Trabalho seguro - Grupo Wilson Sons · Uma publicação do Grupo Wilson Sons Junho 2016 | ano 13 |...

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Uma publicação do Grupo Wilson Sons Junho 2016 | ano 13 | nº 63 Trabalho seguro Esforço do Grupo Wilson Sons para atingir excelência em segurança gera resultados positivos, como a conquista da Brasco de 2 milhões de homens-horas trabalhadas sem acidentes com afastamento Inovação Tema ganha importância no planejamento das companhias

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Uma publicação do Grupo Wilson Sons Junho 2016 | ano 13 | nº 63

Trabalho seguroEsforço do Grupo Wilson Sons para atingir excelência em segurança gera resultados positivos, como a conquista da Brasco de 2 milhões de homens-horas trabalhadas sem acidentes com afastamento

InovaçãoTema ganha importância no planejamento das companhias

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2 Junho 2016 NEW,S

Giro pela WSEditorial

Compromisso com a inovaçãoO cenário brasileiro político e econômico lança grandes desafios ao biênio 2016-2017, extensivos a todos os se-tores produtivos. A situação não poderia ser diferente nos segmentos de serviços portuários, marítimos e lo-gísticos, intensamente pautados pelas atividades de co-mércio internacional e impactados diretamente pelas oscilações cambiais.

Esses fatores exigem uma performance ainda mais efi-ciente e maior nas vantagens competitivas. E a Wilson Sons está empenhada nisso. Temos fortalecido os esforços na cabotagem, uma opção mais atraente para cargas pesadas e que percorrerão longas distâncias. Há também a alter-nativa de conteinerizar cargas, unindo produtividade e redução de custo. Se por questões estruturais e econômi-cas o mercado não oferece a possibilidade de crescimento, nossa empresa tem a missão de buscar soluções.

Mesmo nos períodos mais desafiadores, não podemos perder de vista nossos valores, como a segurança. Nesta edição, comemoramos uma conquista da Brasco, que atingiu 2 milhões de homens-horas trabalhadas sem aci-dentes com afastamento e, por isso, foi a primeira em-presa do Grupo Wilson Sons a receber o Prêmio WS+. Outras de nossas empresas também perseguem a exce-lência em segurança e contamos um pouco desse traba-lho na matéria.

A NEW,S traz também uma reportagem especial so-bre inovação, um tema que vem ganhando cada vez mais importância entre as empresas. Conversamos com um especialista e com companhias que vêm desenvolvendo ações importantes nessa área.

A edição inclui ainda uma matéria sobre um projeto de capacitação para formação de animadores, que a Wilson Sons patrocina, um perfil sobre o nosso escritório em Brasília, que reforça ainda mais nossa área de Relações Institucio-nais, e, na seção Memória, detalhamos a trajetória da ca-botagem no país.

Boa leitura!

Cézar BaiãoCEO do Grupo Wilson Sons

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Expediente

NEW,S é uma publicação trimestral do Grupo Wilson Sons, produzida e editada pela Textual Comunicação. Jornalista responsável | Ludmilla Totinick

Edição | Daniel Cúrio

Redação | Andréia Gomes Durão, Carlos Cruz, Daniel Cúrio e Ludmilla Totinick

Revisão | Liciane Corrêa

Diagramação | Traço Design

Fotos | Divulgação Innovatrix (página 7), Divulgação OilFinder (página 8), Divulgação Sonae Sierra Brasil (página 9), Divulgação Estúdio Escola de Animação (páginas 14 e 15) e Acervo Wilson Sons

E-mail | [email protected]

GRupo WilSoN SoNS – CEoCézar Baião CFo e Relações com investidores Fernando Salek Vice-presidente de Rebocadores, offshore Agenciamento e EstaleirosArnaldo Calbucci Vice-presidente de Terminais e logísticaSérgio FischerCoordenação editorialComunicação & Sustentabilidade

Os artigos assinados e as opiniões são de total responsabilidade de seus autores.Nenhum material desta publicação pode ser reproduzido sem prévia autorização.

Rua da Quitanda, 86 - 5º andar Centro | Rio de Janeiro | RJ Cep: 20091-005T 55 21 3504-4222 www.wilsonsons.com.br

empresa associada

Sumário

InovaçãoCom pesquisa apontando que 97% dos presidentes das empresas consideram prioridade investir em inovação, esse assunto está na pauta de todas as companhias. A necessidade de inovar está diretamente ligada à perpetuação da empresa em um mercado extremamente competitivo. E esses avanços nos negócios vão muito além das grandes descobertas tecnológicas.

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SegurançaO trabalho que começou lá atrás, em 2011, vem dando resultados muito positivos. Hoje, a segurança é praticamente um sinônimo da atuação da Brasco. Prova disso é a recente conquista do Prêmio WS+, que homenageia as empresas do Grupo Wilson Sons por atingirem 2 milhões de homens-horas trabalhadas sem acidentes com afastamento. A segurança, aliás, é um valor corporativo para todo o Grupo e pode ser vista com destaque no Tecon Rio Grande, por exemplo.

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Responsabilidade SocialAlunos da rede pública terão a oportunidade de se capacitar para atuar no mercado de animação graças ao projeto Estúdio Escola de Animação, que conta com patrocínio do Grupo Wilson Sons.

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TAmBém NESTA EDição

Giro pela WSEstaleiro entrega Fernando de Noronha; Um ano do escritório de Sergipe; Mais toras no Tecon Rio Grande; Novo Escort Tug nos mares

Relações InstitucionaisEscritório da Wilson Sons em Brasília ajuda a aproximar a companhia do centro político do país

MemóriaA história da navegação de cabotagem no Brasil, do governo JK aos terminais da Wilson Sons

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4 Junho 2016 NEW,S

Giro pela WSGiro pela WS

A Wilson Sons Estaleiros contribuiu mais uma vez para o desenvolvimen-to da frota brasileira de apoio offsho-re com a entrega, em abril, de mais um OSRV (Oil Spill Recovery Ves-sel) encomendado pela OceanPact. A embarcação, batizada como Fernan-do de Noronha, demandou investi-mento de US$ 40 milhões, envolveu uma equipe de 600 profissionais e foi desenvolvida em aproximada-mente 400 mil horas trabalhadas. Sua construção ocorreu no estaleiro Guarujá I da Wilson Sons, no Gua-rujá (SP), com mais de 60% de con-teúdo nacional.

Entre os diferenciais, estão equipa-mentos sofisticados para atender a situ-ações de derramamento, a fim de cum-prir exigências legais dos órgãos ambientais em campos de exploração e produção de petróleo. De presença obri-gatória nessas áreas, a embarcação de apoio soma 700 metros de barreira de contenção, apresenta skimmer (aspirador) f lutuante, equipamento de recolhimen-to de óleo de alta e baixa viscosidades, sistema de dispersante, radar para de-tecção da mancha, sistema de combate a incêndio externo, tanque com aque-cimento com capacidade de armazena-mento de 1.050 m³, áreas de operação à prova de explosão, e, ainda, pode bom-bear os resíduos para outros navios.

Ao novo OSRV se aplicou a ex-pertise desenvolvida pela Wilson Sons

Estaleiros para o projeto do Jim O’Brien, primeira embarcação com essas es-pecif icações entregue à OceanPact, no início de 2016. “Cada novo cliente, cada nova embarcação é mais uma oportunidade de apren-dizado, oxigenando a cultura da em-presa e permitindo que aperfeiçoe-mos continuamente nossos processos”, comenta o diretor executivo da em-presa, Adalberto Souza.

Com comprimento de 67,1 metros por 14 metros de boca e especializado em recuperação de resíduos e combate a incêndio, o Fernando de Noronha é equi-pado com motores Caterpillar, propul-são Rolls Royce, pacote elétrico WEG, além de sistema de posicionamento di-nâmico DP-1 Kongsberg, e oferece aco-modação para 20 tripulantes.

Uma mudança de modelo de gestão em operação de rebocadores abriu boas pers-pectivas para a Wilson Sons em Sergi-pe. A companhia, que atendia ao Ter-minal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB), em Barra dos Coqueiros, ao lado da Vale, assumiu integralmente sua operação em julho do ano passado.

O escritório, que está sob res-ponsabilidade da Filial Salvador da Wilson Sons Rebocadores, é compos-to por 20 funcionários — entre equipe

de escritório e tripulação. Lá cuida-se da operação de dois rebocadores que reali-zam, atualmente, de oito a dez manobras por mês. O terminal, administrado pe-la VLI, movimenta, entre outras cargas, fertilizantes, trigo, coque, ácido e soja.

Esse primeiro intervalo de atividades se destaca pelo grande investimento em implantação e aperfeiçoamento de pro-cessos na unidade. “Estamos empenha-dos na implementação dos procedimen-tos da empresa, a exemplo do programa

de segurança WS+, na realização de workshops voltados para treinamento, além de muita atenção às iniciativas de manutenção”, comenta o gerente da fi-lial, Sérgio Joaquim da Silveira.

Já Alexandre de Moraes Reis, coordenador de operações da Wilson Sons Rebocadores, destaca também a excelente sinergia junto às equipes lo-cais. “Tivemos uma ótima recepção por parte dos marítimos que já atua-vam no local.”

oSRV é o segundo encomendado pela oceanpact

Representação em Barra dos Coqueiros foi inaugurada em julho de 2015

Estaleiro entrega Fernando de Noronha

Um ano do escritório de Sergipe

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Nos quatro primeiros meses de 2016, o Tecon Rio Grande ampliou a movi-mentação de madeira em mais de 70% em comparação ao mesmo período do ano passado: de 1.087 contêineres de madeira exportados, o volume pulou para 1.851 contêineres.

Paulo Bertinetti, diretor presidente do Tecon Rio Grande, explica que o crescimento é resultado de um projeto de estufagem e exportação de toras de-senvolvido pela companhia. Além dis-

so, o aumento da cotação do dólar em relação à moeda brasileira e a oferta de produto de boa qualidade (toras de eu-calipto) ajudaram a tornar a carga ainda mais atrativa. A localização do termi-nal, próximo a f lorestas de pinus e eu-calipto, também foi um importante di-ferencial na atração das cargas.

“Criamos uma solução completa de estufagem em que o Tecon Rio Grande gerencia todo o processo de execu-ção, fornecendo suporte para o ex-

portador com nosso know-how obti-do nesses três anos de experiência no mercado de exportação de toras de madeira”, conta Bertinetti. O Tecon Rio Grande espera, com isso, um movimento regular de 100 con-têineres por mês, mas está focado em ampliar para 200 contêineres a partir do segundo semestre. “Hoje traba-lhamos com três clientes na estufa-gem, mas estamos empenhados em expandir a atuação.”

A frota da Wilson Sons Rebocadores está ainda mais forte. A companhia re-cebeu em maio o rebocador WS Procyon, seu segundo Escort Tug, construído pela Wilson Sons Estaleiros no Gua-rujá (SP). A embarcação, como sua antecessora WS Titan, está equipada e certificada para acompanhar navios como escoteiro, ou seja, com o cabo passado em velocidade de cruzeiro, o que torna a manobra mais ágil. Além disso, está entre as mais potentes do país, com tração estática (bollard pull) de mais de 85 toneladas.

“O WS Titan representou um impor-tante avanço nas nossas operações. É uma embarcação mais robusta, que vem pres-tando ótimo serviço no Porto do Açu (RJ). Sem dúvida, o WS Procyon terá a mesma excelência em desempenho”, co-menta o diretor operacional da Wilson Sons Rebocadores, Sérgio Guedes.

Com 12 metros de largura e 32 me-tros de comprimento, o rebocador con-ta com dois motores Caterpillar e pro-pulsores azimutais Schottel. O WS Procyon já começa a operar integrado com a Cen-tral de Operação de Rebocadores (COR), ferramenta da companhia que monitora as embarcações garantindo maior efici-ência e segurança às manobras.

Essa é a segunda embarcação que a Wilson Sons Rebocadores recebe em 2016. Em fevereiro, entrou em opera-ção o WS Cygnus. Os dois rebocadores fazem parte de uma série de 12 enco-mendados à Wilson Sons Estaleiros, dos quais oito já foram entregues. Ainda este ano, a companhia deve receber ou-tros quatro.

projeto ampliou em 70% as exportações da carga pelo terminal

Wilson Sons Rebocadores recebeu o WS Procyon

Mais toras no Tecon Rio Grande

Novo Escort Tug nos mares

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6 Junho 2016 NEW,S

Inovação

A inovação está por toda a parte: no seu smartphone, no seu computador, no seu carro. Mas está muito além disso. Está também no seu remédio para dor de cabeça, no solado do seu tênis e até no post-it em que você anota recados. A inovação está em tantos lu-gares que não é de se admirar que ela não saia da cabeça dos grandes execu-tivos. Uma pesquisa divulgada pela consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) em 2013 confirma que as em-presas estão cada vez mais preocupa-das em inovar. Dos 264 presidentes de empresas ouvidos no mundo todo, 97% consideram prioridade investir em inovação. Em outro levantamen-to da PwC, de janeiro deste ano, 55% dos 1.409 CEOs entrevistados apon-taram que inovação é a área em que a companhia deve ter maior empe-nho afim de medir valor para consu-midores e clientes.

“A inovação é um tema que co-meçou a ganhar relevânca no mun-do empresarial há cerca de 25 anos,

e sua importância vem crescendo. O mercado ficou global, e a necessida-de de introduzir inovações que au-mentem a competitividade da em-presa se tornou mais importante. Ou inova ou morre, é simples. Quem não inova hoje desaparece com mui-to mais rapidez do que ocorria no passado. Antes, empresas sobreviviam por décadas sem novidades. Agora, o assunto está no primeiro plano das preocupações dos gestores”, comen-ta o especialista Clemente Nóbrega, CEO da consultoria Innovatrix.

Nóbrega destaca, contudo, que a inovação vai além das grandes saca-das – das “eurecas!”, como ele diz. “Pensamos sempre na Apple ou no Google, que revolucionaram o mun-do, mas esses exemplos não são bons. A inovação que interessa nunca está relacionada a lampejos de criativi-dade, mas ao que vira um processo dentro da empresa. As companhias que já estão bem-estabelecidas não estão acostumadas com isso”, frisa.

Muito além da eurecaprioridade da maioria dos presidentes de empresas, inovação é ferramenta para que companhias se tornem mais eficientes e competitivas

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O especialista cita que existem em-presas inovadoras que avançam em processos de produção. Essas mudan-ças não têm o glamour de um iPhone, mas são muito importantes para o su-cesso dessas companhias. Mais do que um grande produto, diz ele, o merca-do precisa de maneiras mais eficientes para atender ao cliente.

“Essa inovação precisa trazer di-nheiro novo, gerar valor. Como fazer isso sem pessoas geniais? Criando pro-cesso de experimentação constante. Traçar a cada ano algo que não havia no ano anterior. Pode ser processo, produto ou um novo modelo de ne-gócios. Muitas dessas iniciativas vão dar errado, mas o importante é apro-veitar quando der certo.”

Clemente Nóbrega reforça ainda que nem todas as empresas precisam inovar da mesma maneira, já que ca-da setor tem seu próprio modo para lidar com o tema. “Uma empresa de petróleo e gás não pode se pautar pe-la velocidade em que ocorrem inova-

ções no setor de tecnologia da infor-mação, por exemplo. Não há padrão e não pode haver, mas todas têm que inovar. O ritmo e as atividades envol-vidas é que sempre vão variar”, con-clui o CEO da Innovatrix.

um mAR DE opoRTuNiDADESNa indústria de petróleo e gás, inclu-sive, as oportunidades parecem pro-missoras. Aliado a profissionais in-quietos, o setor está sempre pronto a revelar soluções, novos produtos e serviços. As mentes inovadoras de Cintia Soares e seu sócio, Manlio Mano, por exemplo, desenvolveram um sensoriamento remoto com mo-delagem computacional para iden-tif icar locais de exsudação de óleo no fundo do mar (ou seja, a migra-ção da substância de um local para outro) e, com isso, fundaram a star-tup OilFinder.

A ideia partiu de uma tecnolo-gia até então aplicada para f ins am-bientais, como a localização de

manchas de óleo causadas por aci-dentes com derramamento. A mo-tivação para remodelar o serviço foi a identif icação de manchas que não estariam associadas às fontes conhecidas — eram escapes natu-rais, e para descobrir suas origens era preciso fazer uma “modelagem inversa do óleo”. Um simulador consideraria a emissão de pulsos e os movimentos sísmicos para re-constituir o caminho daquele óleo até ali e achar sua origem.

“Passamos a identif icar manchas que não estavam relacionadas a aci-dentes, eram escapes naturais, e pa-ra localizar suas fontes era preciso refazer seu lastro, remontando as condições oceânicas, mas de forma inversa”, explica Cintia.

Como as tecnologias desenvol-vidas pelos sócios da OilFinder são usadas remotamente, via satélite, sem necessidade de coleta de dados no local, podem ser aplicadas a qual-quer região offshore do mundo. O

“A inovação é um tema que começou a ganhar relevância no mundo empresarial há cerca de 25 anos, e sua importância vem crescendo.”

Clemente Nóbrega, CEO da consultoria Innovatrix

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8 Junho 2016 NEW,S

processo também dispensa licenciamen-to, apresenta menor risco operacional e ambiental e, de acordo com os sócios, ainda é menos oneroso que as tecnolo-gias tradicionais para identificar áreas de exploração em potencial.

Os sócios da OilFinder, empresa da incubadora da Coppe/UFRJ, in-vestiram mais de dois anos entre pesquisa, desenvolvimento e testes da nova tecnologia, com apoio da Universidade da Califórnia e tendo na carteira de clientes principalmen-te empresas europeias e asiáticas, além da Petrobras.

A inovação, enfatiza Cintia, não se restringe ao desenvolvimento de um simulador inédito. Ela entende que o dinamismo do mercado de óleo e gás exige aperfeiçoamentos perma-nentes, já que é um segmento em que quem não se reinventa constantemen-te está fadado à obsolescência e à per-da de competitividade. “Vender uma inovação já é algo extremamente de-safiador, é vender o novo, o diferen-te, o desconhecido, é mudar. E aqui estamos falando de uma startup aten-

dendo a gigantes do setor, o que exi-ge adaptação a estruturas tradicionais, convenções de concorrências, bancos de dados sempre atualizados, atenção ao retorno dos clientes. É imprescin-dível entender que o que é inovador hoje não será mais em dois ou três anos”, alerta Cintia Soares.

RElACioNAmENTo Com CliENTESNo segmento do varejo, a inovação pode ajudar na relação entre consu-midores e vendedores. A Sonae Sier-ra Brasil, empresa que administra dez shopping centers em cinco es-tados brasileiros, possui diferentes ferramentas voltadas tanto para oti-mizar a experiência dos frequenta-dores de seus empreendimentos quanto para contribuir com o de-senvolvimento dos negócios. A ge-rente de marketing corporativo da companhia, Laureane Cavalcanti, explica um pouco do trabalho de inovação da Sonae Sierra Brasil.

“A inovação permeia diversos seg-mentos de nossa atuação. Tratando-

-se especificamente de inovação em estratégia digital, idealizamos o Di-gital Experience, programa que co-necta os consumidores com os sho-pping centers da Sonae Sierra Brasil por meio de inovação tecnológica, como serviços digitais e sociais, in-teratividade e experiências digitais indoor”, comenta a executiva.

Entre as inovações desenvolvidas pela companhia estão o Consultor Whatsapp – uma consultoria em tempo real sobre os serviços dos sho-ppings, que foi implementada em outros empreendimentos da empre-sa no exterior – e aplicativos dos próprios shopping centers, que pos-suem inclusive a alternativa de ela-boração de um mapa para ajudar o cliente a chegar ao local de seu in-teresse. Há também serviço para con-sultar os cardápios dos restaurantes da praça de alimentação, e a empre-sa testa o pagamento do estaciona-mento por aplicativo. “Ficou claro que a maioria do público que tem o hábito de frequentar shoppings é composta por usuários de dispositi-

“Vender uma inovação já é algo extremamente desafiador, é vender o novo, o diferente, o desconhecido, é mudar [...] É imprescindível entender que o que é inovador hoje não será mais em dois ou três anos”

Cintia Soares, sócia da startup OilFinder

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vos como smartphone e internet mó-vel, e por jovens adultos”, justif ica Laureane.

A gerente conta que a companhia investe cerca de R$ 2 milhões anu-ais em inovações. “A cada ano, no-vos desafios surgem para o setor do varejo, que precisa se transformar rapidamente para atender às mudan-ças no perfil de seus consumidores. Desenvolver projetos nos leva a pen-sar em novas soluções em nosso co-tidiano, a discutir caminhos que ain-da não experimentamos”, diz.

muDANçA DE pRoCESSoSA Natura é outro exemplo de que as empresas precisam se reinventar o tempo todo, e isso pode aconte-cer em processos simples, por exem-

plo. Em 2015, a empresa tomou a decisão de se antecipar ao que ine-vitavelmente, em algum momen-to, será incorporado pelo mercado: fechou parceria com startups que incorporam recursos tecnológicos no treinamento das consultoras da companhia.

Dessa forma, as consultoras Na-tura tiveram a oportunidade de aces-sar informações de produtos de uma maneira inteiramente nova e parti-cipar ativamente de uma experiência tecnológica, em um box interativo. Em seguida, uma perfumista da Na-tura surgia na forma de um hologra-ma para explicar detalhadamente o desenvolvimento de uma fragrância em fase de lançamento. O resultado não podia ser diferente: o impacto

era visível nas expressões das con-sultoras que seriam as responsáveis pela apresentação dos produtos aos consumidores. A ação gerou maior engajamento entre elas.

“É um exemplo do trabalho em rede que a Natura está desenvolven-do com as startups, fazendo pilotos, testando novidades, maneiras dife-rentes de disseminar conhecimento e desenvolver treinamentos”, explica Mikael Soares, do Natura Startups.

Inovar não é mais uma questão de tamanho, segmento de mercado ou localização geográfica, mas uma necessidade. Seja em uma gigante tecnológica do Vale do Silício ou em uma startup em uma economia em desenvolvimento, o caminho é o mesmo: inovar para não morrer.

“A cada ano, novos desafios surgem para o setor do varejo, que precisa se transformar rapidamente para atender às mudanças no perfil de seus consumidores. Desenvolver projetos nos leva a pensar em novas soluções em nosso cotidiano, a discutir caminhos que ainda não experimentamos.”

Laureane Cavalcanti, gerente de marketing corporativo da Sonae Sierra Brasil

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10 Junho 2016 NEW,S

Segurança

Uma marca históricaBrasco comemora 2 milhões de homens-horas trabalhadas — quase quatro anos! — sem acidentes com afastamento. é a primeira empresa do Grupo Wilson Sons a receber o prêmio WS+

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Mais uma grande vitória passa a figurar na história da Wilson Sons: em 28 de abril, Dia Mundial da Segurança e Saú-de no Trabalho, a Brasco, empresa de base de apoio para o mercado de petró-leo e gás, recebeu o Prêmio WS+ por ter alcançado a marca de 2 milhões de homens-horas sem acidentes de traba-lho com afastamento — a primeira do Grupo a conquistar esse resultado e a receber o reconhecimento.

“Uma conquista como esta é de enor-me importância para a Wilson Sons”, afirma o CEO da companhia, Cézar Baião. No evento, foi ele quem entre-gou o prêmio para o diretor executivo da Brasco, Gilberto Cardarelli. “Em primeiro lugar, estamos zelando pela segurança dos nossos colaboradores. A imagem e a reputação da empresa tam-bém passam a ser mais valorizadas.”

Baião citou também, ainda na ceri-mônia, a relevância simbólica de esta con-quista ser justamente da Brasco. “Somos uma empresa de 179 anos de história. Perto disso, os 17 anos da Brasco são ain-da muito recentes. E é essa empresa jovem que está liderando o trabalho de seguran-ça no Grupo. Todos os outros negócios reconhecem essa posição e se inspiram nela para alcançar marcas semelhantes.”

O Prêmio WS+ é uma das muitas ações do Grupo alinhadas às metas de Saúde, Meio Ambiente e Segurança (SMS) previstas no Mapa Estratégico da Wilson Sons para 2022. Uma iniciativa que, mais do que reconhecer o mérito de todos os colaboradores envolvidos, pretende preservar a motivação e criar uma agenda positiva, estimulando outras conquistas da Brasco e de outros seg-mentos de negócios.

“Acredito que a premiação confirme o sentimento de responsabilidade dos colaboradores da empresa, reafirmando o compromisso com a segurança e sua valorização, inclusive entre as lideran-ças executivas”, destaca João David San-tos, gerente corporativo de SMS da Wilson Sons.

O Prêmio WS+ é extensivo a todos as empresas do Grupo, e o tempo pa-ra a conquista varia em função do nú-mero de pessoas envolvidas nas ativi-dades desenvolvidas. O resultado alcançado pela Brasco equivale a qua-se quatro anos sem acidentes com afas-tamento e, por isso mesmo, ref lete o esforço de todas as equipes de trabalho.

Na opinião de João David Santos, essa celebração é uma importante con-tribuição para a cultura da segurança, além de evidenciar o sucesso da im-plantação do Programa WS+ e suas constantes melhorias. “O mérito da Brasco em obter esse prêmio está no amadurecimento da gestão de segu-rança, principalmente da responsabi-lidade assumida pelas lideranças e da disciplina de execução”, enfatiza.

2011Brasco cria o programa Compromisso Brasco, que visa ao fortalecimento cultural e reconhecimento dos colaboradores engajados

2012Companhia recebe a certificação OHSAS 18001, que atesta o atendimento aos requisitos mínimos para melhores práticas em gestão de segurança e saúde ocupacional. No mesmo ano, a Brasco recebe o prêmio anual de SMS da Statoil por se destacar entre todas as prestadoras de serviços do projeto Peregrino

2013Implantação do programa WS+, que reforçou os conceitos de responsabilidade e liderança

2014Brasco é eleita empresa destaque do projeto Peregrino da Statoil

2016Empresa atinge a marca de 2 milhões de homens-horas trabalhadas sem acidentes com afastamento. É a primeira empresa do Grupo Wilson Sons a receber o Prêmio WS+

Na Brasco, como nas demais empresas do Grupo Wilson Sons, a segurança é um valor perseguido por todos os colaboradores

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12 Junho 2016 NEW,S

RESulTADo DE TRABAlHo ANTiGo

O gerente de SMS da Brasco, Marcelo Rampazzo, explica que a conquista desse prêmio não é fruto de mudanças recentes, mas sim o resul-tado de metas estabelecidas há muitos anos pela companhia. “Ao longo dos anos, a Brasco vem trabalhando no fortalecimento da segu-rança em suas operações. Prova do sucesso dessa iniciativa é o constante reconhecimen-to por parte dos clientes da excelência da com-panhia nessa área”, comenta o executivo.

Ele detalha ainda mais a conquista da mar-ca de 2 milhões de horas trabalhadas sem aci-dentes com afastamento. “Em Guaxindiba, já estamos há mais de cinco anos sem acidentes com afastamento. Aqui em Niterói, são quatro anos. Na Brasco Caju, que adquirimos em 2013, nunca houve acidente com afastamento”, con-ta Rampazzo. “Costumamos celebrar muito a segurança. É uma motivação a mais para con-tinuarmos perseguindo resultados.”

No topo, à esquerda, o CEO do Grupo Wilson Sons, Cézar Baião, e o diretor executivo da Brasco, Gilberto Cardarelli, na entrega do Prêmio WS+. Abaixo, os campeões do programa Compromisso Brasco comemoram a conquista

mAiS DE CiNCo ANoS SEm ACiDENTES Com AFASTAmENTo NA uNiDADE DE GuAxiNDiBA

mAiS DE quATRo ANoS SEm ACiDENTES Com AFASTAmENTo NA BASE DE NiTERói

NENHum ACiDENTE DESDE A AquiSição DA BRASCo CAJu, Em 2013

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GRANDE muDANçA No TECoN SAlVADoR

A segurança ganhou grande desta-que também no Tecon Salvador. A empresa fez uma mudança impor-tante visando à excelência da segu-rança nas operações. Em 2014, in-vestiu em um novo equipamento — empilhadeiras para substituir as antigas Reach Stackers (veículo para movimentação de contêineres no ter-minal), atendendo a certas exigências da companhia.

“Fomos ao mercado para buscar o melhor fornecedor”, comenta o geren-te de manutenção do terminal, David Wolfovitch. “Conversamos com muitas empresas, e foi a francesa Terex que melhor recebeu nossa proposta. Que-ríamos que as Reach Stackers fossem im-pedidas de fazer qualquer operação que descumprisse algum dos protocolos de segurança”, conta ele. Como resultado, as novas empilhadeiras travam o fun-cionamento se o operador se levantar ou se o contêiner manuseado estiver com alguma deformação, por exemplo. A máquina bloqueia qualquer condição insegura, independentemente do co-mando do operador. Isso impede que acidentes ocorram. “São mudanças sim-ples, mas com resultados eficazes.”

Em junho de 2014, o Tecon Salvador recebeu as duas primeiras novas empi-lhadeiras. Um ano depois, mais três equi-pamentos chegaram ao terminal. “Essa quantidade nos trouxe uma tranquili-

dade muito grande”, diz Wolfovitch. “Até meados de 2014, trabalhávamos com apenas três Reach Stackers. Agora, com cinco equipamentos, podemos dedicar mais tempo à manutenção sem compro-meter a produtividade.”

A produtividade, aliás, só cresceu. Desde a aquisição das novas máqui-

nas, o Tecon já bateu duas vezes seu recorde de produtividade. O resul-tado, é claro, não está ligado apenas aos equipamentos. “Recapacitamos nossa equipe. Tivemos que reapren-der a trabalhar para que as operações não sofressem impacto. Trouxemos especialistas para participar desse processo, e o resultado foi muito positivo”, comenta o gerente de ma-nutenção.

As vantagens do novo equipamen-to não ficam limitadas ao campo da segurança. A Terex fabrica máquinas que seguem a legislação ambiental europeia, muito mais rígida que a brasileira. Dessa forma, as Reach Sta-ckers consomem 25% menos combus-tível e possuem índice de emissão de gases de efeito estufa 20% menor.

melhorias do novo equipamento

Interface da cabine em português, inclusive alarmes, facilitando a compreensão do operador

Limites operacionais de carga, abertura de lança e ângulo

Telas de diagnóstico e operação com horímetro, indicadores de motos, transmissão e outros dados

Trava mecânica de segurança

Cabine com ar-condicionado e ruído abaixo de 80 decibéis, assento do operador com suspensão pneumática ajustável, sensor de presença do assento com intertravamento, coluna de direção ajustável e cinto de segurança

WS+ completa cinco anos

As conquistas em segurança no grupo não são uma coincidência: fazem parte do

esforço do Grupo Wilson Sons para atingir a excelência em SMS. E uma das ferramentas

desse processo completou cinco anos em abril: o programa WS+, que visa transformar

a cultura de segurança a partir da mudança de comportamento das pessoas.

Desenvolvido a partir de metodologia da DuPont e implantado inicialmente no

Estaleiro Guarujá, o programa registrou resultados muito positivos. De 2010 – ano

anterior à implementação – a 2015, o Grupo reduziu em 80% a incidência de acidentes

com afastamento. O reconhecimento não se resume aos números. A companhia ficou

em 2015, pelo quarto ano consecutivo, entre os vencedores do Prêmio DuPont de

Segurança e Saúde do Trabalhador, tornando-se a maior vencedora da premiação.

Tecon Rio Grande sem acidentes

O Tecon Rio Grande completou um ano sem acidentes de trabalho com afastamento. A marca histórica é fruto de uma grande transformação na cultura de segurança, iniciada em 2012 pela campanha Risco Zero, passando pelo Programa WS+ e mais recentemente pela campanha “Zero Desvio/Acidente Zero. Você está no jogo?”. A atitude da liderança, a disciplina operacional, a clareza de responsabilidades e um efetivo processo de comunicação são alguns dos destaques na gestão de segurança do terminal, culminando com esta conquista. No ano passado, 3,4% das horas trabalhadas foram dedicadas a treinamentos relacionados a SMS.

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14 Junho 2016 NEW,S

A animação nunca foi tão importante para um grupo de 45 alunos da rede pública de ensino. Mas, se você espe-ra apenas encontrar jovens empolga-dos, saiba que, para eles, animação é muito mais do que isso. Eles foram escolhidos entre 450 jovens no crite-rioso e concorrido processo de seleção para a quinta edição do Estúdio Esco-la de Animação, uma iniciativa entre uma gestora de projetos e um estúdio, e que tem o Grupo Wilson Sons co-mo copatrocinador. O projeto contri-bui para desenvolver o segmento de

animação no Brasil, promovendo oportunidade de aprendizado e aces-so ao mercado de trabalho a esses ta-lentos em potencial.

O mercado de animação vem cres-cendo no Brasil nos últimos anos. O país produz cada vez mais conteúdo e realiza em diversas cidades o festival Anima Mundi, um dos maiores do mundo. O reconhecimento de parte desse trabalho bem-feito veio este ano com a indicação ao Oscar do filme O Menino e o Mundo, dirigido por Alê Abreu. O longa-metragem também

recebeu o prêmio Crystal no Festival Internacional de Filme de Animação Annecy, na França. O desenvolvimen-to robusto do setor esbarra, contudo, na carência por capacitação.

A pesquisa “Eu Sou Animação no Brasil”, realizada por Cristiane Fariah, pesquisadora do programa de mestra-do da Escola de Design da Universi-dade Estadual de Minas Gerais (ED/UEMG), mostra que metade dos 840 profissionais entrevistados se concen-tra no eixo Rio de Janeiro – São Pau-lo, 49% têm a animação como prin-cipal fonte de renda, 75% se declaram profissionais e apenas 33% possuem carteira assinada. A formação especí-fica em animação corresponde a 44% dos entrevistados.

E foi justamente a pouca oferta de profissionais qualificados que motivou a criação do projeto Estúdio Escola de Animação. “Queremos que o Brasil cresça nesse mercado como produtor de conteúdo, não apenas como mão de obra de produções estrangeiras”, alerta Paula Sued, diretora de produção da Baluarte Cultura, uma das idealizado-ras da iniciativa, ao lado do Copa Stu-dio, que pretende justamente formar

Luz, câmera... animação!Wilson Sons patrocina o projeto Estúdio Escola de Animação

Giro pela WSResponsabilidade Social

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profissionais qualificados para todo o processo de desenvolvimento.

Para levar o projeto ao conhecimen-to dos seus futuros alunos, os parceiros promovem Animation Shows nas esco-las selecionadas, — ali mesmo já apre-sentam um pouco da história da ani-mação e as primeiras técnicas, em uma provocação para a área. “Este ano, além das inscrições durante o evento, ofere-cemos pela primeira vez o cadastramen-to online, o que elevou de 250 para 450 o número de interessados em relação à última edição”, ressalta Paula.

Escolher os participantes em meio a tantos candidatos é uma das etapas mais desafiadoras para os organizadores. Co-mo não há pré-requisito de formação ou experiências anteriores, pesa a favor do concorrente o comprometimento, tor-nando tão importante o processo de en-trevistas — mais até do que as habilida-des específicas, como talento para desenho ou para desenvolvimento de roteiros.

“O curso é puxado, são oito horas semanais, e as vagas são poucas. O alu-no precisa estar realmente interessado, para não abandonar aulas e tirar a opor-tunidade que poderia ter sido dada a outro colega”, enfatiza a diretora de produção.

Organizados em turmas de 15 alu-nos, esses estudantes recebem orienta-

ções desde os desenhos manuais, em mesas de luz, até técnicas mais sofisti-cadas. São abertas duas ou três turmas por ano, o curso dura cinco meses – de maio a outubro —, com aulas duas ve-zes por semana, em horários alterna-tivos aos turnos escolares, das 8h às 12h ou das 14h às 18h. Após a conclu-são do curso, alguns alunos chegam a cursar um segundo ano no projeto, com técnicas mais avançadas.

Um dos talentos que surgiu no Es-túdio Escola de Animação foi Felipe dos Santos. Ele fez o curso em 2013 e, nos anos seguintes, passou a atuar

como monitor das turmas. Hoje um animador profissional, Santos teve seu primeiro contato com a anima-ção no Estúdio. “Eu já desenhava, mas não sabia animar. A partir dali, tive a oportunidade de participar de diversos projetos.”

O animador conta que em um ano de curso é possível aprender bas-tante sobre o trabalho. “No início, temos aulas mais conceituais e, no decorrer do curso, os alunos se or-ganizam para fazer um curta-me-tragem. Todo o processo f ica por conta da turma, desde a ideia, pas-sando pelo roteiro, até o produto f inal. É um grande aprendizado”, conta ele.

O projeto tem apoio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, da Se-cretaria Municipal de Cultura, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. Essa é a primeira iniciati-va no Brasil apoiada pelo grupo ca-nadense Toon Boom, desenvolvedor de softwares de animação, que con-cedeu 15 licenças para utilização pe-los alunos. Desde o início do projeto, em 2012, somam-se 150 alunos, 12 curtas produzidos, com 13 participa-ções em festivais, inclusive o Anima Mundi, em 2013, 2014 e 2015.

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16 Junho 2016 NEW,S

Longe do mar e no epicentro das definições. Em menos de três anos de atuação, o escritório do Grupo Wilson Sons em Brasília não deixa dúvidas sobre sua posição estraté-gica: mais do que agilizar processos junto aos principais órgãos regula-dores e formuladores de políticas setoriais, o posto avançado da com-panhia tem acesso ágil a informa-ções relevantes e, quando possível, pode inclusive colaborar em toma-das de decisão importantes para os negócios da empresa.

A Agência Nacional de Trans-portes Aquaviários (Antaq), a Se-cretaria Especial de Portos (SEP), o Ministério dos Transportes, a Re-ceita Federal, a Anvisa, o Congres-so Nacional e outros stakeholders im-portantes para a Wilson Sons têm sede na capital federal. E a compa-nhia também está lá. O escritório do Grupo está, desde seu início, sob a responsabilidade de Luiz Rossi. Sua função é estreitar e dinamizar a relação com órgãos relevantes. “Es-

sa é principalmente uma iniciativa de articulação, em que assuntos são tratados com mais rapidez, com a possibilidade de atendimento ins-tantâneo, seja para a apresentação de um documento, seja para dar uma explicação, tudo podendo ser feito pessoalmente”, conta o executivo.

Luiz Rossi participa de discus-sões, audiências públicas, expõe ideias, defende posições e acompa-nha processos de interesse da em-presa, em um diálogo constante e direto com diversos interlocutores, no Executivo e no Legislativo. Es-sa atividade contribui não somente para a Wilson Sons, mas também acaba por ajudar muitas entidades ligadas à companhia que não têm representação em Brasília. “Muitas associações não estão presentes na capital federal, não preservando re-lacionamento com os assessores, verdadeiros formadores de opinião.

O posicionamento estratégico signif ica ainda possibilidade de pronta interlocução com as autori-

dades. Na zona mais quente de dis-cussões e de tomadas de decisão, o escritório é uma bandeira avançada que confere maior musculatura às atividades da companhia, além de se privilegiar do grande volume de oportunidades geradas em Brasília.

Bruno Lima Rocha, diretor de Relações Institucionais da Wilson Sons, enfatiza a importância dos processos agilizados por Rossi, principalmente para os terminais portuários, dado o expressivo vo-lume de trâmites burocráticos exi-gidos por essas atividades. “Ele se destaca tanto pela interface junto às entidades governamentais quanto pelo contato com as assessorias par-lamentares e a participação em as-sociações de classe, cobrindo todo o relacionamento estratégico im-portante à empresa”, diz o diretor.

O escritório signif ica uma inte-ração cotidiana com a esfera polí-tica, em uma ação de visibilidade e articulação, além de servir de pon-to de apoio aos colaboradores da

Presença no coração do paísEscritório em Brasília aproxima a Wilson Sons da tomada de decisões

Giro pela WSRelações institucionais

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empresa que eventualmente têm agendas em Brasília. “Percebemos que é reconhecido pelo meio, e ex-tremamente valorizado, que a com-panhia tenha esse ponto de relacio-namento local”, acredita Claudio Viveiros, também da equipe de Re-lações Institucionais do Grupo.

Um exemplo das contribuições do escritório da Wilson Sons em Brasília, conta Bruno Rocha, em que a presença física do colaborador se mostrou importante, foi quando um funcionário da Antaq, ao vê-lo nas dependências da agência, o abor-dou para informá-lo de que havia circularizações disponibilizadas no Sistema de Afretamento na Nave-gação Marítima e de Apoio (SAMA) sem manifestação dos interessados. Detectou-se posteriormente que os usuários do sistema não estavam atentos a estas notificações expedi-das, o que permitiu, em consequ-ência, que as empresas passassem a olhar com mais constância a esses alertas de afretamento.

“Essa é principalmente uma iniciativa de articulação, em que assuntos são tratados com mais rapidez, com a possibilidade de atendimento instantâneo, seja para a apresentação de um documento, seja para dar uma explicação, tudo podendo ser feito pessoalmente”luiz Rossi, responsável pelo escritório de Brasília

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18 Junho 2016 NEW,S

Memória

Em um país que, há cerca de 90 anos, vem dando prioridade para o trans-porte rodoviário em sua matriz, as demais modalidades lutam para se posicionar como opções mais viáveis e atrair investimentos. Uma delas, a navegação de cabotagem, em que os navios vão escalando diversos portos pela costa do Brasil, tem se posicio-nado como um dos mais vantajosos meios para transporte de cargas. E o Grupo Wilson Sons tem participação importante nesse processo, nos últi-mos anos.

A história da cabotagem no Brasil começa a tomar forma no governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961). Até

então, a frota brasileira estava obso-leta, o que tornava essa modalidade pouco viável, com risco para as car-gas e longo tempo de deslocamento. Como parte da promessa de fazer o Brasil avançar “50 anos em cinco”, o governo criou o Fundo da Marinha Mercante e a Taxa de Renovação da Marinha Mercante, que viabilizaram a compra, a construção e a recupera-ção de embarcações. Ao final desse período, 179 mil toneladas haviam sido acrescidas à frota de cabotagem brasileira.

Entre as décadas de 1960 e 1970, o país vivenciou uma intensa prosperi-dade econômica. O período compre-

endido entre 1968 e 1973 entrou para a história como “milagre eco-nômico”, em função das taxas ex-traordinárias de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que chegaram a 11,1% ao ano. Esse con-texto, somado à expansão da indús-tria de construção naval e à intro-dução do contêiner no transporte marítimo, contribuiu para o au-mento de escala na navegação de cabotagem. A explosão dos índices inf lacionários na década de 1980, contudo, reduziu a competitivida-de desse modal, que só seria reto-mada na segunda metade da déca-da seguinte.

Um relatório apresentado pelo gru-po dinamarquês AP Moller Maersk, em agosto de 2013, demonstrou que é mais barato enviar um contêiner do Brasil para a China do que transportar carga em um caminhão de Campinas a Santos. As taxas do modal rodoviário são cerca de três a quatro vezes supe-riores às da navegação costeira. Além disso, o congestionamento das vias de acesso aos portos, acidentes, roubos e avarias da carga elevam ainda mais o custo do produto brasileiro e o ônus dos empresários.

De porto em portoNavegação de cabotagem vem crescendo como opção para transporte de cargas no Brasil

Tecon Rio Grande recebeu 156 navios de cabotagem em 2015

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Com uma costa de 7.367 km, 37 portos públicos e 18 portos delega-dos, o Brasil possui grande potencial de transporte marítimo. A navega-ção de cabotagem emerge na atua-lidade como alternativa para a redu-ção dos custos de transporte e como ponte para a construção de uma eco-nomia sustentável. De acordo com o Anuário Estatístico da Agência Nacional de Transportes Aquaviá-rios (Antaq), em 2015 a modalidade transportou 149.189.533 toneladas.

Atenta às alternativas que podem tornar a economia do país mais com-petitiva, a Wilson Sons vem imple-mentando melhorias em seus termi-nais portuários com o fim de atrair novas cargas para a cabotagem.

Inserido no mercado de operação por-tuária desde 1997, o Tecon Rio Grande é uma importante interface no es-coamento do arroz produzido pelo Rio Grande do Sul, o maior produ-tor desse cereal no Brasil. Em 1999, o terminal passou a fazer parte da rota Sul/Norte/Sul dos navios afre-tados pela Log-In. Em 2013, iniciou o projeto-piloto de embarque de cargas de forma fracionada, com a f inalidade de suprir demandas de produtores locais. Em 2015, a em-

presa atendeu a 156 navios de cabo-tagem e apenas no primeiro trimestre de 2016 já atendeu a 38 embarcações, ou seja, cerca de 25% do número to-tal de atendimentos do ano anterior.

Inaugurado em 2000, o Tecon Salvador implantou em 2012 um cais dedicado à cabotagem e abriu um setor comercial exclusivo para esse modal. Hoje sua equipe está estra-tegicamente instalada em Manaus e São Paulo, além da capital baiana. Como resultado dessas iniciativas, o

terminal passou a integrar em 2013 o serviço Sling I, da Aliança Nave-gação, que faz escalas quinzenais nos portos de Salvador, Suape, Pecém, Santos, Itapoá e Sepetiba. Em 2014, o Tecon Salvador passou a fazer par-te da rota da Costa Norte Express, da Log In, que liga os portos de Manaus e Santos. No mesmo ano, o Tecon bateu três recordes de movimentação de contêineres no atendimento à ca-botagem. Em um único mês, chegou a movimentar 3.866 contêineres. No ano passado, foram 183 atendimentos à cabotagem e, de janeiro a maio de 2016, recebeu 54 navios, dentre eles, o conteineiro com a maior capacidade de transporte de carga que já atracou em seu cais, o Bartolomeu Dias, da Aliança Navegação, que comporta até 4,8 mil TEU (medida equivalente a um contêiner de 20 pés). Nessa ope-ração, o Tecon bateu recorde de pro-dutividade e atingiu o marco de 81,2 movimentos por hora.

Ao lado, o Tecon Salvador tem berço dedicado à cabotagem. Abaixo, o rebocador Cepheus participa das manobras de uma embarcação que faz movimentação pelos portos da costa brasileira

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