Tudo sobre o Mac OS 9

50
ANO 6 Nº66 1999 R$ 5,00 WWW.MACMANIA.COM.BR ISSN 1414-4395 •Novo Sherlock •Múltiplos usuários •Senha de voz •Criptografia de arquivos •Updates automáticos MediaCleaner 4.0 Outlook Express 5 Tablet Wacom USB Faça texturas no Strata Plugue uma Voodoo no seu Mac Sharewares para facilitar sua vida O futuro do PowerPC Tudo sobre o Mac OS 9

Transcript of Tudo sobre o Mac OS 9

Page 1: Tudo sobre o  Mac OS 9

ANO6Nº661999

R$5,00

WWW.MACMANIA.COM.BR

ISSN 1414-4395

•Novo Sherlock

•Múltiplos usuários

•Senha de voz

•Criptografia de arquivos

•Updates automáticos

MediaCleaner 4.0

Outlook Express 5

Tablet Wacom USB

Faça texturas no Strata

Plugue uma Voodoo no seu Mac

Sharewares para facilitar sua vida

O futuro do PowerPC

Tudo sobre oMac OS 9

Page 2: Tudo sobre o  Mac OS 9

inicial tinha falhado completamente. Eleresolveu duplicar parte da estrutura inter-na do System+Finder, conseguindo con-vencer Bill Gates que assim seria mais fácilportar o software da Microsoft de Mac paraWindows.3 - Tarda, mas não falha. Um juiz federal jádecretou que a Microsoft é um monopólio.Saiba mais no Tid Bits desta edição.Quanto ao índice, ele já está praticamentepronto. Em breve estará no site, em versõesonline e offline.

Sobre a matéria “Mac x PC – O ConfrontoFinal”, tenho as seguintes considerações:Sou Mac Futebol Clube até a morte. OdeioPC, mas tenho que admitir que no quesitogames, nós macmaníacos, pagamos um sapoenorme. Os games para PC são maravilho-sos. Cada vez que eu vejo um que eu gosta-ria de ter, me rasgo de inveja e fico pensan-do: “Por que, meu Deus, não lançam essegame para Macintosh?” Além disso, ospreços dos games nas lojas da Apple sãoextorsivos, muito caros mesmo. A soluçãoseria o tal emulador do PlayStation, mas eletambém é caro e eu necessito de um drive,porque ele não existe em CD, só em disque-te. Enquanto isso, vou me virando com oque tenho. Fazer o quê?

Clovis La PastinaClovis_Pastina.MCCANN-ERICKSON@

-nutecsp1.sao.zaz.com.br

O emulador de PlayStation não é caro: éproibido, se bem que há um boato de quecópias dele ainda podem ser encontradasem uma certa loja Apple em São Paulo. Seeu fosse você, ia atrás dele (que, por sinal,só existe em CD).

Me assustei com algumas coisas que eu li naMacmania 64. O caso do iMac travado quan-do foi instalar a impressora e o sistema ficouprocurando o disquete... nunca que iaachar... E depois teve tudo emperrado. Oproblema de outro usuário que comprou umZip Plus e provavelmente perdeu seu dinhei-ro, pois não conseguiu adaptá-lo ao micro.Sobre os galhos de acentuação de textos euque sou leitor da revista “faz dois números”sei dos downloads possíveis para corrigiralgumas dessa falhas, mas não concordo queisso tenha que vir de vocês. Acho inconcebí-vel uma firma vir ao Brasil e não ter feito umaadaptação ao mercado onde está tentando seinstalar, que é comprovadamente um bommercado de informática. A Apple precisa rápi-do corrigir esse tipo de falha, pois com certe-za desencoraja quem comprou seus compu-tadores e quem pensa em comprá-los (comoeu). Vocês sabem se nós estamos nos planosdeles, ou somos apenas mais um poço dearrecadação para tirá-las do vermelho lá fora?Sinto que eles cresceram. Há alguns anosatrás não se falava de Apple como se falahoje. Mas, como comentei com um amigo, asituação de quem usa Apple parece com asituação de quem tinha micros há algunsanos atrás. As pessoas dizem: “as peças sãocaras, mas com a popularização, elas baixarãoos preços”, “o sistema ainda vai se populari-zar”. Não nego que fiquei, e ainda fico per-plexo, quando leio esse tipo de reclamação.

As Cartas Não MentemMac x PCPerfeita a reportagem sobre a discussãoMac x PC. Só queria ver impressas algumascoisinhas:1 - Qual é o ano de lançamento do 1º Mac?2 - Qual é o ano de lançamento do 1ºWindows?3 - Cadê a tão falada Justiça norte-americana?Outro ponto: toda vez que quero encontrarum artigo na minha coleção de Macmania,levo meia hora procurando. O do Kai’s Pho-to Soap, por exemplo, eu li e nunca maisencontrei. Seria viável um índice (comsearch engine) na home page de vocês.Já agradecendo, quero lembrar aos que dis-cordam dessa reportagem que a plataformaMac é de fato minoria, e que como qualqueroutra, só sobreviverá se souber se organizare reunir seus membros. Acho que a Mac-mania faz a sua parte no Brasil (e não secansa de cobrar o mesmo da Apple).

Peter [email protected]

1 - Janeiro de 1984.2 - O Windows 1.0 foi anunciado em no-vembro de 1983, mas saiu só em 1985(grande surpresa…). Neil Konzen, que naépoca tinha 20 anos, era autor do Mul-tiplan (precursor do Excel) e ex-programa-dor do grupo Mac. Konzen foi chamadopara reescrever o Windows porque a equipe

Índice

Todo meu equipamento é chinês ou corea-no, mas não tenho problemas assim. A Apple,se quiser ser realmente aceita e entrar “nomundo”, precisa antes de mais nada acordar.Precisa criar subsidiárias locais para adequa-ção de programas, precisa ser totalmentecompatível com o Windows, quase tão com-patível como se fosse um sistema universal.Para mim, essas críticas são bem coerentes. AApple estava na pior, quase foi comprada háuns anos, mas eles precisam se mexer muitoainda para conseguir cobrir a defasagem exis-tente com o mercado PC. Tenho a impressãoque quem usa Apple, usa por paixão.Desculpem-me a franqueza “pecezista”...

José Pedro Fonseca Guimarã[email protected]

Franqueza aqui não é problema, mas per-mita-me apontar uma pequena incoerênciano seu texto. Você mesmo nota que a Appleestá crescendo no Brasil (e no resto domundo também), apesar dos problemasapontados. Ou seja, aumentou o número depessoas que acham que as vantagens doMac superam suas desvantagens (não é pre-ciso enumerá-las, basta ver a edição passa-da). Macs são lindos e charmosos, mas tam-bém são máquinas, e podem apresentardefeitos como qualquer máquina. Nossotrabalho é exatamente mostrar esses proble-mas para que outros usuários saibam comopreveni-los. Mas não sabemos ainda denenhum caso de alguém que trocou seuiMac por um PC Xing-Ling para ter menosproblemas.

Duas ajudas por favorComprei meu primeiro Mac em setembro,pois agora estou trabalhando muito comesse tipo de computador e tive que ter umem casa. Claro que, por ser um Mac muitobom, não foi nenhum sacrifício. Mas por seriniciante, não consigo resolver alguns pro-blemas:1 - Toda vez que ligo meu iMac aparece “FileSharing could not be enabled”. Dou OK etudo corre normal. Não entendo.2 - Tenho duas impressoras em casa, HPs,não são USB, e estão em PCs. O que possofazer? Tenho que comprar outra ou umcabo? E a configuração? Ajudem um novoadepto dessas maravilhosas maçãzinhas.Parabéns pela revista que, além de ser muitoboa, é a primeira que me encoraja a mandaruma carta.

Gustavo Padovan [email protected]

1 - Provavelmente isso está acontecendoporque o File Sharing está ligado, mas oAppleTalk não. Primeiro cheque se a exten-são AppleTalk está instalada. Se estiver,você tem duas opções:a) Ligar o AppleTalk. Vá ao painel homôni-mo, selecione o User Mode Advanced, [Ω][U],clique em Options e escolha Active. Essa é amaneira certa, não indo no Chooser comotodo mundo faz.b) Desligar o File Sharing. É a melhor op-ção, se o seu Mac não está ligado em rede, oque parece ser o seu caso.2 - O melhor é você comprar um cabo con-versor USB/Paralela, mas antes cheque se elefunciona com o seu modelo de impressora.

Get InfoEditor: Heinar Maracy

Editores de Arte:

Tony de Marco e Mario AV

Conselho Editorial: Caio Barra Costa,Carlos Freitas, Jean Boëchat, LucianoRamalho, Marco Fadiga, MarcosSmirkoff, Muti Randolph, OswaldoBueno, Rainer Brockerhoff, RicardoTannus

Gerência de Produção: Egly Dejulio

Gerência Comercial: Francisco Zito

Contato: Kátia Regina Machado

Gerência de Assinaturas: RodrigoMedeiros, fone/fax (011) 253-0665,253-3176, 3171-2723

Gerência Administrativa:

Clécia de Paula

Fotógrafos: Andréx, Edilson G. deOliveira, J.C.França, Hans Georg,Ricardo Teles, Tony de Marco

Capa: Muti Randolph

Redatores: Márcio Nigro eCarla Griecco

Revisora: Danae Stephan

Colaboradores: Alberto Alerigi Jr, AleMoraes, Bruno Mortara, CarlosEduardo Witte, Carlos Ximenes,Celso Reeks, Cláudia Tenório, Danielde Oliveira, David Drew Zingg,Dimitri Lee, Douglas Fernandes,Everton Barbosa, Fargas, GianAndrea Zelada, Gil Barbara,J.C.França, João Velho, Luis CarlosZardo, Luiz F. Dias, Marcello Gaú,Mario Jorge Passos, Maurício L.Sadicoff, Néria Dejulio, RicardoCavallini, Ricardo Serpa, RobertaRabelo Zouain, Roberto Conti,Rodrigo Martin, Silvia Richner, Tibo,Tom B, Viviane Rocha.

Fotolitos: Postscript

Impressão: Copy Service Ind. Gráfica

Distribuição exclusiva para o Brasil:

Fernando Chinaglia DistribuidoraS.A. – Rua Teodoro da Silva, 577 –CEP 20560-000 – Rio de Janeiro – RJ – Fone (021) 575-7766Opiniões emitidas em artigos assinados nãorefletem a opinião da revista, podendo atéser contrárias à mesma.

Find...Macmania é uma publicação men-sal da Editora Bookmakers Ltda.Rua Itatins, 95 – Aclimação –CEP 01533-040 – São Paulo/SP

Mande suas cartas, sugestões, dicas, dúvidas e reclamações para os nossos emails:[email protected]

[email protected]

[email protected]

Macmania na Web:www.macmania.com.br

4

Cartas

Tid Bits

Mac OS 9

Bê-A-Bá: Domine seu email – 2

Simpatips

Voodoo no seu Mac

Workshop:Strata StudioPro

Sharewares:Acessibilidade

iMacmania:Wacom Tablet

Test Drive: Belkin USB BusPort

MacPRO

Livros

Outlook 5.0

Ombudsmac

4102234

414246

52

56

57

59666872

Page 3: Tudo sobre o  Mac OS 9

O iMac na mídia

6

esse modelo específico. Então, sábios dotemplo da maçã, por favor, onde podereiencontrar tal memória para trabalhar em pazcom o PowerBook?O que me preocupa ainda no PowerBook éque a tampa está se abrindo (já se vê a telaLCD lá por dentro, entende?) e de costas,forma uma “boquinha” aberta. A troca dissoé emergencial. Existe ainda como trocá-lo,mesmo sendo antigo?

Marcelo Bä[email protected]

O 5300 tem um chip PowerPC 603e de100MHz. Se você não está encontrandomemória para ele nas revendas Apple, o jeitoé apelar para a Kingston (www.kingston.

com) ou para a Newer (www.newer.com), nosEUA. Mesmo lá, os pentes de até 12 MB jáforam descontinuados, só existem de 16 MBpara cima.O problema da tampa do 5300 é um clássicona história do controle de qualidade (ou dafalta dela) da Apple. Tanto que vários mode-los têm garantia de sete anos (cheque se oseu está dentro).

iMacs nas escolasLendo sua conceituada revista, vimos a repor-tagem com uma empresa recém-inauguradaem nossa cidade, Curitiba, onde um de seusdiretores diz que: “Já existem algumas esco-las de Curitiba interessadas em colocar iMacsà disposição dos alunos.” Então, temos asatisfação de informar que nossa empresaPixel já é parceira da Apple há mais de doisanos em um projeto da Prefeitura do Mu-nicípio de Curitiba, denominado “Digitandoo Futuro” que trata de equipar todas as esco-las municipais com computadores, processospedagógicos informatizados e Internet.Nosso projeto, baseado no ACOT, ganhounota máxima entre todos os participantescomo Positivo Informática, Expoente In-

formática, parceiros IBM etc. Conseguimosfechar com cinco escolas, num primeiromomento, com um total de aproximadamen-te 100 iMacs, que já se encontram em funcio-namento em algumas escolas e esperandoliberação de verba em outras.Reunimos mais de 120 professores destasescolas em um auditório de Curitiba, ondefoi feita palestra do processo pedagógico ini-cial pela Dra. Brasilina Passarelli. Além disso,já está marcada a visita em Curitiba da srta.Letícia, responsável pela área educacional daApple Brasil, dias 9 e 10 de novembro, paradesenvolvimento de três laboratórios de uni-versidades da região Sul, que envolvemoutros 100 iMacs. Convidamos sua revistapara conhecer os projetos e as salas de aula. Estamos também à sua disposição para qual-quer esclarecimento.

Celso SimõesGerente de Divisão da Pixel

[email protected]

É bom saber que a Apple está conquistandoseu espaço no mercado educacional brasi-leiro. Quem sabe, com Macs sendo fabrica-dos no Brasil a partir do ano que vem, essemercado não vire uma realidade.

Críticas, elogios e dúvidasAntes de mais nada, tava porreta a ediçãocom o novo iMac DV na capa!! Prestandoatenção na seção de cartas, notei que foicolocado numa delas (não reparei o nomedo leitor) o título “Give PC a chance”... Eusei que é coisa de cara muito do chato ficarreparando essas coisas, mas esse título já foiusado anteriormente, em outra carta... Nãoseria um caso de PC (Pouca Criatividade)?O site de vocês mudou: fazendo uso da sin-ceridade, não gostei... Achei meio obscuro,meio vazio, meio frio... E além disso nãoconsegui achar os links para downloaddaqueles programinhas legais da matéria

sobre a MacHack. Uma outra coisa. Eu estavajogando Quake no PC (eca!) do escritórioquando achei uma “secret area” que tinha naparede, próximo ao teto, uma espécie delogotipo, com duas iniciais logo abaixo, umadizendo TC e a outra TW. Vocês têm idéia doque isso pode ser?

João Henrique F. [email protected]

A piada é nossa, a gente repete quantasvezes quiser. Aliás, essa foi a terceira vez,ganha uma camiseta quem disser em quenúmero foi a primeira. Quanto às iniciaisno Quake, não fazemos a mínima.

AppleScript, C++ e HTMLSou leitor desta revista desde a 1ª edição,quando estudava na 2ª série em 1994 e que-ria saber porque acabaram com o amigávelMACMAN. Tenho 14 anos e queria saberalgumas coisinhas.1) Queria saber se tem algum curso de pro-gramação para Mac. E onde posso encontrar?2) Existem bons livros para Mac, explicandoe ensinando AppleScript, C++, C e Java?De preferência em português, mas pode serem inglês.3) E também se há livros que ensinam HTMLavançado, ou algum curso disso?4) Onde eu posso encontrar um bom jogode xadrez para Mac?

[email protected]

1) Fique ligado nos cursos do DRC: veja aprogramação no site da Apple Brasil.2) Em português, não. Em inglês existemvários. Dê uma olhada na Amazon.3) Há dezenas de livros a respeito. Em brevevamos fazer nosso tradicional tabelão decursos de Mac. Aguarde.4) Pago, Chessmaster 5000 da InterPlay;shareware, existem vários, é só procurar noshareware.com.

Depois da onipresença do mouse redondinho, chegou a vez do iMac. Charmoso, moderno e fotogênico, o monobloco colorido reina absoluto nas

páginas da imprensa. De um lado, a Revista da Web corre atrás da modernidade com a VJ Sabrina na capa e a máquina da Apple em página

dupla. De outro, a Tok & Stok tenta incrementar o quarto teen com algo que não seja um caixote cinza. Ainda no quesito “móveis bacanas

merecem computadores bacanas”, a Riccó faz a multiplicação dos iMacs para garantir a simetria da foto em seu catálogo.

Tony de Marco

Cadê a segunda?Sobre o tutorial de tabelas no Quark: poracaso o calendário de vocês não tem segun-da feira?

Tony [email protected]

Devido a um enorme trauma sofrido recen-temente, com direito a forte ressaca, resolviabolir a segunda-feira do meu calendário.Valeu o toque e desculpe a mancada.Marcos RS

QuickTime completoNa Macmania 64 há a informação sobre odownload do QuickTime 4 sem conexão.Porém, não encontrei essa opção. Daria paradizer onde ela está?

Sarra [email protected]

Vários leitores fizeram essa pergunta, aquivai o link direto: www.apple.com/quicktime/download/support

Memória para PowerBookNão tem jeito. Nós, usuários apaixonadospor Mac, sempre acabamos apelando para aajuda providencial de vocês... Até o povoque trabalha nas revendas e afins da Appleindicam vocês, meus caros editores, comosolução de problemas cabeludos. Bom, eutenho um PowerBook 5300 com 16 MB deRAM e 500 MB de HD. Em primeiríssimolugar, gostaria de tirar uma dúvida: qual avelocidade do processador desse modelo?Agora, o problema: preciso instalar urgente-mente mais memória nele, pois o System ori-ginal dele – comprei usado – era o 7.5.5, elogo tasquei o Mac OS 8.0. Nem preciso avi-sar que sem memória virtual ele nem mesmodá o startup, e para usá-lo no dia-a-dia estápiando para rodar mais de um programa.Mas nem a Apple e suas revendedoras fazema mínima idéia de onde achar memória para

Page 4: Tudo sobre o  Mac OS 9

Bomba do leitor

“Sucesso: um erro ocorreu no Unibanco.” Oswaldo Bueno

Baixo nívelUma pena que a revista de vocês tenhadecaído tanto de nível... Quando assi-nei, não pensei que iria ler tantas boba-gens. Simplesmente não dá pra ler arevista de vocês. E acaba perdendopara concorrentes como a DesignGráfico e Publish. Lamento muito, poisuma publicação corajosa como essamerece lugar no mercado.As palavras que os redatores usam sãobaixas, parece que um rapaz de 17anos está falando comigo. Como vourespeitar uma revista assim? Só há xin-gação e guerra com pecezistas. Tudobem que Mac é melhor do que PC, masa revista tem que ser honesta, e nãozombeteira. Trabalho numa revista deturismo e sei que o público é exigentee sério e, por isso, peço meus direitos.Até as capas estão piores. O que acon-teceu? Antes de tudo, os macmaníacostêm que mostrar que possuem criativi-dade e inteligência, e parece que estáfaltando...

Leila [email protected]

Como discípulos de Nelson Ro-drigues, não podíamos deixar depublicar sua carta, pois sabemos quetoda unanimidade é burra e já está-vamos cansados de tanta babação.Pena que as reclamações que você feznão tenham sido mais precisas e pon-tuais para realmente ajudarem emnosso esforço autocrítico. A verdade éque o estilo da revista não mudoutanto assim nos últimos seis anos.Acreditamos que é possível ser hones-to e zombeteiro (melhor que ser hipó-crita e cordial), descontraído e infor-mativo, informal e didático. Quantoàs capas, gosto não se discute. Masnão se preocupe, em breve as gati-nhas estarão de volta.

CD de áudioDuas dúvidas com relação à gravaçãode CDs de áudio. Em primeiro lugar,gostaria de saber se a cor da mídia temalguma influência no resultado final dagravação. Em segundo, eu não entendimuito bem o item três do capítulo“Gravando CDs de Áudio”. No meu gra-vador específico (Yamaha CRW4416s),eu não posso apenas arrastar os“tracks”? Devo sempre convertê-los emAIFF? Ou devo fazer isso apenas se qui-ser gravar faixas de CDs diferentes?A dúvida surgiu porque eu já tenteigravar um CD apenas arrastando ostracks, mas apesar de ter gravado,acontecem algumas coisas estranhas.Por exemplo: o início da primeira mú-sica está cortado, quero dizer, não sepode ouvir a música do início (exclusi-vamente a primeira faixa). Outra per-gunta: quando arrasto os tracks semconvertê-los em AIFF, eles aparecemna janela do Toast, mas se clico nobotão Play da mesma janela, escutoapenas dois segundos na faixa, e nãoela inteira. Isso está correto?

Dalton [email protected]

O que realmente importa não é a cor,mas a qualidade do CD. Um dosmelhores CDs para áudio é o TDK, queé azul. No entanto, as mídias pratea-das são geralmente melhores e as dou-radas podem ter menos tendência àoxidação através do tempo. Se você quiser copiar um CD de áudiointeiro basta arrastá-lo para o Toast etudo deverá correr bem. Se você estiverusando o Jam, terá que transformar asfaixas em AIFF ou Sound Designer. Nahora de fazer coletâneas, temo quevocê terá de ripar as faixas para o HD.Alguns CD recorders dispensam isso,pois pedem que você insira o CD quecontém determinada faixa, mas nãosabemos se é o caso do Yamaha. Dequalquer maneira, é mais segurocopiar as faixas para o HD, pois àsvezes um erro de leitura do CD origi-nal pode pôr tudo a perder. Teoricamente, as faixas deveriamtocar inteiras. Você tem usado o ToastAudio Extractor para pegar as músicasdo CD? Se não, é aconselhável.

Monitor piscandoOi, sou leitor assíduo de sua revista eestou com um problema no monitor.De uns tempos para cá, o monitor demeu Performa 6230CD (que já tem 5anos) está ficando com uma tonalidadeazul clara (azul puro do RGB). Por queisto está acontecendo? Isso tem cura?

[email protected]

Se não for causado por um mau con-tato do plug do cabo de vídeo (confi-ra), isso é um sintoma normal doenvelhecimento do monitor. A cor notubo de imagem é formada por trêscores fundamentais, e é comum queuma delas enfraqueça antes dasoutras. Por exemplo, o meu velhoApple Multiple Scan 17 está puxando

para o avermelhado. Dentro do seumonitor existem potenciômetros(componentes reguláveis com chavede fenda) que servem, entre outrascoisas, para equilibrar a cor. Mas nãorecomendo que você tente ajustá-lospor conta própria, pois ali existe tam-bém um perigoso circuito de 26 milvolts. O certo é levar o cujo para umaassistência e pedir o ajuste. Se o desviona cor ainda for pequeno, talvez nemisso valha a pena. Abra o painel decontrole Monitors & Sound, seçãoColor, e crie um perfil ColorSync paracompensar o desvio.Mario AV

MP3 de PCDá pra pegar MP3 em site de PC?Pedro Henrique Aguiar Zamprogno

[email protected]

Dá.

Dúvidas sobre o G4Gostaria de esclarecer algumas dúvidas:1) Monitores como o Sony 17sf 2 ou oApple 1705 (OEM da Goldstar) sãocompatíveis com uma CPU G4 ?2) Como aproveitar em um G4 um Zipe um scanner SCSI?

Marcos [email protected]

1) A saída de vídeo do G4 é compatí-vel com monitores de PC, portantovocê vai poder ligar diretamente omonitor Sony nele. Já o da Apple vaiprecisar de um adaptador (que prova-velmente vem junto com o G4).2) Com uma plaquinha SCSI. AAdaptec tem vários modelos.

ErrataNa última edição, a revenda Apple deCuritiba citada em nota na página 12chama-se Cek Mac Shop e não Sek MacShop, como foi grafada.

7

Page 5: Tudo sobre o  Mac OS 9

10

Tid Bits

No final das contas, o diabo nãoera tão feio como pintaram. O re-sultado financeiro trimestral daApple até que ficou acima das ex-pectativas, apesar da escassez dechips G4 e do atraso nas entregasdo iBook e da linha Power Mac G4.A empresa lucrou US$ 111 milhõesdurante o quarto trimestre fiscal de1999. No mesmo período do anopassado, esse número foi de US$106 milhões. Os analistas de Wall

Resultados da Applesuperam expectativas Empresa lucra US$ 111 milhões no quarto trimestre fiscal

Nov99

Jan99

Nov98 Dez Fev Mar Mai Jun Ago Set OutAbr Jul

40

30

60

80

10090

50

50

Pegue-me se puder!Cotação das ações da Apple quebra recordeda empresa e ultrapassa a da MS (em US$)

Parecer de juiz acusaMicrosoft de formação

de monopólio

Microsoft apresenta defesano processo antitruste do

governo dos EUA

Novos iMacs;Mac OS 9

Produção de chips G4não alcança a demanda

G4

iBook

QuickTime4

G3 azul eiMacs coloridos

Ações da Appleultrapassam asda Microsoft

...Mas nem tudo são floresApple não consegue entregar máquinas G4 e faz downgrade

Essa foi decepcionante. A Apple to-mou a decisão inesperada (e inédi-ta) de diminuir a velocidade doschips que equipam os Macs G4. A medida estava claramente relacio-nada à dificuldade de a Motorolafornecer a quantidade necessáriade processadores G4 para as má-quinas da Apple. A companhia sófoi capaz de entregar menos dametade dos chips encomendados.Além disso, os processadores G4de 500 MHz, que já deveriam estarna rua, só sairão no primeiro tri-mestre de 2000. A razão do atrasofoi um bug no chip, que o impediade rodar a tal velocidade.

Bill Gates deveria saber que omundo dá voltas. Em 9 de no-vembro, as ações da Apple ba-teram mais um recorde e ultra-passaram as da Microsoft.Quando o mercado fechou, asações da Microsoft haviam caí-do de US$ 91 para US$ 89,enquanto as da Apple chega-vam ao índice de US$ 96, omais alto da história da empre-sa. A baixa das ações daMicrosoft se deve ao processoantitruste movido pela Justiçaamericana. A acusação é deque a Microsoft tem o mono-pólio do mercado de sistemasoperacionais para PCs e usaessa força para esmagar asinovações competitivas. Umadecisão desfavorável à compa-nhia não é vista como coisaboa, e a antecipação dissoestá afetando o mercado. O fato de as ações da Appleestarem em escalada vertigino-sa não é o que está afetandoa cotação das ações da gigan-te do software. Aqui, a briganão é entre Steve Jobs e BillGates. É apenas da Justiçaamericana contra a Microsoft.

Street esperavam que os dividen-dos pagos não atingissem mais doque US$ 0,45 por ação e foram sur-preendidos pelo fato desse valorter atingido US$ 0,63.Pedidos acumuladosA Apple também anunciou que 250mil pedidos dos novos iMacs foramfeitos em apenas uma semana devendas, e que os pedidos do iBookatingiram 300 mil no período (em-bora a empresa tenha entregue

apenas seis mil dos portáteis colo-ridos). Somando todos os produ-tos, a Apple já tem cerca de US$700 milhões em pedidos atrasados.Durante todo o ano fiscal, a com-panhia faturou um total de US$ 6,1bilhões e obteve lucro líquido deUS$ 601 milhões, contra um fatu-ramento de US$ 5,9 bilhões elucro de US$ 309 milhões em 98. Fred Anderson, principal executivofinanceiro da empresa, foi enfático

ao dizer que os problemas que afe-taram a entrega de equipamentos(o terremoto em Taiwan e os pro-blemas de fornecimento de chipsG4 da Motorola) já foram supera-dos. Após o anúncio, as ações daempresa subiram sem parar, supe-rando a marca dos US$ 90 (o re-corde da Apple de todos os tem-pos) e ultrapassando as ações daMicrosoft, em queda devido aoenrosco com a Justiça americana.

As novas configurações do PowerMac G4 incluem chips rodando a350 MHz, 400 MHz e 450 MHz,custando, respectivamente, US$1.599, US$ 2.499 e US$ 3.499, nosEUA. Ou seja, a Apple baixou a ve-locidade do processador, mas nãofez o mesmo com os preços. A des-culpa foi o aumento nos preços dememória e componentes.Para amenizar a má notícia, foianunciado que a IBM finalmentevai começar a fabricar chips G4 noprimeiro semestre de 2000.Como se não bastasse, a Appleainda protagonizou um show deincompetência na relação com

seus clientes. Primeiro, canceloutodos os pedidos de G4 feitos naAppleStore, avisando os clientes deque eles teriam que refazer seuspedidos. Depois, voltou atrás. Nomesmo dia, voltou atrás mais umavez, dizendo que os pedidos feitosatravés de revendas não seriamatendidos. No dia seguinte, o pró-prio Steve Jobs disse que todos ospedidos em carteira de G4 seriamatendidos. Mas aí o estrago já esta-va feito. No final das contas, todossaíram felizes, mas a Apple acaboutendo sua reputação manchadapor não saber conduzir uma opera-ção delicada como essa.

Page 6: Tudo sobre o  Mac OS 9

No mundo dos calçados esporti-vos, sempre houve um tênis paracorrida, outro para jogar futebol,outro para caminhada e assim pordiante. Mas ninguém nunca soubeao certo qual tênis realmente é omais adequado para as necessida-des de cada um. Diante dessedilema, a Adidas desenvolveu oFootScan, um sistema de análiseque checa se o pé é chato ounão e qual é o modo de apoioideal para o seu pé em uma corri-da, por exemplo.Os tênis são divididos em trêsgrupos básicos: suporte, meio-amortecimento e amortecimento

Feito em MacPise bem com o PowerBook G3

Mac informa e ajuda nas vendas de calçados

A plataforma faz a leitura do pé

Rica

rdo

Tele

s

MVP, o player de MP3 canadense Programa gratuito gera arquivos MP3 ou QDesign Music

Sim, é mais um programa de MP3 bonitinho

A canadense QDesign Corporation,conhecida por suas tecnologias decompressão de áudio digital, lançouoficialmente o MVP 1.0, programapara Mac e Windows voltado para acriação, execução e gerenciamento dedocumentos nos formatos MP3 eQDesign Music. Os arquivos podemser gerados a partir do próprio CD e aqualidade de áudio MP3 pode variarde 64 kbps a 192 kbps. Para resulta-dos ainda melhores, você pode fazer

11

a codificação no formato QDesignMusic, um compressor compatívelcom QuickTime que produz arquivosde áudio estéreo a 44,1 kHz commenos de 2% do tamanho original doarquivo. Com o QuickTime 4 instala-do, o MVP é capaz de tocar os maisconhecidos formatos de áudio digital(CD Audio, AIFF, WAV e outros),como também a maioria dos vídeosmusicais disponíveis na Web. Para completar o lançamento, o site

da empresa vai incluir músicas paradownload, de artistas como PublicEnemy, Ice-T, Gas Giants e Flashpoint.O produto pode ser baixado gratuita-mente do site do MVP ou da CNET eutilizado livremente por 30 dias. Parausar o produto ilimitadamente, a taxade shareware é de US$ 19,95. MVP 1.0: www.mvpsite.com

CNET: www.download.com

total. Depois de uma análise dosdados dos pés, é impresso um do-cumento com informações sobre otênis ideal. Da Adidas, é claro.O FootScan foi desenvolvido naAlemanha, em 1996, e roda ape-nas em Macintosh. Segundo aempresa, a escolha do Mac foifeita por sua velocidade e qualida-de gráfica. Para o mesmo projeto,foi desenvolvido um scanner sensí-vel à pressão do pé, que é ligadoa um equipamento que decodificaas informações para o software,instalado em um PowerBook. Com uma interface gráfica beminteressante, o FootScan tem umbanco de dados que guarda infor-mações do usuário, incluindoendereço, peso, tamanho do pé edata de nascimento.Para realizar a bateria de testes,você tira o tênis e pisa com osdois pés na plataforma. O Foot-Scan escaneia as solas dos pés emostra instantaneamente em duase três dimensões as regiões dospés onde cada pé exerce maiorpressão, a partir de uma escala decores. Feito isso, a pessoa encar-regada do teste analisa os dados ediz se você tem algum problemaou não (como pés chatos). Aí chega a hora da verdade. Em

uma pista de nove metros decomprimento, você pega velocida-de para passar com o pé sobre aplataforma do FootScan. Esse pro-cesso é repetido duas vezes, umapara cada pé. O scanner faz umaimagem 3D do seu pé durante acorrida, enquanto um gráfico reve-la os pontos de maior impacto equal tênis seria o ideal.O programa até mostrana tela o tênis divididoem camadas, com tex-tos em português. Depois, isso tudo éimpresso bonitinho paraque o usuário possaguardar a avaliação.O FootScan está fazen-do uma tour pelo Brasilaté o final do ano.Pudemos conferir o pro-duto quando ele estavaem exposição no shop-ping Iguatemi, em SãoPaulo. Segundo AnaRita Fernades, daAdidas, em cada localonde o FootScan foisendo apresentado asvendas crescerammuito, obrigando algu-mas lojas a pedir tênisde outras filiais.

“O mais interessante é que ostênis de maior saída passaram aser os de topo de linha. Tudo isso devido ao software”, acres-centa Ana Rita. Com essa estratégia, a Adidas visa ganhar clientes pela tecnolo-gia aplicada em seus tênis.Adidas: 11-3044-1999

O software une um visual curioso a sugestões cientificamente formuladas de

modelos de tênis para usar

Page 7: Tudo sobre o  Mac OS 9

Tid Bits

Dell e Apple brigam pelas escolasDepois de tirar a longa liderança da Compaq nas ven-das globais de PCs nos Estados Unidos, a Dell afirmouque bateu a Apple em um de seus mercados cativos: o educacional. Ela divulgou dados do Dataquest queafirmam que, durante os primeiros seis meses de1999, vendeu 5% mais computadores para institui-ções educacionais do que a Apple. Esta respondeucom uma nota refutando a afirmação da fabricante dePCs e alega que a Dell não contou as vendas diretasda Apple para o setor, que constituem grande parcelado faturamento gerado pela área educativa. Pararebater os dados da Dell, a Apple usou outro institutode pesquisa. Segundo o IDC, a Apple tem a maiorfatia das vendas para o mercado educacional dos EUA,com 22,2%, seguida da Compaq (19,1%), Gateway(17,2%) e Dell, em quarto lugar com 15,8%.Mesmo que a Apple permaneça em primeiro lugar,está claro que os fabricantes de PC estão chegandobem perto. Com o lançamento do iBook, um produtoideal para o uso em escolas e sem PC similar, a Applepoderá abrir alguns pontos de vantagem.

HP lança novas impressoras DesignJet 2800CP e 3800CP são os principais destaques

A HP Brasil está lançando no país as impressorasDesignJet 2800CP e 3800CP, os modelos de grandeformato mais rápidos da companhia. Segundo a HP,os produtos chegam a velocidades 60% maiores queas dos concorrentes. Voltadas para bureaus de impres-são comerciais e profissionais, as novas impressorasimprimem em 600 dpi até 3 metros quadrados porhora, no modo Best/Photo High-Speed, e 4,6 m2/h nomodo normal. O preço estimado para o mercado bra-sileiro, sem impostos, é US$ 15 mil (2800CP) e US$22 mil (3800CP).A HP também está lançando outros dois equipamen-tos. A Design Jet ColorPro GA (US$ 2.600, sem impos-tos) é destinada a desenhistas e projetistas, possibili- tando imprimir, com qualidade de

prova, normal ou apresentação, emmídias desde o tamanho de umcartão postal (10 x 15 cm) até papéis B/A3 (33 x 48cm). Incorpora as tecnologias Adobe PressReady eAdobe PostScript 3 e ainda traz o Imation MatchprintInkjet System, para oferecer provas digitais de cores.Já a Design Jet ColorPro CAD (US$ 1.800, sem impos-tos) é voltada para os profissionais que queiram exe-cutar com rapidez provas de impressão, desenhos,acabamentos e apresentações. Suporta os mesmostamanhos de papel do modelo GA e é capaz de impri-mir uma imagem de 28 x 43 cm em 15 segundos, utili-zando o modo Fast e papel comum. HP: www.hp.com.br

É bege, masimprime em cores

vibrantes

Quem não gostaria de tirar prints desse tamanho?

Apple e America Onlinedesenvolvem Instant

Messenger em parceriaA Apple e a America Online formalizaram umacordo para criar um software de mensageminstantânea para Mac, que possibilitará a comu-nicação entre os macmaníacos e o serviço AOLInstant Messenger (AIM). Essa parceria permiti-rá que os usuários de Mac troquem mensagensem tempo real com as milhões de usuários dePC que usam o AIM. “A AOL criou o maior e melhor serviço de men-sagem instantânea do mundo. Estamos nessaparceria para melhorar a experiência da Inter-net para os usuários de Macintosh”, disse opatriarca da Apple, Steve Jobs.Nos últimos seis meses, o AIM dobrou seusregistros para 25 milhões de membros.Atualmente, existem mais de 40 milhões deusuários registrados no serviço. Um beta daversão Mac do AIM, que permite chat por voz,já pode ser baixado do site da AOL.America Online: www.aol.com

Calculando de bocaLançado pela WebToys, o pro-grama ProtoCalc é uma poderosacalculadora que suporta o reco-nhecimento de fala do Mac OS.Para quem é fera em inglês, oprograma pode ser operado viacomandos de voz, deixando suasmãos livres. Ele ainda repete oque você digitou e tem Undo. OProtoCalc pode ser “scriptado”,tendo um sistema interno descripts que permite salvar fór-mulas e aplicá-las em operaçõesfuturas. Já vem com as fórmulaspara cálculos usados no controlede calorias em dietas. WebToys: www.webbtoys.com

Insignia passa para frente o SoftWindowsA Insignia Solutions vendeuseus emuladores de Windows, oSoftWindows (para Mac e Unix)e o RealPC, para a FWB, fabri-cante de programas de formata-ção e manutenção de HDs.Segundo John Kirsten, presiden-te da FWB, novas versões dosdois programas devem sair noinício de 2000. A Insignia afir-mou que deverá concentrar seusesforços na plataforma Jeode,uma implementação da lingua-gem Java para sistemas embuti-dos em aparelhos de consumo.Insignia: www.insignia.com

FWB: www.fwb.com

Ricoh lança drive óptico múltiploA Ricoh vai lançar um drive quepode ler, gravar e regravar CDs,mais as funções de um DVD, tu-do junto. O primeiro modelo de-ve vir com velocidade de 6x pa-ra CD-R, 4x para CD-RW, 24xpara CD-ROM e 4x para DVD-ROM. Os usuários domésticossão o alvo principal, já que nahora da compra fica difícil esco-lher entre drives de CD-ROM,CD-R, CD-RW ou DVD-ROM.Modelos futuros deverão incor-porar a tecnologia de DVD-RW.A Ricoh vai lançar o produto noJapão até o fim do ano e nosEUA no ano que vem, depois dealguns testes de compatibilidade.Ricoh: www.ricohdms.com

12

Page 8: Tudo sobre o  Mac OS 9

Tid Bits

USB e FireWire em pé de guerraIntel quer chegar a 480 Mbps com o USB 2.0 e dominar o mundo

O USB Promoter Group divulgou orascunho da especificação da inter-face USB 2.0, que vai elevar a taxade transferência para 480 Mbps(megabits por segundo), um incre-mento estratosférico em relação aos12 Mbps do padrão USB atual. Anova versão será completamentecompatível com o USB 1.1 (usadonos Macs); ninguém terá que sedesfazer de seus periféricos antigos.A verdade é que a Intel, criadorado USB, quer usá-lo para desban-car o FireWire, inventado pelaApple, o que está impulsionando abriga para ver quem vai se tornaro próximo padrão de conectivida-de para computadores.A 1394 Trade Association, por suavez, anunciou que no primeiro se-

Novo cenáriodo Myth é

gratuitoA Bungie realmente é amiga da garo-tada: dá nova fase do Myth e nãocobra nada. Chimera é um novocenário do Myth, liberado para down-load gratuito do site da Bungie. Umanova história, novos personagens,novos desafios e a mesma jogabilida-de que rendeu ao Myth milhares defiéis seguidores. O único problema éque o arquivo para download tem gi-gantescos 95 MB. Felizmente, o Chi-mera vai estar também disponível nanova compilação Myth: The TotalCodex, que reúne Myth I, II, o livrooficial de dicas para ambos os jogos euma coleção de plug-ins endossadospela Bungie, além de níveis paramúltiplos jogadores criados por fãs eos editores de níveis, chamados Feare Loathing. O Myth: The Total Codexserá lançado por US$ 19,99, nos EUA.Chimera: http://chimera.bungie.com

Durante a Visual Communica-tion/Apple World 99 – evento queocorreu em outubro, em São Pau-lo – a Gutenberg instalou em seuestande um videokê e promoveu oconcurso “Solte a voz e concorra aum iMac”. O visitante do estandetinha que cantar uma música; de-pois, podia preencher um cupompara concorrer a um iMac de 233MHz. Participaram do concursocerca de mil pessoas. A vencedora foi a professora deartesanato no Senac de São Paulo,Paulina Mathias Gonçalves (foto).Durante o evento, a Gutenbergapresentou o computer-to-plateXpose!, da Lüscher, o scanner XY-15 e a plotter Sherpa, da Agfa,entre outros equipamentos, con-trolados por Power Macs G3.Gutenberg: www.gutenberg.com.br

Gutenbergsorteia iMac

Um alívio para os viciados que já completaram os dois Myths originais

mestre de 2000 estarão sendo pro-duzidos os primeiros produtosFireWire (mais conhecido comoIEEE 1394) a atingir 800 Mbps.FireWire, um nicho?A Intel afirma, com todas as letras,que o USB 2.0 será a grande solu-ção para a conectividade de com-putadores, enquanto o FireWireexistirá como um nicho à parte,apenas no mercado de eletrônicosde consumo, interligando coisascomo videocassetes e TVs digitais.Do ponto de vista da Intel, os úni-cos computadores que vão preci-sar de FireWire são aqueles quequiserem se conectar com tais dis-positivos. Todos os outros periféri-cos, tais como discos rígidos dealta velocidade, iriam ser conecta-

dos via USB 2.0. A idéia é que,com a introdução do USB 2.0,mesmo interfaces com alta largurade banda — SCSI, por exemplo —não sejam mais necessárias. Assim, o novo padrão substituiriatodos os conectores encontradosem um computador.É notável o esforço da Intel na ten-tativa de derrubar o FireWire ecolocar o USB em seu lugar.Porém, o USB 2.0 dificilmente iráse impor sobre o FireWire, já queprecisa de um hub para conectarperiféricos entre si, ao contráriodo FireWire, que possibilita ligardiretamente qualquer dispositivoa qualquer outro. Aliás, os hubsvão assumir um papel mais impor-tante com o USB 2.0, uma vez que

terão que gerenciar o tráfego deinformações fluindo a 480 Mbps ea 12 Mbps. E quando (ou se) oUSB 2.0 atingir essa velocidade,na melhor das hipóteses em mea-dos de 2000, o FireWire 2.0 jáestará saindo do forno, com velo-cidade de até 800 Mbps.Quem ganhará essa luta?Boa pergunta. O FireWire deverácontinuar à frente em termos deversatilidade e desempenho. Maso USB conta com o apoio daempresa que detém o monopólio(olhaí, juiz!) da indústria de chipsde computador. Mesmo que oprojeto da Intel de chegar a 480Mbps com o USB não saia dopapel, como muita gente acredita,um belo estrago deverá ser feito.

Page 9: Tudo sobre o  Mac OS 9

16

Tid Bits

Agora é a FujitsuA Fujitsu tornou-se a mais nova fabricante de PC a entrar nalista negra dos clonadores de iMac, com uma máquina que –como o eOne da eMachines e o E-power da Future Power – “chupa”descaradamente a máquina daApple. O MFV DeskPower Pliché243 oferece chip Celeron de 433MHz, HD de 10,2 GB, 192 MB deRAM, portas USB, aceleradorgráfico ATI RAGE Mobility edrive de CD-ROM. A similaridade entre o iMac eos PCs da eMachines e FuturePower levou o caso aos tribu-nais. Cabe agora à Apple japo-nesa (com 25% do mercado decomputadores pessoais no Japão,parcela maior que em qualquer outro país)tomar uma decisão sobre o que fazer em rela-ção ao caso. Tudo indica que a Fujitsu terá quebotar seus advogados para trabalhar, já que nosEUA a chupação está terminando mal.

Depois de um ano de muita fala-ção e alarde, a FileMaker finalmen-te lançou o FileMaker Pro 5.0, aprimeira grande revisão do bancode dados mais popular no Macin-tosh desde que a companhia foiformada, após o fim da Claris.A interface foi reconstruída, procu-rando tornar o FileMaker mais pa-recido com os componentes doOffice. O produto oferece até aopção, semelhante ao Excel, devisualizar as informações a partir decolunas e linhas redimensionáveis.Para quem trabalha com a Web, oFileMaker Pro 5.0 apresenta novasferramentas para possibilitar apublicação de bases de dados naInternet, oferecendo suporte aCascading Style Sheets (CSS), adi-cionando sete “temas Web” paraunificar a apresentação e incluin-do restrições de acesso baseadasem endereços IP. O WebCompanion pode transferir dadosusando XLM (Extensible MarkupLanguage), o que oferece novaspossibilidades para browsers e fer-

Que nome original!Compaq vai lançar um PC chamado iPaq

O que é pior? A pouca vergonha ou a falta de imaginação?

FileMaker chega à versão 5.0Estão disponíveis edições específicas para

servidor e para desenvolvimento de aplicações

Paulada nosimitadoresJuiz manda parar jácom cópias do iMac

Não bastasse a falta de criativi-dade dos fabricantes de PCs nahora de criar o designde seus novos compu-tadores, eles tambémnão conseguem bolarnomes originais. Agorafoi a vez da Compaqanunciar que lançaráum modelo chamadoiPaq. O design preto eprateado felizmentenão tem nada a vercom o iMac, mas asemelhança não ficasó no nome. O iPaqtambém não tem drive de dis-quete nem slots de expansão, eo USB é sua única interface de

Um juiz federal dos EUA apoiou obloqueio às vendas de PCs quecopiam o iMac, afirmando queeles confundiriam os consumidorese violariam as leis de marcasregistradas com seus produtos. É a primeira vez que o design deum computador obtém o direitode proteção legal nos EUA. A Apple processou a Future Powere a Daewoo em agosto, alegandoque seus computadores eram ré-plicas ilegais do iMac. A Appletambém abriu um processo contraa eMachines, que já está nasmãos do mesmo juiz.Para os advogados da Daewoo, adecisão dá à Apple o monopóliodos computadores com designcolorido e moderno. Segundo ojuiz, porém, “existem várias ma-neiras de combinar linhas moder-nas, cores brilhantes e plásticostranslúcidos no design de umcomputador pessoal”. Só faltadescobrirem que ele usa Mac.

conectividade, além da portaEthernet. A Compaq até provi-

denciou um nome paraessa “novidade”:legacy-free, que po-deria ser traduzidocomo “livre das amar-ras do passado”. O chip que move oiPaq deverá ser umPentium III ou Cele-ron de 500 MHz, eele deverá custar cer-ca de US$ 400 nosEUA (sem monitor). A Compaq espera au-

mentar as vendas em 15% porconta do novo PC. Resta saber oque a Apple irá fazer a respeito.

O que é pior? A falta de imagi-nação ou a pouca

vergonha?

ramentas compatíveis com a tec-nologia, embora não existam aindamuitos produtos que possam tirarproveito do XLM.Suporte limitado a ODBCMelhorias também foram feitas nosrecursos de ODBC (Open DatabaseConnectivity), padrão de comunica-ção que permite que diferentes pro-gramas de banco de dados troqueminformações. Embora o FileMakerPro 5 possa atuar como fonte dedados ODBC, ele não oferece com-pleto suporte a ODBC nível 2.Outras boas novidades são a novaferramenta de sincronização debancos de dados, a capacidade deimportar e exportar scripts e a pos-sibilidade de redimensionar algu-mas caixas de diálogo importantes,como a ScriptMaker.O FileMaker Pro 5 chutou paraescanteio o Claris Home Page eagora oferece integração com pro-gramas como o GoLive, Dream-Weaver e Cold Fusion. O programacusta US$ 250 no mercado ameri-cano (US$ 150 para upgrade).

Novos pacotesJunto com a nova versão, a empre-sa ainda anunciou três novos pro-dutos. O FileMaker Pro 5 Unli-mited é o coração do banco dedados, acompanhado de recursosWeb e incluindo suporte para osprincipais servidores Web e Java.O pacote FileMaker Developer 5é direcionado para o desenvolvi-mento de aplicações, com suporteao XLM, Java Database Connec-tivity e outros padrões. Por fim, oFileMaker Server 5 oferece acapacidade de abrigar base dedados para grupos de trabalho,suportando até 250 usuáriosconectados simultaneamente.O FileMaker Pro 5 Unlimited e oFileMaker Server 5 vão ser lança-dos nos EUA, mais para o final de99, por US$ 999, enquanto o Deve-loper só chegará ao mercado nocomeço do ano que vem, ao preçode US$ 499. Infelizmente, a File-Maker está, até o momento, semdistribuidor no Brasil.FileMaker: www.filemaker.com

Page 10: Tudo sobre o  Mac OS 9

18

Tid Bits

Novidades nomundo dos Palms.A 3Com cortou ocordão umbilical dasua subsidiária, aPalm Computing,que passará a seruma companhiaindependente,livre, leve e solta.Segundo a 3Com, anova estrutura pos-sibilitará que asduas empresas tra-balhem na lideran-ça de seus respecti-vos mercados. A divi-são Palm foi um dosnegócios da 3Com que mais cres-ceram nos últimos tempos, repre-sentando 10% de seu faturamentono último trimestre.Visor reforça a coalizãocontra o WinCEOutra novidade vem da Hand-spring, empresa formada peloscriadores do Palm após sua saídada 3Com. A Handspring lançou oVisor, um computador de bolsomais veloz, mais barato e maisexpansível que os Palms da 3Com.Ao contrário do que pode parecer,a Handspring não entra no merca-do para competir com a 3Com (dequem é licenciada), mas para ex-pandir o mercado, ameaçado peloavanço dos PDAs baseados noWindows CE. A empresa desenvolveu um dispo-sitivo que usa a versão 3.1 do PalmOS e vem em três diferentes mode-los: Visor Solo (US$ 149), Visor(US$ 179) e Visor Deluxe (US$249, preços nos EUA). A boa notí-cia para os usuários de Macintoshé que o Visor virá acompanhadode um CD-ROM que oferece supor-te ao Mac OS, ao contrário dosPalms da 3Com, para os quais énecessário comprar o MacPac.O Visor vai utilizar o processador, abateria de íon de lítio e a tela LCDda 3Com. No entanto, ele também

Sai o Palm Desktop 2.5

Novidades para o PalmVisor e novo Palm Desktop tornam PDA mais compatível com Mac

A Palm Computing lançou a versão 2.5 do Palm Desktop para Macin-tosh, que pode ser utilizado com qualquer dispositivo da família Palmpara fazer a sincronização de dados com qualquer Mac PowerPC.Entre os novos recursos estão o software Native HotSync, desenvol-vido especificamente para o Macintosh, e o HotSync Manager, quepode ser acessado diretamente tanto do Palm Desktop quanto domenu Instant Palm Desktop. Agora, as opções de gerenciamento in-cluem a possibilidade de mudar os usuários a partir do Palm Desktop

ou do menu HotSync.Também é oferecidosuporte a USB, através donovo kit PalmConnectUSB. Os usuários de PalmVII poderão contar com o conduíte iMessengerpara efetuar a sincroniza-ção de mensagens.Palm Desktop:www.palm.com/custsupp/

downloads/palmdtmacdl.html

Palm IIIe desembarca no BrasilChegou ao Brasil o Palm IIIe, fabricado pela Palm Computing e distribuídoaqui pela SND. Desenvolvido pela 3Com especialmente para os mercadosasiático e sul-ameri-cano, o Palm IIIe éuma versão do mo-delo Palm III quepesa apenas 170 gra-mas (incluindo aspilhas) e mede 12cm de altura por 8,1cm de largura e ape-nas 1,8 cm de es-pessura. Possui telade cristal líquido dealta definição, me-mória de 2 MB ex-pansível e tem portade infravermelho.O Palm IIIe vem comos manuais em portu-guês, cradle(suporte para cone-xão) e capa emcouro, custando emtorno de R$ 730.SND: 11-230-8333

Palm Desktop: agora compatível com USB

incluirá microfoneembutido e umslot que pode aco-modar diversosperiféricos. Cha-mados de “módu-los Springboard”,esses periféricosvão abranger coi-sas como pagers,MP3 players e gra-vadores de voz.Os módulos terãosua própria fontede energia, demodo que não

vão gastar a bateriado Visor.

Segundo a Handspring, o VisorSolo terá 2 MB de memória, masnão incluirá o cradle (suporte),enquanto o Visor incluirá um cra-dle USB, se bem que tambémhaverá a opção de conexão viaporta serial. O Visor Deluxe, porsua vez, terá 8 MB de RAM e viráacompanhado do cradle e umestojo de couro.Palm OS colorido?O próximo Palm OS deverá ter su-porte a cores. Apesar dos executi-vos da Palm Computing não deta-lharem quando essa tecnologia vaichegar aos PDAs baseados em seusistema, ela está sendo estudada.É óbvio que o motivo é a concor-rência com o Windows CE, que, a-pesar de não ter conseguido arra-nhar a hegemonia do Palm, temcores há mais de um ano.O assunto dos Palms coloridos écontroverso entre os usuários.Muitos apóiam, por questões esté-ticas, enquanto outros rejeitam aidéia, alegando estarem contentescom os Palms monocromáticos eque o fator cor não tão necessárioassim numa tela tão pequenaquanto a do Palm, significando umcusto adicional e comprometendoa duração da bateria.Handspring: www.handspring.com

Palm Computing: www.palm.com

Visor: o iMac dos PDAs

Page 11: Tudo sobre o  Mac OS 9

Sai pacote com Dreamweaver 3 e Fireworks 3

InDesign chega ao BrasilQuark prepara contra-ataque; XPress 5.0 está no forno

A Adobe Systems apresentou aomercado brasileiro a versão 1.0 doInDesign e anunciou que o pro-grama tem uma missão definida:desbancar o QuarkXPress dentrodos birôs profissionais de editora-ção eletrônica do mundo todo, emmenos de dois anos. Entre as prin-cipais vantagens comparativas doprograma estão os múltiplos un-dos, um método inteligente parajustificar colunas, dicionário emportuguês embutido e a possibili-dade de importação de documen-tos criados no Quark. Uma novaarquitetura modular e a inclusão deum kit de desenvolvimento juntocom o programa permite que plug-ins possam ser escritos pelos pró-prios usuários. O InDesign importadocumentos criados no Quark eaté os atalhos de teclado do rival. O InDesign, segundo a Adobe, é apeça que faltava na estrutura deaplicativos da empresa voltadospara publicações profissionais. Elajá tinha o Photoshop, Illustrator eAcrobat. Faltava um aplicativo quepudesse reunir tudo em uma pági-na de revista ou jornal. Assim, oInDesign incorpora várias funçõesdesses programas, sendo capaz,por exemplo, de gerar PDFs direta-mente e importar arquivos veto-riais e editá-los, além de possuiruma interface no mesmo estilo dosoutros produtos da empresa.Demanda reprimidaA Adobe pretendia lançar no Brasilapenas a versão em português doprograma, mas pressões dos usuá-rios, principalmente dos macma-

Chegou a nova versão do PainterO Painter 6, da MetaCrea-tions, é indiscutivelmente omelhor programa para criaçãode imagens através da simu-lação de mídias naturaiscomo canetas, lápis, giz,pincéis, tintas, papéis e umagrande variedade de opções,com maior nível de realismo. Utilizando a tecnologiaNatural Media, o Painter 6inclui novos recursos, como ahabilidade de pintar em pro-fundidade usando pincéis emimpasto, recorrer textos aolongo de uma curva e inserircamadas de imagens vetoriaisou bitmaps em um arquivocom alta qualidade de saídapara impressão.Os aperfeiçoamentos incluemainda: interface atualizada emais intuitiva; melhorias naperformance; suporte direto alayers; suporte a imagens emCMYK e no formato TIFF.Além disso, o programa ofere-ce integração com a tecnolo-gia Intuos da Wacom, detablet, caneta e airbrush. O Painter 6 está saindo nosEUA por US$ 399.MetaCreations:www.metacreations.com

iCab resiste bravamenteO iCab 1.7, browser alemãoindependente, traz novos re-cursos e correções de bugs.Agora é possível configurar omenu contextual da janela dobrowser, através de umaseção nova nas preferências.Ao copiar ou arrastar um textopara outra aplicação, o novoiCab mantém todas as informa-ções de estilo de texto. O programa ainda permite bai-xar sites inteiros em arquivosWeb. Assim, ao realizar odownload de um site na pastade downloads, ele não mudamais os nomes dos arquivos.Em vez disso, reconstrói ahierarquia de diretório originaldo servidor.iCab: www.icab.de

Chega ao Brasil em dezembro oStudio Dreamweaver 3 e Fire-works 3, pacote que une os doispopulares programas para designe produção profissional de web-sites da Macromedia. Entre asnovidades do Dreamweaver 3 es-tá o Quick Tag Editor, que per-mite que você veja e edite o

Com o InDesign, todo mundo prevê sérios apuros para a Quark, que agoraestá tendo que correr para remover anos de atraso do seu produto

níacos, fizeram com que ela impor-tasse a versão em inglês mesmo.(Não se preocupe: a versão ameri-cana tem o dicionário em portu-guês.) A versão traduzida deveráchegar entre dezembro e fevereiro.O preço do InDesign ficará emtorno de R$ 2 mil. Quem já tiverPhotoshop, Illustrator, PageMakerou QuarkXPress (licenciados)pagará cerca de R$ 870.Corra, Quark, corra! A Quark está se armando como po-de para enfrentar o InDesign. Alémde exportar melhor para HTML eapresentar ferramentas específicasde design para a Web, o futuroQuarkXPress 5.0 também deveráintroduzir um novo método de ge-renciamento de cores, maior inte-gração com o formato PDF, layers eum gerador de tabelas com a mes-

ma flexibilidade existente no Excel.A nova versão do Quark deverá sairem meados de 2000, mas até a vira-da do ano deve sair um updatemenor, o QuarkXPress 4.1, corri-gindo bugs da versão atual. (O 4.1não endereçará os APIs Carbon noOS X, mas o XPress 5.0 será com-patível com o Carbon.) Além deoferecer maior estabilidade que oseu predecessor, o XPress 4.1 virácom melhorias na importação eexportação de PDF e HTML. Comoo InDesign, também inclui a ferra-menta Scissors (tesoura) para cor-tar curvas Bézier em textos ou grá-ficos. Mas ainda não vai ser a vez,por exemplo, dos múltiplos undose outros dos inúmeros pontos altosdo InDesign.Adobe: www.adobe.com

Quark: www.quark.com

código HTML de objetos sem pre-cisar lançar o HTML Inspector.Quem manipula páginas feitas noWord conta agora com o coman-do Clean up Word HTML, que re-move tags proprietários do Word,tornando fácil o gerenciamentodo conteúdo. Novas ferramentasde CSS também foram embutidas

no programa, possibilitandoaplicar estilos globais a textosautomaticamente.O pacote vai custar US$ 449. ODreamweaver 3 e o Fireworks 3também estão disponíveis sepa-radamente por US$ 289 e US$249, respectivamente.Macromedia: www.macromedia.com.br

Page 12: Tudo sobre o  Mac OS 9

20

Tid Bits

A câmera quecombina com

o seu iMacKodak lança câmeradigital em “sabores”

Justamente quando os monitoresde cristal líquido de mesa começama ameaçar os convencionais, apa-rece uma novidade para dar umfôlego extra a nossos velhos co-nhecidos. A Sony já está fabricandono Brasil o monitor FD TrinitronCPD-E200, novo modelo da sérieMultiScan de 17 polegadas. Ao con-trário dos monitores Trinitrontradicionais, que são ligeiramentecurvos na horizontal, o FD tem a

Epson lança câmera digital e impressora FireWire

Sony fabrica monitorde tela plana no Brasil

O novo monitor Trinitron é melhor,mais bonito e até mesmo mais barato

Câmeras coloridas:desejo realizado

A Epson anunciou o lançamentode um montão de novos produtos,que vão de uma câmera digitalUSB a uma impressora de jato detinta que pode ter um cartão Fire-Wire acoplado. A PhotoPC 850Z,que deverá sair no mercado ameri-cano em outubro, custando US$800, é uma câmera de 2 megapi-xels com resolução de 1984 x1488. Além da porta USB, a câmeravem com slots para PC Cards TypeI e II, além de uma série de driversde impressora que permitem ligara PhotoPC 850Z diretamente àsimpressoras Epson.Impressoras USBA Epson também lançou duasnovas impressoras da famíliaStylus Color. A Stylus Color900G, que saiu nos EUA por US$430, vem com design branco eblueberry para combinar com o

A moda dos sabores de iMac chegou àscâmeras digitais. A Kodak está lançando asua DC240i em cinco cores: amora, uva,morango, tangerina e limão. Não são ape-nas as mesmas cores do iMac e do iBook: aKodak afirma explicitamente, no seu site decompras online, que os novos modelos sãofeitos para combinar com os Macs.A DC240 é a mesma câmera que foi rese-nhada na Macmania 64 (e da qual pedimos,brincando, versões coloridas na seção TidBits da Macmania 63). Ela oferece a mes-ma performance e recursos da DC240, co-mo o design compacto, resolução máximade 1,3 megapixel, foco e obturador auto-máticos, flash embutido e timer, além dezoom 6x (3x óptico, 2x digital) – equiva-lente a uma lente de 39-117 mm – e clo-ses nítidos a até 25 cm. Custando US$700 nos EUA, a DC 240i é compatível comUSB, possui tela LCD de 1,8 polegadas evem com um CD contendo softwares paraMac e PC, além de um cartão de memóriaFlash de 8 MB, bateria Ni-MH e carregador.Kodak Online Store:www.kodak.com/US/en/store

A Microsoft acaba de lançar um dri-ver USB para Macintosh compatívelcom o seu IntelliMouse. O softwa-re suporta a função de rolagemcom o mouse e ainda possibilitaque o usuário associe funções acada um dos botões. Uma boa paraquem se cansou do mouse de um

IntelliMouse tem driver para Mac

tela absolutamente plana, propor-cionando mínima distorção dasimagens. Além disso, oferece dotpitch de 0,24 mm (um dos maisestreitos do mercado), o que per-mite trabalhar a altíssimas resolu-ções; ajustes com menu na tela; eum controle ergonômico, seme-lhante a um joypad de videogame.O preço sugerido é de R$ 1.112. ASony também vai comercializar osmodelos de tela FD de 19 e 21 po-legadas, pelos preços de US$ 1.512e US$ 2.246, respectivamente. Sony: www.sony.com

iMac e os novos G3. A impressoravem com interfaces USB, serial eparalela, opções para FireWire,Fast Ethernet, LocalTalk e Post-Script 3, e chega a imprimir 12páginas P/B ou 10 páginas CMYKpor minuto, com resolução máxi-ma de 1440 x 720 dpi. Já a StylusColor 660, saindo por US$ 160, éuma versão multiplataforma daantiga Stylus Color 640, que sótrabalhava com o Windows. Aimpressora tem resolução máximade 1440 x 720 dpi e imprime até 5páginas P/B ou 3,5 páginas CMYKpor minuto.Na linha de scanners, a empresalançou o Perfection 610. É umscanner USB que captura imagensde tamanho A4 em até 600 x 2400dpi. A máquina custa cerca de US$120 (todos os preços nos EUA).Epson: www.epson.com

botão é a vantagem de rolar textospara cima e para baixo sem clicarem nada. Quem quiser usar o mou-se da MS no Mac só precisa baixaro driver e comprar o mouse emqualquer loja de PC.Intellimouse: www.microsoft.com/

mouse/driver/drivers_mac.htm

Page 13: Tudo sobre o  Mac OS 9

9ferramentas para o

MacOSDepois do retorno triunfal de Steve Jobs, a Apple passou a se

preocupar muito mais com o marketing de seus produtos. Em vezde nomes sem graça como “Power Macintosh 7100/80”, “3400” etc.,

passou a usar “G3” e “iMac” (radicalizando ao ponto de usar o mesmonome em produtos diferentes). O Mac OS 8 foi alardeado como “um novo Mac

por apenas US$ 99”, o G4 é o “primeiro supercomputador pessoal”, o iBook é o“iMac para viagem” e por aí vai. A coisa não poderia ser diferente com o Mac OS 9, que

vem com grandes mudanças internas que trarão benefícios a todos os usuários e ajudarãona transição para o Mac OS X, que chega no ano 2000. Mas a Apple preferiu vender o novo

sistema como “o seu co-piloto na Internet”. Segundo os marqueteiros de plantão, o Mac OS9 traz nove ferramentas (olha só que coincidência!) que o transformam “no melhor sis-tema operacional para a Internet”. Que os Linuxistas roxos não ouçam isso. Se agente fosse bolar um slogan para o Mac OS 9 baseados em nossa experiência,provavelmente sairia algo como “Mais próximo do X” ou “Seguro, robustoe divertido”; enfim, qualquer besteira que não iria mover uma caixa daprateleira. As tais nove ferramentas nem são todas diretamente liga-das à Internet, e algumas não estão entre as mudanças mais im-portantes no novo sistema. Mas, já que a Apple resolveufazer delas o seu bordão, vamos analisá-las uma a uma.

Page 14: Tudo sobre o  Mac OS 9

¡

por Heinar Maracy*

1.Sherlock 2Dois passos para a frente, um para trásUma prova de que o marketing na Apple pode tudo é o próprio nomeSherlock 2. Afinal, a última versão do Sherlock já era a 2.0, e esta,segundo o Get Info, é a 3.0.1. Mas quem se importa com números deversões, além dos engenheiros de software?O importante é que o programa de busca que substituiu o velho Findfinalmente atingiu a maioridade, livrando-se das graves limitações queexistiam em sua versão anterior. Infelizmente, a Apple decidiu impin-gir-lhe a mesma interface inconsistente do QuickTime 4, com seupseudo-aço escovado e janelas sem persiana. Mesmo assim, essa deci-são não afeta o salto qualitativo dado pelo programa.

Virando arquivos do avessoA primeira mudança se percebe na hora de acionar o Sherlock. Vocêagora pode dar [Ω][F] para procurar arquivos em seu disco, ou [Ω][H]para cair direto na busca pela Internet. Feito isso, você dá de cara coma nova interface do Sherlock, cujas principais atrações são uma fileirade quadradinhos com ícones na parte de cima, e uma barra embaixoque exibe banners de propaganda rotativos quando não está sendoutilizada (lembre-se: nova Apple = marketing rules!).Os ícones são os chamados Canais do Sherlock, que dão nova funcio-nalidade ao programa. O primeiro canal é o de arquivos, que embuteas buscas por arquivo e por conteúdo, de uma forma bem mais práti-ca, mas que a princípio assusta. Em vez de abinhas separadas paraesses dois tipos de busca, eles agora estão agrupados em uma únicapalete (mas o [Ω][G] para acionar a busca por conteúdo ainda funcio-na). Dois botões permitem que você escolha procurar arquivos pelonome ou pelo conteúdo. Uma janela permite que você escolha em quevolumes quer executar sua procura, um grande avanço em relação aosmenus pop-up do antigo Find. Para dar busca em uma pasta específi-ca, basta arrastá-la para essa janela.A coisa muda de figura quando você clica na opção Custom. Uma jane-la enorme, com todas as opções de busca que anteriormente ficavamescondidas em menus pop-up e cliques com [Option], permite executaras buscas mais complexas possíveis dentro do seu disco. Arraste umarquivo semelhante àquele que você quer achar e o Sherlock 2 designatodas as opções na caixa de diálogo que correspondem ao arquivo oupasta que você jogou lá. O Sherlock original fazia a mesma coisa, masvocê tinha que arrastar o arquivo para cada atributo individual; oSherlock 2 faz isso com todas as opções de uma só vez. Você agora pode procurar um arquivo pelo nome e por uma palavraque esteja dentro dele ao mesmo tempo, mas ainda não pode fazerpesquisas com duas variáveis do mesmo critério. Não há como procu-rar ao mesmo tempo um documento que tenha a palavra “Macmania”e a palavra “urgente”.

Complexidade disfarçadaSe, por um lado, a Apple facilitou a vida do usuário, por outro compli-cou, criando uma interface intimidadora e pouco intuitiva em uma dasfunções mais cruciais do sistema: procurar um arquivo.O Sherlock 2 vem com quatro sets de busca de arquivos pré-configura-dos: “aplicativos”, “arquivos maiores que 1 MB”, “arquivos modificadoshoje” e “arquivos modificados ontem”. Você pode começar com umdestes e personalizá-los clicando no botão Edit. Seus critérios de busca

Page 15: Tudo sobre o  Mac OS 9

24

O novo Sherlock ganhou uma interface semelhante à do QuickTime Player. As abinhas de busca por arquivo,

por conteúdo e na Internet foram substituídas por uma fileira de “canais”

O novo design modular do Sherlock permite expandi-loindefinidamente, adicionando canais e plug-ins até o ponto

de você não saber mais como procurar as coisas

podem ser salvos em arquivos para seremreutilizados depois. Você nunca mais vaiperder um documento com o Mac OS 9.A indexação de discos continua sendo umatarefa penosamente lenta, que pode levarum dia ou mais. Sua única opção é ir fazen-do a indexação aos poucos, em updatesdiários, ou deixar seu Mac ligado duranteuma noite inteira (ou várias) só para isso.

Organizando a RedeO Sherlock original pecava por querercolocar a Grande Rede em uma caixaminúscula. Sua janela de tamanho fixorapidamente ficava atulhada de plug-ins.No Mac OS 8.6, a Apple reviu isso, permi-tindo o aumento da janela, mas não che-gou a implementar um gerenciador deplug-ins – algo extremamente necessáriodevido ao sucesso da ferramenta, que ori-ginou centenas de plug-ins para tudoquanto é site. Muitos desenvolvedoresresolveram preencher o buraco criandoseus próprios gerenciadores de sets,como o Baker Street Assistant, da Casady& Greene.Os canais do Sherlock 2 têm uma imple-mentação diferente dos sets desses geren-ciadores. Eles não permitem fazer umabusca utilizando todos os plug-ins aomesmo tempo. Se você quer procurar umitem na Amazon e na CNN, tem que geren-ciar você mesmo os seus plug-ins, arrastan-do-os de um canal para o outro.A grande novidade é o conceito de plug-inembutido (built-in). Ao contrário dos plug-ins “custom”, o plug-in embutido nãopode ser jogado fora com [Ω][Delete]. Nemadianta tentar tirá-lo à força da pasta ondeele fica no System Folder (InternetSearch). O Sherlock puxa outro pelaInternet na próxima vez que for ligado.São ao todo seis canais, cada um com suaspeculiaridades:•Internet – Tem plug-ins embutidos parao AltaVista, CNET, Direct Hit, Excite,GoTo.com, HotBot, Infoseek, LookSmart eLycos. É o mais parecido com o Sherlockoriginal: você busca uma palavra e ele aprocura por toda a rede, retornando umalista de URLs clicáveis que abrem automati-camente o seu browser.•People – Contém plug-ins do tipo LDAP(Lightweight Directory Access Protocol)para o Bigfoot, Four11 e Yahoo. Esse pro-tocolo serve para encontrar pessoas catalo-gadas em servidores LDAP, que retornam o

nome, email e telefone da pessoa. Comoesse protocolo ainda não é largamente uti-lizado na Internet, não tem muita utilidadehoje em dia. Quem sabe no futuro…•Shopping – Tem quatro plug-ins daAmazon (Auctions, Books, Music e Video),mais Barnes & Noble e eBay. Diferente doscanais de busca, este mostra os resultadosem colunas com o nome, o produto,preço, disponibilidade e site. Os itensencontrados são ordenados por preço,com o mais baixo no topo.•News – Tem os plug-ins para oNews.com, CNN, Interactive, ESPN, MotleyFool e Quicken.com. A classificação dasnotícias é feita por data, com as notíciasmais recentes em primeiro lugar.•Apple – Traz o Macintosh ProductsGuide, Apple Software Updates, AppleTech Info Library e o plug-in para o pró-prio site da Apple.•Reference – É o canal mais fraquinho,com o Dictionary.com, Encyclopedia.com e o Roget’s Thesaurus.•Um canal vazio chamado “MyChannel” – É o ponto de partida paravocê começar a criar seus próprios canaisde plug-ins. Para isso, basta escolher NewChannel no menu Channel. Usando a mãozi-nha, você expande a barra de canais, comonos Favoritos do QuickTime 4, abrindomais uma fileira de canais. Todos os plug-ins do Sherlock original são compatíveiscom a versão 2; portanto, basta organizá-los em canais de filmes, discos e canaisbrasileiros, colocar um ícone bonitinho emandar brasa.

Ainda dá para ser melhorO Sherlock avançou bastante, mas retroce-deu em alguns pontos. Além da interfacepolêmica, os canais e plug-ins embutidos e“imexíveis” forçam o usuário a utilizar aferramenta da maneira que a Apple achamais sensata, não à sua maneira, como osmacmaníacos estão acostumados. É óbvioque ninguém vai querer voltar para oSherlock velho, mas também está claro que muitos não vão gostar de convivercom canais que nunca vão usar e íconesque só mostram o nome quando se pára ocursor sobre eles. Podemos estar sendoexcessivamente críticos, mas a culpa é daprópria Apple, que acostumou os macma-níacos a esperar dela nada menos quesoluções brilhantes quando se fala eminterface de usuário.

Page 16: Tudo sobre o  Mac OS 9

25

¡

2.Múltiplos usuáriosPegue o seu Mac exatamente como você o deixou

As opções adicionais de busca do Sherlock ficaram nestacaixa infernalmente complexa, acessível pelo menu

Junto com o Sherlock, a novidade maisbadalada do Mac OS 9 é a possibilidade devários usuários compartilharem a mesmamáquina. Apesar de não ter muito a vercom a Internet, o painel Multiple Users élistado como uma das “nove ferramentas”do Mac OS 9. Quem divide o computadorcom a mulher, irmão, filhos ou colega detrabalho sabe o quanto é valiosa esta fun-ção, que permite que cada um organizeseu Desktop da maneira que quiser, tenhasuas próprias preferências para cada pro-grama e possa limitar o acesso a seusarquivos pessoais.

Um At Ease mais bem feitoO Multiple Users é herdeiro do antigo AtEase, interface para vários usuários quevinha com alguns modelos de Performa efez bastante sucesso no mercado educacio-nal americano. O At Ease acabou evoluin-do para uma ferramenta para trabalho emgrupo, primeiro como At Ease forWorkgroups e depois dando origem aoMacintosh Manager do NetBoot, função doMac OS X Server que permite que váriosiMacs compartilhem arquivos instaladosem um único servidor. Mas muitos usuá-rios sentiram o fim da versão home userdo programa, que tornava o Finder maisfácil e menos perigoso quando usado pormãozinhas inexperientes. Agora eles a têmde volta, revista e melhorada.O Multiple Users não é uma ferramentafeita para ser usada em rede, mas umamaneira fácil de compartilhar um mesmocomputador por várias pessoas. Ele não fazdo Mac OS 9 um sistema realmente multi-usuário, como o Windows NT ou os diver-sos sabores de Unix (ou como será o MacOS X), mas sua implementação atende per-feitamente às necessidades do uso domésti-co ou de uma daquelas escolas que têm“dois (ou mais) alunos por micro”.Tudo funciona em um simples painel decontrole onde você cria novos usuários,dizendo o que cada um pode ou não podefazer. O default é o Mac dar o boot emmodo monousuário, com você como pro-prietário (owner) registrado com o nome ea senha colocadas no Mac OS Setup. OMultiple Users permite guardar preferên-

A tela de login do Mac OS 9 mostra ícones personalizadose uma frase determinada pelo proprietário do Mac

O computador também pode ser configurado para travar atela se o usuário se ausentar por certo tempo

O Multiple Users não é um recurso de segurança. Se você restartar com [Shift], o Mac pedirá a senha.

Mas terá acesso irrestrito se restartar por um disco externo(serve qualquer CD com Mac OS 8.1 ou posterior)

cias e restrições diferentes para até quaren-ta usuários no mesmo computador.Uma máquina com mais de um usuário jáfica diferente no próprio startup. Antes deaparecer o Finder, surge uma lista de usuários com os nomes e ícones respecti-vos (o painel vem com vários ícones e vocêpode colar o seu próprio) e três opções: Shutdown, Change Password (mudara senha de acesso) e Log In. Clicando emLog In, surgie uma caixa onde você devedigitar sua senha. Se você digitar errado asenha, a caixa de diálogo dá uma balança-dinha, um toque bonitinho herdado doMac OS X Server, que por sua vez a her-dou do NextStep. Se você é o dono damáquina, não verá nenhuma diferença nosistema, a não ser a opção Log Out nomenu Special. O logout permite que vocêsaia do Mac OS e volte para a caixa de login para que outro usuário entre, semprecisar restartar a máquina. O lixo é esva-ziado automaticamente no logout.Os outros usuários podem ser agrupadosem três categorias, com o sistema funcio-nando de maneira um pouco diferentepara cada uma, especificada pelo dono:•Usuários Normais (Normal Users) –Nenhum macmaníaco pode ser considera-do um cara normal, mas enfim, a Appledeu esse nome para aqueles que não são odono da máquina, mas têm o mesmo tipode acesso que ele às funções do sistema,com algumas restrições. Não podem aces-sar documentos de outros usuários nemmodificar alguns painéis, como os de aces-so à Internet e o Memory.•Usuários Limitados (Limited Users) –Têm acesso limitado ao sistema, podendoser proibidos de acessar determinados programas, CDs ou DVDs (ou qualquertipo de mídia removível), não ter acesso ao Chooser, Network Browser, painéis decontrole, Apple Menu ou até mesmo aitens fora do “Shared Folder”, pasta utiliza-da para compartilhar arquivos entre osvários usuários de uma mesma máquina.•Usuários de Painéis (Panels Users) – Onome é estranho, ainda mais traduzido,mas é isso mesmo. São os que têm acessomais limitado, entrando no Mac por umainterface que mistura o At Ease com o File

Page 17: Tudo sobre o  Mac OS 9

O Mac OS 9 funciona em qualquerPower Mac com um mínimo de 40MB de RAM disponível. Se você temapenas 32 MB, o próprio instaladorse encarrega de ajustar a memóriavirtual para deixar o Mac com 64MB. O sistema ocupa no mínimo 18MB, sem as extensões, podendopassar facilmente de 30 MB! Ou seja: sobra pouca coisa para osprogramas. É possível trabalhar como OS 9 em máquinas com 32 MB,mas você vai sofrer com isso, com amemória virtual fazendo seu Mac searrastar. Sem a memória virtual, osistema pode comer até mais de 50MB da sua RAM. Não é à toa que os

Manager do Mac OS X, em um resultadode gosto duvidoso, mas que serve ao seuobjetivo principal: criar uma maneira total-mente anti-mongo para se trabalhar noMac OS. Basicamente, são painéis que to-mam a tela inteira com ícones enormes depastas, documentos e programas. Se vocêabre uma nova pasta, um novo painel apa-rece, tomando conta da tela. O máximoque a tela comporta são quatro painéis. Apartir daí, eles se transformam em íconesem uma barrinha. Clicando no ícone, vocêentra na pasta. Para voltar um nível, existeuma providencial flechinha no final da bar-ra. Não dá para mudar arquivos de lugar,não há lata de lixo, nem configurações deprogramas, nem mesmo o Finder.

O dono é quem mandaO Multiple Users dá bastante flexibilidadeao dono da máquina na hora de limitar oacesso aos seus arquivos. Você pode ajustarum log out automático em qualquer usuá-rio que esteja ocioso por um tempo deter-

Cuidados na instalação do Mac OS 9

No novo Multiple Users, os usuários da sua máquina podem ser classificados em três níveis: normais, limitados

e de painéis. Cada um pode usar a própria voz como senha, bastando assinalar essa opção em Log-inSettings. Se a senha por voz não for reconhecida pelocomputador (o que não é muito difícil de acontecer),

ainda é possível usar a senha digitada

3.Voiceprint PasswordSua voz é a sua senhaClicando no botão Options no painelMultiple Users, você abre uma janela quepermite, entre outras coisas, a utilizaçãode senhas alternativas (alternate pass-words) no login do Mac OS. Isso é interes-

26

minado; trancar sua tela contra os curiososenquanto ausente; permitir o acesso a CDs,disco por disco, ou até mesmo a partes deum disco; criar uma conta para convidados(guests) que não precise de senha; e esco-lher ser notificado sempre que um usuárioinstalar um programa novo, para decidirquem pode utilizá-lo. O Multiple Users não deve ser confundidocom um sistema de segurança: ele é ape-nas um modo prático de vários usuárioscompartilharem o mesmo Mac. O uso demodos de acesso limitado não significa que seus arquivos estão totalmente segu-ros das mãos e olhos alheios. Usuários com um pouco de traquejo conseguemfacilmente passar por cima das proibiçõese abrir programas não autorizados, bastan-do para isso ter acesso ao Script Editor. Ebasta dar o boot por um CD-ROM ou discoexterno para obter acesso a todos os arqui-vos do disco. Para garantir a segurança deseus arquivos, a Apple bolou outras ferra-mentas, conforme veremos adiante.

sante, pois quer dizer que o login é feitopor um programa modular e que, futura-mente, desenvolvedores poderão criar sis-temas mais seguros que os da Apple parapermitir o acesso ao seu computador.

novos Macs vêm com um mínimo de64 MB. Só a partir daí o OS 9 começa a mostrar a que veio.Não deixe de checar se existematualizações e incompatibilidades com os programas que você usa dia-riamente. O Mac OS 9 trouxemudanças no File Manager quepermitiram o aumento donúmero de arquivos abertossimultaneamente de 348 para8169, eliminando um métodoantigo e obsoleto para encon-trar informação sobre arquivosabertos, a tal tabela FCB (FileControl Block). Quando um pro-grama tenta acessar diretamen-

te essa tabela, ele causa um erro dotipo -119. Tais mudanças estãogerando mais conflitos de programasque o normal. O maior problema estava relacionado com o AdobeType Manager e o Adobe Type Reu-

nion, que simplesmente travavam amáquina. Para evitar complicações, oinstalador transporta os dois para apasta Control Panels (Disabled) noSystem Folder. Felizmente, a Adobelançou a tempo uma versão compatí-

vel do ATM, a 4.5.2. O paco-te “Internet Access” do MacOS 9 instala o StuffItExpander 5.1.4 e o StuffItEngine 5.1.3, pois as versõesanteriores também apresen-tam problemas.Usuários com discos formata-dos por programas que nãosão da Apple devem checarcom os fabricantes se existem

No começo, alertas como esse podem ser comunsao se usar programas atuais no Mac OS 9

Page 18: Tudo sobre o  Mac OS 9

¡

No Mac OS 9, só existe uma senha alterna-tiva no menu pop-up, a voiceprint pass-word, que pode não ser a mais segura, masé muito divertida. Com ela ligada, o loginpede que você fale uma frase, fazendo umaanálise biométrica da sua voz e checandose ela corresponde à “impressão vocal”(voiceprint) que você gravou previamente.Em nossos testes, percebemos que a qua-lidade do microfone influencia bastante

drivers compatíveis com o OS 9 antesde instalá-lo. A mesma recomendaçãoserve para quem tem placa de upgra-de de processador.Você pode checar uma bela lista deupdates e programas reconhecida-mente incompatíveis com o 9 napágina de atualizações do VersionTracker (www.versiontracker.com). Éimprescindível que você faça issoantes de instalar o sistema, paraevitar problemas.

Dicas de ouroExistem alguns cuidados que preci-sam ser seguidos para garantir umaboa instalação. Apesar de meio

No Multiple Users, o dono da máquina decide o que cadaum dos outros usuários poderá ou não fazer. Uma das

coisas mais úteis para um administrador de sistemas (oupai preocupado) é poder bloquear o acesso a mídias remo-víveis, determinados programas ou partes inteiras do HD

4.KeychainSeu chaveiro de senhasVocê tem, com certeza, várias senhas queusa constantemente. Senha de acesso aoseu provedor, de email, para entrar emáreas privadas da rede da sua empresa, doseu programa de contabilidade pessoal oudo banco de dados da sua empresa. Eonde você guarda todas elas? Na cabeça?Num clipping text que fica no desktop?O Keychain é mais uma boa idéia que aApple tirou do fundo do baú. Ele era umafunção do PowerTalk, sistema de comuni-cação para grupos de trabalho que integra-va o System 7 Pro – uma tentativa daApple de reembalar seu sistema operacio-nal para o mercado corporativo que nãodeu muito certo.

Reúna todas as senhas em umaA idéia é simples: um programa que guar-

27

na hora de checar seu voiceprint.Qualquer mudança de entonação da fraseescolhida também pode invalidar seulogin (felizmente, o programa deixa vocêdigitar sua senha depois de três tentativaserradas ou de um Cancel). Utilizar a frasedefault (“My Voice is My Password”) émelhor que inventar a sua própria. E nemtente usar o voiceprint em ambientes detrabalho barulhentos.

da todas as suas senhas e pode ser acessa-do por qualquer aplicativo. Quando vocêclica naquele site XXX-Live que resolveufinalmente pagar pra ver, em vez de pedirpara você digitar aquela senha de 25 carac-teres alfanuméricos, ele abre o Keychain.Aí, é só digitar a única senha que você pre-cisa saber de cor e pode começar a farra.Lindo, não?Quase. O problema é que poucos progra-mas atualmente são compatíveis com oKeychain. Até o fechamento desta matériahavia apenas o Eudora, alguns programasde FTP, como Anarchie e Fetch, oTimbuktu Pro 5 e, é claro, o Mac OS,incluindo o Apple File Security (chegare-mos lá) e o AppleShare. A coisa vai ficarlegal mesmo quando os navegadores deWeb aderirem ao Keychain.

óbvios e descritos no arquivo ReadMe (que ninguém lê), vamos repas-sá-los aqui:• Sempre faça um becape dos seusarquivos antes de fazer o update.Claro que, como você regularmentefaz cópias dos documentos importan-tes que estão no seu disco, não pre-cisa se preocupar com isso, certo?• Passe algum reparador de disco,como o Norton ou o Disk First Aid,antes da instalação. Se você for dotipo supersticioso, dê um “zap” naPRAM, apertando as teclas[Ω][Option][P][R] durante o restart.• Dê o boot a partir do CD do MacOS 9 quando for instalar o sistema.

É possível instalar o 9 com seu sis-tema velho no disco de partida, masé um procedimento que aumenta aschances de problemas. E não é pos-sível fazer isso em Power Macs6100, 7100 e 8100. Segundo aApple, essas máquinas contêm umbug de ROM desconhecido que impe-de a instalação, a não ser que vocêjá esteja rodando o Mac OS 9.• Desconecte qualquer equipamentoUSB (menos o teclado e o mouse)antes de dar boot pelo CD de insta-lação do Mac OS 9. • Antes de dar o Start na instala-ção, clique no botão Options e peçaum Clean Install (instalação limpa).

É perfeitamente possível fazer uma“instalação suja” sobre o seu siste-ma velho, mas já apareceram relatosna Web de que isso pode gerar pro-blemas. O Clean Install vai obrigarvocê a reinstalar suas preferências,extensões e painéis de controle deterceiros, mas isso não é tão traba-lhoso assim.• O Mac OS Setup Assistant nãodeixa mais você fazer o setup dasua máquina sem colocar uma senhade usuário. Não perca essa senha:ela será muito importante na hora decriar múltiplos usuários e utilizar ossoftwares de segurança que estãoembutidos no sistema.

Page 19: Tudo sobre o  Mac OS 9

Suas senhas ficam armazenadas em arqui-vos guardados na pasta Keychain, dentro dapasta Preferences. Você pode até copiar es-ses arquivos num disquete e levar para ou-tro computador. É possível ter vários Key-chains numa mesma máquina. O MultipleUsers cria um Keychain para cada usuário.

Apesar da ênfase na Internet, a Apple não esqueceu seu principal mercado, o de DesktopPublishing, na lista de novidades do Mac OS 9.Entre elas estão a nova versão de uma tecnologiaconhecida e algo totalmente diferente.

ColorSyncO ColorSync 3 recebeu uma bela revisão e avan-çou bastante na tarefa de facilitar o gerenciamen-to de cores, umas das grandes vantagens compa-rativas do Mac OS para a área gráfica (a Applehavia prometido uma versão dele para o Windows,mas parece que se “esqueceu” da promessa).A nova interface do painel ColorSync tornou maisfácil trabalhar com o sistema, além de ampliar suacapacidade. Agora é possível definir perfis deacordo com o trabalho que está sendo feito.Perfis (profiles) é o nome que o ColorSync dápara documentos que“traduzem” as cores deequipamentos de entrada(scanners), visualização(monitores) e saída(impressoras), permitindo

Novidades na área gráfica

5.Apple File SecurityCriptografia para o resto de nósO Apple File Security é o programa cria-do pela Apple para impedir que alguémmeta o nariz nos seus documentos priva-dos. Basta selecionar um arquivo e esco-lher Encrypt no menu File do Finder paratorná-lo inviolável. Somente digitando asenha certa ele pode ser aberto. Simplesassim. O AFS usa um algoritmo desenvolvi-do nos tempos da NeXT, que a Applegarante ser de “qualidade industrial”, sejalá o que isso queira dizer.O File Security encripta e também compri-me os arquivos, economizando espaço emdisco. Você cria para o arquivo uma senhade no mínimo cinco caracteres, que pode

Isso é tudo que um usuário de painéis (com privilégios deacesso mínimos) verá no desktop. Nem parece um Mac

Além de vir com ótimos sons de alerta novos, o OS 9 tem opainel Sound separado do Monitors, como era antigamente

O novo ColorSync final-mente permite especi-ficar, um a um, todos os dispositivos usados

para cada trabalho

28

Segundo a Apple, as senhas do Keychainsão protegidas por uma encriptação RC2de 128 bits, mas que tem a exportação per-mitida pelo governo norte-americano. Issoquer dizer que suas senhas ficam protegi-das de todo mundo, menos do pessoal daCIA, FBI, NSA etc.

ser adicionada ao seu Keychain (calma,chegaremos lá).Mesmo com sua implementação anti-mongo, o programa ainda tem algumasfalhas. Não é possível encriptar pastas oudiscos: apenas arquivos. E não há comodesencriptar um arquivo sem abri-lo. Mas o pior de tudo é que ele não traz seguran-ça total. Como diz o velho hacker, “não ternenhuma privacidade é melhor que teruma falsa sensação de privacidade”.

Nada nasce perfeitoA grande falha do File Security é que eledeleta os arquivos originais depois da

que a cor que você vê na tela seja o mais próxi-mo possível daquela que será impressa. Agoravocê pode salvar perfis que dizem qual é o equi-pamento usado em determinado trabalho. Essesperfis podem ser salvos como workflows quepodem ser acessados em uma interface semelhan-te às janelas de configurações dos painéis TCP/IPe Remote Access, exportados caso você mude de

máquina ou utilizados automaticamente por pro-gramas gráficos (assim que saírem versões compa-tíveis com o ColorSync 3).

FontSyncA extensão FontSync cria “assinaturas eletrônicas”únicas para cada família de fontes. Ele é a grandeesperança de quem trabalha com DTP para acabar

com um dos males da editoraçãoeletrônica: a substituição de fontesem documentos que passam pelosresponsáveis da cadeia produtiva depublishing. Não se trata daquelahorrenda substituição por Courier,tão comum nas saídas PostScript,mas de variações e versões dosmesmos fontes. Por exemplo: afamília Garamond da Adobe já tevequatro versões oficiais desde 1984.Quando se compõe uma página emGaramond e ela é aberta em umcomputador diferente com uma ver-são diferente da fonte (do mesmofabricante!), o documento “recor-

Page 20: Tudo sobre o  Mac OS 9

¡

6.Update automáticoDeixe a Apple instalar seu software para você

re”, e se o fato não é percebido a tempo,os prejuízos podem ser enormes.Todo profissional de DTP gela só de pensarque está recebendo um documento de umapessoa com essa fonte. Segundo a Apple,agora podemos criar documentos que au-tenticam nossas fontes: os perfis Font-Sync. Ao enviar um documento para outro

computador, é necessário enviar o perfil defontes junto. Ela então executa um scriptpara comparar as fontes dela com as suas.Se houver alguma incompatibilidade, o sis-tema nos evita esse problema sorrateiro.Atualmente, a interface do FontSync seresume a um painel de controle (o qualnão é colocado na pasta Control Panels na

instalação normal) edepende do AppleScriptpara ser utilizado. Ele sódeverá realmente mostrarsua utilidade quando forimplementado na vidareal, sendo embutido emgerenciadores de fontes(Suitcase e ATM) e pro-gramas de editoração.

A senha falada, assim como o reconhecimento de voz, é um daqueles recursos futuristas que impressionam muito,

mas também podem dar vexame na frente das visitas

O Network Assistant é um novo software para adminis-tradores de sistemas, vendido à parte pela Apple, que

permite o controle de Macs à distância via rede

No OS 9, você podeencriptar os arquivos daquele jeito fácil e

intuitivo que só se pode-ria esperar do Macintosh

Uma das novas “ferramentas” do Mac OSdeverá causar calafrios naqueles usuáriospreocupados com sua privacidade e para-nóicos em geral. Basta clicar em UpdateNow no painel Software Update paraconectar sua máquina a um misteriososervidor da Apple (o mesmo de onde oSherlock atualiza seus plug-ins). O pro-grama checa o que foi lançado desde aúltima vez que você atualizou seu siste-ma e começa a baixar e instalar automati-camente os updates.

Mão na roda ou Grande Irmão?Você decide. Todos os updates vêm daApple, e não de sites estranhos. Além

encriptação, mas não os apaga totalmentedo disco. Qualquer Zé Ruela com umNorton Unerase pode vasculhar seu lixocom boa propabilidade de encontrar osseus arquivos originais não-encriptadosque você achava que estavam seguros

Ressuscitado da tumba, o ótimo Keychain guardatodas as suas senhas em um lugar só

O FontSync é uma bem-vinda iniciativa para tentaracabar com a eterna con-

fusão de fontes entrecomputadores diferentes

29

depois de passá-los pelo File Security. Ou seja: se você está realmente preocupa-do com dados sigilosos, vai precisar de umprograma auxiliar que limpe totalmente aparte livre do seu disco rígido para evitaros bisbilhoteiros.

disso, a Apple bolou um esquema genialde controle de assinaturas digitais, atra-vés de um programinha chamado AppleVerifier, que checa se o arquivo baixadorealmente foi feito pelo fabricante autori-zado. O Verifier utiliza um formatopadrão da industria para assinaturas digitais, o CMS (Cryptographic MessageSyntax). Essa é outra tecnologia promis-sora que, se adotada em massa pelosdesenvolvedores, poderá eliminar aameaça de vírus tipo Cavalos de Tróiaescondidos na forma de updates singe-los e garantir a segurança do sistema deupdates automáticos.Outra vantagem do Software Update:

Page 21: Tudo sobre o  Mac OS 9

7.Bote seu HD na InternetCompartilhando arquivos pelo TCP/IP

De certo modo, o Mac OS 9 é comoos Fuscas antigamente. Por fora,mudaram alguns frisos; por dentro,há muitas novidades. Infelizmente, o usuário não deveránotar nenhuma diferença a princípio,pois quase todas dependem da ado-ção pelos programadores.Aí vão nove delas:

1.Core FoundationEssa biblioteca de rotinas permitemanipular texto em Unicode e estru-turas de dados de diversos tipos.Um recurso interessante é permitirler e gravar XML (um formato detexto que permite armazenar dadosestruturados). Importante paraarquivos de preferências e portabili-dade de dados entre aplicativos.

2.CarbonEssa badalada interface de progra-mação está apenas parcialmente

Por debaixo dos 9 panos

Se você já achava que o Mac OS está “gordo” demais,consumindo quantidades inexplicáveis de RAM, prepare-se

para exigências de memória nunca vistas. O uso damemória virtual passou a ser quase obrigatório

O AppleTalk é um protocolo de rede quetem características que até hoje podem serconsideradas revolucionárias. Mas, comoqualquer tecnologia criada há mais de umadécada, mostra os sinais da idade. Não é àtoa que a Apple está firme no propósito desubstituí-lo pelo TCP/IP, a linguagem nati-va da Internet. O AppleShare, seu progra-ma para servidores de rede, desde 1997funciona tanto sobre o AppleTalk quantosobre o TCP/IP. Desde o System 7, todoMac tem embutida a capacidade de acessararquivos e programas em uma rede de atédez máquinas.Agora a Apple está permitindo que qual-

quando você pluga um novo dispositivoUSB ao seu Mac, ele pergunta se você querpuxar o driver correspondente no site daApple e instalá-lo. Isso acaba de vez com aquela caixa de diá-logo que diz que o “driver do periféricoUSB desconhecido não estava presente” e

As mensagens de alerta do Finder no OS 9 são não-modais,ou seja, não obrigam mais você a parar tudo o que está

fazendo para dar OK nelas. Elas ficam abertas o tempo quevocê achar necessário. Outros programas poderão adotar

esse método de notificação mais elegante

30

garante que você está com o driver maisrecente. Se o servidor da Apple tem oupdate para o seu arquivo, o SoftwareUpdate baixa e instala. Senão, você vêuma caixa de diálogo dizendo que sentemuito e que você deve entrar em contatocom o fabricante.

quer Mac compartilhe seus arquivos e pro-gramas com outros pelo TCP/IP. Para fazerisso, ela usou um esquema manjado.Embutiu no sistema uma versão limitadado programa ShareWay IP Personal Edi-tion, da Open Door Networks.Para o usuário, não mudou muita coisa emtermos de operação. É só abrir o painelFile Sharing e clicar na caixinha que habili-ta o compartilhamento de arquivos viaTCP/IP. A partir daí, qualquer usuário como Mac OS 9 instalado pode acessar seudisco, digitando seu endereço IP (ou DNS)num campo no Chooser.Para quem tem um IP móvel e acesso por

presente – atrasada, portanto, emrelação ao cronograma original... Mascontinua sendo o melhor caminhopara a migração de aplicativos para o Mac OS X, no ano 2000.

3.MLTE (Multilingual Text Editor)Promete, finalmente, acabar com olimite de 32K de texto, que aindaassola aplicativos como o SimpleTexte outros. Infelizmente, sua compati-bilidade com soluções existentes élimitada, e por enquanto não podeser instalado em versões anteriores.

4.ATSUI (Apple Type Services for Unicode Imaging)Descendente do falecido QuickDrawGX, essa tecnologia promete recur-sos tipográficos mirabolantes.

5.Font ManagerHavia pelo menos uma dúzia de for-matos de fontes disponíveis para

Mac, todos com limitações e proble-mas. Agora, finalmente, há um modounificado de tratar fontes e a possi-bilidade de um formato compatívelcom as fontes do Windows.

6.File ManagerNovos recursos para acesso maisrápido a diretórios, arquivos muitomaiores que os 2 gigabytes permiti-dos anteriormente, nomes de arqui-vos com até 255 caracteres emUnicode, suporte a forks adicionaisem arquivos etc. – não que o Finderhoje entenda a maioria dessas coi-sas, mas mostra o caminho que ver-sões futuras podem tomar.

7.“8169”Esse é o novo número mágico, acontagem máxima de arquivos aber-tos – anteriormente era 348. Apesarde anos de avisos da Apple para osprogramadores não consultarem cer-

tas variáveis de sistema para me-xerem na lista de arquivos abertos,o ATM e outros aplicativos continua-ram a fazer isso... Agora vão morrercom um “Erro Tipo -119”. Já háversões atualizadas para a maioriadesses casos, porém.

8.HTML Rendering LibraryBiblioteca que permite interpretararquivos HTML (3.2) direto para atela. Não que permita programar umbrowser – nem mesmo “light” – maspode simplificar outros aplicativosque trabalham com HTML.

9.Application BundlesPastas que contêm um aplicativo eseus arquivos auxiliares agora podemser tratadas pelo Finder como sefossem um único ícone. O modocomo fizeram isso é um pouco dis-cutível, mas é um recurso importan-te rumo ao Mac OS X.

Page 22: Tudo sobre o  Mac OS 9

31

¡8.AppleScript sobre TCP/IPComande seu Mac à distância

O novo Mac Help é, provavelmente, o melhor sistema de ajuda já feito para um sistema operacional, reunindo

links “vivos” para a Web, documentação e tutoriais

O SoftwareUpdate é um

painel decontrole que checa a dis-

ponibilidade deupdates do sis-tema na Apple,baixa e instalatudo na sua

máquina – issotudo de formaautomática

ou só quandovocê quiser

Quem tem acompanhado as aulinhas deAppleScript no nosso suplementoMacPRO sabe do poder que essa lingua-gem esconde. As mudanças estruturais,que permitiram o uso de programas e atroca de arquivos pelo TCP, deram maispoderes ainda ao AppleScript. Agora, tudo o que você pode automatizarem seu Mac localmente pode ser feito viarede, com o AppleScript 1.4 (já devida-mente “carbonizado”, ou seja, pronto parao Mac OS X). É claro que, para isso, o

9.Novo Network BrowserO plug and play na InternetUma das grandes características “revolucio-nárias” do AppleTalk é a capacidade deenxergar equipamentos colocados na redeassim que eles são plugados nela. Essa“plugandplayabilidade” inexistente emvários protocolos de rede concorrentes esupostamente mais modernos existe por-que cada impressora ou Mac ligado peloAppleTalk avisa imediatamente aos outrosque entrou na rede.Com a mudança gradativa do AppleTalkpara o TCP/IP, essa capacidade poderia seperder. Felizmente, a Apple pensou nissoe vem suportando uma outra tecnologia, oNSL (Network Services Location), desde oMac OS 8.5 – apesar de só agora, com oMac OS 9, ela possuir uma interface com ousuário, via Network Browser. O NSL éuma solução para os programas reconhe-cerem serviços e equipamentos disponíveis em uma rede, independentemente doseu protocolo.O novo Network Browser consegue encon-

linha discada, como a maioria dos usuáriosdomésticos no Brasil, essa função não temtantos atrativos quanto para quem tem umendereço fixo na Internet. Um usuário dePowerBook poderia acessar seu disco dequalquer lugar do mundo pelo Chooser(ou Network Browser).

Não esqueça as portas abertasÉ óbvio que toda essa liberdade tem seusriscos de segurança. Ninguém vai conse-guir entrar no seu Mac sem que você abra

a porta, clicando no quadradinho do IP noFile Sharing. Mas uma vez feito isso, umlogin e uma senha serão tudo o que estaráentre os hackers do Mal e seu HD (oumelhor, sua pasta compartilhada, porquevocê não é tatu de colocar todo o seudisco na rede, certo?). De qualquer maneira, a Open Door(www.opendoor.com) já está oferecendo emseu site versões do ShareWay IP com maisfunções de segurança e descontos espe-ciais para usuários do Mac OS 9.

dono da máquina na outra ponta precisaautorizar seu acesso; mas, feito isso, bastaacrescentar seu endereço dentro de umscript para comandar qualquer programainstalado nela, inclusive o Finder. Para administradores de rede ou de servi-dores Web, é a baba do boi. Infelizmente,a versão 1.4 é uma das mais mal-docu-mentadas de toda a história do Apple-Script, o que não deve impedir os maiscuriosos de saírem fuçando nas novas funcionalidades.

trar servidores de FTP e DNS em uma redeTCP/IP, desde que eles usem um novo pro-tocolo chamado SLP (Service LocationProtocol), e aqui é que está a pegadinha.Como existem poucos servidores utilizandoo SLP, é praticamente impossível se conec-tar a qualquer coisa na Internet que nãosejam os próprios servidores da Apple e daOpen Door, que desenvolve produtos coma tecnologia. A afirmativa da Apple de queo novo Network Browser permite que você“encontre servidores de arquivos, FTP eWeb tão fácil como encontra impressorasem sua rede” fica um pouco vazia. Poucosprogramas também são atualmente compa-tíveis com o SLP, notadamente os progra-mas da Open Door, o File Sharing do MacOS e o Personal Web Server da Apple.De qualquer forma, esse é o papel daApple: impulsionar novas tecnologias eestimular os desenvolvedores a criar pro-dutos que facilitem a vida do usuário. A diferença é que, hoje em dia, ela faz

Page 23: Tudo sobre o  Mac OS 9

32

É uma pena estragar as contas do pessoal demarketing da Apple, mas o Mac OS 9 trazuma nova função que, pela funcionalidadeque traz aos usuários, deveria ser considera-da uma das tais “ferramentas” de Internet. O novo painel Remote Access permite,finalmente, que o Mac responda a chama-das de modem. Um usuário de PowerBookpode ligar para o número de sua empresa,

Essa placa de erro – obtida tentando-se abrir o Sherlock 2sob o Mac OS 8.5 – é uma prova de que o Mac OS 9 era para se chamar 8.7 e o pessoal de marketing de Cupertino

rebatizou o sistema na última hora

O painel de controle Mouse é aquele mesmo de sempre,mas os desenhos mudaram para refletir os novos tempos

O mesmo que vale para a placa acima vale para o Sherlock 2, cujo verdadeiro número de versão é 3.0.1

Para quem serve o Mac OS 9?

10(ops).Remote AccessVocê telefona e o seu Mac atende

Se você tem um Mac G3, com mais de 32MB de RAM, utiliza intensivamente a In-ternet e divide sua máquina com outrapessoa, com certeza o Mac OS 9 é umupdate necessário ou até imprescindível.Se esse não é o seu caso, talvez valha apena esperar até que todos os programas e drivers tenham sido completamenteatualizados, ou então aguardar mesmo achegada do Mac OS X, previsto para mea-dos do ano que vem. Ou pelo menos oupdate do 9, que deve sair em janeiro, cor-rigindo os bugs mais gritantes.Em termos de desempenho, não há muitadiferença. O acesso a disco aparentementeestá mais veloz e as cópias via rede estãosensivelmente mais rápidas, mas o Finderfrequentemente dá misteriosas “paradi-nhas”. Mesmo esta sendo a última versãodo Mac OS compatível com Power Macsnão-G3, usuários de modelos mais antigosdevem pesar bem as vantagens que o novosistema traz em contrapartida às suas exi-

isso com protocolos e padrões abertos(como o USB, LDAP e o SLP) e não comtecnologias proprietárias, como o finadoQuickDraw GX.

Futuro promissorSe as tecnologias que sustentam o novo

O Mac OS 9 per-mite não só lercomo também

escrever em outrosalfabetos. Basta instalar os kits de idiomas, que

agora vêm de graçacom o sistema

Network Browser pegarem, o usuário deMac terá na mão uma ferramenta e tanto.Poderá executar tarefas que hoje exigemprogramas exclusivos e um certo conheci-mento – como fazer FTP, atualizar um siteou ligar Macs e PCs em rede – através deuma interface simples e conhecida.

ser atendido por um Mac e ter seu acessogarantido via PPP ou ARAP (Apple RemoteAccess Protocol). A configuração se resumea clicar em uma caixa na janela Answeringdo menu RemoteAccess do painel de con-trole. A partir daí, é como se o seu Macfosse um provedor de acesso. Os usuáriosque podem acessar a rede à distância sãodefinidos no painel Users & Groups.

gências em termos de memória e proces-sador (crianças, não tentem usar o 9 emnada com menos de 200 MHz).O fato é que, ao contrário do Mac OS 8,com sua garibada cosmética geral, e do8.5, com o Sherlock, não há uma razãofundamental para fazer o update imediata-mente. Com certeza isso deve mudar aolongo dos próximos meses, conforme osprogramas forem sendo adaptados às tec-nologias lançadas pelo OS 9.O Mac OS 9 deve estar disponível no Brasilem dezembro, nas versões em inglês e por-tuguês, ao preço de R$ 150. É provávelque haja um desconto para quem comprouseu Mac recentemente, mas até ofechamento desta edição, a Apple Brasilnão havia decidido seu valor. µ

HEINAR MARACY

*Colaboraram: Mario AV, Carla Griecco, Bruno Mortara e Rainer Brockerhoff

Page 24: Tudo sobre o  Mac OS 9

34

Bê-A-Bá do Mac MÁRCIO NIGRO

N a edição passada, vimos como fazerpara configurar os programas ClarisEmailer, Eudora, Communicator e o

Outlook Express para enviar e receber emails apartir de qualquer computador conectado àInternet. Beleza. Desta vez, veremos outrasmanhas e macetes para trabalhar com umrecurso muito útil: os filtros de mensagem. Como o próprio nome já sugere, eles fazemuma triagem nas mensagens recebidas, a partirde parâmetros predeterminados, podendosepará-las em diferentes pastas, imprimi-las,abri-las e outras ações, tudo automaticamente.Assim, se você sempre recebe mensagemdaquele mala-de-plantão-cibernético, por exem-plo, é possível determinar que, um email dessapessoa seja enviado diretamente para a lixeira.Ou então, se você assina alguma lista de discus-sões, pode criar um filtro que armazena todasas mensagens dessa lista em uma pasta específi-ca. Com isso, você perde menos tempo organi-zando todos os seus emails.Soa interessante? Então, vamos ver como criaresses filtros nesses clientes de email.

Entendendo o conceitoO modus operandi dos filtros de email é basi-camente o mesmo em todos os programas, masé claro que cada um tem suas nuances. Dequalquer modo, os conceitos básicos são osmesmos para todos. Para facilitar as coisas, va-mos primeiro entender como funciona a logís-tica do processo (ver também o quadro “Ana-tomia de um filtro”).Todo filtro precisa incluir pelo menos um crité-rio que diga ao programa “o corpo da mensa-gem contém o termo tal” ou “o remetente não

é [email protected]”. Se o aplicativo encon-trar alguma mensagem que obedeça esse crité-rio, ele irá executar a ação predeterminadapelo usuário.Em resumo, o que um filtro faz é dizer algo dotipo: “se o endereço de email X constar comoo remetente (sender) da mensagem, faça ofavor de colocar a mensagem na pasta Y”.Porém, muitas vezes, é preciso somar dois oumais critérios para tornar um filtro eficiente.Assim, é possível acrescentar ao exemplo acimamais um comando como, digamos, “Se o crité-rio anterior for falso, veja se o assunto (sub-ject) da mensagem começa com tal palavra e,se verdadeiro, execute as ações determinadas;caso o critério não seja válido, esqueça tudo enão aplique a ação”.

Em português claroDeu para entender? Tá complicado? Então,vamos tentar um exemplo mais prático.Imaginemos que você assine uma newsletteronline e queira que todas as mensagens relati-vas sejam automaticamente guardadas na pastachamada Notícias. Em qualquer cliente deemail que tiver a opção de filtrar mensagenshaverá sempre um campo em branco, onde, nocaso, você vai escrever o endereço de email doremetente da newsletter (ex.: news@oftheworld.

com). Haverá também mais dois menus. Umdeles permite selecionar em que parte da men-sagem o endereço deverá ser procurado.Assim, selecione o item Sender (ou From,dependendo do aplicativo) no primeiro menu.No outro menu você deve selecionar a opção“Is”, para especificar que o remetente “É”[email protected]. O próximo passo é definir

o que será feito com a mensagem que obede-cer a esse critério. Assim deverá haver umbotão ou um campo chamado Actions ou algosimilar, que permitirá escolher a pasta onde amensagem será acolhida. Em geral, os progra-mas de email permitem selecionar mais ações,como repassar a mensagem para outro endere-ço, marcar como lida, rodar um AppleScript ouimprimir a mensagem, entre outras coisas.Feito isso, salve as opções e seu filtro estápronto. Agora vamos ver como funciona esseprocesso em cada um dos casos.

Claris EmailerNo Claris Emailer, os filtros chamam-se MailActions. Vá até o menu Setup ¡ Mail Actions.Na janela Mail Actions List, clique no botão Newpara criar um filtro.

Domineseu email

parte 2Aprenda a criar filtros de email

Nela você encontrará uma janela com asseguintes opções:• Mail action name: O nome do filtro.• Criteria: No menu da esquerda você defineem que parte da mensagem será feita a procura(From, To, CC, Reply To etc.). Já no menu dadireita são definidas as variáveis (é, não é,começa com etc.). O campo em branco é ondevocê poderá escrever a palavra-chave (ou ende-reço de email) do filtro. • More/Fewer Choices: Se quiser adicionar novoscritérios ao filtro, clique em More Choices eentão clique no botão com o símbolo “+”.Defina o filtro e clique OK. Uma nova linha seráacrescentada. Para deletá-la, clique no ícone dalixeira ou do lápis para editar o critério. Nacoluna Test (testar), aparecerá a sintaxe do cri-tério (ex.: From Is “[email protected]”). Asegunda coluna, If True, é onde você diz o queo Emailer fará se o critério for verdadeiro. Vocêpode selecionar no menu as opções Applyactions (aplicar ações), Don’t apply actions (nãoaplicar ações) e Go to next line (vá para a próxi-ma linha). A coluna If False diz o que fazer casoo critério seja falso, oferecendo o mesmo menuda coluna If True. Sempre selecione Don’t applyactions na última linha, senão o filtro vai serexecutado independentemente do critério.Tudo isso pode parecer meio complicado, mas

Page 25: Tudo sobre o  Mac OS 9

35

esse recurso do Emailer oferece a oportunida-de de criar filtros bem precisos. Assim, vocêpode fazer com que o filtro só execute umafunção quando vários critérios forem verdadei-ros, por exemplo.

bidas (Apply to incoming) ou às que são envia-das (Apply to outgoing).• Criteria: No menu da esquerda você defineem qual cabeçalho da mensagem será feita aprocura. Já no menu da direita você define asvariáveis. O campo em branco é onde vocêpoderá escrever a palavra-chave (ou endereçode email) do filtro. Você ainda pode criar maisdois critérios em cada filtro, habilitando osquadradinhos no lado esquerdo.• Execute actions if: Nesse menu é possíveldeterminar se as ações serão executadas sequalquer critério for obedecido (any criteria aremet) ou apenas se todos os critérios forem ver-dadeiros (all criteria are met).• Actions: No Outlook Express 4.5 você podecombinar até cinco ações diferentes. Paramover a mensagem para uma pasta específica,selecione Move message e, então, a pasta dedestino no menu que surge ao lado. Se vocêquiser uma pasta nova, terá que fechar a janelae criá-la a partir do menu File ¡ New ¡ Folder,ou pressionar [Shift][Ω][N].

• Stop applying rules to this message: Quandose criam vários filtros na janela Mail Rules, vocêpode alterar a ordem deles. Assim você podedeterminar quais serão os filtros, dominantes.Ao habilitar essa função, se as ações de deter-minado filtro forem aplicadas, todos os outrosque se seguem na lista serão ignorados. Paraalterar a ordem dos filtros, selecione um e cli-que em Move Up ou Move Down na janela MailRules (para deletar um filtro, clique em DeleteRule e, para editá-lo, clique em Edit Rule).

CommunicatorPara criar um filtro no Messenger do Commu-nicator, selecione Edit ¡ Message Filters e cliqueno botão New. No campo ao lado aparece aordem dos filtros (se você criar mais do queum) e um quadradinho para habilitar ou desa-bilitá-los. Para alterar a ordem é só clicar earrastar um filtro para cima ou para baixo.Assim, você pode determinar quais são os maisimportantes.No campo Description, você pode escrever uma

• Define Actions: Abre a janela onde você podeselecionar as ações do filtro. Na janela ActionEntry, há uma série de opções. Para definir apasta onde as mensagens serão armazenadas,selecione o quadradinho ao lado de File Mes-sage e, então, clique no menu ao lado para sele-cionar a pasta desejada. Caso você ainda nãotenha criado uma pasta, selecione a opçãoSelect a Folder, clique em New Folder e dê umnome para ela. Você também pode definir vá-rias outras ações. Feito isso, clique em Save.Você verá o resumo das ações no campo Actions.• Enabled: Selecione o quadradinho para habili-tar o filtro (isso também pode ser feito na jane-la Mail Actions List).• Stop mail actions if criteria are met: Essa éuma função importante para quem possuivários filtros diferentes. Na janela Mail ActionsList você pode alterar a ordem dos filtros arras-tando-os para a posição desejada. Assim, vocêpode determinar quais serão os filtros domi-nantes. Ao habilitar essa função, se as ações dedeterminado filtro forem aplicadas, todos osoutros que se seguem na lista serão ignorados.

Outlook ExpressOs filtros de email são chamados de MailRules no Outlook Express 4.5. Para criar um,selecione a opção de menu Tools ¡ Mail Rules.Na janela que surge, clique em New Rule. Vocêencontrará as seguintes opções:• Rule name: nome do filtro (regra, no caso). Aolado desse campo, você pode selecionar se ofiltro será aplicado às mensagens que são rece-

Page 26: Tudo sobre o  Mac OS 9

Bê-A-Bá do Mac

descrição de cada um dos filtros. Logo abaixovocê vê a área Filter Action, onde é possívelcriar até dois critérios para cada filtro (cliqueno botão More para acrescentar ou Fewer parareduzir os critérios). Porém, é possível determi-nar apenas uma ação per capita. Para que o fil-tro mova uma mensagem para uma pasta, sele-cione Move to folder no último menu à esquer-da e selecione a pasta no menu ao lado. Paracriar uma nova pasta, clique em New Folder. Najanela que surge você pode nomear a pasta edeterminar sua localização.Depois de definir os critérios, selecione aopção Matches all the following se quiser que a

(Incoming), enviadas (Outgoing) ou se o filtroserá acionado manualmente (Manual).Abaixo, aparece o conteúdo de três cabeçalhosdo email previamente escolhido: o remetente(From Contains), qualquer um dos destinatários(Any Recipient) e o assunto (Subject). Se quiserque o filtro seja aplicado ao remetente discri-minado, selecione From Contains.Para determinar a ação, existem outras trêsopções:• Transfer to new mailbox: Transfere as mensa-gens para uma nova caixa postal (pasta), digi-tando o nome no campo em branco.• Transfer to existing: Armazena o email automaticamente em uma pasta já existente.Clique em <<None Chosen>> e depois escolha acaixa postal desejada na opção Transfer dabarra de menu.• Delete Message: Boa opção para filtrar spamou aquelas pessoas malas que só mandamemail chato. Selecione esta opção e a mensa-gem irá direto para o lixo.Clique em Create Filter para terminar.A outra maneira de criar filtro no Eudora é irdireto ao menu Windows ¡ Filters. Nessa janelavocê poderá, na coluna à esquerda, escolher aordem de prioridade de seus filtros (caso vocêtenha mais do que um), arrastando-os paracima ou para baixo.Para criar um novo filtro, clique no botão New(ou Remove para remover). Depois defina os parâmetros do critério nos menus Header ede variável de busca, além do endereço oupalavra-chave que ativará o filtro. Se você qui-ser adicionar mais um critério ao filtro, cliqueno menu onde está escrito Ignore e selecioneuma das outras opções. O And determina que ofiltro deve obedecer à somatória dos dois crité-rios. O Or estabelece que qualquer uma dasduas condições pode ser aceita. E o Unless dizque o primeiro critério deve funcionar a menosque a segunda opção seja verdadeira.Por fim, é possível selecionar até cinco açõespara o filtro, como transferir para uma determi-nada pasta, imprimir, responder ou encami-nhar o email, mover os arquivos “atachados”,entre outras coisas.

ConclusãoA conclusão não pode ser outra: quem recebemuitos emails não tem melhor alternativa paraorganizá-los do que usar os filtros. Com eles,você pode ir direto às que mais lhe interessame deixar as mensagens chatas ou sem importân-cia para depois. Isso se algum filtro já não astiver colocado na lixeira. E mês que vem temmais dicas sobre programas de email! µ

MÁRCIO NIGRO Está tentando coar café com os filtros do Emailer.

ação seja executada apenas se todos os crité-rios forem obedecidos. Já opção Matches anyone the following aplica o filtro se qualquer umdos critérios for verdadeiro.

EudoraO Eudora é, provavelmente, o cliente de emailque possibilita criar mais facilmente filtros,oferecendo vários modos de executar essatarefa. O jeito mais rápido de fazer isso é sele-cionar alguma mensagem a partir da qual vocêdeseja criar um filtro e selecionar o menuSpecial ¡ Make Filter. Uma janela semelhante aesta deve aparecer:

Um filtro de email é composto de critérios e ações. Os critérios estabelecem condições queacionam o filtro. Só quando tais condições são obedecidas é que as ações são executadas.Qualquer programa de email que tenha a capacidade de criar filtros apresenta três parâme-tros para cada critério, apresentados na forma de dois menus e um campo em branco. Vejano diagrama como funciona um filtro.

Anatomia de um filtro

Na parte superior da janela, existem três qua-dradinhos onde você pode selecionar se o fil-tro vai funcionar para as mensagens recebidas

aplicaração

cabeçalho

corpo

não aplicar açãotentar de novo

CabeçalhoAqui você escolhe emqual parte do cabeçalho(header) de uma mensa-gem será feita a procura.É possível escolher entre:•From ou Sender(remetente)•To (destinatário)•CC (cópia)•Subject (assunto)•Reply-to (responder)•Body (corpo do texto)•Any Recipient (qualquerdestinatário)•Any Header (qualquercabeçalho)Alguns programas ofere-cem outras opções.

Variável Aqui se escolhe uma variávelde busca. Com isso, você podedeterminar que o filtro atue,por exemplo, quando o reme-tente é fulano, quando o corpoda mensagem contém certapalavra e assim por diante. As opções mais comuns são:•Contains (contém)•Does Not Contain(não contém)

•Is (é)•Is Not (não é)•Starts With (começa com)•Ends With (termina com)

Palavra-chaveAqui você es-creve um en-dereço ou pala-vra-chave paraser procuradana mensagem.

AçãoDepois de um ou mais critérios da filtragem terem sido atendidos, o fil-tro poderá executar várias ações. A mais comum é Move to Folder(ou Transfer To), que serve paraenviar a mensagem para uma pastaespecífica. Em geral, você tambémpode definir ações como abrir a men-sagem (Open), responder (Reply),encaminhar (Forward), imprimir(Print), rodar um AppleScript (RunAppleScript) e diversas outras, quevariam de um aplicativo para outro.• Se nenhum critério for atendido,não executar nenhuma ação.• Se o primeiro critério for falso, ir para o segundo (se houver) e tentar de novo.

Page 27: Tudo sobre o  Mac OS 9

Sabe aqueles documentos em HTML que vocêvolta e meia tem que abrir nesses browserspesados que demoram uma eternidade paraabrir? Não sofra mais. O Mac OS 9 tem um lei-

41

Simpatips Especial: Dicas de Mac OS 9

Mande sua dica para a seção Simpatips. Se ela for aprovada e publicada, você receberá uma exclusiva camiseta da Macmania.

Acelere a indexação do Sherlock

Quer indexar seu discocom o Sherlock (ouSherlock 2), mas estáincomodado com a demo-ra? Existe um jeito deacelerar a indexação. Acheo Find by Content Indexing, que fica na pastaSystem Folder ¡ Extensions ¡ Find, dê um Get

Info nele e aumente bastante a partição dememória, que normalmente é de 2039 KB.Isso irá aumentar drasticamente a velocidadeda indexação.Outra dica é abrir Edit ¡ Preferences no Sher-lock, clicar no botão Languages e selecionar

apenas por-tuguês einglês (ououtro idiomaque vocêprecisar).Isso podenão acelerara indexação,mas o índiceresultantevai tomarmuitomenosespaço noseu disco.

My voice is not my voice

Tá difícil convencer o VoicePassword (senha falada) deque você é você mesmo?Tente essas dicas na horade gravar sua senha de voz:•Fale com uma velocidadenormal. Empostar a voz, colocar pausas entreas palavras ou falar muito devagar podem con-fundir seu Mac. •Fale com um volume normal de voz. O Macavisará se você está falando muito baixo oumuito alto. •Fale a uma distância normal da máquina:aquela em que você está acostumado a traba-lhar. Não adianta botar a boca no microfone.

Mais fácil do que falar“encriptação”

Quer encriptar uma pasta e achapouco prático abri-la, selecionartodos os documentos e depoisficar com um monte de arquivin-hos encriptados? Jogue a pastano DropStuff (do StuffIt) edepois encripte o arquivo “estufado”.

Só o dono pode mexer

Não conseguiu dar um rebuildno desktop segurando as teclas[Ω][Option] no startup? Umusuário com restrições de aces-so (pode ser o seu caso) nãotem permissão para executaressa operação. Peça para o dono do Macintoshfazer isso por você.

Sobre EsteComputador e outras coisas

A janela About this Computer do Mac OS 9tem algumas surpresas:•Duplo-clique no ícone de um programapara trazê-lo para a frente.•[Option]-duplo-clique no ícone de umprograma para trazê-lo para a frente efechar o About.•[Control]-duplo-clique no ícone de umprograma para abrir um menu contextualcom as opções Get Info e Show Original.

•Clique com [Ω] no logo do Mac OS 9para abrir a página Web do OS 9 no seubrowser.

Logando no limbo

Se o seu Mac tenta “logar” em discos que já nãoestão mais disponíveis na rede,tire da pasta System Folder ¡

Servers os aliases de discos quevocê não quer que montemautomaticamente no startup da máquina.

Leitor de HTML embutido no Mac OS

tor de HTML embutido,leve e competente. Ele é oHelp Viewer, o mesmo pro-grama que roda o Help

Center e o Mac Help.(Na verdade, qualquerprograma otimizado parao HTML Rendering Li-brary do OS 9 pode lerHTML, mas isso é outrahistória). Não dá praabrir páginas enormescom JavaScript ou Flash,mas, para abrir coisaleve, funciona.

Page 28: Tudo sobre o  Mac OS 9

Os aficionados por jogos certamente estãopor dentro do que significa aceleraçàopor hardware e devem ter ouvido falar

no chipset Voodoo, da 3Dfx Interactive, e noque ele pode fazer por jogos 3D. O chipsetVoodoo, licenciado para compnhias como Crea-tive Labs, Diamond Multimedia, TechWorks eMicroConversions, é um acelerador para gráficos3D que funciona em conjunto com o circuito devídeo do computador para liberar o processadorcentral do trabalho pesado e gerar efeitos vi-suais, filtros de texturas, anti-aliasing em temporeal, double buffering, transparências etc.Em aplicações específicas (leia-se: jogos), umaplaca Voodoo pode transformar Macs relativa-mente antigos em verdadeiros arcades. Emmeus testes, por exemplo, o Quake rodoumais rápido em um Performa 6400/180 equipa-do com uma placa Diamond Monster 3D(Voodoo I com 4MB de memória de vídeo) doque em um Power Mac G3/266 (chipset ATIRAGE Pro, onboard) rodando apenas por soft-ware na mesma resolução (640 x 480, a resolu-ção máxima da Monster de 4 MB). Mas issonão é tudo: com a Voodoo, as texturas passa-ram a ter 16 bits de resolução, não se pixeli-zam quando o jogador se aproxima muito de

um objeto texturizado e os efeitos de explo-sões e fumaça são muito mais realistas.Praticamente todos os jogos recentes para Macsão compatíveis com a aceleração provida pelaplaca Voodoo. Desconheço qualquer jogoatualmente em desenvolvimento que não for-neça suporte para a sua biblioteca gráfica (cha-mada Glide). Na plataforma Wintel, são mais de700 títulos nativos para Glide, e os demais sãosuportados por meio das bibliotecas gráficasOpenGL (disponíveis para Mac por meio doprojeto MesaGL) ou Direct3D.

Voodoo de PC no MacA aceleração 3D por meio do chipset Voodoo jáestá disponível para Macintosh desde o lança-mento do Quake, há mais de dois anos. Exis-tiam três fabricantes de placas específicas paraMac: a TechWorks (power3D), a VillageTronics(Picasso Overdrive) e a MicroConversions(GameWizard, a mais popular). A má notícia,entretanto, é que essas placas são consideravel-mente mais caras que as similares para PCs,sem contar na dificuldade em se obter uma noBrasil. A boa notícia é que pode-se utilizar vir-tualmente qualquer placa de PC no Mac, compouca (ou nenhuma) modificação!

Compatibilidade de hardwareO termo “modificação” que empreguei foi umtanto exagerado; a única diferença entre umaVoodoo de PC e uma específica para Mac é otipo do conector para monitor, que nas de PCsão padrão VGA. Se você usa um monitor daApple, isso é facilmente corrigível por meio deum adaptador VGA/Mac (um conector especialque fica entre a placa de vídeo e o plug normaldo monitor). Nos modelos “all in one”, como oPerforma 5400, será necessário conectar a Voo-doo em um monitor externo ou gerar um co-nector interno (se for possível). Nos modelos6360 e 6400/6500, o usuário certamente terádificuldade para conectar o cabo da Voodoo (jáexplico) no conector de vídeo original do Mac,o que é corrigível com uma segunda placa devídeo, um segundo monitor ou uma emendano cabo. Em iMacs não tem jeito: só compran-do a placa GameWizard da MicroConversions(US$ 179,00 nos EUA). Entretanto, ela não fun-ciona nos iMacs “Tutti-Frutti” (Rev. D, 333MHz) e não é compatível com os modelos no-vos, de 350 e 400 MHz; nenhum deles possui oslot Mezzanine, onde seriam conectadas.Para instalar a Voodoo é necessário um slot PCIlivre, o que requer um Mac com barramentoPCI, é claro; isso exclui a primeira geração dePower Macs (os modelos terminados em“100”). Qualquer modelo a partir do 6360 épotencialmente apto, o que inclui as linhas7200, 7300, 7500, 7600, 8500, 8600, 9600 e5400/5500 e exclui os iMacs, que possuem umconector PCI modificado. Em caso de dúvida,consulte o Apple System Profiler.

Fique ligadoChipset: conjunto de chips que executadeterminada tarefa para o computador(no caso, aceleração gráfica).Anti-aliasing: método de texturizaçãosuave que elimina o aspecto pixelado dosobjetos com texturas.Texturas de 16 bits: texturas que podemter 65536 cores simultâneas, em oposiçãoàs texturas de 8 bits (256 cores). Algunsjogos oferecem a opção de 8 ou 16 bits.Driver: extensão de software que permitea comunicação entre o sistema e um peri-férico (no caso, uma placa de vídeo).Bibliotecas gráficas (Glide, OpenGL,Direct3D, RAVE): extensões de softwareque traduzem os comandos de qualquerprograma que esteja rodando para o cir-cuito de vídeo.

42

por LUÍS CARLOS ZARDO

Page 29: Tudo sobre o  Mac OS 9

Anatomia de uma Voodoo

A instalaçãoO primeiro passo consiste em abrir o gabinetedo Mac e conectar a Voodoo em um slot livre,de preferência o que for melhor ventilado (ochip Voodoo esquenta mais que Pentium II...).Em seguida, conecte o cabo incluído com aplaca na Voodoo e em sua saída de vídeo (a domicro), o que exigirá um adaptador, a menosque você possua um G3 azul ou uma placa devídeo equipada com saída VGA (como, porexemplo, a ATI Xclaim 3D). Aí é só espetar omonitor, usando o adaptador VGA/Mac se oseu monitor for da Apple.

O softwareEspere, e quanto ao software?Parece que chegamos ao X da questão. Atébem pouco tempo atrás, não havia driversgenéricos para Mac que permitissem a utiliza-ção de qualquer placa Voodoo de PC noMacintosh. Drivers genéricos são bem comunsnas plataformas Linux e Windows 98. O únicomodo de poder utilizar uma placa dessas noMac era caçar pela Internet um dos driversnão-oficiais (leia-se: “hackeados”) para seremutilizados em placas Voodoo II; não havia

nenhum suporte para placas Voodoo III.No caso da sua placa 3Dfx utilizar o chip Voo-doo I, como a Diamond Monster 3D original,não há problema: os mesmos drivers daPower3D podem ser utilizados. A maioria dosjogos o faz automaticamente durante a instala-ção; senão, os drivers podem ser baixados dopróprio site da empresa (www.techworks.com).Felizmente, depois da falência da MicroCon-versions, a 3Dfx resolveu adotar-nos, pobresusuários desassistidos de Macs, e disponibili-zou drivers genéricos para as placas Voodoo II,Banshee e Voodoo III. Os drivers podem serobtidos no site da empresa (www.3dfx.com).Aliás, é aconselhável que eles sejam obtidosnesse site e não em outros, para que a 3Dfxtenha um feedback de quantos usuários de Macestão utilizando seus chips.Além dos drivers, existem programas que per-mitem “hackear” a Voodoo, aumentando o seuclock, refresh rate e outras coisinhas: são oIncinerator, GlideHack e 3Dfx Tweaker. Eleschegam a aumentar a performance em cerca de30%, mas recomendo o uso de uma ventoinhapara refrigerar a placa, porque ela vai aquecerbem mais com essas gambiarras.

Compatibilidade com jogos no MacConforme já citado, quase todo jogo 3D lança-do de uns dois anos para cá tem suporte aoVoodoo. Os principais no Mac são:•Unreal•Quake•Dark Vengeance•Future Cop L.A.P.D.•Tomb Raider II•Falcon 4.0•Myth: The Fallen LordsRecentemente foram lançados mais alguns, co-mo o Quake 3 Test, que utilizam a Voodoopor meio das bibliotecas MesaGL, e o nãomenos que fantástico Unreal Tournament,cuja versão demo incorpora somente renderpor software (impossível de jogar em qual-quer coisa abaixo de um G4, sem exagero) etem suporte ao Glide. Além disso, lançamentos futuros, como StarWars Racer, Halo e Oni, também suportarãoaceleração por meio do chipset Voodoo, pormeio das APIs Glide ou MesaGL, tornando asplacas 3Dfx possivelmente a melhor opção emaceleração 3D no Mac.

43

¡

Chipset Voodoo(3Dfx)

Memóriade vídeo

Conector PCI

ConectorVGA

pass-through

Conectorpara

monitor VGA

SLI (Scanline Interleaving)

Page 30: Tudo sobre o  Mac OS 9

44

Outras opçõesA situação do Mac tem ficado um pouco maisfavorável nos últimos tempos. Até pouco tem-po atrás, as únicas opções que possuíamos emaceleração 3D eram a placa da própria Apple,que apenas acelerava QuickDraw 3D (RAVE) eprecisava de outro circuito de vídeo (como as3Dfx), e as decepcionantes ATI Rage II, incluí-das nos primeiros G3 e iMacs, que para jogospossuíam um desempenho patético.Hoje existem duas opções embutidas nos Macs:•A placa ATI RAGE 128, que traz a vantagemdo suporte oficial às implementações deOpenGL e RAVE da Apple.•O chip RAGE Pro, que habita os iMacs de revi-são B, C e D, os iBooks e os G3s bege mais re-centes. Ele não tem uma boa performance em

O que melhora com a aceleração 3D(além da velocidade)Efeitos com transparênciaO programa 3D ganha a capacidade de produzir, em tempo real, efeitos realistasde partículas voando, fogo, névoa, fumaça e líquidos transparentes

BenchmarksNossa análise não ficaria completa sem apre-sentar alguns números. Efetuei alguns testesutilizando os jogos Quake e Unreal; para tanto, empreguei duas placas 3Dfx em doismicros diferentes.

Primeiro teste: QuakeFoi utilizado um Power Mac G3/266 com 192 MB de RAM, memória virtual desligada,uma placa Creative Labs Voodoo2 CE e o cir-cuito ATI RAGE Pro onboard com 6 Mbytes de VRAM.Teste: Quake rodando em 800 x 600 pixels; o jogo executa um ciclo completo do demo1(a demo que roda sozinha quando se abre ojogo) e retorna o resultado em FPS (quadrospor segundo).

A 3Dfx apresenta gráficos bem superiores queos apresentados pela RAGE Pro, mas não tantose comparados a uma RAGE 128.

Segundo teste: UnrealFoi empregado um Performa 6400/180 com512 KB de cache L2, 80 MB de RAM, memóriavirtual ligada e uma placa Diamond Monster3D (Voodoo 1) de 4MB.Teste: Unreal rodando em 512 x 384 pixels,com as seguintes especificações de rendering(assinaladas em Advanced Options):

Coronas YesDetail textures NoFast Ugly Refresh NoHigh detail actors NoRefresh rate 75Screen smoothing NoShiny surfaces YesVolum. lighting Yes

Os testes rodados com a animação de aberturaapresentaram um resultado de 14,78 fps namédia, com um mínimo de 6,53 e um máximode 26,53. Esses resultados são apenas satisfató-rios; durante combates o frame rate cai muito,tornando o jogo um tanto confuso. Entretanto,supera facilmente os resultados obtidos emmodo software, mesmo na resolução mínimade 320x200.

Superfícies texturizadasQuando você se aproxima de um objeto no ambiente 3D, a textura não aparececomo se fosse um xadrez de pixels, e sim de maneira contínua, realística e suave.A maioria dos games 3D permite o controle da definição das texturas

Via software Com aceleração

Via software Com aceleração

Velocidade média de rendering do Quake(imagens por segundo)

SoftwareRAVE3Dfx

1226

32

3D, mas quebra o galho, ficando mais ou me-nos na metade da velocidade de uma Voodoo I.Outra opção para os aventureiros é a obscuraplaca Proforma que, segundo a companhiainglesa que a está desenvolvendo, possui umaperformance superior à das RAGE 128.O mais realista é esperar pelos drivers para asplacas Riva TNT, que atualmente estão sendoportados simultânea e independentemente pordois entusiastas. Essas placas possuem umaqualidade de imagem bastante superior à das3Dfx e podem renderizar alguns efeitos impres-sionantes, como bump mapping por hardware.As Riva TNT são hoje, no mundo Wintel, o queas 3Dfx foram algum tempo atrás. São muitomais rápidas e sofisticadas que as 3Dfx, alémde não precisarem de outras placas de vídeo

Page 31: Tudo sobre o  Mac OS 9

(as Voodoo Banshee e Voodoo III também fun-cionam sem placas adicionais). Mas ainda nãoexistem drivers para elas para Mac.Com a adoção (um pouco tardia) da arquiteturaAGP (Advanced Graphics Port) nos novos Macs,torna-se bem mais simples a utilização em Macsde placas desenvolvidas para PCs, bastandoexistir o driver apropriado. Além disso, as pla-cas AGP utilizam memória convencional (nor-malmente a do próprio micro), o que as tornabem mais baratas que as PCI, e apresentam per-formance um pouco superior, principalmentequando o software utiliza uma quantidademuito grande de texturas.

Emulando PC no MacO Virtual PC não consegue substituir um PC deverdade quando se trata de rodar jogos moder-nos e exigentes. (Aliás, sem um empurrãozinhode alguma forma de aceleração por hardware,mesmo os mais rápidos Pentiuns III tambémnão ficam “aquela Brastemp”.) Entretanto,como o Virtual PC tem suporte a placas 3Dfx,alguns jogos não muito pesados ficam com umdesempenho razoável (melhor que em umPentium II sem aceleração, acredite!). Testei

Fique ligadoRefresh rate: taxa em que a imagem natela é renovada. Essa freqüência nosmonitores é medida em hertz (Hz); avelocidade em que a imagem é geradapor um game é medida em quadros porsegundo (fps).Vídeo onboard x placa de vídeo:o onboard é um chipset de vídeo quevem soldado na própria placa-mãe(motherboard ou mainboard) do com-putador. Isso é o padrão em todos osPower Macs, exceto os G3 azuis e o G4,que vêm com uma placa ATI RAGE 128em um slot PCI.

diversos jogos, incluindo alguns bem recentes,como Turok2, Seeds of Evil e Test Drive 5, emum G3 266 MHz com Voodoo I, e o que obtivefoi bem promissor. Alguns jogos ficam bem acei-táveis, como o Test Drive 5, o WipeOut XL e oNightmare Creatures, beirando o jogável; acre-dito que felizes proprietários de G4s comVoodoo III não terão do que se queixar.

Sugestões de configuraçãoPraticamente qualquer Mac se beneficia comuma placa Voodoo. Entretanto, um mínimo develocidade de processador é necessário paraque o sistema consiga enviar as instruções devídeo para a placa com eficiência. Veja qualplaca é mais adequada para o seu Mac:•Power Macs com chip 603e – Uma VoodooI é suficiente. Uma Voodoo II é muita areia proseu caminhãozinho.•Power Macs com chip 604e – Considereuma Voodoo II.•Usúarios de G3 beges – Uma VoodooII valea pena, mas uma Voodoo I ainda tem seu valor.•Usuários dos G3 azuis – O chipset VoodooII é apenas fracionalmente mais rápido que aRAGE 128 que vem instalada; entretanto, estapossui uma qualidade de rendering um poucosuperior, o que torna uma Voodoo desnecessá-ria. Espere pelas Voodoo 3 ou pelo driver quepermitirá o uso das novas TNT. µ

LUÍS CARLOS ZARDO [email protected]

É engenheiro civil, vende sapatos, faz páginas de Web e tenta escrever uma história em quadrinhos há 20 anos...

Page 32: Tudo sobre o  Mac OS 9

46

Workshop LUIZ CARLOS ZARDO

Q uando produzimos uma cena em 3D,muitas são as variáveis que afetam oresultado final, mas podemos definir

três delas como sendo as principais: a ilumina-ção, a qualidade da geometria dos objetos e astexturas que serão aplicadas a estes. Mapea-mento de texturas significa inserir à superfíciede um objeto certas propriedades, como índi-ces de reflexão, refração, rugosidade, suavida-de, transparências etc.O Strata StudioPro oferece ao usuário um con-trole bastante grande sobre essas proprieda-des, permitindo inclusive a utilização de filmesem formato QuickTime como mapas de textu-ras, o que permite que refle-xões, rugosidades e outrosefeitos variem com o tempo.Como exemplo, imaginecriar um personagem aliení-gena que aparente possuiralguma coisa se movendo sobre sua pele ouefeitos de água movendo-se na parede refletivade uma piscina...Neste tutorial, transcorreremos alguns dosaspectos básicos da criação de uma textura.Além do programa StudioPro, versão 2.0 ousuperior, será necessário um programa gráfico,como o (dispensa apresentações...) AdobePhotoshop ou similar. Utilizo basicamente oPhotoshop, pela facilidade de manipulação decamadas (layers), o que dá uma facilidadeextrema ao criar os diversos mapas que com-põem uma textura.

A criação da texturaUm bom início para a criação de uma texturano Strata é utilizar como base uma das texturaspré-definidas que acompanham o software (oStrata 2.5.x possui uma biblioteca bastanteampla). Entretanto, neste exemplo, criaremosuma textura a partir do zero, passando porseus diversos passos.A idéia é criar uma textura que imite uma treli-ça metálica e que dará a chance de utilizar vá-rias das propriedades de definição de uma tex-tura, como mapas de reflexão e transparência.Iniciaremos no Photoshop (ou outro programagráfico de sua preferência), criando um arqui-vo de 256 x 256 pixels e 72 dpi (atenção: éimportante que o arquivo seja criado em 72dpi, caso contrário o Strata fará uma conver-são, deformando-o).Criaremos então a primeira camada, inteira-mente da cor preta, e que será útil posterior-mente como mapa de transparência e rugosida-de. Nossa segunda camada será composta deduas barras diagonais cruzadas, ângulo de 45º.

Figura 3Figura 1

Figura 2

Brinque com texturasComo fazer superfícies convincentes

no Strata StudioProNossa terceira camada será formada por duasbarras horizontais, no topo e na parte inferiorda imagem. Daremos assim os nomes para ascamadas, respectivamente: “fundo”, “barras dia-gonais” e “barras horizontais”.Podemos então criar alguns efeitos, como aplicarum bevel (chanfro) nas bordas das barras e criaruma sombra entre as barras horizontais e as dia-gonais. Isso depende da intenção de cada um.Seria interessante a criação de buracos de rebitese outros efeitos, que enriqueceriam nossa textu-ra, mas vou me limitar a ser didático. O resulta-do final deverá ser algo mais ou menos assim:

pois estas serão necessárias na criação dosoutros mapas (figura 4).Passemos agora para a criação do mapa derugosidade (bump mapping), que dará a ilusãode que as barras estão em alturas diferentes.Crie uma cópia do arquivo original, apague acamada “textura” e desligue quaisquer efeitos,como Drop Shadow ou Bevel do Photoshop, ouapague as camadas que possuam esses efeitosse estes foram criados em outros programas. O bump mapping funciona da seguinte manei-ra: áreas brancas são mais altas e áreas empreto são mais baixas, ficando os tons de cinzacom as alturas intermediárias. Entretanto, paragerar essa ilusão, faz-se necessária uma corintermediária entre o preto e o branco, paraque a luz que incide sobre a superfície possasofrer um desvio em sua direção. Para criarmosessa transição, aplicaremos o filtro Gaussian

Entretanto, nosso metal será polido e perfeitodemais para que ofereça uma boa imitação darealidade. Em nosso mundo, as coisas sãoimperfeitas, e precisamos imitar característicasdo metal, tais como ferrugem e rugosidade.Para tanto, criaremos mais um layer, sobre osdemais, que receberá o sugestivo nome de“textura”, com uma textura que faça isso. Nesteexemplo, utilizei o mapa de reflexão da textura“Metal Wrap”, que acompanha-o Strata 2.5, masalgo similar pode ser utilizado. A referida textu-ra tem a aparência da figura 2. Após aplicar-seessa textura no modo Multiply, ela deixaránosso mapa com a aparência da figura 3.Repare que o fundo em preto não foi afetadopor essa nova camada. Pode-se, agora, duplicaressa imagem, dar um flatten image (achatarimagem) e gravá-la em formato PICT com onome textura. Não perca as camadas originais,

Page 33: Tudo sobre o  Mac OS 9

47

Figura 4

Figura 5

Figura 7

Figura 6

Blur levemente sobre o nosso mapa (após ter-mos unido todas as camadas com um FlattenImage). Nosso resultado será como na figura 5.Passaremos então para o nosso terceiro mapa,que é o que dará transparência à superfície doobjeto. Novamente, a teoria é a seguinte: áreasem branco são opacas e áreas pretas são total-mente transparentes; no render final, serãocomo se não existissem, ficando os tons de cinzacom valores intermediários de transparência. Omapa que criaremos será como na figura 6.Com isso, poderemos gravar os três mapas emformato PICT (ou TIFF, JPEG etc) e poderemospassar para o StudioPro. Uma vez no Strata,crie um novo arquivo e, na palete Resource, cli-que em New e escolha Surface Texture. O quevocê verá, após expandir a palete para o modo“expert”, será como na figura 7.

Mãos à obra, então. O primeiro campo, chama-do Color, refere-se à cor da luz refletida pelatextura e que chegará aos nossos olhos.Deixaremos este na cor padrão, que é o bran-co. Isto fará com que a cor que veremos sejaigual à do mapa de textura que criamos.Passe para o campo Map.Clicando no botão Load, carregaremos a tela“textura”, referente ao mapa que criamos ante-riormente, no caso, uma tela estática, poderiaser um arquivo QuickTime. As opções abaixoreferem-se ao modo que o filme irá rodar (nãoé o caso), a orientação da textura e a profundi-dade de cor (color depth). Este último é o maisinteressante aqui, pois nos permitirá reduzir oespaço na memória que a textura ocupará, àscustas, às vezes, de alguma degradação da ima-gem. Experimente e verifique no preview quaisas perdas – geralmente 16 bits é um bom set-ting – e reduz a utilização de memória pelametade (atenção: ao clicar-se Ok, as mudançasserão na imagem permanentes).

Page 34: Tudo sobre o  Mac OS 9

48

Workshopcontrole sobre os brilhos que serão refletidospelo objeto (também não o utilizaremos). Oseguinte, Specular Value, define o quanto de bri-lho esse objeto possuirá. É como se ele sofres-se um polimento em sua superfície. Essecampo afeta diretamente o campo Gloss.O seguinte, Bump, refere-se à rugosidade que oobjeto possuirá, e, alterando a direção dosraios incidentes de luz, dá a ilusão de áreasmais rebaixadas no objeto. Novamente, cliqueno ícone da pasta e carregue essa textura,como nas vezes anteriores.A seguir, temos o campo Reflect, que definequanto do ambiente será refletido no metal.Imagine um espelho perfeito com esse valorem 100%. Um bom metal enferrujado deveráficar no intervalo de 1 a 5%. Deslize os valorespara esse intervalo ou experimente à vontade.O próximo campo, Environment, permite a utili-zação de uma textura que será refletida nesseobjeto em particular, não afetando os objetosque não utilizem essa textura. É mais um casode tentativa e erro. Como nosso metal tembaixa especularidade e reflexão, deixaremos ocampo em branco. O campo Caustics afeta a luzque atravessa um objeto, e é apenas visível noobjeto que se encontra atrás dele e que recebeessa luz. Imagine um cristal colorido refletindoem uma parede clara. Como nosso objeto nãopermite a passagem da luz, pularemos maisesse item.Os próximos campos, no canto inferior direito.referem-se aos valores de First Weight, Second

Weight, First Smoothness e Second Smoothness.Eles definem propriedades complexas do mate-rial e exigem diversas tentativas para se atingir

um valor adequado. Nos limitaremos a adotarum valor pré-estabelecido, clicando em “pre-sets”, e adotando Steel ou Titanium (aço ou titâ-nio). Uma vez definido isso, pode-se experi-mentar com os valores desses campos (figura8). Uma boa idéia é comparar os valores dastexturas pré-definidas do programa.Por fim, nossa textura terá a forma mostrada nafigura 9.

Calma, não se assustem, isso é apenas um

cubo com a nossa textura maravilhosa

O próximo campo, Diffuse, refere-se ao modocomo a luz se espalha em todas as direções. Osvalores “default” são adequados para uma tex-tura metálica. O campo Ambient refere-se àforma como a luz do ambiente será refletida. Omais importante aqui é o valor da luz refletida:valores em 0% significarão que nenhuma luzserá refletida do ambiente, e o objeto pareceráinteiramente preto.Iremos então para o campo Glow. Valores deglow acima de zero farão com que o objetopareça possuir luz própria, o que é útil, porexemplo, quando criamos um mapa que simuleuma cidade à distância durante a noite. Pode-mos criar um mapa de glow com pontos bran-cos sobre um fundo preto e darmos um valorentre zero e um para criarmos esse efeito. Valo-res de glow em 1 farão com que o objeto sejainteiramente branco, ignorando todas as outrasdefinições. Não utilizaremos esse campo; noentanto, você pode experimentá-lo à vontade.O campo seguinte, Stencil, é útil quando quere-mos criar “furos na textura”, ou seja, áreas quepermitam a passagem total ou parcial da luz.Novamente, no mapa de transparência quecriamos, a cor branca será opaca (desde que ossettings de opacidade estejam em 100%) e acor preta será invisível. Carregaremos nossatela “transparência” clicando no ícone da pasta.O próximo passo é selecionar o botão onde lê-se White e mudá-lo para Transparent. Obs.: emteoria, o campo Opacity é que serviria a essepropósito, ficando o campo Stencil com a fun-ção de criar espaços transparentes para quetexturas que estivessem por baixo ficassem visí-veis, o que é útil para criar texturas de “decals”e aplicá-las sobre outras texturas, por exemplo.Entretanto, eu nunca obtive sucesso, mesmoseguindo o manual do programa, e observandoas texturas pré-definidas, você poderá ver queestas também não utilizam o campo Opacity

com esse fim.O próximo campo, Refraction, refere-se à formacomo os raios de luz terão suas direções modi-ficadas ao atravessarem um meio transparente,como a água ou o ar. Deixaremos esse campointocado. O seguinte, Specular Color, nos dá o

A aplicação de texturas em um objeto seráassunto para uma próxima matéria, por serum assunto muito extenso. Mas devidamenteaplicada, e renderizada em Ray Tracing, tere-mos um resultado mais ou menos como omostrado abaixo. µ

LUIS CARLOS ZARDO

É engenheiro civil, mas atualmente vende sapatos,

e ainda acredita que algum dia vai escrever uma

história em quadrinhos...

Figura 9

Figura 8

Page 35: Tudo sobre o  Mac OS 9

Sharewares da Hora MARIO AV

Softwares de acessibilidadeManeiras alternativas de

usar a sua máquina e fazê-la responder aos seus comandos

Audio Interface

Snap-To

Conserta uma antiga deficiência doMac OS, nunca resolvida, relacionadaà síntese de voz (MacinTalk).

O painel de controleSpeech, que vemcom o sistema, já temuma opção (TalkingAlerts) para que o

Mac “fale” o conteúdo de qualquercaixa de alerta. Só que este painel sha-reware permite, além disso, que oMac “leia” os próprios menus à medi-da que você passa o cursor por eles, etambém pode ler qualquer parte deuma caixa de diálogo: botões, opçõesetc. Impressionante e viciante!

Além de tudo, este é um dosmelhores softwares já inventa-dos para chamar a atenção dos

outros para o seu Mac

Em caixas de alerta e de diálogo,faz o cursor se deslocar sozinhopara o botão preferencial (o botãoque tem um contorno extra e éselecionado ao se teclar [Enter]).Como esse botão freqüentementeé mesmo a próxima coisa que vocêpretende clicar, o Snap-To econo-

miza muitas via-gens da mão aomouse ou aotrackpad. É umtruque útil e

impressiona as visitas, mas é pre-ciso se acostumar com a setinhaandando pela sua tela por contaprópria. No começo, parece a coisa mais esquisita do mundo.

O painel de controleoferece opções como ade exibir o cursor semovendo sozinho aolongo da tela – o que

pode ser completamentedesconcertante

52

Os gênios que inventaram o Mac OS tiveram que fazer algumas asser-ções a respeito de como as pessoas usariam o computador. A princi-pal delas foi que tudo seria feito clicando o mouse. O teclado seriaapenas um apêndice feio e anacrônico; quanto menor fosse, melhor.(Pensando bem, ao ver um dos teclados atuais da Apple, fica evi-dente que Steve Jobs ainda pensa dessa forma.) O problema é que só clicar não é adequado em muitos casos, e nãofalamos aqui somente de deficientes físicos ou pessoas com tendini-te. Porque, quando se fala em softwares de acessibilidade, logo sepensa nesses usuários, mas os programinhas aqui comentados sãoúteis para qualquer um, particularmente os power users que execu-tam milhares de tarefas repetitivas e para os quais é bem-vindoqualquer auxílio para tornar mais rápida a interação com a máquina.Os outros sistemas operacionais que contam – Unix e Windows –não negligenciam o teclado como faz o Mac OS; as interfaces gráfi-cas de ambas permitem acessar quase qualquer função pelo teclado.Para se ter esse nível de acessibilidade no Mac, é preciso recorrer asharewares, vários dos quais são muito antigos e difíceis de achar,embora funcionem perfeitamente até hoje. Conheça alguns deles.

Page 36: Tudo sobre o  Mac OS 9

53

Aaron e Appearance Manager do Mac OS 8O Aaron é uma pequena extensãoque deixa o Mac OS 7 com aparên-cia de 8. Deve parecer absurdo

citar este softwareaqui, mas ele temseu propósito paraquem usa umamáquina antiga

que não vale a pena upgradearpara o Mac OS 8 (como um Qua-dra com pouca memória RAM). A principal razão é que a aparênciado Mac OS 8 é mais agradável (naopinião da maioria), mais ergo-nômica (segundo estudos da pró-

Modernize o visual do seu Mac antigo e, de quebra,

adicione algumas facilidades àinterface das janelas

ApplWindows

Representante de toda uma estirpede programas que adicionam ummenu de janelas ao Mac, o que éótimo para quem trabalha em mui-tos documentos ao mesmo tempo.

O ApplWindowsagrega os subme-nus de janelas aomenu de progra-mas (Application

Menu) do próprio Mac OS. A vantagem é que esse esquemafunciona para qualquer aplicativo.O senão é que você precisa lem-brar que ele existe, já que ficameio escondido.

Greg’s BrowserDe tanto abrir e fechar janelas noFinder para achar coisas, não temuma hora que enche o saco com-

pletamente? Existe um alíviopara isso. É oGreg’s Browser,do mesmo autor

do famoso Kaleidoscope e doAaron. Ele funciona de formaquase idêntica ao browser dearquivos que vem com o Mac OS XServer (e que deverá ser incluídono Mac OS X como uma opção devisualização do Finder).É uma janela dividida em três ouquatro listas de arquivos; clicando-se num disco ou pasta, o conteúdo

se revela na janela à sua direita, eassim por diante. E só. Ir e voltardentro da hierarquia de pastas é

pria Apple) e mais versátil (dá paraarrastar uma janela por qualquerbeirada). Outro benefício é que afunção de “persiana” (encolheruma janela para a sua barra de títu-lo) é disponível por meio de umbotãozinho em cada janela.

Melhor ainda queusar o Aaron é ins-talar o AppearanceExtension do MacOS 8.0 ou 8.1 no

System 7 (copie-o da máquina dealgum conhecido). Ele transformao visual do Mac exatamente da

mesma maneira que o Aaron, comas vantagens de ser oficial, total-mente livre de bugs e mais rápido.E tem um importante recurso adi-cional: todos os menus se abremcom um simples clique do mouse,em vez de terem que ser puxados

arrastando para baixo – um grandepreventivo contra a tendinite.

muito mais fácil e incrivelmentemais rápido que no Finder.Na parte de cima da janela, vocêpõe ícones (“bookmarks”) dositens mais comumente usados. Asfunções do Finder estão todas lá,exceto labels, ícones grandes e lis-tar por outro critério que não onome. Você tem drag and dropcom o Finder e pode usar os recur-sos de integração do StuffIt Deluxe(Magic Menu, comprimir reno-meando e ver o conteúdo de umarquivo comprimido sem ter queabri-lo no StuffIt). Não substitui oFinder, mas é um complementoprecioso para quem tem estruturasde pastas tortuosas e HDs lentos.

Use este browser se quiser sentirjá um gostinho do Mac OS X – ou

apenas facilitar a sua vida

Onde encontrarOs links para os softwares abaixo se encontram reunidos emwww.ecnet.net/users/gnorris/place.shtml

Software Licença TamanhoFat Cursors Shareware 33 KBSnap-To Shareware 41 KBApplWindows Freeware 49 KBKeys! Freeware 18 KBAudio Interface Freeware 31 KBEasy Access Freeware 9 KBCloseView Freeware 16 KB

Estes softwares estão em http://kaleidoscope.net/gregGreg’s Browser Shareware 330 KBAaron Shareware 218 KB

Este está em ftp://trace.wisc.edu/pub/access_utils/mac/tappytype2.01.sit.hqx

TappyType Freeware 104 KB

Eis um shareware que devolve autilidade ao surrado menu de

aplicativos. Existem vários simi-lares, mas este funciona comqualquer programa, tem uma

longa lista de opções e até per-mite mudar de janela pelo teclado

Page 37: Tudo sobre o  Mac OS 9

54

Sharewares da HoraFat Cursors

Outro shareware antigo e excelen-te, é um control panel que permitesubstituir a qualquer momento oscursores de seta e texto normaisdo sistema por outros maiores.

Útil para:•Pessoas comproblemas de visão;•Usuários de

PowerBooks antigos, em cujas telaso cursor pode sumir facilmentequando movido;•Telas de alta resolu-ção, nas quais o cursorpode sumir facilmentequando não é movido.O formato do cursor

Facilidade de uso nunca é demais, especialmente quando os programasque facilitam nossa vida são tão pequenos e, em sua maioria, gratuitos,como é o caso dos aqui apresentados. µ

MARIO AV [email protected]

Gosta de se divertir testando programas que permitem aos Macs fazerem coisas para as quais não foram originalmente criados.

Feio mas funcional, e pode serdesativado a qualquer momento

CloseViewPainel de controle de dez anos de idade, quasenunca usado, mas que (talvez por via das dúvi-das) foi copiado pelo Windows 98. Ele fazsomente uma coisa, e faz bem: amplia de 2 a 16vezes o tamanho do conteúdo da tela. A ima-gem corre junto com o mouse. É uma função que foiparcialmente suplantadapela capacidade de se di-minuir e aumentar a reso-lução do monitor peloControl Strip, mas ainda é interessante para opera-ções de alta precisão,quando um software nãosabe ampliar suficiente-mente a vista (alguém aípensou no Quark?).

Conforme comentado no início, a Apple não é exatamente umacampeã da acessibilidade, mas não deixa de oferecer alguns recursos.Eles estão lá, escondidinhos dentro do CD do sistema, e quaseninguém se lembra deles, ou nem sequer sabe que existem.

Easy AccessServe para estender as capacidades do teclado.Divide-se em três funções:• Mouse Keys, para mover o cursor do mouse peloteclado numérico;• Slow Keys, pela qual o Mac só registra as teclasse forem pressionadas por um tempo mínimo. Podeser ativada no Mac dos outros como “pegadinha”,pois uma pessoa incautapode achar que a máquinaestá com problema;• Sticky Keys, que permi-te digitar combinaçõescomo [Ω][Option][Shift][S]uma tecla de cada vez.Essa função é bem útil –se não para evitar a ten-dinite, ao menos paravocê poder trabalhar noMac com uma mão sóenquanto come aquelehambúrger com a outra.

O que a Apple tem

oferecido e o ícone do controlpanel não são as coisas mais boni-tas do mundo, mas não é nada queum ResEdit da vida não resolva;usuários aventurosos podem rede-senhá-los facilmente.

Keys!Um painel de controle de cincoanos de idade que sublinha auto-maticamente uma letra em cadaopção e botão de uma caixa de

diálogo, exata-mente como o Windows (é preciso reco-nhecer quando

uma idéia é boa, mesmo vindo deonde vem). Basta pressionar [Ω]mais a letra sublinhada para acio-nar o controle ou botão correspon-dente. Não funciona com todos osaplicativos existentes, nem com oscontrol panels nem menus, masnão dá pau e quebra um galhão.

Para quemestá cheiode pegar nomouse, o

controle dascaixas de

diálogo peloteclado vem

a calhar

É um painel de controle comexatamente dez anos de idade,que ainda funciona a contento

em máquinascom sistema8.X. Ele fazcom que asteclas produ-

zam ruídos de teclas de máqui-na de escrever. Pode parecerapenas bobo ou engraçado, masé interessante, porque reforça asensação tátil de teclados comtoque excessivamente suave,como os dos PowerBooks.

TappyType

Sim! Essa relíquia funciona até hoje!

Page 38: Tudo sobre o  Mac OS 9

56

iMacmania DOUGLAS FERNANDES

Wacom é o nome da empresa que temfeito nos últimos anos as melhorestablets para os artistas cibernéticos ou

para aqueles que gostam de desenhar ou pintarqualquer coisa no computador. Tablet é umamesinha retangular no formato de um mousepad (pode ser maior ou menor do que isso,dependendo das suas necessidades), que vocêrabisca com uma caneta especial em sua super-fície e os rabiscos aparecem na tela do seu com-putador. Para que serve? Ilustradores e pessoasque trabalham com arte em geral conseguemter muito mais precisão e controle do traço doque com o mouse (no mouse você usa o braçointeiro, e com a caneta você usa punho e dedopara dar mais movimento), além de ser uma fer-ramenta muito mais intuitiva do que um mousecom um botão (ainda mais o mouse do iMac,ao qual já não é tão fácil de se acostumar comoos mouses antigos).O que é PenPartner?A coisa é mais ou menos assim: depois que aApple lançou o iMac há mais de um ano e des-cobriu-se que ele era um dos maiores sucessosda indústria da informática, vários fabricantesde periféricos para computadores começaram aaderir ao estilo colorido e transparente. A Wa-com, que sempre fez tablets para o mercadomacmaníaco, não ficou para trás e lançou umatablet azul e transparente para agradar aos feli-zes propietários de iMac (antes que você per-gunte: não, a Wacom não lançou até agora oseu PenPartner em outras cores).Além da cor azul e da transparência, a PenPartner traz outras coisas que combinam com oiMac: conexão via USB, tamanho pequeno (4 x5 polegadas ou 13 x 9,5 centímetros de área dedesenho) e preço acessível. A sua conexão USBsignifica que toda a instalação é uma baba: é sóligar o cabo em uma das saídas do teclado ouna portinha da lateral direita (não precisa desli-

WACOM PENPARTNER

¡™£¢Wacom: www.wacom.com

SED: 11-3649-0800

Preço: US$ 152A PenPartner é ideal para

telas de 15 polegadas

gar o computador). Depois é só instalar o soft-ware a partir do CD que vem com ele, restar-tar a máquina e sair usando. A partir daí,todos os softwares de desenho tiramproveito da tablet: Photoshop,FreeHand, Illustrator, Painter equalquer outro que tenhasuporte a tablets. O seu tamanho pequeno éideal para a tela de 15” doiMac. Você pode até usar o PenPartner com alguns G3 e G4 comsaída USB, mas se você for usá-lo commonitores maiores do que o do iMac, já come-ça a ficar complicado (a proporção da tela parao tablet fica bastante diferente, o que significaque você perderá precisão ao desenhar comuma tela maior). Se você pretende fazer dese-nhos, ilustrações ou pinturas profissionais commonitores grandes ou até dois monitores, oconselho é que você parta para tablets maiores(do tamanho 6 x 8 polegadas em diante).O preço também é um atrativo para quem temum orçamento apertado. Geralmente as tabletsmaiores custam caro e acabam desestimulandoquem estava querendo começar a dar as suaspintadinhas por aí.A caneta que vem com a tablet é igual à dosmodelos anteriores da Wacom (mas não sãocompatíveis entre si), com um botão na lateralda caneta (que geralmente é usada como duplo-clique), um botão no topo (que serve inicial-

mente como borracha) euma ponta que funcionacomo botão quando se aper-ta a caneta em um pontoqualquer. Todas essasopções de botão são confi-guráveis através do painel decontrole que é instalado nasua máquina, e toda a suaconfiguração é bastante sim-ples e intuitiva. A precisãoda caneta também é bastanteboa e não deve nada às

Wacom TabletPenPartner

canetas das tablets profissionais, com resoluçãode 2540 lpi e 1024 níveis de pressão. Paraquem não está acostumado, se você usá-la coma ferramenta do pincel do Photoshop ou a fer-ramenta de caneta do FreeHand, por exemplo,dá para criar traços finos ou grossos conforme apressão aplicada na caneta.Junto com a tablet, vem uma versão light doPainter, o Painter Classic. Mas não se animemuito. O Painter que vem com ele tem muitosbugs e é muito limitado se comparado às ver-sões completas e mais novas. Concluindo, a PenPartner é para quem precisade uma tablet barata, que funcione bem e queseja ideal para se trabalhar, com o iMac ou atécom um G3/G4 e uma tela não muito grande(até 17" passa). Se essas são as suas necessida-des, compre-a sem medo. µ

DOUGLAS FERNANDES*

[email protected]

Descobriu que se fosse ganhar a vida como ilustra-

dor, morreria de fome.

*Colaboração e ilustrações de Jarbas Agnelli

Page 39: Tudo sobre o  Mac OS 9

O USB é uma maravilha. Graças à adoçãocrescente do USB no mercado PC, o quenão falta são empresas vendendo perifé-

ricos e placas USB no mercado. Uma delas é aBelkin, que além de hubs, mouses de três bo-tões e adaptadores USB para porta paralela, estávendendo aqui uma placa PCI/USB, a BusPort.Se você tem um Power Mac, rodando o sistema8.5.1 ou superior, com um slot PCI livre, vocêpode instalar nele a placa daBelkin e ganhar duas portasUSB com capacidade de trans-missão de até 12 Mbps. Mas qual é a utilidade de teruma placa USB em um velho Mac?Bem, podemos citar algumas. Se você com-prou um novo Mac com porta USB e algunsaparelhos USB novos sem se desfazer de seuMac antigo, pode ser muito útil compartilharos novos periféricos. Outro bom motivo éaproveitar a oferta de periféricos desse padrão

mais popular, muito mais fáceis deencontrar. As novas impressoras daEpson e da HP, por exemplo, já saem defábrica com portas USB.

Instalando a placaApesar da falta de documentação – só há refe-rência sobre a instalação no sistema Windows98 – e de drivers de instalação, conectar aplaca não exige prática nem habilidade: bastaabrir seu Mac e espetá-la no primeiro slot PCIdisponível. Não se esqueça, é bom desconec-tar o cabo e tocar no gabinete com a mãopara descarregar energia estática. Esse proce-dimento simples pode garantir a integridadede sua placa.Embora esteja entre as poucas instruçõesimpressas na parte externa da caixa da Belkin aafirmação de que a placa é compatível com MacOS 8.5, não acredite. Você vai precisar do

upgrade para o 8.5.1 ou do 8.6, que vem como driver USB genérico da Apple.Se você está pensando em ir ao site da Belkin ebaixar o drive de instalação dessa placa para osistema 8.5, pode tirar o cavalinho da chuva.Eles têm drives para vários produtos, menospara essas placas. Renda-se: é melhor dar umupgrade no sistema e divertir-se conectandoseus periféricos.

O reconhecimento decada novo periféricoé no melhor estiloplug and play. Bastainstalar os drivers

corretamente e mãos à obra.Conectei um Zip-100 da Iomega, uma EpsonStylus Color 740 e um modem Diamond SupraExpress 56k, e todos apresentaram desempe-nho satisfatório. O Zip-100 USB demorou odobro do tempo de seu irmão SCSI para copiaro mesmo arquivo de 93 MB (quase 9 minutos).Mas funciona sem problemas para montar edesmontar discos Zip. Eu estava particularmente curioso com relaçãoà configuração da impressora e do modem,uma vez que, antes da instalação da placa, oChooser e o painel de controle do modemapresentavam apenas duas opções de portas: ade modem e a de impressora. Após a instalaçãodos drivers, surgiu em ambos a opção USB, etanto a conexão com a Internet quanto impres-sões na Epson transcorreram normalmente.Placas como essa são fundamentais para aestratégia da Apple de forçar a adoção de novastecnologias, porque permitem a retrocompati-bilidade com Macs antigos que ainda dão nocouro. Só falta agora alguém começar a trazerpara o Brasil adaptadores de interfaceSCSI/USB. Esse é outro item que muitos mac-maníacos estão atrás para poder aproveitar osperiféricos SCSI que possuem em seus novosMacs. Aí não vai haver mais desculpa paraalguém não mergulhar de cabeça no mundopoderoso e colorido do Macintosh. µ

CARLOS XIMENES Test Drive

BELKIN USB BUSPORT

¡™£¢Belkin: www.belkin.com.br

Red Networks: 11-253-4006

Preço: US$ 100

57

Pró: Preço razoável; plug and play

Contra: Sem driver próprio nem

documentação para Mac

Belkin USB BusPort Plugue periféricos USB no seu Mac velho

Page 40: Tudo sobre o  Mac OS 9

Ω

Recentemente, IBM e Motorola publicaramum documento conjunto, obscuramente cha-mado Book E, contendo seus planos futurospara a linha de processadores PowerPC.Historicamente, o PowerPC como oconhecemos hoje é descendente dedois dinossauros:•O primeiro dinossauro foi oMotorola 88000. Projetadopara ser um substitutoRISC do venerável 68000,usado nos primeiros Macs,o 88000 não pegou... foi usadoem alguns protótipos pela Apple,sem chegar ao mercado.•O segundo dinossauro foi o IBMPOWER, na verdade uma tentativa da IBMpara reduzir a complexidade dos seus mini-computadores e mainframes. Quando se for-mou a aliança Apple-IBM-Motorola, aprovei-tou-se parte do conjunto de instruções, ou ISA(Instruction Set Architecture) do POWER eusou-se uma evolução das interfaces e estrutu-ras do 88000.O primeiro chip PowerPC, o 601, foi comer-cializado pela Apple nos PowerMacs 6100,7100 e 8100, é hoje considerado como a pri-meira geração (G1) da arquitetura PowerPC. A

segunda geração (G2), com os modelos 604 e604e, ampliou muito o desempenho e aindateve uma versão de baixo consumo, o 603.

Com o lançamento do G3 (ou PowerPC750), pela primeira vez a denominação

da geração predominou sobre onúmero do modelo, o que conti-

nuou com o recém-lançado G4(ou PowerPC 7400). Todas

essas gerações ainda man-têm a arquitetura origi-

nal de 32 bits, embora adefinição oficial englobasse

também chips de 64 bits.É importante dizer que os três par-

ceiros da aliança nem sempre tiveramobjetivos coincidentes. A Apple, é claro,

tentou influenciar IBM e Motorola para quea ênfase fosse sobre chips baratos e potentespara computadores desktop. A Motorola estavaprincipalmente interessada em chips para sis-temas embutidos, ou seja, controladores indus-triais, de veículos e similares, usando variaçõesmenores e mais lentas; a IBM, além de se inte-ressar também pelo mercado embutido, con-verteu seus servidores e mainframes, com baseem variações mais potentes da arquitetura.Assim, se olharmos nos catálogos, encontra-

MacPROo suplemento dos power users

Ano 2 - Nº14Parte integrante da revista MacmaniaNão pode ser vendido separadamente

ACI US reduz preço de banco de dadosA ACI US, criadora do banco de dados 4th Dimension,anunciou que baixou o preço da edição standard doseu principal produto, o 4th Dimension 6.5, paraUS$ 99. Segundo a empresa, a oferta tem tempolimitado e serve para clientes dos Estados Unidos eAmérica Latina (apesar da ACI US atualmente não terdistribuidor no Brasil). Com essa redução, a empresapretende atrair usuários do FileMaker Pro, que teveum update recente para a versão 5.0. O 4D, como éconhecido o programa, traz um poderoso ambientede desenvolvimento de bancos de dados, multi-threaded, rápido e integrado à Web, permitindo acriação de sites dinâmicos. No Brasil, o programa éutilizado por empresas como a Esferas Software, nodesenvolvimento de programas de administração eeditoração automatizada para empresas comoEditora Globo, Film Planet e Z+G Grey.ACI US: www.acius.com

3Dfx lança driver de Mac para placa Voodoo3 3000Em agosto de 99, a 3Dfx Interactive introduziu a pri-meira versão dos drivers beta para a comunidade dedesenvolvedores Macintosh, proporcionando a opor-tunidade de criar versões para Mac dos jogos maisfamosos e vendidos de PC, além de atrair novos títu-los em 3D para a plataforma da Apple. Agora, elaanunciou o lançamento da versão beta 5.0 do dri-ver 3Dfx para Mac, com suporte para a recém-anunciada placa Voodoo3 3000 PCI. O driver incluiduas ROMs selecionáveis para as velocidades declock de 143 MHz e 166 MH,z oferecidas respecti-vamente pela Voodoo3 PCI e pela Voodoo3 3000PCI. Essa versão beta dos drivers incorpora velocida-des de clock diferentes da nova Voodoo3 3000 PCI,assim como outras características de resoluçãoselecionadas especificamente para o Mac.A 3Dfx anunciou também que sua tecnologia gráfi-ca e a nova tecnologia de buffer estariam disponí-veis para o Power Mac G4, assim como novos pro-dutos para Mac. Os drivers estão disponíveis paradownload no site da 3Dfx.3Dfx Interactive: www.3dfxgamers.com

ATI lança chip gráfico de 128 bits para futuros iBooksA ATI, fabricante de todos os subsistemas gráficos daApple, lançou uma versão portátil da tecnologia devídeo RAGE 128, oficialmente batizada de RAGE 128Mobility. O chip é parecido com o do iBook, o RAGEMobility, que basicamente é um RAGE Pro incremen-tado com decodificação DVD/MPEG-2. Na verdade,os dois processadores utilizam a mesma pinagem,

ProNotas

Powera nova geraçãoAviso aos leitores não-técnicos: este artigo se resume em“os futuros PowerPCs vão ser muito mais rápidos...”Mas, se você quiser saber como e por quê, leia!

Ω

por Rainer Brockerhoff

PC:

A sigla RISC significa Reduced Instruc-tion Set Computing. Designa uma arqui-tetura simplificada; não implica necessaria-mente em um conjunto de instruçõespequeno. É o contrário de CISC (ComplexInstruction Set Computing), a arquiteturados processadores Intel Pentium e Motorola68000. Em geral, podemos distinguir RISCde CISC por várias características:

RISC CISCRegistradores muitos poucosEndereçamento apenas quasede memória Load e todas as

Store instruçõesModos de endereçamento poucos muitosTamanho de instruções fixo variávelOperandos desalinhados não simImplementação hardware microcódigo

Qual é a diferença entre RISC e CISC?

MacPRO•59

Page 41: Tudo sobre o  Mac OS 9

PowerPC: a nova geraçãocontinuação

remos variedades desconhecidas dos usuáriosde Mac, como os já obsoletos 602, 615, 620; oscontroladores MPC400, MPC500 e MPC800;e os chips POWER/2 e POWER/3 de 64 bits.Apesar de divergências ocasionais, Motorolae IBM reconheceram que seria vantajoso par-tir de uma estratégia unificada para fazerfrente à ameaça da Intel e seus derivados.Assim, o recém-publicado Book E descrevecomo os parceiros pretendem levar aarquitetura PowerPC para o terceiromilênio, com flexibilidade para cadaum poder desenvolver as varia-ções que lhe interessam, semcomprometer a interoperabi-lidade e compatibilidade comprogramas anteriores.A primeira característica dos futurosPowerPCs é, portanto, a compatibilidade.Programas existentes de 32 bits em geralfuncionarão sem alterações. No entanto, apli-cações modernas exigem a migração para 64bits. Para isso, o Book E prevê que as instru-ções existentes operem normalmente, produ-zindo resultados e endereços de 32 bits; per-mite a extensão automática desses dados para64 bits, se necessário; e define dezenas deinstruções novas que manipulam dados eendereços de 64 bits.Os primeiros PowerPCs continham unidadesindependentes para processar inteiros, núme-ros de ponto flutuante e instruções de desvio.No G4, a unidade AltiVec (agora rebatizadaVelocity Engine) permite a manipulação devetores (vários dados em paralelo). O Book Eformaliza a possibilidade de se incluir unida-des especializadas como a AltiVec em futuroschips PowerPC. Poderia-se, por exemplo, terunidades especializadas para processamentode protocolos de rede, funções de impressãoou para controle industrial. Essas unidadespoderiam usar os registradores gerais das

outras unidades ou, como foi feito na AltiVec,ter seus registradores próprios.Ao mesmo tempo, a unidade de mapeamentoe endereçamento de memória foi flexibilizadapara permitir versões simplificadas em ambi-entes de pequeno porte, ou de grande com-plexidade para servidores multiprocessados. Aestrutura dos vários níveis de cache tambémfoi refinada e adaptada a esses diversos am-

bientes. Finalmente, para facilitar o desen-volvimento e o controle de sistemas, há

recursos avançados de interrupções,temporização e debug.

Bom, tudo isso é muito inte-ressante, mas meio abstrato...

o que vai acontecer de práticopara nós, usuários de Mac? De

imediato, claro que a Motorola vaiconsolidar seu recém-lançado G4 e

estendê-lo para freqüências mais elevadas.A IBM, que inicialmente havia se abstido defabricar o G4 com AltiVec, agora anunciouque vai ajudar a Motorola a atender à grandedemanda da Apple nesse sentido. Os proble-mas que a Motorola está tendo com a versãode 500MHz, que sofreu um atraso de algunsmeses devido a instabilidades em certas cir-cunstâncias, devem ser superados até janeirode 2000, e versões do G4 com 700 MHz jáforam vistas nos laboratórios... Com o recenteanúncio de chips Intel de 700 MHz, não sepode dormir no ponto. De fato, PowerPCs de1 e 1,2 GHz supostamente serão vistos aindano ano 2000, mas ainda é cedo para dizer seserão denominados G4 ou G5.Com base nas definições do Book E e olhandopara os avanços nos outros chips da IBM e daMotorola, podemos fazer algumas previsõesinteressantes. Não necessariamente nessaordem, poderemos ver nos próximos dois outrês anos PowerPCs com as seguintes caracte-rísticas (recomendamos o uso preventivo de

babador para ler essa lista):•Unidades múltiplas AltiVec no mesmo chip.•Backside cache de 4 ou 8 megabytes, ligado àCPU por barramento de 128 ou 256 bits.•CPUs múltiplas no mesmo chip, comparti-lhando um mesmo backside cache e um bar-ramento local de altíssima velocidade.•Unidades de instrução para execução diretaou assistida de código Java.•Unidades de instrução para auxílio à emula-ção da arquitetura Pentium.•Suporte de hardware para sistemas operacio-nais multitarefa.•Cache e barramento de memória com bitsadicionais para correção de erros.Só para exemplificar, a IBM está para vir, noano que vem, com a primeira CPU da linhaPOWER/4, dirigida para servidores high-end. Éválido supor que os aperfeiçoamentos dessechip aparecerão, cedo ou tarde, num G5 ou G6da vida. O POWER/4 supostamente terá ummódulo central (similar ao módulo que con-tém, por exemplo, um Pentium III e seuschips de suporte) contendo oito CPUs, compar-tilhando um backside cache de 32 MB, rodan-do inicialmente a 1,2 GHz. Cada CPU terá ca-pacidade para uma transferência contínua de35 GB/s (sim, gigabytes por segundo) com osoutros chips e de 10 GB/s com a RAM externa.A base desse monstro é um chip contendoduas CPUs, memória cache e otras cositas más,num total de 170 milhões de transistores......E sendo assim, podemos afirmar com segu-rança que, no ano 2005, com essas CPUsultra-rápidas, memórias de muitos gigabytes einterfaces de usuário multidimensionais, con-tinuaremos demorando 45 segundos paraabrir um documento do Microsoft Word dedez páginas. M

RAINER [email protected]

Ao mesmo tempo em que você fica aí,sentado, sonhando com o dia em quefinalmente colocará as mãos num des-ses maravilhosos G4, a Motorola já estátrabalhando no seu próximo chip: oPowerPC 7500 ou G5. Mas não se en-tusiame muito ainda, pois ele só deveráser lançado daqui a uns dois anos. Ape-sar da Intel ter prometido lançar seuprocessador de 64 bits (codinome Mer-ced) antes disso, a Motorola garanteque o G5 deverá oferecer maior velo-cidade e mais compatibilidade com pro-gramas atuais.O G5 deverá ter sua estrutura redese-nhada, com a implementação completada tecnologia de 64 bits PowerPC ISA

(Instruction Set Architecture). Isso in-cluirá endereçamento e unidades inte-grais de 64 bits (o PowerPC já suportaponto flutuante de 64 bits e unidade devetor de 128 bits).O Merced, por sua vez, é a primeira ten-tativa da Intel de criar um processadorde 64 bits, que pode lidar com instru-ções e blocos de dados em volumesduas vezes maiores do que um chip de32 bits, resultando teoricamente em ve-locidades maiores. No entanto, para tra-balhar com as aplicações existentes es-critas em código de 32 bits, incluindo osistema operacional, o Merced vai emu-lar um processador de 32 bits. Já o G5– que também terá uma versão de 32

bits – será capaz de rodar aplicaçõesde 32 bits em modo nativo, o que émuito melhor do que a emulação, pos-sibilitando que esses programas de 32bits tirem maior proveito da velocidadedo G5. Além disso, a Motorola diz que,com exceção de sistemas operacionaisque necessitem de um processador es-pecífico, o G5 virtualmente não precisa-rá de alteração no código da aplicação.Combinado com as velocidades declock de 2 GHz que irão inaugurar o G5,esse design deverá oferecer uma van-tagem sensível de performance emrelação ao Merced. O processador daIntel será mais indicado para grandesservidores, por causa de seu alto custo,

o tamanho (de um pacote de cigarros) ea considerável produção de calor. Emcontraste, o G5 está sendo desenhadocom olhos nos computadores desktop,sendo, portanto, mais democrático.Os planos do G5 não significam, porém,que a Motorola tenha parado de traba-lhar no G4. De acordo com a empresa,o atual processador vai migrar para atecnologia silicon-on-insulator, um pro-cesso de fabricação que pode oferecerganhos de velocidade de até 35% emrelação aos processos convencionaisbulk-CMOS, ou pode reduzir o consumode energia em 65% na mesma veloci-dade. Mas a Motorola ainda não infor-mou quando essa mudança ocorrerá.

Enquanto isso, a Motorola já apronta o G5

Em vezde emular asaplicações de

32 bits, o G5 irárodá-las emmodo na-

tivo

MacPRO•60

Page 42: Tudo sobre o  Mac OS 9

MacPRO•61

por Maurício L. Sadicoff

Quantas vezes você teve que aturar o pessoaldo PC com aquele papo de que PC existe emtodo canto e por isso é melhor? Não seriaótimo se houvesse uma prova definitiva queseu Mac é melhor?Se você leu o título, já sabe que alguma euestou aprontando, né? Pois é, estou prestes adar uma prova irrefutável de que Macs fazemcoisas com as quais PCs nem sonham. Paraisso, você vai precisar ter certeza de ter duastecnologias instaladas no seu Mac: Apple-Script, que você já tem, porque vem com osistema, e a outra, a menina-dos-olhos detodo fanático por Jornada nas Estrelas, umatecnologia que a Apple chama de Speech eengloba reconhecimento e síntese de fala.Sim: estamos falando de bater papo com seucomputador, na vida real, ao vivo e a cores.Se você não tem o Speech instalado, nem estácom o CD do sistema por perto, vai precisarfazer o download. Ao contrário dos usuáriosde PC, que têm que pagar uma bolada praterem direito a programas de reconhecimentode voz que nada mais fazem do que digitar oque você diz, nós, macmaníacos podemos irao site da Apple, em http://www.apple.com/speech

(para MacOS 8.6 ou superior) ou http://asu.info.apple.com/swupdates.nsf/artnum/n10376 (se o seuMac roda o sistema 6.0.7 ou superior). Sim,você leu certo: sistema 6.0.7. A tecnologianão é nova: funciona com Macs 68k ou Po-werPC, só que antigamente funcionava manon troppo. Havia gente que reclamava decomputadores abrindo o Photoshop cada vezque o cachorro latia, ou coisa semelhante.Mas recentemente, no MacOS 8, a tecnologiafoi revisitada e transformada, e agora funcio-na bem pacas.Bem, depois de seguir as instruções no site,baixar e instalar seu Speech, você provavel-mente vai ter que dar um restart no seu Mac.Depois disso, o Mac vai estar prontinho paraabrir o bico e sair batendo papo. Legal, não?Repare que, logo após o restart você vai teruma janelinha flutuando no seu desktop:

Essa janelinha, dependendo da versão, vai terumas luzinhas piscando ou uma animação.Essa é a personalidade do seu Mac, definida no

painel de controle Speech. A cara da anima-ção é definida na opção Feedback e a voz queresponde é definida na opção Voices:

Se você achou que até agora estava bom, prepa-re-se pro pulo do gato.... Até o aparecimento doAppleScript, o Speech era uma tecnologia boni-tinha, mas não exatamente utilizável. Porém,com o AppleScript, você finalmente pode man-dar seu Mac fazer algo enquanto escreve umacarta pra Macmania dizendo o quanto vocêgosta desta coluna. A coisa funciona assim:cada vez que você manda um comando de vozpro seu Mac, o Mac vai na pasta Speakable Items,dentro de Apple Menu Items, e roda o que querque seja que esteja lá dentro, seja um progra-ma, um script ou até mesmo uma pasta oudocumento. Quando você instala o Speech,aquela pasta já vai estar cheia de programinhase coisas interessantes que a Apple dá para vocêjá ir brincando com o seu Mac.

Seu Mac fala e escutaUm script especialmente interessante chama-se Make this speakable. É isso aí: esse script ser-ve pra fazer algo ficar “falável” (desculpe aí,Aurélio...). Você clica numa pasta, num arqui-vo ou num programa qualquer e diz as pala-vrinhas mágicas acima. Seu Mac vai entender(a não ser que tenha algum cachorro latindoao seu lado) e vai colocar um alias na pastaSpeakable Items, que aponta para o arquivo quevoce tinha selecionado. A partir daí, bastafalar “Photoshop” pra lançar o bicho! É claroque o primeiro programa que você vai colocarlá dentro é o Script Editor.Tá gostando? Pois bem, agora se prepare, por-que vou mandar você pro espaço! E se, emvez de mostrar caixas de diálogo, seu Macfalasse com você?Bem, se você já tornou o Script Editor “falá-vel”, abra a pasta Speakable Items. É só ir aoApple Menu e soltar o mouse em cima donome da pasta. Diga pro seu computador“Sort window by name” e desça até ver o ScriptEditor e um script chamado Show me what tosay. Clique duas vezes no script e veja o que

Curso deAppleScript,

parte 7Veja, mamãe,sem as mãos!

ele faz. Agora, arraste o script pra cima doScript Editor, e você verá o seguinte:

A essa altura, não deve ser difícil entenderesse script. Primeiro, ativamos o Finder ecriamos uma variável chamada thePath quecontém o caminho para a pasta Speakable Items.Abrimos a pasta e a ajustamos para vista pornome. Agora, o comando que todos estáva-mos esperando. Dentro de um try (porquepode ser que o Speech nao tenha sido carrega-do) escrevemos o comando say. Que faz exata-mente aquilo que você queria. Faz seu Macfalar a frase logo em seguida.Agora, você já deve estar dando pulinhos deentusiasmo só de pensar o que você podefazer com isso, né? Mas você reparou como afala foi monotônica? Repare que, quando você conversa com al-guém, sempre coloca ênfase em certos pontosde uma frase, o que cria o efeito “musical” deuma conversação. Agora, nós vamos modifi-car o script acima pra criar esse efeito. Para dar maior ênfase, utilizamos [[emph +]].Para menor ênfase, [[emph -]]. Modifique alinha que tem o comando say para que leia:

say "You can [[emph +]] speak the name of any file

listed in [[emph -]] this window"

Agora, clique em Check Syntax para confirmarque você não esqueceu nenhum colchete, eRun. Percebeu a diferença? Eu prefiro comênfase, então modifico o comentário no topopara botar minha marca e gravo o bicho.Agora, toda vez que eu perguntar pro meucomputador para que serve o Speech, vou tera satisfação de saber que fui eu que disse praele a melhor maneira de responder.Pronto, é fácil mesmo! Agora, mãos à obra.Escreva seu próprio script utilizando o Speeche mande pra gente. Se for útil, a gente publi-ca. Se não for, mas fizer algo bacana, publica-mos também.Na próxima coluna falo sobre ScriptingAdditions, que acabou perdendo a posição, masacho que ninguém se incomodou... M

MAURÍCIO L. SADICOFFÉ a mente que libera pensamentos randômi-

cos em http://go.to/randomthoughts. O site foi

todo criado em duas horas, numa noite sem

sono, e é reescrito todos os dias. Mande seu

pensamento randômico você também.

tell application "Finder"

activate

copy ((path to apple menu items folder as string)

& "Speakable Items") to thePath

open alias thePath

set view of window "Speakable Items" to name

try

say "You can speak the name of any file

listed in this window"

on error

display dialog "You can speak the name of any

file listed in this window" buttons "OK" default button

1 giving up after 50

end try

end tell

Page 43: Tudo sobre o  Mac OS 9

A fórmula "menos é mais" tem sido emprega-da há muito tempo pela humanidade. Pelomenos neste século, Mies Van Der Rohe naarquitetura e Miles Davis na música expressa-ram em formas e sons a essência deste princí-pio que hoje, para o vídeo e o áudio digital,tem o Media Cleaner, da Terran Interactive,como aliado.O Media Cleaner é um programa para a com-pressão e otimização de vídeo, imagens estáti-cas e áudio. No processo de produção ele entrana antepenúltima etapa comprimindo e otimi-zando os arquivos de áudio e vídeo, que foramproduzidos e editados em alta resolução.Depois disso, estes arquivos serão utilizadosno processo de desenvolvimento (authoring)de aplicativos que em seguida vão ser distri-buídos na web, CD-ROM, DVD ou quiosque.Na versão 4, o Media Cleaner incorporou no-vos recursos como o de ser multiplataforma(Mac e Wintel), ter suporte para diversos for-matos, novos filtros de áudio e a capacidadepara conversão entre formatos sem a necessi-dade de recompressão (é possível transformarum QuickTime num AVI sem perda de quali-dade decorrente de recompressão).

Abrindo o programaAssim que o programa iniciou surge umajanela chamada Process window para a qualos arquivos que serão comprimidos devemser arrastados. Para adicionar mais de umarquivo pode-se arrastar pastas ou volumesinteiros. Na Process Window podem ser colo-cados até 2 mil arquivos simultaneamentecom configurações de compressão individuali-zadas. Para designar as configurações de com-pressão basta clicar duas vezes no campodenominado "Setting" e escolher a que formais adequada. Uma vez que todas as confi-

Limpando vídeopor Gian Andrea Zelada

opção Constrain Aspect Ratio. Se for habilita-da a opção Constrain by Multiples of Four, oretângulo de crop irá se alterar em valoresmúltiplos de 4 pixels. Essa opção é essencialem alguns casos, pois alguns codecs são oti-mizados para movies com dimensões múlti-plas de 4 (fig.3).

Ao contrário do crop manual, que deve serajustado para cada movie do batch, o cropnumérico é válido para todos os arquivos dalista. Para executar um crop numérico bastaescolher a opção e entrar com o número depixels a serem removidos de cada um dosquatro lados do movie.Além do crop, o Media Cleaner 4 permiterealizar outras edições antes que o porcessode compressão seja iniciado. Por exemplo,além de reescalar as dimensões, é possívelcortar a ponta inicial e final dos movies. Esteprocesso denominado Trim pode servir tantopara eliminar inícios (claquetes) e finaisquanto para executar testes de compressãoem trechos pequenos do movie antes que acompressão seja definitivamente aplicada emtodo o movie. Para inserir os pontos iniciaise finais do trim, basta mover o ponteiro decontrole no local desejado e teclar [Ω][ ][ e [Ω][ ]] ,respectivamente.

ConfigurandoAntes que o processo de compressão inicie, épreciso terminar de especificar as configura-ções. O Media Cleaner 4 possui um módulochamado Settings Wizard, que checa a melhorconfiguração através de perguntas que devemser respondidas pelo usuário. A configuraçãofinal pode ainda ter cada parâmetro alterado eser salva e acessada posteriormente.Caso seja conveniente, o módulo AdvancedSettings permite um ajuste individual decada parâmetro. Ele é divido em duas partes.Do lado esquerdo da tela aparecem as confi-gurações que estão contidas na pasta MediaCleaner Settings no seu HD. Ao instalar oprograma, são copiadas uma série de confi-gurações divididas em diversas categorias(QT, QT streaming, Real Vídeo, MPEG,Sound, Still Image, etc.). Ao clicar em umadelas, todos os parâmetros do lado direito sãoajustados para essa configuração e aindapodem ser modificados livremente. Lá pode-

MacPRO•62

gurações estiverem ajustadas é sóclicar em "start" e aguardar o processo decompressão de todos os arquivos de uma sóvez. A lista na Process window que contém osarquivos e as especificações de compressão édenominada batch (fig.1).Os arquivos que se encontram na Processwindow podem ser abertos com um simplesdouble click. Da mesma forma que no MoviePlayer, os movies podem ser visualizados emdiversos tamanhos. Além disso, informaçõesadicionais sobre a faixa de áudio e vídeo seencontram sob a barra de controle dosmovies. Lá pode-se saber o tamanho emBytes, a duração, as dimensões e o codec utili-zado. Além disso, o Data Rate Graph mostrauma média geral da transferência de dados, otamanho em bytes de cada frame e os key fra-mes espalhados pelo movie (fig.2).

Pré-editandoSe o sinal de vídeo foi captado de um VHSdoméstico utilizando a porta de entrada devídeo composto do seu Mac AV, é bem prová-vel que do lado esquerdo da imagem apareçauma indesejável linha preta. Para eliminá-labasta reduzir o tamanho de tela que será exibi-do o vídeo. Este procedimento denominadocrop pode ser efetuado de duas maneiras: omanual e o numérico. O crop manual permite ao usuário simples-mente ajustar com o mouse o retângulo de

crop. Caso queira que o retângulo decrop mantenha as mesmas proporçõesdo movie original basta clicar na

Saiba usar o Media Cleaner 4.0, umadas mais poderosas ferramentas deedição de vídeo

fig.1

fig.2

fig.3

Page 44: Tudo sobre o  Mac OS 9

mos encontrar opções de vídeo para: remo-ção de ruído, brilho, contraste, blur (desfo-car) e unsharp mask (enfocar). Para áudio,existem noise removal (remoção de ruído),low/high pass (filtros passa-altas e passa-baixas), noise gate, reverb e dynamic range(faixa dinâmica) (fig.4).

PreviewUma das características mais interessantesdo Media Cleaner 4 é a possibilidade devisualização do resultado da compressãoainda durante o processamento do arquivo.Ao se criar um setting, é indispensávelvisualizar o resultado da compressão sobre oarquivo original, para que se possa efetuarajustes finos de brilho, contraste e outrosparâmetros de imagem, e em seguida fazero processo de compressão.O Dynamic Preview apresenta uma imagemdividida em duas partes (A e B) por uma li-nha vertical que pode ser deslocada com omouse. Tanto a parte A como a B possuemdois botões, denominados Process e Compress.Ao clicar em Process, a imagem original irá semodificar, indicando as alterações

resultantes das configurações de processa-mento de imagem. O mesmo irá ocorrer como botão Compress habilitado, o qual irá indicaras alterações resultantes da compressão. O Dynamic Preview pode ser utilizado paraas seguintes checagens:a) Checar o ajuste de imagem – habilitandoo botão Process em B, temos a imagem origi-nal na esquerda e a processada na direita.b) Correção de alterações causadas porcodecs – habilitando Process e Compress em Bpode-se visualizar as diferenças entre o ori-ginal na esquerda e as alterações de balan-ço de cor, brilho e contraste que algunscodecs acarretam.c) Visualizar o resultado de supressores deruído – habilitando Compress em A e Process eCompress em B possibilita visualizar como oprocessamento da imagem antes de sercomprimida aumenta a sua qualidade com-parada com a imagem não processada antesda compressão.d) Entender a relação entre tamanho em by-tes e a qualidade em imagens estáticas – ha-bilitando Process e Compress em B, podemosfacilmente visualizar o resultado da compres-são com relação ao original em A (fig.5).No processo de compressão, o Media Clea-ner toma conta de todo o processamento daCPU, desabilitando o teclado e outros dispo-sitivos. Para interromper este estado, bastamovimentar o mouse para que o MediaCleaner 4 suspenda temporariamente acompressão. Se o usuário deixar o mouseparado por alguns segundos, o Media Clea-ner retoma o processo de compressão. Issopode servir tanto para que o usuário possaacessar outras funções do computador quan-to para movimentar a barra Before/After.Durante o processo, é possível visualizar oresultado da compressão em comparaçãocom o arquivo original, utilizando a barraque aparece sob a imagem do movie. Aomovimentá-la, tem-se a imagem exata doframe após a compressão (fig.6).

Dicas para uma boa compressãoPara chegar no melhor resultado de umacompressão, devemos considerarquatro fatores: data rate, frame rate,tamanho do fra-me e freqüênciade key frames. O data rate é ataxa de transmis-são de dados emum determinadotempo para que oseja executadointegralmente notempo certo.Pode ser medidoem kilobytes porsegundo (kBpsou kB/s) ou kilo-bits por segundo(kbps ou kb/s).

fig.4

fig.5 fig.6

Ω

ProNotascontinuação

possibilitando que o novo chip, muito mais poderoso,seja utilizado numa próxima revisão do iBook.Além da codificação DVD embutida, o RAGE 128 Mo-bility tem uma poderosa capacidade de duplo display, demodo que a tecnologia de tela dupla re-introduzida nosPowerBooks “Bronze” deverá continuar a ser oferecidase a Apple optar pelo R128 Mobility, o que é provávelque aconteça. Ainda é uma incógnita se a Apple vai ounão usar o R128 na sua próxima geração de notebooks.No entanto, ele é o acelerador gráfico portátil mais rápi-do da atualidade.

EditDV traz novidadesA Digital Origin (antiga Radius) continua a desenvolverseu EditDV. Ela adicionou dois pacotes de aplicativos aoprograma de edição de vídeo, que vai se tornando umsério concorrente do Final Cut da Apple. Os comprado-res do EditDV 1.6 para Macintosh vão receber uma ver-são completa do RotoDV, uma ferramenta de pintura devídeo e efeitos especiais, assim como a versão comple-ta do PhotoDV, que permite capturar imagens paradasde camcorders DV e gravadores FireWire. O RotoDV éum programa para retoques, pintura de vídeo, efeitosespeciais, composição, rotoscopia e animação. Tambémestá disponível para venda separadamente, por US$399. O PhotoDV permite capturar um frame de vídeo epublicá-lo em papel ou na Web, trazendo funções comoauto resizing e de-interlacing. O software PhotoDV, queinclui o Adobe Photoshop LE, também está disponívelpara compra separadamente, por US$ 99. O pacoteainda tem o Media Cleaner EZ, da Terran interactive,custando US$ 799. A versão com apenas o EditDV estádisponível por US$ 599.Digital Origin: www.digitalorigin.com

Xerox compra divisão de impressorasa cores da Tektronix para enfrentar HPA Xerox decidiu desembolsar US$ 950 milhões paracomprar a divisão de imagem e impressão colorida daTektronix, o que a leva à segunda colocação nessemercado, com uma fatia de cerca de 30%. Com isso, aempresa ganha força para combater a HP pelo domíniodo mercado de impressão. A Tektronix faturou US$ 725milhões somente com a linha Phaser de impressão alaser e cera sólida.

Final Cut é otimizado para G4A Apple anunciou que o Final Cut Pro 1.2, a nova ver-são de seu software de edição de vídeo, será lançadoem novembro. O programa já estará otimizado para oPower Mac G4, a fim de proporcionar melhor render-ização e aplicação de efeitos especiais, acelerando oprocesso de compressão e descompressão de ima-gens. Ele também incluirá suporte ao Mac OS 9, queestá sendo lançado em outubro, e ao sistema de vídeoPAL, o dominante na Europa (e padrão no Brasil).Outras novidades são a possibilidade de importararquivos formatados em Flash, captura de múltiplosclipes em seqüência simultaneamente, suporte a plug-ins After Effects de terceiros e novos filtros de rever-beração para áudio. O Final Cut Pro 1.2 poderá serbaixado do site da Apple por quem já é usuário do pro-grama, ou então adquirido por US$ 999 nos EUA. Aindanão há previsão de vendas no Brasil.Apple: www.apple.com

MacPRO•63

Page 45: Tudo sobre o  Mac OS 9

Limpando vídeocontinuação

ProNotascontinuação

Sorenson Broadcaster cria conteúdostream para QuickTime 4Depois de meses em fase de teste beta, a Sorensonestá lançando o pacote Sorenson Broadcaster1.0 para a criação de conteúdo ao vivo (streaming)para o QuickTime 4. É o primeiro produto a oferecervídeo ao vivo e streaming de áudio através de redelocal, intranet e Internet, sendo que as transmissõespodem ser vistas e ouvidas em qualquer Mac ou PCcom o QuickTime 4.A empresa afirma que criar streams ao vivo é bemfácil com o Sorenson Broadcaster. Depois disso, ousuário só precisa transmitir o stream para umservidor QuickTime (em Mac OS, NT ou Linux), queirá disponibilizar o arquivo para vários clientes. Aconexão de rede pode ser qualquer coisa desdeuma linha dedicada ISDN a uma simples linha tele-fônica conectada à Internet. O Sorenson Broad-caster custa US$ 199 e pode ser comprado a partirdo próprio site da empresa.Sorenson Broadcaster: www.s-vision.com

Adaptec anuncia placas Ultra160 SCSIDois modelos de placas Ultra160 SCSI são as novi-dades da Adaptec para quem tem um Mac PCI, oque inclui os novos G4. O padrão eleva a transfe-rência de dados para 160 MB por segundo (porcanal), oferecendo performance significativamentemaior do que as outras tecnologias. A empresa dizque o Ultra160 dobra o desempenho das placasUltra2 SCSI disponíveis atualmente no mercado. Aplaca PowerDomain 39160 já está no mercadoamericano, por US$ 555, e é voltada para o usuárioprofiça que trabalha com vídeo, publishing e pré-impressão. Ela oferece um duplo canal de 64 bitsque possibilita a conexão de até 30 discos e outrosperiféricos SCSI, usando apenas um slot PCI.Já a placa PowerDomain 29160N. que está paraser lançada agpra, terá um canal e oferecerá su-porte ilimitado a periféricos SCSI, assim comoconectividade para os mais rápidos discos externose sistemas RAID. A Adaptec afirma que o preço será“extremamente agressivo”.Adaptec: www.adaptec.com

A preocupação com o data rate é fundamen-tal, pois nele serão determinados fatores queinfluenciam na qualidade final do arquivo,bem como o seu temanho em kbytes e osmétodos utilizados para a sua execução naplataforma do usuário final. Para CD-ROMs multiplataforma de 2X umataxa entre 170 kB/s e 200 kB/s é segura. Jápara CD-ROM de 4X podemos utilizar valo-res entre 220 kB/s e 300 kBps. Para DVD-ROMs pode-se utilizar valores emtorno de 1Mb por segundo. Já para aweb os valores variam de acordocom a conexão: para conexõesde 28,8 pode-se utilizar 2,5kbytes por segundo (20 kbitspor segundo); para conexões de56,6k pode utilizar 4 kbytes porsegundo (32 kbits por segundo); paraconexões T1, 20 kbytes por segundo (160kbits por segundo). Não se esqueça de calcular o espaço disponí-vel para o vídeo na produção final. No caso doCD-ROM, os 650 Mbytes disponíveis devemser compartilhados com programas de instala-ção, arquivos de Director, arquivos de texto dotipo “leia-me”, bases de dados etc. Por exem-plo, se você deseja colocar uma hora de vídeonum CD-ROM cuja plataforma mínima con-tenha um drive de 4x e os outros arquivossomam 100 MB, o data rate deve ser de nomáximo 152 kB/s (550 mil kBytes livres/3.600segundos = 152 kB/s). Esse valor é quase ametade do que um CD-ROM de 4x suporta,porém a limitação foi determinada pela quan-tidade de espaço disponível. Outro fator é o codec utilizado. Codecs como oSorenson e o MPG-4 atingem níveis excelen-tes de data rate, mas exigem uma CPU maispoderosa para realizar a descompactação. Porexemplo, um vídeo de 10 kb/s utilizando ocodec Sorenson pode ser executado sem pro-blemas num Power Mac ou Pentium de 60MHz. Já uma compressão utilizando o mesmo

codec com data rate de 200 kb/s exige um G3ou Pentium II para rodar corretamente.A escolha do número de quadros por segundo(frame rate) também deve ser consideradacom cuidado. Quanto maior o número de fra-mes por segundo, mais suave vão ser osmovimentos e mais rápida deverá ser a CPUpara executá-los corretamente. Geralmenteem multimídia utiliza-se 15 frames por

segundo (fps).O tamanho em pixels do movie tam-

bém irão afetar a qualidade final dovídeo. O melhor tamanho é o

resultado da relação entre odata rate, o Codec utilizado, o

número de quadros por segun-do e a plataforma mínima. Por

isso é recomendável experimentardiversas possibilidades para ser chegar

no melhor resultado. De um modo geral,podemos sugerir os seguintes valores: • Modem – 160 x 120.•ISDN – 192 x 144.•T1 – 240 x 180.•CD-ROM – 320 x 240.•DVD-ROM – 640 x 480.Um recurso utilizado com freqüência é aduplicação do tamanho da tela de execução. Oresultado é um vídeo com o dobro de tama-nho em pixels, com o mesmo tamanho embytes e uma perda na qualidade de imagem.Por exemplo, um vídeo é gerado em 320 x240 e executado em 640 x 480. Esse recursode aumento de dimensões é encontrado tantono MoviePlayer quanto em programas deautoria como o Director e exige um processa-mento mais intenso da CPU para recalcular aimagem reescalada.Finalmente, o número de key frames é outrofator importante. O número de key frames vaidepender do codec utilizado, do conteúdo domovie e de como ele será visualizado pelousuário. Com o codec Cinepak, um key framea cada segundo é um valor razoável. Para umvídeo com muitas alterações de cores epadrões, é recomendável aumentar para umkey frame para cada meio segundo. Paracodecs voltados para a web, como o Sorenson,recomenda-se um key frame para cada 10segundos. Para vídeos que o usuário irá aces-sar randomicamente, é recomendável umnúmero maior de key frames, pois se o keyframe estiver distante do ponto acessado, iráocorrer uma demora significativa para segerar o frame nesse local.

Arquiteturas multimídia e codecsQuando o assunto é vídeo digital, dois aspec-tos devem ser considerados: •Sincronismo de imagem e áudio.•A criação de arquivos com qualidade e que

Ficha técnica do Media Cleaner Pro

Ovídeo digital

tem dois fundamen-tos: a arquiteturamultimídia e os

codecs

Terran Interactive: www.terran.com

Preço: US$ 499,00

Configuração mínimaPower Mac; Mac OS 8.0 ou superior; QuickTime 3.0ou superior; encoders para a criação de formatosadicionais (RealPlayer G2, Windows Media etc.); 16MB de RAM; CD-ROM; 5GB de HD

Formatos suportadosÁudioLê: AIFF, AIFC, AU, DV, QuickTime, Sound Designer II,System 7 Sound, WAVEscreve: AIFF, DV, MP3, QuickTime, RealAudio/RealG2, System 7 Sound, WAV

VídeoLê: DV, MPG-1, QuickTime, Video for Windows (AVI)Escreve: DV, MPEG, QuicTime, Real G2 (RealVídeo),Video for Windows (AVI), Windows Media (ASF)Imagens estáticasLê: BMP, GIF, JPEG/JFIF, MacPaint, Photoshop, PICT,PNG, QuickDraw GX Picture, QuickTime Image File(QTIF), Silicon Graphics Image File, Targa Image File(TGA), TIFFEscreve: BMP, GIF, JPEG/JFIF, PICT, QuickTimeImage File (QTIF)Animação e formatos 3DLê: 3D Metafile (3DMF), GIF animado, FLC/FLI,OpenDML, PICS, séries de PICTsEscreve: FLC, Image Sequence

MacPRO•64

Page 46: Tudo sobre o  Mac OS 9

ocupem pouca memória.Para que isso ocorra, duas tecnologias foramcriadas: arquiteturas multimídia e codecs. As arquiteturas multimídia são tecnologiasque possibilitam a estrutura geral e o sincro-nismo para a execução e distribuição dasmídias. Sem dúvida, o QuickTime da Apple éa arquitetura mais difundida, devido ao fatode ser multiplataforma e extremamenterobusta. No mundo Windows existe o Micro-soft Video for Windows (que executa os arqui-vos com extensão .AVI), que está sendo subs-tituído pelo DirectShow/Windows Media.Com a explosão da Web, outras tecnologiasficaram conhecidas, como o Real G2 e oWindows Media (NetShow).Os codecs (compressores/descompressores)são algoritmos usados para comprimir os ar-quivos de vídeo e áudio, de forma que, quan-do os arquivos são executados pelo sistema dearquitetura multimídia (o QuickTime, porexemplo), eles são descomprimidos em tem-po real. Para se ter uma idéia, um segundo devídeo sem compressão no formato NTSCocupa algo perto de 27 MB, e dependendo dacompressão, seu tamanho é reduzido de 10 a40 vezes. A compressão funciona através da

um fundo fixo, o sistema de com-pressão vai otimizar todos os pixelsque se mantiverem fixos e reduzir muitomais o tamanho do arquivo em kbytes do quese a câmera estivesse se movimentado otempo todo (fig.7).

Comprimir é bomCom a chegada iminente da Internet de ban-da larga, o vídeo digital não é mais um recur-so exclusivo dos desenvolvedores de CD-ROM. A nova linguagem de comunicação in-terativa que vai surgir como consequênciadessa tecnologia exigirá também a inclusão deimagens em movimento captadas no mundoreal. A vantagem do Media Cleaner 4 é que,além de oferecer resultados superiores aosdos sistemas de compressão dos softwares deedição, existe a possibilidade de ele trabalharem conjunto com eles (Adobe Premiere,Adobe After Effects, Avid Media Composer eMedia 100) facilitando a vida dos desenvolve-dores. Quem viver verá. M

GIAN ANDREA [email protected]

Descomprime mamutes congelados

na Mamute Mídia.

fig.7remoção de dados de vídeo e áudio; conse-qüentemente, ocorre uma degradação da qua-lidade do vídeo e do áudio. De um modo ge-ral, embora o processo de compressão sejalento, o de descompressão é cerca de 1/30mais rápido, o que permite que possamosassitir um vídeo continuamente. Exemplos decodecs são o Sorenson Video e o Cinepak.Os codecs funcionam removendo dadosredundantes, através da compressão espaciale da compressão temporal. A compressãoespacial funciona da mesma maneira que nasimagens estáticas: ou seja, ao invés de especi-ficar cada pixel de uma área da imagem quepossua uma cor muito próxima, pode-se gene-ralizar e atribuir para essa área só um valor.Por um lado ocorre uma perda de detalhes, epor outro uma redução de dados para repre-sentar a imagem.A compressão temporal funciona baseada emframes de referência, denominados key fra-mes. O key frame é um quadro completo comtodos os pixels e se parece com uma imagemestática normal. Os frames que vêm depoisdo key frame são chamados delta frames e pos-suem somente os pixels que se diferenciamdo key frame. Isso quer dizer que, se numacaptação de vídeo, atrás de um ator houver

Page 47: Tudo sobre o  Mac OS 9

Autor: Guy Kawasaki com Michele MorenoEditora: CampusPáginas: 220Preço: R$ 29

C rie como um deus, comandecomo um rei e trabalhe co-mo um escravo. É o que

recomenda o autor, um ex-funcio-nário da Apple adorado por noveentre dez macmaníacos. Se você comprou seu primeiro Mac ontem e não sabe quem é afigura, saiba que ele é o criador doconceito “evangelização”. Evangeli-zação é o que provavelmentealgum amigo seu fez com você, ao mostrar queo Mac é muito melhor que o PC, ao tirar suasdúvidas sobre a plataforma, ao emprestar umaMacmania para você ler, ao ajudá-lo a escolhero modelo; enfim, persuadi-lo com todas asarmas possíveis a passar para o lado “do Bem”.Repare que o evangelista não vende máquinas;isso é trabalho da Apple e seus representantes.O evangelista vende uma idéia e está o tempotodo pensando no que é melhor para você enão para o fabricante. Ele é um super fã doMacintosh que usa seus poderes para tentarfazer deste mundo um lugar melhor, ondehomens e máquinas vivam em harmonia. Soa poético? E é. Saiba, então, que todos oscolaboradores da Macmania são pessoas dessetipo e que esta revista é um enorme veículo de evangelização.

“Aperfeiçoe seu produto pensandonas pessoas que o compraram enão naquelas que não o fizeram.”Kawasaki já deu muita mancada nessa vida eusa isso como troféus de guerra. E, principal-mente, como lições para seus leitores. Não se envergonha de ter apoiado estratégias fura-désimas na tentativa de levar o Mac aos execu-tivos das maiores empresas americanas, nem da grana que enterrou no projeto do 4thDimension (US$ 110 mil, para ser exato), nem

de ter sido esnobado pela Microsoftantes de fazer carreira na Apple. Emvez de descredibilizá-lo como guru,isso ajuda muito na hora de enten-der capítulos como “Não se preo-cupe, seja imperfeito” e “Aprimore,baby, aprimore”. Para quem leu“O Jeito Macintosh”, do mesmoautor, e gostou do termo iídiche“chutzpah” (algo entre ter culhão eser cara dura, positivamente falan-

do), ele traz agora o conceito “Mensch”: umapessoa admirada devido a seu sentimento deética, justiça e nobreza. Tem até um teste rápi-do para descobrir seu Quociente Mensch.

“Não acredite que o melhor produto vencerá; se isso fosse ver-dade, Bill Gates estaria preparandocafés expressos e vivendo em umapartamento alugado.”Já deu para perceber que esse não é um livroescrito por marqueteiros com fórmulas garanti-das de sucesso ou previsões para o novo milê-nio empresarial. É um conjunto de dicas pre-ciosas para pessoas criativas desenvolveremseus produtos e serviços sem perder o foco noconsumidor. Coalhado de historinhas engraça-das e frases de efeito, é daqueles livros para seler de enfiada, por ser curto e bem escrito. Masele não fez tudo sozinho: além do co-autor,Guy usou uma lista de discussão na Internetpara recolher exemplos e discutir conceitos.Uma atitude pra lá de Mensch. µ

TONY DE MARCO

Resenhas

InDesign - O Futuro daEditoração Eletrônica

Autor: Vitor VicentiniEditora: Market BooksPáginas: 208Preço: R$ 39 O primeiro livro noBrasil sobre o novosoftware de editora-ção eletrônica daAdobe é uma boamaneira para se

conhecer o programa antes de partir parauma transição. Comprando o livro, vocêpode solicitar um beta do InDesign, válidopor 30 dias. Colorido e bem ilustrado, olivro mostra passo-a-passo os conceitos bási-cos para quem quer começar a trabalharcom o InDesign.

Tratamento de Imagens no Photoshop

Autora: CarolBravermanEditora: Market BooksPáginas: 247Preço: R$ 63 Para quem quer avan-çar na arte doPhotoshop e apren-der a dar aquele tratonas imagens que pas-

sam pela sua máquina. Em uma série detutoriais, Carol Braverman demonstra técni-cas fundamentais do Photoshop, desde acriação de seleções com máscaras ou suavi-zadas, passando pela correção de cores paraum melhor resultado, até a criação de exten-sões e composições.

Photoshop TécnicasProfissionaisAutor: C. S. CanfieldEditora: Market BooksPáginas: 250Preço: R$ 49 O título “Photoshop Técnicas Profissionais”não deixa dúvida sobre para quem é dirigidoo livro. Nele, você aprenderá a utilizar osprincipais recursos do Photoshop e muitastécnicas de Desktop Publishing utilizadas nomercado. De qualquer modo, o autor tam-bém inclui uma breve introdução ao progra-ma para os menos experientes.

Regras para revolucionários

Novo livro de Guy Kawasaki promete ajudar

pessoas criativas nos negócios

66

Page 48: Tudo sobre o  Mac OS 9

O Outlook Express nunca foi o programamais amado pelos usuários de Macin-tosh. Muitos ainda consideram a Micro-

soft o inimigo público número um e, por con-seqüência, qualquer produto vindo do BillGates é visto como o inimigo privado númeroum. Além disso, o programa sempre apresen-tou algumas falhas e inconsistências. Mas umacoisa precisamos reconhecer: a Microsoft está

tentando de tudo parafazer as pazes com osmacmaníacos. O OutlookExpress 5.0 dá mais um

passo nesse sentido, oferecendo um cliente deemail mais fácil de usar e com novos recursosou, em alguns casos, funções que já devia ofe-recer há tempos.As mudanças começam logo após a instalação,que mantém o inteligente esquema de dragand drop. Ao iniciar o programa, surge o assis-tente de configuração, que pergunta ao usuáriose ele quer usar o software como programa deemail principal. O Outlook também oferece aalternativa de realizar um “test drive”, ao finaldo qual opta-se por adotar o aplicativo comocliente principal ou não, para não impor nada(nem parece a Microsoft).

Nova cara, novas funçõesA interface foi toda remodelada para se integrarmais ao estilo Office 98. Os ícones (feitos pelaIcon Factory) tornaram o programa bem maisbonito. Por outro lado, deixou-o bem maislento nas máquinas menos potentes.O programa continua a oferecer o recurso de“auto-complete” da versão anterior, mas incluiuma lista com os nomes similares ao que vocêestá digitando, a fim de agilizar o envio de

todos os telefones e endereços onde é possívelencontrá-la. Provavelmente, essas mudanças nalista de contatos estão relacionadas a mais umanovidade do Outlook: a opção de sincronizarcontatos com qualquer dispositivo Palm.

O filho do Emailer?O Outlook Express ficou ainda mais parecidocom o Claris Emailer, atualmente fora de linha.Exemplos disso são os recursos para incluirattachments nas mensagens, que contam comos botões de acrescentar, remover e buscararquivos nas mesmas posições que no progra-ma da Claris. Os usuários ainda podem esco-

lher diversos tipos de co-dificação e usar o StuffItpara comprimir os docu-mentos “atachados”. Maso Outlook vai mais longee ainda diz qual codifica-ção é mais indicada paradeterminada plataforma(BinHex para Mac, MIMEpara Windows, uuEncodepara Unix etc.). Também é

oferecida a opção de incluirextensões de PC aos arquivos eainda escolher se o attachmentserá enviado para quem está naslistas CC e BCC.Outra característica importadado Emailer é a opção de baixarparcialmente mensagens queultrapassem um tamanho deter-minado pelo usuário. Até o

Resenha MÁRCIO NIGRO

68

Outlook Express 5.0Microsoft dá uma garibada geral

em seu programa de email

A função auto-complete foi melhorada

Importar mensagens pode demorar bastante

Nova agenda pode armazenar toneladas de dados

Interface ficou mais bonita

e funcional. Mas pode ser

muuuuito vagarosa...

Durante os cinco passos do assistente de insta-lação, é possível inserir os dados de sua contaInternet e importar mensagens, endereços eassinaturas de seu programa de email (comoEmailer, Eudora e Communicator). Mas já avi-samos logo de cara que, se você tiver muitasmensagens, o processo vai levar um bomtempo (em um Performa 6400/180, levouquase duas horas para importar cerca de 500mensagens). O Outlook precisa de uma enor-me quantidade de memória para importargrandes quantidades de email do Emailer.Aloque toda a memória possível quando forfazer isso e, se não for suficiente, apele para amemória virtual.

mensagens. Algo bem prático. Ele mostra nalista tanto os nomes quantos os endereços quebatem com as iniciais definidas.O Address Book foi bastante ampliado, poden-do armazenar tone-ladas de informa-ções sobre cada umde seus contatos. Sevocê quiser, e se forcapaz, pode associara uma pessoa 14endereços de emaile oito campos per-sonalizados, além de

Pró: Interface mais simpática e funcional.

Ficou bem mais parecido com o Claris

Emailer, e até o superou em alguns quesitos

Contra: Lento em Macs não-G3. Importar

contatos exige muita memória. Tradição

de bugs esquisitos e inesperados pode ter sido

mantida: use com cuidado

Page 49: Tudo sobre o  Mac OS 9

menuzinho onde você escolhe se quer baixar,deletar ou deixar a mensagem no servidor foiincluído no novo Outlook, assim como a fun-ção de pegar todas as mensagens do servidor.Tirar os botões que permitiam sumir com umdos três painéis (folders, lista de mensagem ecorpo da mensagem), que existiam na versãoanterior, entretanto, foi um passo para trás.

uma mensagem, a fim de marcá-la e facilitar asua identificação entre outras (como as ban-deirinhas do Netscape). Você pode usar as bandeirinhas como quiser e até utilizar filtrospara aplicá-las.

Filtrando o lixoOutra novidade interessante é o Junk MailFilter, feito para filtrar mensagens enviadas porpessoas que não valem o chão que pisam.Demora um pouco para configurá-lo, mas ele écapaz de detectar mensagens que possam serclassificadas como junk mail (com muitas letrasem caixa alta ou pontos de exclamação, porexemplo). O usuário define se a sensibilidadedo filtro será alta ou baixa e o programa indicaos emails suspeitos, sendo possível ainda mar-car as mensagens como lidas ou executar umAppleScript.

listas de email sem precisar criar filtros específi-cos para cada uma. O recurso é facílimo deusar e até divide-os em mensagens individuaisdigests. Outro grande lance é que você podecriar regras para listas de email ou aplicarregras a partir dos menus contextuais.

Resumo da óperaNo final das contas, o Outlook Express 5.0 foiuma boa surpresa. Em alguns aspectos, o pro-grama bateu todos os outros, mas semprevamos sentir falta de algo que outro cliente deemail possui. Os bugs da versão anterior foram resolvidos,mas é sempre bom lembrar que a Microsoft fazquestão de inovar nessa área. Até agora, só doisbugs foram encontrados na versão 5.0. O pro-grama disca quando você dá “send” mesmo seo Remote Access não estiver ajustado para seraberto por aplicativos TCP/IP. Um bug sério foirelatado em relação ao leitor de News, que estácausando sérios problemas nos servidoresdesse serviço.

Com a pesquisa avançada encontra-se tudo

OUTLOOK EXPRESS 5.0

¡™£¢Microsoft: www.microsoft.com/mac/

69

O filtro de JunkMail tenta identificar os spams

A nova janela de progresso está bem completa

As opções de compressão estão mais didáticas

Inclua diversas ações na agenda de eventos

A ferramenta de filtro de email (Rules) foi tam-bém melhorada, permitindo criar inúmeros cri-térios e ações, além de oferecer novos tipos deambos, superando o Emailer nesse quesito.Mas talvez você acabe usando pouco os filtros.A Microsoft incluiu ainda o Mailing ListManager, que permite gerenciar todas as suas

A barra que rolaMudanças sutis também podem cativar o usuá-rio. Agora a rolagem das mensagens pode serfeita inteligentemente com a barra de espaço,que oferece um movimento suave por toda ocorpo da mensagem. Quando a mensagemchega ao fim, a barra de espaço ainda servepara acessar a próxima mensagem não lida.A Microsoft incrementou ainda mais a funcio-nalidade de procura do programa. Um novobotão Find na caixa de ferramentas permite realizar pesquisas nos campos Subject, From, To e no corpo da mensagem. Além disso, oAdvanced Find possibilita aos usuários procu-rar em todas as caixas de correio, usando diver-sos critérios.O Outlook Express 5.0 passou a incluir umaagenda de eventos bem completa, onde vocêpode definir uma extensa lista de ações,incluindo mandar, receber e deletar mensa-gens. E o novo botão Flag na barra de ferramen-tas possibilita adicionar uma bandeirinha a

Quem já usa a versão 4.5 não precisa nem titu-bear, pois a atualização é muito melhor e fun-cional. Já quem está pensando em trocar desoftware deve dar uma conferida, pois não dóinada. Até porque o programa é de graça epode ser baixado livremente da Internet. E quem não troca seu programa de email pornada neste mundo, ou nem passa perto de pro-gramas da Microsoft, nem deveria ter lido estetexto até aqui. µ

Page 50: Tudo sobre o  Mac OS 9

74

Ombudsmac CARLOS EDUARDO WITTE

As opiniões emitidas nesta coluna não refletem a opinião da revista,

podendo até ser contrárias à mesma.

N ão teve almoço de graça, nem sorteio deiBook e nenhum evangelista alvoroçan-do a platéia com as maravilhas do

QuickTime. Aliás, lá de Cupertino não veio nin-guém. E ainda assim, o saldo foi um dos melho-res seminários para desenvolvedores dos últi-mos anos. Organizado pela Apple Brasil e Ma-cromedia, o Developer’s Day 99 reuniu desen-volvedores de Macintosh e pecezistas converti-dos in loco na Câmara Americana de Comérciono último 29 de outubro, mostrando novos pro-dutos, cases e recrutando a fina nata das empre-sas e desenvolvedores da plataforma Macintosh.O evento teve duas partes. Na primeira, a Ma-cromedia mostrou sua estratégia, seus númerose suas ferramentas para a Internet. O pessoalda Zero Um Digital mostrou o Dreamweaver eRicardo Cavallini, colaborador da Macmania eDiretor da Organics, falou sobre o famoso jogode futebol de botão do site da Brahma e seudesenvolvimento em Director. De quebra, lite-ralmente abriu o jogo, fornecendo dicas precio-sas e cuidados que o programador deve tomarao criar jogos para a Web. Dimitri Lee, daMacBBS, demonstrou em sua palestra comoutiliza o Dreamweaver com um plug-in paracriar código JavaScript visualmente, pratica-mente não precisando tocar no código. Muitagente ficou babando, mas seu preço no Brasilainda afasta muita gente. Na segunda parte foia vez da Apple. Dimitri Lee retornou para mos-trar o Mac OS X Server. Falou sobre sua expe-riência na MacBBS, segurança e característicasgerais do sistema, e ainda deu umas tiradashilárias tendo a Microsoft como o usual saco depancadas. Ao que parece, muitos pecezistas seconverteram ali mesmo. Essa turma sabia muitopouco do Mac, e do OSX, menos ainda. O X Ser-ver, apesar de seu estágioprematuro de desenvolvi-mento, impressiona aqualquer um que estejaacostumado com Unix ou Windows NT.Depois foi a vez da Comet, que foi mostrar aferramenta de desenvolvimento e servidor deaplicações Apple WebObjects. E, encerrando, opessoal do DRC mostrou como é o desenvolvi-mento de software no Metrowerks CodeWarrior(a ferramenta de desenvolvimento utilizada pornove entre dez desenvolvedores Mac) e o Real-Basic, que causou um festival de queixos caí-dos. Muita gente se impressionou com a facili-dade e poder da ferramenta e, em especial, coma possibilidade de gerar no Mac aplicativos querodam em Windows.E, por fim, as entrelinhas, que fizeram desse

DRC: no caminho certo

evento um ótimo evento para os que aproveita-ram a oportunidade. Para quem é macmaníacode verdade, aquele que quando vai dormirbeija a esposa, o filho e o Macintosh, as pales-tras não trouxeram lá muita coisa nova. Quemacessa a Internet e fica ligado na Macmania jádeve ter visto de tudo isso um pouco. Mashouve sim, um fato muito bom e importante,que fez valer o evento: é a evolução do DRC.O DRC, ou Developers Resource Center, é obraço da Apple Brasil que cuida do relaciona-mento com os desenvolvedores da plataformaMacintosh. Lá são dados cursos sobre desenvol-vimento, suporte técnico especializado e é tam-bém onde é feita a localização do sistema ope-

racional Mac OS para oportuguês. E mais doque isso, na própria defi-nição da equipe do DRC,eles querem ser “a ponteentre os usuários da pla-

taforma, que reclamam que não há softwarepara Mac, e os desenvolvedores, que reclamamque não há mercado para seus produtos”. Tal-vez muitos não saibam, mas esse conceito já éverdade há algum tempo: muitas das empresasque tiveram sucesso com seus produtos o de-vem em parte à indicações do DRC, que enca-minha os clientes que o procuram diretamentepara os desenvolvedores, sempre que possível.O DRC não só está mais aberto, se aproximan-do cada vez mais dos desenvolvedores, comoestá com uma equipe bem mais completa ecompetente. Hoje, o DRC possui uma equipeque cobre praticamente toda a linha de desen-

volvimento para Mac que se pratica no Brasil,oferecendo cursos e suporte para soluções emWeb, multimídia e soluções em C, C++ eRealBasic, uma carência no passado recente. E em alto e bom som durante o evento, o DRCse colocou à disposição para críticas e suges-tões. Nos intervalos, o contato entre o públicoe o pessoal do DRC foi intenso. Ao que parece,o relacionamento com os desenvolvedores econsultores melhorou muito.Uma das coisas mais importantes em nichos éreunir as pessoas, criar sinergia. E o DRC temum papel vital em tudo isso. Por várias vezesnos eventos deste último ano, fui apresentadoa outros desenvolvedores e consultores, crian-do relacionamentos que já estão gerando fru-tos. Essa equipe, se bem direcionada, podemudar a história do desenvolvimento paraMacintosh no Brasil. E muito mais virá poraí… cursos na Web, eventos direcionados apúblicos específicos, mais cases, mais apoioetc. Aguarde. Tenho certeza de que muitagente irá discordar do que digo, mas acho queestamos no caminho certo. Há aqueles que vãover esse copo metade cheio, metade vazio, ouainda como um copo 50% maior que o neces-sário… mas as sementes estão sendo planta-das; é só esperar essa nova safra de maçãs ver-des-e-amarelas começar a dar bons frutos. µ

CARLOS EDUARDO WITTE [email protected]

Desenvolve em Java no Macintosh e beija a espo-

sa, a gatinha e seu iMac antes de dormir.

O importante emnichos é reunir as pes-

soas, criar sinergia