Tudo Sobre Gelo Seco

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Tudo sobre gelo seco. Vamos lá: O gelo seco dá uma resposta rápida e eficaz às necessidades imediatas de frio e de conservação e pode ser utilizado em numerosas outras aplicações, nem sempre devidamente conhecidas, embora, em muitos casos, bastante espectaculares. O gelo seco é uma das mais extraordinárias fontes de frio conhecidas. Cada quilograma liberta 150 frigorias (655 Kj), o que o torna um produto muito utilizado em todas as situações que requerem frio concentrado, seja para o transporte ou para a armazenagem de produtos perecíveis. O gelo seco que não é mais do que CO2 no estado sólido compactado na forma de pequenos cilindros, encontra-se a cerca de -80 ºC. Ao sublimar, o gelo seco não deixa resíduos, pois transforma-se directamente em CO2, o mesmo produto que é utilizado para carbonatar as bebidas com gás, libertando três vezes mais frio que o mesmo volume de gelo hídrico e a uma temperatura muito mais baixa. Deste modo, não são necessárias grandes quantidades de gelo seco para produzir frio. Em condições favoráveis e em caixas isotérmicas adequadas, 20 kg podem ser suficientes para manter alimentos congelados durante uma semana. A sua elevada densidade permite ainda ocupar pouco espaço, o que torna muito usado no transporte de produtos. A sua forma compactada em "pellets" ou em "nuggets" torna-o, também, num produto fácil de manipular e de aplicação imediata, o que associado à rapidez e ao elevado poder de refrigeração que lhe é característico, permite uma enorme variedade de utilizações no domínio do frio. Por outro lado, a libertação de uma atmosfera de CO2 gasoso, quando da sua sublimação, confere ao gelo seco propriedades bacteriostáticas e fungistáticas, o que significa que este tem a capacidade não só de "produzir frio" como ainda de inibir o desenvolvimento de microrganismos. • Principais aplicações de frio O gelo seco é particularmente indicado em todas as situações que exigem frio muito concentrado, facilmente disponível, e a muito baixas

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Tudo sobre gelo seco. Vamos lá:

O gelo seco dá uma resposta rápida e eficaz às necessidades imediatas de frio e de conservação e pode ser utilizado em numerosas outras aplicações, nem sempre devidamente conhecidas, embora, em muitos casos, bastante espectaculares.

O gelo seco é uma das mais extraordinárias fontes de frio conhecidas. Cada quilograma liberta 150 frigorias (655 Kj), o que o torna um produto muito utilizado em todas as situações que requerem frio concentrado, seja para o transporte ou para a armazenagem de produtos perecíveis.

O gelo seco que não é mais do que CO2 no estado sólido compactado na forma de pequenos cilindros, encontra-se a cerca de -80 ºC. Ao sublimar, o gelo seco não deixa resíduos, pois transforma-se directamente em CO2, o mesmo produto que é utilizado para carbonatar as bebidas com gás, libertando três vezes mais frio que o mesmo volume de gelo hídrico e a uma temperatura muito mais baixa. Deste modo, não são necessárias grandes quantidades de gelo seco para produzir frio. Em condições favoráveis e em caixas isotérmicas adequadas, 20 kg podem ser suficientes para manter alimentos congelados durante uma semana.

A sua elevada densidade permite ainda ocupar pouco espaço, o que torna muito usado no transporte de produtos. A sua forma compactada em "pellets" ou em "nuggets" torna-o, também, num produto fácil de manipular e de aplicação imediata, o que associado à rapidez e ao elevado poder de refrigeração que lhe é característico, permite uma enorme variedade de utilizações no domínio do frio. Por outro lado, a libertação de uma atmosfera de CO2 gasoso, quando da sua sublimação, confere ao gelo seco propriedades bacteriostáticas e fungistáticas, o que significa que este tem a capacidade não só de "produzir frio" como ainda de inibir o desenvolvimento de microrganismos.

• Principais aplicações de frio

O gelo seco é particularmente indicado em todas as situações que exigem frio muito concentrado, facilmente disponível, e a muito baixas temperaturas, constituindo uma fonte de frio muito prática, alternativa aos equipamentos de frio tradicionais. Por isso, o gelo seco é muito utilizado nas seguintes situações:

- Transporte e conservação de produtos perecíveis em geral;- Cadeia de frio da indústria alimentar, da produção à restauração;- Produção animal, nomeadamente no transporte e conservação de sémen e nos tratamentos veterinários;- Marcação de animais.

• Segurança

O Gelo Seco é um produto com numerosas utilizações. Contudo, o seu transporte e utilização

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exigem algumas precauções que importa conhecer.

Cuidado com as queimaduras: Se por acaso manusear gelo seco não deixe de utilizar luvas apropriadas. A baixa temperatura do gelo seco pode facilmente provocar queimaduras de frio na pele. Pela mesma razão, nunca engula ou ponha gelo seco na boca.

O gelo seco pode asfixiar: Em concentrações elevadas o gelo seco pode provocar asfixia, pelo que não deve ser transportado juntamente com os passageiros ou o condutor num veículo fechado. Tenha também cuidado para que este não seja guardado num local sem ventilação exterior onde estejam pessoas ou animais.

Guarde com toda a segurança: Devido ao seu aspecto, facilmente pode ser confundido com o gelo hídrico. Guarde-o fora do alcance de crianças, elas podem engoli-lo, queimar-se ou asfixiar-se. Evite também fechá-lo em recipientes herméticos ou em caves onde os vapores de gelo seco se podem acumular.

• Características

O gelo seco é CO2 no estado sólido, compactado com a forma de pequenos cilindros. Estes podem ter diferentes diâmetros que variam entre 3 e 16 mm. O gelo seco é facilmente sublimável, perdendo-se muito rapidamente para a atmosfera. Embora dependendo da forma dos cilindros, do seu tamanho, da temperatura exterior e da quantidade utilizada, as perdas de gelo seco podem atingir os 5 kg em 24 horas num recipiente normal. Mesmo em recipientes próprios, devidamente isolados, existem perdas pelo que o gelo seco deve ser utilizado logo que possível, após a sua produção.Quando este é armazenado, deve-se evitar abrir o recipiente. Procurando sempre que tal aconteça preencher os espaços vazios com papel ou outro material que permite tapar esses espaços que favorecem a sublimação do gelo seco.O gelo seco é produzido e acondicionado nos Centros de Serviço do Arlíquido e comercializado em embalagens de 5 Kg, 20 Kg ou em arcas especialmente concebidas para manter e transportar quantidades superiores a 100 Kg de gelo seco.

• Alimentação - O transporte com gelo seco

Durante o transporte é importante que a temperatura dos alimentos possa ser mantida dentro dos valores apropriados. Nos alimentos congelados a temperatura deve ser mantida entre os -18 ºC e os -20 ºC, enquanto que nos refrigerados deverá situar-se entre os 2 ºC e os 6ºC. O gelo seco é uma fonte de frio natural fácil de utilizar que respeita as qualidades dos alimentos e mantem a cadeia de frio até ao consumidor final. 

A sua potência frigorífica (150 frigorias/kg), associada às propriedades bacterioestáticas tornam-no numa solução flexível para o transporte de produtos alimentares que podem ser assim transportados facilmente em recipientes apropriados ou, mesmo, em caixas isolantes de esferovite. Normalmente o gelo seco deve ser colocado por cima dos alimentos, pois sendo o CO2 mais pesado do que o ar, o frio terá tendência para descer. Não deve ser deixado contudo nenhum espaço livre na caixa pois este irá favorecer a sublimação do gelo seco.

No transporte de alimentos, considere uma quantidade de 2 kg a 5 Kg de gelo seco por cada período de 24 horas. Utilize preferencialmente recipientes com paredes de 70 mm de

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espessura em poliuretano expandido. Estas caixas são concebidas para perderem apenas 2 kg de gelo seco em 24 horas num volume com capacidade de 10 litros. Esta solução permite que se transportem alimentos altamente perecíveis em compartimentos desprovidos de câmaras de frio.

Quando o transporte se efectuar de carro ou carrinha, tenha o cuidado de manter uma boa ventilação. Apesar das caixas térmicas serem isoladas, podem-se verificar perdas de CO2 para o exterior. Por outro lado, dado que, desde 1 de junho, que o gelo deixou de ser considerado mercadoria perigosa pelas companhias de aviação, pode também aproveitar este meio de transporte para transportar alimentos ou outros produtos perecíveis sem restricções. 

Qualquer que seja o tipo de transporte, deve procurar sempre adquirir o gelo seco pouco tempo antes da sua utilização. Não se esqueça que quanto mais tempo tiver o gelo seco guardado mais ele se perde.

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O gelo seco é a forma sólida do gás carbônico derivado de outras substâncias. Para produzi-lo, é preciso primeiro comprimir o gás em tanques e resfriá-lo até 20 graus negativos para liquefazê-lo. Depois disso, toda a pressão é eliminada bruscamente e ele se expande. O gás que fica no tanque absorve calor e o líquido se solidifica a uma temperatura de 78,5 graus negativos. Em contato com o ar, a substância desprende vapores.

Gelo secoOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Gelo-seco é o nome popular para o dióxido de carbono solidificado ao ser resfriado a

uma temperatura inferior a -78ºC. Ao ser aquecido napressão atmosférica torna-se imediatamente

gás de dióxido de carbono, sem passar pelo estado líquido (processo conhecido porsublimação). O

estado líquido só pode existir numa pressão superior a 70 atmosferas. Se o ar quente sopra sobre o

gelo-seco, forma-se uma nuvem branca densa, que permanece ao nível do chão, efeito às vezes

utilizado no teatro. O gelo-seco também é usado como recurso de refrigeração. À medida que o

gelo-seco aquece, ele transforma-se em dióxido de carbono gasoso - e não em líquido. A

temperatura muito gelada e a característica de passar diretamente para o estado gasoso

(característica também conhecida como sublimação) fazem do gelo-seco uma excelente opção para

refrigeração. Por exemplo, se você quer atravessar de um ponto a outro do Brasil com uma carne(ou

outro produto)congelada, você pode cobrir ela com gelo-seco. O produto ficará congelado a viagem

inteira até chegar ao destino - e nada ficará molhado, diferente do que aconteceria se fosse usado

gelo normal (à base de água). Muitos já estão familiarizados com o nitrogênio líquido, que ferve a -

196º C. O nitrogênio líquido é de difícil manuseio (por ser líquido).

Todos estamos familiarizados com o comportamento dos estados físicos da água. Sabemos que ao

nível do mar, a água se congela a 0º C e ferve a 100º C. Mas, a água se comporta de forma

diferente se você mudar a pressão. À medida que a pressão diminui, o ponto de ebulição cai. E se a

pressão baixar o suficiente, a água ferverá à temperatura ambiente.

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Em pressões normais, o dióxido de carbono muda diretamente de gás para sólido. Em tanques de

alta pressão ou extintores de incêndio contêm dióxido de carbono líquido.

Para produzir gelo-seco é preciso um recipiente de alta pressão com dióxido de carbono líquido.

Quando se libera o dióxido de carbono líquido do tanque, a expansão do líquido e a alta velocidade

de evaporação do dióxido de carbono gasoso esfriam o resto do líquido até o ponto de

congelamento, no qual ele se transforma diretamente em sólido (ressublimação). Se você já viu um

extintor de incêndio de dióxido de carbono em ação, viu uma espécie de "neve" se formar no bocal.

Essa "neve" é o dióxido de carbono (líquido) começando a virar um bloco de "gelo-seco".