TRABALHO_Aluizio Louzada Velloso Junior TCC REVISÃO DEPOIS DA BANCCA
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Sistemas de Informação como aporte à população que faz uso do
Sistema Único de Saúde (SUS)
2016
Aluizio Louzada Velloso Junior
Orientador Prof. Dr. Fernando Zaidan
MBA Análise de Inteligência de negócios
Sistemas de Informação como aporte à população que faz uso do
Sistema Único de Saúde (SUS)
RESUMO
Como podem os sistemas de informação, mais especialmente o Business Inteligence
e BigData serem aportes para a melhoria do atendimento à população que faz uso do Sistema
único de Saúde? O artigo em questão visa responder a estas e outras perguntas e propor
soluções viáveis para a gestão municipal de saúde. A natureza da pesquisa é teórica, sendo
encaminhada à prefeitura do município de São Simão para avaliação. Foi baseado em
entrevistas com o atual prefeito e gestores da área de saúde, tratando-se, portanto de um
estudo de caso. Hoje não existe em âmbito municipal, no município de São Simão, integração
dos dados ou políticas publicas que visem disponibilizar aos gestores e ao poder executivo
informações acuradas no tocante às necessidades reais da população em números exatos, tanto
em se tratando de consultas, profissionais, remédios, etc. Esta lacuna de informações tem
refletido diretamente na qualidade do atendimento à população, observando-se notoriamente
falta de remédios básicos (ao mesmo tempo em que existe sobra de alguns medicamentos) e
especialidades médicas com tempo de espera que poderia ser minimizado se houvesse maior
programação. Posto este cenário, o principal destaque do artigo é a utilização de ferramentas
de mineração de dados, relatórios dimensionais e integração de plataformas municipais de
modo a maximizar a eficiência do SUS. Pois os Sistemas de saúde municipais devem gerir os
recursos que lhe são oferecidos da forma mais eficiente.
Palavras-Chave: Business Intelligence, Gestão em saúde, Bigdata, Mineiração de
Dados, SUS.
ABSTRACT
How can information systems, most especially the Business Intelligence and BigData
be contributions to the improvement of services to the population that makes use of the unique
health system? The article in question, aims to answer these and other questions and propose
viable solutions to the municipal health management. The nature of research is theoretical so
only because the plan was sent to the Municipality of São Simão for evaluation. It was based
on interviews with the current mayor and managers of health, hence it is a case study. Today
there is at the municipal level, in São Simão, data integration and public policies aimed at
providing managers and executive power accurate information regarding the real needs of the
population in exact numbers, both in the case of consultations, professional, drugs, etc. This
information gap is reflected directly in the population to service quality, observing notoriously
lack of basic medicines (while there is plenty of some drugs) and medical specialties with
waiting time could be minimized if there were greater schedule. Put this scenario, the main
focus of the article is the use of data mining tools, dimensional reporting and integration of
municipal platforms in order to maximize the efficiency of SUS. For the municipal health
system must manage the resources at are offered in the most efficient way
Keywords: Business Intelligence, Health management Bigdata, Data Mining, SUS
1. INTRODUÇÃO
Mais de 1,3 milhões de brasileiros deixaram de ter planos de assistência médica entre
março do ano passado e março deste ano, segundo dados da Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS), sendo 617 mil somente no primeiro trimestre deste ano. O subsegmento
mais impactado foi o de planos coletivos empresarias, devido ao fechamento de vagas
formais.
Em março deste ano, o setor registrou cerca de 48.824.150 beneficiários em planos
de assistência médica e 21.685.783 em planos exclusivamente odontológicos. No trimestre
anterior, havia 49.441.541 beneficiários em planos de assistência médica e 21.960.128 em
planos de assistência odontológica. Em março, o setor apresentou 1.320 operadoras com
registro ativo, sendo 1.125 com beneficiários. Em 2015, os planos de saúde médico-
hospitalares perderam 766 mil usuários em 2015, uma diminuição de 1,5%.
Esse resultado de desaceleração reflete a atual situação macroeconômica, em
especial aumento do desemprego e redução do salário médio.
Natural se torna então que exista uma migração de substancial parte da população
para o SUS, que anteriormente era amparada por planos particulares. O que tende a agravar
ainda mais o já caótico quadro verificado na saúde publica brasileira. Segue uma breve
história, de modo a contextualizar o SUS.
O Sistema Único de Saúde (SUS) surgiu no Brasil a partir de um histórico de lutas do
movimento sanitário brasileiro com a finalidade de facilitar o atendimento de saúde
(RONCALLI, 2003). Na Constituição Federal de 1988, ficou explicitada a criação de um
sistema de saúde unificado, tendo como base a descentralização e o fortalecimento do poder
municipal, além de estabelecer a participação da sociedade organizada na administração do
setor saúde e o controle social por meio dos Conselhos e Conferências Municipais de Saúde,
visando à formulação, implantação, controle e avaliação das políticas de saúde (Brasil, 1988).
Desde então, é recorrente no Brasil (e mais especificamente no município de São
Simão / SP – que servirá de base a este projeto piloto) a insatisfação e o mau desempenho do
sistema unificado de saúde, em que perecem todos os anos, milhões de brasileiros que dele
necessitam.
Dado o cenário, a Tecnologia da Informação (TI) representa um papel fundamental
para o sucesso do BI de diversas formas. A oferta de soluções de BI no mercado pode ilustrar
a complexidade em lidar com tantos dados provenientes de diversas origens. Essas soluções
são consideradas as ferramentas principais para analisar e monitorar o desempenho nas
organizações (RUSANEANU, 2013). Os sistemas de informação podem fazer ou facilitar, de
forma significativa, a emergência por inovações (SANNER etal., 2014).
Posto isso, é necessário que o poder público aloque seus recursos da melhor forma
possível, se valendo da informação estatística e em tempo real para minimizar este quadro
bastante desfavorável.
Com a correta avaliação das necessidades (que muitas das vezes são sazonais), os
municípios podem tomar decisões fundamentadas em informações, à respeito da
racionalização de profissionais, medicamentos, equipamentos e outros insumos.
O objetivo é apresentar um plano ao governo municipal que trace metas de controle
utilizando-se de sistemas de BI, com KPI´s (Key Performance Indicator) pré determinados e
moldáveis conforme a necessidade, análises dimensionais, SSBI (self servisse business
intelligence) e integração de dados entre postos de saúde, secretarias e executivo, de modo a
disponibilizar dados fiáveis e com maior exatidão possível para tomada de decisão
fundamentada na área da saúde. A metodologia será descritiva e exploratória, bibliográfica,
descritiva e qualitativa.
Humanizar e propor novos modelos de saúde pública estão a alguns cliques de
distância. Bastam conhecimentos e vontade de agir.
Este artigo é composto de 6 seções: Metodologia, desenvolvimento, resultados,
conclusão e referências.
2. METODOLOGIA
Serão utilizados de métodos exploratórios, bibliográficos e descritivos, contendo
índices oficiais.
A pesquisa do presente estudo pode ser classificada como pesquisa exploratória.
Segundo Gil (1996, p.4), “estas pesquisas tem como objetivo proporcionar maior
familiaridade com o problema a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses”.
2.1 Delineamentos da pesquisa
O presente estudo é caracterizado através de pesquisa predominantemente
quantitativa, sendo possível obter maior conhecimento do problema a ser pesquisado.
Conforme ROESCH (2007, p.130), “o enfoque da quantitativa é utilizar a melhor estratégia de controlar o delineamento da pesquisa para garantir uma boa interpretação dos
resultados”.
O método da pesquisa foi exploratório, que permitiu obter as informações desejadas,
a fim de compreender melhor o problema.
Segundo Gil (1996, p.4), “estas pesquisas tem como objetivo proporcionar maior
familiaridade com o problema a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses”.
A pesquisa foi desenvolvida no período de março a Junho de 2016, no Município de
São Simão, São Paulo.
O estudo foi caracterizado a partir de pesquisas qualitativas e entrevista com gestores
da área de saúde e prefeito municipal.
Este estudo dividiu-se em duas etapas principais: pesquisa na literatura e análise
exploratória dos dados, através do uso da técnica Text Mining, ETL (extração, transformação
e carga), BI, Dashboards e relatórios dimensionais. Para RADOVANOVIC & IVANOVIC, o
campo do textmining objetiva a extração de informação útil de dados não estruturados, através
da identificação e exploração de padrões interessantes e não perceptíveis a olho humano.
Textmining refere-se à extração de informação de dados não estruturados e um “saco
de palavras”, que é uma representação textual em forma de vetor espacial (RADOVANOVIĆ
& IVANOVIĆ, 2008), como objetivo de descobrir novos conhecimentos (STAVRIANOU
etal., 2007).
As pesquisas resultaram em 96 artigos, sendo 70 provenientes do Scopuse 26 artigos,
da Webof Science. Dos 96 artigos, seis foram encontrados em ambas as bases, o que resultou
em 90 artigos para a aplicação da técnica de análise. O perfil destes artigos foi traçado quanto
ao ano de publicação, países dos autores e área de pesquisa.
Por ora, será utilizado um simulacro de banco de dados do município de São Simão,
SP, para extração de dados e definição de KPI´s (Key performanceIndicator).
Softwares e hardware serão disponibilizados, com preferência em Open Spurce
(software aberto) e SSIS (SQL Server Integration Services) da Microsoft. Como exemplo o
Hadoop, Quilkview, etc.
A coleta para repositório de dados será diária, advinda de prontuários médicos que já
são lançadas em um banco “Structured Query Language”, ou Linguagem de Consulta Estruturada (SQL) do ministério da Saúde (MS).
A mineração de dados será feita por intermédio de softwares abertos como o Weka e
Orange.
A prefeitura municipal de São Simão, mais especificamente, a gestão da saúde SUS
municipal, que foi meu objeto de estudo para este artigo, tem se mostrado extremamente
deficiente em termos de informações e integração sistêmica. Hoje, se vê um cenário caótico,
de tanto na gestão de pessoal da saúde, como na gestão de remédios gratuitos que deveriam
ser disponibilizados para a população mais carente. Este sério problema, que é um enorme
desafio para gestões municipais em todo pais, deve ser combatido em muitas frentes. Uma
delas certamente é a de tecnologia da informação, aonde dispondo de dados corretos e
decisivos, é possível traçar estratégias e planos para atacar as raízes do problema.
3. CONCEITOS, FORMA DE AÇÃO E APRESENTAÇÕES
Segundo Spinola e Pessôa (1997), a informação é uma ferramenta poderosa para uma
organização pois, por meio dela, pode-se ter o domínio dos diversos parâmetros que regem a
sua dinâmica. Nos sistemas empresariais, a informação é reconhecida como o recurso mais
importante para a tomada de decisões, sendo necessário haver uma malha de informações
abrangendo diversos aspectos técnico-científicos, administrativos, mercadológicos,
econômicos, legais, ambientais e políticos.
Segundo McGee e Prusak (1994), as informações constituem um importante insumo
estratégico, capaz de influenciar o negócio da empresa, tornando-se cada vez mais a base para
a competição.
A informação representa um recurso de vital importância para o sucesso das
organizações, pois, uma empresa será mais competitiva quanto mais se destacar na exploração
e no uso da informação para geração de conhecimento e souber aplicá-lo para desenvolver
novas oportunidades de negócios (Sweeney, 1989).
Porter (1991) destaca que a essência da formulação de uma estratégia está em
relacionar a empresa ao seu ambiente. Oliveira (1995) complementa definindo estratégia
como um caminho, maneira ou ação, estabelecida e adequada para alcançar os resultados da
empresa, representados por seus objetivos, desafios e metas. Moura (1999) relaciona a
estratégia com o conjunto de decisões que são tomadas visando definir a direção a ser seguida
para se posicionar frente ao ambiente.
Campos e Teixeira (2004) verificaram que entre os recursos tecnológicos, a
Tecnologia da Informação e Comunicação - TIC (complexo tecnológico que envolve
computadores, software, redes de comunicação eletrônicas públicas e privadas, rede digital de
serviços de telecomunicações, protocolos de transmissão de dados e outros serviços)
(Marcovitch, 1996) – tem sido apontada como importante fator para potencializar o
desenvolvimento dos processos produtivos e da gestão das organizações (Santos; Vieira,
1998).
Várias pesquisas sobre a relação entre tecnologia e organizações têm sido
empreendidas desde a década de 1960 (Gerwin, 1981 apud Roberts; Grabowiski, 1996). A
partir delas, muitas questões foram levantadas. Tapscott e Caston (1995) ressaltam que são
necessárias mudanças nos processos organizacionais para que a tecnologia implantada surta
efeitos positivos em ambientes reestruturados para um novo modo de atuação.
Segundo Oliveira e Spinola (2005) a Tecnologia da Informação e Comunicação tem
sido um dos maiores impulsionadores deste processo de mudança. Desde a informatização das
empresas integrando suas áreas internas, passando por redes de clientes e fornecedores, até as
tecnologias de ponta como utilização de equipamentos sem fio, telemedicina, prontuário
eletrônico, entre outros, vem acelerando cada vez mais este setor de uma forma nunca
observada anteriormente.
A hipótese para este fenômeno é de que a tecnologia da informação, ora oferece
maior eficiência (Laurindo, 2002) as empresas e, portanto, reduz custos, ora possibilita maior
eficácia, o que gera maior valor ou novas formas de valor aos clientes em geral, e resulta na
entrada de empresas em novos mercados e ao mesmo tempo contribui com a sustentabilidade
das mesmas.
O projeto piloto a ser implementado no município de São Simão, devidamente
aprovado pela próxima administração deve dispor de um cronograma nos moldes do PMI ou CANVAS.
O primeiro passo seria incluir toda a administração de médio e alto nível nos
pormenores da solução, vendendo o que pode ser de benefício ao município.
Uma destas estratégias seria a definição e implementação prática de KPI´s para a
mensuração de indicadores. Ou seja, deve-se criar uma equipe multidisciplinar para definir
quais os indicadores mais relevantes a serem acompanhados, os dados que, quando
disponibilizados poderão servir de referencial para a tomada de decisão.
Pode-se dar como exemplo: Sazonalidade de doenças * faixa etária * focos
redundantes * especialidades mais requisitadas * zoneamento de doenças * custo de
tratamento * tipos e distribuição de remédios na farmácia municipal * deslocamento de
profissionais por oficio em determinadas situações * histórico municipal. Ou em se tratando
de insumos: medicamentos * demanda * mês * faixa etária * sexo * CRM etc. É interessante
que se pode fazer um cruzamento ilimitado destas informações, conforme a necessidade do
gestor, além da mineração de dados que pode encontrar padrões bastante relevantes.
Todo o sistema básico de saúde conta com um banco de dados (no caso de São
Simão, SQL), que pode ser manipulado facilmente e disponibilizado, via dashboards e
gráficos indicativos, de modo a aumentar a percepção dos funcionários da saúde e gestores
municipais.
Cada vez mais, a importância de conhecer sua população para incentivar um público
interno mais saudável, feliz e, consequentemente, mais produtivo, ganha relevância nos
departamentos de saúde.
Neste contexto, a importância de uma solução de Business Inteligence (BI) eficiente
para gestão de saúde fica muito clara. Em municípios com grandes e pequenas populações, é
impossível saber qual programa terá mais impacto sem a ajuda de uma ferramenta que reúna
todas as informações deste universo e as analise, ajudando os gestores a tomar decisões.
De qual forma um município como São Simão saberá o que de fato impactará na
saúde de seus cidadãos sem contar com a tecnologia? Na prática, qual a real eficiência de um
programa antitabagismo quando os colaboradores sofrem mais com diabetes ou hipertensão?
No entanto, apesar desta necessidade ser tão clara, de todas as áreas nas quais as grandes
empresas investem, BI para saúde talvez seja uma das que menos recebem atenção. Poucas
soluções que realmente apliquem uma camada de inteligência na gestão da saúde dos
munícipes.
A questão é que um BI eficiente na gestão da saúde é tão importante quanto às
soluções de inteligência de negócios para relacionamento com clientes ou finanças. Além de
aumentar a produtividade da força de trabalho – como mencionado anteriormente, um cidadão
saudável é muito mais rentável do que um estressado ou com dores -, uma solução adequada
de BI pode auxiliar o estado a diminuir custos com saúde, afastamentos, atestados médicos,
além de melhorar o clima interno.
Outro caso que exemplifica a necessidade do BI é a dificuldade de medir o retorno de
investimento (ROI) em ações de saúde e bem estar. Se eu sei como se comporta minha
população, saberei medir os resultados de cada ação, conhecendo o valor per capita com saúde
de cada munícipe? Em consequência, governos que conseguem saber o ROI de seus
programas, promovem mais e melhores iniciativas ? Quem tem mais retorno, consegue
investir mais.
Uma ferramenta de BI eficiente analisa micro e macro cenários, permitindo aos
gestores conhecer não apenas as razões pelas quais os preços dos tratamentos crescem, mas
dando a capacidade para verificar o uso dos planos, ajudando as populações a combater males
que mais os aflige e acompanhando o tratamento de seus afastados.
Segundo o Caderno de Informações de Saúde [DATASUS: 2004], é essencial para
a gestão da saúde o conhecimento, com qualidade e rapidez, da situação de saúde. Esta
informação, se de fácil acesso e disponível com qualidade, torna-se grande auxílio para a
tomada de decisão em qualquer área de atuação o, como planejamento estratégico, setorial,
controle e avaliação, auditoria, investigação o epidemiológica, justamente nesse aspecto que o
Business Intelligence se infere na gestão possibilitando a produção de conhecimento através
das informações públicas armazenadas em diversos sistemas e das experiências das pessoas
envolvidas. Porém, há muitas barreiras a serem superadas. Se em organizações tradicionais já
se encontram muitas dificuldades em obter excelência no aproveitamento das informações
para produção de conhecimento, nos órgãos públicos, então, essas dificuldades tendem a se
multiplicar. A seguir são ilustradas algumas dificuldades:
- Recursos Humanos. Falta de perspectiva de crescimento, por vezes incorre-se
ao apadrinhamento para seleção de servidores em cargo de confiança, modelo engessado de
gestão de RH;
- Implantação e Suporte dos Sistemas. Os sistemas disponíveis para as
secretarias municipais de saúde de muitas vezes são complexos, dado que são desenvolvidos
pelo DATASUS em versão única para todo o Brasil, desconsiderando-se as peculiaridades
regionais. A forma de treinamento também apresenta deficiências, e o suporte aos usuários
das esferas municipais é bastante criticado pelos usuários, com um tratamento muitas vezes
frio e impessoal.
- Quantidade de Sistemas. Atualmente existem dezenas de sistemas diferentes
em um mesmo computador, que frequentemente são isolados, isto é, não transferem
informações entre si, provocando redundância de dados.
- Segurança. Diante da utilização de diversos sistemas, e se tratando de muitas
informações confidenciais, principalmente o prontuário dos pacientes, o quesito segurança
toma proporções bem significantes. A alimentação correta dos dados também é fundamental
para o bom aproveitamento dos sistemas, evitando, por exemplo, trocas de medicações,
dosagens, agendamentos, etc.
Dados sobre a cidade :
População estimada 2016 (1)
15.165
População 2010 14.346
Área da unidade territorial 2015 (km²) 617,252
Densidade demográfica 2010 (hab/km²)
23,24
Código do Município 3550902
Gentílico simonense
Deve-se, portanto encarar o problema de forma holística e multidisciplinar. Os
sistemas de informação são uma parte critica da batalha para dar eficiência aos SMS (sistemas
de saúde municipais) e devem ser implementados juntamente com outras políticas publicas
em âmbitos estadual e federal para dar amparo às necessidades da população.
4. RESULTADOS
Mais do que um emaranhado de dados, como o seu próprio nome diz, o conceito de
BI (Business Intelligence) prove inteligência ao negócio na medida em que suas ferramentas
trabalham no apoio as tomadas de decisões dos profissionais de níveis táticos e estratégicos.
As informações agrupadas em banco de dados oferecem séries histórias permitindo, inclusive,
o cruzamento entre elas.
Na área de saúde independente do porte da instituição, as ferramentas de um BI
contribuem para a busca e interpretação de informações armazenadas em tempo real não só
para apoio nas decisões como também para medir produtividade, controle, avaliação e gestão
dos estabelecimentos.
Ao garantir a qualidade das informaçoes e o controle, o BI se torna atrativo ao setor
de saude ja que pode trazer redução de custos sem comprometer a qualidade do atendimento.
Veja abaixo tres principais ganhos de um BI para a gestão de uma instituição de saude:
1- Analise inteligente dos dados: Qualquer instituição de saude gera diariamente uma
infinidade de dados. Com ferramentas de um BI é possível converter a grande quantidade de
dados disponíveis para a informação em conhecimento valioso e estabelecer uma
comunicação rapida e eficaz com dados faceis de serem interpretados. Assim, a partir de
filtros, o processo analítico pode trazer pontos de vista multidimensionais, aprofundamentos,
rotação de dados que permitirão não só o fornecimento dos dados detalhados para os analistas,
mas também o monitoramento do desempenho.
2- Redução de custos: Ter um processo analítico das informaçoes da instituição
permite entender os acontecimentos passados e fazer previsoes sobre o futuro. Além de usar
certificado digital, o que elimina a necessidade de impressoes no processo de atendimento,
proporciona redução de custos sem comprometer a qualidade do atendimento. O uso do BI em
saude visa a geração de uma Inteligencia que permite a identificação de problemas e a
redução de desperdícios, tendo um impacto direto e significativo nos negócios.
3- Qualidade do atendimento: Com mecanismos adequados, o BI contribui para a
gestão da oferta de serviços, o gerenciamento de programas e unidades de saude bem como o
acompanhamento da situação e histórico de saude dos pacientes. A padronização das
informaçoes permite a geração de relatórios e indicadores com dados de exames, habitos
alimentares, internaçoes, altas, entre outras informaçoes sobre os pacientes e pode
proporcionar ao médico ganho de agilidade, na prestação do serviço e na satisfação dos seus
clientes.
Os resultados de aplicações de BI, Bigdata, Data Mining e integração de dados são
ainda pouco divulgados. Até o Brasil chegar a patamares de disponibilizar Eletronic Health
Records (EHRS) para a população, como já é feito em alguns países, existe um lingo
caminho.
Os Registros de Saúde Eletrônicos (EHRs) são a aplicação mais generalizada de Big
Data na área da saúde. Cada paciente tem seu próprio recorde digital, que inclui dados
demográficos, história médica, alergias, resultados de testes laboratoriais, etc. Os registros são
compartilhados através de sistemas de informação segura e estão disponíveis para os
profissionais de saúde do setor público e privado. Cada registro é composto de um arquivo
modificável, o que significa que os médicos podem implementar mudanças ao longo do
tempo, sem burocracia e sem perigo de replicação de dados. EHRs também podem
desencadear os avisos e lembretes quando um paciente deve receber um novo teste de
laboratório ou faixa prescrições para ver se um paciente tem vindo a seguir as ordens dos
médicos. Embora o EHR seja uma ótima ideia, muitos países ainda lutam para executá-lo
plenamente. EUA tem feito um grande salto com 94% dos hospitais que adotam EHRs de
acordo com esta pesquisa HITECH, mas a UE ainda fica atrás. Em 2020 sistemas de registro
de saúde europeu centralizado deve tornar-se uma realidade. Alertas em tempo real. Outros
dados grandes em exemplos de saúde compartilham uma funcionalidade fundamental - alertas
em tempo real. Nos hospitais, Apoio à Decisão Clínica (CDS) um software analisa os dados
médicos no local, fornecendo profissionais de saúde com conselhos como eles tomam
decisões prescritivas. No entanto, os médicos querem que pacientes fiquem longe de hospitais
para evitar dispendiosos tratamentos in-house. Dispositivos de análise pessoal, já tendências
como buzzwords de inteligência de negócios, têm o potencial para se tornar parte de uma nova
estratégia de entrega de cuidados de saúde. Wearables irão recolher dados sobre a saúde dos
pacientes de forma contínua e enviar os dados para a nuvem. Os pacientes serão capazes de
compartilhar esses dados com os seus médicos para lhes dar uma melhor visão sobre o seu
bem-estar. Além disso, esta informação será acessada ao banco de dados sobre o estado de
saúde do público em geral, o que vai permitir que os médicos para comparar esses dados em
contexto socioeconômico e modificar estratégias de prestação de cuidados de saúde em
conformidade, instituições de saúde e gestores de cuidados vão usar ferramentas sofisticadas
para monitorar este fluxo de dados enorme e reagir cada vez que os resultados serão
perturbador. Por exemplo, se a pressão arterial aumenta do paciente de forma alarmante, o
sistema irá enviar um alerta em tempo real para o médico que irá, em seguida, tomar medidas
para atingir o paciente e administrar medidas para baixar a pressão.
Todo este cenário que, a primeira vista parece oriundo de um filme de ficção
cientifica, já é realidade um alguns projetos no exterior. Certamente é tendência e, se bem
aplicado, pode salvar efetivamente milhares de vidas em um período bastante curto de
implementação. Ademais, esta mesma tecnologia hoje já é usada para o comercio eletrônico,
com taxas de sucesso elevada!
Em se tratando de gestão do SUS, temos de nos contentar com o básico. Mas, em
nosso caso, o mínimo já pode nos trazer inúmeros benefícios notáveis à população.
Análise Preditiva em Saúde é um destes beneficios que estão disponi9veis, graças
aos bancos de dados existentes e ferramentas gratuitas de mineiração de dados. Falytam
somente profissionais e vontade politica.
Usando dados de saúde para o planejamento estratégico Informado:
O uso de Big Data na área da saúde permite o planejamento graças estratégicas para
melhores insights sobre as motivações das pessoas. Os profissionais de saúde podem analisar
os resultados de check-up de pessoas de diferentes grupos demográficos e identificar quais os
fatores que desencorajar as pessoas a assumir o tratamento.
Universidade da Flórida fez uso do Google Maps e dados de saúde pública gratuitos
para preparar mapas de calor dirigidas a várias questões, como o crescimento da população e
doenças crônicas. Posteriormente, acadêmicos comparação destes dados com a
disponibilidade de serviços médicos em áreas mais aquecidas. Os insights lhes permitiu rever
a sua estratégia de prestação de serviços e adicionar mais unidades de cuidados para a maioria
das áreas problemáticas.
Podemos reduzir os custos governamentais, em um segundo momento, me até 20%,
melhorando a saúde da população em geral e desonerando o estado.
Existem inúmeros exemplos emtodo o mundo de uso de BI e Bigdata na
fundamentação de procedimentos, otimização de recursos e melhora substancial no
atendimento, acompanhamento previsão e prevenção de doenças. Empresas e universidades
como o MIT, Harvard, IBM, Oracle, Microsoft,etc tem tido avanços substanciais com o uso
de dados existententes e coleta dde novos, usando entre outros, Rfids e IOT (Internet das
coisas) em muitas organizações, os responsáveis pela tomada de decisões na maioria das
vezes não conhecem suas reais necessidades de informações. Na verdade, não têm ciência do
que existe e do que pode estar à disposição para auxiliá-los a ter visão ampla, dinâmica e
sistêmica do negócio. Por isso, ferramentas de Business Intelligence (BI) são cada vez mais
apontadas como itens obrigatórios à gestão corporativa.
Na área da saúde, segmento pressionado a oferecer serviços de qualidade geralmente
com recursos escassos, o uso do BI ainda é pouco difundido. No entanto, já existem hospitais,
clínicas e outras instituições que descobriram suas vantagens. A partir da consolidação de
vários dados em um único repositório para busca e interpretação de informações armazenadas
em tempo real, o BI garante acesso amplo e detalhado a questões operacionais, como o quadro
clínico dos pacientes para que a equipe médica realize estudos sobre situações de risco e
responda com ações que possam evitar futuros problemas.
Outro ponto fundamental, mais um exemplo da possibilidade de uso da inteligência
de dados na saúde, é o fato do gestor ter pleno controle do que acontece em todos os setores
de uma instituição, desde as questões financeiras até o cuidado com o paciente. Isso facilita a
abertura de planos de ação para resolução de problemas e a gestão de resultados de maneira
organizada. Uma vez que o executivo de um hospital deixa de conduzir o futuro
organizacional pelo método “tentativas/erros” e passa a planejar o negócio a partir de
conhecimentos reais, aumenta-se a chance de sucesso.
Na saúde pública, além de proporcionar aos gestores municipais uma visão
administrativa de unidades e serviços prestados, o BI pode ter grande utilidade na definição de
ações preventivas e corretivas. A capacidade de memorizar, cruzar e compartilhar dados
provenientes de diferentes instituições que atendem diariamente a população possibilita
investigação e controle epidemiológico por localização ou tipo de doença, redução de custos
pela identificação de problemas e desperdícios, melhor distribuição da oferta de serviços,
aumento na qualidade do atendimento a pacientes, dentre muitos outros fatores, como até uma
atuação governamental mais proativa em vez de reativa.
Capazes de transformar inúmeros dados em informações inteligentes, as ferramentas
de BI apontam para fatores críticos e oportunidades, identificam padrões e tendências,
apresentam análises estatística e histórica para criação de metas e, dessa forma, guiam
gestores e viabilizam a elaboração de planejamentos estratégicos com segurança.
É esta cultura que queremos demonstrar aos gestores municipais, que o BI com suas
ferramentas, pode ser um aliado para desafogar e sugerir soluções nunca dantes imaginadas
para tirar o SUS da UTI.
5. CONCLUSÃO
Procurou-se, ao longo deste artigo, apresentar os aspectos envolvidos com o conceito
de Business Intelligence, conceito este de grande relevância dentro do novo paradigma
organizacional, onde o conhecimento é considerado o principal ativo de qualquer organização.
Dentro desse contexto, buscou-se dar um enfoque às secretarias municipais de saúde,
apontando algumas dificuldades e limitações enfrentadas e suas possíveis soluções, fazendo-
se um estudo compreensivo sobre a aplicação do conceito de business intelligence em saúde
pública.
Conclui que os sistemas de informação devem ser utilizados como uma ferramenta
imprescindível para a correta alocação dos recursos da saúde e, que sem eles não é possível
gerir um sistema de tamanha complexidade.
Sim, existirá um investimento e certo desconforto inicial, mas comprovadamente, o
que deu certo no setor privado, certamente ajudará o público.
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