Trajetória Da Educação Através Dos Tempos

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A TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO ATRAVÉS DOS TEMPOS VISÃO SOCIOLÓGICA DA EDUCAÇÃO ATRAVÉS DOS TEMPOS O processo que assegura a continuidade e o desenvolvimento da sociedade é a educação. Como é uma realidade social, varia no tempo e toma formas diversas no espaço, refletindo os valores sociais tornando possível conhecer a estrutura social pela educação. A educação varia conforme os ideais, grau de evolução, processos sociais e tipo de civilização da organização social, política e econômica da sociedade. As mudanças sociais atingem a educação no que tange ao seu conteúdo (valores práticos e aspirações), seus agentes e formação dessa transmissão (instituições pedagógicas e sistemas escolares). EDUCAÇÃO NA ATIGÜIDADE O caráter sociológico da Educação é tão antigo como o de qualquer outra ciência. "A transição da sociedade primitiva para os primeiros estágios da civilização é assinalada pela substituição da organização genética da sociedade por uma organização política e pela formação de uma linguagem escrita e de uma literatura. A organização política da sociedade indica que a individualidade é agora reconhecida e que o indivíduo, mais do que a família ou classe, é a unidade social. A Literatura e a Escrita indicam que a sociedade tem já consciência do passado e das formas de conduta estabelecidas e que descobriu meios para conservar cuidadosamente essas formas. A educação formal com esses tiipos primitivos ou orientais de civilização é dirigida: para o domínio de tais línguas, tecnicamente difíceis; para o domínio de formas de conduta aprovadas e incorporadas na literatura safrada; para a imposição desses modelos de conduta a todo o povo. Obtém-se esta última parte pela colocação do controle da sociedade nas mãos da classe limitada que já dominou essa linguagem e literatura e, portanto, tem o conhecimento das formas de condutas tradicionais aprovadas. A esses costumes é dada a sanção de uma significação religiosa. A classe governante da sociedade é a classe literária que geralmente também constitui sacerdócio. Advém daí um sistema de escolas. Desenvolvem currículos definidos e métodos de ensino. Mas a supressão de toda variação individual torna-se o objetivo consciente e o resultado real. O resultado geral é uma ordem social que possui estabilidade, mas carece de capacidade de progresso." O homem primitivo confiava na participação dos ritos sagrados para iniciar pessoas na doutrina da sociedade. - Pérsia Do mesmo ramo originam-se medas e persas. A tradição persa é a teocrática que apoiava o Estado e a mesma organização militar que o defendia. Havia duas classes sociais radicalmente separadas: alta nobreza e o povo que influenciava na educação. Os magos consituíam uma casta separada. O poder público separou-se do poder teocrático, fato que repercutiu na educação. O Estado também, como teocrático, encaminha a cultura e a formação das gerações novas, surgindo o tipo de educação nacional. A extensão da educação persa era de 25 anos; aos 25 anos, o jovem era entregue à educação militar. O ensino superior era propriedade dos sacerdotes e magos. - América pré-colombiana Apresentando uma cultura e educação peculiar, os povos indo-americanos desenvolveram- se de maneira independente com respeito aos europeus. Eles eram nômades e a tribo era a forma de vida política e social. Possuíam uma sociedade organizada com caráter guerreiro, uma organização política bem estruturada, intensa agricultura, arte de alto valor e uma legislação.

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Linha do tempo da educação no Brasil

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A TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO ATRAVÉS DOS TEMPOS

VISÃO SOCIOLÓGICA DA EDUCAÇÃO ATRAVÉS DOS TEMPOS O processo que assegura a continuidade e o desenvolvimento da sociedade é a educação. Como é uma realidade social, varia no tempo e toma formas diversas no espaço, refletindo os valores sociais tornando possível conhecer a estrutura social pela educação. A educação varia conforme os ideais, grau de evolução, processos sociais e tipo de civilização da organização social, política e econômica da sociedade. As mudanças sociais atingem a educação no que tange ao seu conteúdo (valores práticos e aspirações), seus agentes e formação dessa transmissão (instituições pedagógicas e sistemas escolares). EDUCAÇÃO NA ATIGÜIDADE O caráter sociológico da Educação é tão antigo como o de qualquer outra ciência. "A transição da sociedade primitiva para os primeiros estágios da civilização é assinalada pela substituição da organização genética da sociedade por uma organização política e pela formação de uma linguagem escrita e de uma literatura. A organização política da sociedade indica que a individualidade é agora reconhecida e que o indivíduo, mais do que a família ou classe, é a unidade social. A Literatura e a Escrita indicam que a sociedade tem já consciência do passado e das formas de conduta estabelecidas e que descobriu meios para conservar cuidadosamente essas formas. A educação formal com esses tiipos primitivos ou orientais de civilização é dirigida: para o domínio de tais línguas, tecnicamente difíceis; para o domínio de formas de conduta aprovadas e incorporadas na literatura safrada; para a imposição desses modelos de conduta a todo o povo. Obtém-se esta última parte pela colocação do controle da sociedade nas mãos da classe limitada que já dominou essa linguagem e literatura e, portanto, tem o conhecimento das formas de condutas tradicionais aprovadas. A esses costumes é dada a sanção de uma significação religiosa. A classe governante da sociedade é a classe literária que geralmente também constitui sacerdócio. Advém daí um sistema de escolas. Desenvolvem currículos definidos e métodos de ensino. Mas a supressão de toda variação individual torna-se o objetivo consciente e o resultado real. O resultado geral é uma ordem social que possui estabilidade, mas carece de capacidade de progresso." O homem primitivo confiava na participação dos ritos sagrados para iniciar pessoas na doutrina da sociedade. - Pérsia Do mesmo ramo originam-se medas e persas. A tradição persa é a teocrática que apoiava o Estado e a mesma organização militar que o defendia. Havia duas classes sociais radicalmente separadas: alta nobreza e o povo que influenciava na educação. Os magos consituíam uma casta separada. O poder público separou-se do poder teocrático, fato que repercutiu na educação. O Estado também, como teocrático, encaminha a cultura e a formação das gerações novas, surgindo o tipo de educação nacional. A extensão da educação persa era de 25 anos; aos 25 anos, o jovem era entregue à educação militar. O ensino superior era propriedade dos sacerdotes e magos. - América pré-colombiana Apresentando uma cultura e educação peculiar, os povos indo-americanos desenvolveram-se de maneira independente com respeito aos europeus. Eles eram nômades e a tribo era a forma de vida política e social. Possuíam uma sociedade organizada com caráter guerreiro, uma organização política bem estruturada, intensa agricultura, arte de alto valor e uma legislação.

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Possuía um estado com capital. Eram organizados em classes sociais que apresentavam profundas diferenças. cada uma possuía direitos e obrigações, sendo que as classes mais elevadas gozavam de privilégios e as inferiores, mais numerosas, viviam a serviço das mais elevadas. A educação era bélico –religiosa , composta de duas etapas: a doméstica e a pública. A disciplina era dura e áustera. A educação intelectual subordinava-se à formação religiosa. Aceitava-se a educação como estabilizadora da sociedade e poderio. Em muitas tribos, a educação adquiriu uma forma evoluída, atingindo um regime de colegiado quando alcançava significação coletiva. EDUCAÇÃO DOS POVOS CLÁSSICOS - Grega Características gerais: Os gregos perceberam que a cultura podia tomar cursos diferentes daqueles marcados pela tradição. A República, as Leis e alguns diálogos de Platão, a Política e a Ética a Nicômaco de Aristótales, são considerados tratados de Sociologia com enfoques de diferenciação e estratificação social. Os grandes períodos da história grega determinaram os tipos de educação, conforme a característica social predominante pela influência histórica e deixou duas heranças: a do soldado e a do bardo. Pré-helênicos: As duas culturas que mais influenciaram foram a cretense, povo arinheiro e comerciante, e a micênica, rica em jóia e mobiliário. Os gregos estabeleceram os variados aspectos da personalidade e empenharam-se em desenvolvê-los no indivíduo, por meio da educação. A realização desse propósito foi conseguida depois de uma longa evolução histórica. Durante o período homérico, os ideias gregos concentraram-se nos tipos de guerreiros e do conselheiro nos quais era exaltado o aspecto social do ideal da educação, com o caratér eminentemente prático. Os espartanos continuaram essa exaltação do aspecto social da educação e elaborarm um plano no qual a sociedade inteira era organizada para fins educativos. Em Atenas, o indivíduo recebeu mais importância; o Estado determinava os padrões, nas a família fornecia a educação. Estabeleceram-se escolas de dois tipos: uma de múscia e literatura, outra de ginástica. Com os sofistas, surgiu a educação do indivíduo, individualista e subjetivista. Surgiram as contradições que contribuíram para a formação do raciocínio e da opinião própria. Os sofistas foram instrumentos na introdução das novas práticas educativas. Os filósofos gregos, especialmente Sócrates, Platão e Aristóteles, tentaram harmonizar este conflito entre a velha educação institucional e a nova, individualista. O resultado foi uma formulação do problema da educação em termos da época presente. Ateniense

A educação ateniense não deixou de conservar, no início, um laço estreito com suas origens nobres: permanência, por seus princípios e por seu plano, uma educação de fidalgos. Mas, em pleno século V, essa educação continua sendo orientada muito mais para a vida nobre - a do grande proprietário, rico, portanto, ociosodo que para a vida real do ateniense médio, que obscuramente assegura sua subsistência como artesão ou como pequeno comerciante. Esta vida nobre é a que se pode imaginar, supondo-se que o modo de existência do cavalheiro homérico perdura, privado apenas do seu aspecto guerreiro: defini-se ela essencialmente pela prática dos esportes elegantes - hipismo e atletismo. Somente os nobres freqüentavam os ginásios. Com o passar do tempo, o gosto pela vida esportiva começou a espalhar-se; todos os atenienses freqüentavam os ginásios.

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Atenas tornou-se ema verdadeira democracia: seu povo conquistou, por extensão gradual, não só os privilégios, direitos e poderes políticos, mas ainda o acesso a esse tipo de cultura, a este ideal humano no qual somente a aristocracia havia, de início, usufruído. Definindo-se a cultura nobre, sobretudo pela prática do esporte, cabe à educação física, nesta educação arcaica, o lugar de honra - trata-se de preparar a criança para disputar, segundo as regras, as provas de atletismo: coridas, arremesso do disco e do dardo, salto em extensão, luta e boxe. Arte complexa e delicada, que pressupõe as lições de um mestre competente - o pedótriba - treinador das crianças que ministra seu ensino num campo de esporte - a palestra - o que é para as crianças o mesmo que o ginásio para os alunos. A educação ateniense não deixou de confirmar que a educação de um povo se encontra determinada pela vida nacional com o ideal da formação completa do homem: colocadas no mesmo nível, a educação física e a intelectual. Em Atenas, via-se o Estado como um meio de assegurar a liberdade pessoal, criando as condições vantajosas para sua educação. Até os 7 anos, a educação pertencia à família; partindo daí, o educando desfrutava da liberdade; era conduzido a um pedagogo que o acompanhava e o conduzia a escola. Aos 13 anos, as crianças de família socialmente inferior abandonavam a escola, entregando-se aos trabalhos agrícolas, ou a uma profissão manual. Os ricos prosseguiam na formação secundária. Aos 18 anos, já judicialmente independentes, faziam parte dos efebos (escola da geurra). No referente à educação intelectual, a efébia desenvolvia um programa de educaçãosecundária. A superior só apareceu com Sócrates e os sofistas.

Esparta O símbolo da educação espartana era o ideal de guerreiro. Toda Esparta pertencia ao Estado, que educava num sistema de escola pública. Aristóteles em "Política" exagerou o militarismo espartano. Licurgo organizou o Estado e a Educação, tendendo para uma aristocracia radical. Traços sociológicos formaram um ideal pedagógico. Formar cidadãos respeitosos com os deuses, patriotas, bravos e fortes, pelo Estado e para o Estado. Segundo os padrões da cultura espartana exigia-se que todos os cidadãos fossem perfeitos; a cultura física tinha por objetivo procurar a resistência corporal. O respeito aos velhos, a obediência, o sentido de honra foram virtudes comuns entre os espartanos. Até os 7 anos, a educação do menino era confiada à família; partindo daí, ao Estado - educação pública. A educação da mulher seguia o ideal físico. Em locais adequados, praticava o salto, a corrida e o lançamento de disco. A dança é a atividade mais apreciada. A beleza do corpo é procurada e conservada entre a mulher. A educação entre espartanos transformou-se, com o correr do tempo, conservando a virtude espartana. Romana A contribuição romana para a civilização foi uma contrubuição prática de instituições como meio para realizar ideaisou propósitos sociais. Conseqüentemente, sua contribuição para a educação foi de muito menos valor do que a dos gregos. Por outro lado, eles forneceram a melhor ilustração da educação prática. O lar foi a principal instituição educativa; a imitação, o método principal; a biografia, processo prático de vida. Estes são os principais meios educativos. O jevem recebia uma educação no lar até os 16 anos. Após essa idade, sua educação apassava para o Estado com direito de freqüentar o "forum". Para participar das discussões do "forum", o jovem deveria usar "toga". Essas discussões contribuíram para a formação do cidadão. Os romanos descobriram, porém, que toda educação tinha um fundo comum, quanto a povos e tempos: o que existia algo próprio em todos os homens, algo que só os homens podiam criar e assimilar. Surgiu assim um modo igual de educação: cívico-oratório para intervir com redobrado êxito na vida pública.

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Suas origens revelam caráter prático sobre a influência grega - idéia política de confederação - repercutiu mais na organização social e política do que estética e científica. As classes sociais eram assim constituídas: *Patrícios (cidadãos) *Plebe *Peregrinos *Escravos (uma grande parte era tratada como objeito) A situação da mulher era mais elevada que nos restantes dos demais países da antigüidade. Pouco tempo antes do início do período imperial e da era cristã, predominaram os ideais e os processos educativos gregos. Isto atingiu especialmente a educação superior. E, como conseqüencia, prevaleceu, para o restante da história romana, um sistema modificado incluindo tanto os elementos gregos quanto os romanos. A cultura e a literatura grega seduziram sobretudo as classes superiores e deixaram intactas as grandes massas do povo. Para essas classes superiores, organizou-se um complexo sistema de escola de gramática e de retórica, fundaram-se bibliotecas e algumas universidades. As grandes realizações da literutura latina foram produtos dos primeiros tempos deste período, quando o gênio romano nada tinha perdido de sua virilidade e a educação grega tinha sido adotada em pequena extensão. Revivamente, em pouco tempo, essa imitação dos gregos tornou-se inteiramente artificial, a educação se fez formal. A vida romana tendia, ao mesmo tempo, a tornar-se corrupta, o governo despótico, perdendo-se, com o individualismo primitivo, o caráter viril dos romanos, deixando a educação dominante de ter qualquer conexão com a vida atual. Uma nova educação ministrada pela primitiva Igreja Cristã veio gradualmente substituir a velha. A educação romana perdeu sua importância social, embora perdurasse sua estrutura mesmo depois de os bárbaros terem conquistado o mundo romano do ocidente. A influência educativa maior sobre os romanos e gregos foi dos persas: caráter nacionalista, educacional. Helenístico A helenização do mundo trouxe consigo a perda de muito da pureza helênica, mas trouxe a expansão comênica enriquecendo, em aspectos múltiplos, a própria cultura. Nas escolas helenisticas, desenvolveram-se as disciplinas particulares, abrindo caminho para a investigação. As novas concepções sociais, conquistadas com o helenismo, passaram a exigir em Roma uma educação secundária. A educação grega forneceu os materiais dessa nova educação, apesar da resitência de alguns romanos. Com o tempo, a influência da cultura e educação gregas na vida dos romanos atingiu a um extremo nas classes superiores e de elites; formação da enciclopédia grega. EDUCAÇÃO NA IDADE MÉDIA - a educação européia na Idade Média, teve como ponto de partida, a doutrina da Igreja, devido a invasão dos bárbaros que quase destruiu a cultura grego-romana. - a instrução nessa doutrina e a prática do culto substituíram o elemento intelectual. - tipos de educação que caracterizam a Idade Média: * Cavalaria - educação dos nobres. O cavaleiro de boa família, que tem posição e estímulo na opinião da sociedade vigente. Uma das condições do cavaleiro era não ter relação alguma com o trabalho manual. Com a influência do Humanismo, a educação do cavaleiro passou a ser uma formação moral e espiritual. * Escolástica - significou inicialmente, como um conjunto do saber, transmitido das escolas do tipo clerical. O escolástico era o mestre das Sete Artes Liberais ou o chefe das escolas monásticas e catedrais, mais tarde, dedicavam-se à Filosofia e a Teologia. Movimento preocupado

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em demonstrar e ensinar as concordâncias da razão com a fé pelo método da análise lógica. Não se caracteriza por nenhum conjunto de princípios e crenças, mas por um método ou pela atividade intelectual. O objetivo era apoiar a fé na razão, acabar com as dúvidas e controvérsias através da argumentação. Definida como a união das crenças cristãs com a lógica cristotélica. Compreende três períodos: o de formação (desde o século IX até o final do século XII), do apogeu (1220 a 1347), época de fundação dos grandes sistemas escoláticos; o de decadência (até últimos anos do século XV), caracterizado pela reprodução das doutrinas da fase precedente. Seus principais representantes: - Santo Anselmo (1033 - 1109), o primeiro a fazer distinção entre saber e crença. - Santo Alberto Magno (1200-1280), denominado o Doutor Universal, foi o primeiro a reproduzir a filosofia de Aristóteles na forma sistemática. - Santo Tomás de Aquino (1225-1274), o Doutor Angélico, o mais influente de todos, sua obra "Suma Teológica" e a culminância da escolástica. Quanto ao ensino insiste na participação que o educando deve ter em sua formação espiritual e física. No educando o saber está contido, potencialmente, o mestre o ajuda, leva-o a atualizá-lo, como modelo que o discípulo tende a realizar. - John Duns Scot (1266-1308), o Doutor Sutil, fundador de uma escola de teologia rival de Santo Tomás de Aquino. - Guilherme de Occam (1300-1350), o Doutor Incrível, negava que as doutrinas teológicas pudessem ser demonstradas pela razão e sustentava que era totalmente matéria de fé. *Universidades - encontrou condições muito favoráveis. Sua organização era acadêmica à base de faculdades. Sào as seguintes, as principais circunstâncias, que determinam o surgimento e desenvolvimento das universidades européias do século XIII: o desenvolvimento interno das escolas monásticas (escolas das catedrais); o vigoroso influxo da ciência e da teologia; o desenvolvimento do comércio e o crescimento das cidades, que estimularam o interesse pelo ensino; o movimento das Cruzadas que tirou a sociedade européia do seu isolamento. Seu primeiro nome "Studium generale" (instituto geral), não local, para todos os estudantes preparados, sem distinção de raça e nacionalidade, podendo cultivar e ensinar só Direito. Depois substituído pelo nome de "Universitas", adequando um sentido de instituição docente de investigação, dedicada, com liberdade de mestres e alunos, a todos os ramos do saber (universitas litterarum). Talvez a primeira universidade que congregou professores e alunos (Teologia, Direito, Medicina e Filosofia), tenha sido de Nápoles, fundada em 1224. As Universidades mais importantes: Pars, Bolonha, Salerno, Oxford, Viena, Sabamanca. Representavam a opinião pública nos assuntos científicos, mas também nos grandes problemas políticos e eclesiásticos. EDUCAÇÃO NA RENASCENÇA

Renascimento significa nascer de novo. Tradicionalismo, a palavra designa o movimento cultural e artístico, que se desenvolve nos séculos XVI e XVII. Esse movimento cultural e artístico, teve início na Itália e estendeu-se para o resto da Europa. Propunha-se restaurar as formas e idéias da Antigüidade. Os traços característicos do período, são as tentativas para derrubar na Igreja, no Estado, nas organizações industriais e sociais, na vida intelectual e educacional; as diferenças de autoridade dominante durante a Idade Média. Dois tipos distintos de pensamentos e de práticas, surgiram na Renascença: - Restauração da educação liberal dos gregos, que visava o desenvolvimento da personalidade, por meio de uma grande variedade de recursos educativos. Este objetivo da educação era amplo e incluía diversos elementos além do intelectual e literário. Conseqüencias dos novos interesses: Estudo amplo das línguas grega e latim; restauração das obras clássicas; criação na literatura de um interesse por tudo que aplicasse a imaginação; os esforços artísticos passam a predominarem, como em nenhum outro período da história; a introspectiva de vida emocional provoca imensa produção literária. - Desenvolvimento das ciências históticas e sociais. Conseqüências educacionais: uma das principais conseqüências é a busca de uma nova educação, que se opunha a escolástica e propunha um ideal de uma nova vida.

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O conteúdo, que consiste nas línguas e nas literaturas clássicas, passa a ser designado, durante este período, pelo termo humanidade. O interesse dessa educação era centrado nos propósitos, nas atividades específicas da humanidade, por isso, o aprendizado da língua e literatura tornou-se um problema pedagógico mais importante. EDUCAÇÃO MODERNA * primeiros séculos marcados pelas lutas religiosas. * Na educação, ocorre uma revolução (Revolução Francesa): * a sociedade divide-se em três classes: clero, nobreza, burguesia (camponeses e artesãos); * o absolutismo do rei, resulta numa má administração; * os filósofos condenavam o absolutismo e defendiam o direito do homem a liberdade, a propriedade e a proteção da lei. Estas idéias davam corpo ao programa de ação; * situação financeira; tinham enfrentado a guerra dos Sete Anos e apoiado a independência dos Estados Unidos; * para conter a falência, cria-se novos impulsos, desta vez, para o clero e a nobreza. * criou-se a Assembléia Nacional, que almejara: * uma constituição que limitasse os poderes do rei e a Assembléia passaria a agir com mais autonomia. *a educação passa de caráter intelectual à instrumental. * a América perde o caráter religioso e passa ao caráter civil; * a educação da nobreza: ênfase e elegância física; * a educação dos letrados: sábios letrados passam a desempenhar papéis importantes no poder e incorporam ao espírito do novo tempo; * uma educação nacionalista: *com a revolução ocorrem reformas na administração, economia e educação; * com as grandes descobertas surge o deslumbre por um novo ideal; * a independência dos EUA, mostra que a educação é parte decisiva num processo de desenvolvimento; * época de expansão comercial e industrial; * instrumento e trabalho se socializam; * passa-se da manufatura à produção industrial;

* necessidade de mudanças no sistema educacional.