Transporte inter e intra hospitalar

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Transporte do Paciente Crítico 27/07/2016

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Transporte do Paciente Crítico

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§ 1º Paciente crítico/grave é aquele que se encontra em risco iminente de perder a vida ou função de órgão/sistema do corpo humano, bem como aquele em frágil condição clínica decorrente de trauma ou outras condições relacionadas a processos que requeiram cuidado imediato clínico, cirúrgico, gineco-obstétrico ou em saúde mental

§ 2º Assistência qualificada é a assistência prestada por profissionais de saúde capacitados ao pleno exercício dos protocolos clínicos firmados para o funcionamento adequado da SE.

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SEGURANÇA

Considera-se o transporte seguro quando:

A equipe multidisciplinar responsável pelo

paciente sabe quando fazê-lo e como realizá-lo, ou

seja, deve haver indicação para o deslocamento e,

principalmente, planejamento para fazê-lo.

Se assegura a integridade do paciente, evitando o

agravamento de seu quadro clínico.

Há treinamento adequado da equipe envolvida,

desenvolvendo habilidade no procedimento.

Há uma rotina operacional para realizá-lo.

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São consideradas contraindicações

para o transporte de pacientes:

Incapacidade de manter oxigenação e ventilação adequadas durante o

transporte ou durante a permanência no setor de destino.

Incapacidade de manter performance hemodinâmica durante o transporte

ou durante a permanência no setor de destino pelo tempo necessário.

Incapacidade de monitorar o estado cardiorrespiratório durante o

transporte ou durante a permanência no setor de destino pelo tempo

necessário.

Incapacidade de controlar a via aérea durante o transporte ou durante a

permanência no setor de destino pelo tempo necessário.

Número insuficiente de profissionais treinados para manter as condições

acima descritas, durante o transporte ou durante a permanência no setor

de destino (p. ex. Médico, Enfermeiro, Fisioterapeuta, entre outros).

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Equipamentos e Material

Espaço disponível

Pessoal: número e qualificação

Instabilidade: balanço, (des) aceleração

Ruído: comunicação

Trajeto do Transporte

Passagem de leitos

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Coordenação antes do transporte:

Contato prévio com o receptor do setor.

Informações detalhadas do paciente.

Monitorização e Equipamentos.

Distância, Tempo e Condições.

Meios de Transporte (maca, leito, etc.)

Pessoal Qualificado. 27/07/2016

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Profissionais com o paciente

Mínimo de 2 profissionais.

Treinamento em reanimação e emergências.

Conhecimento e discussão das alternativas - planejamento conjunto.

Proteção profissional.

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Protocolo de Transporte

Identificação

História Clínica - Exame Físico - Diagnóstico

Escalas - Coma

Medicações - Doses - Respostas

Equipamentos conectados

Fixação do paciente: cintos

Observações Importantes

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Oximetria de pulso

ECG - Freqüência Cardíaca

Pressão arterial não-invasiva

Estetoscópio

Pulso

Pressão nas vias aéreas

Freqüência ventilatória

Volume expirado

EtCO2

Temperatura *

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Pressão arterial

contínua

Pressão venosa central

Pressão da

artéria pulmona

r

Pressão Intracran

iana

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Verificar a relação de drogas necessárias.

Evitar a troca durante o transporte.

Preparo, diluição, identificação.

Racionalizar os fluídos durante o transporte.

Bombas de infusão:

• verificar as baterias

• preferir as de seringas (múltiplas)

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Obesidade

Trauma múltiplo

Colar cervical

Fraturas: fixação - dor

Prematuro - baixo peso

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Terrestre (ambulância)

Aéreo (helicóptero ou avião)

Aquático (ambulanchas)

Modos de transportes Intra Hospitalar

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Terrestre /Ambulâncias

Mais difundido e mais barato

Distâncias inferiores a 60 Km (até 150 Km)

Limitado pelas condições de tráfego e metereológicas

Motorista = socorrista

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CINCO TIPOS DE TRANSFERÊNCIA INTER-HOSPITALAR

Transferência, sem retorno do paciente, para fora da área de tratamento intensivo (CTI,Centro Cirúrgico e Sala de Recuperação Pós-Anestésica):

•envolve a transferência dos pacientes com alta médica da sala de recuperação de “alta da unidade”; portanto, assume-se a responsabilidade de que o quadro clínico está estável

•Conseqüentemente, seu transporte será de pequeno risco. Normalmente, não é necessária a presença de médico neste tipo de transporte, porém a maioria dos hospitais,por recomendação do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), exige a presença de pelo menos um técnico de enfermagem durante o trajeto.

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CINCO TIPOS DE TRANSFERÊNCIA INTER-HOSPITALAR

2. Transferência em um único sentido de um paciente para uma área de cuidados intensivos:

• envolve o transporte de pacientes da sala de emergência (clínica ou de trauma) ou enfermaria para a UTI ou para o Centro Cirúrgico.

• Deve sempre ter o acompanhamento médico, e ser realizado, idealmente, após ressuscitação inicial e estabilização do paciente, a menos que haja risco iminente de vida.

• Os cuidados serão, dentro do possível, uma extensão dos cuidados iniciais: suporte ventilatório, hemodinâmico e avançado de vida.

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CINCO TIPOS DE TRANSFERÊNCIA INTER-HOSPITALAR

3. Transferência da UTI para o Centro Cirúrgico, com

retorno à UTI:

1. a necessidade de intervenções cirúrgicas em

qualquer segmento do corpo torna necessário o

transporte do paciente crítico, mantendo o

mesmo nível de cuidados no trajeto e dentro do

Centro Cirúrgico.

2. Alguns procedimentos cirúrgicos podem ser

realizados à beira do leito, dentro da UTI, mas

estes só estão indicados se a equipe assumir

que o risco do transporte é maior que o deles.

3. Neste tipo de transporte há a necessidade da

presença do médico, porém não há nada

redigido que indique qual profissional,

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CINCO TIPOS DE TRANSFERÊNCIA INTER-HOSPITALAR

4. Transferência do CTI para áreas não-CTI e retorno do

paciente de volta ao CTI:

1.envolve as transferências para áreas onde são realizados

procedimentos diagnósticos ou terapêuticos não-cirúrgicos.

2. Neste caso, o paciente pode ausentar-se por períodos

prolongados de tempo e, principalmente, permanecer em

unidades onde não há pessoal treinado, então, todo aparato

de equipamentos devem ser levados junto com o paciente, o

que torna este deslocamento o de maior complexidade

logística.

5. Transferência não-crítica:

1. são incluídos aqui os deslocamentos não-emergenciais e

rotineiros, inclusive o de pacientes a serem submetidos a

cirurgias eletivas, da unidade de internação ao centro

cirúrgico.

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Alguns incidentes que podem acontecer durante o transporte

- Extubação

- Desconexão do monitor

- Falha do monitor

- Infiltração da venóclise

- Desconexão das drogas em infusão

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O risco pode ser minimizado:

- Planejamento cuidadoso

- Qualificação de pessoal

- Seleção de equipamentos adequados

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Pla

ne

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açã

o

A- PRATELEIRA SUPERIOR

02 - CAPAS PARA CHUVA

01 - KIT DE PEQUENA CIRURGIA

01 - KIT DE PARTO

03 - COLAR ARTESANAL INFANTIL

03 - COLAR ARTESANAL ADULTO

B - SUPORTE

04 - COLAR CERVICAL PP / P / M / G

C - ARMÁRIO

01 - CIRCUITO INFANTIL (TAKAOKA)

01 - KIT SNG

01 - KIT SVD

01 - KIT RESPIRATÓRIO

01 - BIO KIT (dreno e coletor) nº 34 e 36 (de cada)

01 - POTE GRANDE PARA ALGODÃO

D - PAREDE

01- POTE COM ALGODÃO

01- PINCETA COM ÁLCOOL 70%

01- PINCETA COM POVIDINE

01- CATÉTER TIPO ÓCULOS G - PISO

01- LÁTEX 01- EXTINTOR DE CO²/PÓ (de cada)

01- FLUXÔMETRO COM UMIDIFICADOR 01- OXIGÊNIO DE TRANSPORTE

01- VIDRO ASPIRADOR (OXIGÊNIO) 01- MACA COM COLCHÃO

E - CILINDROS 03- CONE

02- OXIGÊNIO 3M³ COM MANÔMETRO H- INTERIOR DO BANCO

01- AR COMPRIMIDO 3M³ C/ MANÔMETRO 05- TALAS MMSS e MMII

01- EXTENSÃO LONGA PARA OXIGÊNIO 01- ROLO DE LENÇOL DESCARTÁVEL

01- EXTENSÃO LONGA P/ AR COMPRIMIDO 03- SACOS PARA LIXO HOSPITALAR

01- CX. PÉRFURO-CORTANTE COM SUPORTE 01- TELE-ELETRO C/ APAR. CELULAR

F - PRATELEIRA INFERIOR 01- DEA e LANTERNA (de cada)

06- COMPRESSA CIRÚRGICA I- LATERAL DO BALCÃO

20- PACOTE DE GAZES 01- CADEIRA DE RODAS

03- LÁTEX 01- PRANCHA INFANTIL COM:

06- ATADADURA DE CREPE (de cada) 10,15,20,30cm

03- TIRANTES J- PORTA PRANCHA

A

B

C

D

E

F I

L

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Check-list diário Secretaria de Saúde

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

CHECK LIST DE MATERIAIS (UNIDADE AVANÇADA)

USA:________ - MÊS/ANO:____________/________- TURNO:_______________

prateleira superior Qtd 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

capa para chuva 2

kit de pequena cirurgia 1

kit de parto 1

colar artesanal infantil 3

colar artesanal adulto 3

suporte Qtd

colar cervical PP 1

colar cervical P 1

colar cervical M 1

colar cervical G 1

armário Qtd

circuito infantil (TAKAOKA) 1

kit de SNG 1

kit de SVD 1

kit respiratório 1 bio kit (dreno + coletor) nº 34, 36 (de

cada) 1

pote grande para algodão 1

prateleira inferior Qtd

compressa cirurgica 6

compressas de gaze 20

látex 3 atadura de crepe (de cada) 10, 15, 20,

30cm 6

SF 0,9% / SG 5% / SRL 500 ml (de cada) 4

água destilada 500 ml 2

equipos macro-gotas 5

equipos micro-gotas 3

equipo med-med 1 27/07/2016

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Qualificação de pessoal

- Uso de protocolos

- Novas rotinas

- Simulações

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Equipamentos adequados

Suportem trepidação

Robustez

Manutenção periódica

Funcionalidade

Portabilidade

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Remoções entre Unidades Protocolo com Check-List

Antes da Remoção

No local de origem

Na viatura durante o transporte

No local de destino

Remoções adulto, pediátrica, obstétrica

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1. Revisar a viatura através de instrumento de verificação (check-list)

2. Certificar-se do funcionamento dos equipamentos (testar respirador, desfibrilador, oxímetro, material de intubação etc)

3. Anotar dados da solicitação junto a central de regulação quanto ao transporte: local de origem e destino; setor onde o paciente se encontra; nome do paciente; idade; patologia; senha oferecida pela central de leitos/partos (se for o caso); nome do solicitante.

ANTES DA REMOÇÃO

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NO LOCAL DE ORIGEM

1. Identificar-se ao médico solicitante

2. Identificar-se ao paciente e familiares e explicar o procedimento

3. Verificar os SSVV

4. Se em uso de via parenteral, certificar-se de sua permeabilidade, mantendo vazão de drogas em infusão contínua se for o caso

5. Se em uso de O2 suplementar, providenciar torpedo de oxigênio para manutenção da terapia. Se o paciente estiver intubado, aspirar vias aéreas , se necessário, antes do transporte, certificar-se da insuflação do cuff, fixação satisfatória e posionamento correto do tubo orotraqueal

6. Transferir o paciente para a maca da viatura usando técnica em bloco (se trauma anterior) e fixá-lo a maca através de cintos

7. Indagar à equipe médica solicitante se há alguma recomendação para o transporte e solicitar o resumo de encaminhamento com senha (se for o caso)

8. Solicitar o acompanhamento de um familiar com documentação do paciente.

9. Cabe ao médico verificar estabilidade necessária do paciente para o transporte.

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NA VIATURA DURANTE O

TRANSPORTE 1. Instalar monitorização cardíaca contínua e oximetria de

pulso

2. Verificar SSVV a cada 10 e minutos ou conforme a necessidade

3. Manter-se ao lado do paciente, avaliando-o constantemente

4. Manter terapêutica anterior ( instalar respirador ou outro suplemento de oxigênio, vazão de drogas etc)

5. Manter decúbito adequado

6. Aspirar vias aéreas quando necessário

7. Cabe ao médico que acompanha o transporte solicitar interrupção do transporte para estabilizar o paciente em intercorrências

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NO LOCAL DE DESTINO

1. Manter terapêutica adequada para a transferência

2. Encaminhar o familiar para a abertura de ficha/prontuário do paciente, munido de documentação

3. Encaminhar-se para o setor de destino

4. Entregar encaminhamento e senha a equipe médica

5. Relatar qualquer intercorrência durante o transporte

6. Solicitar ao médico receptor assinatura na ficha de atendimento

7. Relatar qualquer intercorrência na ficha de atendimento

8. Comunicar a central de regulação conclusão da remoção

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CONCLUSÃO

Atividade complexa em expansão no nosso meio

Realizar sempre planejamento prévio

Feito de modo consciente e científico

Incorporar novas tecnologias

Antecipar erros

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Obrigada !

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