Tribuna Universitária
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Universidade Católica do SalvadorDezembro / 2012Ano I. Número I.
Mercado ModeloEstudantes do 4º semestre de Enfermagem da Ucsal se surpreen-dem durante inspeção sanitária.
mercadomodelobahia.com.br
Rota Salvar em... mais Pág. 5
InfectocontagiosasSaiba quais os cuidados necessários para se prevenir ou para tratar essas doenças.
noticias.uol.com.br/saude
Rota Salvar em... mais Pág. 3
Minha cidadeCortes financeiros no serviço de coleta de lixo deixa problema de limpeza da cidade ainda mais grave.
salvador.ba.gov.br
Rota Salvar em... mais Pág. 6
p 02
Durante a primeira uni-dade dos estudos de Vigi-lância à Saúde, pudemos aprofundar os nossos conhecimentos acerca das diversas ações ine-rentes as áreas de atuação da vigilância, dando ênfa-se às pautas de vigilância sanitária, epidemiológi-ca e ambiental. O bom profissional da saúde deve estar atento e vigi-lante para os diversos aspectos que circundam o processo saúde-doença
e desta forma possam atuar concretamente na busca do bem-estar do indivíduo e da coletivi-dade.
Com a teoria devida-mente discutida, a Pro-fessora da disciplina, Maria Helena Nonato, propôs uma atividade prática e dinâmica: sair a campo para vivenciar os ensinamentos partindo da realidade do dia-a-dia.
Diante da total liberda-de de escolha entre os
diversos segmentos, o local escolhido para a visi-ta só foi acordado após o descarte de outras possi-bilidades listadas. Pensa-mos em um supermerca-do, até mesmo nas esta-ções de transbordo, mas no final optamos pelo Mercado modelo, por ser um local de intensa cir-culação e cujo trabalho poderia refletir na vida de baianos e turistas. A matéria com os resulta-dos desta visita poderá ser conferida nesta edi-ção que também trás dicas para prevenção de doenças infectocontagi-osas. Não perca!
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Redação, fotografia e seleção de conteúdo: Alesson Rodrigo, André Cardoso, Carine
Brito e Maycon Gonzaga | Projeto gráfico e diagramação: Alexandro Mota
“Saúde é o que interessa, o resto não tem pressa”. A frase é divertida, mas é a mais pura verdade. Entretanto, muitas vezes não nos damos conta disso, e só nos lembramos da saúde quando ficamos doentes. Quando essa doença é infectocontagiosa, então, muitas vezes é preciso afastar-se do trabalho e das atividades diárias por algum tempo, e alguns casos r e su l tam em inte rnação . O melhor? É prevenir-se! Saiba como.
O q u e s ã o “ D o e n ç a s infectocontagiosas, de forma resumida, são doenças causadas por diferentes agentes (bactérias e vírus, na sua maioria) que podem ser transmitidas diretamente de um ser humano doente para outro”, explica Jaime Rocha, médico infectologista especialista em medicina do viajante, do Hospital Vita, em Curitiba. “Entre a s p r i n c i p a i s d o e n ç a s infectocontagiosas es tão as transmitidas pela via fecal-oral (água e alimentos contaminados), via respiratória (secreções respiratórias), pelo contato e via sexual”, esclarece Rocha.
Como prevenir A vacinação pode prevenir muitas dessas afec-ções. É o caso de doenças como Hepatite B, HPV, sarampo, tubercu-lose, varicela, gripe, entre outras. Mas, se alguém da família já estiver enfermo, existem algumas medi-
das que podem ser tomadas para evitar a transmissão aos demais. “De modo geral, medidas básicas de saúde e bem-estar são indicadas, como alimentação balanceada, sono adequado, manter ambientes de trabalho, lazer e domicílio ven-tilados”, diz Rocha. “Os cuidados variam conforme a via de transmis-são preferencial”, continua. Aque-las sexualmente transmissíveis têm como principal meio de prevenção o uso de preservativos em todas as relações.Com relação às enfermi-dades de transmissão fecal-oral, um cuidado importante é beber água somente filtrada e/ou fervida, higienizar bem os alimentos antes do consumo e dar atenção ao acon-dicionamento e às condições de temperatura a que são submetidos. Se a doença a ser evitada tem trans-missão pelas secreções respiratóri-a s , é a c o n s e l h á v e l q u e odoente use máscaras e seja isolado
dos demais. Ensine-o a usar um lenço de papel para tapar a boca e o nariz sempre que espirrar ou tossir e a jogá-lo diretamente no lixo. Deve-se evitar o uso de toalhas e substituí-las por lenços de papel, e fazer sempre a desinfecção de mobí-lias e equipamentos de higiene utilizados.
Lave bem as mãos A higieniza-ção das mãos é a forma mais eficaz de prevenir as infecções transmiti-das pelo contato e pela via fecal-oral, como gripes, conjuntivites e diarreias infecciosas; e também auxilia na prevenção daquelas transmitidas por via respiratória. Seja com água e sabão ou álcool 70%, o simples ato de lavar as mãos previne até 80% das doenças infec-ciosas. “Entre todos os cuidados, a higienização das mãos é o de mais fácil acesso, barato, prático e de alta eficácia”, enfatiza o infectolo-gista.
Evite a automedicação Nem sempre a medicação indicada ao seu parente será a mesma indicada ao seu caso, ou na mesma dosagem. “Apesar de haver uma infinidade de medicamentos sintomáticos de venda livre, somente um médico será capaz de definir seu diagnósti-co e o melhor tratamento”, diz o especialista. Além disso, não dê ouvidos a todas as ‘receitinhas’ caseiras. Muitas delas não têm com-provação científica.
SAÚDE EM FOCO | Especialista explica o que são e como são transmitidas as doenças infectocontagiosas. O médico também alertapara os cuidados para se prevenir delas.
Entre todos os cuidados, a
higienização das mãos é o de mais
fácil acesso, barato, prático e de alta
ecácia“Jaime Rocha[especialista]
foto Divulgação p 03texto Atmosfera Feminina - Adaptado
Há um ano, quem passava pela
região do comércio, mais especifi-
camente no largo da Conceição,
prontamente percebia a desorga-
nização na área em torno do Mer-
cado Modelo. Hoje a realidade é outra, sem
acúmulo de lixo na área externa e
com obras de reestruturação no
calçamento. A visita ao interior do
estabelecimento é um convite irre-
cusável.Quando os estudantes de Enfer-
magem Alesson Rodrigo, André
Cardoso, Carine Brito e Maycon
Gonzaga escolheram o Mercado
Modelo para realizar uma ativida-
de da disciplina de Vigilância à
Saúde, os mesmos esperavam
encontrar um ambiente bastante
adverso onde fosse possível pôr em
prática os ensinamentos da maté-
ria com o intuito de transformar a
dada realidade. O conhecimento
foi realmente posto em prática,
porém de uma forma muito mais
surpreendente que o esperado.Visita Ao chegarem ao local, de
imediato perceberam um ambien-
te que não correspondia às expec-
tativas. Frequentador assíduo do
mercado, Alesson Rodrigo comen-
ta a sua impressão: “Lembro-me
perfeitamente da última vez que
estive aqui. Havia uma grande
quantidade de lixo e entulho acu-
mulados na entrada voltada para o
terminal marítimo e a degradação
dos passeios laterais era algo gri-
tante. Parece-me que as autorida-
des sensibilizaram-se com a ques-
tão e deram a devida importância
ao local”.Já no interior do Mercado, os
estudantes foram bastante minuci-
osos e fizeram questão de observar
atentamente para todos os cantos
do estabelecimento, desde a orga-
nização comercial aos banheiros.
Boa impressão O Mercado
Modelo de Salvador possui uma
distribuição bastante regular dos
comerciantes. São boxes devida-
mente organizados, com limites
muito bem delineados entre uma
loja e outra e sem aspecto casual de
feira livre. O ambiente é bastante
arejado, com ventilação constan-
te, ausência de odor ativo e piso
devidamente limpo, algo raramen-
te encontrado em locais com circu-
lação intensa de pessoas. Outro aspecto que chama à aten-
Visita do grupo aconteceu no
início do mês de novembro
(07Nov2012).
O Mercado émodelo
ção é a higienização dos banheiros
disponíveis para uso no local.
Como estes espaços sanitários
estão associados a um determina-
do estabelecimento comercial, a
sua limpeza é efetiva e sem grandes
problemas visíveis.Ainda no interior do mercado, os
restaurantes são atrações à parte.
Atualmente funcionam dois esta-
belecimentos do ramo que por
sinal são bastante disputados pela
tradição na culinária baiana. Com
parte do atendimento voltado
para o turismo, esses espaços se
mostram aconchegantes, numa
simples conformação das suas
estruturas e sem grandes proble-
mas no que se refere à higiene. Vale
ressaltar que estes restaurantes
estão situados no andar superior
do mercado e, diferentemente do
andar inferior, o aspecto do piso lá
não é tão satisfatório, mas nada
que interfira no bom funciona-
mento.Ao final da visita os discentes
saíram satisfeitos com o que pude-
ram observar. “Vamos fazer um
trabalho diferente, ao invés de lis-
tarmos problemas e soluções, fare-
mos um convite para que todos
possam visitar o mercado”, pontu-
ou Gonzaga.Para André Cardoso, o Mercado
Modelo se mostra um ambiente
propício para o desenvolvimento
de ações educativas que promo-
vam a prevenção e o controle de
fatores de risco de doenças infecto-
contagiosas. “Aqui encontramos
um mosaico de pessoas de diversas
partes do Brasil e do mundo e o
risco de propagação de uma doen-
ça contagiosa é iminente”, ponde-
ra.Pelo visto o mercado é modelo
não apenas no nome , mas tam-
bém na forma como se organiza
para receber os seus visitantes. Sem
problemas de proporções incômo-
das, vale à pena entrar e desfrutar
dos mais diversos produtos, vem!
Redação Tribuna Universitária p 04e05texto foto
Comércio informal é grande em frente ao Mercado
Equipe da prefeitura requalifica pedras portuguesas
Funcionária que faz limpeza garante organização Aspecto do piso do restaurante não é convidativo
VocêSabia?O Mercado Modelo de Salvador foi inaugurado em 1912.
Surgiu pela necessidade de um centro de abastecimento na Cidade Baixa.
Constituía-se em um centro comercial onde era possível adquirir produtos dos mais diversos gêneros, de alimen-tos a itens do candomblé.
Em 1969 foi vítima de um violento incêndio, onde se tornou necessária a demoli-ção do imóvel antigo, pas-sando a ser ocupado agora na região da 3ª Alfândega de Salvador.
No ano de 1984 o edifício atual foi reformado em decorrência de um novo incêndio, permitindo posteri-ormente uma reinauguração.
p 06
No fim de uma administração caótica, o prefeito de Salvador, João Henrique (PP), já não se preocupa com a aparencia eo acumulo de lixo nos bairros, prefere deixá-lo exposto nas ruas da cidade. A quantidade de detr itos não recolhidos na capital baiana é diretamente proporcional ao t a m a n h o d a d í v i d a q u e o município somou nos últimos anos. O colapso nas contas públicas, porém, não é o reflexo mais claro da administração d e s a s t r o s a d o p r e f e i t o . A consequência que mais afeta a população está à vista nas ruas: Segundo informações os serviços relacionados à limpeza urbana em Salvador foram reduzidos em incríveis 40%.
Podemos verificar esse abandono ao passar pelos bairros da periferia, subúrbio e até no centro da cidade notando os problemas na coleta de lixo, que se acumula nas ruas. "Tem lugar que os coletores transbordam e, quando chove, ainda é pior", afirma o armador Adeilton Oliveira.
Na outra ponta do problema estão os funcionários que fazem a coleta de lixo na cidade e têm que lidar com uma estrutura deficitária e a n t i g a . " A c h o q u e o s equipamentos já estão desgastados. As caçambas, os coletores de rua, os equipamentos estão furados e v a z a n d o . A g r a v a n d o a s s i m problemas de saúde publica. Trazendo para a população doenças, aparecimento de pestes e insetos.
Segundo Álvaro Filho, ex-presidente da Limpurb a frota iria ser renovada, o que não foi feito, com exceção dos compactadores".
Redução da co l e t a O ex -presidente da Limpurb, Álvaro Filho, diz que falta atenção em alguns pontos da cidade. "Não
tenho visto em bairros populares aquela coleta diária. Tem locais que a coleta acontecia em dois turnos diferentes", afirma. Ele ainda diz que a redução nos serviços de limpeza urbana está ligada a questões financeiras.
"Já não tínhamos um serviço e fi c i e n t e , i m a g i n e a g o r a , reduzido?", questiona Álvaro, que calcula que a cidade precisaria, sim, de um aumento de cerca de 30% no ritmo de coleta - mas em relação aos números de antes do corte."A coleta atrasa, demoram de pegar
Já não tínhamos
um serviço
eciente,
imagine agora,
reduzido?“Álvaro Filho[ex-presidente da Limpurb]
o lixo. Deviam mudar a hora", conta o taxista Carlos Magno.
Para a baiana de acarajé Bárbara Reis, tanto no centro da cidade quanto na periferia há lixo espalhado nas ruas.
Licitação bilionária O corte de 40% dos serviços da Limpurb, que acaba se refletindo nas ruas cheias de lixo em Salvador, acontece coincidentemente ao mesmo tempo em que a Fundação Getúlio Vargas (FGV) realiza um estudo - a pedido da Prefeitura - para uma licitação bilionária dos serviços de lixo nos próximos 20 anos. Caso a licitação aconteça, o valor que será embolsado pela empresa vencedora
poderá chegar à cifra de R$ 5,5 bilhões e trará um impacto ainda maior para os cofres públicos.
De acordo com o ex-presidente da Limpurb, Álvaro Filho, a fatura mensal da empresa há cerca de um ano era de R$ 18 milhões por mês. Caso a licitação seja aprovada e o valor máximo seja aplicado, as despesas alcançarão a marca dos R$ 23 milhões por mês.
Apesar da pressão do prefeito João Henrique (PP) sobre a Procuradoria-Geral do Município, para que o edital de licitação seja lançado antes da sua saída do cargo, a questão teve que ser abortada, segundo Filho. "Tivemos uma celebração com o Ministério Público e assinamos um acordo de não realizar esse contrato de 20 anos antes de ter uma série de adequações, que já eram para ter ocorrido", diz. Entre as exigências, estão a apresentação do Plano Municipal de Resíduos Sólidos e investimentos na frota.
Falta de educação Com menos gente na limpeza, a falta de educação dos moradores fica ainda mais clara. Para o ex-presidente da Limpurb, faltam ações educativas. "Na minha época, tínhamos um trabalho de educação ambiental em vários bairros, sobretudo naqueles em que era notada uma maior incidência desse descarte aleatório", explica. "As pessoas lancham aqui e, mesmo vendo a lixeira, jogam o lixo no chão", afirma a baiana Bárbara. "O povo pensa que se não sujar a rua não tem trabalho para o gari" completa o taxista Marcos.
foto Manuela Cavadas / MetropresstextoAdalton dos Anjos - Jornal da Metrópole
Representantes de 49 países estão reunidos durante esta semana em Brasília (DF) para discutir ações que garantam o comércio seguro de medicamentos no mundo. Os debates fazem parte do 35º Encontro Anual dos países participantes do P rog rama In te rnac iona l de Monitoramento de Medicamentos da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Durante a abertura do encontro, nesta segunda-feira (12/11), o diretor- presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, reafirmou a importância do fortalecimento das ações de farmacovigilância para que as pessoas tenham acesso a novas t e c n o l o g i a s e m s a ú d e e a medicamentos seguros. “A vigilância pós-mercado é uma ferramenta vital para que tenhamos condições, em nossos países, de oferecer novas tecnologias para as pessoas que necessitam”, defendeu Barbano.
O diretor-presidente da Anvisa
pontuou, ainda, o esforço que o Brasil desenvolve nos últimos anos para o fortalecimento das ações de cooperação e troca de informações em saúde. “O fortalecimento das autoridades regionais é o caminho”, ponderou Barbano.
N o m e s m o s e n t i d o , o representante da Organização Pan-Americana de Saúde no Brasil, Joaquín Molin, ressaltou que a farmacovigilância tem sido um eixo de trabalho prioritário da OMS. “Em u m m u n d o c a d a v e z m a i s globalizado, onde o fluxo de informações e as exigências são maiores, os gestores devem estar preparados para contar com ferramentas robustas para a tomada de decisão, garantindo a segurança do paciente, que somos todos nós”, afirmou Molina.
Molina defendeu também o
fortalecimento da regulação em
saúde. “Fortalecer o arcabouço
regulatório é fundamental para
garantir a segurança e qualidade dos
medicamentos comercializados e
combater a venda de medicamentos
falsificados”, argumentou Molina.
Já a coordenadora do Programa de
Monitoramento de Medicamentos
da OMS, Shanthi Pal, disse que o
encontro é uma oportunidade dos
países participantes apontarem
r e c o m e n d a ç õ e s p a r a o
desenvolvimento e aprimoramento
do Programa. “Precisamos interagir
para garantir que, em todo o mundo,
os medicamentos sejam seguros e os
pacientes não sejam prejudicados”,
afirmou Shanti.
foto Divulgação p 07texto Portal Anvisa - 12Nov2012
Encontro mundial
discute consumo
de medicamentos
Encontro aconteceu em Brasília
Turismo de Saúde
Os termos turismo hidrotermal, turismo hidromineral, turismo hidroterápico, turismo termal, termalismo, turismo de bem-estar, turismo de águas e vários outros podem ser compreendidos como Turismo de Saúde.
Turismo de Saúde constitui-se das
atividades turísticas decorrentes da utilização de meios e serviços para
ns médicos, terapê-uticos e estéticos. “Marcos Conceituais
[MTur]
arte
PROBLEMA DE VERÃO A estação mais quente do ano está chegando e costuma trazer com ela problemas de saúde que podem ser evitados ou amenizados. Confira as dicas da Tribuna Universitária e não perca a diversão.
Gazeta do Povo p 08