Traduzir2014 Reviewed

download Traduzir2014 Reviewed

of 2

description

ihfegheotlr

Transcript of Traduzir2014 Reviewed

11 de Maio de 2009Caro Paul:Tenho andado a ler um livrito de Jacques Derrida acerca da lngua materna ("O monolinguismo do outro", de 1996). , em parte, altamente terico, e tambm um pouco autobiogrfico, acerca da relao de Derrida com a lngua durante a infncia passada na comunidade Franco-judaica, ou Judaica Francesa ou Judaica Francfona na Arglia na dcada de 30. (Ele lembra-nos que os cidados franceses de descendncia judaica foram despojados da sua cidadania pelo regime Vichy, e como tal ficaram sem um Estado durante vrios anos.)Comment by Sofia: o (artigo defenido)!Comment by Sofia: sobre a?Comment by Sofia: Concordo!Comment by Sofia: Vrgula a seguir a tal?O que me interessa/O que me desperta a ateno o facto de Derrida afirmar que, embora ele seja/tenha sido um francs monolingue (monolingue na sua opinio - o seu Ingls era excelente, assim como, tenho a certeza, o seu Alemo, j para no falar do seu Grego), o Francs no/no era a sua lngua materna. Quando li isto, apercebi-me que ele poderia estar a falar sobre mim e a minha relao com o Ingls; e um dia mais tarde apercebi-me ainda do facto de nem ele, nem eu sermos excees, de muitos escritores e intelectuais terem uma relao distante e questionvel/interrogativa com a lngua que falam e escrevem, de facto esta referncia lngua que algum usa como sendo a sua lngua materna (langue maternelle) tornou-se claramente ultrapassada/desfasada. Comment by Sofia: Up to you!Comment by Sofia: Em portugus, as lnguas escrevem-se com letra maiscula? Acho que no Comment by Sofia: =Comment by Sofia: =Comment by Sofia: =Comment by Sofia: Why not?Comment by Sofia: especiais?Comment by Sofia: Questionvel no o mesmo que interrogativa Talvez interrogativa seja melhorComment by Sofia: A pontuao se calhar deve ser diferente em portugus Ponto final?Comment by Sofia: Your choice!De maneira que, quando Derrida escreve que, apesar de adorar a lngua francesa e ser purista relativamente ao francs correto, este no lhe pertence, no "dele", lembro-me da minha prpria experincia com o Ingls, sobretudo na infncia. Para mim, o Ingls era apenas mais uma disciplina. No secundrio, tnhamos Ingls-Afrikaans-Latim-Matemtica-Histria-Geografia, e o Ingls era simplesmente uma disciplina a que eu era bom, da mesma forma que era mau a Geografia. Nunca me ocorreu pensar que eu era bom a Ingls porque o Ingls era a "minha" lngua; certamente, nunca me ocorreu perguntar como que algum podia ser mau a Ingls, sendo o Ingls a sua lngua materna (dcadas mais tarde, depois de me ter tornado, precisamente, professor de Ingls, e de ter comeado a refletir um pouco sobre a histria da minha disciplina, realmente interroguei-me o que poderia significar o facto de converter o Ingls numa disciplina acadmica num pas anglfono.Comment by Sofia: Alm de Afrikaans, tambm vi Africner e africnder, mas no sei se ser brasileiro Africner aparece muito Africano que no!!! LOLComment by Sofia: Que tal nada mais, nada menos? Lembrei-me ontemComment by Sofia: Interroguei-me sobre o queComment by Sofia: Tornar? No gosto de converterDaquilo que me recordo da minha forma de pensar na infncia, eu via o Ingls como propriedade dos Ingleses, pessoas que viviam em Inglaterra, mas que tinham, tambm, enviado membros da sua tribo para viver e, durante algum tempo, governar a frica do Sul. Os ingleses inventavam as regras do Ingls sua maneira/como lhes dava na cabea, inclusive as regras prticas (em que situaes necessrio usar/temos que usar que locues inglesas); pessoas como eu acompanhavam distncia e obedeciam s instrues que lhes davam. Ser bom a Ingls era to inexplicvel como ser mau a Geografia. Era um capricho de carter, um trao de personalidade.Comment by Sofia: =Comment by Sofia: Maiscula porqu?!Comment by Sofia: Your choice!Comment by Sofia: Talvez melhorComment by Sofia: Ou nos?Quando, aos 21 anos, fui viver para Inglaterra, foi com uma atitude em relao lngua que agora me parece excessivamente estranha/peculiar. Por um lado, estava bastante convencido de que, usando como critrio os manuais, conseguia falar, ou pelo menos escrever, a lngua melhor que a maioria dos nativos. Por outro lado, assim que abria a boca, denunciava a minha condio de estrangeiro, ou seja/o que o mesmo que dizer, algum que, por definio, no poderia conhecer/saber a lngua to bem como os nativos.Comment by Sofia: Your choice!Comment by Sofia: PrefiroComment by Sofia: PrefiroResolvi este paradoxo fazendo a distino entre dois tipos de conhecimento. Disse a mim mesmo que sabia Ingls da mesma forma que Erasmus sabia Latim, graas aos livros; enquanto que as pessoas ao meu redor/a gente minha volta sabiam a lngua "no seu mago"/"intimamente"/"nas suas entranhas". Era a sua lngua materna e no a minha; tinham-na absorvido com o leite materno, e eu no.Comment by Sofia: PrefiroComment by Sofia: Se calhar a melhorClaro que, para um linguista, a minha atitude era completamente errada. A lngua que interiorizamos durante os nossos primeiros e mais recetivos anos a nossa lngua materna e ponto final.Tal como Derrida sublinha, como pode algum considerar sua determinada lngua? possvel que o Ingls no seja, afinal, propriedade dos Ingleses de Inglaterra, mas no , certamente, propriedade minha. Uma lngua sempre a lngua do outro. Explorar uma lngua sempre uma violao de propriedade. E muito pior se somos bons o suficiente a Ingls para ouvir, em cada frase que sai da nossa caneta, ecos de usos anteriores, que nos lembram de quem ter usado a expresso antes de ns!Comment by Sofia: Maiscula?!Atenciosamente, JohnComment by Sofia: Prefiro Banheiro! :))))))))))))) GOOD LUCK!!! **