Turalert Português (Dezembro 2012)

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Foto: Free Vetor TuralerT Alertas do turismo rural Dezembro 2012

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Publicação sobre Turismo Rural de autoria da área de Comercialização de Agronegócio do Instituto interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA)

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TuralerTAlertas do turismo rural

Dezembro 2012

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Editor Chefe Marco Ortega - [email protected] Vice-Editor Daniel Torres - [email protected]

Assessoria de ComunicaçãoCaroline Esser - [email protected]

Diretora de Arte Caroline Esser - [email protected]

DiagramaçãoCaroline Esser - [email protected]

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TuralerTAlertas do turismo rural

Dezembro 2012

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Esperamos que você leitor, goste dessa novidade que pre-paramos especialmente para você.

Tenha uma boa leitura!

CAROLINE ESSER

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FONTE: AGÊNCIA AMIGO

IDESTUR LANÇA ANUÁRIO DE TURISMO RURAL

Instituto apresentará Anuário de Turismo Rural durante a 3ª edição do Encontro Turismo Rural, o mais novo estudo contendo informações sobre

o segmento e seus desafios

Fonte: Agência Amigo

O Instituto de Desenvolvimento do Turismo Rural – IDESTUR apresentará ao mercado mais uma publicação, o “Anuário de Turis-mo Rural – Ruralidade e a Copa de 2014”.

O lançamento acontecerá durante a 3ª edição do Encontro Paulista de Turismo Rural, evento apoiado pela entidade realizado no dia 29 de novembro, na cidade de São Roque. Com o intuito de fortalecer iniciativas de desenvolvi-mento sustentável, prover conhecimento e informa-ções técnicas e aprimorar as estratégias de interven-ção, o Anuário Brasileiro de Turismo Rural também pretende democratizar as oportunidades econômi-cas, sociais e culturais entre outras ações em prol do segmento de turismo rural. Andréia Roque, presidente do IDESTUR, aproveitará o jantar especial da programação do Encontro para mostrar a nova publicação aos acadêmicos, convida-dos e profissionais do mercado presentes. “O turismo rural é uma atividade econômica dinâmica e contará com grandes desafios no futuro. A publicação reúne

informações técnicas importantes, principalmente para investidores e trabalhadores”, revela a executiva. De acordo com o IDESTUR, o setor de turismo rural cresce no Brasil de forma pouco planejada e necessi-tava de um levantamento como esse produzido pela entidade. “O Anuário de Turismo Rural traz uma aná-lise do segmento, ressaltando potencial, localização, benefícios e as projeções do setor no desenvolvimen-to de atividades não agrícolas, visto que elas con-tribuem com a diminuição das pressões migratórias para os tradicionais centros receptivos”. O conteúdo do Anuário, mostra, por exemplo, que o desenvolvimento do turismo rural cresceu em regiões como Nordeste despontando no mercado e regiões do Norte como sendo um destino promissor como Roraima e Pará com destaque as ilhas de excelência da Região Sul e o avanço de negociações com o tra-de de Turismo no Sudeste e Centro Oeste. “Esse pro-cesso ocorreu devido ao amadurecimento do setor e muitos anos de um processo de estratégia de desen-volvimento ”, finalizou Andreia.

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AUTORA: CAROLINE ESSER

No turismo, pouco se falava sobre as atividades para as pes-

soas com necessidades especiais, porém, com a vinda de

importantes eventos esportivos ao país, as pessoas vêm

dando importância a questões sociais trazendo o tema

novamente para discussão. A pratica turística que viabiliza a acessibi-

lidade urbana e a adaptação de atividades aos portadores de neces-

sidades especiais é chamada pelo Ministério do Turismo, de turismo

acessível ou turismo adaptado.

As atividades ligadas ao setor do turismo tiveram um crescimento

acima da média da economia. De acordo com Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística – IBGE, o aumento real das atividades vincula-

das ao turismo foi de 32%. Apesar do crescimento no setor turístico, a

falta de treinamento e de adaptação da infraestutura turística impede

que o turismo adaptado se popularize.

De acordo com o agente de viagens Ricardo Shimosakai, um dos

lugares mais frequentados por pessoas com deficiência, são os shop-

ping center. Por possuírem estacionamento com vagas reservadas,

banheiros adaptados e uma área de boa circulação com piso plano e

elevadores. No entanto, o turismo deveria ter essa infraestrutura em

relação a hotéis, restaurantes e transporte. “A questão dos serviços

também é muito importante, pois não adianta você ter um atrativo

lindo como as paisagens subaquáticas de Bonito, no Mato Grosso do

VIAGEM PARA A INCLUSÃO

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Não adianta você ter um

atrativo lindo como as

paisagens de Bonito, no

Mato Grosso do sul, se

não houver um instrutor

capacitado para conduzir

uma pessoa com defi-

ciência numa flutuação,

ou então um cego visitar

o Corcovado, se não tiver

alguém para fazer uma

áudiodescrição da vista

maravilhosa que se tem

do alto”

Ricardo Shimosakai

Sul, se não houver um guia ou instrutor capac-

itado para conduzir uma pessoa com deficiên-

cia numa flutuação, ou então um cego visitar o

Corcovado, se não tiver alguém para fazer uma

áudiodescrição da vista maravilhosa que se

tem do alto”, afirma.

Ricardo sempre teve o costume de viajar e con-

hecer novos lugares, no entanto, após sofrer

um sequestro relâmpago e levar um tiro que o

deixou paraplégico começou a ver a vida com

outros olhos. “Estando na cadeira de rodas,

uma das coisas que eu mais sentia falta era a

questão do lazer e do turismo, então passei

a ver como eu podia resgatar esse prazer”.

Ricardo percebeu então, que outros colegas

com deficiência sabendo de seus passeios e

viagens iam até ele pedir informações, dicas e

pedidos para organizar essas viagens com mais

pessoas, foi então que ele resolveu cursar a

faculdade de turismo, e transformar o lazer em

uma profissão.

Apesar das pessoas com deficiência estarem

mais diretamente ligadas à acessibilidade, essa

questão serve a outros tipos de público, como

terceira idade, obesos, ou pessoas com alguma

dificuldade temporária.

Com a assinatura do decreto Federal nº.

5296/2004, pessoas com deficiência, ou mobi-

lidade reduzida passam a ter o direito de fazer

turismo como mais um meio de integração

social.

Com a vinda de importantes eventos esporti-

vos para o país, como a Copa do Mundo em

2014 e as Olimpíadas em 2016, o turismo nacio-

nal poderá chegar em 2014 com 73 milhões

de desembarques domésticos de acordo com

o Documento Referencial Turismo no Brasil

2011/2014 de autoria do Ministério do Turismo.

Os estádios que receberão os jogos estão pas-

sando por reformas. A FIFA tem exigências na

questão de acessibilidade, e cada cidade sede

tem uma comissão para cuidar da preparação

do destino para a copa. No entanto Ricardo

Shimosakai tem dúvidas na questão da quali-

dade da acessibilidade. “Como é algo relativa-

mente novo, devia ser algo a ser coordenado

por uma comissão mais experiente para todos

os estádios. As Paraolimpíadas será a mesma

coisa. Tudo terá que ser construído, porém o

Rio de Janeiro tem uma acessibilidade muito

fraca. Muitos hotéis, restaurantes e outros esta-

belecimentos se dizem acessíveis, eles colocam

uma rampa e acham que está tudo bem, no

entanto, a acessibilidade é muito mais que

isso”, afirma.

No Brasil, atualmente existem diversas empre-

sas, ONGs ou associações voltadas para o públi-

co com deficiência. Há aquelas voltadas ao

esporte, ao trabalho, a educação e ao direito.

As que são voltadas ao turismo são poucas,

e as que existem seguem uma segmentação

do próprio setor, ou seja, lidam somente com

turismo de aventura, passeio a museus, entre

outros.

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OS ENCANTOS DO BRASIL RURAL

“Tire apenas fotos, deixe apenas suas pegadas, leve pra casa apenas suas lembranças”

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O dia começa cedo e sem o cos-

tumeiro barulho de carros, buzinas

e pessoas. Apenas o canto dos pás-

saros e o som das árvores dançando con-

forme a força dos ventos. A mesa farta do

café da manhã preparado no fogão a lenha,

contém frutas da época, pão de queijo,

bolos, pães caseiros, doces e geleias pre-

paradas com produtos fresquinhos cultiva-

dos na propriedade.

Para quem deseja fugir da loucura das

grandes cidades, entrar em contato com a

natureza e os animais, e conhecer de perto a

vida rural, o turismo rural é uma ótima pedi-

da. De acordo com o Ministério do Turismo o

agroturismo ou turismo rural é um conjunto

das atividades turísticas desenvolvidas no

meio rural, comprometidas com a produção

agropecuária, agregando valor a produtos e

serviços, resgatando e promovendo o pat-

rimônio cultural e natural da comunidade.

De acordo com estimativa da Organização

Mundial do Turismo, cerca de 3% dos turis-

tas no mundo preferem destinos rurais para

passar as férias. Com a vinda de impor-

tantes eventos esportivos para o país, como

a Copa do Mundo de futebol, Copa das

Confederações e Olimpíadas, espera-se que

haja um aumento na procura por essa ativi-

dade turística.

No entanto, o setor precisa estar preparado

e com a infraestrutura adequada para rece-

ber os turistas. Segundo o Serviço Brasileiro

de Apoio as Micro e Pequenas Empresas

(SEBRAE) e a Fundação Getúlio Vargas, o tur-

ismo e as produções associadas ao turismo

estão em terceiro e quarto lugar respec-

tivamente entre os setores que mais serão

beneficiados com a realização desses even-

tos esportivos, ficando atrás somente da

construção civil e tecnologia da informação.

Cada turista deve gastar, em média, R$ 11,4

mil reais em solo brasileiro e estima-se que

o Brasil deve receber aproximadamente 600

mil turistas para a Copa do Mundo 2014,

estima o Ministério do Turismo. De acordo

com o Diretor de estudos e Pesquisas do

Ministério do Turismo, José Francisco de

Salles Lopes o perfil do turista que virá para

as competições esportivas é relativamente

jovem, “ O que significa que teremos novas

oportunidades para atraí-lo em outra opor-

tunidade. Ele será um verdadeiro propagan-

dista do Brasil lá fora.” Diz ele.

O Brasil é o quarto país no ranking desse

mercado, atrás apenas de Portugal, Espanha

e Argentina. No país as regiões sul e sudeste

se destacam por suas atividades. Em 1998,

em Santa Catarina, uma associação de agri-

cultores integrada à rede Accueil Paysan

(atuante na França desde 1987) criaram a

“Acolhida na Colônia” com a proposta de

valorizar o modo de vida no campo através

do agroturismo ecológico. O Objetivo é

compartilhar o saber fazer, as histórias e

cultura e as paisagens oferecendo hospeda-

gens simples e aconchegantes com direito

a conversas na beira do fogão a lenha, a

tradicional fartura das mesas de café da

manhã e almoço além de passeios pelo

campo. Os agricultores da Acolhida na

Colônia praticam e promovem a agricultura

orgânica garantindo com isso uma alimen-

tação saudável aos seus visitantes.

Os destinos da Acolhida na Colônia são divi-

didos em cinco regiões da serra catarinense,

são elas, territórios da Encosta da Serra Geral

que abrange os municípios de Anitápolis,

Santa rosa de Lima, Rancho Queimado, Grão

Pará e Gravatal, Regional São Joaquim, que

abrange o município de Urubici, regional

Ibirama com as cidades de Vitor Meirelles,

Witmarsum, Presidente Getúlio, Lontras,

Presidente Nereu e Ibirama.

AUTORA: CAROLINE ESSER

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Regional de Rio do Sul abrangendo os municípios de Agronômica,

Agrolândia e Trombudo Central, regional de Ituporanga, que abrange

as cidades de Aurora, Atalanta, Imbuia, Ituporanga, Leoberto Leal,

Petrolândia e Vidal Ramos.

Para Andreia Roque, presidente do Instituto de Desenvolvimento do

Turismo Rural (IDESTUR) e sócia proprietária da Brasil Rural Operadora

de Viagens Especializadas em experiências rurais, equestres e nat-

urais, o país está passando

por um momento inovador,

em que diversas portas serão

abertas na área de turismo, “No

mundo, não existe um grande

destino rural, portanto é o

momento de conquistarmos

essa posição. Somos o maior

produtor agrícola mundial e

temos muita história e ciclos

de cana e frutas para contar.

Estamos na frente e podemos

nos tornar o maior destino

rural mundial em menos de

cinco anos” diz Andréia.

O Panorama Empresarial do

Turismo Rural, lançado em

2011 pelo IDESTUR em parceria com o SEBRAE Nacional mostra que

30% dos clientes tem origem regional, 26% estadual e 19% vêm de

outros estados. Outro dado importante apresentado, é que 25%

dos turistas são do exterior, o que representa um grande potencial,

principalmente com a proximidade de grandes eventos esportivos

que o país sediará.

O Ministério do Turismo, do Desenvolvimento Agrário, Sebrae e

a Agência de Cooperação Alemã visando a Copa do Mundo em

2014 lançaram o programa Talentos do Brasil Rural. O objetivo do

programa é inserir produtos e serviços da agricultura familiar no

mercado, agregando valor à oferta turística brasileira. A intenção é

aproximar a produção da agricultura familiar e os destinos turísticos,

para que o turista possa consumir e conhecer os produtos da agricul-

tura familiar que o Brasil dispõe. Foram selecionados 125 empreen-

dimentos e 24 roteiros turísticos espalhados por todo o país. Outro

objetivo do projeto talentos do brasil Rural é agregar valor à oferta

turística brasileira e gerar renda a agricultores familiares, povos e

comunidades indígenas tradicionais.

Entretanto, são muitas as dificuldades enfrentadas por donos de

propriedades rurais. Como os jogos serão disputados em diversas

capitais e os destinos de agroturismo ficam localizados em cidades

do interior, o desafio é mostrar ao jovem turista que nos arredores

das cidades sede há

muitas opções de lazer.

Para isso é necessário

uma ampla divulgação

dos estabelecimentos,

porém devido ao alto

custo é necessário que

os empresários rurais

encontrem outras alter-

nativas para conseguir

levar o turista para o

interior.

Na China, o turismo rural

já beneficiou cerca de 15

milhões de agricultores

com mais de 20 bilhões

de dólares. Com a explo-

ração do potencial do turismo rural, muitas famílias rurais investiram

em pousadas e infraestrutura nas fazendas e ranchos de forma a

agradar os visitantes. Segundo o Ministério da Agricultura da China,

mais de 600 milhões de turistas contribuem para o sucesso de tal

modalidade.

O Brasil tem o desafio de mostrar aos turistas que o país possui

outros atrativos além das praias, Pantanal, Amazônia e Cataratas do

Iguaçú. Os atrativos passam por serras, gastronomia italiana e alemã,

circuito das vinícolas na serra gaúcha, rota dos tropeiros, circuito das

frutas, circuito italiano, circuito de turismo de aventura, ecoturismo

e turismo equestre, entre outros.

Aproveite a tranquilidade do campo para repor suas energias.

Conheça um Brasil diferente de tudo o que você já viu, vá para o

campo!

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