Transferência de Massa no Sistema Ar-Água (pdf)
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TRANSFERÊNCIA DE MASSA TRANSFERÊNCIA DE MASSA NO SISTEMA ARNO SISTEMA AR--ÁÁGUAGUA
André
Gonçalves
CEEQCentro de Estudos de Engenharia Química
Vera Korchevnyuk
Cecílio
Vieira
ORIENTAÇÃO:
Prof. Jaime PunaJulho 2011
Lab. Tecnologia Química do ISEL
OBJECTIVOS:OBJECTIVOS:
1º) - Observar os fenómenos de transferência de massa e de calor no sistema ar-água que ocorrem numa coluna de paredes molhadas e, interpretar a leitura de um diagrama psicrométrico.
2º) – Determinar parâmetros termodinâmicos associados ao sistema ar - vapor de água, nomeadamente, humidade, calor húmido, volume húmido e entalpia.
Figura 2: Coluna de Paredes
Molhadas
Figura 1: Pormenor da base da coluna de
paredes molhadas, com a saída da água
INTRODUINTRODUÇÇÃO TEÃO TEÓÓRICA: RICA: A coluna de paredes molhadas, em vidro, existente no Lab. de Tecnologia Química, opera em modo de contra-corrente, onde, a água entra pelo topo desta, sendo conduzida junto às paredes da referida coluna, saindo a uma temperatura inferior.
Por outro lado, na base da coluna, circula em sentido ascendente, ar comprimido, praticamente seco, saindo do topo da coluna, com maior temperatura e, significativamente, com bastante mais humidade.
A altura e o diâmetro da coluna foram construídos com o intuito de maximizar o tempo de contacto entre a água e o ar, de modo a tornar mais significativa, a transferência de massa da água que se evapora, para a atmosfera.
A determinação dos restantes parâmetros de caracterização do ar (humidade absoluta (W), humidade de saturação (Ws), temperatura do termómetro húmido (Tw), ponto de orvalho (To), pressão de vapor da água (Pv H2O), calor específico (Cs), volume específico do ar seco (Vs), saturado (Vas) e húmido (Vh)), são obtidos, com recurso a um diagrama psicrométrico, com base na leitura da temperatura do termómetro seco (Ts) e da humidade relativa (Wr). A percentagem de humidade (Wp) é calculada através de W/Ws x 100, tal como a entalpia do ar, em função de Ts e de W.
PARTE EXPERIMENTAL: Realizaram-se diversos ensaios para determinação dos parâmetros anteriormente referidos, em função da temperatura da água que circula na coluna e, para cada valor desta grandeza, variou-se o caudal volumétrico de ar. As condições operatórias da coluna de paredes molhadas foram as seguintes:
Figura 5: Figura 6: Figura 7:
Qv ar (dm3.min.-1)
T H2O (ºC) = 30ºC T H2O (ºC) = 40ºC T H2O (ºC) = 50ºC
15 ���� ���� ����
30 ���� ���� ����
50 ���� ���� ����
80 ���� ���� ����
Figura 3: Tubagens para
transporte de ar na instalação
pneumática.
Figuras 3, 4 e 5 (da esq. para a dir.):
Pormenor da coluna de paredes molhadas
(ao centro e no topo, com a saída do ar) e,
imagem do compressor.
Figura 6: Banho termostatizado, com
controlador de temperatura e recirculação
de água, na coluna.
DIAGRAMA PSICROMÉTRICO(Carta de Humidades)
RESULTADOS EXPERIMENTAIS:
Humidificação do ar numa Coluna de Paredes Molhadas
Na base da coluna:
No topo da coluna:
RESULTADOS EXPERIMENTAIS:
Humidificação do ar numa Coluna de Paredes Molhadas
Nomenclatura:
RESULTADOS EXPERIMENTAIS:
Qar – caudal volumétrico de ar (dm3.min.-1)
T(H2O) – temperatura da água (ºC)
Ts – Temperatura do termómetro seco do ar (ºC)
Tw – temperatura do termómetro húmido do ar (ºC)
W – humidade absoluta do ar (kg vap. H2O/kg ar seco)
Wr - % de humidade relativa do ar
Ws – humidade de saturação do ar (com Wr = 100%)
Wp – % de humidade do ar = W/Ws x 100
Pv(H2O) – pressão de vapor de água existente no ar
To – temperatura de orvalho do ar (condensação do vapor de água existente no ar)
Cs – calor húmido do ar (kcal.kg-1.ºC-1)
Vs – volume específico de ar seco (m3.kg-1)
Vas – volume específico de ar saturado (m3.kg-1)
Vh – volume húmido (m3.kg-1)
H – entalpia específica do ar húmido (kcal.kg-1)
Variação térmica do ar
26
2830
3234
36
3840
4244
46
P1 P2T
(ºC
)
T(H20) = 30ºC; Qar = 15 L/min. T(H20) = 30ºC; Qar = 30 L/min.
T(H20) = 30ºC; Qar = 50 L/min. T(H20) = 30ºC; Qar = 80 L/min.
T(H20) = 40ºC; Qar = 15 L/min. T(H20) = 40ºC; Qar = 30 L/min.
T(H20) = 40ºC; Qar = 50 L/min. T(H20) = 40ºC; Qar = 80 L/min.
T(H20) = 50ºC; Qar = 15 L/min. T(H20) = 50ºC; Qar = 30 L/min.
T(H20) = 50ºC; Qar = 50 L/min. T(H20) = 50ºC; Qar = 80 L/min.
TRATAMENTO DE RESULTADOS:
Humidificação do ar numa Coluna de Paredes Molhadas
Variação térmica da água
29
31
33
35
37
39
41
43
45
47
49
51
P1 P2
T (º
C)
T(H20) = 30ºC; Qar = 15 L/min. T(H20) = 30ºC; Qar = 30 L/min. T(H20) = 30ºC; Qar = 50 L/min.
T(H20) = 30ºC; Qar = 80 L/min. T(H20) = 40ºC; Qar = 15 L/min. T(H20) = 40ºC; Qar = 30 L/min.
T(H20) = 40ºC; Qar = 50 L/min. T(H20) = 40ºC; Qar = 80 L/min. T(H20) = 50ºC; Qar = 15 L/min.
T(H20) = 50ºC; Qar = 30 L/min. T(H20) = 50ºC; Qar = 50 L/min. T(H20) = 50ºC; Qar = 80 L/min.
T(H20) = 50ºC
T(H20) = 40ºC
T(H20) = 30ºC
T(H20) = 50ºC
T(H20) = 40ºC
T(H20) = 30ºC
Variação da entalpia do ar
0
10
20
30
40
50
60
P1 P2
H (
kcal
/kg
ar
seco
)
T(H20) = 30ºC; Qar = 15 L/min. T(H20) = 30ºC; Qar = 30 L/min. T(H20) = 30ºC; Qar = 50 L/min.
T(H20) = 30ºC; Qar = 80 L/min. T(H20) = 40ºC; Qar = 15 L/min. T(H20) = 40ºC; Qar = 30 L/min.
T(H20) = 40ºC; Qar = 50 L/min. T(H20) = 40ºC; Qar = 80 L/min. T(H20) = 50ºC; Qar = 15 L/min.
T(H20) = 50ºC; Qar = 30 L/min. T(H20) = 50ºC; Qar = 50 L/min. T(H20) = 50ºC; Qar = 80 L/min.
Variação da humidade absoluta do ar
0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07
P1
P2
W (kg vap./kg ar seco)
T(H20) = 30ºC; Qar = 15 L/min. T(H20) = 30ºC; Qar = 30 L/min. T(H20) = 30ºC; Qar = 50 L/min.
T(H20) = 30ºC; Qar = 80 L/min. T(H20) = 40ºC; Qar = 15 L/min. T(H20) = 40ºC; Qar = 30 L/min.
T(H20) = 40ºC; Qar = 50 L/min. T(H20) = 40ºC; Qar = 80 L/min. T(H20) = 50ºC; Qar = 15 L/min.
T(H20) = 50ºC; Qar = 30 L/min. T(H20) = 50ºC; Qar = 50 L/min. T(H20) = 50ºC; Qar = 80 L/min.
TRATAMENTO DE RESULTADOS:
Humidificação do ar numa Coluna de Paredes Molhadas
Conclusões: Analisando os resultados experimentais obtidos e o correspondente tratamento
de resultados, é possível de constatar que, por um lado, em todas as experiências efectuadas,
o balanço entálpico, resultante da transf. calor entre a água (que arrefece) e o ar (que aquece
ligeiramente), resulta precisamente nesse sentido, agudizando-se mais com o aumento da
temperatura de entrada da água e, pouco com o aumento do caudal de ar. O mesmo acontece
na transf. massa, através da quantidade de água evaporada, a qual se manifesta no aumento
considerável de humidade absoluta do ar, desde a entrada até à saída da coluna. Da mesma
forma se pode concluir quanto ao aumento considerável da entalpia do ar desde a entrada na
coluna até à saída da mesma, agudizando-se este aumento com a subida da temperatura da
água e, com pouca influência resultante do aumento do caudal de ar. Todos os restantes
parâmetros resultantes da leitura da carta de humidades, estão de acordo com o esperado.
Refªs Bibliográficas:
-Frank White; “Fluid Mechanics”, McGraw Hill, 1994
- Coulson, J. M., Richardson, J. F., “Tecnologia Química”, Volume I, 3ª Edição, Fundação
Calouste Gulbenkian, 1977
Agradecimentos: Ciência Viva; ISEL – Centro Estudos Eng. Química; Prof. Jaime Puna e Prof.ª. Celeste Serra.