é apenas superado pelo Volvo FH16 de 750 cv, numa luta titânica pelo camião comercial mais potente do mundo, em que as duas marcas suecas se envolveram na última década. O novo bloco motor em ferro com grafite compactada, à semelhança do seu antecessor, assenta na plataforma de

O GRANDE DESTAQUE DO NOVO SCANIA STREAMLINE R 730 É O SEU MOTOR TOPO DE GAMA DE 16,4 LITROS E 730 CV DE POTÊNCIA, QUE É O MAIS PODEROSO DE TODOS OS V8 DA SCANIA

SCANIA V8 NASCEU EM 1969Caracterizado por uma típica

arquitectura em V e por apresentar

8 cilindros em linha, o Scania V8 foi

sempre, em cerca de quatro décadas

e meia de história, um conceito

tecnológico que se traduz numa

enorme disponibilidade de potência,

muito apreciado em alguns mercados

europeus.

O primeiro Scania V8 foi lançado em

1969, à época um motor de 14 litros

que debitava 350 cv de potência, cuja

introdução no mercado coincidiu com

o lançamento dos primeiros camiões

de cabina avançada da marca sueca.

Durante muitos anos este foi o

camião mais potente disponível nos

mercados europeus, o que lhe valeu

o título de “King of the road”, do qual

ainda hoje a Scania se vangloria.

Actualmente, o principal mercado

para os camiões Scania V8 é o

italiano, seguindo-se-lhe o alemão e

o sueco.

16,4 litros, combinando a tecnologia de redução catalítica seletiva (SCR) com a de recirculação de gases de escape (EGR) no pós-tratamento, complementado por um catalisador por oxidação e por um filtro de partículas diesel, para tornar possível o cumprimento da norma ambiental de emissões Euro 6.A injeção de combustível patenteada com injetores de alta pressão XPI e o turbocompressor de geometria variável de montagem traseira são outras imagens de marca da tecnologia V8 da Scania, agora com uma curva de binário mais larga do que na anterior motorização Euro 5, com disponibilidade de binário máximo desde as 1.000 rpm até às 1.400 rpm. Em estrada, o desempenho deste motor é verdadeiramente impressionante, vencendo as mais duras e íngremes subidas com a mesma facilidade de um automóvel ligeiro. Seguramente, este não é um camião qualquer, recomendável sobretudo para operações de grande dureza e também para aqueles que fazem questão de ter um camião exclusivo.

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camiões

DAF. MAIS 20% DE CARGA COM O NOVO SUPER LOW-DECK

Onovo DAF Super Low-Deck é um protótipo de piso ultra rebaixado desenvolvido no âmbito do consórcio

TelliSys que permite aumentar o volume de carga em 20% no transporte intermodal de contentores. Adicionalmente, é garantida uma poupança significativa de combustível, com a consequente redução de emissões de dióxido de carbono por tonelada/quilómetro.Esta nova solução tecnológica permite o transporte de contentores com uma altura interior de 3 metros e cujo volume de carga pode chegar aos 100 m3, graças ao rebaixamento do chassis e ao recurso a um sistema de suspensão muito compacto no eixo traseiro em combinação com rodas de 22,5 polegadas no eixo motriz. O resultado final é uma altura ao solo de apenas 85 cm na quinta roda. Acresce ainda que este camião trator especial de piso ultra rebaixado integra um eixo de arrasto de 4 toneladas com pneus de 17,5 polegadas, para proporcionar um peso bruto de 44 toneladas.A TelliSys é um consórcio entre a IMA da Rwth Aachen University (Universidade Técnica de Aquisgrán), a Associação Europeia de transporte Intermodal, DAF, Gefco, Goodyear, Wecon e Wesob.A Wecon desenvolveu um semi-reboque especial ligeiro com apenas 3.830 kg, que assenta que nem uma luva na nova geração de contentores de 40 e de 45 pés, nos quais o piso é consideravelmente mais estreito, mantendo, no entanto, a mesma capacidade de carga e de resistência de torção. A Wecon equipou também o protótipo com uma lona de correr para acentuar a versatilidade deste conceito tecnológico. Por sua vez, a Goodyear desenvolveu pneumáticos especiais de baixo perfil para os eixos diretor e motriz.

BMW E SCHERM. PROJECTO-PILOTO COM CAMIÃO ELÉTRICO DE 40 TONELADAS

OBMW Group e o grupo alemão de logística Scherm firmaram uma parceria para a utilização de um camião 100% elétrico

de 40 toneladas. A BMW torna-se assim o primeiro fabricante automóvel alemão a utilizar um camião elétrico para o transporte de equipamentos na via pública.Licenciado para utilização em vias públicas, o veículo será utilizado num projeto-piloto já a partir do próximo verão em Munique, para o transporte de equipamentos usados nas operações do BMW Group, no sistema just-in-time, em pequenas distâncias. O camião elétrico irá circular oito vezes por dia entre o Grupo Scherm e a fábrica da BMW, cobrindo uma distância de cerca de dois quilómetros numa via dedicada.Graças ao seu sistema de tração alternativo, o camião é totalmente silencioso e livre de emissões de dióxido de carbono.

Comparativamente a um camião convencional com motor diesel, este inovador veículo gerará menos 11,8 toneladas de dióxido de carbono por ano, o equivalente ao que emitiria um BMW 320d Efficient Dinamics em quase três voltas completas ao mundo.

Volvo. Apresenta FH com para-choques de alta resistência

AVolvo Trucks vai estrear o novo para- -choques de alta resistência, nos modelos FH e FH16, no Salão Intermat de Paris,

que se realiza entre 20 e 25 de abril. A marca sueca irá exibir também neste importante certame do sector da construção os modelos FMX, o novo FL 4x4, e alguns dos mais recentes desenvolvimentos tecnológicos como a Direcção Dinâmica Volvo.

O novo para-choques de alta resistência para o Volvo FH baseia-se no mesmo conceito de engenharia do que a parte frontal da gama de construção e estaleiro FMX. As quinas e a placa de deslizamento são construídas em aço de 3 mm. O pára-choques foi estendido 132 mm para a dianteira com o objetivo de travar os primeiros embates em condições duras de operação, protegendo assim outros órgãos vitais como, por exemplo, os faróis. “ O volvo FH com para-choques de alta resistência aumenta a utilidade no nosso camião bandeira, acrescentando proteção à sua excecional potência, dinâmica e conforto da cabina. O camião torna-se assim suficientemente robusto para enfrentar condições operacionais em que existe maior risco de dano” – afirma Ricard Fritz, vice-presidente da Volvo Trucks.

RENAULT. NOVO D WIDE GNC EURO 6

ARenault Trucks complementou a oferta da gama de distribuição com o D Wide GNC, equipado com o novo motor de gás

natural Euro 6 de 9 litros, com 320 cv, que pode funcionar com gás natural comprimido ou biometano, um tipo de combustível produzido a partir de resíduos orgânicos. O D Wide CNG está disponível nas configurações rígido 4x2 de 19 toneladas e rígido 6x2 de 26 toneladas, equipado com uma caixa de velocidades

automática Allison série 3200, adaptada a aplicações de recolha de resíduos urbanos: ao passar do modo neutro ao de condução e vice-versa, permite ao o condutor bascular a caixa sem ter de passar de novo ao modo neutro. A marca francesa propõe o D Wide GNC com duas capacidades: 6 depósitos de aço de 90 kg (600 l de gás) ou 8 depósitos de aço de 120 kg (800 l de gás). Esta última garante até 400 km de autonomia em operação urbana.

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Autocarros

MAN. Lion’s Intercity para operação suburbana

AMAN apresentou o novo Lion’s Intercity, um novo autocarro interurbano de dois eixos com piso elevado, disponível em versões de 12,3

e 13 metros de comprimento, com capacidade máxima para 55 passageiros sentados e 25 em pé (59 lugares sentados no caso da variante Intercity C). O novo modelo destina-se essencialmente à operação de transportes regulares suburbanos e transportes escolares.A nível de propulsão, o Intercity recebe o motor MAN D08 Euro 6, reconhecido pela sua elevada eficiência energética, disponível na variante de 290 cv de potência, um seis cilindros dotado de sistema de injeção tipo common-rail que pode ser acoplado a uma caixa manual ZF 6S 1901 de 6 velocidades com Intarder, a uma caixa automatizada ZF EcoLife de 6 velocidades, ou a uma Voith DIWA automática de 4 velocidades, consoante as necessidades operacionais do cliente.Caraterizado pela combinação de conforto de primeira classe com alta funcionalidade, segurança e excelentes padrões de qualidade, o

Produzido em Ankara, onde foi também apresentado oficialmente, o novo Lion’s Intercity começa agora a chegar aos diferentes mercados europeus, tendo sido já entregues cerca de 50 unidades em países como a Alemanha, França, Itália, Holanda e Áustria. TEXTO JOÃO CERQUEIRA

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Intercity foi objeto de um design aerodinâmico optimizado, a par da aposta na excelência a nível das caraterísticas de condução. A mobilidade foi outra das principais apostas do construtor alemão no desenvolvimento deste novo modelo, que pode ser configurado com um máximo de dois espaços para cadeiras de rodas e uma rampa elevatória para cadeiras de rodas acoplada à porta traseira. Esta plataforma também facilita o embarque de carrinhos de bebé. A área de passageiros pode ser equipada para o uso específico pretendido, com sistema de ar condicionado e cortinas. As janelas de vidros duplos estão disponíveis como opcional. Trata-se de um autocarros de duas portas automáticas, podendo a segunda ser simples ou dupla. As portas são atividades por um sensor ou, opcionalmente, por sistema rádio de controlo remoto.A área de bagagem integra compartimentos de 5,2 m3 no Lion´s Intercity e de 6,4 m3 na variante Intercity C. O acesso aos compartimentos é facilitado por três portas automáticas de alças.

SEGURANÇA DE ALTO NÍVELEm matéria de segurança, o Intercity é o único modelo do segmento conforme às normas ECE R66.02 que regulam a robustez estrutural dos autocarros e os testes de capotamento, cuja entrada em vigor está prevista apenas para 2017.O equipamento de segurança também está acima da média no segmento, integrando de série o EBS/ABS, sistema de controlo de tracção ASR e de assistência à travagem BA, programa eletrónico de estabilidade ESP com programa dinâmico de estabilidade DSP e proteção de capotamento ROP. Por opção, pode ser especificado com assistente de travagem de emergência EBA com sistema de aviso, sistema de monitorização da pressão dos pneus TPM e sinal de advertência de manobras de marcha-atrás.

ECONÓMICO E MODULARPor outro lado, a MAN centrou-se muito na redução dos custos operacionais gerais deste

novo autocarro, apostando sobretudo na economia de peso, patente num sistema de ar condicionado proposto de série 65 kg mais leve do que o antecessor, na utilização de rodas de alumínio em vez de rodas de aço, o que permite uma poupança adicional de quase 100 kg, ao mesmo tempo que as melhorias introduzidas da condutividade térmica ajudam a aumentar a vida útil da suspensão e dos travões de serviço, ao mesmo tempo que facilitam das operações de manutenção e reparação.A aposta no sistema modular flexível da MAN é outro dos bons argumentos do Intercity, permitindo aos operadores que os clientes possam configurar os veículos de acordo com grande número de necessidades de trabalho. O Intercity é produzido na fábrica da MAN de Ankara, na Turquia, a maior fábrica de autocarros da marca alemã na Europa, a qual integra igualmente a unidade CDP mais avançada do ponto de vista tecnológico deste construtor.

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Voith. Equipa 300 autocarros com transmissão automática para o Azerbaijão

SUNSUNDEGUI. FORNECE AUTOCARRO SC7 À VALPI

AA Valpi Bus adquiriu um autocarro de 13 metros com chassis Volvo B11R, carroçado pela empresa navarra

Sunsundegui com o modelo SC7. Trata-se duma carroçaria versátil de boa qualidade de acabamentos, com a particularidade de ser bastante ligeira para compensar o peso acrescido dos novos chassis Euro 6. A Sunsundegui destaca também nesta carroçaria topo de gama outras vantagens como os baixos custos de manutenção, os elevados padrões de segurança conformes ao Regulamento R66.02 de resistência em caso de capotamento, e a estrutura dianteira reforçada para absorção de impactos e maior protecção da área do motorista.A Valpi Bus, uma empresa sedeada no concelho de Paredes, opera carreiras regulares urbanas e interurbanas nos concelhos do Porto, Matosinhos, Penafiel, Paredes, Lousada e Amarante, bem como serviços internacionais (InterNorte), serviços regulares especializados e serviços ocasionais de aluguer, com uma frota de 125 autocarros.A Sunsundegui entrou no mercado nacional no início de 2014, tendo vendido já várias carroçarias SC7 a empresas portuguesas, de norte a sul do país.

AMercedes-Benz vai apresentar em estreia mundial, no decurso do próximo congresso da UITP,

uma versão do autocarro urbano Citaro equipada com um novo motor a gás natural comprimido. O Citaro NGT recebe assim o novo bloco Mercedes M 936, um motor com 7,7 litros e 6 cilindros em linha, desenvolvido a partir do OM 936 Euro 6. Vai ser montado em posição vertical tanto nas versões de dois eixos como nas articuladas.O motor NGT pode ser associado a uma caixa automática com conversor de binário da ZF ou da Voith, cujas relações de transmissão foram ajustadas em função das características do novo propulsor. A produção em série do Citaro NGt arranca ainda antes do final do ano em curso.

MERCEDES. CITARO ESTREIA VERSÃO A GÁS NATURAL

Até à presente data a Mercedes já vendeu quase 45.000 unidades do modelo Citaro. Para além do novo NGT, a marca vai arrancar com a produção em série, até ao final da década, das variantes 100% eléctrica Citaro E-Cell e a célula de combustível Citaro F-Cell. A

OMinistério dos Transportes do Azerbaijão, através do seu novo departamento “Baku Bus”, encomendou

300 autocarros Iveco a gás natural, para os I Jogos Europeus – Baku 2015, equipados com transmissões automáticas Voith DIWA de 5 e 6 velocidades. Os primeiros 150 autocarros do modelo Iveco Iribus Citelis GNV (Gás Natural Veícular) equipados com transmissões automáticas Voith DIWA.5 já foram entregues. Os restantes 150 autocarros do modelo Iveco Urbanway CNG Euro 6 (Gás Natural Comprimido) equipados com transmissões automáticas DIWA.6, serão entregues no início do Verão de 2015.

Todos os veículos integram também o sistema de telemetria DIWA SmartNet da Voith, o qual permite monitorizar o sistema de transmissão on-line, informando o responsável de tráfego se alguma irregularidade for detectada. Todos os dados do veículo são transmitidos por GPRS e analisados pelo software de diagnóstico Aladin.A Voith Já equipou mais de 250.000 autocarros com transmissões automáticas DIWA em todo o mundo.Os I Jogos Europeus – Buku 2015 realizam-se entre 12 e 28 de Junho, com a participação de mais de 6.000 atletas que competem em 20 modalidades distintas.

autocarros

marca prevê que até 2030 cerca de 70% das unidades Citaro em circulação integrarão uma destas duas variantes isentas de qualquer tipo de emissões poluentes. Tanto o E-Cell como F-Cell são baseados numa plataforma modular.

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técnica

Limitadores de velocidade. Verificação obrigatória

Aobrigatoriedade de os veículos pesados montarem dispositivos limitadores de velocidade é regulada pelo Decreto Regulamentar n. 7/98 de 6 de maio, que

complementa as alterações que foram feitas nessa altura ao Código da Estrada. Neste diploma, os pesados de mercadorias com peso bruto superior a 12 toneladas e os pesados de passageiros com peso bruto superior a 10 toneladas, desde que matriculados a partir de 1 de janeiro de 1988, passavam a estar obrigados a montar um dispositivo limitador de velocidade. Para os primeiros, o limite de velocidade imposto era de 85 km/h, ainda que fosse possível regular o limitador para um valor superior, desde que não se ultrapassassem os 90 km/h. Para os segundos, a velocidade máxima estabelecida por este decreto era de 100 km/h.Desta obrigatoriedade ficaram isentos “a) Os veículos das Forças Armadas, da protecção civil, dos serviços de bombeiros e das forças responsáveis pela manutenção da ordem pública; b) Os veículos que, por construção, não possam ultrapassar as velocidades previstas no artigo anterior; c) Os veículos utilizados para

Depois de se terem levantado algumas questões relativamente à verificação dos limitadores de velocidade, a TURBO OFICINA PESADOS debruçou-se sobre o tema e oferece-lhe algumas recomendações.TEXTO JOSÉ MACÁRIO

ensaios científicos em estrada; d) Os veículos unicamente utilizados para serviços públicos em áreas urbanas”. O mesmo decreto mandava ainda que todos os limitadores de velocidade ostentassem, em local facilmente acessível, a marca de homologação.

VERIFICAÇÕESAtualmente têm sido levantadas várias questões relativamente à verificação dos limitadores de velocidade, nomeadamente no que respeita a prazos de verificação e ainda acerca das entidades acreditadas para a realização da mesma. A resposta é clara e decorre do Decreto-Lei n.º 46/2005 de 23 de fevereiro, que transpõe para o direito interno as diretivas números 2002/85/CE e 2004/11/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu, de 5 de novembro e de 11 de

DEVE VERIFICAR O LIMITADOR DE VELOCIDADE A CADA DOIS ANOS, MAS APENAS EM CENTROS QUALIFICADOS

fevereiro, respetivamente, ao mesmo tempo que aprova o Regulamento dos Dispositivos de Limitação de Velocidade de Determinadas Categorias de Veículos Automóveis.No diploma mencionado é referido, no artigo 12.º, ponto 9, que a “frequência normal das inspeções autorizadas pela Direcção-Geral de Viação é uma de dois em dois anos”, devendo para tal ser utilizados os centros técnicos qualificados pelo IPQ, os único qualificados para realizar esta verificação, que habitualmente é realizada aquando da verificação do tacógrafo. Chamamos a atenção para o facto de que esta verificação periódica dos tacógrafos, sejam eles digitais ou analógicos, vai alterar a constante de medição destes esquipamentos, o que desvirtua as informações constantes no limitador de velocidade. Por isso aconselhamos a que os mesmos limitadores sejam sempre verificados após essa alteração. Quando este procedimento for realizado será emitida uma folha de registo com os novos valores, folha essa que tem de ser guardada no veículo até nova verificação de limitador, como forma de justificar as possíveis diferenças de valores perante as autoridades, evitando coimas.

PENALIZAÇÕESJá que falamos de coimas, vale a pena transpor o que determina a lei quando os prazos não forem cumpridos.Assim, de acordo com o mesmo Decreto-Lei n.º 46/2005, as infrações ao disposto no diploma são punidas com coimas entre € 50 e € 150 a falta ou ilegibilidade da marca de homologação do limitador de velocidade; a colocação irregular da placa informativa da instalação do limitador de velocidade ou a sua falta; e a ausência da marca do instalador nas selagens do limitador de velocidade. Para quem utilize um limitador de velocidade avariado ou “não conforme” com o modelo aprovado, bem como um limitador de velocidade com marca de homologação “não conforme” com o modelo aprovado ou não homologado está reservada uma coima de entre € 150 e € 750. As coimas de entre € 250 e € 1250 estão reservadas para quem vicie o limitador de velocidade; viole a sua selagem ou não tenha um instalado, desde que o veículo esteja obrigado a tê-lo.

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Técnicas fundamentais para condução em cenários rodoviários complexos

Para haver uma diminuição efetiva do risco na condução dum veículo pesado, devemos ter o conhecimento atualizado sobre as principais causas

e fatores potenciadores das 700.000 participações de sinistros automóveis que as seguradoras recebem por ano, em Portugal. Como vimos em crónicas anteriores, a má observação do cenário rodoviário, a posição irregular do automóvel face à sua envolvente

TEXTO PEDRO MONTENEGRO* * Formador de Técnicas Avançadas de Condução de Veículos Pesados e membro da Associação Portuguesa de Centros de Formação de Condução Avanç[email protected]

PARCERIA

técnica

e visibilidade, assim como a resposta do Motorista face aos imprevistos, representam as principais causas da sinistralidade rodoviária que podem e devem ser, analisadas e contrariadas, principalmente na condução dum automóvel pesado. Não esquecer os fatores potenciadores, tais como o cansaço, condição física e psíquica do Motorista, tipo de infraestrutura, condições atmosféricas, estado do veículo… Mas, quais serão então as

maiores dificuldades para um Motorista? Ver tarde de mais, ter pouco espaço para parar e contornar um obstáculo com o camião em desequilíbrio, são as mais presentes nos sinistros.Apesar de muitas destas situações poderem ser antecipadas e previstas pelos Motoristas, existem algumas que tal não é possível. Um despiste repentino à sua frente, alguém que entra na nossa faixa de rodagem sem nos

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MAIO/JUNHO 2015 | TURBO OFICINA PESADOS 71

ver, um atravessamento inadvertido dum peão, entre muitas outras situações. Como travar eficientemente em pouco espaço, como tirar o melhor proveito do sistema de travagem? Claro que temos sempre que contar com a carga que transportamos e a forma como está segura à estrutura do veículo. Uma questão que pode ser abordada em próximas crónicas. Mas, cada vez mais os fabricantes de automóveis pesados, reboques e semirreboques, estruturam os seus veículos de forma a serem carregados com uma resposta razoável para travagens de emergência (situação em que o Motorista tem dúvidas de ter espaço e travões (e pneus) de forma a parar em segurança). Os melhores Motoristas serão sempre os que executam um menor número de travagens de emergência. Mas, cada um dos Motoristas deve ter uma noção o mais exata possível para desacelerar o mais possível (travagem de emergência), um automóvel pesado. Muitos não o saberão. Antes de termos ABS nos automóveis, este tipo de travagem era complexo, mas tinha regras bem definidas, que muitos Condutores e Motoristas desconheciam, principalmente em situações de atrito reduzido. Não era matéria de aprendizagem, não era necessário…, não seria segurança? Os amplificadores da força de travagem (BAS, sempre com ABS presente) apareceram há mais de 15 anos, para que o

automóvel reduzisse os espaços de travagem, quando o condutor pressionava (afundava) rapidamente o pedal de travão, pois não utilizava todo o potencial (força máxima) do mesmo sistema, sendo identificada uma situação de perigo eminente. Então, em resposta à velocidade da pressão sobre o pedal, o sistema duma forma automática disponibiliza todo o potencial do sistema de travagem, mesmo nas situações de menor atrito! Hoje, em quase todos os veículos vendidos na Europa, mesmo automóveis pesados, temos este sistema como equipamento de série. Outra exigência tem a ver com o equilíbrio longitudinal do veículo, sendo um semirreboque, por exemplo, devemos dentro do possível tê-lo o mais alinhado possível para realizar uma travagem forte, mesmo em curva, devemos ter as rodas alinhadas com o veículo, assim como com o reboque. Claro que a velocidade instantânea representa sempre uma variável fundamental para o sucesso da gestão sobre um incidente, mas nem sempre a mais importante devendo ser considerada um fator potencial. Também a sinalização dos limites de velocidade máxima destina-se a veículos ligeiros, devendo sempre ser mais baixa para os pesados.Como contornar um obstáculo, de forma a desequilibrar menos o automóvel pesado? Travar o mais possível com o automóvel bem

alinhado (rodas e conjunto), contornar o mais tarde possível à menor velocidade possível, com as duas mãos no volante (o mais longe possível uma da outra).Como determinar a distância mínima de segurança num pavimento molhado, com chuva? Tomar uma posição ao lado do ponto visível mais à frente junto ao pavimento (entrada de curva ou linha da zona anterior de veículo à frente) e contar 1101, 1102, 1103 se a velocidade for inferior a 50km/h até alcançarmos a tal referência; terminando a contagem antes de chegar, vamos com segurança acrescida!Como diminuir o tempo de reação do Motorista, em curvas ou cruzamentos de pouca visibilidade? Uma técnica a por em prática, o mais possível, é colocar o pé por cima do pedal de travão sem o pressionar, melhoramos o nível de atenção e resposta.Sabia que quando duplica a velocidade, para um mesmo local e veículo, necessita de quatro vezes mais espaço para imobilizar a sua viatura? Ou seja, a distância de travagem (momento em que os travões começam a diminuir a velocidade até pararem o veículo) quadruplica independentemente do tipo ou massa do mesmo veículo (com igual peso). Existirão outras tantas situações “tipo”, mas estas representam sem dúvida, uma boa base de procedimentos e técnicas de condução automóvel em situações complexas!

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72 TURBO OFICINA PESADOS | MAIO/JUNHO 2015

legislação

FEE. Apoia planos de racionalização energética nas empresas de transportes

As candidaturas de apoio a iniciativas que visem a gestão energética das frotas de transportes consumidoras intensivas de energia abriram no

passado dia 4 de maio e estendem-se até ao dia 3 de agosto de 2015.Segundo Hugo Silva, auditor energético, trata-se “de uma iniciativa do Fundo de Eficiência Energética (FEE) há muito aguardada também pelos players do setor dos transportes. Na prática, abrangem projetos que consistam no desenvolvimento de auditorias energéticas e planos de racionalização de energia (PREn) definidos no Regulamento de Gestão dos Consumos de Energia nos Transportes (RGCE). Estamos a falar de planos de redução de consumo energético das frotas que podem passar, inclusivamente, pelo apoio à renovação de frotas com veículos que recorrem a energias renováveis.”A dotação orçamental deste programa de apoios ascende aos 250 milhões de euros, comparticipando o FEE até 50% e um limite

As empresas de transportes rodoviários de mercadorias e de passageiros já podem apresentar projetos para reduzirem o consumo energético das suas frotas. Os apoios financeiros do FEE podem chegar aos 50% do esforço de investimento das empresas nos respetivos planos de redução energética.

TEXTO JOÃO CERQUEIRA

máximo de 7.500 euros por candidatura aprovada.Podem apresentar candidaturas empresas privadas ou entidades públicas com frotas cujo consumo conjunto de energia seja superior a 250 tep, com excepção das abrangidas pelo regime do comércio europeu de licenças de emissão previsto no Decreto-Lei n.º 38/2013, de 15 de março. “As alterações legislativas em curso do Regulamento de Gestão de Consumos Intensivos de Energia no Sector dos Transportes (RGCEST) baixam o valor limite do número de toneladas equivalente de petróleo (tep) de 500 para 250. Este valor define a obrigatoriedade das empresas de transportes efetuarem auditorias energéticas e implementar os respectivos planos de racionalização de energia” – explica Hugo Silva – “constatamos com agrado que o programa de apoio já tem em conta o valor limite de 250 tep. Parece-me que, finalmente, se está a fazer alguma coisa.” Para se ter uma ideia do tipo de empresas

ou outras entidades que podem apresentar candidaturas de apoio a este programa do FEE, estamos a falar de frotas de 5 camiões com uma média anual superior a 100.000 km e consumos médios de 30 l/100 km; e de frotas com cerca de 80 veículos comerciais ligeiros, com a mesma quilometragem anual dos pesados e um consumo médio de 7 l/100 km. É aconselhável que as empresas de transportes recorram à ajuda de um auditor energético tanto para a elaboração das respetivas candidaturas como para o acompanhamento no terreno da execução dos planos de racionalização energética que se estendem por um período máximo de nove meses.

TODA A DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA PARA SUBMETER

AS CANDIDATURAS E INFORMAÇÃO DETALHADA SOBRE

O PROGRAMA ENCONTRA-SE DISPONÍVEL EM

http://fee.pnaee.pt/avisos/Paginas/Aviso-15-

%E2%80%93-RGCE-Transportes-2015-.aspx

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74 TURBO OFICINA PESADOS | MAIO/JUNHO 2015

pneus

Pneus do Alcaide. Foco sobretudo nas frotas

Quando em 1981 nasceu a Pneus do Alcaide por certo que os seus responsáveis estavam longe de pensar que atualmente seriam uma das

poucas unidades que integram o restrito lote de empresas que fazem parte da Next Tread, uma rede europeia de recauchutadores autorizados das marcas Goodyear / Dunlop.Augusto Laureano, fundador da empresa, só 10 anos depois da inauguração da empresa se dedicou ao negócio da recauchutagem, altura a partir da qual os investimentos numa mais pararam de acontecer, de modo a tornar a atual unidade produtiva com tecnologia mais moderna.“Os dois mais recentes investimentos foram um autoclave e uma extrusora a frio”, começa por referir David Laureano, gerente da Pneus do Alcaide, dizendo que “não só conseguimos aumentar a nossa capacidade produtiva, que era um dos nossos objetivos, mas por outro, melhoramos a qualidade do produto final com menos custos operacionais”.

Uma das mais importantes atividades da Pneus do Alcaide destina-se essencialmente aos frotistas de pesados, através de uma alargada oferta de soluções para pneus.

TEXTOS PAULO HOMEM

RECAUCHUTADOR OFICIAL DA GOODYEARA Pneus do Alcaide é a única recauchutadora oficial das

marcas Goodyear / Dunlop em Portugal.

“Isto significa que somos a única empresa do sector

que está autorizada a comprar matérias-primas para

recauchutagem Goodyear / Dunlop e a utilizá-las no

mercado”, explica David Laureano, detalhando que a sua

empresa é anualmente auditada pelo departamento técnico

da Goodyear e que a Pneus do Alcaide é também fornecedora

da Goodyear através de um programa de fornecimento a

frotas a nível europeu, sendo que só em 2014 essa parceria

foi também estendida a empresas em Portugal.

“A Goodyear exige que exista um controlo efetivo da

produção, de modo a garantir uma boa qualidade no

produto final” refere o mesmo responsável, dizendo que

nesse sentido “temos vindo a merecer ano após ano a

confiança da Goodyear”.

Os pisos disponíveis neste momento para a

recauchutagem são exatamente iguais aos pisos dos

pneus novos que a Goodyear e a Dunlop comercializam.

Regularmente têm vindo a ser introduzidos novos pisos,

pelo que brevemente também estarão disponíveis os pisos

Kmax e Fuelmax.

Refira-se que cerca de 90% da produção da Pneus da

Alcaide é com pisos em anel, com todos os benefícios

que essa situação acarreta em termos da melhoria da

qualidade do produto.

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O aperfeiçoamento do processo produtivo que tem vindo a ser atingido, permite ao responsável da empresa argumentar que “sendo o mercado a ditar os preços com que estamos a trabalhar, acabamos por conseguir dar uma resposta mais efetiva aos nossos clientes que passa por oferecer um produto final de qualidade a um preço muito interessante”.

FROTASA Pneus do Alcaide trabalha essencialmente o pneu recauchutado para jantes de 17,5 a 22,5, numa oferta exclusiva para pneus de camião, sendo que o negócio é feito numa abordagem às empresa de frotas, onde a revenda (através de casas de pneus) assume um papel residual.“A nossa orientação para as frotas de pesados tem a ver com a nossa especialização nesse tipo de cliente, onde na realidade possuímos muito conhecimento e experiência”, refere David Laureano, explicando que “o

“Em muitos clientes de frotas temos o serviço completo de pneus, noutros temos rotas definidas em que passamos em casa do cliente, recolhemos os pneus, recauchutamos e entregamos de novo. Outra hipótese é sermos nós a fornecer a carcaça e o recauchutado ao nosso cliente”, explica David Laureano, dizendo que “cada vez mais se tem vindo a existir nas frotas a uma especialização na área dos pneus como forma de gerir melhor esta componente e de reduzir custos operacionais das frotas”.Para além dos pneus recauchutados, a Pneus do Alcaide comercializa também pneus novos, de diversas marcas, mas o forte são as marcas Goodyear, Dunlop, Sava e Fulda.“Sentimos que as frotas procuram cada vez mais um pneu que tenha um bom índice de recauchutabilidade e nesse caso existe procura pelas marcas premium”, refere David Laureano, que garante que em determinados clientes “uma única carcaça pode chegar a fazer 500 a 600 mil

nosso produto recauchutado de pesados não é muito interessante para a revenda por questões de preço, apesar de termos clientes também nesta área para o pneu recauchutado”.A especialização é de facto um dos pontos fortes da Pneus do Alcaide, já que a empresa da Tremoceira (Porto de Mós) consegue, para além da recauchutagem dos pneus, fazer todo o acompanhamento ao cliente final de frotas, podendo dessa forma monitorizar o desempenho dos produtos que desenvolve, mas também ter um leque de serviços complementares.Em alguns clientes de frotas a Pneus do Alcaide desenvolve o serviço completo de pneus, que passa pela comercialização do pneu novo até ao final do seu ciclo de vida, passando pela recauchutagem do mesmo, pela assistência e acompanhamento na casa do cliente ou na estrada 24 horas e pelo apoio das quatro unidades de retalho que a empresa detém.

CONTACTOSPneus do AlcaideDiretor Comercial: David Laureano

Telefone: 244 470 537

E.mail: [email protected]

Website: www.pneusalcaide.com

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pneus

quilómetro, com uma correta gestão dos pneus”.Em quantidade a Pneus do Alcaide vende mais pneus recauchutados do que novos, embora a concorrência no preço venha acima de tudo do pneu budget (também conhecido como pneu chinês), que em alguns casos tem o mesmo preço do recauchutado.“Tenho a certeza que o nosso pneu recauchutado tem muito mais qualidade do que o pneu budget que se vende no mercado pelo preço e, felizmente, muitos dos nossos clientes podem comprovar exatamente isso” assegura o diretor comercial da Pneus do Alcaide que, mesmo assim “num futuro breve temos que começar a analisar se algum desse produto budget não poderá ser recauchutado, pois temos já alguns fabricantes chineses que produzem pneus já com alguma qualidade, mas por outro lado iremos estudar se alguns produtos premium não poderão ter um segunda recauchutagem”.Para dinamizar o serviço de assistência de frotas na estrada, a Pneus do Alcaide

conta com duas carrinhas (zona norte e centro) totalmente equipadas para efeito, tendo acordos com a Goodyear, através da rede Vulco e da rede Truckforce a nível internacional.“É um serviço muito solicitado e, por uma questão de segurança, as frotas gostam de saber que o seu fornecedor de pneus o tem”, revela David LaureanoCom uma rede de postos de retalho que considera suficiente (com presença em Santeira, Benedita e Porto), a Pneus do Alcaide quer sobretudo continuar a apostar na parte comercial. “Temos como objetivo crescer em termos de clientes na área das frotas, sendo mais abrangentes em termos geográficos, recolhendo cada vez mais pneus para recauchutar nas nossas instalações” assegura o diretor comercial da empresa, dizendo que de momento não estão previstos mais investimentos em instalações ou em tecnologia.Em 2014 a Pneus do Alcaide produziu cerca de 12.000 pneus, o que representou um crescimento de 8% face a 2013, e as perspetivas para 2015 passam novamente por crescer fruto da conquista de novos clientes e do reforço da presença nos clientes atuais. “Temos uma gama muito interessante de pneus recauchutados para oferecer às frotas, com pisos modernos e atuais que correspondem às necessidades das maiores empresas que utilizam camiões”, conclui David Laureano.

Os pneus entram sempre na contabilização dos

custos operacionais de uma frota. Contudo, no

entender de David Laureano, diretor comercial da

Pneus do Alcaide o “pneus não é, para mim, um

custo mais sim um investimento, de tal forma que

se retira rentabilidade do mesmo”.

O responsável da empresa, diz ainda a este

respeito que “um pneu para um pesado deve

ser verificado regularmente como se de uma

manutenção mecânica se tratasse. Se temos que

verificar o óleo do motor, o desgaste dos travões

e a manutenção de outros componentes, também

nos pneus devemos regularmente verificar as

pressões, ver se existe desgaste irregular, entre

outros pormenores, de forma a tirar-se o maior

rendimento possível do pneu”.

David Laureano diz ainda que “cada vez mais se

verifica que existem frotas que têm estes cuidados

regulares, pois já entendem os benefícios que têm

com uma correta gestão dos pneus e a influência

dos mesmos nos consumos do camião, nas

emissões de CO2 e noutros aspetos”.

PNEUS: CUSTO OU INVESTIMENTO?

DAVID LAUREANO, Pneus do Alcaide

A PNEUS DO ALCAIDE É A ÚNICA RECAUCHUTADORA OFICIAL DAS MARCAS GOODYEAR E DUNLOP EM PORTUGAL. DESDE 2014, É FORNECEDORA DA GOODYEAR PARA FROTAS A NÍVEL EUROPEU

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ContiService. Para ligeiros e pesados

Chama-se ContiService e é a mais recente rede de oficinas a operar em Portugal, além de ser a primeira rede de oficinas com a chancela do

fabricante alemão de pneus Continental. Com a criação desta nova rede a Continental pretende aumentar a rentabilidade do negócio dos seus parceiros, oferecendo-lhes um conjunto de ferramentas de consultoria de vendas e de marketing, ao mesmo tempo que pretende uma cobertura nacional e a prestação de um serviço de qualidade elevada no mercado luso. Apresentada à imprensa no passado dia 30 de março, a rede é atualmente composta por 10 oficinas, mas deverá dobrar em termos de número até ao final do ano, a caminho do objetivo de 80 unidades até 2020. Os integrantes desta rede terão uma imagem mais próxima da Continental e estará a postos uma equipa dedicada para os apoiar em questões de marketing ou comerciais.Porque, como afirma Jose Luis de la Fuente,

A Continental inaugurou recentemente a sua rede oficial de oficinas. Apelidada ContiService, os planos da marca alemã passam por integrar a nova rede no programa Conti360º, de apoio a frotas de pesados.TEXTO JOSÉ MACÁRIO

responsável máximo da Continental em Portugal, “vender pneus já não é suficiente para desenvolver um ponto de venda”, estas oficinas realizarão também algumas intervenções de mecânica mais ou menos profunda, de acordo com a própria vocação de cada uma das oficinas que comporá a rede e que originaram na rede ARC – Agentes Recomendados Continental. Além da decoração, estas oficinas poderão beneficiar de condições comerciais especiais e da oferta de marcas dedicadas, como é o caso da Sportiva, uma marca Budget que estará disponível exclusivamente nos centros aderentes. Além desta marca exclusiva, as restantes marcas do universo do fabricante alemão estarão à disposição de todas as oficinas desta rede: Contintenal no segmento Premium, Uniroyal no Quality e Barum no Budget (a par da Sportiva).Se para já este conceito está aberto apenas a veículos ligeiros, a Continental pretende capitalizar com as oficinas que fazem parte da rede ARC e que realizam intervenções a pesados, quer seja em termos de mecânica rápida ou somente de pneus. Por isso, numa segunda fase, ainda sem data definida, a rede ContiService pretende alargar a sua oferta também ao setor dos pesados, com os novos centros a integrarem a solução Conti360º Fleet Services, nome por que é conhecido o programa global de assistência a pesados atualmente implementado em

NO FUTURO NÃO SERÃO SÓ OS LIGEIROS A PODER UTILIZAR A REDE CONTISERVICE, DA CONTINENTAL, AO ABRIGO DO PROGRAMA CONTI360º, QUE PRESTA APOIO A FROTAS DE PESADOS

CONTACTOSContiserviceResponsável: José Luis de la Fuente

Telefone: 252 499 200

e.mail: [email protected]

Internet: www.contiservice.pt

vários países europeus, incluindo Portugal e Espanha.Desta feita, os utilizadores da rede ContiService poderão beneficiar dos cinco serviços que esta solução oferece: o ContiFitmentService, que recomenda os melhores pneus para a sua frota; o ContiFleetCheck, que monitoriza regularmente os seus pneus para otimizar os custos a eles associados; o ContiFleetReporting, que realiza uma análise completa a todos os dados e serviços realizados a pneus na sua frota; o ContiCasingManagement, que se ocupa da recolha e recauchutagem dos seus pneus gastos; e, por fim, o ContiBreakdownService, que o ajuda em caso de avaria.Apesar de ser originária na rede ARC, tal não exclui outras oficinas de aderir a este projeto, que é, nas palavras de de la Fuente, “um projeto que nasceu para ajudar os clientes atuais Continental” e que está “aberto a todos”, bastando contactar a ContiService para conhecer as condições de adesão.

pneus

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Goodyear. eJob, a nova aposta para manutenção

AGoodyear tem uma nova forma de aumentar a velocidade e a qualidade dos seus serviços aos clientes de pesados na Europa. Falamos da eJob,

uma aplicação para dispositivos móveis que pretende permitir aos operadores guardar e receber informações acerca dos trabalhos através de tablets ou smartphones. O sistema encarrega-se de transmitir para os terminais tanto dados como imagens, que são incluídos diretamente na FleetOnlineSolutions (FOS), o sistema de gestão de pneus da Goodyear.A App eJob faz parte do programa online de gestão de pneus FleetOnlineSolutions da Goodyear. A aplicação permite aos mecânicos que mudam os pneus gravar toda a informação do trabalho. Os dados são transmitidos diretamente desde um tablet ou smartphone para o website FOS, permitindo que o cliente tenha acesso a toda a informação de forma imediata. A nova App eJob da Goodyear está já disponível gratuitamente através da loja online Google Play.O FleetOnlineSolutions da Goodyear, a que pertence a nova aplicação eJob, revela-se

A Goodyear acaba de apresentar a app eJob, uma inovação digital para o serviço de pneus de pesados que irá permitir uma manutenção mais rápida e precisa dos pneus destes veículos.TEXTO JOSÉ MACÁRIO

uma grande mais-valia para as frotas, e esta inovação digital garante uma gestão dos pneus mais rápida e precisa, tal como permite aos clientes seguir online e em tempo real as operações relacionadas com os seus pneus. A app eJob é aplicável a todos os trabalhos relacionados com pneus para pesados e permite a transmissão – para armazenamento e processamento central – de toda a informação relevante, incluindo a posição do pneu e outros dados. Ao mesmo tempo, o técnico pode aceder, diretamente do local onde está a realizar o trabalho, a todo o histórico daqueles pneus, assim como tirar e enviar fotografias dos pneus no caso de, por exemplo, ser necessário mudar um, servindo ainda aplicação para que o operador do camião possa avaliar a mudança do pneu. Disponível em várias línguas, para uma mais fácil utilização, a nova app eJob tem menus de navegação simples, para permitir aos técnicos aceder a informação essencial relacionada com os pneus, como a sua pressão ou outros dados cruciais, seja em movimento como em qualquer um dos 2000 pontos de serviço da

rede TruckForce da Goodyear. Waldek Jarosz, diretor de soluções de frotas para pneus de pesados da Goodyear EMEA, acredita que “os benefícios, em termos de velocidade e precisão”, que a nova aplicação eJob proporciona aos nossos serviços de gestão de pneus são fantásticos. Acreditamos que FleetOnlineSolutions é o melhor programa do setor e, agora, melhorámo-lo ainda mais com a nova app eJob. Todos os anos aumenta o número de frotas que escolhem o nosso sistema de gestão na Europa graças ao facto de oferecermos benefícios fundamentais aos operadores”.O que torna o FOS mais ágil é o facto de os clientes terem acesso imediato a ele através da Internet, o que significa que o processo de qualquer trabalho que está a ser realizando pode ser monitorizado em tempo real. Desta feita, por exemplo, um cliente da Finlândia pode ver o momento em que um pneu necessita de manutenção ou se este está a ser substituído num pesado seu que se encontra em Itália, graças à aplicação eJob que um técnico está a utilizar nesse momento.

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O futuro está no GNL & retrofitting

No caso dos veículos pesados e em Portugal há um vasto campo de actuação na transformação do parque existente para o gás natural

liquefeito (GNL). Isto é verdade por muitas razões, nem todas ainda suficientemente claras para a generalidade dos operadores de transportes.Antes de avançar na explicação, devemos fazer uma advertência prévia: por razões muito compreensíveis, os fabricantes de equipamento original não gostam da solução retrofitting pois o que querem é vender veículos novos e não o prolongamento da vida dos existentes. No entanto, ainda assim há fortes razões para recomendar esta solução.A actual conjuntura é de crise, cujo fim não está à vista. Os operadores de transportes estão financeiramente depauperados e, mesmo havendo crédito, nem todos podem se dar ao luxo de substituírem as suas frotas por veículos novos. Por outro lado, o gasóleo representa uma fatia enorme dos seus custos de exploração.Assim, a solução imediata que se impõe para resolver grande parte dos seus problemas é o retrofitting para o GNL. A instalação de um kit de GNL num camião

Chama-se retrofitting à instalação de novo equipamento ou tecnologia em máquinas já existentes. Os puristas da língua que nos perdoem, mas não conhecemos nenhuma palavra em Português suficientemente precisa para descrever esta operação.TEXTO JORGE FIGUEIREDO*

ambiente

PARCERIA a gasóleo existente pode transformá-lo num veículo dual-fuel, ou seja, um veículo que passa a consumir uma mistura de gás natural e gasóleo. A poupança em gasóleo pode chegar até aos 40%. Por outro lado, manter o Ciclo Diesel de um camião ou autocarro também é uma boa ideia enquanto houver poucas estações de enchimento de GNL no país: um dual-fuel pode circular tanto com a mistura GNL-gasóleo como exclusivamente a gasóleo.É claro que há problemas técnicos a resolver, mas em Portugal já há gente com capacidade para isso. No caso dos camiões, esta transformação é fácil porque sempre se pode encontrar espaço suficiente para a instalação do reser vatório criogénico de GNL (geralmente por baixo do chassis, ou em certos casos por trás da cabina).No caso dos autocarros há alguns obstáculos, mas não insuperáveis. Se se quiser manter o Ciclo Diesel, para que opere em modo dual-fuel, será preciso descobrir um espaço para a instalação do reser vatório criogénico adicional (além do

de gasóleo já existente). No entanto, para o transporte urbano de passageiros, com o para-arranca constante, o dual-fuel não será o modo de funcionamento ideal. Nesse caso pode-se converter o veículo para o Ciclo Otto (mudando o cabeçote do motor) e ele passa a circular no chamado modo dedicado, ou seja, exclusivamente a gás natural – o tanque de GNL ficará instalado no lugar do antigo tanque de gasóleo. Esta é a solução ideal também do ponto de vista do ambiente urbano, pois reduz drasticamente as emissões poluentes (partículas sólidas PM10 e PM2,5, SO2, NOx, etc). No caso dos autocarros turísticos e de longo curso, o retrofitting é bem mais fácil pois o reser vatório adicional de GNL pode ser instalado no compartimento do porão. Assim será possível manter o Ciclo Diesel e operar em modo dual-fuel. Um reser vatório com 340 litros de GNL (com cerca de 66 cm de diâmetro e 1,6 m de comprimento) permite que um autocarro ande do Norte ao Sul de Portugal, ida e volta, sem precisar reabastecer-se. Como se sabe, a densidade energética do GNL é enorme (um metro cúbico em fase liquefeita equivale a 600 metros cúbicos em fase gasosa).No próximo dia 30 de Junho a APVGN realizará um workshop acerca do GNL nos transportes pesados. Serão ali analisadas as possibilidades do retrofitting das frotas existentes e a experiência de operadores de transporte já utilizadores do GNL. O evento será em Lisboa no anfiteatro da Estação do Metro Alto dos Moinhos (Linha Azul). A participação é gratuita, com inscrição obrigatória através do e-mail [email protected]

*Vice-Presidente da Associação Portuguesa do Veículo a Gás Natural (w w w.apvgn.pt). As opiniões aqui expressas são do autor e não vinculam necessariamente a APVGN.

POR RAZÕES MUITO COMPREENSÍVEIS, OS FABRICANTES DE EQUIPAMENTO ORIGINAL NÃO GOSTAM DA SOLUÇÃO RETROFITTING. O QUE QUEREM É VENDER VEÍCULOS NOVOS

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PeçasC

aros leitores,O tema em destaque desta edição da Turbo Oficina Pesados é o negócio das Peças disponibilizadas pelos construtores. Parece um tema fácil de desenvolver, mas longe disso. Para mim é um assunto bem mais difícil que outros que temos abordado nas nossas crónicas e que à partida pareciam

necessitar de maior reflexão. De facto, a venda de Peças Sobressalentes é de vital importância para o negócio do Sector Automóvel e em particular para o universo dos Veículos Comerciais onde se inclui o segmento dos Pesados. Por essa razão, esta tem sido uma matéria de grande atenção e até controvérsia aquando da definição e das subsequentes revisões dos Acordos Verticais e Práticas Concertadas no Sector dos Veículos Automóveis, que constituem exceções regulamentadas ao Funcionamento da União Europeia. Ao regulamento de exceção no sector automóvel acostumei-me a ouvir designá-lo por Block Exemption Regulation (BER). Na verdade, o regulador o que pretendeu em cada momento foi garantir que os fabricantes de automóveis não colocassem em causa as boas práticas concorrenciais e com isso a possibilidade dos consumidores finais terem acesso a melhores preços de aquisição e/ou a bons serviços de reparação por preços mais em conta do que os fornecidos por representantes oficiais desses fabricantes.Na verdade, e no que diz respeito aos Concessionários Oficiais das Marcas, já na revisão do BER em 2002 foram considerados separadamente os contratos de Vendas de Veículos Novos dos Contratos de Serviço e Venda de Peças, não havendo obrigatoriedade das duas atividades em simultâneo. Mais, o objetivo de garantir a concorrência efetiva nas atividades da reparação e manutenção de veículos automóveis, bem como da venda de peças sobressalentes, levou o regulador na revisão de 2010 a considerar só serem passíveis de Isenção ao Regulamento da EU os Acordos Verticais que não restringissem a possibilidade de um Fabricante de Peças Sobressalentes, as vender diretamente às Oficinas de Reparação Autorizadas (Concessões/Oficinas Autorizadas) dos construtores (o canal de distribuição oficial vulgarmente designada por Rede Oficial), bem como a Distribuidores Independentes de Peças Sobressalentes, a Oficinas de Reparação Independentes ou ainda a Utilizadores Finais.Bom, mas porque é que este assunto é tão importante? Por um lado porque estamos a falar de uma parte do negócio que é vital para a rentabilidade de uma concessão, principalmente quando o mercado de venda de veículos novos está numa fase negativa. A margem para a viabilidade do negócio está na venda de Peças e Serviços e isso é tão válido para o sector automóvel como para qualquer outro produto que tenha as duas componentes Venda e Serviços Após Venda.Daí que seja normal que os Construtores procurem defender os seus parceiros (Oficinas Autorizadas) que investem em infraestruturas oficinais devidamente apetrechadas com os requisitos da marca, desde o Espaço aos Equipamentos passando pelos Recursos Humanos e a sua contínua Formação. Talvez para assegurar que parte significativa deste segmento de negócio automóvel está nos representantes da marca, os construtores têm ao longo do tempo diversificado a sua oferta e competitividade, através de campanhas com preços especiais por Subsectores de Peças, ou de campanhas de Marketing de Fidelização e Ofertas de Serviços/ Diagnóstico, ou através do lançamento de linhas de Peças mais competitivas mas de Qualidade Certificada. Muito comum nos Pesados, é ainda a oferta de Caixas de Velocidade e Motores Reconstruídos ou Renovados, que se traduzem por enorme competitividade e boa qualidade. Por outro lado, existe a questão central da Segurança. Pode ser justo que se garanta a existência de concorrência efetiva entre Reparadores Oficiais e Reparadores Independentes, entre Peças Genuínas e Peças Sobressalente de Qualidade Equivalente e da liberdade dos Fabricantes das Peças Sobressalentes certificadas as venderem aos vários canais de distribuição atrás descritos, mas será igualmente justo, na minha opinião, exigir que os prestadores dos diferentes serviços estejam apetrechados com Equipamentos Oficinais e com Recursos Humanos com conhecimentos técnicos, que garantam que em momento algum haja perigo para o bom funcionamento dos veículos. E isso também se paga…

João Almeida assina, todos os meses, um artigo de opinião e tem as funções de Consultor Editorial da Turbo Oficina Pesados.

O autor não adota o novo acordo ortográfico nos seus artigos.

O QUE O REGULADOR PRETENDEU EM CADA MOMENTO FOI GARANTIR QUE OS FABRICANTES DE AUTOMÓVEIS NÃO COLOCASSEM EM CAUSA AS BOAS PRÁTICAS CONCORRENCIAIS, PARA OS CONSUMIDORES TEREM ACESSO A MELHORES CONDIÇÕES DE AQUISIÇÃO E A MELHORES SERVIÇOS

João Almeida

opinião

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