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1 ©Reprodução proibida. Todos os direitos reservados à Igreja Batista Central de Fortaleza. TREINAMENTO DE LÍDERES PARTICIPAÇÃO NO GRUPO Sugere-se que um grupo tenha entre quatro a doze membros. Se o grupo crescer muito e ainda não estiver pronto para a multiplicação, o grupo pode começar a re- união com todos juntos, e depois formar subgrupos para a partilha e estudo da Bíblia, proporcionando a participação efetiva de todos. Um pequeno grupo não deve ter “paredes” que dificultem ou impeçam a entrada de novas pessoas em qualquer tempo ou em qualquer reunião. O ingresso só deve ser vetado a crentes de outras comunidades evangélicas, com exceção daqueles que estejam em processo de transferência para a IBC. Não crentes Buscar e resgatar o que está perdido é fruto de uma vida cristã autêntica e produtiva. “Eu sou a videira: vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto.” (João 15:5) O Pequeno Grupo deve estar sempre aberto para receber visitantes e pessoas não crentes. O objetivo é integrá-las no grupo, ajudando-as a sentirem-se à vontade. Não é preciso preparar uma reunião especial ou diferente, embora em alguns momentos o grupo possa proporcionar reuniões especiais, promovendo oportunidades para que os amigos não cristãos conheçam Jesus. Novos convertidos Os novos convertidos devem ser discipulados dentro do Pequeno Grupo através do CONHECER. No CONHECER o novo convertido será conduzido a experimentar os fundamentos da caminhada com Jesus dentro de uma Igreja local. O líder ou alguém designado por ele poderá vivenciar o CONHECER com esta pessoa. É muito impor- tante que o líder prepare outras pessoas para esta tarefa e ela não seja exclusiva- mente sua. No material do CONHECER há várias dicas de como utilizar este material tanto no Pequeno Grupo como em Mentoreamento. Para aqueles que ainda não estão em Pequeno Grupo acontecem dominicalmente 8 encontros CONHECER, das 16 as 17 horas, no Pedras. De outra igreja Na IBC cremos que quando uma pessoa é alcançada para Cristo, ela deve imediata- mente ser mergulhada numa comunidade local. Partindo desse pressuposto, tenta- mos ao máximo possível, evitar a transferência de crentes de outras igrejas. Cada pedido de transferência é estudado e a liderança da igreja de origem é consultada. Explicado o motivo e a pessoa sendo aceita no rol de membros, orienta-se que ela trilhe o caminho dos novos convertidos. Sugere-se que o líder ou alguém designado por ele vivencie o CONHECER com ela. (Pedidos de transferência devem ser encaminhados aos cuidados do Pastor Alcimou.) TREINAMENTO BÁSICO Módulo Condução do Grupo

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PARTICIPAÇÃO NO GRUPO

Sugere-se que um grupo tenha entre quatro a doze membros. Se o grupo crescer muito e ainda não estiver pronto para a multiplicação, o grupo pode começar a re-união com todos juntos, e depois formar subgrupos para a partilha e estudo da Bíblia, proporcionando a participação efetiva de todos.

Um pequeno grupo não deve ter “paredes” que difi cultem ou impeçam a entrada de novas pessoas em qualquer tempo ou em qualquer reunião. O ingresso só deve ser vetado a crentes de outras comunidades evangélicas, com exceção daqueles que estejam em processo de transferência para a IBC.

Não crentes

Buscar e resgatar o que está perdido é fruto de uma vida cristã autêntica e produtiva. “Eu sou a videira: vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto.” (João 15:5)

O Pequeno Grupo deve estar sempre aberto para receber visitantes e pessoas não crentes. O objetivo é integrá-las no grupo, ajudando-as a sentirem-se à vontade. Não é preciso preparar uma reunião especial ou diferente, embora em alguns momentos o grupo possa proporcionar reuniões especiais, promovendo oportunidades para que os amigos não cristãos conheçam Jesus.

Novos convertidos

Os novos convertidos devem ser discipulados dentro do Pequeno Grupo através do CONHECER. No CONHECER o novo convertido será conduzido a experimentar os fundamentos da caminhada com Jesus dentro de uma Igreja local. O líder ou alguém designado por ele poderá vivenciar o CONHECER com esta pessoa. É muito impor-tante que o líder prepare outras pessoas para esta tarefa e ela não seja exclusiva-mente sua. No material do CONHECER há várias dicas de como utilizar este material tanto no Pequeno Grupo como em Mentoreamento.

Para aqueles que ainda não estão em Pequeno Grupo acontecem dominicalmente 8 encontros CONHECER, das 16 as 17 horas, no Pedras.

De outra igreja

Na IBC cremos que quando uma pessoa é alcançada para Cristo, ela deve imediata-mente ser mergulhada numa comunidade local. Partindo desse pressuposto, tenta-mos ao máximo possível, evitar a transferência de crentes de outras igrejas. Cada pedido de transferência é estudado e a liderança da igreja de origem é consultada. Explicado o motivo e a pessoa sendo aceita no rol de membros, orienta-se que ela trilhe o caminho dos novos convertidos. Sugere-se que o líder ou alguém designado por ele vivencie o CONHECER com ela.

(Pedidos de transferência devem ser encaminhados aos cuidados do Pastor Alcimou.)

TREINAMENTO BÁSICO

Módulo Condução do Grupo

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De outro grupo

Devemos receber as pessoas que chegam de outros Pequenos Grupos, com o mes-mo cuidado com que recebemos os que veem de outras igrejas. A identifi cação do motivo da saída do grupo de origem é fundamental para que se evite, a todo custo, questões não, ou mal, resolvidas. O líder do Pequeno Grupo deve entrar em contato com o líder do grupo de origem da pessoa para que seja preservada a comunhão e a perfeita harmonia

entre os irmãos. Se houver qualquer problema de relacionamento não resolvido, é necessário que seja tratado antes da transferência de grupo.

VALORES DO PEQUENO GRUPO

Há determinadas premissas, que alguns chamam de “Pacto do Pequeno Grupo”, que devem ser estabelecidas, em comum acordo, para a boa saúde dos relacionamen-tos em Pequenos Grupos. Cada líder, juntamente com seus liderados, pode criar sua própria lista de valores que considere essenciais. O mais importante é que os membros de cada grupo assumam o compromisso de crescer nos relacionamentos interpessoais e na maturidade em Cristo.

Cadeira vazia

Este valor representa nosso desejo de atrair, acolher e integrar novas pessoas ao Corpo de Cristo. Portanto, os Pequenos Grupos devem propiciar condições ideais de acolhi-mento, inclusão e acompanhamento a todo aquele que chega.

Aceitação – É fundamental criar um ambiente propício a quem chegar, independente-mente de suas circunstâncias, onde se possa praticar os mandamentos recíprocos, que viabilizam o progressivo crescimento espiritual.

Oração – Este é um valor a ser priorizado na vida de qualquer grupo, que se reúne diante de Deus para agradecer, dedicar, apresentar e, principalmente, adorar por tudo quanto Ele tem feito e pelo que ele é.

Honestidade – Para que possa haver o clima de confi ança e a autenticidade relacional dentro de qualquer grupo é preciso que haja transparência e sinceridade na comunica-ção de sentimentos, lutas, alegrias e tristezas, se falando sempre a verdade em amor.

Segurança – Relacionamentos abertos e honestos devem ser protegidos com um acordo de segurança: o que se diz no grupo permanece confi dencial, não devendo ser repetido em lugar nenhum; as opiniões serão respeitadas e as diferenças permitidas.

Prestação de contas – Em relacionamentos autênticos, prestar contas é uma sub-missão voluntária, uns aos outros, na busca de apoio, encorajamento e ajuda em áreas específi cas, permitindo responsabilidade partilhada.

Multiplicação – Facilitar o crescimento e a multiplicação gerando um novo grupo, viabi-lizará a possibilidade de ver mais pessoas alcançadas por Cristo e crescendo na graça e no conhecimento de Cristo.

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CONDUÇÃO DA REUNIÃO DO GRUPO

Preparação

Uma reunião produtiva começa em sua preparação:• Planeje o que você fará e prepare com antecedência estudo, dinâmicas e mate-riais que serão usados;

• Prepare a agenda:

– o que vai acontecer em cada momento?

– quanto tempo será gasto por cada atividade?

– se algo foi delegado houve confi rmação?

• Prepare a edifi cação bíblica:

– ore sobre o texto a ser estudado

– estude o texto bíblico (uma boa ferramenta é a Bíblia de Estudo para Gru-pos Pequenos);

– estabeleça pontos de conexão (participação) com o grupo;

– use ferramentas e lições disponibilizadas no site ou no estande da sua Rede;

• Certifi que-se de que todos saibam onde e quando a reunião acontecerá;

• Defi na quem será o anfi trião da reunião, se tiver adotado o rodízio;

• Garanta um ambiente limpo, organizado e confortável;

• Crie uma atmosfera receptiva e aconchegante com música ambiente para a chegada;

• Certifi que-se de que tudo foi devidamente providenciado de acordo com o número de pessoas;

• Ore pelas pessoas e pela reunião.

Dicas para melhorar sua preparação:

• convide seu aprendiz para ajudar no planejamento da reunião e na prepa-ração do estudo;

• separe e priorize um tempo específi co para sua preparação;

• desafi e seu aprendiz e outros membros do grupo a conduzir alguns mo-mentos da reunião.

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Dinâmica da reunião

Os elementos apresentados aqui são necessários para os encontros de grupos que tem Cristo no centro. Estes não se confi guram obrigatórios em todas as reuniões, mas devem ser introduzidos na rotina ao longo dos encontros do Pequeno Grupo. Cada reunião pode ter um foco diferenciado e cabe ao líder planejar os melhores elementos para mantê-lo. O objetivo é que a implementação desses elementos, com o passar do tempo, torne-se habitual.Em alguns momentos, o líder deverá ser sistemático, conduzindo o grupo à medida em que otimiza o tempo juntos, mas também precisa ser sensível ao movimento e à necessidade de momento. Tal sensibilidade elimina apossibilidade do líder estar mais comprometido com o “programa” que planejou para a reunião do que com as circunstâncias dos membros.

Tarefas do grupoEm cada grupo existem pessoas com habilidades, disponibilidades e recursos dife-rentes, o que contribui para a satisfação das necessidades internas e externas. Sen-do assim, o líder deve desafi ar seus liderados a assumirem diferentes papéis, para a realização da reunião e manutenção do grupo, os quais podem ser fi xos ou rotativos.Exemplo: conduzir o louvor, preparar o lanche, fazer ligações, preparar lista de con-tatos, organizar eventos especiais, ministrar determinados temas, articular carona, organizar pedidos de oração, registrar decisões e desafi os, criar e manter grupos de emails, realizar dinâmicas, etc. Com a delegação de responsabilidades,o líder não fi ca sobrecarregado e todos os membros participam ativamente da vida do grupo.

Momentos de uma reuniãoOs momentos, bem como a sequência a seguir, são sugestões. Cada grupo deve se-guir uma rotina que lhe seja peculiar e característica. Cuidado para não proporcionar uma reunião com ênfase nos momentos devidamentecronometrados, quando a prioridade devem ser as pessoas! No entanto, a realiza-ção/vivência dos momentos sugeridos pode proporcionar uma rica experiência ao grupo.

1º Momento: AcolhidaComo recebemos as pessoas é sempre defi nitivo para sua primeira impressão. Pre-parar o ambiente de forma que possa acomodar todos e receber de forma calorosa e acolhedora cria um clima de mais intimidade e faz com que sesintam à vontade.

2º Momento: Lanche e comunhãoTempo de descontração e oportunidade para que as pessoas possam conversar e se conhecer um pouco mais, porém não obrigatório. Como geralmente se espera que o anfi trião ofereça o lanche, fi que atento à realidade do mesmo, para não causar constrangimento e pressão fi nanceira. O momento do lanche pode ser feito coleti-vamente com cada pessoa contribuindo como puder. Outra opção é fazer o lanche apenas uma vez por mês junto com a Santa Ceia. Esse momento poderá acontecer tanto no início como no fi nal da reunião.

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3º Momento: LouvorO louvor é uma das expressões mais completas do discípulo. Sua essência está em reconhecer a presença de Deus e expressar gratidão e adoração. Priorizar o mo-mento de louvor é levar para a reunião experiências quepodem ser expressas através da música. Não se preocupe se no grupo não houver uma pessoa com habilidades musicais ou que toque algum instrumento, utilize CDs, videoclips e playbacks.

4º Momento: OraçãoA oração é uma arma poderosa em nossa mão, por isso não esqueça de reservar um tempo específi co no seu PG. Não use a oração somente como ponto obrigatório para começar ou encerrar o encontro, use-a de formas diferentes (em momentos diferentes) em cada reunião.

5º Momento: Estudo da PalavraO foco deste momento se move para as necessidades das pessoas, pois o estudo é uma ferramenta e não o ponto central. O líder é um facilitador e não um professor/pregador.Características de um momento de estudo:

• relaciona-se com o que está acontecendo no PG e/ou na vida dos seus membros;• transmite ânimo, estímulo e desafi o;• oferece apoio espiritual;• focalizado na vida prática e não no conhecimento;• proporciona experiências;• produz mudança de direção;• conta com a participação e a contribuição de todos e não somente do líder.

6º Momento: Santa CeiaEste momento deve acontecer uma vez por mês e pode ocupar qualquer período da reunião. A Ceia é uma ordenança dada por Jesus que, como discípulos, devemos promover e realizar. Usando os elementos pão e vinho (suco de uva), devemos lem-brar da morte de Jesus e também celebrar sua ressurreição. Cabe ao líder tornar este memorial um momento especial, recheado de signifi cado. Apesar de ser algo simples, o grupo deve ser conduzidoa entender a profundidade do que signifi ca. Portanto, não minimize a importância ou não encare apenas como obrigação.

7º Momento: Partilha e celebraçãoEste momento abre oportunidade para os membros testemunharem as bênçãos recebidas durante a semana anterior ou compartilhar problemas que estejam en-frentando. Pode ocorrer também no início da reunião, após aacolhida ou o louvor. É um tempo precioso de conhecimento mútuo, já que partilhar é revelar-se, mostrar a todos quem você é e o que tem feito. É um convite para que

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participem de sua vida, como ela é. É um grito de socorro, uma denúncia. Cada par-tilha deve ser ouvida com zelo e respeito e sem interrupções. O grupo deve permitir que a pessoa fale sem o medo de ser recriminada. O que for dito não deve passar despercebido, mas o grupo precisa tomar cuidado para não defi nir a pessoa logo nas primeiras palavras ou mesmo através de tudo que for dito. Cabe ao líder dire-cionar e conduzir o momento, a fi m de que o tempo não seja ocupado em vão ou mesmo tendo a sensibilidade para que o que está sendo dito não venha a ofender ou magoar outras pessoas.O líder deve ajudar quem está partilhando:

• a se concentrar em si mesmo e em seus sentimentos;• a não monopolizar a reunião;• a ouvir conselhos e opiniões como manifestação do interesse do grupo em ajudar e ser parte do momento.

Não deixem de celebrar conquistas particulares ou coletivas: melhoria de áreas na vida de alguém, o atraso que não existe mais, a saúde de alguém que foi restaurada, o pecado que foi vencido, a dívida que foi paga, o perdão que foi liberado, o trauma que foi superado, a leitura da Bíblia que foi priorizada. Busque algo para ser celeb-rado! Ministre através das celebrações que as derrotas e fracassos não vão roubar a alegria de cada passo dado na direção correta.

8º Momento: Confi ssões e prestação de contasEste é um momento importante para o crescimento mútuo do grupo. Quando alguém confessa um pecado está se humilhando ao mostrar o que foi capaz de fazer. Tam-bém está declarando que rejeita aquilo. O grupo deve ouvir de forma acolhedora, sem interromper e evitando gestos de reprovação ou escândalo. Ao término, o líder pode abrir para quem quiser fazer perguntas específi cas sobre o assunto, fazendo o fechamento com oração e encorajamento. Isso exige maturidade do grupo para não defi nir quem confessa a partir do seu pecado; não se escandalizar; e não tornar público o assunto ali tratado. A confi ssão é a manifestação da ação do Espírito Santo que incomoda o crente a colocar o “lixo” para fora. O líder deve lembrar que a melhor forma de encorajar os membros do grupo a confessar pecados é confessando os seus próprios erros. Após cada confi ssão, o grupo se torna responsável pela restauração da pessoa e não pode deixar o que foi dito cair no esquecimento. É preciso haver prestação de con-tas. Não há como alguém caminhar de forma saudável sozinho sem prestar contas de suas ações e decisões.Os membros de um grupo devem deixar de lado o “não se meta na minha vida” e conceder, ainda que com receio, a liberdade dos demais questionarem e conhe-cerem suas ações e decisões.A prática da prestação de contas pode e deve permear as mais diversas áreas: re-lacional, familiar, conjugal, profi ssional, fi nanceira, espiritual, escolar, sexual, etc. O que o grupo conhece uns dos outros nãopode passar despercebido como se o que se vive “fora do grupo” não tivesse importância para a vida “dentro do grupo”.

9º Momento: AvisosNeste momento, o líder deve informar a todos sobre as ações / eventos / realizações / metas da Igreja como um todo. É muito importante que o grupo seja informado (mo-tivado) sobre os movimentos comunitários, a fi m de se

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envolver numa participação mais abrangente. Desta forma, viverá igreja no Pequeno e no Grande Ajuntamentos.O líder de Pequeno Grupo é o catalisador e agregador principal em uma igreja de Pequenos Grupos, por isso precisa estar sempre atualizado e informado. O orienta-dor e as secretarias de cada Rede são as fontes de atualização e apoio para que o líder mantenha seu grupo ativo e participativo. A participação do líder no Sábado da Liderança é fundamental para que ele ande alinhado com os demais grupos da sua Rede e a Igreja como um todo.

Momento DinâmicasDinâmicas podem ser realizadas em qualquer momento da reunião. Sua utilização tem objetivos diversos: sociabilizar, divertir, facilitar o aprendizado, levar à refl exão, relaxar, fi xar ideias, fortalecer amizades,aumentar intimidade, diminuir timidez ou levar o grupo a viver um conceito ou uman-verdade que esteja sendo ensinada.É necessário que a pessoa que vai conduzir a dinâmica tenha em mente o que real-mente pretende alcançar.É preciso avaliar se a dinâmica escolhida vai atingir o esperado. Nunca é bom escol-her uma dinâmica só porque achou legal ou divertida. Antes, é preciso saber o que se quer atingir com ela, qual seu objetivo.Existem pessoas que não se sentem muito à vontade em momentos de dinâmica. É preciso cuidado ao escolher e aplicar uma atividade para não constranger ou expor alguém. O sucesso de uma dinâmica está diretamenteligado ao nível de relacionamento do grupo, ao objetivo que se pretende, ao espaço e a materiais que serão usados. A fi m de não deixar a dinâmica solta é preciso uma aplicação, uma tomada de consciência, onde os membros do grupo falem e expon-ham seus pontos de vista sobre aquela experiência.

Outras consideraçõesA reunião do Pequeno Grupo deve:• Acontecer num ambiente de confi ança, proporcionando o envolvimento e a partici-pação de todos;• Ser construída e desenvolvida através dos momentos que foram apresentados;• Não pode ser cancelada constantemente ou mesmo mudar de hora (local) sem um combinado prévio;• Manter um ritmo constante (periodicidade, horário, duração), que gera confi abili-dade;• Respeitar os horários de início e término, não excedendo o tempo de reunião (com-binado previamente). Isso dá liberdade para quem precisa sair e previsibilidade para quem tenha outros compromissos.

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INCLUSÃO

Rede de PastoreioPara os Pequenos Grupos a inclusão de novos membros não é uma opção, é uma ordem do Senhor Jesus: Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações... (Mt 28:19).Neste sentido, a inclusão pode ser relacional ou institucional.

RelacionalA inclusão deve ser interpessoal e proativa, no sentido dos membros de PG, que de-vem estar sempre buscando preencher a Cadeira Vazia, estabelecendo relacionamen-tos íntegros, verbalização a fé e convidando às reuniões.Isto se estende a encontros especiais – facilitadores – realizados pelo grupo em datas comemorativas e eventos inclusivos.

InstitucionalA inclusão resulta, igualmente, do encaminhamento de pessoas interessadas a partir de iniciativas institucionais, conversões nos cultos e solicitações pessoais de quem queira participar de um PG. Neste caso, existem diferentes formas de inclusão:

• Estande: muitas pessoas passam diretamente nos estandes das Redes, noPalhoção, e preenchem uma fi cha de solicitação de ingresso em PG. Durante a semana seguinte, a secretaria faz contato com o líder do PG escolhido pela pessoa, repassando seu nome e telefone para que este inicie o processo de acolhimento.

• Secretaria de Rede: algumas pessoas ligam diretamente para a igreja ou são dire-cionadas, após um aconselhamento ou participação em alguma programação (Retiro Espiritual, Celebrando Restauração) participar de Pequeno Grupo. O encaminhamento se dá conforme a opção acima.

• Site: as pessoas interessadas em participar de um PG podem solicitar inclusão através do nosso site, onde são automaticamente cadastradas.

• Conexão Central: as pessoas que aceitam Jesus nos cultos dominicais e se dirigem ao Conexão são cadastradas no SIB, que gera, automaticamente, uma solicitação de inclusão em PG.

O processo de inclusão também precisa ser formalizado, no SIB, através do cadas-tro de novos participantes, quando tiverem freqüentado o grupo, em pelo menos três reuniões. O registro pode ser feito mediante solicitação à Secretaria da Rede ou pelo próprio líder no SIB (Sistema de Pequenos Grupos).

Convidando o “interessado no Evangelho’’

A seguir, listamos alguns cuidados essenciais que precisamos tomar, enquanto grupo, com um “interessado no Evangelho’’:

• Mantenha o foco nas necessidades do convidado e não em sua agenda pessoal;

• Ao discutir uma passagem bíblica, use uma versão da Bíblia fácil de ser compreen-dida pelo visitante;

• Evite clichês religiosos, tipo ‘‘aleluia’’, “amém”, “irmãos” ou termos como ‘‘Cor-

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deiro de Deus’’ ou ‘‘Confi o só no Sangue’’. Tais terminologias são desconhecidas dos não-crentes e podem mais afastar do que aproximar, já que suscitam exclusão;

• Mantenha as discussões o mais aplicáveis possível, sem se estender a debates teo-lógicos e priorizando às verdades bíblicas;

• Dê liberdade ao visitante de expressar suas próprias opiniões e, mesmo que discorde, não discuta com ele. Instrua o grupo no sentido de escutar mais e falar menos, a fi m de proporcionar a quem está chegando a sensação de acolhimento e aceitação;

• Faça com que as orações sejam simples e objetivas, como uma conversa informal. Ajude o convidado a entender que orar é simplesmente falar com Deus e não um ceri-monial religioso.

Uma palavra sobre ACOLHIMENTOIncluir é mais do que integrar pessoas no PG e registrá-las num banco de dados. É preciso incluir no coração. Isto é ACOLHER. Segundo o dicionário, acolher é receber, hospedar, abrigar, recolher e o PG deve ser o lugar que proporciona tornar concretas estas ações. Precisamos acolher e cuidar das pessoas que o Senhor faz chegar aos nossos PGs, a fi m de que cresçam e venham a dar frutos. Mas, para isso, o ambiente do grupo deve ser propício ao acolhimento e ao desenvolvimento de relações interpes-soais.

Atitudes para tornar o PG acolhedor:

1. Desenvolver relacionamentos edifi cantes.Amizade e companheirismo são componentes fundamentais ao crescimento espiritual, pois Deus providencia a graça que precisamos através da outra pessoa. Por isso de-vemos construir redes de amizades espirituais que tragam graça e verdade às nossas vidas.

2. Acolher com Graça. Para apresentar Deus às pessoas, devemos demonstrar muito mais do que tolerância, devemos dispensar Graça. Mais do que qualquer outra coisa, o que o mundo mais precisa é de Graça. Uma cultura do tipo “venha como está” traduz essa graça à vida e espelha a singularidade do cristianismo. Deus aceita cada pessoa e a ama incondicio-nalmente como ela é. A tolerância não valoriza as pessoas, mas simplesmente suporta seu comportamento ou crenças sem queixas. A tolerância pode olhar com condescen-dia, aceitar diferenças, mas não acolhe incondicionalmente, sem cobrança e sem cul-pa. Acolher é aceitar, é atrair alguém para um relacionamento sem condenação. Muitas pessoas não acreditarão que Deus as aceitará e amará até que aqueles que alegam conhecê-lo comecem a demonstrar isto, na prática.O mundo pode fazer quase tudo tão bem ou melhor do que a igreja. Há apenas uma coisa que o mundo não pode fazer; ele não pode oferecer graça. (GordonMacDonald)

3. Ser uma comunidade contagiante.Um PG de mentalidade fechada acaba por inviabilizar a vida em comunidade, con-denando-a à morte, pois fecha as portas aos que estão de fora. Este tipo de grupo se torna radicalmente seletivo e exclusivista, adotando um dialeto próprio (“evangeliquês”) e se isolando, razão porque, inevitavelmente, adoece e morre.

A comunidade contagiante, ao contrário, é caracterizada pela paixão por Jesus e pelo amor pelos de fora. A alegria da proclamação das “boas notícias” e dos milagres vividos

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em suas próprias vidas, somada à necessidade

de dividir e compartilhar para crescer é tamanha que não há como não extravasar para outras vidas. Uma comunidade como essa é radicalmente inclusiva e fala a linguagem universal do amor de Deus (At 2:43,46,47).

Em tal ambiente, o Pequeno Grupo torna-se um espaço seguro onde as pessoas, não só podem estar sem medo, mas, o mais importante, podem partilhar suas lutas e feri-das sem recriminação e sem o risco de serem criticadas, ridicularizadas e/ou rejeitadas.

“O lado obscuro de apaixonar-se pela comunidade é nossa tendência de formar um “grupo santo”... Gostamos tanto da comunhão do corpo, que nos apegamos demais a ele, fechando as portas para os de fora. (...) No local onde a mentalidade fechada semeou as sementes da morte na comunidade, os grupos contagiantes plantam agora sementes de vida eterna.” (Russ Robinson)

MULTIPLICAÇÃO

Desde o começo do mundo, foi a vontade de Deus criar um povo que tivesse comun-hão com Ele por toda a eternidade. Embora houvesse comunhão perfeita como Trin-dade (Deus, Filho e Espírito Santo) Deus decidiu expandir esta comunhão a todos que tivessem fé n’Ele. De Gênesis a Apocalipse, vemos o coração de Deus em busca de pessoas, incluindo-as nesta nova comunidade, convidando-as à Sua “Cadeira Vazia”, no correr dos séculos. A multiplicação deve ser o valor fundamental para o sadio cres-cimento de uma igreja de Pequenos Grupos e as ferramentas estratégicas para que isto aconteça são a Cadeira Vazia e o Aprendiz de Líder.

A Dinâmica da MultiplicaçãoConsideramos “parto” um termo adequado ao processo de multiplicação, já que este procedimento inclui dor, separação e um pouco de tristeza por aquilo que se foi, mas também celebração, alegria e um senso de agradecimento pelo novo grupo e o objetivo alcançado.

Critérios para a MultiplicaçãoO tempo para ser promovida uma multiplicação varia de acordo com as características de cada grupo, mas alguns pontos precisam ser observados para garantir que seja saudável e produtiva:

• Um aprendiz de líder atuante e “preparado” para assumir a liderança do novo PG, com boa identifi cação e aceitação por parte dos integrantes. O aprendiz deve estar exercendo seu papel, inclusive já conduzindo algumas reuniões, há pelo menos três meses, inclusive estar participando nas instâncias institucionais, do Treinamento de Líderes e do Sábado da Liderança.

Não multiplique se não tiver aprendiz ou se este não estiver disposto assumiro novo grupo. A essência do papel do aprendiz é se tornar líder e não ser fi gura decorativa ou simples substituto para eventuais ausências do líder.

• Uma membresia de pelo menos 10 integrantes, contando com o líder e o apren-diz para que os dois novos grupos tenham, no mínimo, cinco integrantes. PGs diminu-tos são frágeis e sofrem com as faltas que sempre acontecem, o que torna a reunião desinteressante, difi cultando sua dinâmica e enfraquecendo os relacionamentos e a

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prática dos mandamentos mútuos. A multiplicação tambémdeve ser equilibrada, ge-rando, dentro do possível, dois grupos de, aproximadamente, mesma membresia para não criar um clima de exclusão em algumas pessoas.

• Um tempo de vida de pelo menos um ano, pois a multiplicação deve ocorrer em torno deste período, satisfeitos os dois critérios acima. Um ano é tempo sufi ciente para pre-parar aprendizes, incluir novos membros e consolidar relacionamentos.

Preparativos para o dia da multiplicação

• Trabalhe o princípio e lance a visão da multiplicação desde o início do grupo;

• Prepare o aprendiz para a sequência natural de liderar um grupo;

• Ajude as pessoas a entenderem que o propósito de cada grupo é o privilégio e a ben-ção dar vida a novos grupos;

• Encoraje as pessoas a cultivarem a visão de alcançar quem ainda não faz parte do Corpo de Cristo;

• Comece esse processo meses antes da data defi nida para a multiplicação. Isto pode ser feito com o líder e seu aprendiz passando a se reunir com os membros subdivididos em dois grupos que se reúnam separadamente. Esta dinâmica geralmente acontece em dois espaços de um mesmo ambiente e permite ao grupo começarem a vivenciar, na prática, processo da separação;

• À medida que o processo avance, aplique esta dinâmica a todas as reuniões, com exceção daquela que exigir a presença do grupo como um todo em um mesmo espaço;

• Por ocasião do “parto”, comemore e celebre o início de um novo Pequeno Grupo.

O dia do ‘‘parto’’

Este é um momento de celebração. À medida que o novo grupo começa a se separar do já existente, é hora de ações de júbilo pelo êxito alcançado:

• Dedique um tempo para comemorar o nascimento;

• Dedique e abençoe o novo grupo em um tempo de oração;

• Reconheça e encoraje a nova liderança;

• Permita que os membros expressem seus sentimentos;

• Marque um dia em que os dois grupos se reunirão para conferir o andamento de cada um (de 4 a 6 semanas do “parto”);

• Promova um momento de comunhão no qual compartilhe vitórias e bênçãos do grupo anterior;

• Ore pelo futuro dos dois grupos e pelo que Deus pode fazer para ajudar cada um a crescer em todos os sentidos;

• Peça que cada membro escreva uma carta ao grupo expressando seus sentimentos;

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• Tire fotos ou fi lme os grupos enquanto se preparam para o “parto”;

• Apresente uma agenda com alguns eventos sociais que reúnam os dois grupos, no futuro, visando seu reencontro de modo regular.

Dicas para reduzir o trauma da Multiplicação

• Converse sobre o objetivo da multiplicação, desde o início do grupo, com otimismo e freqüência. Se a multiplicação for uma surpresa, provavelmente haverá resistência;

• Crie condições para o aprendiz ser bem sucedido dando-lhe oportunidades de liderar.

Faça uma festa quando acontecer a multiplicação;

• Deixe que haja “amamentação”, reunindo os dois grupos periodicamente após o “par-to”, em eventos como a Ceia, por exemplo;

• Permita que as pessoas expressem tristeza, se for o caso, pois faz parte da fi losofi a de um PG saudável a liberdade de expressão;

• Prepare-se para acrescentar novos membros ao grupo estrategicamente.

Cuidados após o ‘‘parto’’

• Passe uma ou duas reuniões analisando o que aconteceu após a multiplicação;

• Comece a orar em relação a chegada de novos membros;

• Use algumas reuniões para se reorientar como grupo, iniciando o processo da ‘‘ca-deira vazia’’ e convidando pessoas;

• Os líderes devem dar uma atenção particular a cada membro durante este período de adaptação.

Critérios para a multiplicação

• Tempo de participação: pessoas com mais e menos tempo de membresia;

• Geográfi co: formar grupos levando em consideração à localização da maioria da membresia;

• Dinâmica de escolha: a membresia de cada grupo pode ser decidida por sorteio;

• Perfi s: a membresia de cada grupo é decidida pela liderança, levando em conta os históricos pessoais, critério este que deve passar pela decisão do grupo como um todo;

• Afi nidade: a membresia de cada grupo é decidida levando em conta este critério, só precisando tomar cuidado com os “vícios relacionais”, ou seja, com as chamadas “pan-elinhas”;

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ORDENANÇAS: CEIA E BATISMO

As ordenanças são apenas ritos externos deixados pelo Senhor Jesus para represen-tar verdades profundas, como sua morte na cruz, que inaugurou uma Nova Aliança e nos fez parte de um só Corpo – a Igreja. Ao longo da História, as ordenanças – Batis-mo e Ceia, as únicas prescritas por Jesus – foram estabelecidas segundo três crité-rios básicos:

1. Pelo fato de Cristo ter praticado;

2. Por ter Jesus ordenado a seus discípulos para que também as praticassem;

3. Pelo exemplo da prática da Igreja primitiva registrada em Atos dos Apóstolos e nas Cartas de Paulo.

Uma ordenança não é um “sacramento”, pois este é um ritual que supostamente transfere graça e salvação aos que dele participam e atribui ao elemento uma conota-ção de santifi cação ou poder sobrenatural. Na verdade, é o Senhor quem comunica, sem intermediários, Sua Graça aos que participam das ordenanças. Deus nos de-ixou dois ritos simbólicos para que, através destes atos visíveis do mundo material, o homem pudesse chegar com maior facilidade ao entendimento das realidades invi-síveis do Reino espiritual e eterno.

Quanto as ordenanças, a IBC sugere que todos os Pequenos Grupos cele-brem a Ceia do Senhor regularmente (uma vez por mês). Em alguns cultos festivos a ceia é celebrada no Grande Ajuntamento. Quanto ao Batismo, ele é realizado no Grande Ajuntamento, sob a benção dos pastores da Igreja. É de responsabilidade do Grupo Pequeno preparar para o batismo os mem-bros do seu grupo, estudando com eles o CONHECER (especialmente o Encontro 8).

A Ceia

A Ceia aparece na Bíblia num contexto familiar: mesa posta, refeição tomada, famí-lia reunida, elementos destacados representando a Páscoa e símbolos de verdades espirituais como libertação, salvação, etc. (Ex 12:8; Lc 22:7-13). O banquete tinha um cordeiro sacrifi cado pelo sacerdote e assado pela família, pães ázimos (sem fermento) e ervas amargas, simbolizando as bênçãos espirituais de libertação do povo de Deus. Todo judeu, pai de família dava graças pelo pão e pelo vinho antes de qualquer re-feição, porém,no período da Páscoa, as bênçãos eram invocadas de modo especial. Vale ressaltar que o Reino de Deus é sempre comparado a um grande banquete e não a uma solenidade fúnebre (Lc 22:30).

Jesus não instituiu outra refeição, mas, por ocasião da Páscoa, Ele mesmo desejou cear com seus discípulos num lugar amplo e propício para a celebração (Lc 22:7- 13). Cristo ordenou aos discípulos que observassem tais ritos “até aquele dia em que be-berei o vinho novo com vocês”, referindo-se ao Seu retorno (Mt 26:26-30; Mc 14:22-26; Lc 22:19-20; 1 Co 11:23-31).

A simbologia da Ceia: “Façam isto em memória de mim” (Lc 22:19). A Ceia do Senhor é para que o discípulo relembre tudo que Cristo fez na cruz, inclusive a constituição

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de um novo Corpo – organismo vivo –, pão repartido e pão compartilhado. A Ceia é comemorativa, memorial, simbólica e anunciadora do retorno de Cristo.

O pão é o símbolo do Corpo de Jesus moído pelas nossas transgressões e partido para que fôssemos um só Corpo.O pão na Ceia não é o corpo literal de Cristo, nem Cristo está presente no pão, de modo invisível, mas apenassimbolicamente.“Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o,e o deu aos seus discípulos, dizendo:‘Tomem e comam; isto é o meu corpo’.(Mt 26:26)

O fruto da vide simboliza o sangue de Cristo derramado na cruz, consequentemente não é o sangue literal de Cristo, nem Cristo está presente no fruto da vide, de modo invi-sível. Cristo tomou sobre si mesmo todos os pecados da humanidade e pagou o preço (Ap 1:5).“Em seguida tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos, dizendo: ‘Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue’.” (Mt 26:27-28a)

A palavra testamento signifi ca pacto, contrato ou aliança. Jesus Cristo fez o contrato com seu Pai que garante a salvação dos discípulos (“em favor de muitos”) através do Seu precioso sangue. A Ceia Memorial mostra, em forma de simbologia, que a salva-ção do crente é completa. Jesus Cristo tomou sobre si mesmo nossos pecados e nos garantiu a justiça pela sua vida perfeita (2 Co 5:21).“Isto é o meu sangue da aliança que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados.” (Mt 26:28)

A Ceia Memorial deve ser observada “até aquele dia”, pois é a lembrança de que o Sal-vador terminou sua obra de salvação e “assentou-se à direita de Deus” (Mc 16:19b). A Ceia é a lembrança da ausência física do Salvador entre Seu povo. Um dia Ele estará conosco novamente e a comemoração da Ceia dará lugar a um evento literal, em Sua presença.“Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, vocês an-unciam a morte do Senhor até que ele venha.” (1 Co 11:26

Comer e beber indignamente: A Ceia celebrada pela família de Deus reunida na Sua presença simboliza o que Cristo fez na cruz por nós, juntando amigos e inimigos num mesmo Corpo para que todos fôssemos um nEle (Ef 2:12-16). Comer ou beber indig-namente signifi ca dividir o que Cristo uniu, não discernindo o Corpo e fi ngindo unidade, quando estamos provocando inimizades e separações antes e depois da Ceia. A Igreja de Corinto vivia esta triste realidade (1 Co 1:10-13; 3:1-9), que se manifestava ainda mais nos dias de festa, comunhão ágape e celebração da Ceia do Senhor. O contexto de 1 Coríntios 11, a partir do versículo 17, demonstra como e onde estavam aqueles irmãos cometendo abuso discriminador (1 Co 11:17-32). Num contexto de celebra-ção e memorial, todos são convidados a participar do banquete, porém apenas aos discípulos de Jesus que não alimentam mágoas ou espírito de divisão é reservada a bênção de participar dignamente e com total discernimento do Corpo partido por nós, para constituir o Corpo Indivisível de todos nós.

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O Batismo

O batismo é uma ‘parábola viva’ da verdade espiritual envolvida na conversão, ele é uma demonstração externa da decisão que a pessoa já tomou. O batismo não salva, somente a fé em Jesus faz isto. O batismo identifi ca o crente com a morte, sepulta-mento e ressurreição de Jesus Cristo.

ENTRAR ESTAR SAIRO ato do Batismo nas suas fases:

Imersão Submersão Emersão

Identifi ca o crente com Cristo na sua:

Morte Sepultamento Ressurreição

E representa para a vida do crente:

A morte do “velho homem”

Sepultamento do corpo e do pe-

cado

Novidade de vida e promessa de ressurreição

futura

A Igreja Batista Central recomenda que uma pessoa se batize novamente se ainda não foi batizada por imersão desde que se tornou crente em Jesus Cristo. Isto não desvalo-riza a sua experiência anterior, mas refl ete seu compromisso com o modelo bíblico de batismo por imersão, da mesma forma que Jesus foi batizado, e a coerência com o ensino e a prática desta comunidade.

O batismo é uma ordenança dada à Igreja local, deve ser real¬izado através de uma Igreja local. A Igreja Batista Central reconhece como membros as pessoas que se ba-tizam aqui ou vêm transferidas de outra igreja local cuja prática seja o batismo pós-conversão e por imersão. Este reconhecimento implica que, a partir do batismo, a Igreja Batista Central e a pessoa batizada assumem os direitos, as responsabilidades e os privilégios de ser Corpo de Cristo.

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ORIENTAÇÕES PARA O BATISMO NA IBC

Inscrição para o batismo

• As inscrições para o batismo serão feitas nos stands das Redes de Pequenos Grupos

• No stand será verifi cado se a pessoa já preencheu a fi cha geral de cadastro. Se não, preencherá na mesma hora a fi cha.

• Será perguntado se a pessoa: Está em Pequeno Grupo e qual é o seu lider.

• Se vivenciou o CONHECER (Pequeno Grupo, Mentoreamento ou Classe)

1. Acompanhamento do candidato a batismo Se a pessoa está em um Pequeno Grupo – O coordena¬dor de Rede conversará com a liderança do PG do candi¬dato a ba-tismo, sobre a sua caminhada cristã. O líder do PG (ou alguém designado por ele) será responsável por vivenciar o CONHECER com o candidado a batismo, especialmente a lição 8, sobre Batismo. O líder também poderá encaminhar a pessoa para fazer o CON-HECER na Classe aos domingos das 16 as 17 horas no Pedras.

2. Se a pessoa não está em um Pequeno Grupo – O coordenador de Rede entrará em contato com a pessoa, incentivando a participação num Pequeno Grupo, e encamin-hando-a para participar do CONHECER.

3. Para pessoas que vem de outras igrejas cristãs – processo de transferência. Marcar uma entrevista com o Pr Alcimou (Telefone 3444-3600) Se a pessoa foi batizada após sua conversão e por imer¬são será solicitada uma carta de transferência. Se a pessoa não foi batizada após sua conversão ou seu batismo não foi por imersão, sugerimos que ela seja batizada novamente.

Se no dia do batismo acontecer da pessoa (sem ter se ins¬crito antecipamente, não ter participado do CONHECER e nem estar num Pequeno Grupo) decidir de última hora se batizar, o que fazer? Ela poderá ser batizada se tiver compreensão da sua conversão, Jesus ser seu Senhor e Salvador. Ela preencherá uma fi cha de cadastro geral e será pro¬curada após seu batismo para ser acompanhada pela Rede de Pequenos Grupos a qual ela pertence.

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AVALIAÇÃO DA SAÚDE DO GRUPO

Marque como você está em relação a cada uma das seguintes afi rmações:

RESPONDA 1 Priorizo participar das reuniões com meu orientador para

viver pequeno grupo e conversar sobre minha liderança?

2 Nosso grupo tem facilidade em dividir as tarefas do grupo entre os membros.

3 Costumamos receber descrentes no nosso PG?

4 Nosso grupo pequeno já multiplicou uma vez e já tem no-vos aprendizes de líderes.

5 Quando há uma campanha, nosso grupo costuma se mobi-lizar fi nanceiramente para contribuir.

6 Ajudar, se importar, buscar uns aos outros é característica forte no nosso PG.

7 Eventualmente, praticamos Atos de Compaixão.

8Em nosso PG, escolhemos alguém do grupo para discipu-lar os novos convertidos mais de perto, enquanto ele se fi rma no grupo.

9 Adotamos os guias de estudo para PG, quando a liderança direciona um assunto .

10 Os membros do nosso grupo entendem o valor do serviço e o praticam num ministério da igreja ou em outras iniciativas.

11 Os membros do nosso grupo demonstram alegria, no Sen-hor, independente das circunstâncias da vida.

12 Já discutimos ações evangelísticas para fazermos como grupo pequeno.

13 Discutimos abertamente sobre dízimo e fi nanças pessoais no nosso PG.

14 Quando recebemos um visitante no grupo, todos já sabe-mos como agir.

15 Podemos perceber o amadurecimento espiritual de cada membro do grupo, a medida em que o grupo caminha.

16 Os membros do nosso PG costumam se relacionar além das reuniões do grupo

17 Nosso grupo está incomodado por não receber descrentes no grupo há muito tempo.

18 Costumamos servir juntos nas ações de serviço da igreja.

19 Eu acesso o site da Igreja, faço bom uso dos recursos disponibilizados.

Esta é só uma maneira para você refl etir um pouco sobre sua liderança e seu grupo pequeno!

• Se você respondeu entre 15 a 19 carinhas - Seu grupo está no caminho certo. Busque crescer ainda mais nestas áreas e ajude outros líderes que estão chegando a crescer e se desenvolver.

• Se você respondeu entre 10 e 15 carinhas - Você precisa buscar avaliar alguns pontos. Procure andar mais perto do seu orientador e fi que atento nas áreas em que seu grupo precisa se desenvolver.

• Se você respondeu menos de 9 carinhas - Você precisa considerar fazer alguns ajustes na sua liderança ou mudar a estratégia com o grupo. Não tenha receios de procurar ajuda e busque apoio no seu orientador.

Obs.: Esta é uma ferramenta ilustrativa, pra ser usada como parte de uma avaliação que você deve fazer continuamente diante de Deus, e com a ajuda da liderança da rede a qual você pertence. O alvo é servir com excelência, pra glória de Deus.