Trovadorismo
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03/05/2023 rafabebum.blogspot.com
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LITERATURA MEDIEVAL PORTUGUESA (1189 ? - 1434)
Trovadorismo
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1. Introdução - ll43: Portugal torna-se independente;
falava-se o idioma galego-português (essencialmente românico)
- ll89 ou ll98: texto literário português ("Cantiga da Ribeirinha", de Paio Soares de Taveirós)
- origem: Provença (sul da França)- cantigas difundidas oralmente, compiladas
em "Cancioneiros"
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No mundo non me sei parelha,Mentre me for como me vai,Cá já moiro por vós, e - ai!Mia senhor branca e vermelha.Queredes que vos retraiaQuando vos eu vi em saia!Mau dia me levantei,Que vos enton non vi fea!
Cantiga da Ribeirinha
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Quantas sabedes amar amigotreides comig'a lo mar de Vigo e banhar-nos-emos nas ondas.
Quantas sabedes amar amadotreides comig'a lo mar levado e banhar-nos-emos nas ondas.
Treides comig'a lo mar de Vigoe veeremo-lo meu amigo e banhar-nos-emos nas ondas.
Treides comig'a lo mar levadoe veeremo-lo meu amado e banhar-nos-emos nas ondas.
(Martim Codax)
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2. A Poesia Lírica
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a) Cantiga de amor- eu lírico masculino faz declaração amorosa e sofrida ("coita", "soidão") - mulher idealizada
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("fremosa senhor", "mia senhor", "mia dona")
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Estes meus olhos nunca perderán,senhor, gran coita, mentr'eu vivo for.E direi-vos, fremosa mia senhor,destes meus olhos a coita que han: choran e cegan quand'alguén non veen, e ora cegan per alguén que veen.
(João Garcia de Guilhade)
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b) Cantiga de amigo
- mais primitiva e nacional que a de amor- vale-se mais do "refran" e do paralelismo
= amante, namorado
- eu lírico feminino
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-Ai flores, ai flores do verde pino,se sabedes novas do meu amigo! Ai Deus, e u é?
Ai, flores, ai flores do verde ramo,se sabedes novas do meu amado! Ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,aquel que mentiu do que pos comigo! Ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amadoaquel que mentiu do que mi ha jurado! Ai Deus, e u é?
abR
a’b’R
bcR
b’c’R
3. A Poesia Satírica
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a) Cantiga d’escárnio- agressão indireta- linguagem metafórica
b) Cantiga de maldizer
- agressão direta- vocabulário vulgar
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Luzía Sánchez, jazedes en gran falhacomigo, que non fodo máis nemigalhadũa vez; e, pois fodo, se Deus mi valha,fiqu'end'afrontado ben por tercer día. Par Deus, Luzía Sánchez, Dona Luzía, se eu foder-vos podesse, foder-vos-ía.
(João Soares Coelho)