Trabalho Sobre Hormônios

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Trabalho sobre hormônios

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UNIVERSIDADE ESTCIO DE S

CURSO DE GRADUAO EM ENFERMAGEM

ESTCIO CAMPUS SULACAP

Fbio de Oliveira Silva

Matricula: 2009.07.08622-8

Bioqumica

Professora Renata Manfrinato

Hormnios:

Rio de Janeiro

13/06/2011

O que so Hormnios?

Hormnios so substncias qumicas que transferem informaes e instrues entre as clulas, em animais e plantas. Tambm chamados de "mensageiros qumicos do corpo", os hormnios regulam o crescimento, o desenvolvimento, controlam as funes de muitos tecidos, auxiliam as funes reprodutivas, e regulam o metabolismo. As glndulas responsveis pela secreo dos hormnios, portanto, so classificadas como glndulas endcrinas.

Principais Glndulas Endcrinas:

Hipfise (pituitria) Anterior

Produz e secreta dezenas de hormnios. Os principais e mais bem conhecidos so: GH, TSH, ACTH, FSH, LH e PROLACTINA.

Hipfise (pituitria Posterior)

Secreta os hormnios (produzidos no hipotlamo): OCITOCINA e ADH (hormnio antidiurtico).

Tireide

Produz e secreta: TIROXINA (T4), TRIIODOTIRONINA (T3) e CALCITONINA.

Paratireides

Produzem e secretam: PARATORMNIO.

Pncreas

Produzem e secretam: INSULINA e GLUCAGON.

Crtex das Supra Renais

Produzem e secretam dezenas de hormnios. Os mais importantes so: ALDOSTERONA, CORTISOL, HORMNIOS ANDROGNIOS.

Testculos

Produzem e secretam o hormnio masculino TESTOSTERONA.

Ovrios

Produzem e secretam os hormnios femininos: ESTROGNIO e PROGESTERONA.

HORMNIOS HIPOFISRIOS

HIPFISE

A Hipfise (ou Pituitria) uma pequena glndula localizada em uma cavidade craniana chamada sela trsica. dividida em duas partes, uma bem diferente da outra: Hipfise Anterior (Adenohipfise) e Hipfise Posterior (Neurohipfise).

ADENOHIPFISE

Formada por tipos bastante variados de clulas, produz e secreta na circulao dezenas de hormnios. Os mais importantes e bem conhecidos so:

HG (somatotropina)

Hormnio do crescimento - promove um crescimento na maioria dos tecidos do nosso corpo.

TSH (tireotropina)

Hormnio estimulante da tireide - estimula as clulas foliculares tireoidianas a aumentarem a sntese e liberao dos hormnios tireoidianos.

ACTH (corticotropina)

Hormnio estimulante do crtex da supra-renal - estimula a crtex da glndula supra-renal a aumentar a sntese e liberao de seus hormnios.

FSH (gonadotropina)

Hormnio folculo-estimulante - estimula o crescimento e desenvolvimento dos folculos ovarianos (na mulher) e a proliferao do epitlio germinativo e espermatognese (no homem).

LH (gonadotropina)

Hormnio luteinizante - um dos grandes responsveis pela ovulao, mantm o corpo lteo em atividade (na mulher) e estimula a produo de testosterona pelas clulas de Leydig (no homem).

PROLACTINA

Estimula a produo de leite pelas glndulas mamrias.

NEUROHIPFISE

ADH - hormnio antidiurtico - produzido pelos ncleos supra-pticos do hipotlamo age no tbulo contornado distal e no ducto coletor do nefron, aumentando a permeabilidade gua nestes segmentos.

OCITOCINA - produzido pelos ncleos paraventriculares do hipotlamo, promove contrao da musculatura lisa uterina (muito importante durante o trabalho de parto) e contrao das clulas mio-epiteliais, nas mamas, contribuindo para a ejeo do leite (durante a fase de amamentao).

HORMNIO DO CRESCIMENTO (GH)

uma pequena protena, produzida e secretada pela glndula hipfise anterior.

Durante a fase de crescimento, sob ao deste hormnio, quase todas as clulas nos tecidos aumentam em volume e em nmero, propiciando um crescimento dos tecidos, dos rgos e, conseqentemente, o crescimento corporal.

Alguns de seus principais e conhecidos efeitos nos tecidos so:

Aumento na sntese protica celular - Isso ocorre porque o hormnio do crescimento aumenta o transporte de aminocidos atravs da membrana celular, aumenta a formao de RNA e aumenta os ribossomos no interior das clulas. Tudo isso proporciona, nas clulas, melhores condies para que as mesmas sintetizem mais protenas. Menor utilizao de glicose pelas clulas para produo de energia - promove, assim, um efeito poupador de glicose no organismo.

Aumento da utilizao de gordura pelas clulas para produo de energia - ocorre, tambm, uma maior mobilizao de cidos graxos dos tecidos adiposos para que os mesmos sejam utilizados pelas clulas. Uma conseqncia disso a reduo dos depsitos de gordura nos tecidos adiposos.

Devido aos efeitos acima citados, observa-se um importante aumento na quantidade de protenas em nossos tecidos. Em conseqncia do aumento das protenas e de um maior armazenamento de glicognio no interior das clulas, estas aumentam em volume e em nmero. Portanto observamos um aumento no tamanho de quase todos os tecidos e rgos do nosso corpo.

CRESCIMENTO SSEO

O efeito do hormnio do crescimento no crescimento sseo ocorre de uma forma indireta: O hormnio do crescimento estimula nas clulas hepticas e, em menor proporo, nos rins a produo de uma substncia denominada somatomedina. A somatomedina estimula a sntese de substncia fundamental na matriz ssea, necessria ao crescimento deste tecido. Portanto, um dficit na produo de hormnio do crescimento acarreta tambm um dficit no crescimento em estatura.

Embora o crescimento estatural cesse a partir da adolescncia, o hormnio do crescimento continua a ser secretado por toda a vida. Ocorre apenas uma pequena reduo em sua secreo aps a adolescncia. O crescimento estatural no mais ocorre, a partir desta fase, devido ao esgotamento da cartilagem de crescimento dos ossos longos, impedindo o crescimento dos mesmos em comprimento. Porm ossos mais membranosos, como os do nariz, continuaro a crescer lentamente.

CONTROLE DA SECREO

A quantidade de hormnio do crescimento secretada a cada momento depende de diversos fatores.

A regulao da secreo feita atravs o Fator de Liberao da Somatotropina (GRF), produzida no hipotlamo. Este fator atinge a adeno hipfise atravs do sistema porta hipotlamo-hipofisrio e estimula esta glndula a produzir e secretar maiores quantidades do hormnio do crescimento.

Um dos mais importantes fatores que influenciam a secreo de GRF pelo hipotlamo e, como conseqncia, maior secreo de GH pela hipfise, a quantidade de protenas no interior das clulas em nosso organismo. Quando as protenas esto em quantidade baixa, como ocorre na desnutrio, o GRF secretado em maior quantidade e, conseqentemente, o GH tambm o faz. Como resultado haver, nas clulas, um estmulo para que ocorra uma maior sntese de protenas.

ANORMALIDADES NA SECREO DO GH

Uma insuficincia na secreo do GH desde a infncia acarreta numa situao denominada nanismo. O indivduo acaba ficando com uma baixa estatura e com seus rgos internos, proporcionalmente, menores.

Uma hipersecreo anormal do GH desde a infncia promove um crescimento exagerado de todos os tecidos e, inclusive, dos ossos longos. O resultado uma condio denominada gigantismo.

Mas se a hipersecreo ocorrer somente aps a adolescncia, quando os ossos longos j estariam com sua capacidade de crescimento em comprimento esgotada, o resultado ser um crescimento desproporcional em diversas vsceras, tecidos moles, rgos internos e alguns ossos membranosos como os das mos, ps, nariz e mandbula. Tal condio denominada acromegalia.

REGULAO DA SECREO

A secreo dos hormnios tireoidianos controlada pelo hormnio hipofisrio tireotropina (TSH): Um aumento na liberao de TSH pela adeno-hipfise promove, na tireide, um aumento na captao de iodeto, na sntese de tireoglobulina e em diversas outras etapas na produo dos hormnios T3 e T4. Como resultado aumenta a sntese e liberao destes hormnios e o metabolismo basal celular, de um modo geral, aumenta. A secreo de TSH, por sua vez, estimulada pelo fator de liberao da tireotropina (TRF), produzida pelo hipotlamo.

Ocorre um mecanismo de feedback negativo no controle de secreo dos hormnios tireoidianos: na medida em que ocorre um aumento na secreo dos hormnios T3 e T4, o metabolismo celular aumenta. Este aumento promove, a nvel de hipotlamo, reduo na secreo de TRF, o que provoca, como conseqncia, uma reduo na secreo de TSH pela adeno-hipfise e, conseqentemente, reduo de T3 e T4 pela tireide, reduzindo o metabolismo basal celular.

HORMNIOS DA CORTEX DA SUPRA-RENAL

A supra-renal (ou adrenal), localizada acima de cada rim, com dimenses aproximadas de 5 cm. Por 1 cm, apresenta 2 tecidos histologicamente e fisiologicamente bem distintos: medula e crtex.

A medula secreta adrenalina e nor-adrenalina e faz parte do sistema nervoso autnomo (simptico).

J a crtex, importante glndula endcrina, produz e secreta dezenas de hormnios. Todos os hormnios secretados por este tecido so sintetizados a partir do colesterol e pertencem, portanto, ao grupo dos hormnios esterides.

Os diversos hormnios produzidos pelo crtex da adrenal, de acordo com seus efeitos, so divididos em grupos:

Mineralocorticides: atuam no metabolismo de minerais, principalmente no controle dos ons sdio e potssio. O principal mineralocorticide, responsvel por pelo mentos 95% da funo mineralocorticide da supra-renal, o hormnio aldosterona. Outros mineralocorticides bem menos importantes so: desoxicorticosterona e corticosterona.

Glicocorticides: atuam no metabolismo dos carboidratos, protenas e gorduras. O principal hormnio deste grupo o cortisol.

Andrognios: produzem efeitos masculinizantes, semelhantes queles produzidos pela testosterona, secretada em grande quantidade pelas gnadas masculinas.

A crtex da adrenal dividida em trs camadas:

Zona glomerulosa

Zona fasciculada

Zona reticular

A aldosterona produzida na zona glomerulosa; as zonas fasciculadas e retitular produzem cortisol e andrognios.

ALDOSTERONA

Principal mineralocorticide controla os nveis plasmticos dos ons sdio e potssio. Exerce seu efeito no tbulo contornado distal e no ducto coletor do nefron, aumentando a reabsoro de sdio e a excreo de potssio. Como este transporte mais efetivo ao sdio do que ao potssio, mais ctions so reabsorvidos do que excretados nestes segmentos distais do nefron. A reabsoro de sdio provoca, por atrao inica, reabsoro tambm de cloretos. A reabsoro de sal (NaCl), por sua vez, reabsorve gua (por osmose). Portanto, um aumento na secreo de aldosterona, pela supra-renal, promove nos tbulos renais um aumento na reabsoro de sal e gua. Um aumento na reabsoro de sal e gua promove, como conseqncia, um aumento no volume do lquido no compartimento extracelular. Isto faz com que ocorra um aumento no volume sanguneo e no dbito cardaco. Como conseqncia ocorre tambm um aumento na presso arterial.

CONTROLE DA SECREO DE ALDOSTERONA

Existem diversos fatores que influem na secreo da aldosterona. Os principais so:

Potssio: Um aumento no nvel plasmtico deste on estimula a zona glomerulosa a aumentar a secreo de aldosterona.

Angiotensina: Tambm exerce um importante efeito estimulante na secreo de aldosterona.

Sdio: Quanto menor sua concentrao no lquido extra-celular, maior a secreo de aldosterona.

ACTH: Estimula principalmente a secreo de cortisol, mas exerce tambm um pequeno efeito estimulador de aldosterona.

CORTISOL

Exerce importantes efeitos no metabolismo dos carboidratos, protenas e gorduras. Alm disso, estabiliza membrana de lisossomos.

Efeitos no metabolismo dos carboidratos

O cortisol reduz a utilizao da glicose pelas clulas, reduz a glicognese e aumenta a glicogenlise. Como conseqncia aumenta a glicemia.

Efeitos no metabolismo das protenas

O cortisol faz com que as clulas, de um modo geral, reduzam a sntese de protenas e aumentem a lise das mesmas: Isso promove uma reduo das protenas e um aumento na quantidade de aminocidos circulantes.

No fgado ocorre o contrrio: aumento na sntese e reduo na lise protica. Como conseqncia, aumento na quantidade de protenas plasmticas.

Efeitos nos metabolismo das gorduras

O cortisol aumenta a mobilizao de cidos graxos dos tecidos adiposos e a utilizao das gorduras pelas clulas para produo de energia.

Efeitos na membrana dos lisossomos

O cortisol estabiliza a membrana dos lisossomos, dificultando seu rompimento durante uma leso tecidual.

CONTROLE DA SECREO DE CORTISOL

Existem diversos fatores que influem na secreo de cortisol, muitos ainda no bem esclarecidos. Um importante e conhecido fator estimulante da secreo de cortisol relaciona-se com o stress. Qualquer condio que cause stress fsico (leses teciduais diversas, como fraturas, entorses, contuses musculares, traumas, queimaduras, etc.), dor, infeces, fome, sofrimento e outros, estimulam o hipotlamo a secretar o fator de liberao da corticotropina (CRF). Este fator estimula a hipfise anterior a aumentar a secreo de ACTH. O ACTH estimula a crtex da adrenal a aumentar a secreo de cortisol. O cortisol aumentado, com os efeitos acima descritos, propicia aos tecidos lesados condies necessrias para que os mesmos se restabeleam o mais rapidamente possvel das alteraes, reduzindo, portanto o stress.

HORMNIOS ANDROGNIOS

So bastante semelhantes ao hormnio masculino testosterona e so secretados, felizmente, em quantidades bastante baixas. Quando ocorre uma hiper-secreo anormal destes hormnios em crianas ou em mulheres, efeitos masculinizantes como puberdade precoce, pilificao, calvcie em pessoas hereditariamente predispostas, voz mais grave, aumento nas dimenses do falo ou clitris, alm de outras alteraes podem ser observadas.

PARATORMNIO E CALCITONINA

O paratormnio produzido pelas glndulas paratireides, localizadas posteriormente glndula tireide.

A calcitonina produzida pelas clulas parafoliculares da tireide (estas no fazem parte dos folculos tireoidianos).

Ambos os hormnios atuam no metabolismo do on clcio, sendo importantes no controle do normal nvel plasmtico deste on.

Mais de 99% do clcio presente em nosso corpo se encontra depositado em tecidos como ossos e dentes. Sendo assim, o clcio na forma inica dissolvida em nosso plasma corresponde a menos de 1% do total de clcio que possumos.

muito importante que o nvel de clcio plasmtico se mantenha dentro do normal, pois:

Em uma situao de hipercalcemia as membranas das clulas escitveis se tornam menos permeveis ao sdio, o que reduz a excitabilidade da mesma. Como conseqncia, ocorre uma hipotonia muscular esqueltica generalizada. No msculo cardaco ocorre um aumento da fora contrtil durante a sstole ou mesmo uma parada cardaca, devido reduo da excitabilidade das fibras de purkinje.

Em uma situao de hipocalcemia, ao contrrio, as membranas celulares se tornam excessivamente permeveis aos ons sdio. O aumento na permeabilidade ao sdio torna as membranas mais excitveis. Os msculos esquelticos se tornam mais hipertnicos, podendo ocorrer inclusive uma manifestao de tetania (hipocalcmica). O msculo cardaco se contrai com menos fora.

Quando o nvel plasmtico de clcio se torna abaixo do normal, as paratireides aumentam a secreo de paratormnio. Este faz com que a calcemia aumente, retornando ao normal.

Quando o nvel plasmtico de clcio se torna acima do normal, as clulas parafoliculares da tireide aumentam a secreo de calcitonina. Esta faz com que a calcemia se reduza, retornando ao normal.

Desta forma estes dois hormnios, juntos, controlam o nvel plasmtico de clcio, mantendo-o dentro do normal e evitando, assim, uma hipercalcemia ou uma hipocalcemia.

O paratormnio o mais importante hormnio responsvel pelo controle do nvel plasmtico de clcio em nosso organismo.

Vejamos alguns efeitos destes hormnios

NOS OSSOS

No tecido sseo existe uma constante atividade osteoblstica (sntese de matriz, com impregnao de ons clcio e fosfato na mesma) e uma constante atividade osteoclstica (lise do tecido sseo com mobilizao de ons clcio e fosfato do tecido sseo para os lquidos corporais). A atividade osteoblstica feita por clulas chamadas osteoblastos; a atividade osteoclstica, por sua vez, pelos osteoclastos.

Um aumento na secreo de paratormnio promove, nos ossos, um aumento da atividade osteoclstica, o que transfere ons clcio e fosfato destes tecidos para o sangue. Alm disso, o paratormnio aumenta tambm a atividade da membrana osteoctica que, por meio de transporte ativo, transfere grande quantidade de ons clcio dos ossos para o sangue. Ambos os eventos promovem uma elevao da calcemia.

Um aumento na secreo de calcitonina promove, nos ossos, um aumento da atividade osteoblstica. Atravs desta, ocorre uma maior sntese de tecido sseo (matriz protica), o que atrai grande quantidade de ons clcio e fosfato do sangue para este novo tecido. Na matriz, clcio e fosfato combinam-se entre si e com outros ons, formando os diversos sais sseos, que so responsveis pela rigidez do tecido sseo. Os mais importantes sais sseos so: fosfato de clcio, carbonato de clcio e hidroxiapatita. O aumento da atividade osteoblstica, portanto, promove uma reduo da calcemia, pois uma considervel quantidade de clcio migra do sangue para os ossos.

NO SISTEMA DIGESTRIO

Como diariamente todos temos uma pequena perda de clcio atravs da diurese, importante que tambm tenhamos, pelo menos, uma reposio desta perda atravs de nossa alimentao.

O clcio, presente em diversos alimentos, absorvido atravs da parede do intestino delgado (transporte ativo). Mas para que ocorra uma adequada absoro se faz necessrio a presena de uma substncia denominada 1,25-diidroxicolecalciferol. Vejamos como se forma esta substncia:

Na nossa pele existe, em abundncia, um derivado do colesterol denominado 7-deidrocolesterol. Atravs da irradiao ultravioleta (pelos raios solares) grande parte desta substncia convertida em colecalciferol (vitamina D3). No fgado, o colecalciferol convertido em 25-hidroxicolecalciferol. Este, nos rins, converte-se em 1,25-diidroxicolecalciferol (esta converso tambm exige a presena de paratormnio).

Portanto, para que ocorra uma boa absoro de clcio atravs de nosso sistema digestrio, necessrio que:

O clcio esteja presente no alimento.

No haja falta de vitamina D3 em nosso organismo (para isso necessria a exposio do corpo aos raios solares ou uma alimentao rica em fontes desta vitamina).

A presena do hormnio paratormnio (para que ocorra a converso de 25-hidroxicolecalciferol em 1,25-diidroxicolecalciferol).

NO SISTEMA URINRIO

Nos tbulos contornados distais existe um mecanismo que reabsorve ons clcio do lmen tubular para o interstcio (e, conseqentemente, para o sangue) ao mesmo tempo em que transporta ons fosfato em sentido contrrio. Na presena de paratormnio este transporte aumenta, fazendo com que mais clcio seja reabsorvido (reduzindo a perda urinria deste on) ao mesmo tempo em que mais ons fosfato seja excretado (aumentando a perda urinria de fosfato).

INSULINA E GLUCAGON

O tecido pancretico constitudo por numerosos cinos (cinos pancreticos), que so responsveis pela produo das diversas enzimas secretadas atravs do ducto pancretico no tubo digestrio. Tais enzimas constituem um tipo de secreo denominada secreo excrina.

Alm dessa funo excrina, o tecido pancretico secreta tambm hormnios, diretamente corrente sangunea. A secreo endcrina do pncreas feita atravs de milhares de grupamentos celulares denominados Ilhotas de Langerhans, distribudas por todo o tecido pancretico.

Cada Ilhota de Langerhans constituda por diversos tipos de clulas. Destacam-se as clulas alfa, que produzem o hormnio glucagon e as clulas beta, que produzem a insulina.

Ambos os hormnios, insulina e glucagon, so bastante importantes devido aos seus efeitos no metabolismo dos carboidratos, protenas e gorduras.

INSULINA

Produzida pelas clulas beta das ilhotas de Langerhans, atua no metabolismo dos carboidratos, protenas e gorduras.

Efeitos da insulina no metabolismo dos carboidratos:

Aumento no transporte de glicose atravs da membrana celular

Aumento na disponibilidade de glicose no lquido intracelular

Aumento na utilizao de glicose pelas clulas

Aumento na glicognese (polimerizao de glicose, formando glicognio), principalmente no fgado e nos msculos

Aumento na transformao de glicose em gordura

Efeitos da insulina no metabolismo das protenas:

Aumento no transporte de aminocidos atravs da membrana celular

Maior disponibilidade de aminocidos no lquido intracelular

Aumento na quantidade de RNA no lquido intracelular

Aumento na atividade dos ribossomos no interior das clulas

Aumento na sntese protica

Reduo na lise protica

Aumento no crescimento

Efeitos da insulina no metabolismo das gorduras:

Aumento na transformao de glicose em gordura

Reduo na mobilizao de cidos graxos dos tecidos adiposos reduo na utilizao de cidos graxos pelas clulas.

GLUCAGON

Secretado pelas clulas alfa das ilhotas de Langerhans, muito importante principalmente para evitar que ocorra uma hipoglicemia acentuada no organismo de uma pessoa.

Quando a concentrao de glicose no sangue atinge valores baixos, as clulas alfa das ilhotas de Langerhans liberam uma maior quantidade de glucagon.

O glucagon, ento, faz com que a glicose sangunea aumente e retorne aos valores aceitveis como normal.

Os principais mecanismos atravs dos quais o glucagon faz aumentar a glicemia so:

Aumento na glicogenlise (despolimerizao do glicognio armazenado nos tecidos, liberando glicose para a circulao) aumento na gliconeognese, atravs da qual elementos que no so carboidratos (protenas e glicerol) transformam-se em glicose.

Natureza qumica dos hormnios:

Quanto natureza qumica, os hormnios classificam-se em dois tipos:

1. Proticos: So produzidos a partir de cadeias de aminocidos. Geralmente so constitudos por pequenas protenas ou fragmentos proticos.

2. Esterides: So sintetizados a partir do colesterol. - Classificao Qumica dos Principais Hormnios:

I - PROTENAS (Polipeptdeos)

- Hipfise posterior

1. Vasopressina

2. Ocitocina

3. Hormnio anti-diurtico

4. Alfa - melanotrofina (alfa-MSH)

Hipfise anterior

5. Adrenocorticotrofina (ACTH)

6. Somatotrofina (STH)

7. Prolactina (luteotrofina)

8. Hormnio folculo-estimulante (FSH)

9. Hormnio luteinizante (LH)

10. Tireotrofina

- Tireide

11. Tireoglobulina

Paratireides

12. Parato hormnio

Pncreas

13. Insulina

14. Glucagon

II - DERIVADOSPROTEICOS (Aminocidos modificados)

Medula adrenal:

15. Adrenalina

16. Nor-adrenalina

III - ESTERIDES

- Crtex adrenal - Gnada - Placenta

17. Progestognios

18. Corticides

19. Andrognios

20. Estrognios

Mecanismos de ao dos hormnios:

Existem diversos mecanismos atravs dos quais os hormnios agem em suas respectivas clulas-alvo e fazem-nas executar alguma funo. Destes, dois mecanismos so bastante importantes:

Ativao da adenilciclase e formao de AMP-cclico intracelular

o mecanismo geralmente utilizado pela grande maioria dos hormnios proticos. O hormnio, uma vez ligado a um receptor especfico localizado na membrana celular de uma clula-alvo, provoca a ativao de uma enzima intracelular (adenilciclase). Esta enzima converte parte do ATP intracelular em AMP-cclico. O AMP-cclico, enquanto presente no interior da clula executa na mesma uma srie de alteraes fisiolgicas como: ativao de enzimas; alteraes da permeabilidade da membrana celular; modificaes do grau de contrao de msculo liso; ativao de sntese protica; aumento na secreo celular.

Transporte dos hormnios:

A maioria dos hormnios lanado diretamente no sangue, onde circulam atravs do corpo em concentraes muito baixas. Alguns hormnios trafegam intactos pela corrente sangnea. Outros j precisam de uma substncia portadora, como uma molcula de protena, para se manterem dissolvidos no sangue. Essas portadoras tambm funcionam como reservatrios de hormnios, mantendo constante a concentrao hormonal e protegendo o hormnio a que esto ligadas contra decomposio qumica no decorrer do tempo. Os hormnios trafegam pelo sangue at atingirem seus tecidos-alvos, onde eles ativam uma srie de alteraes qumicas. Para atingir um pretendido resultado, um hormnio precisa ser reconhecido por uma protena especializada nas clulas do tecido-alvo, chamada de "receptor". Normalmente, hormnios hidrossolveis (que se dissolvem em gua) usam receptores localizados na superfcie da membrana da clula do tecido-alvo. Uma srie de molculas especiais no interior da clula, conhecidas como "segundos mensageiros", transportam as informaes do hormnio para o interior da clula. J os hormnios lipossolveis (se dissolvem em gordura), como os esterides, passam atravs da membrana da clula e ligam-se a receptores encontrados no citoplasma. Quando um receptor e um hormnio se ligam, as molculas de ambos passam por alteraes estruturais que ativam mecanismos no interior da clula. Esses mecanismos produzem os efeitos especiais induzidos pelos hormnios. Os receptores na superfcie das membranas das clulas so constantemente renovados. Novos receptores so produzidos pelas clulas e inseridos na parede celular. Os receptores que reagiram com hormnios so decompostos quimicamente ou reciclados. A clula pode responder, se necessrio, a concentraes anormais de hormnios no sangue, atravs de um aumento ou uma diminuio do nmero de receptores em sua superfcie. Caso a concentrao de um hormnio no sangue aumente, o nmero de receptores na parede celular pode ser diminudo, para manter o mesmo nvel de interao hormonal na clula. Se a concentrao hormonal no sangue diminuir, esse mecanismo de regulagem aumenta o nmero de receptores na clula. Alguns hormnios so entregues diretamente ao tecido-alvo, em vez de ficarem circulando por toda a corrente sangnea. o caso dos hormnios do hipotlamo (uma parte do crebro que controla o sistema endcrino), que so entregues diretamente vizinha, a glndula hipfise, onde suas concentraes so centenas de vezes mais elevadas que no sistema circulatrio.

Sinalizao ou transduo de sinais:

a transferncia intracelular de informao (ativao/inibio biolgica) atravs de uma via de sinalizao. Em cada sistema de transduo de sinal, um sinal de ativao/inibio proveniente de uma molcula biologicamente ativa (hormnio, neurotransmissor) mediado, via acoplamento de um receptor/enzima, a um sistema de segundo mensageiro ou a um canal inico. A transduo de sinais desempenha um papel importante na ativao de funes celulares, bem como de diferenciao e proliferao das mesmas. So exemplos de sistemas de transduo de sinal: o sistema do receptor ps-sinptico do canal de clcio CIDO GAMA AMINOBUTRICO, a via de ativao da clula T mediada pelo receptor e a ativao de fosfolipases mediada por receptor. Estes sistemas acoplados despolarizao da membrana ou liberao de clcio intracelular incluem a ativao mediada pelo receptor das funes citotxicas dos granulcitos e a potencializao sinptica da ativao da protena quinase. Algumas vias de transduo de sinal podem ser parte de um sistema de transduo muito maior, como por exemplo, a ativao da protena quinase faz parte da via de sinalizao da ativao plaquetria.