Tuning de Rede: um negócio disruptivo - dci.com.br · investir constantemente em equipamentos e...

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QUINTA-FEIRA, 25 DE AGOSTO DE 2016 DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS 8 Negócios Serviços Valor do metro quadrado encolhe 10,78% IMÓVEL COMERCIAL A queda, segundo o relatório do Índice FipeZap, foi mais acentuada no Rio de Janeiro. A pesquisa engloba venda e loca- ção de salas e conjuntos co- merciais de até 200 m² nas ci- dades do Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG). Nos últimos 12 meses, os preços de venda e de locação caíram, respectivamente, 2,98% e 10,48%. “Se conside- rarmos a inflação de 8,74% no período, a queda real de preços atinge 17,67% e dos alugueis 10,78%”, disse o relatório. Quando analisado só julho, os preços de venda caíram em média 0,39%, e os de locação recuaram 0,65%. “O destaque foi o Rio de Janeiro, onde essas variações foram -1,75% [ven- da] e -0,19% [locação].” Uma rede com 34 empresas e mais de 200 corretores nasceu ontem em Curitiba (PR); objetivo é acelerar o processo de vendas e dar mas capilaridade para os negócios firmados em toda a região Imobiliárias se juntam para enfrentar a crise IMÓVEIS Paula Cristina São Paulo [email protected] Para enfrentar o ciclo reces- sivo mais intenso das últimas décadas no País, as redes de imobiliárias Paraná Imóveis e a Imóvel Fácil uniram-se para formar a Bee Rede Imóveis. A nova operação, anunciada on- tem, agregara 34 empresas, to- talizando mais de cinco mil imóveis na região de Curitiba. O objetivo, segundo o pre- sidente da primeira gestão da Bee (2016-2017) e sócio fun- dador da Roma Imóveis, Ed- son Luis Esquinazi, é aumen- tar as sinergias do mercado local e ampliar a força de vendas. A entidade já nasce com mais de 200 corretores, e abarcará imóveis na região Metropolitana de Curitiba. “Ambas atuavam como um instrumento para a formação de parcerias e integração en- tre os principais agentes do mercado para a efetivação da transação imobiliária, assim como para a capacitação e qualificação dos corretores de imóveis. Essas funções fo- ram absorvidas na formação da nova rede, a Bee”, explica. Segundo ele, a união vai potencializar e uniformizar as atividades que já vinham sendo realizadas pelas duas redes. Ainda que a transfor- mação traga vantagens para Para garantir qualidade nos negócios firmados, e compe- tência dos envolvidos, o execu- tivo ressalta a oferta de cursos, treinamentos e palestras em gestão e atendimento ao clien- te. “O corretor de imóveis é de grande importância para a transação imobiliária. Ele não pode ser apenas um tomador de pedidos ou um plantonista e esperar que o cliente vá até ele. Ao contrário, deve ir ao en- contro do cliente, saber todas as informações do imóvel que vai vender ou alugar, do mer- cado em que está inserido e ser capaz de encontrar o imó- vel que atende às necessidades do comprador ou do inquilino. Hoje ele é um consultor que atende um cliente cada vez mais exigente”, opina. Nova realidade do setor Esquinazi avalia ainda que o ajuste pelo qual o mercado passou nos últimos anos tam- bém contribuiu para essa mu- dança no perfil do corretor de imóveis, culminado numa se- leção dos profissionais mais qualificados, e o setor começa a dar sinais de recuperação. “O mercado de locação residen- cial está mais ativo. Em função da alta inflação e da dificulda- de para a aprovação de crédito para financiamento imobiliá- rio junto aos bancos, muitos clientes estão optando pelo aluguel em vez da compra. Ainda assim, sentimos uma melhora na venda de imóveis usados nesse segundo semes- tre e acreditamos que isso deve se intensificar a partir do ano que vem”, prevê. Além disso, ele ressalta que o momento é bom para quem detém uma reserva financeira e pode encontrar oportunida- des interessantes para a com- pra da casa própria, seja para o primeiro imóvel ou para a tro- ca da atual moradia por uma maior ou mais bem localizada, o que garante negócios melho- res com preços mais atraentes. “Os vendedores continuam dispostos a negociar e a ofere- cer descontos. O preço dos imóveis usados também se ajustou ao poder de compra do consumidor e há mais opções disponíveis no mercado, o que torna a aquisição bastante atrativa”, explica. Exclusividade na venda Outro tema que tem pautado as conversas do setor imobiliá- rio é a exclusividade para a venda do imóvel. Para Esqui- nazi, essa é uma garantia que deve ser mantida. O argumen- to é que esse princípio oferece mais segurança para os agen- tes envolvidos na transação. “Isso evita o leilão de preços e a desvalorização do bem”. DREAMSTIME União faz a força: junção das empresas trará maior carteira de clientes e potencializará novos negócios Paula Cristina São Paulo [email protected] O preço cobrado com alu- guel e venda de imóveis co- merciais no País já encolheu 10,78% e 8,74% em 12 meses, segundo o Índice FipeZap. os profissionais das imobiliá- rias associadas, Esquinazi de- fende que o cliente que anun- ciar na rede terá mais visibilidade agora. “Para o pro- prietário, ter um imóvel divul- gado numa rede imobiliária significa maior exposição do bem e segurança de que ele se- anunciado corretamente, dentro do valor de mercado. Para quem vai comprar e alu- gar, significa mais opções de imóveis para escolher e a con- fiança de que todo o processo será realizado de forma correta e transparente, por profissio- nais capacitados”, destaca. Enviar um e-mail [email protected] @ Tuning de Rede: um negócio disruptivo Dentro da era dos dados, investir no ambiente virtual é preciso, e não é tão caro quanto parece O mundo dos negó- cios vem se modifi- cando ano a ano. E diante de um cená- rio de crise, ele se torna mais propício para as inovações, fruto de mentes criativas e antenadas com as novas de- mandas da sociedade. Com o respaldo das tecnologias, essas inovações desafiam as estruturas e os padrões esta- belecidos, gerando modelos de negócios com alto valor agregado. Por isso são vistas como disruptivas. Podemos citar como exem- plo as indústrias do cinema e da música, dois setores que se mantiveram intocados durante décadas, até que a queda de vendas, gerada pela pirataria, fez com que os profissionais da área se reinventassem. Hoje, temos as vendas online de mú- sicas e filmes como um novo e rentável nicho de mercado. Isso não é diferente no setor de tecnologia. Até pouco tem- po, as empresas que depen- diam de uma rede de alto de- sempenho para conduzir seus negócios sabiam que teriam de investir constantemente em equipamentos e serviços. Essa visão está mudando, já que as empresas podem apostar no Tuning de Rede como um mo- delo de negócio que traz efi- ciência na manutenção de am- bientes tecnológicos a custos mais baixos. O Tuning de Rede é uma metodologia aplicada na infraestrutura de redes corpo- rativas que resulta na melhoria do desempenho de equipa- mentos instalados. Isso é possí- vel por meio de configurações e otimizações realizadas por pro- fissionais com conhecimento e alta capacidade técnica. Esse modelo de negócio é disruptivo porque não segue os padrões dessa indústria. É um serviço que está associado ao elevado nível de conhecimento profissional. Enquanto gran- des fabricantes de equipa- mentos de rede empregam seus esforços na venda de no- vos hardwares, o Tuning de Rede escala a possibilidade de uma empresa, em qualquer parte do mundo, ter uma rede de alta performance. Ser adepto a dar uma sobre- vida aos equipamentos de re- de não significa ser contra a aquisição de novas soluções. Mas sim, é uma forma de de- fender a renovação das tecno- logias a seu tempo e dentro da realidade das companhias. Nesse modelo, as necessida- des do cliente vêm em primei- ro lugar, e não as metas de vendas de equipamentos. Se vivemos uma crise cícli- ca, atuar com uma solução disruptiva é uma forma de es- tar ativo e competitivo no mercado. RODRIGO ALABARCE CEO DA NAP IT NETWORK SOLUTIONS POR DENTRO DOS SERVIÇOS

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QUINTA-FEIRA, 25 DE AGOSTO DE 2016 � DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS8

Negócios S e rv i ç o s

Valor do metro quadrado encolhe 10,78%

IMÓVEL COMERCIALA queda, segundo o relatório

do Índice FipeZap, foi maisacentuada no Rio de Janeiro. Apesquisa engloba venda e loca-ção de salas e conjuntos co-merciais de até 200 m² nas ci-dades do Rio de Janeiro (RJ),São Paulo (SP), Porto Alegre(RS) e Belo Horizonte (MG).

Nos últimos 12 meses, ospreços de venda e de locaçãocaíram, respectivamente,

2,98% e 10,48%. “Se conside-rarmos a inflação de 8,74% noperíodo, a queda real de preçosatinge 17,67% e dos alugueis10,78%”, disse o relatório.Quando analisado só julho, ospreços de venda caíram emmédia 0,39%, e os de locaçãorecuaram 0,65%. “O destaquefoi o Rio de Janeiro, onde essasvariações foram -1,75% [ven-da] e -0,19% [locação].”

Uma rede com 34 empresas e mais de 200 corretores nasceu ontem em Curitiba (PR); objetivo éacelerar o processo de vendas e dar mas capilaridade para os negócios firmados em toda a região

Imobiliárias se juntam para enfrentar a criseIMÓVEIS

Paula CristinaSão Paulop au l ac s @ d c i . c o m . b r

� Para enfrentar o ciclo reces-sivo mais intenso das últimasdécadas no País, as redes deimobiliárias Paraná Imóveis ea Imóvel Fácil uniram-se paraformar a Bee Rede Imóveis. Anova operação, anunciada on-tem, agregara 34 empresas, to-talizando mais de cinco milimóveis na região de Curitiba.

O objetivo, segundo o pre-sidente da primeira gestão daBee (2016-2017) e sócio fun-dador da Roma Imóveis, Ed-son Luis Esquinazi, é aumen-tar as sinergias do mercadolocal e ampliar a força devendas. A entidade já nascecom mais de 200 corretores, eabarcará imóveis na regiãoMetropolitana de Curitiba.

“Ambas atuavam como uminstrumento para a formaçãode parcerias e integração en-tre os principais agentes domercado para a efetivação datransação imobiliária, assimcomo para a capacitação equalificação dos corretoresde imóveis. Essas funções fo-ram absorvidas na formaçãoda nova rede, a Bee”, explica.

Segundo ele, a união vaipotencializar e uniformizaras atividades que já vinhamsendo realizadas pelas duasredes. Ainda que a transfor-mação traga vantagens para

Para garantir qualidade nosnegócios firmados, e compe-tência dos envolvidos, o execu-tivo ressalta a oferta de cursos,treinamentos e palestras emgestão e atendimento ao clien-te. “O corretor de imóveis é degrande importância para atransação imobiliária. Ele nãopode ser apenas um tomadorde pedidos ou um plantonistae esperar que o cliente vá atéele. Ao contrário, deve ir ao en-contro do cliente, saber todasas informações do imóvel quevai vender ou alugar, do mer-cado em que está inserido eser capaz de encontrar o imó-

vel que atende às necessidadesdo comprador ou do inquilino.Hoje ele é um consultor queatende um cliente cada vezmais exigente”, opina.

Nova realidade do setorEsquinazi avalia ainda que oajuste pelo qual o mercadopassou nos últimos anos tam-bém contribuiu para essa mu-dança no perfil do corretor deimóveis, culminado numa se-leção dos profissionais maisqualificados, e o setor começaa dar sinais de recuperação. “Omercado de locação residen-cial está mais ativo. Em função

da alta inflação e da dificulda-de para a aprovação de créditopara financiamento imobiliá-rio junto aos bancos, muitosclientes estão optando peloaluguel em vez da compra.Ainda assim, sentimos umamelhora na venda de imóveisusados nesse segundo semes-tre e acreditamos que isso devese intensificar a partir do anoque vem”, prevê.

Além disso, ele ressalta queo momento é bom para quemdetém uma reserva financeirae pode encontrar oportunida-des interessantes para a com-pra da casa própria, seja para oprimeiro imóvel ou para a tro-ca da atual moradia por umamaior ou mais bem localizada,o que garante negócios melho-res com preços mais atraentes.“Os vendedores continuamdispostos a negociar e a ofere-cer descontos. O preço dosimóveis usados também seajustou ao poder de compra doconsumidor e há mais opçõesdisponíveis no mercado, o quetorna a aquisição bastantea t ra t i va”, explica.

Exclusividade na vendaOutro tema que tem pautadoas conversas do setor imobiliá-rio é a exclusividade para avenda do imóvel. Para Esqui-nazi, essa é uma garantia quedeve ser mantida. O argumen-to é que esse princípio oferecemais segurança para os agen-tes envolvidos na transação.“Isso evita o leilão de preços ea desvalorização do bem”.

D R E A M ST I M E

União faz a força: junção das empresas trará maior carteira de clientes e potencializará novos negócios

Paula CristinaSão Paulop au l ac s @ d c i . c o m . b r

� O preço cobrado com alu-guel e venda de imóveis co-merciais no País já encolheu10,78% e 8,74% em 12 meses,segundo o Índice FipeZap.

os profissionais das imobiliá-rias associadas, Esquinazi de-fende que o cliente que anun-ciar na rede terá maisvisibilidade agora. “Para o pro-prietário, ter um imóvel divul-gado numa rede imobiliáriasignifica maior exposição dobem e segurança de que ele se-rá anunciado corretamente,dentro do valor de mercado.Para quem vai comprar e alu-gar, significa mais opções deimóveis para escolher e a con-fiança de que todo o processoserá realizado de forma corretae transparente, por profissio-nais capacitados”, destaca.

Enviar um e-mail

r o d r i g o . a l a ba rc e @ n a p i t . c o m . b r�@

Tuning de Rede: umnegócio disruptivoDentro da era dos dados, investir no ambientevirtual é preciso, e não é tão caro quanto parece

Omundo dos negó-

cios vem se modifi-cando ano a ano. Ediante de um cená-

rio de crise, ele se torna maispropício para as inovações,fruto de mentes criativas eantenadas com as novas de-mandas da sociedade. Como respaldo das tecnologias,essas inovações desafiam asestruturas e os padrões esta-belecidos, gerando modelosde negócios com alto valoragregado. Por isso são vistas

como disruptivas.Podemos citar como exem-

plo as indústrias do cinema eda música, dois setores que semantiveram intocados durantedécadas, até que a queda devendas, gerada pela pirataria,fez com que os profissionais daárea se reinventassem. Hoje,temos as vendas online de mú-sicas e filmes como um novo erentável nicho de mercado.

Isso não é diferente no setorde tecnologia. Até pouco tem-po, as empresas que depen-

diam de uma rede de alto de-sempenho para conduzir seusnegócios sabiam que teriam deinvestir constantemente emequipamentos e serviços. Essavisão está mudando, já que asempresas podem apostar noTuning de Rede como um mo-delo de negócio que traz efi-ciência na manutenção de am-bientes tecnológicos a custosmais baixos. O Tuning de Redeé uma metodologia aplicada nainfraestrutura de redes corpo-rativas que resulta na melhoriado desempenho de equipa-mentos instalados. Isso é possí-vel por meio de configurações eotimizações realizadas por pro-fissionais com conhecimento ealta capacidade técnica.

Esse modelo de negócio édisruptivo porque não segue ospadrões dessa indústria. É umserviço que está associado aoelevado nível de conhecimento

profissional. Enquanto gran-des fabricantes de equipa-mentos de rede empregamseus esforços na venda de no-vos hardwares, o Tuning deRede escala a possibilidade deuma empresa, em qualquerparte do mundo, ter uma redede alta performance.

Ser adepto a dar uma sobre-vida aos equipamentos de re-de não significa ser contra aaquisição de novas soluções.Mas sim, é uma forma de de-fender a renovação das tecno-logias a seu tempo e dentro darealidade das companhias.Nesse modelo, as necessida-des do cliente vêm em primei-ro lugar, e não as metas devendas de equipamentos.

Se vivemos uma crise cícli-ca, atuar com uma soluçãodisruptiva é uma forma de es-tar ativo e competitivo nom e rc a d o.

RODRIGOA L A BA RC E

CEO DA NAP ITN ET W O R KS O LU T I O N S

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