TRÂNSITO ENFOQUE PSICOSSOCIAL€¦ · Direção Defensiva: Está iniciativa representa uma...
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TRÂNSITO
ENFOQUE PSICOSSOCIAL
Professor Rafael Alexandre Prado
“Trânsito seguro é um direito de todos e um
dever dos órgãos e entidades do Sistema
Nacional de Trânsito”.
O Transporte e o Trânsito (TTT):
O Transporte por modo rodoviário
ocupa um papel fundamental na matriz do
transporte brasileiro e constitui fator
relevante na abordagem integrada das
questões do Trânsito. Estima-se que 96% das
distâncias percorridas pelas pessoas ocorram
em vias urbanas e rurais.
(Geipot, 2001).
Mobilidade, Qualidade de Vida e Cidadania:
A mobilidade do cidadão no espaço social,
é centrada nas pessoas que transitam e não na
maneira como transitam, é ponto principal a
ser considerado, quando se abordam as
questões do trânsito, de forma a considerar a
liberdade de ir e vir, de atingir-se o destino que
se deseja, de satisfazer as necessidades de
trabalho, de lazer, de saúde, de educação e
outras.
A violência no transito e a drástica redução da
qualidade de vida no meio urbano, consequência
direta dos problemas de mobilidade e ordenamento,
leva a necessidade de adoção de novos modelos de
desenvolvimento urbano e de transporte.
(Política nacional de trânsito)
Efeitos adversos dos acidentes
Qual o custo social de uma criança que
perde sua mãe ou seu pai num acidente ?
Qual o custo social de um homem ou uma
mulher que adquiriram uma deficiência grave?
Impacto econômico e social :
- Impactos a nível econômico;
- Saúde física e psicológica;
- Perda de vidas;
- Perda de sobrevida esperada;
- Faltas ou perda de emprego;
- Problemas legais;
- Sofrimentos da vítima, dos parentes e amigos
(angústias, tristezas, danos à aparência, danos à
qualidade de vida).
Estresse associado a Acidentes de Trânsito
(Maia e Pires, 2006)
A gravidade dos sintomas é medida pela forma como a pessoao descreve:
- Sintomas intrusivos – há imagens recorrentes do acidente de umaforma muito perturbadora;
- Sintomas de evitamento – há pessoas traumatizadas que nãoconseguem falar sobre a experiência, pois o sofrimento associado aessa memória é perturbador;
- Sintomas de ativação aumentada – há respostas de ativaçãoexagerada como raiva e hipervigilância. As vezes essas pessoas têmreações muito explosivas;
- Perturbações: ansiedade fóbica a viagens (52%), ansiedadegeneralizada (58%), TEPT (50%), depressão (39%), (Mayou et al,2001).
De acordo com dados do SUS, houve um aumento
de 30% nas mortes nesse período.
Registros de mortes no trânsito no Brasil
ANO DENATRAN SUS DPVAT
2002- 18.877 32.753 -
2003 -22.629 33.139 -
2004 -25.526 35.105 -
2005 -26.409 35.994 - 55.024
2006 -19.910 36.367 - 63.776
2007 37.407 - 66.836
2008 57.116
Fontes: Denatran, SIM-Datasus, Seguradora Líder dos Seguros DPVAT
Taxa média de óbito por acidente de trânsito
por região:
As taxas médias por região mostram que a
região Sul lidera as mortes, com uma taxa de
27,1 mortes a cada 100.000 habitantes. Quase
empatada vem a região Centro-Oeste, com 27,0.
Em seguida vem Sudeste (20,7), Norte (20,2) e
Nordeste (18,0).
Fonte: MS/SVS/Dasis – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM (elaboração CNM)
Número absoluto de óbitos por acidente de
trânsito no Brasil por ano (segundo SUS)
2002 - 32.753
2003 - 33.139
2004 - 35.105
2005 - 35.994
2006 - 36.367
2007 - 37.407
Fonte: MS/SVS/Dasis – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM (elaboração CNM)
A prevenção funciona
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1980 1983 1985 1987 1990 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
15-19 20-29 30-39 60 e + anos
Queda na taxa de mortalidade em Homens por ATT (x100 mil) após a
implantação do Código Nacional de Trânsito
Brasil, 1980-2003.
Direção Defensiva:
Está iniciativa representa uma importante
relação à Política Nacional de Trânsito, divulgada em
setembro de 2004, tendo como foco o aprimoramento
da formação do condutor brasileiro.
Parcerias e Articulações
Intersetoriais
Governamentais e Não Governamentais
Denatran / Ministério das Cidades
Secretaria Nacional de Segurança Pública e Secretaria de Direitos Humanos /
Ministério da Justiça
Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres
OMS, UNODC, PNUD, IPEA
OPAS, RIPSA – Comitê Temático Interdisciplinar de Indicadores
CONASS, COSEMS, CONASEMS
Instituições de ensino-pesquisa
Movimentos organizados e instâncias de controle social
Sociedade civil organizada, outros.
Recomendações para políticas públicas
-Garantir atendimento efetivo e eficaz ás vítimas e familiares;
-Capacitar e estruturar os locais que recebem as vítimas deacidentes e violências;
-Qualificar e melhorar o sistema de informação e integração dosbancos de dados;
-Avançar no georeferenciamento das informações para garantirmaior precisão de dados.
-Fomentar pesquisas na temática, incentivando a criação delinhas de pesquisa nas universidades e centros de pesquisa nopaís.
- Sensibilizar profissionais de todas as áreas, profissionaisde saúde e gestores públicos sobre a magnitude das seqüelasdos acidentes e violências e necessidade de capacitaçãoprofissional;
-Estabelecer estratégias e parâmetros de cuidado para asequipes de saúde tanto do pré-hospitalar, quanto daemergência;
- Estabelecer políticas públicas embasadas na realidade eque articule as áreas de educação e saúde, e a mídia.