TRABALHO terça feira 18 hrs

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 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE ENGENHA RIA GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL MECANICA DOS SOLOS II ESTABILIDADE DE TALUDES - 2ª Parte Turma: B Professor: Lúcio Villar Grupo 04: Camila Gonçalves Alves Pereira 2009014264 Felipe Bayao Salgado Leão 2009014507 Julianara Gomes Correa de Oliveira Porto 2011420959 Marcos Pessoa Franco Moreira 2007014054 Renato Luiz Costa 2007014402 Wagner Antonio Martins Ribeiro 2007014674 1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINASGERAIS

ESCOLA DE ENGENHARIAGRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

MECANICA DOS SOLOS II

ESTABILIDADE DE

TALUDES

- 2ª Parte

Turma: B Professor: Lúcio Villar 

Grupo 04:

Camila Gonçalves Alves Pereira 2009014264

Felipe Bayao Salgado Leão 2009014507

Julianara Gomes Correa de Oliveira Porto 2011420959

Marcos Pessoa Franco Moreira 2007014054

Renato Luiz Costa 2007014402

Wagner Antonio Martins Ribeiro 2007014674

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ÍNDICE

ÍNDICE...........................................................................................................2

LISTAS...........................................................................................................2

Lista de figuras..............................................................................................................2

Lista de tabelas..............................................................................................................2

Lista de gráficos.............................................................................................................2

Lista de símbolos...........................................................................................................2

2ª PARTE DO TRABALHO (EM GRUPO)..............................................................2

INTRODUÇÃO.................................................................................................................2

1.1. TIPOS DE OBRAS E AÇÕES UTILIZADAS NA ESTABILIZAÇÃO DE ENCOSTAS:............3

1.2. DIAGNÓSTICO DE UMA SITUAÇÃO REAL:................................................................14

LISTAS

Lista de figuras

Lista de tabelas

Lista de gráficos

Lista de símbolos

2ª PARTE DO TRABALHO (EM GRUPO)

INTRODUÇÃO

O uso e ocupação do solo nas cidades brasileiras ocorreram por muito tempo de

forma desordenada, sem planejamento e preocupação com as condições

geotécnicas, acarretando em inúmeros desastres, devido a inúmeros problemas

como erosão, escorregamentos, enchentes, entre outros fatores.

Os escorregamentos podem ser definidos como todo e qualquer movimento que

envolva materiais terrosos ou rochosos que, por qualquer causa, processos ou

velocidades, sofrem deslocamentos induzidos pelo agente gravidade. Estes são de

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grande preocupação no Brasil, devido a grande ocorrência de acidentes fatais e

 prejuízos econômicos que ela pode gerar. Portanto, têm-se a necessidade de

estabilizar os taludes dentro das cidades, ou onde houver riscos de vida de

habitantes. A estabilidade de uma encosta, em seu estado natural, está

condicionada a três fatores principais: por suas características geométricas

(altura e inclinação), por suas características geológicas (tipo de solo,

composição) e pelo seu ambiente fisiográfico (clima, cobertura vegetal,

drenagens naturais).

1.1.TIPOS DE OBRAS E AÇÕES UTILIZADAS NA ESTABILIZAÇÃO DEENCOSTAS:

1.a.a).Soluções para estabilização de encostasEm algumas situações devido à implantação de uma obra pode-se colocar em

risco a estabilidade de uma encosta. Dessa maneira faz-se necessário encontrar 

soluções para estabilização de encostas, que permitam a execução da obra de

forma segura e econômica. A seguir serão apresentadas contenções encontradas

pelo grupo nos arredores da cidade de Belo Horizonte:

O primeiro caso encontrado trata-se de um muro de alvenaria de pedras,

representado na FIGURA 1.

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FIGURA 1 – Muro de alvenaria de pedrasLocalizado na Avenida Heráclito Mourão de Miranda, bairro Alípio de Melo, Belo

Horizonte.

Segundo GERSCOVICH, Denise M. S. Capítulo 3: Estruturas de ContençãoMuros de Arrimo. Departamento de Estrutura e Fundações da Universidade do

Estado do Rio de Janeiro, os muros de alvenaria de pedra são os mais antigos.

Trata-se de uma alvenaria menos frequente, atualmente, pois deve ser empregado

em muros com menor altura. Como vantagens tem-se a simplicidade de construção,

a dispensa de sistema de drenagem, devido o material ser drenante e baixo custo.

No entanto, para a construção do muro deve-se utilizar pedras com dimensões

aproximadamente regulares, minimizando o atrito entre as pedras e mantendo-se aestabilidade interna do muro.

O muro encontrado pelo grupo foi construído sem argamassa, esse tipo é

recomendado para contenções com alturas de até 2 m. Se o muro de pedra for 

construído com argamassa, deve ser empregado um sistema de drenagem e a

altura pode ser maior, se comparado com o muro sem argamassa.

O segundo caso encontrado trata-se de um muro de gabião, representado na

FIGURA 2.

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FIGURA 2 – Muro de gabiãoLocalizado na Avenida Heráclito Mourão de Miranda, bairro Alípio de Melo, Belo

Horizonte.

Segundo GERSCOVICH, Denise M. S. Capítulo 3: Estruturas de Contenção

Muros de Arrimo. Departamento de Estrutura e Fundações da Universidade doEstado do Rio de Janeiro, os gabiões são gaiolas metálicas preenchidas com pedras

arrumadas manualmente e construídas com fios de aço galvanizado em malha

hexagonal. Gabiões de menor dimensão são mais rígidos e apresentam maior 

resistência e devem ser empregados onde as tensões de compressão são mais

significativas.

A principal vantagem do muro de gabião é a flexibilidade, permitindo a

acomodação da estrutura segundo recalques diferenciados. Além da permeabilidade

existente, dispensando a necessidade de sistema de drenagem.

O terceiro caso encontrado trata-se de uma concretagem de encosta,

representado na FIGURA 3.

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FIGURA 3 – Concretagem de encostaLocalizado na Avenida Heráclito Mourão de Miranda, bairro Alípio de Melo, Belo

Horizonte.A concretagem de uma encosta tem como finalidade evitar ou diminuir a

infiltração das águas de chuvas, garantindo assim uma maior estabilidade. Devido à

impermeabilização faz-se necessário a execução de um sistema adequado de

drenagem. Esse tipo de contenção é, em geral, economicamente viável apenas

quando a altura não é superior a 4 m. Uma economia significativa de material pode

ser feita devido a inclinação da contenção. Fendas de dilatação são encontradas no

exemplo acima, visando à minimização de manutenção e evitando o aparecimento

de fissuras na contenção.

O quarto caso encontrado trata-se de um muro de sacos de solo,

representado na FIGURA 4.

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FIGURA 4 – Muro de sacos de soloLocalizado na Avenida São Marcos (Via expressa de Contagem), bairro Santa

Edwiges, Contagem.Segundo GERSCOVICH, Denise M. S. Capítulo 3: Estruturas de Contenção

Muros de Arrimo. Departamento de Estrutura e Fundações da Universidade do

Estado do Rio de Janeiro, esse tipo de contenção é constituída por camadas

formadas por sacos de poliéster, preenchidos por solo. Esse solo deve ser 

peneirado para retirada de pedregulhos e os sacos devem ser preenchidos até cerca

de dois terços do volume útil do saco. No local os sacos são arrumados em

camadas horizontais desencontradas em relação à camada imediatamente inferior,

de modo a garantir um maior travamento e uma maior densidade do muro. Asprincipais vantagens dessa contenção são o baixo custo, não necessita

equipamentos ou mão de obra especializada, facilidade de execução do muro e a

adequabilidade do uso de solos residuais.

Observa-se na figura 4 que a contenção encontra-se em condições precárias,

muitos sacos foram abertos e destruídos. Além de não ter sido completada a

execução do muro.

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O quinto caso encontrado trata-se de um muro de flexão com tirantes,

representado na FIGURA 5.

FIGURA 5 – Muro de flexão com tirantesLocalizado na Avenida São Marcos (Via expressa de Contagem), bairro Santa

Edwiges, Contagem.

Segundo GERSCOVICH, Denise M. S. Capítulo 3: Estruturas de Contenção

Muros de Arrimo. Departamento de Estrutura e Fundações da Universidade doEstado do Rio de Janeiro, muros de flexão são estruturas mais esbeltas com seção

transversal em forma de “L”. Os tirantes podem ser utilizados nos muros de flexão,

como no exemplo encontrado, para melhorar sua condição de estabilidade.

O sexto caso encontrado trata-se de um retaludamento, representado na

FIGURA 6.

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FIGURA 6 – RetaludamentoLocalizado na Avenida Helena de Vasconselos Costa, bairro Perobas 2, Contagem.

Segundo MASSAD, Faiçal Obras de Terra: Curso Básico de Geotecnia.Oficina de textos (Ed.), São Paulo, 2003, retaludamento consiste em alterar a

geometria da encosta, quando houver espaço disponível. Dessa forma, deve-se

aliviar o talude junto à crista e acrescentá-los junto ao pé. Esse tipo de estabilização

é recomendado quando o horizonte instável é uma capa delgada de solo, tornando-

se mais econômica e mais fácil alterar a geometria pela remoção do material

instável. Nesse tipo de solução deve-se instalar um sistema de drenagem eficiente.

O sétimo caso encontrado trata-se de uma impermeabilização superficial de

encostas utilizando-se lonas, representado na FIGURA 7.

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FIGURA 7 – LonasLocalizado na Avenida São Marcos (Via expressa de Contagem), bairro Santa

Edwiges, Contagem.

As lonas podem ser utilizadas em caráter emergencial (Figura 7), evitando

assim maiores problemas causados pela chuva em uma obra. Dessa forma, pode-se

evitar a infiltração de água, além do carreamento de partículas de solos pela chuva.

O oitavo caso encontrado trata-se de uma impermeabilização superficial deencostas utilizando-se vegetação, representado na FIGURA 8.

FIGURA 8 – Encosta impermeabilizada com gramíneasLocalizada na Avenida Antônio Carlos, Belo Horizonte.

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A colocação de gramíneas em uma encosta tem como finalidade evitar ou

diminuir a erosão causada pelas águas de chuvas, garantindo assim uma maior 

estabilidade. Esse tipo de contenção é, em geral, economicamente viável apenas

quando a altura é pequena.

O nono caso encontrado trata-se de um muro de pneus , representado naFIGURA 9.

FIGURA 9 – Muros de gravidade de pneus

Localizado na Avenida Antônio Prado, Bairro Dom Cabral.

.

Os muros de pneus funcionam como muros de gravidade e apresentam

vantagens por poder reutilizar pneus descartados. Estes muros são construídos a

partir do lançamento de camadas horizontais de pneus, amarrados entre si com

corda ou arame e preenchidos com solo compactado. Combina a elevada

resistência mecânica do pneu, com o baixo custo.

O décimo caso encontrado trata-se de um , representado na FIGURA 10.FIGURA 10 – xxxx

Localizado na xxxxxx.

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1.a.b).Soluções para drenagem de encostas

Para um comportamento satisfatório de uma contenção, faz-se necessário a

utilização de sistemas eficientes de drenagem. O objetivo da drenagem é diminuir a

infiltração de águas pluviais, captando-as e escoando-as por algum sistema.

Diversos dispositivos podem ser utilizados, como:

FIGURA 11 – Furos drenantes ou barbacãsLocalizado na Avenida Heráclito Mourão de Miranda, bairro Paquetá, Belo Horizonte.

Os furos drenantes ou barbacãs mostrados na figura 11 são indicados quandonão existem inconvenientes em drenar as águas para frente da contenção.

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FIGURA 12 – Escada d’água (canaleta longitudinal)Localizado na Avenida Professor Clóvis Salgado, bairro Jardim Laguna, Contagem.

FIGURA 13 – Canaleta longitudinalLocalizado na Avenida Helena de Vasconselos Costa, bairro Perobas 2, Contagem.

Os sistemas de drenagem que utilizam canaletas longitudinais, mostrados nas

figuras 12 e 13, possuem a função de minimizar a infiltração e a erosão causadas

pela água de chuva.

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As canaletas transversais possuem a função de conduzir a água para serem

despejadas em um local onde vão causar menos impacto na estabilidade de uma

contenção.Como pode ser observado na Figura 14.

FIGURA 14 – Canaletas transversaisLocalizado na rua Ébano, bairro Jardim Laguna, Contagem.

1.2.DIAGNÓSTICO DE UMA SITUAÇÃO REAL:

2.a.a).Parâmetros para escolha do Talude

O talude estudado encontra-se no final da rua Randolfo Trindade, no Bairro

Engenho Nogueira, divisa da região Noroeste com a Pampulha. O talude é

natural, e não possui projeto de drenagem. Há duas casas de baixo padrão

construídas no topo do talude, que aumenta a sua instabilidade.

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2.a.b).Processo de instabilização sofrido e Risco devido a açõesantrópicas

2.a.c). Situação de instabilidade do Talude estudado

2.a.d). Procedimento de Analise

2.a.d.1. Tipo Litológico

Através da Figura 16, temos informações referentes ao tipo litológicopredominante na região do talude. Como ele localiza-se no bairro EngenhoNogueira, próximo ao indicado pelo número 2 no mapa, verifica-se que o taludeanalisado tem em seu subsolo rochas pertencentes ao agrupamento geológico docomplexo Belo Horizonte.

Trata-se do agrupamento de formação mais antiga e mais comum dentre os

verificados no município de Belo Horizonte, tendo idade arqueana e ocupando cercade 70% do território. É constituído basicamente por gnaisses de aspecto cinzento,com bandamento composicional e feições de migmatização. É formado de rochascristalinas com passado de rochas ígneas e sedimentares, metamorfizadas por refusão parcial em longas profundidades, e recristalização generalizada. Noprocesso de formação, pode ter ocorrido trocas de materiais com terrenosenvolventes, gerando certa homogeneização. Quando em bom estado, essas rochassão bastante resistentes, tendo cristais visíveis, dispostos em superfícies definidas,destacadas por variação de coloração (foliação gnáissica). Originam-se das

gnaisses solos residuais de espessuras variadas, normalmente susceptíveis àerosão.

Ressalta-se que, apesar de umaclassificação genérica, não apresentacaracterísticas geológicas totalmenteuniformes, mas que são relativamentehomogênea para aplicações mais gerais.

Figura 16: Mapa Geológico de BeloHorizonte

Fonte: Parizzi, M. G. ; SOBREIRA, F. G. ;GALVÃO, T. C. B. ; TIMBO, E. M. A. .Chuvas e escorregamentos de taludes em

Belo Horizonte, MG

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2.a.d.2. Risco Geológico e GeotecnicoPela análise do Mapa de Área de Risco do Município de Belo Horizonte (Figura 17),

verifica-se que o talude analisado encontra-se em uma área crítica da cidade. Nesseestudo, a região encontra-se classificada como área de risco de erosão,escorregamento e escavação. Sendo assim, trata-se de um ponto de grandevulnerabilidade geotécnica, o que justifica a ocorrência de deslizamentos recorrentesde taludes verificados na região do Engenho Nogueira e também a necessidade daanálise da estabilidade.

Algumas das razões principais para a grande suscetibilidade a fenômenosligados a movimentação de solo estão diretamente ligadas à descrição geológicafeita no item a. Como descrito, a presença de foliação característica de gnaisses,

associada à presença de grandes declividades no relevo, pode contribuir para ainstabilidade do talude, dependendo da relação entre o plano de xistosidade e dasuperfície do talude. Além disso, como descrito, os solos residuais geralmenteformados pela degradação dessas rochas geralmente são bastante susceptíveis àerosão.

Figura 17: Mapa de área de riscode BH

Fonte: Prefeitura de BeloHorizonte (2000)

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2.a.d.3. CADE?!

2.a.d.4. Intensidade de Chuvas nos últimos anosPela falta de dados sobre o clima e a precipitação mais específicos da região

do talude, serão consideradas informações mais gerais, referentes ao município de

Belo Horizonte. Esses dados permitem uma análise satisfatória, já que não hágrandes disparidades climáticas dentro da cidade.

Belo Horizonte possui um clima conhecido como tropical de altitude,condicionado pela proximidade com o trópico de capricórnio e por uma altitudemédia de 900m acima do mar. A amplitude térmica durante o ano é relativamentebaixa, a precipitação anual na capital de Minas Gerais é de aproximadamtente1491,3mm e a temperatura anual média amena de aproximadamente 21,1 °C.

O clima da região tem como principal característica a existência de duas

estações distintas bem definidas. Uma delas é mais fria e bastante seca e duracerca de 3 a 4 meses (maio a agosto), correspondendo mais ou menos ao inverno.A outra (novembro a fevereiro), que ocorre sobretudo durante o verão, correspondea um período quente e bastante úmido. Nesse período, as chuvas são intensas efrequentes, chovendo grande parte da precipitação anual média, com destaque paraas regiões de topografia mais elevada. É essa a época do ano crítica para aestabilidade dos taludes, sendo recorrentes casos de escorregamentos nomunicípio.

A Figura 18 exemplifica como os meses do verão concentram grande partedas chuvas, ao apresentar médias anuais em contraste com a precipitação em  janeiro de 2

Figura 18: Precipitação anual média em Belo Horizonte

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Fonte: Parizzi, M. G. ; SOBREIRA, F. G. ; GALVÃO, T. C. B. ; TIMBO, E. M. A. .Chuvas e escorregamentos de taludes em Belo Horizonte, MG

As Figuras 19 e 20 apresentam a variação de temperatura e pluviosidade deBelo Horizonte ao longo do ano, com dados referentes ao período entre 1961 e1990. Tais gráficos evidenciam o grande contraste existente entre as principais

estações.

Figura 19: Variação datemperatura ao longo do ano emBHFonte: INMET

Figura 20: Variação daprecipitação ao longo do ano emBH

Fonte: INMET

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2.a.d.5. Chuvas e Acidentes anteriores

Segundo Maria Giovana Parizzi, em seu artigo Chuvas eEscorregamentos de Taludes em Belo Horizonte – MG, em janeiro de2003 ocorreram três escorregamentos em taludes no bairro EngenhoNogueira, causando grandes estragos na rua que contorna o talude, edeixando as moradias do topo em alto risco.Porém o talude estudadoneste caso, não foi encontrado nenhum caso de acidente anterior ou atual.

2.a.d.6. Classificação do solo do local estudado

O solo residual é o material resultante da alteração da rocha mãe e quenunca foi transportado, ou seja, se forma no local de origem. Isso contribuipara que os solos residuais possuam características geomecânicasdistintas dos solos transportados ou sedimentares.

Pode-se classificar o solo analisado na região do bairro EngenhoNogueira, como solo residual, visto que são típicos de regiões tropicais eque apresentam horizontes com grau de intemperismo decrescente.

Assim, os solos residuais são aqueles originados da decomposição dasrochas que se encontram no próprio local em que se formaram. Para queeles ocorram, é necessário que a velocidade de decomposição da rochaseja maior do que a velocidade de remoção por agentes externos, quedepende da temperatura, do regime de chuvas e da vegetação.

2.a.d.7. Identificação Tátil Visual

Alguns testes rápidos permitiram identificar algumas características dosolo do talude em estudo, esses testes serão listados abaixo:

• Sensação ao tacto: uma porção de solo foi colocada na mão,

buscando sentir sua aspereza. Percebeu-se uma sensação de farinha

e quando úmida, de sabão. A partir desse teste chega-se a conclusão

de se tratar de um solo argiloso.

• Plasticidade: tentou-se moldar um pequeno cilindro de solo úmido,

chegou-se a conclusão de se tratar de um solo siltoso, devido não ser 

possível moldar o cilindro e ao resultado do primeiro teste.

• Resistência do solo seco: tentou-se desfazer os pequenos torrões

existentes em uma porção do solo, chegou-se a conclusão de se tratar 19

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de um solo siltoso, pois encontrou-se uma facilidade em desfazer 

esses torrões.

• Mobilidade de água intersticial: colocou-se uma porção de solo com

água na mão, fez-se bater a mão fechada, com o solo dentro, contra a

outra e ao abrir, verificou-se uma superfície brilhante permanente por um tempo e não ocorreram fissuras.

Dessa forma, classifica-se o solo como silte argiloso e a análise de

estabilidade será feita segundo essa classificação.

2.a.d.8. Causas e Indícios de Instabilização

A visita ao local de estudo ocorreu no dia 20 de Novembro de 2011. Otalude possui uma altura média de 8 metros, com extensão média

(profundidade) de 5,5 metros. Por meio dessa visita e pelas fotos tiradas,

percebem-se alguns fatores físicos que possivelmente levaram a instabilidade

do talude. São eles:

- A ausência de vegetação em parte do trecho.

- Grande inclinação do talude.

- Desprendimento da camada de solo na parte inferior do talude (FIGURA 21)

- Ausência de sistema de drenagem de águas pluviais.

- Presença de vegetações de médio porte na crista.

O fator antrópico que contribui para o talude estar instável é a

ocupação irregular neste terreno, onde o aspecto geológico é desfavorável.

Há duas casas de baixo padrão construídas na crista do talude, aumentando

o risco de deslizamento do local, como pode ser observado na Figura 22.

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FIGURA 21 – Vista do despreendimento de camada do solo

FIGURA 22 – Vista do talude e as casas construídas irregularmente na crista

Observa-se que na continuação do talude (FIGURA 23) houve um

sistema de estabilização, onde foi criado uma berma de equilíbrio, e uma

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canaleta longitudinal para sistema de drenagem, porém não foi realizado por 

toda extensão do talude.

FIGURA 23 – Vista da continuação do talude, com berma de equilíbrio e

canaleta longitudinal

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2.a.d.9. Fotos do talude foram anexadas no escopo do trabalho

2.a.d.10. A figura XXX mostra os integrantes do Grupo no local estudado.

2.a.d.11. Todos os integrantes estiveram presentes na visita realizada no local estudado nopresente trabalho.

2.a.d.12. Figuras relevantes foram anexadas no escopo do trabalho

2.a.d.13. Analise da estabilidade

Em campo a análise do solo ocorreu de forma visual e tátil sendo identificadocomo um solo silte-argiloso. Para a análise de estabilidade os parâmetrosconsiderados foram c=20 kpa Φ= 30° densidade= 18KN/m³ que sãorepresentativos de solo silte-argiloso. A referência para os parâmetros do soloforam encontradas na monografia, Análise crítica de métodos de cálculo paraestabilidade de taludes em solo residual, Autor: Guilherme Lopez Ferreira.

O perfil do talude analisado no Google Earth não forneceu resultadosesperados com a análise em campo, assim optamos por adotar valoresestimados pela observação na visita em campo. Para geometria foi adotadouma altura de 8 metros e uma inclinação de 62.5%.

O modo de ruptura identificado do talude foi de ruptura circular como pode ser observado na Figura 24 abaixo.

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Figura 24: Talude analisado.

Nessa foto é possível observar uma superfície curva no meio do talude. O métodode análise de estabilidade adotado foi o de Morgensterm e Price que é um métodorigoroso de análise e pode ser aplicado a qualquer plano de ruptura. Pelo fato de ser um método bem rigoroso o fator de segurança encontrado será mais próximo do

real. Para essa análise será utilizado o Geoslope.

2.2.d.14 Os parâmetros do solo e a geometria do talude foram implementados no

Geoslope (Figura 25) obtendo o seguinte resultado.

Figura 25: Geometria do talude representado no Geoslope.

Após o cálculo efetuado pelo programa foram obtidos os seguintes fatores desegurança (Figura 26).

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Figura 26: Resultado da análise pelo Geoslope.

Com o F.S.= 0,995 encontrado pelo método de Morgensterm e Price o

resultado é que o talude encontrado é instável. A análise do programa foi feita sem

considerar a interação da vegetação presente no talude com o solo. Os parâmetros

de resistência considerados são aproximados, pelo fato do solo ter sido identificado

superficialmente. Além disso, optamos por fazer a análise de estabilidade com o NA

do solo no topo da superfície, para obtermos um resultado para a pior condição que

pode vir a ocorrer. Dessa forma podemos concluir que os resultados obtidos na

análise de estabilidade não são totalmente confiáveis pelas aproximações feitas nas

considerações. Em campo foi possível verificar a presença de superfície de ruptura,

o que evidência deslizamentos passados.

Após análise pelo GeoSlope foi possível obter a possível superfície de ruptura

que está representado na Figura 27.

Figura27: Talude analisado pelo método Morgensterm e Price

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2.a.d.14.

2.a.d.15. Solução para estabilização do talude estudado

Dada a expansão da área Norte de Belo Horizonte, comprovadapela presença de investimentos de diversas construtoras, a

localização do talude estudado e sua instabilidade (considerado umasituação crítica de NA no topo do mesmo) implica-se em medidaspara contenção do maciço. Uma solução proposta seria ogrampeamento do solo.

Após analise da condição de suporte do solo encontrado abaixo dafaixa de ruptura considerada, da inclinação do talude na região, daconstatação de existência de cargas já incidentes sobre o local e danecessidade de não interferência na configuração do talude semantes realizar uma contenção optou-se por este tipo de contenção.

O solo deve ser perfurado com máquinas manuais nos locaisdeterminados em projeto para alocação de chumbadores. Depoisda perfuração, executa-se a fase inicial da bainha, com a qual serecompõe a cavidade escavada. Então é instalada e fixada aarmação metálica (Diâmetro de 10 a 25 mm) que deve ter umadobra na sua extremidade. Ao longo da armação são instaladosdispositivos centralizadores (a cada 2m), que garantem o contínuo econstante recobrimento com calda de cimento.Adjacente à barra, éinstalado um ou mais tubos de injeção.

Após um mínimo de 12 horas, o chumbador deve sofrer uma re-injeção por meio do tubo de injeção, anotando-se a pressão máximade injeção e o volume de calda absorvida para controle dequalidade. A quantidade de injeções é definida em projeto.

Para esse caso, foi utilizado dois tipos de drenagem: drenoshorizontais profundos, que são elementos que captam as águasdistantes da face do talude antes que nele aflorem. Ao captá-las,eles as conduzem ao paramento e despejam-nas nas canaletas.Estes tubos são perfurados ao longo de seu comprimento erecobertos por manta geotêxtil. E verticalmente, utiliza-se drenoslineares contínuos que é resultado da instalação de calha plásticadrenante revestida por manta geotêxtil. Ele estende-se ao longo dadireção vertical, da crista até o pé do talude e aflora na canaleta depé.

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Concreto projetado é a mistura de cimento, areia, pedrisco, água eaditivos, impulsionada por ar comprimido desde o equipamento deprojeção até o local de aplicação,através de mangote. Naextremidade do mangote há um bico de projeção, onde éacrescentada água. Esta mistura é lançada pelo ar-comprimido, a

grande velocidade, na superfície a ser moldada.Um croqui da solução proposta pelo grupo e apresentado na Figura XXX

Figura 28: xxx

Outra solução possível seria o retaludamento, assim como ocorre nacontinuação do talude. O método consiste na diminuição dainclinação do talude, cortando a encostas em bancadas (bermas deequilíbrio). Para controle de drenagem, uma boa opção seria aimplantação de cobertura vegetal, de modo a reduzir a infiltração deágua, evitando a erosão superficial, aumentando a estabilidade dotalude. Além disso, deve-se ser colocadas canaletas na crista e nopé do talude e os dissipadores de energia, para reduzir o impactopluvial (FIGURA DD).

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Figura 29: Desenho esquemático do retaludamento com sistema de drenagemFONTE: Revista Infraestrutura urbana – Artigo 235540

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