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ISSN 0100-1485 ENTREVISTA João Hipolito de Lima Oliver, presidente da ABRACO e Laerce de Paula Nunes, presidente do Conselho Deliberativo da ABRACO Ano 7 Nº 34 Set/Out 2010 ENTREVISTA Ano 7 Nº 35 Nov/Dez 2010 João Hipolito de Lima Oliver, presidente da ABRACO e Laerce de Paula Nunes, presidente do Conselho Deliberativo da ABRACO SurTec DEBATE TENDÊNCIAS EM GALVANOPLASTIA TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE SurTec DEBATE TENDÊNCIAS EM GALVANOPLASTIA

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ISSN 0100-1485

ENTREVISTA

João Hipolito

de Lima Oliver,

presidente da

ABRACO

e Laerce de Paula

Nunes, presidente

do Conselho

Deliberativo da

ABRACO

Ano 7Nº 34Set/Out 2010

ENTREVISTA

Ano 7Nº 35Nov/Dez 2010

João Hipolito

de Lima Oliver,

presidente da

ABRACO

e Laerce de Paula

Nunes, presidente

do Conselho

Deliberativo da

ABRACO

SurTec DEBATETENDÊNCIAS EMGALVANOPLASTIA

TRATAMENTO DE SUPERFÍCIETRATAMENTO DE SUPERFÍCIE

SurTec DEBATETENDÊNCIAS EMGALVANOPLASTIA

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Sumário

Artigos Técnicos

6Entrevista

ABRACO inicia biênio 2011/12de olho no futuro

8ABRACO Informa

10Seminário SurTec

Seminário debate tendênciasem galvanoplastia

17Cursos e Eventos

Calendário 2011 – De fevereiro a Julho

34Opinião

Como fazer negócios pelo TwitterSilvio Tanabe

C & P • Novembro/Dezembro • 2011 3

A revista Corrosão & Proteção é uma publicação oficial daABRACO – Associação Brasileira de Corrosão, fundada em17 de outubro de 1968. ISSN 0100-1485

Av. Venezuela, 27, Cj. 412Rio de Janeiro – RJ – CEP 20081-311Fone: (21) 2516-1962/Fax: (21) 2233-2892www.abraco.org.br

Diretoria Executiva – Biênio 2011/2012PresidenteEng. João Hipolito de Lima Oliver –PETROBRÁS/TRANSPETRO

Vice-presidenteEng. Rosileia Mantovani – Akzo Nobel

DiretoresAdauto Carlos Colussi Riva – RENNER HERRMANNEng. Aldo Cordeiro Dutra – INMETROEng. Fernando de Loureiro Fragata – CEPELBel. Marco Aurélio Ferreira Silveira – WEG TINTASDra. Olga Baptista Ferraz – INTDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQDra. Zehbour Panossian – IPT

Conselho Científico M.Sc. Djalma Ribeiro da Silva – UFRNM.Sc. Elaine Dalledone Kenny – LACTECM.Sc. Hélio Alves de Souza JúniorDra. Idalina Vieira Aoki – USPDra. Iêda Nadja S. Montenegro – NUTECDr. José Antonio da C. P. Gomes – COPPEDr. Luís Frederico P. Dick – UFRGSM.Sc. Neusvaldo Lira de Almeida – IPTDra. Olga Baptista Ferraz – INTDr. Pedro de Lima Neto – UFCDr. Ricardo Pereira Nogueira – Univ. Grenoble – FrançaDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ

Conselho EditorialEng. Aldo Cordeiro Dutra – INMETRODra. Célia A. L. dos Santos – IPTDra. Denise Souza de Freitas – INTEng. Laerce de Paula Nunes – IECDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQSimone Maciel – ABRACODra. Zehbour Panossian – IPT

Revisão TécnicaM.Sc. Anna Ramus Moreira – IPTDra. Célia A. L. dos Santos – IPTM.Sc. Sérgio Eduardo Abud Filho – IPTM.Sc. Sidney Oswaldo Pagotto Jr. – IPTDra. Zehbour Panossian – IPT

Redação e PublicidadeAporte Editorial Ltda.Rua Emboaçava, 93São Paulo – SP – 03124-010Fone/Fax: (11) [email protected]

DiretoresJoão Conte – Denise B. Ribeiro Conte

EditorAlberto Sarmento Paz – Vogal Comunicaçõ[email protected]

Repórteres Henrique A. Dias e Carlos Sbarai

Projeto Gráfico/EdiçãoIntacta Design – [email protected]

GráficaVan Moorsel

Esta edição será distribuída em fevereiro de 2011.

As opiniões dos artigos assinados não refletem a posição darevista. Fica proibida sob a pena da lei a reprodução total ouparcial das matérias e imagens publicadas sem a prévia auto-rização da editora responsável.

14Estudo do comportamento do aço-carbono, em meio de bicarbonato

de sódio e gás carbônico, pelatécnica de ruído eletroquímico

Por Haroldo A. Ponte, Hellen C. N.Domingues

20Propriedades das camadas

fosfatizadasPor Zehbour Panossiane Célia A. L. dos Santos

24Microscopia óptica in situ

na corrosão do aço-carbonoAISI 1040 em meio de sulfeto

Por Alexsandro Mendes Zimer, EmersonCosta Rios, Paulo de Carvalho Dias

Mendes, Ernesto Chaves Pereira, LuciaHelena Mascaro

30O que se aprende a partir de

medidas de potencial decircuito aberto?

Por Silvia Maria Leite Agostinho, RuthFlávia Vera Villamil Jaimes,Luís Gustavo Nunes Barbosa

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acesso adequado e atualizado à informação técnico-científica é essencial para o desen-volvimento econômico-social, especialmente para apoiar os processos de tomada de decisão na pla-nificação, formulação e aplicação de políticas públicas e para o desenvolvimento e a prática profis-

sional. Ainda assim, os periódicos científicos dos países emergentes enfrentam graves barreiras de distribui-ção e disseminação, o que limita o acesso e o uso da informação científica gerada em suas bases.

Especificamente desenvolvido para responder às necessidades da comunicação científica nos paísesemergentes e, em particular, na América Latina e Caribe, o SciELO – Scientific Electronic Library On-line (Biblioteca Científica Eletrônica em Linha) é um modelo para a publicação eletrônica cooperativade periódicos científicos na Internet. Esta entidade proporciona uma solução eficiente para assegurar avisibilidade e o acesso universal a sua literatura científica, contribuindo para a superação do fenômeno

conhecido como “ciência perdida”. Além disso, o Modelo SciELOcontém procedimentos integrados para medir o uso e o impactodos periódicos científicos.

Modelo SciELO – O Modelo SciELO é o produto da cooperaçãoentre a FAPESP, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de SãoPaulo, a BIREME, Centro Latino-Americano e do Caribe de Infor-mação em Ciências da Saúde, e instituições nacionais e internacionaisrelacionadas com as publicações científicas e seus respectivos editores.

Um projeto piloto, envolvendo 10 periódicos brasileiros de diferentes áreas do conhecimento, foi elabora-do com êxito entre Março de 1997 e Maio de 1998, com o desenvolvimento e a avaliação de uma meto-dologia adequada para a publicação eletrônica na Internet. Desde Junho de 1998, o projeto opera regular-mente, incorporando novos títulos de periódicos e expandindo sua atuação para outros países. A partir de2002, o Projeto conta com o apoio do CNPq, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tec-nológico (www.cnpq.br).

A Metodologia SciELO permite a publicação eletrônica de edições completas de periódicos científicos,a organização de bases de dados bibliográficas e de textos completos, a recuperação de textos por seu con-teúdo, a preservação de arquivos eletrônicos e a produção de indicadores estatísticos de uso e impacto daliteratura científica.

O Modelo SciELO favorece a operação de sites nacionais e também de sites temáticos. Sua aplicaçãopioneira é o site SciELO Brasil (www.scielo.br), um portal que integra e provê acesso à rede de sites SciELOque está em operação (www.scielo.org).

Este sistema permite o desenvolvimento de alianças entre os atores nacionais e internacionais da comu-nicação científica – autores, editores, instituições científico-tecnológicas, agências de financiamento, uni-versidades, bibliotecas, centros de informação científica e tecnológica e outros correlatos, com o objetivo dedisseminar, aperfeiçoar e atualizar o Modelo SciELO. A operação da rede SciELO baseia-se fortemente eminfra-estruturas nacionais, o que contribui para garantir sua futura sustentabilidade.

Alinhada a esse desejo de disseminação do conhecimento por meio de canais de acesso público, a RevistaCorrosão & Proteção assume, a partir desta edição, a característica de publicação técnico-científica, com apreparação para sua indexação junto ao SciELO. Em breve, todos serão beneficiados. Os leitores epesquisadores terão à disposição um maior número de artigos para consulta online. Já os autores serãofavorecidos à medida que os trabalhos publicados passarem a constar no ranking das entidades de ensino.

Boa leitura!

Os Editores

Revista Corrosão & Proteçãose prepara para o SciELO

Carta ao leitor

O SciELO, Biblioteca Científica Eletrônica Online,

atende às necessidades da comunidade científica

dos países emergentes da América Latina e Caribe

4 C & P • Novembro/Dezembro • 2011

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ABRACO inicia biênio 2011/12de olho no futuro

Modernização administrativa e ampliação dos serviços nos setores de cursos, certificaçãoe divulgação de tecnologias são os principais desafios do novo presidente da ABRACO

Entrevista

Laerce de PaulaNunes

Brasil está dando umgrande salto tecnológicoe industrial, e os profis-

sionais bem capacitados terãograndes oportunidades”. Comessa frase, o novo presidente daAssociação Brasileira de Cor-rosão (ABRACO), o engenheiroJoão Hipolito de Lima Oliver,resume o atual momento do nos-so país, sobretudo no setor petro-lífero, com o início da exploraçãoda camada do pré-sal. Pensandonesse crescimento, ele ressalta aimportância de se investir em ca-pacitação profissional e tecnoló-gica nos próximos dez anos.

Gerente de Controle de Inte-gridade de Instalações da PE-TROBRAS Transporte S/A(TRANSPETRO), João Hipoli-to de Lima Oliver assumiu a pre-sidência da ABRACO no últimodia 1º de janeiro, em substitui-ção ao também engenheiro Laer-ce de Paula Nunes, que tevecomo um dos principais desta-ques de sua segunda gestão àfrente da associação, a realizaçãodo INTERCORR 2010.

As ações implementadas pelagestão que agora se encerra fo-ram representativas para a estabi-lidade administrativa e financeirada associação, o que possibilitaráà gestão sucessora buscar novasmetas, já ancoradas pelo aportede recursos consolidados.

Para falar um pouco mais so-bre essa transição e sobre o atual

2010, cuja cidade sede foi For-taleza, registramos a presença deum número recorde de inscrições,muito próximo a 800 congressis-tas. Importante também foi a re-alização da exposição empresari-al que reuniu várias empresas dosetor. O que precisamos fazer épromover eventos setoriais no in-tervalo da apresentação do IN-TERCORR, contando com umaparticipação ainda maior dasempresas do setor.

O senhor pretende continuarparticipando dos projetos daABRACO mesmo após otérmino da sua gestão?Nunes – Sim, nos próximos doisanos atuarei como presidente doConselho Deliberativo, e posteri-ormente como colaborador. Par-ticipo da ABRACO desde a suafundação. Veja que o períodocomporta mais de 40 anos demilitância! E pretendo continuarsempre disposto a contribuir damelhor maneira possível com aentidade, inclusive estimulandoas novas gerações a participaremativamente das ações da ABRA-CO para que a associação cum-pra seus objetivos e se perpetuecomo uma entidade ativa e vigo-rosa de propagação dos avançostecnológicos do setor e de for-mação e qualificação dos profis-sionais para suprir a demandapor mão de obra especializadaque já se anuncia.

momento da ABRACO, LaerceNunes e João Hipolito conversa-ram com a Revista Corrosão &Proteção.

Laerce Nunes relata asprincipais ações quemarcaram sua gestão

Quais foram os principaisdestaques da sua gestão?Nunes – Não há um fato isoladoque possa ser caracterizado comoum destaque, e sim um conjuntode ações que se iniciaram há al-guns anos. Em 1999, quando as-sumi a ABRACO pela primeiravez, a associação tinha uma dívi-da, que em valores atuais soma-ria cerca de 300 mil reais. Du-rante o processo de soerguimentoforam adquiridos novos espaços erealizada uma grande reestrutu-ração. Mesmo com todos esses in-vestimentos, fechamos o últimoexercício com um superávit decaixa de mais de um milhão dereais. Portanto, o grande desta-que seria esta continuidade com opermanente entrosamento entreas administrações.

Para a ABRACO, qual foi aimportância da realização doIntercorr 2010?Nunes – O INTERCORR é umevento consagrado, um dos maio-res de corrosão na América Lati-na, e, desta forma, realizá-lo ésempre importante. Na edição

6 C & P • Novembro/Dezembro • 2011

Por Henrique Dias

João Hipolito deLima Oliver

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ABRACO inicia biênio 2011/12de olho no futuro

Modernização administrativa e ampliação dos serviços nos setores de cursos, certificaçãoe divulgação de tecnologias são os principais desafios do novo presidente da ABRACO

Entrevista

Laerce de PaulaNunes

Brasil está dando umgrande salto tecnológicoe industrial, e os profis-

sionais bem capacitados terãograndes oportunidades”. Comessa frase, o novo presidente daAssociação Brasileira de Cor-rosão (ABRACO), o engenheiroJoão Hipolito de Lima Oliver,resume o atual momento do nos-so país, sobretudo no setor petro-lífero, com o início da exploraçãoda camada do pré-sal. Pensandonesse crescimento, ele ressalta aimportância de se investir em ca-pacitação profissional e tecnoló-gica nos próximos dez anos.

Gerente de Controle de Inte-gridade de Instalações da PE-TROBRAS Transporte S/A(TRANSPETRO), João Hipoli-to de Lima Oliver assumiu a pre-sidência da ABRACO no últimodia 1º de janeiro, em substitui-ção ao também engenheiro Laer-ce de Paula Nunes, que tevecomo um dos principais desta-ques de sua segunda gestão àfrente da associação, a realizaçãodo INTERCORR 2010.

As ações implementadas pelagestão que agora se encerra fo-ram representativas para a estabi-lidade administrativa e financeirada associação, o que possibilitaráà gestão sucessora buscar novasmetas, já ancoradas pelo aportede recursos consolidados.

Para falar um pouco mais so-bre essa transição e sobre o atual

2010, cuja cidade sede foi For-taleza, registramos a presença deum número recorde de inscrições,muito próximo a 800 congressis-tas. Importante também foi a re-alização da exposição empresari-al que reuniu várias empresas dosetor. O que precisamos fazer épromover eventos setoriais no in-tervalo da apresentação do IN-TERCORR, contando com umaparticipação ainda maior dasempresas do setor.

O senhor pretende continuarparticipando dos projetos daABRACO mesmo após otérmino da sua gestão?Nunes – Sim, nos próximos doisanos atuarei como presidente doConselho Deliberativo, e posteri-ormente como colaborador. Par-ticipo da ABRACO desde a suafundação. Veja que o períodocomporta mais de 40 anos demilitância! E pretendo continuarsempre disposto a contribuir damelhor maneira possível com aentidade, inclusive estimulandoas novas gerações a participaremativamente das ações da ABRA-CO para que a associação cum-pra seus objetivos e se perpetuecomo uma entidade ativa e vigo-rosa de propagação dos avançostecnológicos do setor e de for-mação e qualificação dos profis-sionais para suprir a demandapor mão de obra especializadaque já se anuncia.

momento da ABRACO, LaerceNunes e João Hipolito conversa-ram com a Revista Corrosão &Proteção.

Laerce Nunes relata asprincipais ações quemarcaram sua gestão

Quais foram os principaisdestaques da sua gestão?Nunes – Não há um fato isoladoque possa ser caracterizado comoum destaque, e sim um conjuntode ações que se iniciaram há al-guns anos. Em 1999, quando as-sumi a ABRACO pela primeiravez, a associação tinha uma dívi-da, que em valores atuais soma-ria cerca de 300 mil reais. Du-rante o processo de soerguimentoforam adquiridos novos espaços erealizada uma grande reestrutu-ração. Mesmo com todos esses in-vestimentos, fechamos o últimoexercício com um superávit decaixa de mais de um milhão dereais. Portanto, o grande desta-que seria esta continuidade com opermanente entrosamento entreas administrações.

Para a ABRACO, qual foi aimportância da realização doIntercorr 2010?Nunes – O INTERCORR é umevento consagrado, um dos maio-res de corrosão na América Lati-na, e, desta forma, realizá-lo ésempre importante. Na edição

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Por Henrique Dias

João Hipolito deLima Oliver

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Qual será o principal desafiodo seu sucessor?Nunes – Será reorganizar admi-nistrativamente a associação eexecutar uma gestão estratégicapara aproveitar os pontos fortesda ABRACO, e ajustá-los às o-portunidades que o avanço dopaís oferece. O engenheiro JoãoHipolito é um grande gerente, etenho absoluta certeza que saberáconjugar esforços neste sentido,pois conta também com umadiretoria executiva formada porprofissionais da mais alta com-petência e de colaboradores dire-tos engajados nos objetivos daassociação.

Qual mensagem o senhorgostaria de deixar para osassociados da ABRACO?Nunes – Que continuem acredi-tando na associação e colaboremdas mais diversas formas, seja nascomissões técnicas, na apresenta-ção de trabalhos, nos eventos oude qualquer outra forma, paraque possamos cumprir nossa mis-são, que é:“Difundir e desenvolver o conheci-mento da corrosão e da proteçãoanticorrosiva, congregando Em-presas, Entidades e Especialistas econtribuindo para que a sociedadepossa garantir a integridade deativos, proteger as pessoas e o meioambiente dos efeitos da corrosão".

João Hipolito projetaatenção especial para acapacitação profissional

Como o senhor avaliaria otrabalho desenvolvido por seuantecessor?Oliver – O ex-presidente LaerceNunes é um excelente profissio-nal, e fez um bom trabalho, comdestaque para a elaboração doplanejamento estratégico da A-BRACO 2009/2010, que resul-tou na contratação de um geren-te geral, responsável também pe-

los cursos de inspetores de pinturae pela remodelação das instala-ções da nossa sede.

Qual será o principal desafioda sua primeira gestão à fren-te da ABRACO?Oliver – São vários os desafios quetemos pela frente, mas poderiadestacar os seguintes:• implementar a modernização

administrativa da ABRACO,com práticas e procedimentos a-tualizados,

• ampliar os serviços da associa-ção nas áreas de cursos, certifi-cação e divulgação de tecnolo-gias

• e, ainda, melhorar o atendi-mento aos nossos associados, cli-entes e alunos.

Na sua gestão, como serãoabordados os temas: cursos eparcerias?Oliver – Queremos ampliar oscursos técnicos, visando atender àdemanda por profissionais capa-citados no controle da corrosão.Como exemplo, podemos citar aimplantação do curso de capaci-tação e certificação de profissio-nais de proteção catódica, ematendimento à norma “NBR15653”.Quanto às parcerias com outrasassociações, empresas ou entida-des, elas são importantes, poisagregam valor aos serviços presta-dos pelas partes envolvidas.

Como os profissionais queatuam na área de proteçãoanticorrosiva devem se prepa-rar para as demandas que virãocom a exploração da camadado pré-sal?Oliver – Adquirindo novos conhe-cimentos e se capacitando paraatender à indústria. Devemos es-tar atentos, e em contato com em-presas, institutos de pesquisa euniversidades, a fim de identifi-car e divulgar os novos conheci-

C & P • Novembro/Dezembro • 2011 7

mentos tecnológicos que estão sur-gindo. É atribuição da ABRACOpromover junto aos profissionaisessa divulgação e capacitação, pormeio de seminários, workshops,cursos e publicações técnicas. To-das essas ações são respaldadas pe-lo site da associação e propagadaspor meio da Revista Corrosão &Proteção que se prepara para aindexação junto ao SciELO –Scientific Electronic Library On-line, proporcionando uma maiorvisibilidade e uma classificaçãomais elevada aos autores que pu-blicam seus artigos técnicos narevista.

Qual a mensagem que osenhor gostaria de deixar paraos associados da ABRACO?Oliver – O Brasil está dando umgrande salto tecnológico e indus-trial, e os profissionais bem capa-citados terão grandes oportunida-des. Por outro lado, sem capacita-ção profissional esse salto será li-mitado, daí a importância de seinvestir continuamente em quali-ficação e tecnologia, nos próximosdez anos, para garantir essa mu-dança de patamar de forma sus-tentável e competitiva.As empresas do setor tambémterão de estar preparadas para aforte demanda que já estamos vi-venciando e que vem atrelada auma necessidade de alta tecnolo-gia tanto para produtos comopara serviços.A ABRACO deseja fazer partedessa história e tem a obrigaçãode prestar esses serviços, conformeestá descrito nos objetivos de seuEstatuto.

Mais informações sobre aABRACO no sitewww.abraco.org.br

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ABRACO Informa

No dia 20 de dezembro, em evento organiza-do em sua sede, tomou posse a nova diretoria daABRACO – Associação Brasileira de Corrosão, eleitapor meio do voto direto dos seus associados paradirigir a entidade no biênio 2011/2012. O inícioda nova gestão ocorre no dia 1º de janeiro de2011 e término em 31 de dezembro de 2012. Naeleição foram definidos os novos Conselhos Deli-berativo/Fiscal e Diretoria Executiva (acompanheno quadro os profissionais que participam da no-va gestão).

No evento, Laerce de Paula Nunes, que assu-me agora a presidência do Conselho Deliberativo,passou a presidência da ABRACO para o gerente deControle de Integridade de Instalações da TRANS-PETRO, João Hipolito de Lima Oliver (veja entre-vista na página 6). Depois do evento na sede daentidade, no centro da cidade do Rio de Janeiro,a Diretoria Executiva da ABRACO ofereceu umalmoço de confraternização no Restaurante Por-cão da Praia do Flamengo, que reuniu mais de 50convidados, entre membros das diretorias, convi-dados e associados.

CONSELHO DELIBERATIVO

Presidente do Conselho DeliberativoLaerce de Paula Nunes – IEC Instalações e Engen-haria de Corrosão Ltda.

Membros

Representantes dos Associados Patrocinadores• João Hipolito de Lima Oliver – TRANSPETRO –

PETROBRAS Transportes S/A• Rosiléia Mantovani – Akzo Nobel Ltda.• Adauto Carlos Colussi Riva – Renner

Herrmann S/A.• Jeferson da Silva – PPG – Industrial do Brasil

Tintas e Vernizes Ltda.• Celso Gnecco – Sherwin Williams do Brasil.• Arlindo Telles Cesar – Pinturas Ypiranga Ltda.• Maria Carolina Rodrigues Silva – ELETRONU-

CLEAR – ELETROBRÁS Termonuclear S/A.• Marcos Ponciano Souza – CONFAB Tubos S/A.• Henrique Osório de A. Santos – SACOR

Siderotécnica S.A.

Representantes dos Associados Coletivos• Olga Baptista Ferraz – INT – Instituto Nacional

de Tecnologia• Fernando de Loureiro Fragata – CEPEL –

Nova diretoria da ABRACO toma posse

Centro de Pesquisas de Energia Elétrica• Marco Aurélio Ferreira Silveira – WEG Indús-

trias S/A – Tintas• Aécio Castelo Branco Teixeira – Química

Industrial União Ltda.• Roberto Newton Perantunes – GP Níquel Duro

Ltda.• Isidoro Barbiero – Blaspint Pintura Industrial

Ltda.

Representantes dos Associados Individuais• Aldo Cordeiro Dutra – Individual• Pedro Paulo Barbosa Leite – Individual• Zebhour Panossian – Individual• Simone Louise Delarue Cezar Brasil –

Individual

CONSELHO FISCAL

Membros Efetivos• Denise Souza de Freitas – Individual• Jorge Fernando Pereira Coelho – Individual• Francisco Müller Filho – Individual

Membros Suplentes• Joel Pummer Celestino – Polyspray/JPI Revesti-

mentos• Celso Prado Bragança – Individual• Osmar Fonseca dos Santos – W.O. Engenharia

Ltda.

DIRETORIA EXECUTIVA

Presidente• João Hipolito de Lima Oliver – TRANSPETRO –

PETROBRAS Transportes S/A

Vice-Presidente • Rosiléia Mantovani – Akzo Nobel Ltda.

Diretores• Adauto Carlos Colussi Riva – Renner

Herrmann S/A• Olga Baptista Ferraz – INT – Instituto Nacional

de Tecnologia• Fernando de Loureiro Fragata – CEPEL –

Centro de Pesquisas de Energia Elétrica• Marco Aurélio Ferreira Silveira – WEG Indús-

trias S/A – Tintas• Aldo Cordeiro Dutra – Individual• Zehbour Panossian – Individual• Simone Louise Delarue Cezar Brasil –

Individual

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A DuPont é uma compa-nhia com mais de 200 anos devida. Está presente no Brasildesde 1937 e, atualmente, atuanos segmentos agrícola, quími-co, petroquímico, automobilís-tico, gráfico e nas áreas de em-balagens, polímeros industriais,eletrônica, construção, decora-ção, segurança e proteção, pa-pel, celulose, produtos domés-ticos e biotecnologia, contribu-indo com o potencial de cresci-mento do Brasil através de pro-dutos que visam tornar o coti-diano das pessoas mais simples,seguro e saudável.

A Dupont vem se diferen-ciando pela identificação dasmais diferentes necessidadesdos consumidores, pesquisan-do, desenvolvendo, fabricandoe comercializando produtos e

ABRACO da boas-vindas à nova associada

serviços classificados como OsMilagres da Ciência.

Como uma das maiores em-presas químicas do mundo euma das 10 melhores empresaspara se trabalhar segundo a Re-vista Exame, a DuPont está com-prometida em melhorar as con-dições de vida das pessoas pormeio de programas sustentáveisjunto às comunidades em queopera, aumentando o acesso àsoportunidades, revitalizando co-munidades, ajudando-as a alcan-çar autossuficiência, e liderandoesforços na melhoria e na prote-ção do meio ambiente.

Mais informações:www.dupont.com.br

A ABRACO e a GE Ins-pection Technologies realiza-rão um workshop para com-partilhar as boas práticas nainspeção da corrosão e apre-sentar soluções de detecção eavaliação da corrosão e me-dição de espessura remanes-cente de dutos.

O evento será realizadona sede do INT/RJ no pró-ximo dia 16 de fevereiro, a-presentado com tradução si-multânea.

As inscrições são gratui-tas e as vagas, limitadas. Vejadetalhes na página 28 destaedição.

Mais informações:[email protected] tel.: (21) 2516-1962 R: 25.

Inspeção dacorrosão

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Seminário SurTec

m encontro histórico,que abre campo parauma interação direta en-

tre todos os elos da cadeia pro-dutiva do setor de tratamento desuperfícies voltado ao segmentoautomotivo. Este é um breve re-sumo do evento promovido pelaSurTec do Brasil, no final de no-vembro, em São Paulo, que reu-niu especialistas estrangeiros ebrasileiros para avaliar as ten-dências no setor de tratamentode superfície, a capacidade deatendimento e o impacto docrescimento da demanda nomercado interno.

Profissionais de diversasmontadoras, empresas de auto-peças, fornecedores de materi-ais e processos e aplicadores ti-veram a oportunidade de trocaridéias sobre tudo que está acon-tecendo de novo na área de tra-tamento de superfície, que visaproteger os componentes e sis-temas da abrasão, das intempé-ries, manuseio ou ainda ofere-cer um acabamento decorativo.“Nosso objetivo era criar umambiente favorável à troca de

A indústria automotiva: tendências e sustentabilidade do tratamento de superfície

Seminário debate tendênciasem galvanoplastia

Por Carlos Sbarai

idéias”, comenta Douglas Bandeira, gerente comercial e de marke-ting da SurTec.

Após uma breve introdução contendo os objetivos gerais do even-to e uma saudação aos convidados e palestrantes, feita pelo diretor daAutomotive Business, Paulo Braga, o gerente de Negócios Auto-motivos da SurTec, Rainer Lehmann, abriu o ciclo de palestras técni-cas, apontado para os desafios do atendimento global ao setor auto-motivo e falou sobre a presença da empresa no Brasil e no mundo. “ASurTec do Brasil iniciou suas atividades em 1999, com o objetivo defabricar, desenvolver e comercializar produtos químicos para a indús-tria de tratamentos de superfície (galvanoplastia e fosfatização). É sub-sidiária da SurTec International, com sede em Zwingenberg, no esta-do de Hessen, Alemanha, detentora de alta tecnologia em processosde última geração, ecologicamente corretos, atendendo às mais rígidasexigências da indústria nacional”, comenta Braga.

A empresa atua no desenvolvimento de sistema de limpeza comprodutos recicláveis e modulares para a limpeza aquosa e ainda de

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de Proteção, Tratamento e Trans-formação de Superfícies do Esta-do de São Paulo – SINDISU-PER, Marco Antonio Barbieri,destacou a relevância do evento,por reunir boa parte da cadeiaprodutiva de transformação etratamento de superfície da in-dústria automotiva, o SindicatoNacional da Indústria de Com-ponentes para Veículos Automo-tores – SINDIPEÇAS e as pres-tadoras de serviços entre outros.“Com todos os participantes dacadeia produtiva reunidos, émais produtivo o debate”, desta-cou Barbieri.

O palestrante ainda versousobre O Mercado Brasileiro e aVisão de Futuro do Tratamentode Superfícies. Em sua opinião,em 2011, o mercado deve conti-nuar a toada de crescimento,porém podemos ter alguns pro-blemas advindos do dólar. “Como preço do dólar baixo, muitaspeças vêm montadas de fora, oque reduz a produção interna,mas devemos superar esse pro-blema”, disse otimista. Ele apre-sentou ainda números interes-santes do setor, como o total deempresas que atuam no setor detratamento de superfícies noBrasil (mais de 4.500) e de em-pregos diretos gerados (algo emtorno de 52 mil). “As empresasde maior porte que normalmen-te atendem o setor automotivo

substitutos para limpeza com solventes organoclorados, removedoresde tintas líquidos, pastosos e aquosos isentos de solventes organoclo-rados. Também desenvolve conceitos abrangentes incluindo o pré-tratamento e pós-tratamento para a galvanização segura de peças emateriais com alto risco de fragilização por hidrogênio (inibidores),processos de cobre e zinco alcalino e levemente ácido que oferecem,na qualidade e na segurança dos processos, autênticos substitutos aocianeto, passivações, cromatizações e proteção com alta resistência àcorrosão e substitutos do cromo hexavalente para zincados e para alu-mínio e suas ligas, além de projetos de pesquisa em cooperação comfabricantes de equipamentos, usuários, beneficiadores, aplicadores einstitutos científicos para a próxima geração de produtos.

Lehmann destacou que a SurTec possui no Brasil o segundo maiorsite de produção do grupo, respondendo por cerca de 20% da produ-ção total em toneladas. “Temos expertise e um time dedicado para oatendimento à indústria automotiva, incluindo um moderno CentroTecnológico, localizado em São Bernardo, que permite inclusive pes-quisar e desenvolver soluções em âmbito mundial”, observou. Paraapoiar o desenvolvimento tecnológico, a empresa possui parcerias como IPEN, UERJ, IPT, INT e Escola Politécnica da USP.

Visão do futuroNa sequência, o primeiro vice-presidente do Sindicato da Indústria

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Da esquerda para a direita: Karl-Hermann Klobes, Ernst-GregorHillebrand, Rainer Lehmann e Domingos José Carlos Spinelli

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pantes dos painéis para que passassem suas impressões sobre a inicia-tiva. A gerente geral da Zincagem Martins, Adriana Martins, classifi-cou o evento como “muito interessante e diferenciado, porque nor-malmente as palestras abordam temas técnicos, e a SurTec quebrou asistemática, incluindo assuntos como investimentos, custos, o futurodo tratamento superficial e outros. É ótimo participar de um eventodesse nível, pois, conseguimos expor parte das nossas dificuldades aosenvolvidos no segmento. O enfoque foi a visão do aplicador no mer-cado atual com suas dificuldades na obtenção de licenças, os recursospara investimentos, o repasse dos custos internos e o mercado futuro”,esclareceu Martins.

A engenheira responsável pelo laboratório de corrosão da Renaultdo Brasil, Danielle C. de Campos Silva, também avaliou o eventocomo muito bom, pois englobou o ponto de vista das montadorascom relação à qualidade exigida por cada uma, as dúvidas que os apli-cadores possuem sobre as exigências de cada montadora e ainda umaapresentação da SurTec sobre novas tendências de revestimento con-tra a corrosão. “Evento como este é de extrema importância para umamelhor relação entre os aplicadores e as montadoras. As dificuldades eas dúvidas foram dirimidas pelas montadoras e pela SurTec. Tambémesclarecedora foi a apresentação sobre as novas tendências de mercadoe as exigências de qualidade de cada montadora presente. Tivemosoportunidade da falar sobre a tendência de crescimento da Renault nomercado brasileiro. Foram abordados os tipos de revestimento maisusados pela Renault devido à garantia de anticorrosão dada aos clien-tes e às exigências de qualidade sobre as peças fornecidas à empresa”.

O engenheiro do laboratório de ensaios de corrosão da Volks-wagen do Brasil, Fábio Olivier, comentou de forma muito positiva aproposta do Seminário. “Eu achei o evento nota 10. A condução foimuito produtiva, proporcionando a interação do público em meio apalestras técnicas. Particularmente, acredito que esse evento seja demuita importância para a integração da área de tratamentos de super-fície; são poucas as oportunidades onde se reúne toda a cadeia produ-tiva para discutirmos sobre o futuro de nosso meio de trabalho. Pudeainda esclarecer possíveis dúvidas dos profissionais da área na interpre-tação de desenhos de engenharia ou de uma norma da empresa. Portudo isso, fiquei agradecido pelo convite”, enfatizou Olivier.

O responsável pelo Centro Tecnológico da Qualidade de Materiais,Daimler Chrysler, Antonio Carlos Sobrinho, afirmou que o evento foi

representam cerca de 1% dasque atuam no setor e 13% daforça de trabalho”, complemen-tou Barbieri.

PaineisO ponto alto do evento foi a

realização de dois paineis quereuniram montadoras, autope-ças e aplicadores. No primeiroestiveram presentes: AdrianaMartins, gerente geral da Zinca-gem Martins; Danielle C. deCampos Silva, engenheira res-ponsável pelo Laboratório deCorrosão da Renault do Brasil;Eduardo Oliveira, gerente daRobert Bosch; Maurício VicenteCorrêa, coordenador do Labora-tório Eletroquímico da GeneralMotors do Brasil; Júlio Cordei-ro, da engenharia de Materiais eAplicações da Fiat Automóveis; eMarcelo Nascimento, gerente deNegócios da SurTec do Brasil. Jáo segundo foi composto por Fá-bio Olivier, engenheiro de Labo-ratório de Ensaios de Corrosãoda Volkswagen do Brasil; Fabia-na Rodrigues do controle dequalidade da Moto Honda daAmazônia; Antonio Carlos So-brinho do Centro Tecnológicoda Qualidade de Materiais daChrysler; e Paulo Ugeda, super-visor de produção da IndústriaMetalúrgica Lipos.

A Revista Corrosão & Pro-teção consultou alguns partici-

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dade”, afirmou Hillebrand.Com capacidade de produ-ção/dia de 650 toneladas, a em-presa tem faturamento de 60 mi-lhões de euros.

Para fechar o ciclo de pales-tras, a SurTec convidou Karl-Hermann Klobes, que é mem-bro da Associação de Tratamentode Superfície da Alemanha,ZVO, que falou para o públicopresente sobre a qualidade emprocesso de zinco níquel/hidro-genização. Ele apresentou expe-riências e estudos da ZVO, in-cluindo um trabalho desenvolvi-do com a Universidade de Dus-seldorf. Segundo o especialista,todos os estudos recentes mos-tram claramente que o Zn / Nitem um papel frágil no fenôme-no de fratura de hidrogênio.“Dessa forma, não há nenhumarazão técnica para que os com-ponentes do Zn / Ni revestidoscom resistência à tração supe-rior a 1.200 MP a ser tratadotermicamente”.

“O evento alcançou plena-mente o objetivo proposto, poisreuniu profissionais renomadosda cadeia produtiva da área detratamento de superfície e possi-bilitou o compartilhamento deideias e experiências. A oportu-nidade ainda proporcionou umapositiva interatividade dos parti-cipantes”, conclui Bandeira daSurTec do Brasil.

muito bem organizado, com formato inovador, criando oportunidadespara todos os participantes compartilharem os conhecimentos do tema.“Considero este tipo de evento bastante adequado para atualizar oconhecimento tecnológico e, ao mesmo tempo, desfrutar o bom rela-cionamento entre os técnicos da área de tratamentos de superfície dasmontadoras. Estes momentos são imprescindíveis para a evolução dasinformações voltadas para nossa atividade. Devido às constantes neces-sidades geradas no exercício das atividades de tratamentos de superfí-cies, ocorre o desenvolvimento de novas tecnologias que atendem àsexigências advindas da preocupação crescente com o ecossistema, o queresulta em produtos favoráveis ao meio ambiente e à saúde ocupacio-nal. Penso que a ‘bola da vez’, depois de consolidada a transição dospassivadores com cromo hexavalente para os com cromo trivalente,sejam os passivadores isentos de cromo e esta foi a minha linha de pen-samento compartilhada no evento”, esclarece Sobrinho.

Na opinião de Júlio Cordeiro da Engenharia de Materiais eAplicações da Fiat Automóveis, o evento foi, sem dúvida, muito posi-tivo e ele ficou impressionado com a motivação dos participantes nabusca de processos ecologicamente corretos e com ganhos qualitativos."Este tipo de evento é de suma importância, pois minimiza as dúvidasdos fornecedores de toda a cadeia produtiva em relação às normas deavaliação dos componentes, além de promover a conscientização deque a qualidade final do produto acabado (veículo pronto, no caso damontadora) depende de todos os envolvidos na cadeia produtiva.Participar deste tipo de evento é sempre gratificante no sentido deaprendizado, de compartilhamento de ideias, de conhecer novos pro-fissionais e rever os velhos amigos", enaltece Cordeiro.

AplicadoresEntre os painéis, os participantes puderam ter uma visão dos apli-

cadores na Europa, mediante a palestra proferida por Ernst-GregorHillebrand, responsável pelo Desenvolvimento de Negócios Interna-cionais da Hillebrand. Ernst-Gregor Hillebrand fez uma apresentaçãoda empresa e do seu desempenho até os dias de hoje. “Nossa empresacresceu muito nos últimos anos no segmento automotivo, linha bran-ca, construção civil e diversos acessórios. Nós atendemos grandes em-presas como a Fiat, Ford, GM, Toyota, Volvo, Bentley, entre muitasoutras. Para tanto, conquistamos várias certificações de qualidade.Outro ponto forte a destacar é a nossa logística e o controle de quali-

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Artigo Técnico

Estudo do comportamento do aço-carbono, em meio de bicarbonato

de sódio e gás carbônico, pelatécnica de ruído eletroquímico

chemical noise technique in addi-tion to general corrosion process de-termination at flow cell.

A corrosão em campos deprodução de petróleo manifesta-se de diversas formas, sendo acorrosão por CO2 um dos tiposde ataques mais encontrados naprodução de óleo e gás. Assim, oentendimento, predição e con-trole da corrosão por CO2 sãonecessários ao projeto, operaçãoe segurança dos campos petrolí-feros1, 2.

A presença de gás carbônicoem altos teores é um fator críti-co nos reservatórios do pré-sal.Até agora, os poços testados naregião indicam a presença de te-ores de CO2 da ordem de 8 % a12 %, chegando, em alguns ca-sos, a mais de 30 %.

Há muito interesse na com-preensão do efeito de diferentesfatores no mecanismo da corro-são por CO2, pois eles determi-nam a taxa de corrosão resultan-te. Entretanto, há um grande nú-mero de variáveis envolvidas. Acorrosividade é uma função dediversos fatores como a químicada água, a velocidade do fluido,o conteúdo de CO2, a tempera-tura dentre outros.2 Os modelosquantitativos existentes predi-zem de maneira irreal a taxa decorrosão do aço-carbono e açosde baixa liga frente à corrosãopor CO2, o que resulta em incer-tezas na operação de produçãode óleo e gás.1

Diante dos desafios referentes

ao controle da corrosão pelo gáscarbônico, foi feito um estudopara aplicação de técnica deruído eletroquímico no monito-ramento da corrosão ocasionadapela presença de CO2 em siste-mas submetidos a fluxo.

Materiais e MétodosPara o estudo do comporta-

mento eletroquímico do aço-car-bono em meios de bicarbonatode sódio e CO2 foram aplicadastécnicas eletroquímicas de Resis-tência de Polarização Linear (RPL),curvas de polarização (para se ob-ter os coeficientes de Tafel), e ruí-do eletroquímico (RE).3, 7

A pesquisa foi dividida em du-as partes: na primeira avaliou-se ataxa de corrosão do aço carbonoatravés das técnicas tradicionaisde voltametria linear; na segundaparte, avaliou-se a taxa de corro-são por meio da técnica de ruídoeletroquímico (RE). Foram feitosensaios tanto para o sistema está-tico como para o sistema comfluxo (para quatro vazões obtidasa diferentes velocidades da bombaperistáltica: 40 rpm, 60 rpm,80 rpm e 100 rpm).

O material utilizado foi oaço-carbono SAE 1020, confec-cionado em discos de 14,0 mmde diâmetro e cerca de 2 mm deespessura. Antes de iniciar as me-didas, os eletrodos (discos) foramlixados com lixas de granulome-trias 320, 400 e 600. Após o lixa-mento, os eletrodos foram lava-dos com água destilada, desen-graxados em acetona e, então, se-

Por Haroldo A.Ponte

IntroduçãoEste trabalho visa o estudo de

uma técnica de monitoramentode corrosão ocasionada pela pre-sença de CO2 em sistemas sub-metidos a fluxos. O comporta-mento eletroquímico do sistemaaço-carbono/gás carbônico foi a-valiado utilizando-se uma célulade fluxo, por meio de técnicas e-letroquímicas convencionais(Resistência de Polarização Lineare Extrapolação da Reta de Tafel).Os resultados obtidos com a uti-lização das técnicas convencio-nais mostraram uma coerênciaentre o aumento de fluxo e oaumento da taxa de corrosão dosistema. Estes resultados foramreproduzidos utilizando a técnicade ruído eletroquímico para ava-liar sua sensibilidade na detecçãoda taxa de corrosão e confirma-ção de mecanismo de corrosãogeneralizada em célula de fluxo.

IntroductionThe aim of this work is to

study a technique for corrosionmonitoring caused by the CO2 pre-sence in flow systems. The carbonsteel/CO2 system electrochemicalbehavior was evaluated using aflux cell and conventional electro-chemical techniques (such aslinear polarization resistance andTafel’s extrapolation method). Pre-vious results obtained using con-ventional techniques indicate agood relationship between the in-crease in the flux and the corrosionrates of the system. These resultswere also obtained by the electro-

Study of Carbon Steel behavior at sodium bicarbonate and carbon

dioxide gas solution by Electrochemical Noise

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cos. O eletrodo de referência uti-lizado foi o de Calomelano Satu-rado e o auxiliar foi um disco deplatina. Para as medidas de ruídoeletroquímico, o eletrodo auxili-ar foi substituído por um eletro-do semelhante ao de trabalho,com mesma área e configuração.

O eletrólito utilizado foi umasolução de bicarbonato de sódio0,5 mol/L, saturada com CO2. Asolução foi desaerada previamen-te por meio do borbulhamentode CO2 por, pelo menos, 30minutos contínuos. O monito-ramento das condições do ele-trólito foi feito por meio da tem-peratura, do pH e da concentra-ção de oxigênio [O2].

Todos os ensaios foram reali-zados na célula de fluxo daRadiometer Analytical, modeloC145/170 (célula de três eletro-dos – Figura 1).

Resultados e DiscussãoNas Figuras 2 e 3, estão apre-

sentadas as curvas indicando dis-crepâncias entre os resultados

obtidos para a taxa de corrosão ede resistência de polarização peloMétodo da Extrapolação da Retade Tafel e pelo Método de Re-sistência de Polarização Linear.

Observa-se que, tanto porRPL quanto pelo método de Ta-fel, há uma tendência de aumen-to da taxa de corrosão com o au-mento do fluxo. No caso dos da-dos obtidos por Tafel, os resulta-dos, entretanto, apresentam-semais coerentes, pois os valoresdas taxas de corrosão aumentamcontinuamente.

Na Figura 4, apresenta-se aresistência de polarização emfunção da frequência de agi-tação, dados obtidos pela técni-ca de ruído eletroquímico. Poresta figura, verifica-se que o au-mento do fluxo induz a uma re-dução no valor da resistência depolarização, o que indica umaumento na corrosividade domeio. A redução, novamente,mostra-se mais coerente para osdados calculados por Tafel. Para

os dados obtidos por RPL, háum pequeno aumento do valorda resistência a polarização paraos fluxos mais altos de 4,8 ml/se 6,2 ml/s.

As medidas de Ruído Eletro-químico foram obtidas pelo detratamento dos resultados deruído de corrente e ruído de po-tencial com o software do pro-grama ESA410 da Gamry.

Os resultados da técnica deRuído Eletroquímico confirmama tendência de desenvolvimentode processo de corrosão generali-zada com uma taxa de corrosãoda mesma ordem da obtida pelastécnicas convencionais. A influ-ência dos processos de transportede massa, devido ao fluxo de ele-trólito, está caracterizada no des-locamento da frequência deeventos para região de menor va-lor sem aumento significativo daresistência de ruído.

ConclusõesRealizadas

as medidascom as técnicaseletroquímicastradicionais, ve-rificou-se que,tanto pelo Mé-todo da Extra-polação de Ta-fel como porRPL, conformeo fluxo aumen-ta, amplia-se ataxa de corro-são do aço-

C & P • Novembro/Dezembro • 2011 15

Figura 1 – Célula de Fluxo detrês Eletrodos usada no trabalho

Figura 2 – Taxa de corrosãoobtida pelo método de Tafel e porRPL para o sistema em estudo

Figura 3 – Resistência depolarização linear obtida pelométodo de Tafel e por RPLpara o sistema em estudo

Figura 4. Resistência de ruído com frequência de eventos

EletrodoAuxiliarEletrodoAuxiliar

Eletrodo deReferência

Eletrodo deTrabalhoEletrodo deTrabalho

Eletrodo deReferência

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carbono, pois o movimento doeletrólito tanto dificulta comopode impedir a formação dos fil-mes de produtos de corrosãoprotetores, o que eleva a taxa decorrosão do sistema. Entretanto,o aumento mais significativo foivisualizado pelo Método da Ex-trapolação de Tafel. A utilizaçãoda técnica de Ruído Eletroquí-mico confirmou a tendência demanutenção de processos de cor-rosão generalizada, com aumen-to de fluxo, com uma taxa decorrosão da ordem da obtida pe-la Extrapolação de Tafel.

Referências bibliográficas1. KERMANI, M. B.; MORSHED, A.

Carbon Dioxide Corrosion in Oil andGas Production – A Compendium,Corrosion, 2003, v. 59, n. 8.

2. LOPEZ, D.A., PEREZ, T., SIMI-SON, S.N. The influence of micros-tructure and chemical composition of

carbon and low alloy steels in CO2 cor-rosion. A state of art appraisal. Argenti-na, 2003.

3. HARUNA, T., MORIKAWA, Y.,FUJIMOTO, S., SHIBATA, T.Electrochemical noise analysis for esti-mation of corrosion rate of carbon steelin bicarbonate solution. Japão, 2003.

4. BULLARD, S. J., COVINO, B. S.,RUSSEL, J. H., HOLCOMB, G. R.,CRAMER, S. D., MOROZ, M. Z.Electrochemical noise sensors for detec-tion of localized and general corrosion ofnatural gas transmission pipelines. 2001

5. ASTM, G 59 – 97: Standard TestMethod for Conducting Potentiody-namic Polarization Resistance Mea-surements. Disponível em:www.astm.org/Standards/G59.htm

6. WOLYNEC, S. Técnicas Eletroquí-micas em Corrosão. edUSP, 2007.

7. COTTIS, R.A. Interpretation of elec-trochemical noise data. 2001

Contato com os autores:[email protected]

Haroldo A. PonteDoutor em Ciência e Engenharia dosMateriais - Departamento de Engenhariade Materiais da Universidade Federal deSão Carlos (1994). Atualmente é professorAssociado II da Universidade Federal doParaná. Membro da Sociedade LatinoAmericana de Biomateriais -SLABO, daAmerican society of mechanical engineers -ASME e da National Association ofCorrosion Engineers -NACE. Atua nasáreas de Engenharia de Materiais eMetalúrgica e Tecnologia Ambiental.

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Cursos e Eventos

Calendário 2011 – De Fevereiro a Julho

1 Turma somente aos sábados2 Parceria com o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP)3 Parceria com a Associação Brasileira de Ensaios nãoDestrutivos e Inspeção (ABENDI)

Mais informações:[email protected]@abraco.org.br

C & P • Novembro/Dezembro • 2011 17

Cursos horas Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho

Pintura IndustrialInspetor de Pintura Industrial N1 / RJ 88 14 a 25 2 a 13 27/6 a 8/7Inspetor de Pintura Industrial N1 / RJ 1 88 19/3 a 4/6Inspetor de Pintura Industrial N1 / BA 88 4 a 15Inspetor de Pintura Industrial N1 / SP 88 14 a 26Inspetor de Pintura Industrial N2 40 23 a 28 25 a 29Pintor e Encarregado de Pint. Industrial 40 4 a 8 18 a 22Inspetor de Pintura – Módulo de Doc.– 40 11 a 15Curso Intensivo – Inspetor N1 40 28/2 a 4/3Básico de Pintura Industrial (BA) 16 3 e 4

CorrosãoCorrosão 2 24Corrosão e Inibidores 2 24Tratamento d’água 24 a definirCorrosão: Fund., Monit. e Controle 24 27 a 29Corrosão em Concreto 16

Inspeção e Monitoração da CorrosãoInspeção e Corrosão em Aeronaves / SP 3 24 20 a 22Recuperação, Reforço e Tratamento 16de Estruturas de Concreto Armado

Proteção CatódicaBásico de Proteção Catódica / SP 24 a definirRevest., Pint. Industrial e Prot. Catódica 2 24Insp. e Manut. de Sistemas de Proteção 32Catódica em Dutos Terrestres 2

Básico Prot. Catódica de Dutos Terrestres 16Formação em Proteção Catódica: 80 5 a 15Inspeção e ManutençãoProteção Catódica em Plataformas, 24Equipamentos e Dutos Submarinos 2

Revestimento AnticorrosivoFundamentos de Resistência à Corrosão 16 7 e 8Básico de Revestimentos Anticorrosivos 24Orgânicos de Dutos TerrestresRevest. Metálicos Resistentes à Corr. 2 24

EventosSeminário de Pint. de Manut. Ind. / SP 5Futuro Agora: Técnicas Avançadas deEnsaios Não Destrutivos para Inspeção 16da Corrosão / RJCoteq: Conf. sobre Tec. de Equip. / PE 10 a 13

Atenção:As datas estão sujeitas a alterações

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00 C & P • Novembro/Dezembro • 2011

Artigo Técnico

Propriedades dascamadas fosfatizadas

que, sob os compostos citadosna Tabela 1, ocorre a formaçãode uma camada muito fina,denominada subcamada (under-layer), ou, camada de passiva-ção (passivating film). Esta sub-camada forma-se nos instantesiniciais do processo de fosfatiza-ção. No caso de metais ferrosos,acredita-se que esta camada éconstituída de lepidocrocita(γFe2O3•H2O) e vivianita(Fe3(PO4)2•8H2O) contendoainda magnetita (Fe3O4) e fos-fatos primários e secundários deferro II (Fe(H2PO4)2•2H2O;FeHPO4•H2O eFeHPO4•2H2O – lorin, 1974,p.60-61). Esta camada é basica-mente uma camada de conver-são, pois, é formada como re-sultado do ataque do substratopelo ácido. As camadas de pseu-do-conversão (camadas de fos-fato propriamente ditas indica-das na Tabela 1) são formadassobre a fina camada tendoentão a participação dos fosfa-tos diácidos metálicos presentesno banho (biestek & weber,1976, p.152).

O crescimento da camadade fosfato propriamente ditaocorre de maneira epitaxial, ouseja, os cristais de fosfato cres-cem com a mesma orientaçãocristalográfica da subcamada,ou, mesmo do próprio substra-to. É aceito o fato de que existeuma analogia entre os cristaisdo substrato, da subcamada eda camada de fosfato propria-mente dita. Este crescimentoepitaxial garante a excelente ade-rência das camadas de fosfato.

Principais fosfatos e óxidosque formam as camadas fosfati-zadas (lorin, 1974, p.56-67;branco, 1982; dana, 1984;

freeman, 1988, p.78; rausch,1990, p.95-103, 106, 130)

A seguir serão apresentadasde maneira resumida as caracte-rísticas dos principais fosfatos eóxidos que participam da for-mação de diferentes camadasfosfatizadas. Estas característi-cas estão apresentadas sucinta-mente na Tabela 2.

FosfofilitaÉ um fosfato misto de zinco,

ferro (II) e manganês (II) tetrai-dratado, composto incolor ouverde azulado, cristalizado no sis-tema monoclínico de fórmulamolecular Zn2(Fe2+, Mn2+)(PO4)2•4H2O.

O nome fosfofilita deriva dogrego: phosphoros (fósforo) ephyllon (folha), por sua compo-sição e por sua forma. Apresen-ta clivagem perfeita.

Na fosfatização de metaisferrosos a partir de banhos quenão contêm íons de manganês,o nome fosfofilita refere-se aofosfato duplo de zinco e ferro IIde coloração branca e fórmulamolecular Zn2Fe(PO4)2•4H2O.

Pode-se verificar que estecomposto é formado por doisátomos de zinco e um átomo deferro. Não é possível substituiro íon Fe2+ por íon Zn2+ para aobtenção de fosfato duplo derazão diferente de 2:1(Zn2+/Fe2+).

HopeítaÉ um fosfato neutro de zin-

co, cristalizado no sistema or-torrômbico, com quatro molé-culas de água de cristalização,de formula molecularZn3(PO4)2•4H2O.

É um composto insolúvel emágua. A 100ºC, este composto

Por Célia A. L.

dos Santos

Por Zehbour

Panossian

IntroduçãoAs camadas fosfatizadas são

amplamente empregadas no se-tor industrial, seja para a prote-ção contra a corrosão, seja paraviabilizar os processos de con-formação mecânica. Cada tipode camada fosfatizada apresentaestrutura e composição específi-cas. Este trabalho tem por obje-tivo apresentar uma breve revi-são bibliográfica sobre as estru-turas e as propriedades das ca-madas fosfatizadas.

IntroductionThe phosphated coatings are

widely used in industry, such ascorrosion protection or to facili-tate the processes of mechanicalshaping. Each type of phosphatedcoating has specific structure andcomposition. This paper aims topresent a brief review on thestructures and properties of phos-phated coatings.

Composição e estrutura dascamadas fosfatizadas

A composição das camadasfosfatizadas depende fundamen-talmente da composição do ba-nho de fosfatização e do tipo desubstrato.

Na Tabela 1, apresenta-se acomposição de diferentes cama-das fosfatizadas obtidas comdiferentes banhos sobre metaisferrosos e sobre o zinco. Convémcitar que os compostos apresen-tados nesta são os mais impor-tantes e se formam sob condi-ções adequadas do processo defosfatização. Outros compostospodem ser encontrados, sejamem quantidades muito baixas,sejam formados em condiçõesnão-adequadas.

Muitos estudos mostraram

Phosphated coatings properties

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perde duas moléculas de água ea 190ºC perde mais uma (a ter-ceira) molécula de água de cris-talização (machu, 1955, p.12).Estudos mostraram que nas ca-madas fosfatizadas, o fosfatoencontra-se na mesma formaque a hopeíta mineral e é decoloração branca.

VivianitaÉ o fosfato ferroso heptai-

dratado, cristalizado no sistemamonoclínico de fórmula mole-cular (lorin, 1974, p.59)Fe3(PO4)2•8H2O.

Os cristais de vivianita sãoaltamente dicróicos (capacida-de de apresentar várias tonali-

dades dependendo da luz inci-dente).

Assim, podem apresentarcoloração incolor, verde azula-do ou violeta.

Em soluções da ordem de10% a 70% de ácido fosfórico a70ºC, contendo sais ferrosos,formam-se diferentes fosfatos.Tais fosfatos formam soluçõesde coloração verde claro carac-terísticas de sais ferrosos. As-sim, por exemplo, um banho àbase de fosfato de zinco conten-do sais ferrosos terá uma colo-ração verde clara.

A dureza da vivianita ficaentre 1,5 a 2,0 na escala dedureza Mohs.

HureaulitaÉ o fosfato ácido hidratado

misto de manganês e ferro II,cristalizado no sistema mono-clínico (zinco e manganês comsubstituição mútua), com aseguinte fórmula molecular(Fe2+, Mn2+)5H2(PO4)4•4H2O.

Existem duas variedades, asaber: a Fe-hureaulita – fosfatoácido hidratado de ferro II, ins-tável a exposições atmosféricas,de fórmula molecular Fe5H2

(PO4)4•4H2O.E a Mn-hureaulita – fosfato

ácido hidratado de manganês,de dureza 3,5 na escala de dure-za Mohs, de formula molecularMn5H2(PO4)4•4H2O.

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Tipo de banho SubstratoMetais ferrosos Zinco ou aço zincado

Banho à base de fosfato de zinco Hopeíta (Zn3(PO4)2•4H2O) Hopeíta (Zn3(PO4)2•4H2O)

Fosfofilita (Zn2Fe(PO4)2•4H2O)

Banho à base de fosfato de zinco contendo íons de Ca2+ Hopeíta (Zn3(PO4)2•4H2O) Hopeíta (Zn3(PO4)2•4H2O)

Fosfofilita (Zn2Fe(PO4)2•4H2O) Scholzita (Zn2Ca(PO4)2•2H2O)

Scholzita (Zn2Ca(PO4)2•2H2O)

Banho à base de fosfato de zinco contendo Ni2+ Hopeíta (Zn3(PO4)2•4H2O) Hopeíta (Zn3(PO4)2•4H2O)

Fosfofilita (Zn2Fe(PO4)2•4H2O) Fosfato de níquel (Ni3(PO4)2•8H2O)

Fosfato de níquel (Ni3(PO4)2•8H2O Fosfonicolita (Zn2Ni(PO4)2•4H2O)*

Fosfonicolita (Zn2Ni(PO4)2•4H2O)*

Banho à base de fosfato de zinco contendo Mn2+ Hopeíta (Zn3(PO4)2•4H2O) Hopeíta (Zn3(PO4)2•4H2O)

Fosfofilita (Zn2Fe(PO4)2•4H2O) Fosfato duplo de manganês

Fosfato duplo de manganês e zinco (Mn2Zn(PO4)2•4H2O)

e zinco (Mn2Zn(PO4)2•4H2O)

Hopeíta modificada

(Zn3-xMnx(PO4)2•4H2O)

Fosfofilita modificada

(Zn2(Mn,Fe)(PO4)2•4H2O)

Mn-hureaulita (Mn5H2(PO4)2•4H2O)

À base de fosfato diácido de manganês Hureaulita (Mn,Fe)5H2(PO4)•4H2O) Hopeíta (Zn3(PO4)2•4H2O)

Mn-hureaulita (Mn5H2(PO4)•4H2O)

À base de fosfato diácido ferroso (Fe(H2PO4)2) Fe-hureaulita (Fe5H2(PO4)4•4H2O) Hopeíta (Zn3(PO4)2•4H2O)

Estrengita (FePO4•2H2O) Fosfofilita (Zn2Fe(PO4)2•4H2O)

Fe-hureaulita (Fe5H2(PO4)4•4H2O)

Banho à base de fosfato de metais alcalinos ou de amônia Vivianita (Fe3(PO4)2•8H2O) Hopeíta (Zn3(PO4)2•4H2O)

Magnetita (Fe3O4)

* Para altos teores de íons de níquel no banho.

TABELA 1 – COMPOSIÇÃO TÍPICA DAS CAMADAS FOSFATIZADAS OBTIDAS A PARTIR DE DIFERENTES BANHOS (LORIN,1974, P.56-66; BIESTEK & WEBER, 1976, P.151; WYVILL & CAPE, 1987; FREEMAN, 1988, P.29;RAUSCH, 1990, P.95)

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ScholzitaÉ um fosfato misto de zinco

e cálcio hidratado, cristalizadono sistema ortorrômbico de co-loração branca ou incolor, defórmula molecular Zn2Ca(PO4)2•2H2O.

MagnetitaÉ um óxido de ferro nor-

malmente cristalizado no siste-ma octaédrico, apresentandodureza 6 na escala de durezaMohs, fortemente magnética.Apresenta coloração preta, bri-lho metálico e fórmula molecu-lar Fe3O4.

Estrutura e tamanho decristais

As camadas fosfatizadas sãocristalinas. Os cristais de fosfatopodem ser muito pequenos. É ocaso das camadas fosfatizadasobtidas a partir de banhos demetais alcalinos ou de amônioque no passado foram conside-radas amorfas. Os cristais de

fosfato podem atingir valores deaté 100µ, como é o caso dascamadas fosfatizadas obtidas apartir de banhos não-acelera-dos, contendo fosfatos de me-tais pesados (Zn2+, Fe2+ ouMn2+) e podem ter a forma denódulos, plaquetas ou agulhas.Na realidade, estas últimas sãoescamas orientadas sob diversosângulos dando o aspecto deagulhas, quando observadas aomicroscópio (foldes, s.d.).

No caso, por exemplo, decamadas à base de fosfato dezinco, ocorre a formação deagulhas e plaquetas. As agulhaspodem estar cobertas por pla-quetas e, também, as plaquetaspodem estar cobertas por agu-lhas (lorin, 1974, p.64). Asplaquetas são geralmente ricasem ferro e as agulhas contêmpouco ferro, podendo inclusiveserem isentas de ferro, sendo aquantidade de cada um depen-dente da composição e das con-dições de operação do banho.

Por exemplo, a agitação desem-penha um papel importante:quanto maior a agitação maioré a quantidade de agulhas.Camadas obtidas por imersãosão ricas em plaquetas e camadasobtidas por aspersão são ricas emagulhas (lorin, 1974, p.65,foldes, s.d.).

As camadas à base de fosfatode zinco modificado com cálcioapresentam cristais mais finos econtêm uma grande quantida-de de cristais nodulares (james& freeman, 1971; freeman,1986, p.53).

A formação de cristais defosfato ocorre em dois estágios:primeiro ocorre a nucleação se-guida do crescimento dos cris-tais nucleados. Assim sendo, otamanho dos cristais dependeráfundamentalmente da velocida-de de nucleação e de crescimen-to dos cristais.

A velocidade de nucleação éfunção direta do número de sí-tios ativos presentes na superfí-

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Composto Fórmula molecular Principais característicasFosfofilita Zn2(Fe2+, Mn)(PO4)2•4H2O Coloração incolor ou verde azulado, altamente resistente a álcalis. Densidade 3,13 g/cm3.

Dureza 3 a 4 na escala de dureza Mohs1.

Hopeíta Zn3(PO4)2•4H2O Coloração branca. Pouco resistente a álcalis. A 100ºC este composto perde duas moléculas de

água e a 190ºC perde mais uma molécula de água de hidratação. Densidade 3,04 g/cm3.

Dureza 2,5 a 3 na escala de dureza Mohs1.

Vivianita Fe3(PO4)2•8H2O São altamente dicróicos (capacidade de apresentar várias tonalidades dependendo da luz

incidente). Assim, podem apresentar coloração incolor, verde azulado ou violeta.

Densidade 2,71 g/cm3. Dureza 2 na escala de dureza Mohs1.

Hureaulita (Fe2+, Mn)5H2(PO4)4•4H2O Fe e Mn podem ser substituídos mutuamente. Coloração rosada. Densidade 3,18 g/cm3.

Dureza 5 na escala de dureza Mohs1.

Scholtzita Zn2Ca(PO4)2•2H2O Coloração branca ou incolor.

Magnetita Fe2O3 Um dos principais minerais do ferro, altamente magnético, opaco, coloração preta.

Dureza 6 na escala de dureza Mohs.

TABELA 2 – CARACTERÍSTICAS DOS PRINCIPAIS COMPOSTOS QUE PARTICIPAM NA FORMAÇÃO DAS CAMADAS FOSFATIZADAS

1 A escala de dureza Mohs é a seguinte (DANA, 1984)

1. Talco 3. Calcita 5. Apatita 7. Quartzo 9. Corindon2. Gipso ou gipsita 4. Fluorita 6. Feldspato ou ortoclásio 8. Topázio 10. Diamante

Para se ter uma idéia prática, apresenta-se a seguir a dureza de alguns materiais muito conhecidos (DANA, 1984)Unha → ±2 Alfinete → ±3,5 Aço (gilete) → ±5 Vidro → ±5,5 Porcelana → ±6,0

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Contato com as autoras:[email protected] / [email protected]: (11) 3767-4036

Zehbour PanossianInstituto de Pesquisas Tecnológicas de SãoPaulo – IPT. Laboratório de Corrosão eProteção – LCP. Doutora em Ciências(Fisico-Química) pela USP.Responsável pelo LCP.Célia A. L. dos SantosInstituto de Pesquisas Tecnológicas de SãoPaulo – IPT. Laboratório de Corrosão eProteção – LCP. Doutora em Química(Fisico-Química) pela USP.Pesquisadora do LCP.

DANA, J. D. Manual de mineralogia.1st ed. LTC ; Rio de Janeiro.1984. 642p. 1984. (Traduzido porRui Ribeiro Franco e revisto porCornelius S. Hurlbut).

FOLDES, A. s.d. Fosfatização. In:Curso Básico de Pintura Industrial,São Paulo : ABTS. 11p.

FREEMAN, D. B. Phospating andmetal pre-treatment. 1st ed. NewYork : Industrial Press. 1998.229p.

JAMES, D.; FREEMAN, D. B.Accelerator systems for zinc phospha-te processes with particular referencesto their use before electropaint.Transactions of the Institute ofMetal Finishing Conference issue,part 2, v.49, p. 79-83, 1971.

LORIN, G. Phosphating of metals.Great-Britain : FinishingPublications. 1974. 222p.

MANCHU, W. La fosfatizzazione deimetalli - fondamenti scientifici etecnica applicata. Milano : Edito-re Urlico, p.7, 1955.

RAUSCH, W. The phosphating ofmetals. 1st.ed. Great Britain :Redwood Press, 1990. 416p.

WYVILL, R.D.; CAPE T. Improvedphosphate coatings for galvanizedsteel. Product Finishing. p.68-75,1987.

cie do substrato: são nestes sí-tios que se formam os núcleosde cristais de fosfato. A partirdestes núcleos crescem os cris-tais propriamente ditos.

Se o número de sítios forpequeno, ter-se-á poucosnúcleos. Assim, os cristais têmde crescer a partir de poucosnúcleos. O crescimento cessaráquando o substrato for cober-to, fato que ocorrerá quando oscristais se tocarem. Como setem poucos núcleos, os cristaisdeverão crescer muito até setocarem. Como consequência amassa de fosfato por unidadede área será elevada. Isto podeser mais bem compreendidoobservando a Figura 1.

Ao contrário, quando nasuperfície de um substrato exis-tir muitos sítios ativos, haverá aformação de muitos núcleos, osquais se tocarão antes de cresce-rem muito, o que determinaráa formação de camadas finas ede cristais finos (ver Figura 2).

Pelo exposto, fica claro deque existe uma relação diretaentre o tamanho de cristais e amassa de fosfato por unidadede área: quanto menores oscristais, mais fina é a camadaformada.

Cabe citar que o tempo deformação de cristais grandes émaior porque é necessário maistempo para cobrir o substrato.

Referências bibliográficasBIESTEK, T.; WEBER, J. Electrolytic

and chemical conversion coatings.1st ed. Wydawnictwa : Porte-ceilles. 1976. 432p.

Figura 1 – Representação esquemática da formaçãode cristais grandes devido à presença de poucos sítiosativos na superfície do substrato

Figura 2 – Representação esquemática da formaçãode cristais pequenos devido à presença de muitossítios ativos na superfície do substrato

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Artigo Técnico

Microscopia óptica in situna corrosão do aço-carbono

AISI 1040 em meio de sulfeto

ção ou mesmo da ativação dacorrosão do aço, o que depende-rá de fatores como: concentraçãoe espécie de sulfeto dissociada nomeio, presença de sais e microes-trutura da liga1. A forma de ata-que sobre o material metálico, anatureza dos produtos de corro-são, a velocidade e extensão dasreações e a localização das reaçõesde corrosão, devem ser todas le-vadas em conta1. Recentemente,novas técnicas estão sendo em-pregadas no estudo da corrosãocomo a classificação de imagens2,a qual é comumente usada emdiversos campos das ciências,mas tem sido pouco usada emanálises de processos corrosivos.A observação da superfície podeoferecer muitas informações so-bre o processo de corrosão como,por exemplo, a evolução dos ata-ques por pites, que podem tam-

bém ser quantificados em termosde profundidade e pela distribui-ção espacial e de tamanhos sobrea superfície. Neste trabalho, de-senvolveu-se uma metodologiaque envolve a construção de umacélula onde a progressão dos efei-tos da corrosão sobre as hetero-geneidades podem ser acompa-nhadas in situ, gerando uma se-quência de imagens que é repre-sentativa da evolução do ataqueem função do tempo de exposi-ção ao meio agressivo.

ExperimentalSoluções: Uma solução esto-

que de 10.000 ppm de H2S, pre-parada pela dissolução em águado sal Na2S.9H2O, foi utilizadapara gerar as concentrações de100ppm e 1000ppm. Os eletró-litos usados foram tampão aceta-to (pH = 3,5) e fosfato (pH =

In situ optical microscope in the corrosion of AISI 1040carbon steel in sulfide solution

IntroduçãoEste trabalho apresenta o es-

tudo da corrosão do aço-carbonoAISI 1040 em solução aquosacontendo H2S dissolvido empresença e ausência de íons clore-to. A corrosão do aço foi avaliadapor meio de curvas de polariza-ção, potencial de circuito abertoe microscopia óptica in situ. Aanálise morfológica mostrou queocorreu corrosão por pite. Hou-ve inicialmente a formação deum filme de sulfeto de ferro glo-bular sobre os grãos perlíticos,sendo que o tipo de sulfeto pre-sente no meio tem grande influ-ência sobre o processo corrosivo.

IntroductionThis work presents a study of

the AISI 1040 carbon steel corro-sion in aqueous sulfide solution inthe presence and absence of chlo-ride ions. The steel corrosion inves-tigation was carried out usingpotential polarization, open cir-cuit and in situ optical microscopytechniques. The morphologicalanalysis reveals the grain bound-aries corrosion, pitting corrosionand show that a non-uniformglobular sulfide film formationoccurs just over pearlitic grains,where the dissociated sulfide speciesin solution has a great influence onthe corrosive process.

A corrosão em meio de sulfe-to, encontrada na produção etransporte de hidrocarbonetosna indústria petrolífera, ocorrepela formação de sulfeto de ferrona superfície do aço atacado. Es-te produto de corrosão pode atu-ar em diferentes graus de inibi-

Figura 1 – Curvas de polarização do aço-carbono AISI 1040 em100 ppm de H2Saq em pH 4, sem cloreto ( ) e com 3,5% (m/m) clo-reto (Ο); em meio de HS-

aq em pH 7,9, sem cloreto (ρ) e com 3,5%(m/m) cloreto (σ)

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7,9), na presença e ausência de3,5% (m/m) de NaCl. NessespHs, devido ao equilíbrio disso-ciativo do H2S, as espécies, H2Saq

e HS-aq foram geradas nestas

soluções3.Eletrodos: Amostras cilíndri-

cas de aço-carbono AISI 1040com 9,5mm de diâmetro (Proce-dência F. Sanchelli Aços) foramusadas como eletrodos de traba-lho (ET). A superfície expostado ET foi preparada com lixasde diferentes granulometrias atégrana 1200, seguido de um poli-mento com alumina 25µm e de-sengraxe em acetona por 3 mi-nutos em banho ultrassônico.Os eletrodos de referência e au-xiliar foram de Ag/AgCl/KCl(3,5 mol/L) e uma placa de Pt de2cm2, respectivamente.

Técnicas: Para a realizaçãodas filmagens in situ a amostrade aço-carbono foi exposta aomeio corrosivo em uma célula de

fundo chato desenvolvida emnosso laboratório. Um microscó-pio óptico invertido (Opton -mod. TNM-07T-PL) foi usadopara focalizar as amostras de açousando o programa Scope Pho-to® 1.0. Simultaneamente o po-tencial de circuito aberto (Eca)foi monitorado por 3600s. Apóso estado estacionário ter sidoatingido foi levantada uma curvade polarização (CP), com os se-guintes parâmetros: velocidadede varredura de 0,1mV s-1, inter-valo de potenciais (∆E) de200mV na direção anódica e ca-tódica. A taxa de aquisição das i-magens foi de 0,1 frames s-1 e 0,5frames s-1 para o Eca e para a CP,respectivamente. Os ensaios ele-troquímicos foram realizados u-sando um potenciostato Auto-Lab mod. PGSTAT 30, conecta-do a um microcomputador como programa GPES. A caracteri-zação dos ET foi feita por mi-

croscopia óptica (MO) in situ,microscopia eletrônica de varre-dura (MEV), espectroscopia deenergia dispersiva (EDS) e di-fração de Raios-X (DRX).

Resultados e DiscussãoEm todas as condições expe-

rimentais analisadas, após o mo-nitoramento do Eca uma CP foilevantada e simultaneamente asuperfície foi monitorada. Na fi-gura 1, são apresentadas as cur-vas de polarização em solução de100 ppm das espécies H2Saq eHS-

aq, na presença e ausência deíons cloreto. Os parâmetros ob-tidos a partir desta figura sãoapresentados na tabela 1, junta-mente com o Eca observado.

Para a espécie H2Saq, a pre-sença de íons cloreto reduz em105mV o potencial de corrosão(Ecorr), como observado na tabela1. Tal comportamento não foiobservado quando a espécie dis-

C & P • Novembro/Dezembro • 2011 25

Figura 2 – Observação in situ do aço-carbono AISI 1040 durante a CP. Meio: 100 ppm de H2S com NaCl epH 4,5, focalizando as mudanças apenas em um grão perlítico por meio de um zoom digital. Frames registra-dos no ∆E = 0mV (a), 21mV (b), 39mV (c), 55mV (d), 73mV (e), 92mV (f), 110mV (g), 129mV (h),145mV (i), 164 mV (j). Resolução 1280x1024, captura a 0,5 frame s-1

TABELA 1: PARÂMETROS OBTIDOS A PARTIR DAS CP PARA O AÇO-CARBONO AISI 1040 (EXPERIMENTOS DA FIG. 1)

ExperimentoResposta s/ CI - c/ CI -

H2S HS- H2S HS -

Eca / mV -496 -696 -597 -702icorr / 10 µA cm-2 220 24,6 36,5 7,71

Rp / Ωcm2 422.8 793.6 386.2 2833.0Ecorr / mV -483 -691 -588 -704

Vcorr / mm ano-1 3,60 0,403 0,598 0,126

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sociada no meio era HS-aq. Por

sua vez, esta última espécie apre-senta os menores valores de velo-cidades de corrosão (vcorr). Talcomportamento já era esperado,pois segundo o diagrama dePourbaix3, em pH 7,9 se temcondições favoráveis para a for-mação de filmes de sulfeto deferro como o FeS ou FeS2. Emmeio de cloreto a taxa de corro-são foi menor, provavelmenteporque este íon acelerou a disso-lução do metal e contribuiu paraa formação de uma camada maisespessa de filme de sulfeto. A in-fluência do íon cloreto também éobservada na resistência à polari-zação (Rp), sendo esta aumenta-da em cerca de 3,5 vezes na pre-sença de HS-

aq e não varia quan-do a espécie é H2Saq, o que refor-ça a presença de um filme sobre asuperfície do aço-carbono quan-do a espécie dissociada é usada.

Como se observou que há u-ma diferença no comportamentodo aço-carbono na presença dasdiferentes espécies de sulfeto,uma discussão mais detalhada decada espécie será apresentada aseguir. Neste caso serão discuti-dos os resultados das observaçõesin situ por microscopia óptica,microscopia eletrônica de varre-dura, espectroscopia de energiadispersiva e difração de Raios-X.

Solução de H2Saq

Durante a CP anódica emum meio contendo 100ppm deH2S em pH 4,5 foi possíveldetectar, na observação in situ

da superfíciecorroída, regi-ões com dife-rentes colora-ções que vãode marrom aazul. Este fatopode indicaruma variaçãode espessurados filmes desulfeto forma-dos. Estas mu-

danças chamam atenção paraoutro fator que influencia estetipo de corrosão, ou seja, as hete-rogeneidades metálicas da super-fície do material constituinte daparede do oleoduto que sãoinfluenciadas pelo tipo de açoempregado. Nesse caso, o aço-carbono AISI 1040 é compostopor grãos ferríticos e perlíticos.Estes últimos são compostos porlamelas de cementita (Fe3C)alternadas a lamelas de ferro α1.A formação de zonas anódicas ecatódicas entre estas regiões po-dem formar uma célula eletro-química e acelerar o dano corro-sivo4. Segundo Huang et al.4, emum trabalho realizando EDS dasuperfície corroída, estes grãosperlíticos podem nuclear o filmede sulfeto devido também àsvariações locais de pH. Isto expli-ca as alterações de cor observadasin situ, somente nos grão perlíti-cos, que podem estar associadas avariações de espessura, comoapontado anteriormente.

Quando a este meio é adicio-nado o cloreto, um novo fato ex-perimental é observado. Ve-seque estas variações de coloração

nos grãos perlíticos são cíclicas,como demonstra a figura 2(a-i).Como pode ser visto nesta figu-ra, a focalização in situ de umúnico grão perlítico revela queesta coloração é inicialmentemarrom, depois azul, marrom efinalmente se torna azul nova-mente, até que a superfície todaescurece (Figura 2j). Desta for-ma, uma nova proposição podeser considerada na qual há a pos-sibilidade de que neste meio,com íons cloreto e sulfeto, ocor-ra a dissolução e crescimento dofilme de FeS sucessivas vezes5. Adissolução do filme de sulfeto ésuportada pelo trabalho de Veloze Gonsález6 que propõem que osíons Cl- são capazes de prevenir aformação de filmes de sulfeto de-vido a uma adsorção competitivadestes íons, e desta forma esteprocesso é forçado a reiniciar no-vamente. No último quadro ob-servado na figura 2j, a superfície émuito escura para detectar a va-riação de cores e é onde ocorre aformação de uma camada de FeSamorfa sobre toda a superfície7,8.

Solução de HS-aq

Para a polarização anódica oaço-carbono tende a se passivarno pH 7,9 utilizado para gerar aespécie HS-

aq3. A figura 3 mostra

um experimento realizado em100ppm de HS-. A corrosão porpite iniciou-se durante a polari-zação anódica, entre os poten-ciais -447 mV e -434 mV. Nestemeio, mesmo com a passivaçãoda superfície, ocorre um incre-mento da corrosão por pite tam-bém na ausência de íons cloreto.

Figura 3 – Observação in situ do aço-carbono AISI1040 em 100 ppm de HS- e pH 7,9 durante aCPEca). Fotomicrografias retiradas nos potenciais de -447mV (a) e -434 mV (b)

Figura 4 – Micrografia de MEV das lamelas de cementita da fase perlí-tica no aço-carbono 1040 exposto a H2S na concentração de 1000 ppmsem Cl- em solução (a). Micrografias do filme de sulfeto em meio de HS-

na concentração de 1000 ppm sem Cl- (b) e com Cl- (c)

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mento no valor do pH leva à pre-cipitação de um filme de sulfetopreferencialmente sobre a cemen-tita, enquanto a dissolução ocor-re sobre a região da ferrita10. Sa-be-se que o ferro é sempre anódi-co em relação ao sulfeto em solu-ção contendo HCl. Dessa forma,uma vez que o filme de sulfetoestá formado sobre a cementita, omesmo será um sítio adicionalpara reação catódica mantendo-seo processo de corrosão e assim aprecipitação do filme continua4.

Quando se tem a espécie HS-

em solução, ocorre a formaçãode filme de sulfeto (Figura 4b),que na presença de cloreto (4c)tem um aspecto mais compacto.A Rp calculada a partir dos dia-gramas de Tafel apresentou umaumento de 793,6cm2 para2883cm2, Tabela 1, o que podeestar atrelado à variação da mor-fologia do filme indo de um de-pósito globular (Figura 4b) paraoutro mais compacto (Figura 4c).

A microanálise dos filmesformados quando se tem a es-pécie H2Saq, focalizando osgrãos ferríticos e perlíticos,constatou que sobre o grão per-lítico ocorre uma maior porcen-tagem de enxofre, indicandoque o filme pode ser mais espes-so nessas regiões. Esses resulta-dos concordam com os deMEV e as observações por mi-croscopia óptica in situ.

Isto ocorre porque o íon bissul-feto (HS-) é muito agressivo epode acelerar a dissolução dometal durante a formação dofilme de sulfeto9. O potencial depite (Epite) deste experimento foimedido experimentalmente naregião de cruzamento das cur-vas, por voltametria cíclica, e ovalor encontrado foi de Epite =-437 mV. Este valor está de acor-do com a imagem de MO obser-vada in situ para o início da cor-rosão puntiforme.

Com o aumento da concen-tração de sulfeto para 1000 ppmo mesmo comportamento foiobservado em ambos os meios.

Caracterização ex situAs análises das morfologias

dos filmes obtidos com as duasespécies de sulfeto, ambos naconcentração de 1000ppm, sãoapresentadas na figura 4. Quan-do se tem a espécie H2S em solu-ção, não ocorre a formação sig-nificativa de filme, mas sobre aslamelas de cementita da perlilita,vê-se claramente a precipitaçãode um fino filme globular deFeS (Figura 4a). Isto justificariaas alterações de cor nas observa-ções in situ sobre os grãos perlí-ticos. Muito pouco sulfeto deferro é formado em baixos val-ores de pH e a solubilidade dosulfeto sólido decresce com o in-cremento do pH. Assim, um au-

Os resultados de EDS dos fil-mes formados quando se tem aespécie HS- em solução, reve-laram que a variação na porcen-tagem de enxofre no filme de sul-feto de ferro chega a ser cerca de11% maior quando se passa deuma concentração de sulfeto de100 ppm (Figura 5a) para 1000ppm (Figura 5b) em meio comNaCl. Essa variação chega a 14%em meio sem NaCl na solução,pois o Cl- previne a formação defilmes de sulfeto devido à adsor-ção competitiva destes íons8.

A composição do sulfeto deferro é mais estequiométricaquando se compara um filmecrescido em meio com maiorconcentração de sulfeto:Fe/S = 2,6 e Fe/O = 1,7 amenor concentração Fe/S = 9,9e Fe/O = 5,1.

O uso do tampão fosfato nãointerferiu nas medidas, pois nãofoi encontrada porcentagem sig-nificativa de fósforo nos filmesformados (Figuras 5a e 5b). Porfim, as análises de DRX confir-mam que em todos os experi-mentos um filme de sulfeto deferro globular foi formado.

ConclusãoOs resultados mostraram

que a MO in situ é útil para oestudo da corrosão e tornou pos-sível a observação de uma se-quência de imagens do processo

Figura 5 – Porcentagem de alguns elementos do filme de FeS crescido em meio de HS-aq na concentração de

100 ppm (a) e 1000 ppm (b), na presença de NaCl em solução obtidos por EDS

C & P • Novembro/Dezembro • 2011 27

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Futuro Agora: Técnicas Avançadas de EnsaiosNão Destrutivos para Inspeção da Corrosão

Evento ABRACO

Inscrições & informações:(21) 2516-1962 R: [email protected]

√ Data: 16 de fevereiro de 2011 √ Local: INT/RJ

Objetivo:• Apresentar soluções avançadas para detecção e avaliação

da corrosão, medição de espessura remanescente de dutos;compartilhar boas práticas na inspeção da corrosão.

Público Alvo:• Inspetores de ensaios não destrutivos, Engenheiros de

Equipamentos, Gerentes de Integridade de ativos,gerentes de operação, empresas de Petróleo e Gás de E&P,Refino, Transporte, Empresas de Inspeção.

Haverá tradução simultânea

Inscrições Gratuitas. Vagas Limitadas.

Realização:

Programação9:00 am Welcome and Introductions9:20 am Corrosion Imaging in Tubes and Tanks with Phased Array

Phasor CV/DM for Corrosion Imaging10:30 am Coffee Break

Phased Array Inspection of Flange Faces Strategic Corrosion Monitoring Utilizing PermanentlyInstalled

12:00 pm Lunch1:00 pm Eddy Current ID Tube Inspection with Near Field Probes

Advantages of Digital Radiography for Corrosion ImagingData Management in Corrosion/erosion Applications

3:00 pm Coffee BreakRemote Visual Applications in Corrosion inspection

4:30 pm Applications/Tabletops

Acta 48 (2002) 135-144.7. Z.F. Yin, W.Z. Zhao, Z.Q. Bai, Y.R.

Feng, W.J. Zhou, Electrochimica Acta53 (2008) 3690-3700.

8. A. Anderko, P.J. Shuler, Computers &Geosciences 23 (1997) 647-658.

9. E. Hansson, M. Odziemkowski, R.Gillham, Corrosion Science 48 (2006)3767-3783.

10. D. Shoesmith, M. Taylor, G. Bailey,D. Owen, J. Electrochem. Soc. 127(1980) 1007-1015.

A microanálise revelou que amaior porcentagem de enxofreno filme é encontrada sobre osgrãos perlíticos, indicando que,de fato, essa fase pode estar nucle-ando o crescimento desse filme.

AgradecimentosAgradecemos ao CNPq e a

FAPESP pelo suporte financei-ro concedido.

Referências bibliográficas1. L.L. Shreir, in:, Wiley-Interscience,

Vol. I, New York, 1978.2. K.Y. Choi, S.S Kim, Corrosion

Science, 47 (2005) 1-15.3. M. Pourbaix, in:, Texas: Pergamon

Press, Second, Houston, 1974.4. H. Huang, W. Tsai, J. Lee, Elec-

trochimica Acta 41 (1996) 1191-1199.5. E. Sosa, R. Cabrera-Sierra, M.T. Oro-

peza, F. Hernández, N. Casillas, R. Tre-mont, C. Cabrera, I. González, Electro-chimica Acta 48 (2003) 1665-1674.

6. M. Veloz, I. Gonzalez, Electrochimica

e os estágios iniciais de formaçãodo filme de sulfeto para eletrodossubmetidos à polarização anódi-ca. Estas imagens contribuíramcom informações locais que reve-laram uma variação não unifor-me da superfície, as quais são in-fluenciadas pela microestruturado aço e pela presença de outrosíons como o cloreto. Este íontambém é responsável pela mu-dança na morfologia dos filmesde globular para compacto. Foiobservado, pela variação da colo-ração, que um fino filme de sul-feto se forma em meio de H2S naausência de íons Cl- e na presen-ça de Cl-, com um comporta-mento oscilatório de formação edissolução do filme sobre osgrãos perlíticos, até que filme sedeposite sobre toda a superfície.Em meio de HS- forma-se umespesso filme de FeS, contudo acorrosão por pites é acelerada atémesmo na ausência de Cl-.

Alexsandro Mendes Zimer, EmersonCosta Rios, Paulo de Carvalho DiasMendes, Ernesto Chaves Pereira,Lucia Helena Mascaro*Laboratório Interdisciplinar de Eletroquí-mica e Cerâmica (LIEC) – UniversidadeFederal de São Carlos (UFSCar) – Che-mistry Dept. – C.P.: 676, CEP: 13.565-905, São Carlos, SP, Brasil, Tel: +55 1633519452, Fax: +55 16 33615215* Contato/Corresponding author:[email protected]

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30 C & P • Novembro/Dezembro • 2011

Artigo Técnico

O que se aprende a partir de medidasde potencial de circuito aberto?

lidade, a um potencial de equi-líbrio termodinâmico, obede-cendo à equação de Nernst. Al-guns exemplos práticos podemser dados de sistemas eletroquí-micos que correspondem a estasituação: o eletrodo de hidrogê-nio, constituído de platina-plati-nizada imersa em solução ácidadesaerada; eletrodos de referên-cia, em geral; platina imersa emsolução desaerada de íons Fe(III)/Fe(II). Na maior parte dos siste-mas, o Eca, no caso de um metalimerso em solução eletrolítica,corresponde a um potencial mis-to, uma condição de “compro-misso” entre diferentes processos:pelo menos um de oxidação epelo menos um de redução.

Tomemos como exemplo opar Fe3+/Fe2+ na ausência deoxidante em solução aquosa. Aimersão de um eletrodo de pla-tina inerte em solução conten-do estes dois íons corresponde-rá ao equilíbrio

Fe3+(aq) + 1e- Fe2+

(aq)

descrito pelo potencial ter-

modinâmico Ee e pelas semi-rea-ções de oxidação e de redução re-presentadas pelas seguintes semi-equações:

Fe3+(aq) + 1e- → Fe2+

(aq) (redução)Fe2+

(aq) → Fe3+(aq) + 1e- (oxidação)

Tomemos o exemplo de umeletrodo de zinco imerso em so-lução aquosa de ácido clorídrico.Neste caso, os processos de oxida-ção e de redução serão dados pe-las semi-equações:

Zn(s) → Zn2+(aq) + 2e- (oxidação)

2H+(aq) + 2e-→ H2(g) (redução)

O Eca, neste caso, correspon-de à condição em que o processoirreversível, descrito acima, estáocorrendo no instante t.

Qual a diferença entrepotencial de circuito abertoe potencial de corrosão?

Neste trabalho, será apresen-tado o conceito empregado porparte dos pesquisadores: o Ecorr

será considerado igual ao Eca es-tacionário, isto é, o Ecorr corres-ponde ao valor do Eca, constante(ou melhor, quase constante),quando a condição estacionária(ou quase estacionária) for atin-gida na interfase metal-solução.

Exemplos de aplicações demedidas de potencial decircuito aberto

Evolução do Eca para umasuperfície metálica imersa emeletrólito; efeito qualitativodo emprego de convecçãoforçada

Luís Gustavo

Nunes Barbosa

Por Silvia Maria

Leite Agostinho

IntroduçãoOs objetivos deste trabalho

foram investigar diferentes apli-cações do potencial de circuitoaberto (Eca) e do potencial decorrosão (Ecorr) e sugerir experi-mentos em que estes potenciaissejam obtidos e possam contri-buir para elevar o nível de conhe-cimento em eletroquímica dosestudantes.

IntroductionThe aims of this work are to

investigate some different applica-tions of open circuit potential (Eocp)and corrosion potential (Ecorr) andto suggest experiments where thesepotentials can be obtained in orderto contribute to increase the kno-wledge level of the students in elec-trochemistry and corrosion.

Os avanços tecnológicos daeletrônica e da informática per-mitiram o desenvolvimento detécnicas eletroquímicas mais so-fisticadas, levando professores,pesquisadores e autores de li-vros didáticos a excluir, do con-teúdo de disciplinas de eletro-química, alguns conceitos e me-didas fundamentais. O potenci-al de circuito aberto (Eca) se in-clui entre os temas pouco abor-dados em aulas teóricas e em la-boratórios didáticos.

O que significa potencial decircuito aberto?

Dá-se o nome de potencialde circuito aberto ao potencialde um eletrodo medido em re-lação a um eletrodo de referên-cia. Este potencial pode corres-ponder, sob condições de idea-

What do we learn from open circuit potential measurements?

Figura 1 – Transitório depotencial de circuito aberto paraa interface Cu/H2SO4 0,5mol.L-1

na ausência e presença deconvecção forçada

←→

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Na Figura 1, são apresenta-das medidas de Eca para cobreimerso em solução aerada deH2SO4 0,5 mol.L-1 na ausência epresença de agitação da solu-ção. Observa-se que em meiosem agitação o potencial decai,nos primeiros minutos, em vir-tude da dissolução do filme for-mado ao ar, e depois se eleva,atingindo um valor estacioná-rio igual a –80 mV/ECS. A agi-tação promove, em um interva-lo de tempo bem menor, a dis-solução do filme formado ao are o sistema atinge rapidamenteo Ecorr em um valor mais negati-

vo do que no meio sem agita-ção, igual a –110 mV/ECS.Nota-se, por estas medidas, oefeito do transporte de massasobre a composição da interfa-se, mais rica em óxidos hidrata-dos quando não há convecçãoforçada.

Efeito da água empregadacomo solvente sobre o Ecorr

(custódio, 2006)Na Tabela 1 são apresenta-

dos os valores de Ecorr para aço-carbono AISI 1005 imerso emágua com diferentes graus depureza na ausência e presença

de benzotriazol (BTAH) e debenzotriazol e cloreto de dode-cilamônio (DAC). É importan-te notar que o potencial menosnegativo é observado na águabidestilada, contendo menossais do que a água da rede emenos matéria orgânica do quea água deionizada. Na presençade BTAH o mesmo comporta-mento é observado. Quando seadiciona o DAC, entretanto, ospotenciais se igualam, dentroda precisão experimental, mos-trando que o surfactante, umamacromolécula, está adsorvidona superfície da liga, sendo omaior responsável pela compo-sição da interfase, já afetada pe-la presença do BTAH. Em ou-tras palavras, a presença ou au-sência de impurezas orgânicasneste caso, na presença deDAC, deixou de ser importan-te. Também se nota o efeito ini-bidor anódico do BTAH.

Efeito de um surfactantesobre o Ecorr (villamil, 2000)

Na Tabela 2, observa-se queo dodecil sulfato de sódio(SDS), quando adicionado auma solução naturalmente ae-rada de ácido sulfúrico, nãoafeta o Ecorr do cobre, sugerindoum efeito desprezível sobre acomposição da interface. Poroutro lado, estudos realizadospelo LACIE mostram que,quando o meio é ácido clorídri-co, o efeito do SDS é notável,tanto na ausência quanto napresença de BTAH.

Efeito da natureza do ânione da sua concentração sobreo Ecorr (micheli, 1994)

Na Tabela 3 é apresentado o

C & P • Novembro/Dezembro • 2011 31

Meio Água da rede Água bidestilada Água deionizadasem inibidor – 752 ± 3 – 708 ± 11 – 734 ± 14com BTAH – 493 ± 4 – 446 ± 1 – 470 ± 18

com BTAH + DAC – 457 ± 3 – 460 ± 7 – 469 ± 14

TABELA 1 – MEDIDAS DE POTENCIAL DE CORROSÃO (ECORR) EM MV VS ECS, PARA O AÇO-CARBONO AISI 1005,NAS DIFERENTES ÁGUAS A 25 ºC

[SDS] / mol.L-1 Ecorr/V vs ECS0 – 15 ± 1

1.10-4 – 16 ± 13.10-4 – 18 ± 25.10-4 – 12 ± 18.10-4 – 18 ± 11.10-3 – 16 ± 15.10-3 – 15 ± 11.10-2 – 15 ± 2

TABELA 2 – VALORES DE ECORR EM MV VS ECS, PARA O COBRE EM MEIO DEH2SO4 0,5 MOL.L-1

A 25 °C NA AUSÊNCIA E PRESENÇA DE SDS

Solução (mol/L) EcorrNaNO3 0,51 – 74 ± 24NaCl 0,05 – 74 ± 33NaCl 0,51 – 108 ± 52NaCl 2,0 – 144 ± 49NaCl 5,0 – 156 ± 75

Material EcorrNi-Cr-Mo-Ti – 200 ± 40

Au-Pt-Pd 114 ± 5Ti cp* 12 ± 6

TABELA 3 – EFEITO DA NATUREZA DO ÂNION E DA SUA CONCENTRAÇÃO PARAAÇO AISI 304 A 25 °C SOBRE OS VALORES DE ECORR EM MV VS ECS

TABELA 4 – VALORES DO ECORR EM MV VS ECS PARA DIFERENTES LIGAS METÁLICAS

EM MEIO DE NACL 0,15 MOL.L-1A 37 ºC, *CP = COMERCIALMENTE PURO

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efeito da concentração de íonscloreto no Ecorr do aço inoxidá-vel AISI 304, bem como ocomportamento do sistemaquando se troca cloreto por ni-trato. Nota-se que quanto mai-or a concentração de íons clore-to, mais negativo é o potencial,mostrando que a complexaçãodo ferro por estes íons favorecea dissolução do metal. Nota-seainda que em meio de nitrato,por não ser um íon complexan-te, o Ecorr é mais positivo do queem meio de cloreto em igualconcentração.

Emprego do Ecorr na caracteri-zação de ligas aplicadas emodontologia (inada, 2005)

Na Tabela 4, observa-se oefeito sobre o Ecorr da composi-ção de ligas empregadas emodontologia (próteses sobre im-plante de titânio) quando imer-sas em solução de NaCl0,15mol/L a 37 ºC. A compa-ração entre valores para a ligaáurica, nobre, e para a liga pas-sivada, mostra que esta apresen-ta um potencial bem mais ne-gativo, o que pode favorecer oaparecimento de corrosão gal-vânica.

Efeito da aeração e da natu-reza do cátion sobre o Ecorr

(almeida, 1987)É comum se verificar, por

suas propriedades de adsorção,o efeito do ânion sobre as inter-fases eletroquímicas. Por outrolado, quando a concentraçãodo eletrólito é alta, o cátion po-de afetar o valor do Ecorr, indi-cando a sua presença na interfa-se. Almeida5 obteve resultadosde Ecorr para o nióbio em meios

alcalinos de NaOH e KOH, ae-rados e desaerados. Nestes ex-perimentos foi mostrado que atroca do íon sódio pelo íon po-tássio modifica o Ecorr da inter-fase e que a presença do oxigê-nio favorece a formação do filmede óxido hidratado passivante.

Emprego de medidas de Ecorr

na caracterização de eletrode-pósitos (pinto, 1998)

Pinto6 estudou o eletrorre-vestimento de substratos metá-licos com tântalo em meios defluoretos fundidos. A caracteri-zação eletroquímica do revesti-mento foi feita por comparaçãode potenciais de corrosão. NaTabela 5 comparam-se os valo-res de Ecorr obtidos no mesmomeio para tântalo maciço e tân-talo eletrodepositado sobre co-bre, com o objetivo de verificar omaior ou menor desempenho doeletrodepósito, quando se varia acomposição do eletrólito.

Efeito da convecção forçadasobre o Ecorr (maciel, 1996)

Maciel7 observou o efeito davelocidade de um eletrodo decilindro rotativo da liga cobre-níquel, 90:10, sobre o Ecorr

quando a liga está imersa emH2SO4 0,5mol/L na ausência epresença de íons Fe(III). Foipossível provar o efeito dotransporte de massa no meca-nismo de oxidação da liga. Naausência de íons Fe(III) o pro-cesso anódico, a oxidação docobre, é controlado por trans-porte de massa, enquanto, emmeio de Fe(III) o processo cató-dico é limitado por transportede massa. Neste trabalho, Ma-ciel adaptou ao cilindro rotati-vo o modelo descrito por Poweret al8, para o eletrodo de discorotativo.

Efeito de um inibidor sobreo deslocamento do Ecorr

(costa, 1987)Costa9 observou o efeito da

frequência de rotação de umeletrodo de disco rotativo decobre e da adição do BTAH nosvalores de Ecorr da interfaceCu/H2SO4 0,5mol.L-1, Fe(III)6,9mol/L: a elevação do Ecorr

com o aumento da frequência,através de uma dependência li-near, é uma indicação de que oprocesso catódico é controladopor transporte de massa, tantona ausência quanto na presença

32 C & P • Novembro/Dezembro • 2011

Meio (% em massa) Tântalo maciço Revestimento Ta/Cu(espessura entre 18 e 25µm)

HNO3 40% 764 ± 15 813 ± 6HNO3 60% 873 ± 10 873 ± 11

TABELA 5 – COMPARAÇÃO ENTRE OS VALORES MÉDIOS DOS ECORR, EM MV VS ECS, OBSERVADOS PARA OSREVESTIMENTOS DE TÂNTALO SOBRE COBRE EM SOLUÇÃO DE ÁCIDO NÍTRICO

Figura 2 – Potencial de circuito aberto para o cobre em meio de H2SO4

0,5mol/L quando se varia a temperatura

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Silvia Maria Leite AgostinhoDoutora em Ciências (Química) pelaUSP. Pesquisadora e Professora Associadado IQ-USP

Ruth Flávia Vera Villamil JaimesDoutora em Ciências (Química) pelaUSP. Consultora na área de corrosão. Pós-doutoranda do Department of Chemistryof University of Victoria, BC Canada.

Luís Gustavo Nunes BarbosaEstudante de Engenharia de Petróleo daEscola Politécnica da USP. Bolsista VillaresMetals.

Contato com os autores:[email protected]

negativos. Pode-se discutir oefeito do fluoreto em modificara condição passivante do óxidode cromo, bem como a açãocomplexante da proteína, favo-recendo a dissolução da liga.

Referências bibliográficas1. custodio, j. v. Viabilidade do

emprego do Benzotriazol (BTAH) e docloreto de dodecilamônio (DAC) comoinibidores de corrosão para o aço-carbo-no em processos de hidrojatemaneto ena composição de tintas à base d´água.2006. 116p. Dissertação deMestrado, Instituto de Química –USP – São Paulo, 2006.

2. villamil, r. f. v. Estudo espectroe-letroquímico do dodecilsulfato de sódiona ausência e presença do benzotriazolnas interfases Cu/H2SO4 e Cu/HCL.2000. 134p. Tese de Doutorado,Instituto de Química–USP–SãoPaulo, 2000.

3. micheli, l. d. e. Estudo compara-tivo da resistência à corrosão por pitesdos aços inoxidáveis auteníticos 254,316 e 304 em meios de cloreto. 1994.Dissertação de Mestrado, Instituto deQuímica – USP – São Paulo, 1994.

4. inada, e. Estudos eletroquímicos “invitro” e “in vivo” da liga níquel-cromo-molibdênio-titânio aplicada emsupraestruturas de implantes orais.2005. 157p. Dissertação de Mestra-do, Faculdade de Odontologia –USP, 2005.

5. almeida, s. h. Estudo da corrosãodo nióbio em meio alcalino. 1987.137p. Dissertação de Mestrado,Instituto de Química – USP – SãoPaulo, 1987.

6. pinto, d. v. b. s. Eletrorrevesti-mento de substratos metálicos com tân-talo em meio de fluoretos fundidos;caracterização física e eletroquímica dosrevestimentos. 1998. 137p.Dissertação de Mestrado, Instituto deQuímica – USP – São Paulo, 1998.

7. maciel, j. m. Construção, caracteri-

de BTAH. A mudança de incli-nação para concentrações maiselevadas de BTAH indica amudança de mecanismo doprocesso. Detalhes sobre osmodelos empregados para des-crever a dependência entre oEcorr e a frequência de rotaçãodo disco se encontram no tra-balho de Power et al8.

Efeito da temperatura no Eca,(villamil, 2000)

A Figura 2 serve para ilustraro efeito da temperatura sobre oEca. Verifica-se, qualitativamen-te, que o mecanismo de evolu-ção do Eca com o tempo nãodepende da temperatura, mas, àmedida que esta se eleva, ospotenciais se tornam mais nega-tivos, um indicativo de que asuperfície do cobre, exposta àsolução de ácido sulfúrico, setorna mais ativa.

Neste experimento pode-sediscutir o efeito da temperaturasobre a presença ou não de óxi-dos protetores.

Medidas de Eca acopladas acurvas de polarização(vieira, 2006)

Os experimentos realizadospor Vieira10 servem para mos-trar a importância de se acoplaro acompanhamento do Eca amedidas de polarização. Foiestudada uma liga odontológi-ca Ni-Cr-Mo-Ti em que semonitorou o potencial emmeio de NaCl 0,15mol/L naausência (branco) e presença deNaF e de albumina bovina(BSA). Empregou-se o mesmoeletrodo e, sem retirá-lo dasolução, foram adicionados osoutros dois componentes naordem indicada no texto.

O monitoramento do Eca

mostrou que o Ecorr pratica-mente retorna ao valor inicialapós a polarização, que os íonsfluoreto deixam a superfíciemais ativa e que a albuminatorna os potenciais ainda mais

zação e emprego de um eletrodo decilindro rotativo no estudo da corrosãoda liga cupro-níquel 90:10. 1996.133p. Tese de Doutorado, Institutode Química – USP – São Paulo,1996.

8. power, g. p. e ritchie, i. m.Eletrochim. Acta, 26, 1976.

9. costa, s. l. f. a. Ação do inibidorbenzotriazol (BTAH) na corrosão docobre por íons Fe (III) em meios deH2SO4 0,5 M e de HCl 1,0 M. 1987.188p. Dissertação de Mestrado,Instituto de Química – USP – SãoPaulo, 1987.

10. vieira, j. c. Estudo de interfaseseletroquímicas envolvendo materiaismetálicos de uso odontológico. 2006.80p. Dissertação de Mestrado, Ins-tituto de Química – USP – SãoPaulo, 2006.

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Opinião

pergunta é natural dian-te de tantas notícias e re-portagens na imprensa

sobre quem está se dando bem,principalmente no Twitter, asensação do momento. E a res-posta parece ser clara: quantomais tempo você demorar paraparticipar das redes sociais, me-nores serão as chances de explo-rar todas estas oportunidades.

Isso explica a correria dasempresas em entrar nessa novaonda. Afinal, é só acompanharalgumas estatísticas: o númerode usuários do Twitter aumen-tou 1600% entre julho de 2008e 2009, sendo que os brasileirossão os que passam mais tempo“tuitando” (cerca de 41,5 mi-nutos por mês de acordo compesquisa da ComScore). Nasempresas, segundo estudo daUniversidade Federal do Rio deJaneiro (NTT/URFJ), 74% dospesquisados planejam partici-par das mídias sociais nos pró-ximos 12 meses. Diante de nú-meros tão promissores, por quenão tentar?

1. Entenda como as mídiassociais funcionam – Comuni-dades, blogs e Twitter possuemuma dinâmica própria, que sósão compreendidas quando sefaz parte delas. Portanto, antesde delegar a tarefa a terceiros, éessencial que você participe pa-ra ter uma noção mais clara so-bre as regras de conduta e for-mas de abordagem mais apro-priadas. Uma das primeiras coi-sas que descobrirá, por expe-

Silvio Tanabe

Como fazer negócios pelo Twitter ?Depende da forma como você atua: sendo um“vendedor chato” ou entendendo de que modo

funcionam as mídias sociais e como as pessoas interagem com esses canais de comunicação

Silvio TanabeConsultor da Magoweb Marketing Digital e Soluções para InternetContato: www.magoweb.com/clinicadigital

riência própria, é porque ninguém nesse meio gosta de vendas diretas.2. Entenda como o seu público-alvo interage – Estude como

seus clientes, consumidores ou prospects participam das mídiassociais. Eles a utilizam para conhecer a opinião de outras pessoassobre o seu produto, para reclamar ou elogiar? Estão interessadosem assuntos profissionais ou pessoais? Quais os sites mais frequen-tados (Orkut, Facebook, Sonico, MySpace, Via6, Linked In, Plaxoetc.). E se não participam, isso ocorre por falta de tempo, interesseou dificuldade em acompanhar estas novidades? O que os motiva-ria a fazer parte de uma rede social?

3. Defina a estratégia – As etapas acima são fundamentais parao passo seguinte, definir a estratégia de atuação, que pode se dar emtrês níveis principais: canais relacionamento (atendimento a recla-mações, esclarecimento de dúvidas, interação com clientes e consu-midores), comunicação (divulgação de lançamentos ou atualizaçõesde produtos, informações práticas) ou campanhas de fidelização(promoções exclusivas para quem participa ou segue em suas comu-nidades, blogs ou Twitter). Independente da escolha, é essencialatuar de forma integrada a outras iniciativas de marketing utiliza-das pela empresa, sejam online (website, e-mail marketing, linkspatrocinados, banners) ou offline (anúncios, mala direta, assessoriade imprensa etc.).

4. Crie um diferencial – Só participar não é o bastante. É pre-ciso participar de forma diferenciada. Seja por meio de conteúdoexclusivo, promoções especiais ou atendimento personalizado. É amelhor maneira de conquistar atenção, fidelidade do público e,principalmente, fazer com que as suas iniciativas sejam divulgadaspelos próprios participantes por meio do boca a boca.

5. Tenha objetivos claros e mensure os resultados – Uma dasgrandes vantagens do marketing digital é dispor de recursos quepermitem mensurar os resultados das mais diversas formas. Use issoa seu favor, estabelecendo objetivos e metas claros para cada mídiasocial. Uma dica para facilitar a tarefa é canalizar as ações dasmídias sociais no site da empresa. Por exemplo, em uma promoçãopelo Twitter, faça com que os internautas tenham de visitar o sitepara conhecer as regras ou os prêmios.

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ADVANCE TINTAS E VERNIZES LTDA.www.advancetintas.com.br

AKZO NOBEL LTDA - DIVISÃO COATINGSwww.international-pc.com/pc/

ALCLARE REVEST. E PINTURAS LTDA.www.alclare.com.br

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COMÉRCIO E INDÚSTRIA REFIATE LTDA.www.vpci.com.br

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C & Q CONSULTORIA E TREINAMENTOwww.ceqtreinamento.com.br

DEPRAN MANUTENÇÃO INDUSTRIAL LTDA.www.depran.com.br

DETEN QUÍMICA S/Awww.deten.com.br

DOERKEN DO BRASIL ANTI-CORROSIVOS LTDA.www.doerken-mks.de

DUPONT DO BRASIL S/Awww.dupont.com.br

DUROTEC INDUSTRIAL LTDA.www.durotec.com.br

ELETRONUCLEAR S/Awww.eletronuclear.gov.br

EGD ENGENHARIAwww.engedutoengenharia.com.br

EQUILAM INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.www.equilam.com.br

FIRST FISCHER PROTEÇÃO CATÓDICAwww.firstfischer.com.br

FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S/Awww.furnas.com.br

GAIATEC COM. E SERV. DE AUTOM. DO BRASIL LTDA.www.gaiatecsistemas.com.br

G P NIQUEL DURO LTDA.www.grupogp.com.br

HARCO DO BRASIL IMP. E EXP.www.harcobrasil.com

HENKEL LTDA.www.henkel.com.br

HITA COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA.www.hita.com.br

IEC INSTALAÇÕES E ENGª DE CORROSÃO LTDA.www.iecengenharia.com.br

INSPEC NORPROJET INSP., CONSULT. E PROJ. LTDA.www.inspec.com.br

INSTITUTO PRESBITERIANO MACKENZIEwww.mackenzie.com.br

INT – INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIAwww.int.gov.br

JOTUN BRASIL IMP. EXP. E IND. DE TINTAS LTDA.www.jotun.com

JPI REVESTIMENTOS ANTICORROSIVOSwww.polyspray.com.br

MANGELS INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.www.mangels.com.br

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MORKEN BRA. COM. E SERV. DE DUTOS E INST. LTDA.www.morkenbrasil.com.br

MTT ASELCO AUTOMAÇÃO LTDA.www.aselco.com.br

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NALCO BRASIL LTDA.www.nalco.com.br

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PETROBRAS S/A - CENPESwww.petrobras.com.br

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PINTURAS YPIRANGAwww.pinturasypiranga.com.br

PPG IND. DO BRASIL TINTAS E VERNIZESwww.ppgpmc.com.br

PPL MANUTENÇÃO E SERVIÇOS LTDA.www.pplmanutencao.com.br

PROMAR TRATAMENTO ANTICORROSIVO LTDA. www.promarpintura.com.br

QUÍMICA INDUSTRIAL UNIÃO LTDA.www.tintasjumbo.com.br

RENNER HERMANN S/Awww.rennermm.com.br

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ROXAR DO BRASIL LTDA.www.roxar.com

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VCI BRASIL IND. E COM. DE EMBALAGENS LTDA.www.vcibrasil.com.br

WEG INDÚSTRIAS S/A - QUIMICAwww.weg.com.br

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A ABRACO espera estreitar ainda mais as parcerias com as empresas, para que os avanços tecnológicos e o estudo da corrosão sejamcompartilhados com a comunidade técnico-empresarial do setor. Traga também sua empresa para nosso quadro de associadas.

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