Treino de Habilidades de Vida- Uma Ajuda Para Sair Bem Da Casca
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Meneses, R. F., Miyazaki, C., & Pais-Ribeiro,
J. (25/3/2010). Treino de habilidades de vida:
Uma ajuda para sair bem da casca. I Congresso
Internacional de Homenagem a Fabergé: "O
ovo nos Discursos da Arte, da Ciência e da
Cultura", Porto, Portugal.
Rute F. Meneses – All rights reserved
Mesa Redonda 3O educar: Da mãe galinha ao sair da casca
Treino de habilidades de vida:
Uma ajuda para sair bem da casca
Rute F. Meneses, Cristina Miyazaki,
& José Pais-Ribeiro
Bolsa FCT -SFRH/BPD/39186/2007
Apresentar e discutir:
Objectivos
1. as linhas mestras que estão na base do treino de habilidades de vida
2. a síntese de 2 programas de intervenção desenvolvidos no âmbito deste referencial
3. alguns dados nacionais relativos a uma das habilidades de vida propostas pela OMS –
comunicação eficaz
Habilidades de vida (HV)
(Choque-Larrauri & Chirinos-Cáceres, 2009;Mangrulkar, Whitman, & Posner, 2001)
Ampla literatura especializadasobre o assunto
Ausência de- uma definição consensual e
- uma única classificação
Def.: “Las habilidades para la vida son
las capacidades y destrezas
en el âmbito socioafectivo de las personas,
entre ellas habilidades sociales,
cognitivas y de manejo de emociones,
que les permiten enfrentar con éxito las
exigencias, demandas y desafíos de la vida
diaria, actuando competentemente y
contribuyendo al desarrollo humano”(Choque-Larrauri & Chirinos-Cáceres, 2009, pp. 172-173)
(Gorayeb, 2002, p. 215)
HVOMS
tomada de decisão
resolução de problemas
pensamento criativo
pensamento crítico
comuni-cação eficaz
relacio-namento interpes-
soal
auto-conheci-mento
empatia
lidar com as emoções
lidar com o stress
de grupos populacionais/em contextos
muito diversos…
promover a saúde…
Entre outros, este treino tem-se revelado
uma forma eficaz de
A utilidade do treino de habilidades de vida
está hoje bem estabelecida
retardar o início do uso
de drogas
prevenir condutas
sexuais de alto risco
ensinar a controlar a
ira
melhorar o desempenho académico
promover o ajustamento
social positivo
(Mangrulkar et al., 2001, p. 5)
escolas / instituições
que atendem
adolescentes
centros
comunitários
centros de saúde clínicas e hospitais
Etc.
(Gorayeb, 2002; Mangrulkar et al., 2001)
Temas ConteúdosAuto-conhecimento - Capacidades pessoais, habilidades,
limites, projectos pessoais- Importância e dificuldade do processo
Relacionamento interpessoal
- Diferenças pessoais- Preconceitos e estereótipos- O que dificulta e o que facilita
Empatia - Em situações positivas e negativas- As dificuldades de ser empático
Lidar com os sentimentos
- Reconhecimento dos sentimentos- Crenças que influenciam; - Expressão
Lidar com o stress - Situações geradoras- Consequências para a saúde- Maneiras de lidar
Minto et al., 2006
Temas ConteúdosComunicação eficaz
- Os equívocos- Comunicação não-verbal- Pistas para uma boa comunicação
Pensamento crítico
- Questionamento- Reflexão; - Análise
Pensamento criativo
- Desmitificação- Ausência de julgamento prévio das ideias- Procura de alternativas
Tomada de decisão - Maneiras- Adopção de critérios- Consequências
Resolução de problemas
A importância de usar as outras habilidades
Minto et al., 2006
- Entre de 2001 e 2003 participaram 104alunos (Br.): 98,1% do sexo feminino,
58,7% com 18 anos de idade,- Intervenção psicológica em grupo com
adolescentes, em contexto escolar, com 12 sessões semanais com duas horas cada,
sendo desenvolvida umahabilidade de vida por encontro, recorrendo a
técnicas de trabalho em grupo, exposição oral do conceito,
debates e discussões
Minto et al., 2006
1ª: Favorecendo a motivação e adesão ao programa2ª: Estimulando a auto-estima e a auto-eficácia
3ª: Aprendendo a arriscar-se para crescer4ª: Aprendendo a identificar e questionar erros de
pensamento5ª: Prestando atenção na mensagem dos sentimentos
6ª: Expressando pensamentos e sentimentos assertivamente
7ª: Aprendendo a alcançar metas e resolver problemas
8ª: Aprendendo a fazer amizades
Murta, 2008
9ª: Compreendendo os nossos pais10ª: Aprendendo a expressar insatisfação e a negociar
11ª: Construindo-se como homem/mulher12ª: Aprendendo a lidar com a pressão do grupo e a
tomar decisões13ª: Gerindo o stress
14ª: Aprendendo a buscar recursos para crescer15ª: Fortalecendo a mudança e aprendendo a ouvir
com empatia16ª: Avaliando o programa e prevenindo recaídas
Murta, 2008
Sessões de 90 minutos
com grupos de 6 a 10 adolescentes
de ambos os sexos
entre os 12 e os 14 anos (Br.)
Murta, 2008
As competências de comunicação são
cada vez mais valorizadas,
tanto a nível pessoal e interpessoal (p.e., relações afectivas),
como a nível escolar (cf. Directrizes de Bolonha para o Ensino Superior)
e profissional (cf. perfil de competências/funções).
Definição de comunicação eficaz:
“expressar assertivamente as
opiniões, os sentimentos,
as necessidades e os desejos”
(Minto et al., 2006, p. 565)
Desconhece-se um instrumentode avaliação das competências de
comunicação que permita identificar a percepção dos adultos
Portugueses sobre o seu nível de competência
A investigação mostra que sem consciência das
limitações/necessidades, torna-se muito difícil envolver as pessoas em actividades que tenham como
objectivo suprir essas mesmas limitações/necessidades
In-ves-ti-ga-ção
- N=80 estudantes a frequentar UC do 2º ano (Medicina dentária, Fisioterapia e Psicologia)
Sexo: 72,5% feminino; Idade: 19-31 anos (M=21,19; DP=2,10)
- Questionário Sócio-demográfico e Clínico e
Questionário de Competências de Comunicação (QCC; Meneses, Miyazaki, & Pais-Ribeiro, 2009)
- Em contexto de sala de aula
Método
1) Com excepção do que se constatou
relativamente aos itens 15 (concordar) e
18 (aceitar pedidos) do QCC,
a Importância atribuída era sempre
superior à Satisfação com a (própria)
competência de comunicação (em causa)
Resultados
2) Não se verificaram diferenças est. sigs.
entre a Importância e a Satisfação
em 8 dos 26 itens do QCC:
4 – pedir feedback nas relações sociais;
8 – encerrar uma conversa;
9 – dizer “por favor”;
15 - concordar; 16 - discordar;
17 – fazer pedidos; 18 – aceitar pedidos;
19 – recusar pedidos
revisão da literatura
+dados recolhidos
=necessidade e pertinência da intervenção
ao nível da comunicação (eficaz) de
estudantes do ensino superior,
fornecendo estratégias que poderão ser
úteis neste contexto
Conclusões