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85 Tu Bishvat Crianças e árvores crescendo juntas Fontes beechad bishvat Rosh Hashana lailan kedivrei Beit Shamai, Beit Hilel omrim bechamisha assar ba… No primeiro dia de shvat, comemora-se o Rosh Hashana da árvore, de acordo com Beit Shamai, e no dia quinze, de acordo com Beit Hilel(Mishna Massechet Rosh Hashana perek alef, mishna alef) bachamisha assar bishvat Rosh Hashana leilan… …o décimo-quinto dia do mês de shvat é o ano novo da árvore. (Mishna Rosh Hashana 1,1) *A árvore na religião judaica Um laço baseado em um carinho e apreço especiais se reflete no conteúdo das fontes literárias religiosas: na Bíblia, assim como no Talmud e nos midrashim. As Escrituras proíbem expressamente o abate de árvores frutíferas, inclusive em tempos de sítio ou de guerra, nos tempos que, baixo à tensão do perigo, nem sempre se é meticuloso no cuidado de hábitos ou maneiras culturais e no controle dos instintos. Não somente a vida do homem é importante no Judaísmo, como também a das árvores, especialmente aquelas que dão frutos, já que servem à sobrevivência humana. A exceção reside em que, em tempos de emergência, fica permitido o abate de árvores que não dão frutos. Podemos ver que há um trato especial para as árvores, que foram especialmente contempladas na legislação bíblica. O Homem é comparado à árvore Árvores frutíferas, sobre as quais a Tora tem tanto cuidado, têm sua comparação ao homem frutífero, ou seja, aquele que não vive só para si, mas sim produz e providencia alimento e sustentação para o próximo. O melhor protótipo deste é o professor, que tem o mérito e a responsabilidade de ser uma árvore frutífera, de produzir frutos doces, saudáveis, belos, e, principalmente, que contenham a semente que levará adiante esta cadeia do conhecimento e conduta.

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Tu Bishvat

Crianças e árvores crescendo juntas

Fontes…beechad bishvat Rosh Hashana lailan kedivrei Beit Shamai, Beit Hilel omrim bechamisha assar ba…

… No primeiro dia de shvat, comemora-se o Rosh Hashana da árvore, de acordo com Beit Shamai, e no dia quinze, de acordo com Beit Hilel…

(Mishna Massechet Rosh Hashana perek alef, mishna alef)

…bachamisha assar bishvat Rosh Hashana leilan…

…o décimo-quinto dia do mês de shvat é o ano novo da árvore.(Mishna Rosh Hashana 1,1)

*A árvore na religião judaicaUm laço baseado em um carinho e apreço especiais se reflete no conteúdo das fontes literárias religiosas: na Bíblia,

assim como no Talmud e nos midrashim. As Escrituras proíbem expressamente o abate de árvores frutíferas, inclusive em tempos de sítio ou de guerra, nos tempos que, baixo à tensão do perigo, nem sempre se é meticuloso no cuidado de hábitos ou maneiras culturais e no controle dos instintos. Não somente a vida do homem é importante no Judaísmo, como também a das árvores, especialmente aquelas que dão frutos, já que servem à sobrevivência humana. A exceção reside em que, em tempos de emergência, fica permitido o abate de árvores que não dão frutos. Podemos ver que há um trato especial para as árvores, que foram especialmente contempladas na legislação bíblica.

O Homem é comparado à árvoreÁrvores frutíferas, sobre as quais a Tora tem tanto cuidado, têm sua comparação ao homem frutífero, ou seja, aquele

que não vive só para si, mas sim produz e providencia alimento e sustentação para o próximo. O melhor protótipo deste é o professor, que tem o mérito e a responsabilidade de ser uma árvore frutífera, de produzir frutos doces, saudáveis, belos, e, principalmente, que contenham a semente que levará adiante esta cadeia do conhecimento e conduta.

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Descrição da festa* Tu Bishvat é, em Israel, o “aniversário” oficial das árvores, comemorado no décimo quinto dia do mês de shvat. A

data do ano novo das árvores foi designada por chachamenu (nossos sábios) de Israel em Tu Bishvat, seguindo sua observação à natureza. Após observar o clima e sua influência sobre a natureza, repararam que, em Israel, no mês de shvat, chovia o maior volume, comparando à quantidade do ano inteiro, e que, nesta época, as árvores, tendo absorvido a água das chuvas do ano anterior, começariam novamente a florescer e a dar frutos.

Tu Bishvat é considerado o início do ano das árvores, pois é o ponto médio do inverno em Israel: a força do frio dimi-nui, a maioria das chuvas do ano já caiu e a seiva das árvores começa a subir. Como resultado, os frutos começam a se formar. A fruta que já estava madura antes de Tu Bishvat foi nutrida na estação chuvosa anterior.

O cálculo dos anos de uma árvore é necessário para a realização das diversas mitzvot da Tora:maasrot – o dízimo dos frutos de cada ano;orlo – proibição de comer frutas de árvores nos três primeiros anos;revai – redenção dos frutos no quarto ano;shmita – o ano sabático.Este dia possui um significado especial, pois o ser humano é comparado à árvore, conforme escrito na Tora: “Pois o

homem é como uma árvore no campo”. A árvore está constantemente crescendo e, assim, devemos nós também crescer; a árvore produz frutos e, assim, de-

vemos também produzir frutos. Em Tu Bishvat, devemos renovar nosso crescimento pessoal, assim como as árvores que começam a retirar umidade da terra:

raiz = em conexão à fonte = fétronco, corpo principal = estudo e cumprimento da Torafruto, o resultado = influência positiva.

Em IsraelAtualmente, no dia quinze do mês de shvat, celebra-se

Tu Bishvat, o ano novo das árvores, plantando árvores e comendo frutas típicas e tradicionais de Israel, eviden-ciando a ligação íntima do povo judeu com a sua terra e seu profundo amor às árvores.

Com o começo do re-assentamento em Israel, esta festividade tornou-se a festa do plantio da árvore, que simboliza a vontade do povo de se enraizar em sua terra. Daí por diante, o plantio de árvores ficou sendo o motivo central desta festividade. Como o plantio de árvores, em volta da maioria das escolas, já se completou, esta festi-vidade recebeu um significado adicional, comemorando, também, o Dia da Preservação à Natureza, realizando o costume de sair e passear na natureza.

Israel é um dos poucos países que, neste começo do século 21, tem mais árvores do que no princípio do sé-culo passado. Desde que foi plantada a primeira árvore no Bosque Ben Shemen, em 1908, os bosques cumpriram muitas funções na história de Israel. Primeiro, e sobretu-do, cuidar das terras nacionais, proporcionando ocupa-ção a milhares de novos imigrantes que trabalharam em obras de reflorestamento. Consequentemente, o bosque e a árvore, passaram a simbolizar a volta à Terra de Is-rael.

A partir de 1949, após o surgimento do Estado de Is-rael, a Knesset - Parlamento de Israel também comemora seu aniversário neste dia.

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Mensagens das escolas Homens e plantas

O homem é como a árvoreTu Bishvat é o Ano Novo das Árvores, uma festa come-

morada com o cumprimento de vários costumes. Cha-chamenu os associam à frase: “O homem é como a ár-vore do campo”, pois a analogia entre árvore e homem é tão fundamental para nossa personalidade, que os seres humanos celebram o Ano Novo das Árvores.

Há aspectos básicos em uma árvore: raízes, tronco, galhos, folhas e frutos. As raízes não são visíveis. Entre-tanto, são elas que sustentam a estrutura da árvore e lhe permitem suportar fortes ventos. Pelas raízes, a árvore retira a maior parte de sua nutrição. O tronco e os galhos representam a porção maior da árvore; são a parte, onde o crescimento é refletido e são aquilo que faz a árvore atraente a quem a vê. Contudo, não são o propósito su-premo da árvore. O propósito máximo da árvore é seu fruto, pois é o fruto que beneficia o outro e contém as sementes que provêem as espécies com potencial para posteridade.

Possuímos uma símile para cada um destes aspectos em nossa personalidade. As raízes representam o poten-cial de fé, qualidade espiritual que liga o homem a D’us, a fonte de sua nutrição. À medida que alguém cresce e se desenvolve espiritualmente, continuamente conta com seus fortes laços de fé como apoio. O tronco, os galhos e as folhas representam o estudo da Tora e a ex-pressão dos valores judaicos na conduta diária. Estes são os meios que permitem a alguém crescer e desenvolver. E são estas atividades que lhe geram beleza interior e o tornam atraente aos outros.

A realização suprema da pessoa, contudo, são seus frutos, seu desenvolvimento com os outros: primeiro e acima de tudo, com sua própria família, as sementes que planta, mas também com quem vive a seu redor. Por meio destes esforços, uma árvore gera outra; uma pes-soa é capaz de inspirar um colega a imitar seu exemplo, estabelecer uma base de fé.

Crescimento constanteHá uma dimensão positiva singular para o crescimento

potencial das plantas. Em oposição aos animais ou hu-manos, cujo crescimento físico cessa a uma determinada idade, as plantas crescem continuamente; sua vida e cres-cimento são intrinsecamente relacionados. Em particular, tal qualidade se relaciona às árvores, pois dentro do rei-no vegetal são elas que crescem altaneiras em direção ao céu, exibindo o potencial de crescimento muito mais

que as outras plantas. Esta é uma qualidade que nós, hu-manos, devemos procurar imitar. Embora o crescimento físico possa cessar, devemos lutar por continuar a crescer intelectual e espiritualmente, sem parar de desenvolver o potencial humano.

Enraizado na fonteO potencial de crescimento das plantas é caracte-

rizado por uma qualidade única. Embora uma planta continuamente cresça para o alto, sempre permanece ligada à sua fonte de alimento, o solo. Em oposição a animais e humanos, que se movem livremente para que vicejem e floresçam, as plantas devem continuar firmemente enraizadas.

Este conceito também pode servir como analogia ao desenvolvimento pessoal. A fonte de um judeu é a he-rança da Tora e, como acima mencionado, as raízes são uma analogia para o potencial de fé. À medida que cres-cemos e nos desenvolvemos como indivíduos, é exigido que muitos de nós passem grande parte do tempo em ocupações e preocupações além da esfera imediata da Tora. Quando podemos florescer em tais situações? Ape-nas quando a fé nos mantém firmemente enraizados na herança da Tora.

Há uma outra dimensão significativa sobre o cresci-mento das árvores. Ao contrário de outras plantas, as árvores vicejam por todo o ano. Não apenas são capazes de suportar diferentes estações e mudanças climáticas, como também crescem o tempo todo. Esta é também uma lição que pode ser aplicada à nossa vida. Deve-mos procurar ver cada situação como tendo o potencial de contribuir para o crescimento e tentar desenvolver a flexibilidade interna, que nos permite responder positi-vamente a transições e mudanças.

Como mudas crescem e vicejamTu Bishvat, como outras festas judaicas, possui uma

conexão especial com crianças. São elas que praticam o costume de comer os frutos de Tu Bishvat com ale-gria e entusiasmo. Aqui também há uma lição aplicável à nossa vida. Assim como uma pequena melhoria numa muda produz uma grande melhoria na planta, que sub-seqüentemente cresce dela, da mesma forma, uma pe-quena melhoria na educação das crianças as afeta por toda a vida.

(Texto extraído do Chabad News nº 230, adaptado de Likutei Sichot, vol. XVII) – Gani TT

TU BISHVAT

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Nomes da festaO significado do nome Tu Bishvat, na junção das letras

-que têm valor numérico 9 e 6, respectiva ,(vav)ו e (tet) טmente, totalizando 15, e בשבט (Bishvat), que significa, “no mês de shvat”. Daí, a comemoração acontecer no dia 15 do mês de shvat.

Rosh Hashana lailanot (Ano Novo das Árvores)Ano novo do dízimo de frutas das árvores, e contagem

de sua idade. Pelas diferentes maneiras de praticarem a festa, atual-

mente, apresenta novos nomes, como:

Chag Netiat Hailanot (Festa do Plantio da Árvore)ou Chag Hanetiot (Festa do Plantio).

Chag Hashkedia (Festa da Amendoeira)A origem deste nome vem da árvore da amêndoa

(shaked, shkedia), e foi escolhido por sua característi-ca especial de ter frutos que se mostram esforçados e persistentes, florescendo a cada ano com flores rosas ou brancas, até mesmo antes da época que as outras árvo-res dão suas flores. Seu florescimento dura 10-14 dias apenas, mas seus frutos amadurecem cinco meses mais tarde, no final do verão.

Iom Shmurat Hateva (Dia da Preservação à Natureza)

Conceitos importantes

• etz: árvore

• shoresh: raiz

• gueza: tronco

• anaf(im): galho(s)

• ale/im: folha(s)

• pri/perot: fruto/a(s)

• perach/prachim: flor(es)

• garin(im): grão(s)

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Símbolos e motivos, usos e costumes Tu Bishvat é celebrada, saboreando frutos. Costuma-se apreciar várias espécies de frutas, algumas da nova estação,

para poder recitar a bracha de shehechianu. É costume comer, especificamente, dos frutos pelos quais Eretz Israel é enaltecida: os shivat haminim.

A celebração cabalística de Tu Bishvat, originária de Tzfat, toma a forma de um seder1, similar ao seder de Pessach. Certas frutas são ingeridas numa dada ordem.

Segue abaixo a proposta de um guia para o seder de Tu Bishvat:1- Prepare uma mesa festiva com toalha, velas e flores;2- Comece servindo bolo ou outro alimento saboroso que leve farinha, recitando a bracha “bore minei mezonot”;3- Sirva vinho ou suco de uva, após o bolo, com a “bracha bore pri hagafen”;4- Recite, em seguida, a bracha da fruta, “bore pri haetz”, saboreando, em primeiro lugar, as frutas pelas quais Eretz Isra-

el é enaltecida, ou o fruto de sua preferência, seguidas pelos frutos, conforme a ordem dos 12 primeiros frutos, abaixo:

1. chita (trigo) é a base de sustento, mas demanda trabalho para crescer, ser colhido e processado. (seora, cevada, embora não incluída neste seder, é uma das sete espécies pelas quais Israel é abençoada. Usada com freqüência para alimentar animais, sua designação para o omer2 inspira nossos esforços para subjugar os ins-tintos animalescos).

2. zait (azeitona) fornece o melhor shemen (óleo) quando o fruto é esmagado. O azeite flutua sobre outros líquidos.

3. tamar (tâmara) é freqüentemente uma metáfora para a retidão, pois a tamareira é alta e frutífera. Ademais, a tamareira é resistível à mudança de ventos, assim como o povo judeu.

4. guefen (uva) pode ser transformada em diferentes tipos de alimentos (passas) e bebidas (vinho); assim, também, cada judeu tem o potencial de êxito em algum aspecto de Tora e cumprimento das mitzvot, e pode ser especial à sua maneira.

5. teena (figo) deve ser colhido assim que amadurece, pois logo estraga. Do mesmo modo, devemos ser rápidos nas mitzvot à mão, antes que a oportunidade se vá.

6. rimon (romã) tem 613 sementes, coincidente ao número de mitzvot da Tora. Tente contar! Mesmo o judeu menos cumpridor de mitzvot está repleto de méritos, assim como uma romã cheia de sementes.

7. etrog (fruta cítrica) é considerado extremamente belo e é importante à época de Sukot. O etrog permanece na árvore durante todo o ano, beneficiando-se de todas as estações, ensinando que o judeu deve ser judeu durante o ano todo.

8. tapuach (maçã) leva 50 dias para amadurecer. Também os judeus amadure-ceram durante os 50 dias entre Pessach e Shavuot. Assim como a macieira produz frutos antes das folhas, assim os judeus cumprem mitzvot, sem o pré-requisito da compreensão, como disseram na outorga da Tora: naasse venishma (“faremos” e, depois, “entenderemos, escutaremos”).

9. egoz (noz) divide-se em quatro partes, correspondentes às letras do tetragrama (do nome de D’us) e às quatro “rodas da Carruagem Divina”3. Como as nozes têm duas cascas, uma dura, outra mole, que devem ser removidas, assim também deve-mos sofrer a circuncisão física e espiritual.

10. shaked/shkedia (amêndoa) significa entusiasmo em servir a D’us, pois a amen-doeira é sempre a primeira a florescer. É por isso que o cajado de Aharon fez brotar especificamente amêndoas.

11. charuv/im (alfarroba) demora mais para crescer do que qualquer outra fruta. Lembra-nos da necessidade de investirmos muitos anos no estudo da Tora, para alcançarmos entendimento claro e valioso.

12. agas/sim (pera(s)) de diferentes cepas ainda mantêm muita afinidade. Ensina-nos a importância da união.

1 Seder; literalmente ordem. No contexto, refere-se a uma refeição, que segue determinada ordem de cumprimento de mitzvot.2 Omer, contagem para a colheita.3 Carruagem Divina refere-se ao relato bíblico sobre o profeta Ezequiel.

TU BISHVAT

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*Mitzvat HanetiaO plantio de árvores, mitzvat hanetia, é a primeira

mitzva ordenada a bnei Israel, ao chegarem a Eretz Cnaan.

*Shmira al priA mitzva de proteger o fruto, shmira al pri, ao mesmo

tempo que proíbe arrancar ou destruir árvores, também proíbe abandoná-las até que sequem.

*Mitzva lo taaseO mandamento proibitivo, mitzva lo taasse, nº 529 es-

tabelece que “Não destruirá árvores frutíferas”, em pa-rashat Shoftim, cap. 20, versículos 19-20, sobre preserva-

ção da natureza. A Tora proíbe que se cortem árvores, mesmo no intuito de sitiar uma cidade.

*Mitzva bal tashchit A proibição de destruir, bal tashchit se estende, inclu-

sive a rasgar, queimar roupas, quebrar qualquer objeto sem necessidade, com a intenção de evitar o desperdício. Essa mitzva tem, por finalidade, refinar nossa alma, no sentido de valorizar o que é bom e útil e, assim, afastar a maldade e o estrago. É este o caminho dos justos: amar, conseguir a paz, usufruir tudo o que Hashem criou. En-tristecem-se com a perda de algo mínimo, empregam todos os seus esforços para salvá-lo do desperdício.4

O significado da festa para crianças na idade infantil

Para facilitar o trabalho da professora de Educação Infantil, são propostos três níveis gerais no ensino-aprendizagem dos conteúdos ligados à Tu Bishvat de acordo com os três anos que a criança freqüenta o jardim-de-infância (de 3 a 6 anos):

De 3 a 4 anos, as crianças já podem identificar a festi-vidade, e dar-lhe o nome usual e freqüente, Tu Bishvat. Além disto, por meio de vivências baseadas no jogo e na brincadeira, as crianças poderão conhecer os símbolos do chag: shivat haminim (7 espécies: chita; seora; gue-fen; teena; rimon; zait; tamar), diferentes tipos de árvo-res e frutas. Partes da árvore: raiz, tronco, galhos, folhas, fruto, e cuidados com as plantas. Alguns costumes carac-terísticos da festa de Tu Bishvat, poderão ser vivenciados pelo olfato, observação, comparação de forma, tamanho, cor e degustação de frutas; observação de árvores em diferentes fontes.

* Nesta faixa etária, a festa poderá ser trabalhada de maneira exploratória e concreta adequada à idade. Dá-se o início o conhecimento da mitzva de seudat Tu Bishvat, as brachot anteriores aos alimentos e a “bracha al pri haetz”.

De 4 a 5 anos, quando a criança já manifesta compreensão mais intuitiva, e não somente concre-ta, seus conhecimentos de costumes e símbolos se vão ampliando, assim como se vão ampliando os ambientes de vivência: em casa, na escola, na co-munidade. Nesta época, a criança já pode entender a festa de Tu Bishvat e seu significado, contados em linguagem simples, além de poder compreender mais facilmente certos valores sociais, como cuida-dos com as árvores e com alimentos, não os des-perdiçando. A criança pode aprender os nomes adi-cionais de Tu Bishvat: Rosh Hashana Lailanot e seu contexto, além dos símbolos e costumes e seus sig-nificados, vivenciados pela família e pelo ambiente próximo. Além dos nomes das frutas, as crianças já podem conhecer suas características, assim como a

árvore, suas partes e características, e valores como a importância do cuidado com a árvore.

* Nesta faixa etária, a criança já pode conhecer as mitzvot básicas e seus conceitos: seudat Tu Bishvat, o plantio, aprender que há e quais são as brachot anteriores aos alimentos; a bracha “bore pri haetz” e a importância do cuidado com as plantas.

De 5 a 6 anos, juntamente com a experiência que a criança vai acumulando, ela passa a compreender mais profundamente o significado de costumes e símbolos re-levantes, que são de valor para o povo judeu. Revela curiosidade em conhecer a história da festa e seu signi-ficado, inclusive as origens das idéias ligadas à festivida-de. Outros aspectos que se podem abordar com crianças nesta faixa etária são: o histórico e seu significado, os va-lores morais e nacionais ligados ao chag, os nomes espe-ciais do chag. Além do nome usual da festa, Tu Bishvat e seu significado, pode-se usar o nome especial, Rosh Hashana Lailanot, explicando a importância da árvore e do bosque para o homem e para a natureza. É adequado, também, conversar sobre os costumes aceitos pela co-munidade e pelo povo e seus significados, como p. ex., plantar árvores, enfatizando a importância destas para o homem, sua vida, para a paisagem, além de incentivar atividades agrícolas relevantes.

* Nesta faixa etária, a criança já compreende o sig-nificado das mitzvot e, além das mitzvot de seudat Tu Bishvat, realizam-se as mitzvot ligadas com Eretz Israel: a mitzva do plantio, e os cuidados com as plantas (shmira al pri), maasser, orla, revia, shmita. Nesta fase, a criança já pode conhecer as brachot anteriores aos alimentos e a ordem em que devem ser recitadas, além dos shivat haminim.

4 Sefer Hachinuch (Livro da Educação).

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Planejamento de atividadesAtividades planejadas em torno do eixo principal: os conteúdos de Tu Bishvat

Comemorando e plantando em Tu BishvatConteúdos:comparação de diferentes plantas, pela visualização e experimentação.Objetivos potenciais:desenvolver a capacidade de observar e identificar os processos de desenvolvimento de uma planta.Descrição:(1) plantação de batata doce: fincar palitos de churrasco de cada lado da batata e apoiá-la em recipiente, mantendo só uma parte da batata em contato com a água; (2) plantação de feijão: colocar um pouco de algodão molhado e 3 grãos de feijão, no máximo, em recipiente pequeno como, p. ex., copo descartável. Manter o algodão sempre úmido e não encharcado de água; (3) Registro do crescimento das plantas.Materiais e recursos:fotos de plantas, material para plantar, diversas sementes e tubérculos.

Saboreando e aprendendo em Tu BishvatConteúdos:comparação dos shivat haminim, por visualização e degustação.Objetivos potenciais:reconhecer os processos de transformação de alguns dos shivat haminim em alimento manufaturado.Descrição:fazer um bolo; fazer suco de uva.Materiais e recursos:utensílios e ingredientes para o bolo e o suco.

Visitando um parque ou pomar em Tu BishvatConteúdos:visitação de parque ou pomar, observação direta de folhagens, tipos de troncos, tipos de árvores ou pés.Objetivos potenciais:vivenciar a natureza e o prazer que proporciona.Descrição:dar um utensílio para crianças coletarem amostras de folhas e frutos; registrar com máquina fotográfica as árvores, criar desenho de observação.Materiais e recursos:utensílios, máquina fotográfica, papel, prancheta, lápis colorido, entre outros.

Mitzva de shmitaConteúdos:entrar em contato com a mitzva, pela vivência.Objetivos potenciais:as crianças vivenciarão a mitzva de shmita.Descrição:as crianças, juntamente com a professora, confeccionarão a linha do tempo, colocando todos os meses ano a ano, um embaixo do outro, para perceberem a contagem.Materiais e recursos:papel craft, canetas, entre outros.

As árvores de nossa escola.Conteúdos:observação das várias espécies de árvores.Objetivos potenciais:entrar em contato com a natureza, via comemoração de Tu Bishvat.Descrição:pesquisar quais árvores há na escola, e observar o tronco, as folhas e os frutos.Materiais e recursos:árvores, lupas e luvas.

Adriano e o velho plantadorConteúdos:o conto de “Adriano e o velho plantador” (adaptado de Vaikra Raba, em anexo)Objetivos potenciais:a importância da preservação das árvores para as futuras gerações. Descrição:roda de conversa – (1) Contar a história, com linguagem apro-priada para crianças de 5 a 6 anos. Pode-se perguntar: O que esta história nos ensina? (2) Por que se plantam árvores? (3) A quem trazem benefícios? (4) Por que uma pessoa tão idosa se preocupou em plantar, se provavelmente não colheria os frutos? (5) O que ele pensou? (6) É certo preocupar-se com gerações fu-turas? (7) De que formas podemos ajudar gerações futuras?Atividades – (1) Listar as conclusões da roda de conversa e fazer um texto coletivo da classe, tendo a professora como relatora; (2) Dramatizar a história e fotografá-la; (3) Desenhar a história, com a figura de Adriano; (4) Falar sobre a festa: significado e costumes; (5) Mostrar fotos de árvores de Israel; (6) Plantar uma muda em vaso e fotografá-la; (6) Pedir que tragam folhas de casa, para produzir decalques de folhas; (7) Plantio virtual: www.clickarvore.com.br e (8) Montar um álbum: (página A) Colagem, na capa, do nome Tu Bishvat, em hebraico, e decoração a gosto; (pg. B) Desenho da história com a figura de Adriano; (pg. C) Tex-to coletivo sobre a história; (pg. D) Decalque de folhas (colocar folhas debaixo da página branca e passar lápis de cera deitado); (pg.E) Xerox da foto do plantio, com o texto: O que aprendi so-bre Tu Bishvat? Materiais e recursos:papel, cola, folhas de árvores, decalques, muda de planta, fotos de árvores, ‘tijolo’ ou lápis de cera.

Grão e farinhaConteúdos:conhecer as diferenças entre grão e farinha.Objetivos potenciais:manuseio dos grãos e conhecer o processo da transformaçãoDescrição:visita a uma fábrica de farinha ou a uma plantação de trigo.Materiais e recursos:vídeos; fotos; canto – vitrine: com trigo seco, os grãos e as farinhas.

TU BISHVAT

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Mitzva de maasserConteúdos:conhecimento da mitzva pela vivência.Objetivos potenciais:pelo manuseio com massa de modelar, as crianças terão opor-tunidade de trabalhar com a contagem e entender a mitzva de maasser.Descrição:as crianças confeccionarão frutas e formarão grupos de 10 em 10, retirando o maasser (originalmente, o maasser deve ser queimado, cabe a cada escola decidir se oferece ou não esta experiência).Materiais e recursos:massa para modelar (que poderá ser substituída por papel, massa de farinha ou frutas de verdade, entre outros).

Atividades com a família e amigos

Cesta de Tu BishvatConteúdos:convidar pais e pedir que tragam uma fruta de casca dura como maracujá, grapefruit, melão ou moranga/abóbora para, juntamente com seus filhos, montarem uma cesta de Tu Bishvat.Objetivos potenciais:pais e filhos trabalharem juntos.Descrição:(1) mostrar a maneira de cortar as frutas para que fiquem em formato de cesta: cortar apenas 2 abas laterais deixando o centro como alça; (2) Cavar, retirando a polpa, separando para ser usada posteriormente como suco, salada de fruta ou doce com a moran-ga; (3) Secar bem a parte interna, revestir com papel filme. Todos receberão cravo, canela, flores naturais ou artificiais, pequenos enfeites usados em decoração, e frutas secas dos shivat haminim, para decorarem e montarem a cesta que levarão para casa.

Atividades planejadasem torno de habilidades

Habilidades• percepção gustativa: experimentar frutas• percepção olfativa: sentir os diferentes cheiros de frutas e/ ou flores• percepção visual: cores e formas distintas de flores e frutos• percepção tátil: texturas diferentes de folhas e flores, terra seca, terra úmida• classificação (plantas, flores, frutos)• seqüência lógica (crescimento da árvore)• contagem (grãos, sementes, pétalas)• ampliação do vocabulário.

Atividades• gustativa: tomar frutas dos shivat haminim, para experimentá-las individualmente; depois, montar salada de fruta.• olfativa: ter em mãos diferentes folhas e flores - para perceber se têm cheiros iguais ou diferentes, se são bons ou ruins; se se as-semelham a outros cheiros, aromas, perfumes, e diferentes frutas, para perceber se têm ou não cheiro.• visual: selecionar plantas iguais por seu formato; selecionar flo-res iguais pela cor.• tátil: sentir folhas e flores, e selecioná-las pelo aspecto espesso, espinhoso ou macio. Compará-las com outros objetos como algo-dão e lixa, entre outros.• classificação: juntar todos os elementos e pedir para que sepa-rem por cores, textura, espessura e forma.• seqüência lógica: observar o plantio, crescimento e desenvolvi-mento das plantas, descrever a seqüência lógica, por desenhos, jogos ou até dramatização com o corpo.• contagem: separar grãos e sementes, montando gráfico que marque quantos há em cada pote, em qual há mais, menos ou igual quantida-de. A cada acréscimo de grãos ou sementes, completar o gráfico.• ampliação do vocabulário: por histórias e jogos.

Organização do espaço e dos materiais Caixas de atividades

Caixa, gaveta, cesta, ou outros recipientes, onde são oferecidos, para as crianças menores (até 3 anos) os símbolos e apetrechos de Tu Bishvat (de maneira focalizada), e em níveis de abstração dife-rentes (concreto, simulado, de plástico, fotos, imagens, livros com gravuras). A mediação oral e afetiva da professora, neste tipo de atividade, é muito importante, para as crianças aprenderem nomes, canções, danças, movimentos, instrumentos, entre outros. Após três anos de idade, estes objetos irão para o canto, montado especial-mente para Tu Bishvat.

CantoPara expor imagens, objetos, símbolos, entre outros, o canto é mon-tado pelas crianças, junto com a professora, a partir dos materiais trazidos, podendo ser fixo - tipo vitrine, com mural na parede e mesa ao lado, e/ ou móvel - para brincar, manipular, interagir com caixas de atividades com objetos trazidos de casa, brinquedos e jogos didáticos e outros, álbuns de fotos, livros, e, nesta festa, diferentes tipos de frutas, folhas, sementes de trigo e cevada e as respectivas farinhas, galhos, e o que puderem trazer dos shivat haminim, além de objetos para o registro da experiência do plantio, entre outros.

Exposição: de cestas confeccionadas pelas crianças junto com seus pais e irmãos.

MuralCom o uso das “Cem Linguagens” de expressão, para transmitir o conteúdo do chag, com frase ou passuk relevante, em ivrit e/ou em português, p. ex.: eretz chita, seora, guefen, teena, rimon, eretz zait vetamar - Uma terra de trigo e cevada, uva, figo e romã; uma terra de azeitona e mel (de tâmara); descrição de alguma atividade viven-ciada pelas crianças, que acompanhe a imagem; registro breve (meia página) do processo de elaboração e realização de determinada atividade ou produção; ligação deste grupo, neste ano, com a come-moração do chag, entre outros. E “judaica” (arte/artesanato judaicos, de caráter estético e funcional), desenhos, imagens ou reproduções artísticas ligados à frase, à atividade descrita ou ao passuk citado: (a) prender no mural diferentes tipos de materiais de árvores; (b) utilizar galhos fincados em uma base, formando uma árvore, acrescentando frutos; (c) fotos ou representações tridimensionais dos shivat hami-nim; produções de crianças; fotografias de anos anteriores (resgate de memória): fotografias de crianças, seus familiares, diferentes famí-lias e comunidades judaicas festejando Tu Bishvat; atividade coletiva: montar um tronco com vários galhos e colocar foto de cada aluno.

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Registro de projetos

Temas• frutas: as que nascem em árvores e as que nascem em pés; tipos de sementes; fazer um levantamento das frutas que têm caroços de tamanhos diferentes, das que se come a semente, das que po-demos comer com casca e das frutas, cujas cascas desperdiçamos e cujas polpas apreciamos; • culinária;• trigo e a manufatura da farinha;• estudo sobre árvores e sua importância;• atributos: espessura, tamanho, idade da árvore.

Atividades• visitar feira livre, sacolão ou quitanda;• abrir diferentes tipos de frutas, comparando as sementes, a pol-pa, as cascas, as cores, as características;• visitar pomares, indústrias de farinhas, padarias, confeitarias, entre outros;• plantar sementes e/ ou tubérculos, em lugar onde as crianças

possam acompanhar o desenvolvimento da planta;• dramatizar o crescimento da planta do feijão: dividir a classe em 3 grupos: sementes: as crianças ficam encolhidas no chão; chuva: outro grupo de crianças joga papéis brilhantes representando a chuva; sol - outro grupo de crianças usa, nos pulsos, papéis ama-relos amarrados, representando raios de sol. A dramatização pode ter fundo musical;• fazer doces, salgados, saladas de frutas, pães, bolos, biscoitos;• representar tipos de frutas com recorte, colagem, massa para modelar, argila, entre outros.

Integração com o projeto anual da escolaO projeto “não desperdício” - bal tashchit, proibição da Tora de não desperdiçar - pode ser ligado ao tema da preservação do meio ambiente. Em Tu Bishvat, por meio de todas as atividades citadas acima e da compreensão das mitzvot de shmita e orla, formamos os valores sobre o tema.

A criança, com a palavra! “Quem sabe quais são as sete espécies da Terra de Israel?” perguntou a professora para seu grupo. “Eu sei,” respondeu

Yoni, acompanhando o que via na mesa: “trigo, cevada, uva, figo, romã, azeitona e barata (referindo-se à tâmara seca)!”

TU BISHVAT

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Anexos1. Sugestões de imagens para construir jogos

• etz,etzim - árvore/s • shkedia porachat - amendoeira florescendo

• crianças plantando• instrumentos ligados ao plantio

2. Receitas de “delícias” típicas para realizar na escola

3. Sugestão de material didático para professores

Um encontro frutíferobaseado em artigo escrito por Ester Barocas e Mirush Koltin, em revista editada pela Central Pedagógica da Michlelet HaNegev.

Tâmaras recheadasIngredientes

TâmarasNozes Açúcar 3-4 colheres1 clara de ovo

Modo de Fazer

1. Tirar os caroços das tâmaras. 2. Amassar bem as nozes até virarem uma pasta. 3. Misturar com o açúcar e a clara, misturar bem e fazer pequenas bolinhas. 4. Colocá-las dentro das tâmaras e arrumar sobre um prato. Obs: O recheio pode ser alterado, de acordo com as frutas disponíveis (coco, amêndoas, entre outras)

Biscoitos de Tu BishvatIngredientes

200g de margarina amolecida½ copo de açúcar3 colheres de água3 colheres de suco de limão3 copos de farinha1 colher de fermento em póPara enfeitar: nozes ou amêndoas

Modo de Fazer

1. Untar uma forma retangular. 2. Misturar os ingredientes numa massa homogênea, deixando por 2 horas na geladeira. 3. Esquentar o forno em 180º. 4. Enrolar em bolas pequenas, e apertá-las no tabuleiro com a ajuda de um garfo. 5. Colocar as nozes ou amêndoas no centro de cada bolinha. 6. Assar por 20 minutos ou até que os biscoitos estejam dourados.

Vamos a um encontro muito especial, mas, por en-quanto, é segredo... Quem vocês acham que vamos en-contrar? Interessante... No caminho, poderemos oferecer algumas dicas e ver se alguma criança vai conseguir des-cobrir que tipo de encontro vamos ter. O encontro será com... uma árvore (já escolhida previamente).

Da escola até a árvore escolhida, as crianças poderão recolher as pistas/tarefas que estarão em vários pontos do trajeto, podendo ser, p. ex., (a) partes de um quebra-cabeça de árvore que completaremos gradativamente, ao nos aproximarmos dela, ou (b) transparências com as partes da árvore desenhadas, cuja superposição montará a árvore. Outra possibilidade é que as crianças adivinhem, de acordo com as dicas ligadas às árvores (como, p.ex., “é verde”, “é bem alta”, “é vertical”, “oferece sombra”, entre outras). É aconselhável que, ao lado da árvore, haja algum adulto (professora, um pai ou o jardineiro), espe-rando a chegada das crianças. Esta pessoa poderá ser a mediadora entre a árvore e as crianças, podendo contar para as crianças, p. ex., alguma história sobre a árvore ou

uma lenda ligada a certo tipo de árvore.Quando encontrarmos com a árvore, poderemos

(a) usar todos nossos sentidos, para conhecermos melhor a árvore;(b) juntar tudo o que estiver no chão, em volta da árvore: os frutos, as folhas, ramos e gravetos, entre outros, e levá-los para a classe; (c) saborear seu fruto ou preparar alguma “delícia” com o fruto de tal árvore: doce, geléia, salada de frutas, fruta recheada, entre outros;(d) observar o formato das folhas, sentir sua espessura, sua textura (p. ex., será lisa ou ondulada? Flexível ou não? Fina ou grossa? Com seus veios so-bressaindo? É alongada ou arredondada? Com o que se parece? É formada de pequenas folhinhas ou de uma folha só?);(e) verificar caule, frutos, galhos, flores (ex. Qual cheiro estamos sentindo? É agradável? Forte? Delicado?); (f) ouvir sons e vozes da natureza – pássaros, abelhas, frutos caindo, vento nos galhos e folhas;(g) fotografar a árvore, a árvore com as crianças, partes da árvore, entre outros;(h) criar, na classe, uma produção coletiva, com o que cada um escolher do “tesouro” que trouxemos;(i) criar livremente ou tentar “reconstruir” a árvore que visitamos, de me-mória;(j) compará-la com a foto que tiramos no local;

BOM APETITE! BETEAVÓN!

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(k) desenhar nas próprias folhas, ou em papel colocado sobre elas, para conseguir extrair a textura;(l) pintar as folhas e imprimi-las em papel ou tecido;(m) criar esculturas com partes da árvore e palitos (árvores, animais, veículos, entre outros);(n) montar móbiles para enfeitar a classe;

(o) enfiar folhas secas em um fio e enfeitar a classe;(p) construir jogos de memória, com as folhas secas coladas em papel e plastificadas;(q) contar a história desde que saímos da escola, registrar as várias paradas e atividades que fizemos, e resumir este encontro especial – um encontro frutífero com a árvore.

4. Histórias de Tu Bishvat

Juntos, é muito mais gostosoConto adaptado, por Ester Barocas, a partir de outro, Shisha bessakik; Seis num saco pequeno, por Levin Kipnis.

Era uma vez um saco, transparente, leve como uma pena, que foi levado pelo vento por uma janela aberta, e foi cair sobre a terra, perto de uma parreira. Aproximou-se dele, uma amêndoa amarelada, dourada, e bateu!

- Toc-toc-toc, quem está aí neste saquinho?Nenhum ruído se ouviu lá de dentro. A amêndoa, rapi-

damente, pulou para dentro do saquinho.Veio a tâmara, ruivinha, bateu e disse:- Toc-toc-toc! Quem está aí no saquinho?- Sou eu, amêndoa-dourada; e você, quem é?- Sou a tâmara-ruivinha, posso entrar?- Mas é claro, seja bem vinda. E a tâmara pulou para

dentro do saquinho.Veio um tamarindo, alto e magro e, com voz trêmula,

gritou:- Toc-toc-toc! Toc-toc-toc! Quem está aí no saquinho?- Eu, a amêndoa-dourada!- E eu, a tâmara-ruivinha! E você, quem é?- Sou o tamarindo-espigado; posso entrar?- Mas é claro, seja bem vindo. E o tamarindo pulou

para dentro do saquinho.Um senhor, aproximando-se elegantemente, o Sr. Figo-

Gargarejo, bateu e disse:

- Toc-toc-toc, quem está aí neste saquinho?- Eu, a amêndoa-dourada!- Eu, a tâmara-ruivinha! - E eu, o tamarindo-espigado. E você, quem é?- Sou Sr. Figo-Gargarejo; posso entrar?- Mas é claro, seja bem vindo. E o figo pulou para

dentro do saquinho.Veio a laranja, fruta de classe, rolando que nem uma

bola.- Toc-toc-toc, quem está aí neste saquinho?- Eu, a amêndoa-dourada!- Eu, a tâmara-ruivinha! - Eu, o tamarindo-espigado! - Eu, Sr. Figo-Gargarejo! E você, quem é?- Sou a laranja, fruta de classe, posso entrar?- Mas é claro, seja bem vinda. E a laranja pulou para dentro, enchendo todo o saquinho.O pequeno Gadi levantou bem cedinho, para cum-

primentar as árvores, pois era Tu Bishvat. Gadi achou o saquinho de frutas, com todas as frutas juntinhas, e ficou muito contente. Tomou o saquinho e o levou para a escola, para comemorar Tu Bishvat, junto com os ami-guinhos, como fizeram as frutas no saquinho.

Tamar e os savionim

Tamar e savionim (sendo este último o nome de uma flor), A Semente de Rabanete e Pinheiro Insatisfeito são contos traduzidos e adaptados do livro: Tzarfati, M. & Michlalon Niv Tzion, Tchanim Upeiluiot Lechag HaCha-nuka veTu Bishvat, Israel 2002.

Esta é a história de uma menina chamada Tamar, que se mudou para um novo lugar, e não tinha muitos amiguinhos, pois ainda não sabia falar muito bem a língua deste novo lugar. Certo dia, Tamar foi brincar no pátio de sua casa e aí encontrou uma flor amarela. Contente com o achado, Tamar cuidou da flor, regan-

do-a diariamente. Noutro dia, quando foi procurá-la, viu que a flor tinha desaparecido. Mas que surpresa! Em seu lugar, apareceu, no caule da flor, uma “cabeça branca como a de um vovô”. Estas eram as sementes da flor. Tamar assoprou, espalhando todas as semen-tes. No ano seguinte, logo após as primeiras chuvas, floresceram muitas flores, que Tamar chamou de sa-vionim (palavra derivada de saba, vovô), pois eram parecidas com a cabeça branca do vovô. Ela ficou muito feliz, pois ganhou muitas ‘amiguinhas’ e não se sentiu mais tão sozinha.

A Semente de Rabanete

Um menino pequeno, semeou uma semente de raba-nete, e todo dia ia regá-las. Ninguém em casa acreditou que iria crescer alguma coisa, nem o pai, nem a mãe e nem os irmãos, mas mesmo assim o menino continuou a cuidar e a regar a semente diariamente.

Qual não foi a surpresa quando foi nascendo e cres-cendo um lindo rabanete, que ficou tão grande que o menino, teve que pedira a ajuda do seu irmão, de sua mãe e de seu pai para colhê-lo. Todos comeram uma deliciosa salada de rabanete.

TU BISHVAT

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O Pinheiro Insatisfeito

Certo pinheiro vivia muito descontente, pois tinha mui-ta inveja das folhas das outras árvores. Chorava muito e implorava, pedia tanto, que seu pedidos eram atendidos.

Uma vez, pediu folhas de ouro, mas logo vieram la-drões e lhe roubaram todas as folhas; depois pediu fo-lhas de vidro, mas na primeira ventania, todas as folhas se quebraram; pediu folhas tenras e deliciosas, mas o

primeiro rebanho que passou, comeu todas as folhas, sem deixar ao menos uma.

Assim, finalmente o pinheiro entendeu que as suas fo-lhas, finas e pontiagudas eram as que mais lhe ajudavam a se defender de todos os perigos, e deste momento em diante, começou a achá-las muito bonitas e úteis, e não quis trocá-las por outras.

Adriano e o Velho PlantadorConto adaptado de Vaikra Raba, retirado do livro Sipurim miamim avaru, in Reisman, Ofra org.; Leket agadot chazal leguil harach, Israel 2000, traduzido por Rosely Mandelman

Há muitos anos, os romanos governavam Israel. O Im-perador romano Adriano era um homem forte e rico, que habitava um palácio maravilhoso. Gostava das paisagens do país e costumava passear por ele. Certa vez, Adriano passeava em Tiberíades, ao lado do Lago Kineret, e, de repente, viu um homem velhinho abaixado e fazendo buracos para plantar árvores. Surpreendeu-se Adriano ao ver um velhinho, suando, trabalhando tão pesado. Dirigiu-se a ele caçoando: “Vovô! Se tivesse se esforça-do e tivesse trabalhado quando era jovem e forte, não necessitaria trabalhar na velhice; poderia sentar agora, descansar e aproveitar das árvores.”

O velho ficou ereto e viu Adriano, o Imperador, parado à sua frente. Estava vestindo roupas reais e, ao seu redor, estavam seus servos abanando os leques para afastar o forte calor daquele dia. Respondeu o ancião: “Sua Alteza, trabalhei também quando era jovem, mas eu não paro de trabalhar hoje tampouco. Agradeço a D’us por poder, também agora em minha velhice, trabalhar, e satisfaço-me com o que D’us me deu.”

O Imperador Adriano perguntou ao homem: “Quantos anos tem, vovô?”

Respondeu o velho: “Estou com cem anos.” Riu o Imperador e falou: “Você está com cem anos e

cava buracos para plantar árvores? Será que pensa em viver muitos anos mais, e conseguir comer dos frutos dessas árvores? Não vale a pena trabalhar tão pesado, pois não vai mesmo aproveitar delas.”

Respondeu-lhe o velho com prazer: “Sua Alteza, pode ser que D’us queira dar-me muitos anos de vida a mais e eu consiga comer dos frutos das figueiras que planto. Se não, meus filhos aproveitarão dos frutos das árvores. Quando vim ao mundo, encontrei árvores plantadas por meus antepassados; assim, também eu planto para meus filhos e para os filhos de outras pessoas. O homem não se deve preocupar somente consigo, deve preocupar-se com seus filhos e com as gerações futuras.”

Adriano ouviu as palavras do velho e pensou con-sigo mesmo: “Que velho inteligente tenho à minha frente e o desmereci.” E disse ao velho: “Se conse-guir comer dos frutos das árvores que planta agora,

por favor, avise-me.”Passaram-se muitos anos, e o velho ainda vivia. Mais

encurvado, rugas profundas apareceram em seu rosto e suas mãos tremiam. As árvores cresceram e deram figos. Certo dia, o velho se lembrou: “Chegou a hora de eu atender o pedido do Imperador e avisá-lo que consegui comer dos frutos das árvores que plantei.”

O velho encheu a cesta de figos e foi ao maravilhoso palácio do Imperador. No portão do palácio, estavam os guardas vestidos em seus uniformes e não o deixaram entrar.

Disse-lhes o velho: “O Imperador Adriano me convi-dou.”

Os guardas abriram o portão e o conduziram até o salão onde se recebiam as visitas. No canto do salão, estava sentado o Imperador em seu trono. Aproximou-se o velho. O Imperador não o reconheceu e perguntou: “Quem é você e qual é a sua história?”

Respondeu-lhe o velho: “Sua Alteza, há muitos anos, o senhor me encontrou em Tiberíades, ao lado do Lago Kineret. Viu que eu cavava para plantar árvores. Zombou de mim, pensou que não alcançaria comer dos frutos, e me pediu que, se eu vivesse para conseguir isto, viesse avisá-lo. E eis que D’us me abençoou com muitos anos, e pude provar do gosto doce dos figos. Agora, trouxe figos para o senhor, para que também se delicie com eles.”

Assim disse o velho e ofereceu a cesta de figos ao Imperador, com suas mãos trêmulas. Emocionou-se o Imperador com a aparência do homem e lembrou-se do encontro. Chamou seus servos e lhes disse: “Tragam uma cadeira de ouro para que o velho possa sentar-se. Peguem sua cesta, tirem de seu interior os figos e colo-quem, em seu lugar, moedas de ouro.”

Espantaram-se os servos com o porquê do velho ju-deu merecer uma honra tão grande, e perguntaram ao Imperador. Explicou-lhes Adriano: “Se D’us honrou este homem, dando-lhe tantos anos de vida e profunda sabe-doria para compreender que o homem se deve preocu-par com seus filhos e com os filhos de seus filhos que viverão depois de sua morte, é claro que também devo honrá-lo.”5

5 Obs.: Adriano foi o Imperador de Roma, entre os anos 117 e 138. Viveu há mais de 1800 anos.

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5. Brachot e psukim

Baruch Ata Ad-nai Elokenu Melech haolam shehechianu vekiimanu vehiguianu lazman haze.Bendito seja o Senhor, nosso D’us, Rei do Universo, Que nos deu vida, nos manteve e nos fez chegar até estes tempos.

6. “Fique por dentro”

Sentido contemporâneoA comemoração e exaltação da natureza, por meio das árvores, em Tu Bishvat, demonstra a atualidade de nossa tradição milenar.O problema ecológico e a agressão à natureza são freqüentes, hoje em dia, fazendo com que devamos enfatizar e cultivar nossas raízes

agrícolas e ecológicas, ligadas à religião, promovendo a defesa da natureza.Devemos, portanto, cada um a seu modo, no lar ou fora dele, louvar, proteger e cuidar das árvores e das plantas (mesmo que seja

um simples vaso), como símbolo da ligação e do compromisso de nosso povo com a natureza.

Canções e poemas• Chag haiom lagan• Kach shotlim shatil

• Haetz• Kol hagan lavash lavan

• Hashkedia porachat• Shir hashtil

• Kach holchim hashotlim• Tu Bishvat higuia

TU BISHVAT

Baruch Ata Ad-nai Elokenu Melech haolam hamotzi lechem min haaretz.Bendito seja o Senhor, nosso D’us, Rei do Universo, Que faz brotar pão da terra.

Baruch Ata Ad-nai Elokenu Melech haolam bore minei mezonot.Bendito seja o Senhor, nosso D’us, Rei do Universo, Que cria diversas espécies de alimentos.

Baruch Ata Ad-nai Elokenu Melech haolam bore pri hagafen.Bendito seja o Senhor, nosso D’us, Rei do Universo, Que cria o fruto da vinha.

Baruch Ata Ad-nai Elokenu Melech haolam bore pri haetz.Bendito seja o Senhor, nosso D’us, Rei do Universo, Que cria o fruto da árvore.

Baruch Ata Ad-nai Elokenu Melech haolam bore pri haadama.Bendito seja o Senhor, nosso D’us, Rei do Universo, Que cria o fruto da terra.

Baruch Ata Ad-nai Elokenu Melech haolam shehakol nihia bidvaro.Bendito seja o Senhor, nosso D’us, Rei do Universo, por meio de Cujo verbo tudo veio a existir.

Passuk em parashat shoftim, cap. 20, vers. 19-20Não destruirá árvores frutíferas

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Sugestão de siteshttp://www.galim .org.il/tubishvathttp://www.ort.org.il/year/2bshvathttp://www.brosh-music.co.ilhttp://www.123greetings.comhttp://www.kosher.co.il/times/hebrewhttp://www.jewishfamily.comhttp://www.aish.com/holidayshttp://www.chagim .org.ilhttp://www.holidays.net/http://www.jajz-ed.org.ilhttp://www.galim.org.il/holidays/15shvathttp://www.matar.ac.il/zmanim/previous.asphttp://www.ualberta.ca/~yreshef/tuintro.htmhttp://www.ohr.org.il/special/tubshvat/index.htmhttp://www.torah.org/learning/yomtov/tubshvat.htmhttp://www.learn.jtsa.edu/topics/kids/together/tubshevat/http://www.akhlah.com/holidays/tubshvat/tu_bshvat.asphttp://www.chabad-lubavitch.comhttp://www.ourworld.compuserve.com/homepages/Susieq/2bshvat.htm

Bibliografia Becker, J. Jewish holiday crafts. A Bonim activity book. N. Y. 1977Cohen, L. Chag vechaguiga lepeutot. Israel. 1993Nissim, R. Beshvilei hagan. Tochnit avoda legan haieladim hamamlachti dati, chelek beit. Misrad Hachinuch Vehatarbut. Israel. 5755 Nissim, R. Gan haieladim beavodato, chelek alef tochnei Shabat umoed. Misrad Hachinuch vehatarbut, Israel. 5737 Tzarfati, M. Tchanim upeiluiot lechag HaChanuka veTu Bishvat. Michlalon Niv Tzion, Israel, 2002.Vaadat hachinuch shel haganim hacharidim Bnei Brak. Tu Bishvat ubrachot. Chomer ezer legananot umorot leguil

harach, shvat, 5745.Zamir, R. Madrich tochnit haavoda leguil harach. Israel. 5748 (1988)Chabad News nº 230 e 242, Editora ChabadLilmod ulelamed, choveret ezer legananot, lamorot leguil harach, chodesh shvat, Chabakuk, IsraelMafteach lagananot, choveret nº3. Israel