TRAUMA TORÁCICO Thiago Leandro Marcos Serviço de Cirurgia Torácica Hospital Governador Celso...

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TRAUMA TORÁCICO TRAUMA TORÁCICO Thiago Leandro Marcos Thiago Leandro Marcos Serviço de Cirurgia Serviço de Cirurgia Torácica Torácica Hospital Governador Celso Hospital Governador Celso Ramos Ramos

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TRAUMA TORÁCICOTRAUMA TORÁCICO

Thiago Leandro MarcosThiago Leandro Marcos

Serviço de Cirurgia TorácicaServiço de Cirurgia TorácicaHospital Governador Celso Hospital Governador Celso

RamosRamos

ASPECTOS GERAIS DO ASPECTOS GERAIS DO TRAUMA TORÁCICOTRAUMA TORÁCICO

Responsável por 25% das mortes por Responsável por 25% das mortes por trauma;trauma;

85 a 90% dos traumatismos torácicos 85 a 90% dos traumatismos torácicos contusos são tratados por medidas contusos são tratados por medidas simples (drenagem torácica e simples (drenagem torácica e intubação);intubação);

15 a 30% dos ferimentos penetrantes 15 a 30% dos ferimentos penetrantes de tórax necessitam de cirurgia de tórax necessitam de cirurgia (toracotomia).(toracotomia).

TRAUMA TORÁCICO CONTUSO: TRAUMA TORÁCICO CONTUSO: MECANISMOS E FISIOPATOLOGIAMECANISMOS E FISIOPATOLOGIA

Principais causas Principais causas

acidentes acidentes automobilísticautomobilísticos os quedas de quedas de alturaaltura agressõesagressões lesões lesões esportivasesportivas

TRAUMA TORÁCICO CONTUSO: TRAUMA TORÁCICO CONTUSO: MECANISMOS E FISIOPATOLOGIAMECANISMOS E FISIOPATOLOGIA

Impacto direto sobre o tóraxImpacto direto sobre o tórax fraturas de costelas, fraturas de costelas, tórax instável, contusões pulmonares e cardíacastórax instável, contusões pulmonares e cardíacas

Impacto direto sobre o pescoço hiperextendidoImpacto direto sobre o pescoço hiperextendido lesões laringo-traqueaislesões laringo-traqueais

Impacto direto sobre tórax com a glote fechadaImpacto direto sobre tórax com a glote fechada ruptura brônquicaruptura brônquica

Desaceleração rápidaDesaceleração rápida ruptura aórtica ou brônquica ruptura aórtica ou brônquica Desaceleração vertical (queda)Desaceleração vertical (queda) Ruptura aórtica Ruptura aórtica Flexão espinhalFlexão espinhal ruptura do ducto torácico ruptura do ducto torácico Aumento súbito da pressão intra-abdominalAumento súbito da pressão intra-abdominal

ruptura diafragmáticaruptura diafragmática

TRAUMA TORÁCICO TRAUMA TORÁCICO PENETRANTEPENETRANTE

Sobrevida depende do tipo de arma, local da Sobrevida depende do tipo de arma, local da lesão e o pronto reconhecimento de lesões lesão e o pronto reconhecimento de lesões graves e encaminhamento aos centros de graves e encaminhamento aos centros de trauma;trauma;

Mais freqüente que perfurações abdominais;Mais freqüente que perfurações abdominais; Se a perfuração atinge a pleura parietal, 90% Se a perfuração atinge a pleura parietal, 90%

terá lesão pulmonar e 50-60% terá terá lesão pulmonar e 50-60% terá hemopneumotórax;hemopneumotórax;

A princípio não se deve explorar o ferimento.A princípio não se deve explorar o ferimento.

AVALIAÇÃO DO AVALIAÇÃO DO TRAUMA DE TÓRAXTRAUMA DE TÓRAX

História clínicaHistória clínica

ABC do traumaABC do trauma

Priorizar correção de Priorizar correção de danos que causem danos que causem morte imediatamorte imediata

Documentar danos Documentar danos menos sérios para menos sérios para correção posteriorcorreção posterior

HISTÓRIA CLÍNICAHISTÓRIA CLÍNICA Acidentes automobilísticosAcidentes automobilísticos - tempo entre o trauma e a chegada ao - tempo entre o trauma e a chegada ao

hospitalhospital- tipo de impacto- tipo de impacto

- local do paciente dentro do veículo- local do paciente dentro do veículo - velocidade aproximada- velocidade aproximada - ejeção do veículo- ejeção do veículo - morte de ocupante do veículo- morte de ocupante do veículo - uso de cinto de segurança- uso de cinto de segurança

QuedasQuedas - altura- altura - superfície onde o paciente caiu- superfície onde o paciente caiu

EXAME FÍSICO (ABC)EXAME FÍSICO (ABC)ÁREA ÁREA

AVALIADAAVALIADASINAIS CLÍNICOSSINAIS CLÍNICOS POSSÍVEIS POSSÍVEIS

LESÕESLESÕES

Via aéreaVia aérea Taquipnéia, Taquipnéia, estridorestridor

Obstrução ou Obstrução ou ruptura via ruptura via aérea, corpo aérea, corpo estranhoestranho

RespiraçãoRespiração Movimentos torá-Movimentos torá-cicos anormais, cicos anormais, ausência de MVausência de MV

Tórax instável, Tórax instável, contusão contusão pulmonar, hemo pulmonar, hemo ou pneumotóraxou pneumotórax

CirculaçãoCirculação Hipotensão, Hipotensão, taquicardiataquicardia

Hemorragia Hemorragia intratorácicaintratorácica

Coluna cervicalColuna cervical Dor na nucaDor na nuca Fratura-luxaçãoFratura-luxação

SNCSNC Imobilidade ou Imobilidade ou alte-ração alte-ração consciênciaconsciência

TCETCE

EXAME PRIMÁRIO - LESÕES EXAME PRIMÁRIO - LESÕES COM RISCO IMINENTE DE COM RISCO IMINENTE DE

VIDAVIDAPneumotórax Pneumotórax hipertensivohipertensivo

Pneumotórax abertoPneumotórax aberto

Tórax instávelTórax instável

Hemotórax maciçoHemotórax maciço

Tamponamento cardíacoTamponamento cardíaco

PNEUMOTÓRAX PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVOHIPERTENSIVO

Escape de ar do pulmão ou Escape de ar do pulmão ou pela parede torácica para pela parede torácica para dentro do tórax, causando dentro do tórax, causando colapso pulmonar (válvula colapso pulmonar (válvula unidirecional);unidirecional);

Deslocamento do Deslocamento do mediastino para o lado mediastino para o lado oposto, dimi-nuindo o oposto, dimi-nuindo o retorno venoso e causando retorno venoso e causando compressão pulmonar compressão pulmonar contralateralcontralateral

PNEUMOTÓRAX PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVOHIPERTENSIVO

Quadro clínico: dor torácicaQuadro clínico: dor torácica dispnéia intensadispnéia intensa taquicardiataquicardia hipotensãohipotensão desvio da traquéiadesvio da traquéia ausência de MV unilateralausência de MV unilateral distensão veias do pescoçodistensão veias do pescoço

Diferenciar de TAMPONAMENTO CARDÍACODiferenciar de TAMPONAMENTO CARDÍACO PH = timpanismo à percussão + ausência de MVPH = timpanismo à percussão + ausência de MV

PNEUMOTÓRAX PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVOHIPERTENSIVO

PNEUMOTÓRAX PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVOHIPERTENSIVO

TRATAMENTO INICIALTRATAMENTO INICIAL

DESCOMPRESSÃDESCOMPRESSÃO IMEDIATA O IMEDIATA

(cateter no 2º (cateter no 2º espaço espaço

intercostal)intercostal)

TRATAMENTO DEFINITIVO

DRENAGEM TORÁCICA

(dreno tubular no 5º espaço

intercostal)

PNEUMOTÓRAX ABERTOPNEUMOTÓRAX ABERTO

Ferimentos extensos de parede Ferimentos extensos de parede torácica (> 2/3 do diâmetro da torácica (> 2/3 do diâmetro da traquéia)traquéia)

O ar entra preferencialmente pela O ar entra preferencialmente pela lesão (menor resistência)lesão (menor resistência)

Ventilação inefetiva Ventilação inefetiva hipóxia hipóxia

TRATAMENTO INICIALTRATAMENTO INICIAL

TRATAMENTO DEFINITIVOTRATAMENTO DEFINITIVO

TÓRAX INSTÁVELTÓRAX INSTÁVEL

Múltiplas fraturas consecutivas de costelas Múltiplas fraturas consecutivas de costelas (pelo menos quatro arcos costais fraturados (pelo menos quatro arcos costais fraturados em dois locais distintos);em dois locais distintos);

Ocorre em 5% dos traumatismos torácicos e Ocorre em 5% dos traumatismos torácicos e em 10 a 15% das lesões contusas graves;em 10 a 15% das lesões contusas graves;

Aumenta incidência com a idade;Aumenta incidência com a idade;

FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA

Segmento instável

Respiração Paradoxal Dor Contusão Pulmonar

Hipóxia

TÓRAX INSTÁVELTÓRAX INSTÁVEL

CONDUTACONDUTA

Observar FR, sat Observar FR, sat O2, gasometriaO2, gasometria

Analgesia Analgesia Suporte ventilatórioSuporte ventilatório Fisioterapia / Fisioterapia /

broncoscopiabroncoscopia Hidratação Hidratação

cuidadosacuidadosa

Parâmetros para Parâmetros para intubaçãointubação

FR > 30FR > 30

PaO2 < 60 mmHgPaO2 < 60 mmHg

PaCO2 > 45 PaCO2 > 45 mmHgmmHg

HEMOTÓRAX MACIÇOHEMOTÓRAX MACIÇO

Geralmente Geralmente causado por causado por ferimentos ferimentos penetrantes;penetrantes;

Lesão de grandes Lesão de grandes vasos, vasos, intercostais ou intercostais ou pulmonares.pulmonares.

HEMOTÓRAX MACIÇOHEMOTÓRAX MACIÇO

CONDUTA INICIAL

DRENO CALIBROS

O

SE POSSÍVEL

AUTO- TRANSFUSÃ

O

HEMOTÓRAX MACIÇOHEMOTÓRAX MACIÇO

DRENAGEM INICIAL MAIOR QUE 1500 ML

DRENAGEM CONTI-NUADA DE 200 A 300 ML/H POR 2 A 4 HORAS

INSTABILIDADE HEMODINÂMICA

TAMPONAMENTO CARDÍACOTAMPONAMENTO CARDÍACO Geralmente por ferimentos penetrantes;Geralmente por ferimentos penetrantes; Sinais clínicos Sinais clínicos Tríade de BeckTríade de Beck (turgência jugular + (turgência jugular +

hipotensão + abafamento de bulhas): raramente hipotensão + abafamento de bulhas): raramente observada de forma completa; observada de forma completa;

Tríade de Elkin Tríade de Elkin ferimento precordial + ausência de ferimento precordial + ausência de PA + eliminação de fezes;PA + eliminação de fezes;

Diferenciar de pneumotórax Diferenciar de pneumotórax hipertensivo;hipertensivo; É fator de bom prognóstico nosÉ fator de bom prognóstico nos ferimentos cardíacos (ocorreferimentos cardíacos (ocorre em 80-90% dos FAB).em 80-90% dos FAB).

DIAGNÓSTICO E DIAGNÓSTICO E TRATAMENTOTRATAMENTO

PACIENTES ESTÁVEISPACIENTES ESTÁVEIS Ecocardiografia (muitos falso negativos e positivos);Ecocardiografia (muitos falso negativos e positivos); Tomografia;Tomografia; Pericardiocentese (50% falsos negativos);Pericardiocentese (50% falsos negativos); Janela pericárdica (todos os ferimentos precordiais);Janela pericárdica (todos os ferimentos precordiais);

INSTABILIDADE INSTABILIDADE HEMODINÂMICA HEMODINÂMICA US (FAST) US (FAST) se positivo se positivo pericardiocentese subxifóideapericardiocentese subxifóideaApós estabilização Após estabilização CIRURGIACIRURGIA (toracotomia (toracotomia

ou ou esternotomia)esternotomia)

TORACOTOMIA DE TORACOTOMIA DE EMERGÊNCIAEMERGÊNCIA

IndicaçãoIndicação: pacientes que chegam com : pacientes que chegam com ferimento torácico penetrante e sem pulso, ferimento torácico penetrante e sem pulso, porém com atividade elétrica miocárdica (ou porém com atividade elétrica miocárdica (ou apresentam parada cardíaca logo após a apresentam parada cardíaca logo após a chegada);chegada);

Os resultados são variáveis:Os resultados são variáveis: - sobrevida de 1% em trabalhos sem critérios - sobrevida de 1% em trabalhos sem critérios

específicos em hospitais gerais;específicos em hospitais gerais; - sobrevida de até 30% para pacientes - sobrevida de até 30% para pacientes

vítimas de ferimentos por arma branca em vítimas de ferimentos por arma branca em centros de trauma com equipes experientes;centros de trauma com equipes experientes;

- benefício desprezível em trauma contuso.- benefício desprezível em trauma contuso.

TORACOTOMIA DE TORACOTOMIA DE REANIMAÇÃOREANIMAÇÃO

EXAME SECUNDÁRIO – EXAME SECUNDÁRIO – LESÕES COM RISCO DE LESÕES COM RISCO DE

VIDAVIDA Pneumotórax simplesPneumotórax simples HemotóraxHemotórax Contusão pulmonarContusão pulmonar Lesões tráqueo-brônquicasLesões tráqueo-brônquicas Trauma cardíaco contusoTrauma cardíaco contuso Ferimento transfixante de Ferimento transfixante de

mediastinomediastino Ruptura traumática da aortaRuptura traumática da aorta Ruptura diafragmáticaRuptura diafragmática

PNEUMO / HEMOTÓRAX SIMPLESPNEUMO / HEMOTÓRAX SIMPLES

TRATAMENTO = DRENAGEMTRATAMENTO = DRENAGEM

DRENAGEM TORÁCICADRENAGEM TORÁCICA

CONTUSÃO PULMONARCONTUSÃO PULMONAR• Mortalidade de 22 a 33%

• Tratamento de suporte

DIFERENCIAR DE

ASPIRAÇÃO

CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS

CONTUSÃOCONTUSÃO

Presente no Rx inicialPresente no Rx inicial

Não respeita Não respeita segmentosegmento

Secreção sanguino-Secreção sanguino-lenta no aspirado lenta no aspirado traquealtraqueal

ASPIRAÇÃOASPIRAÇÃO

Surgimento após Surgimento após horas do traumahoras do trauma

Infiltrado pode se Infiltrado pode se localizar em localizar em segmentos segmentos específicosespecíficos

Secreção de Secreção de conteúdo particuladoconteúdo particulado

LESÕES TRÁQUEO-LESÕES TRÁQUEO-BRÔNQUICASBRÔNQUICAS

Sinais / sintomas clínicos: hemoptise, Sinais / sintomas clínicos: hemoptise, enfisema enfisema subcutâneosubcutâneo, pneumotórax hipertensivo., pneumotórax hipertensivo.

LESÕES TRÁQUEO-LESÕES TRÁQUEO-BRÔNQUICASBRÔNQUICAS

Quando suspeitar Quando suspeitar escape aéreo escape aéreo volumoso por dreno de tóraxvolumoso por dreno de tórax

Diagnóstico

Tratamento = CIRURGIA

BRONCOSCOPIA

TRAUMA CARDÍACO TRAUMA CARDÍACO CONTUSOCONTUSO

Gravidade variável: contusão miocárdica, Gravidade variável: contusão miocárdica, ruptura de câmaras cardíacas ruptura de câmaras cardíacas (tamponamento) ou laceração valvular;(tamponamento) ou laceração valvular;

Sintomas: dor torácica, hipotensão;Sintomas: dor torácica, hipotensão; Quando suspeitar Quando suspeitar trauma de alto trauma de alto

impacto sobre o tórax (*anterior) – impacto sobre o tórax (*anterior) – fraturas de esterno ou cartilagens costais;fraturas de esterno ou cartilagens costais;

TRAUMA CARDÍACO TRAUMA CARDÍACO CONTUSOCONTUSO

DiagnósticoDiagnóstico

- ECG: extra-sístoles ventriculares, - ECG: extra-sístoles ventriculares, taquicardia sinusal, bloqueio de ramo taquicardia sinusal, bloqueio de ramo direito, alterações do segmento ST direito, alterações do segmento ST se se presentes, monitorar por 24 horas;presentes, monitorar por 24 horas;

- Enzimas cardíacas (*troponina): úteis - Enzimas cardíacas (*troponina): úteis apenas para diagnóstico de IAM;apenas para diagnóstico de IAM;

- Ecocardiograma: alterações de - Ecocardiograma: alterações de motilidade.motilidade.

TRATAMENTOTRATAMENTO Contusão miocárdica Contusão miocárdica

monitorização e controle de monitorização e controle de arritmias;arritmias;

Ruptura do miocárdio ou válvulas Ruptura do miocárdio ou válvulas se sobreviver se sobreviver CIRURGIA CIRURGIA

FERIMENTOS TRANSFIXANTES FERIMENTOS TRANSFIXANTES DE MEDIASTINODE MEDIASTINO

Estruturas que podem ser Estruturas que podem ser lesadas: coração, grandes lesadas: coração, grandes vasos, traquéia / vasos, traquéia / brônquios, coluna brônquios, coluna vertebral, esôfago;vertebral, esôfago;

Identificados pelos orifícios Identificados pelos orifícios de entrada e saída de um de entrada e saída de um projétil em hemitóraces projétil em hemitóraces diferentes ou pelo radio-diferentes ou pelo radio-grama de tórax mostrando grama de tórax mostrando o projétil no hemitórax o projétil no hemitórax contralateral ao da contralateral ao da entrada;entrada;

FERIMENTOS TRANSFIXANTES FERIMENTOS TRANSFIXANTES DE MEDIASTINODE MEDIASTINO

CONDUTA:CONDUTA: - Hemopneumotórax - Hemopneumotórax drenagem drenagem - Instabilidade hemodinâmica - Instabilidade hemodinâmica cirurgia de urgência cirurgia de urgência

PACIENTE ESTÁVELPACIENTE ESTÁVEL

- Hematoma mediastinal - Hematoma mediastinal TC / angiografia (possível TC / angiografia (possível lesão grandes vasos) lesão grandes vasos)

- Esôfago - Esôfago endoscopia e Rx endoscopia e Rx contrastadocontrastado

- Traquéia e brônquios - Traquéia e brônquios broncoscopiabroncoscopia

CIRURGIA

RUPTURA TRAUMÁTICA RUPTURA TRAUMÁTICA DE AORTADE AORTA

Alta mortalidade;Alta mortalidade; Se sobrevive = lesão incompleta + Se sobrevive = lesão incompleta +

hematoma mediastinal (geralmente hematoma mediastinal (geralmente a hipotensão tem outra causa;a hipotensão tem outra causa;

Não há sinais ou sintomas Não há sinais ou sintomas específicos = a suspeita é iniciada específicos = a suspeita é iniciada pelo mecanismo do trauma e pelo pelo mecanismo do trauma e pelo radiograma de tórax;radiograma de tórax;

RUPTURA TRAUMÁTICA RUPTURA TRAUMÁTICA DE AORTADE AORTA

SINAIS RADIOLÓGICOSSINAIS RADIOLÓGICOS Alargamento do mediastino (> 8 cm)Alargamento do mediastino (> 8 cm) Borramento do botão aórticoBorramento do botão aórtico Rebaixamento do brônquio fonte esquerdoRebaixamento do brônquio fonte esquerdo Desvio do esôfago ou traquéia para a Desvio do esôfago ou traquéia para a

direitadireita Obliteração do espaço paraespinhalObliteração do espaço paraespinhal Apagamento da janela aorto-pulmonarApagamento da janela aorto-pulmonar Hemotórax maciço (esquerda)Hemotórax maciço (esquerda) Fratura de primeira costelaFratura de primeira costela Hemotórax extrapleral (apical ou não)Hemotórax extrapleral (apical ou não)

ALARGAMENTO ALARGAMENTO MEDIASTINALMEDIASTINAL

> 8cm

DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO Ecocardiograma transesofágico Ecocardiograma transesofágico

(pouco disponível em nosso meio)(pouco disponível em nosso meio)

Tomografia computadorizadaTomografia computadorizada

CONDUTACONDUTAARTERIOGRAFIA necessária para avaliação da extensão da lesão e planejamento cirúrgico

PRÓTESE

RUPTURA DIAFRAGMÁTICARUPTURA DIAFRAGMÁTICA

Geralmente ocorre à esquerda Geralmente ocorre à esquerda (ausência do fígado);(ausência do fígado);

Trauma contuso: grandes rupturas Trauma contuso: grandes rupturas com herniação de vísceras com herniação de vísceras abdominais;abdominais;

Trauma penetrante: pequenas Trauma penetrante: pequenas perfurações com herniações tardias.perfurações com herniações tardias.

DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO

Suspeita inicial = Suspeita inicial = Rx tóraxRx tórax

Passar SNGPassar SNG Rx contrastadoRx contrastado TomografiaTomografia ToracoscopiaToracoscopia

Tratamento CIRURGIA (geralmente por laparotomia)

OUTRASOUTRASLESÕESLESÕES

TORÁCICASTORÁCICAS

ASFIXIA TRAUMÁTICAASFIXIA TRAUMÁTICA

- Trauma contuso severo Trauma contuso severo (esmagamento)(esmagamento)

- Petéquias faciais e de Petéquias faciais e de tórax superior, hemoragia tórax superior, hemoragia subconjuntival e edema subconjuntival e edema de retinade retina

- Tratamento de suporteTratamento de suporte

FRATURAS DE COSTELASFRATURAS DE COSTELAS

- Dano torácico mais comum (35-40% Dano torácico mais comum (35-40% das vítimas de trauma de tórax);das vítimas de trauma de tórax);

- Diagnóstico:Diagnóstico:

suspeita clínicasuspeita clínica

Rx: extensão do danoRx: extensão do dano

TC: fraturas + danos intra-TC: fraturas + danos intra-torácicostorácicos

Fratura de 1 ou 2 costelasFratura de 1 ou 2 costelas

Dor Dor diminui movimento de gradil costal diminui movimento de gradil costal

ATELECTASIA /PNEUMONIAATELECTASIA /PNEUMONIA

- Analgesia (opióides, cateter peridural)Analgesia (opióides, cateter peridural)- Fisioterapia motora + RespiratóriaFisioterapia motora + Respiratória- BroncoscopiaBroncoscopia

FRATURAS MÚLTIPLAS FRATURAS MÚLTIPLAS DE COSTELASDE COSTELAS

* Analgesia* Analgesia

PrognósticoPrognóstico

1)1) Número de costelasNúmero de costelas

2)2) IdadeIdade

3)3) Status pulmonar basalStatus pulmonar basal

Mortalidade:Mortalidade: idoso 20% idoso 20%

criança 5%criança 5%

FRATURA DE ESTERNOFRATURA DE ESTERNO 4% de colisões graves;4% de colisões graves; Idosos e passageiros dos bancos Idosos e passageiros dos bancos

dianteiros;dianteiros; Fratura transversal e de terços médio Fratura transversal e de terços médio

e superiore superior ;;Diagnóstico:Diagnóstico:Exame físico + Rx em perfilExame físico + Rx em perfilTC TC avalia órgãos internos avalia órgãos internos

TRATAMENTOTRATAMENTO

AnalgesiaAnalgesia Observar risco de contusão miocárdicaObservar risco de contusão miocárdica

Fratura estávelFratura estávelECG normal ECG normal tratamento ambulatorial tratamento ambulatorial

Fratura instável, dor intratável, Fratura instável, dor intratável, ausência de cicatrizaçãoausência de cicatrizaçãoRedução aberta + fixaçãoRedução aberta + fixação

FRATURAS DE ALTO FRATURAS DE ALTO IMPACTOIMPACTO

Primeira e segunda costelas / Primeira e segunda costelas / escápulaescápula

Possibilidade de lesões adicionaisPossibilidade de lesões adicionais

AortografiaAortografia

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

abdome cabeça estruturas tx

LESÕES ASSOCIADAS

EMBOLIA GASOSAEMBOLIA GASOSA

Lesões de vênulas bronquiolares e Lesões de vênulas bronquiolares e pulmonares:pulmonares:

Pressão endobrônquica deve ficar Pressão endobrônquica deve ficar menor que 60 mmHgmenor que 60 mmHg

Risco de embolia para o átrio Risco de embolia para o átrio esquerdoesquerdo

CASO CONTRÁRIO

TRATAMENTOTRATAMENTO

1)1) Oclusão hilar do pulmão Oclusão hilar do pulmão afetadoafetado

2)2) Posicionar em TrendelemburgPosicionar em Trendelemburg

3)3) Aspirar o ar diretamente do Aspirar o ar diretamente do ápice cardíaco e aortaápice cardíaco e aorta

4)4) Massagem cardíaca abertaMassagem cardíaca aberta

5)5) Manter pressão diastólicaManter pressão diastólica

6)6) Uso de adrenalinaUso de adrenalina

LACERAÇÕES PULMONARESLACERAÇÕES PULMONARES

Tendem a ser mais periféricas;Tendem a ser mais periféricas;

Tratadas com suturas simples, Tratadas com suturas simples, ressecção em cunha, trajetotomia e ressecção em cunha, trajetotomia e lobectomia/ pneumonectomia (lesões lobectomia/ pneumonectomia (lesões hilares).hilares).

TRAJETOTOMIATRAJETOTOMIA

Indicada principalmente para Indicada principalmente para ferimentos transfixantes do ferimentos transfixantes do parênquima;parênquima;

Previne formação de hematoma Previne formação de hematoma e posterior abscesso;e posterior abscesso;

Previne embolia gasosa;Previne embolia gasosa; Preserva mais parênquima que Preserva mais parênquima que

a segmentectomia.a segmentectomia.

OBRIGADO