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Transplantes que salvam vidas O Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) é responsável por um dos serviços de alta complexidade mais impor- tantes na Rede Hospitalar Federal: o transplante de órgãos. Implantado há 28 anos, o Programa de Trans- plantes de Rim e já realizou mais de mil cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que beneficiaram muitos pacientes renais crônicos. Outro serviço bem sucedido na unidade é o Programa de Transplantes de Fígado, que funciona há quase oito Hospital Federal de Bonsucesso mantém importante programa de transplantes de rim e de fígado, referência no cenário nacional da saúde pública anos, realizando o procedimento capaz de salvar a vida de várias pessoas, como a da pequena Nathalia Racca, de nove anos, primeira paciente de transplante hepático da unidade, realizado em 2002. Os programas desenvolvidos pelo HFB envolvem mais de 100 profissionais, entre médicos, enfermeiros, auxilia- res administrativos e assistentes sociais. O trabalho das equipes médicas é reconhecido no exterior. Saiba mais na página 3 Ação humanitária no Haiti Servidores do Ministério da Saúde são voluntários para missão no país caribenho. Página 4 Campanha de doação de sangue Participação dos funcionários é fundamental para ajudar a repor os estoques. Página 4 Edição 3 – Fevereiro 2010 Foto: Rogério Resende

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Transplantes que salvam vidas

O Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) é responsável por um dos serviços de alta complexidade mais impor-tantes na Rede Hospitalar Federal: o transplante de órgãos. Implantado há 28 anos, o Programa de Trans-plantes de Rim e já realizou mais de mil cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que beneficiaram muitos pacientes renais crônicos.Outro serviço bem sucedido na unidade é o Programa de Transplantes de Fígado, que funciona há quase oito

Hospital Federal de Bonsucesso mantém importante programa de transplantes de rim e de fígado, referência no cenário nacional da saúde pública

anos, realizando o procedimento capaz de salvar a vida de várias pessoas, como a da pequena Nathalia Racca, de nove anos, primeira paciente de transplante hepático da unidade, realizado em 2002.Os programas desenvolvidos pelo HFB envolvem mais de 100 profissionais, entre médicos, enfermeiros, auxilia-res administrativos e assistentes sociais. O trabalho das equipes médicas é reconhecido no exterior.Saiba mais na página 3

Ação humanitária no Haiti

Servidores do Ministério da Saúde são voluntários para missão no país caribenho. Página 4

Campanha de doação de sangue

Participação dos funcionários é fundamental para ajudar a repor os estoques. Página 4

Ação de solidariedadeAdesão do servidor na doação de sangue é fundamental para manter os estoques da rede

Edição 3 – Fevereiro 2010

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Luta contra Aids ganha novos aliados

A Rede Hospitalar Federal no Rio é a mais nova parceira do Projeto “Quero Fazer”, programa de testagem anti-HIV mantido pela Ong Pact Brasil (de origem americana) e o Grupo Arco-Íris. A iniciativa oferece testes rápidos e gratui-tos para detectar o vírus HIV no público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexu-ais e transgêneros). Os exames são realizados as quartas, quintas e sextas, das 16 às 22h, na sede do Grupo Arco-Íris, na Rua do Senado, n º 230, Centro. As pessoas diagnosticadas com o vírus serão encaminhadas as unidades da Rede Hospitalar Federal para tratamento ambulatorial.

Ouvidorias divulgam balanço de 2009

A Ouvidoria do Departamento de Gestão Hospitalar apresentou o balanço do atendimento nos seis hospitais federais em 2009. O resultado apontou aumento na resolução das solicitações e queda sensível no tempo de resposta em todas as unidades. De janeiro a dezembro, foram registradas 9.460 solicitações, com 80% delas solucionadas em até 24 horas. As seis ouvidorias re-gistraram ainda 478 elogios, um aumento de 6% em relação a 2008. A procura pelo serviço também aumentou em 7%. “Os dados revelam que, além de estimular a cidadania, as ouvidorias confirmam sua credibilidade”, afirma Cláudia Le Cocq, respon-sável pelas ouvidorias da rede.

Dieta especial para pacientes no Lagoa

Pacientes em tratamento infusional (aplicação de medicamen-tos por via endovenosa), que passam mais de quatro horas em quimioterapia, contam com um serviço de nutrição diferencia-do no Hospital Federal da Lagoa. Eles recebem kits de lanches com frutas, sanduíches, bebidas lácteas, entre outros alimen-tos tolerados por pessoas recém-tratadas. O objetivo da equipe de nutrição é fazer com que os pacientes evitem o jejum nas horas seguintes à quimioterapia, prevenindo intercorrências. A partir deste mês, as crianças receberão kits personalizados com embalagens coloridas, alimentos especiais e até picolés.

É comum as pessoas se sentirem mais indispostas para comer durante o verão. O organismo sofre diversas alterações que influenciam os hábitos ali-mentares, como o aumento da transpiração corpo-ral, que regula a temperatura do corpo. Além disso, a digestão se torna mais lenta e ocorre diminuição do metabolismo basal – queima calórica necessária

para o funcionamento dos órgãos durante o repouso.

O cuidado com a hidratação também é muito importante nesta época do ano. Isso porque o organismo perde água e sais minerais pelo suor. Assim, a ingestão de líquidos deve ser frequente durante todo o dia, an-tes mesmo que a sede apareça, já que essa sensação pode ser um sinal

de desidratação. Durante o verão, procure se alimentar com pequenas quantidades, várias vezes ao dia. É fundamental não omitir refeições, que devem ser leves e de fácil digestão. Evite alimentos gordurosos e muito condimentados, além de carnes gordas, queijos amarelos, frituras, molhos à base de creme de leite e maionese. Dê preferência para as frutas, ver-duras, legumes, cereais e pães integrais, carnes magras, queijos brancos e sobremesas à base de frutas. Outra dica é não consumir alimentos pe-recíveis, expostos no ambiente, já que as altas temperaturas favorecem a proliferação de microrganismos.

Saiba +

2 + Saúde Fevereiro 2010

Recadastramento de aposentados e pensionistas

O servidor aposentado ou pensionista deve anualmente, e sem-pre no mês do seu aniversário, fazer o recadastramento junto ao Ministério da Saúde. A medida serve para atualizar dados ca-dastrais. Para isto, é necessário o comparecimento a uma das unidades do Ministério no estado do Rio de Janeiro para a apre-sentação de identidade, CPF, título de eleitor (para pessoas com menos de 70 anos) e comprovante de residência atual, em caso de alteração de endereço. Quem não tem condições de compa-recer pessoalmente deve solicitar o atendimento domiciliar pelo telefone (21) 2262-5520. Se o recadastramento não for realizado em até dois meses após a data limite, o benefício será cancelado.

Saúde do Trabalhador realiza combate à hanseníase

O Núcleo Estadual do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro aca-ba de im- plementar o Programa de Atenção à Saúde do Tra-

balhador para desenvolver atividades e serviços de psicologia, assistência social, enfermagem e medi-cina do trabalho. Voltado aos servidores e colabo-radores lotados na sede, o programa já realizou sua primeira ação preventiva: a conscientização pelo Dia Mundial do Combate à Hanseníase, em 31 de janeiro. Na ocasião, uma equipe multiprofissional distribuiu folders e informa-tivos alertando sobre os principais sintomas da doença. O programa conta com o apoio do grupo Geração Saúde e do Departamen-

to de Gestão Hospitalar.

Ipanema recebe Serviço de Atendimento Domiciliar

Criado em 2006, o Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD) será implantado em fevereiro no Hospital Federal de Ipanema (HFI) – única das seis unidades da Rede Federal no Rio a não contar com o trabalho assistencial. Dois servidores (uma enfermeira e um auxiliar de enfermagem) passam pelos últimos estágios do treinamento. A primeira ação desses profissionais será traçar o perfil dos pacientes internados no HFI e detectar quais podem ser incluídos no programa. O SAD atende em casa usuários da rede que recebem cuidados médicos mesmo após alta hospitalar. Em 2009, fez mais de 22 mil visitas domiciliares.

Maria Angélica Leo Pardo Berzon, chefe do setor de nutrição do Hospital Federal da Lagoa

Palavra de Especialista

Alimentos leves e líquidos evitam riscos à saúde no verão

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Novas técnicas em transplantes contribuem para a qualidade de vida de pacientesProgramas do Sistema Único de Saúde ganham destaque no Brasil e no exterior

Nathalia Racca tem nove anos, está no quarto ano da escola, gosta de brincar e de ver televisão. Sua infância é igual a de muitas crianças de sua idade, graças ao transplante de fígado que fez em setembro de 2002, quando ainda não tinha com-pletado dois anos. Ela foi a primeira paciente a fazer esse tipo de procedimento no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), que hoje mantém um dos mais importantes programas de transplante de fígado do país. “Minha filha praticamente não tinha vida antes da cirurgia. Com apenas um mês de nascida, ela foi internada e a nossa rotina era de idas e vindas aos hos-pitais. Hoje ela tem uma infância ótima. É uma criança muito alegre e saudável”, explica Kátia Racca, mãe de Nathalia.

O cirurgião Lúcio Pacheco, chefe do Serviço de Cirurgia He-patobiliar e do Transplante Hepático do HFB, explica com orgulho que o trabalho requer muita dedicação e compro-metimento da equipe. “Trabalhamos com uma escala de so-breaviso, já que podemos ser chamados para uma cirurgia mesmo não estando dentro do hospital. O médico que vai captar o órgão deve realizar o procedimento em até duas horas após ser chamado e o que fará o transplante deve chegar ao hospital entre quatro e seis horas depois do avi-so”, explica Pacheco.

O HFB ocupa o segundo lugar no país em número de trans-plantes de fígado intervivos, com um total de 130 transplan-tes realizados com doadores vivos. Além disso, o programa

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Nathalia Racca: vida normal após o transplante de fígado no HFB

tem repercussão internacional, com cerca de 20 trabalhos publicados em revistas científicas e participação em diversos protocolos de pesquisas mundiais. Outro destaque do hospi-tal é o Programa de Transplantes de Rins, que já contabiliza o total de 1.627 transplantes realizados até janeiro de 2010.

A unidade também é pioneira na rede pública do estado, com técnicas inéditas que contribuem para agilizar a fila de espe-ra. Uma delas é o Transplante Renal em Bloco, realizado em 2005, cujo método consiste na retirada de dois rins de um doador pediátrico falecido e implante em um receptor adulto. A segunda é o Transplante de Rim Intervivos por Videolapa-roscopia, modalidade mais moderna realizada por meio de pequenas incisões no abdômen do doador. O primeiro proce-dimento desse tipo foi feito em dezembro de 2009.

Chefe do Serviço de Nefrologia do HFB, a médica Deise de Boni Monteiro de Carvalho afirma que a relação entre mé-dico e paciente transplantado é muito intensa. “As pessoas que passam por transplantes são nossos pacientes por muito tempo. Fazemos o acompanhamento pleno da recuperação e da retomada dos hábitos normais da vida deles, que sempre nos procuram, mesmo que tenham algum problema de saúde sem relação com a cirurgia. Fica estabelecida uma forte rela-ção de confiança”, relata.

No Brasil, o índice de doadores de órgãos é de apenas oito pes-soas por milhão de habitantes, enquanto, na Espanha, esse ín-dice é quatro vezes maior. Para aumentar esse número e salvar novas vidas, o Ministério da Saúde desenvolve uma campanha de conscientização a respeito da doação de órgãos. Intitulada “Doe vida”, a iniciativa busca estimular um hábito muito sau-dável — e por vezes esquecido — que é a conversa entre pais e filhos, maridos e esposas, sobre a vontade de ser doador. Para conhecer a campanha, acesse www.doevida.com.br.

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Lúcio Pacheco e Deise Monteiro de Carvalho, chefes das equipes de transplantes

Alimentos leves e líquidos evitam riscos à saúde no verão

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Voluntários para o HaitiRede Hospitalar Federal se mobiliza para o socorro às vítimas do terremoto

Voluntários do Grupo Hospitalar Conceição estão no HaitiDentro da ação humanitária organizada pelo Ministério da Saúde em prol das vítimas do terremoto no Haiti, a Rede Hospitalar Federal no Rio de Janeiro mobilizou profissionais de saúde e enviou insumos para ajudar o país devastado.

O Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, registrou o maior número de inscrições de voluntários entre as seis unidades da Rede. Cerca de 200 profissionais do hospital (enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, assistentes sociais e auxiliares administrativos) se co-locaram à disposição para participar da missão.

Médico com especialidade em emergência e terapia intensiva, o diretor do Cardoso Fontes, Paulo Roberto Fernandes, explica

Ação de solidariedadeAdesão do servidor na doação de sangue é fundamental para manter os estoques da rede

Doação e solidariedade são características inerentes aos profis-sionais de Saúde. Por isso, a importância da participação dos funcionários nas campanhas de doação de sangue para aumen-tar os estoques dos hospitais federais. A demanda por trans-fusões é crescente em grandes feriados, como o carnaval, e atende a vítimas de acidentes de trânsito ou baleados, além de pacientes que passam por cirurgias de alta complexidade, como nas áreas vascular e cardíaca e até para transplantes. Fazer a doação, ato solidário que salva vidas, é simples. Basta apresentar o documento oficial de identidade com foto, estar bem de saúde, ter entre 18 e 65 anos e pesar mais de 50 qui-los. As mulheres que estiverem grávidas ou amamentando não poderão doar sangue. A pessoa não precisa necessariamente estar em jejum, mas não deve consumir alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação.

O diretor da Rede Hospitalar Federal, Oscar Berro, explica a im-portância da participação dos servidores na doação de sangue. “É um ato de solidariedade que muitos só lembram em momen-tos emergenciais. O importante é reforçar a ideia e concientizar as pessoas para doarem pelo menos duas vezes por ano. Fazer o bem, sem olhar a quem”, finaliza.

Campanha

Missão humanitária

4 + Saúde Fevereiro 2010

Expediente | O +Saúde é uma publicação mensal da Assessoria de Comunicação do Ministério da Saúde

Conteúdo | Redação: Adriano Schimit , Arthur Vainfas, Ana Paula Gama, Daiana Ribeiro, Danielle Fernandes, João Borges, Liliane Mafort, Geiza Araújo, Thaís Borges ,Thaís Martinelli e Verônica Mondarto Foto: Ana Paula Gama, Bruno de Lima e Rogério Resende | Edição: Franco Thomé, Liliane Mafort, Mariana Oliveira, Maria Beatriz Fafiães e Mônica Pettinelli Projeto gráfico: Jan Athayde | Diagramação: Jan Athayde e Antônio Souza | Tiragem: 25 mil exemplares | Envie comentários e sugestões para [email protected]

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Hospital Federal de BonsucessoAv. Londres, 616, Prédio 4, Térreo, Bonsucesso Coleta de segunda a sexta, das 7h30m às 12hTel: (21) 3977- 9576

Hospital Federal dos Servidores Rua Sacadura Cabral, 178, Térreo, Saúde Coleta de segunda a sexta, das 7h30m às 12h30m Tel: (21) 2291- 3131 - ramal 3287

Hospital Federal Cardoso FontesAvenida Menezes Cortes, 3.245, JacarepaguáColeta de segunda a sexta, das 7h30m às 12hTel: (21) 2425-2255 - ramal 260

Serviços de Hemoterapia na Rede Hospitalar Federal

Grupo de voluntários do Hospital Federal Cardoso Fontes para a missão ao Haiti

Onze profissionais, entre médicos e enfermeiros, do Grupo Hospi-talar Conceição, da Rede Federal em Porto Alegre, foram os pri-meiros voluntários do Ministério da Saúde a participar do apoio internacional ao país caribenho. O grupo foi selecionado entre 400 inscritos e prestará atendimento aos feridos do terremoto, atuando no mínimo um mês, no navio-hospital italiano Cavour. Precursor para os próximos voluntários, a equipe gaúcha esteve no Departamento de Gestão Hospitalar no Rio de Janeiro para os preparativos finais antes do embarque. O navio partiu de Fortaleza – com militares brasileiros, italianos e outros voluntários – rumo a Porto Príncipe, capital do Haiti, no dia 29 de janeiro.

que o profissional deve estar muito bem preparado para traba-lhar num cenário de tragédia. “Vamos avaliar quem está real-mente apto. Alguns profissionais não aguentariam o estresse de ver tanta destruição”, diz.

O Ministério da Saúde cadastra voluntários pelo endereço eletrôni-co http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_apli-cacao=3647. O Brasil já enviou toneladas de produtos de saúde para atendimento à população haitiana. Somente a Rede Hospita-lar Federal no Rio reuniu 12 toneladas de insumos e medicamentos. As instituições ou pessoas interessadas em doar devem se cadas-trar em http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=3646 e aguardar a comunicação do Ministério.