Trabalho precursores da administração

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ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL GUARACY SILVEIRA TRABALHO SOBRE OS PRECURSORES DA AMINISTRAÇÃO Turma 1ºDzetha Rosemary nº 34 São Paulo Setembro/2008

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ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL GUARACY SILVEIRA

TRABALHO SOBRE OS

PRECURSORES DA AMINISTRAÇÃO

Turma 1ºDzetha

Rosemary nº 34

São Paulo

Setembro/2008

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ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL GUARACY SILVEIRA

TRABALHO SOBRE OS

PRECURSORES DA AMINISTRAÇÃO

Trabalho de pesquisa apresentado à Escola

Técnica Estadual Guaracy Silveira como

parte da avaliação de Setembro, da Disciplina

de Planejamento Estratégico

Orientadora: Profa. Cristina Petrucci

São Paulo

2008

Page 3: Trabalho precursores da administração

SUMÁRIO

1. FREDERICK WINSLOW TAYLOR .......................................................................4

1.1. Quem foi Taylor? .....................................................................................................4

1.2. Dê o conceito principal de suas teorias. ...............................................................4

1.3. Quais foram suas contribuições para a Administração? ....................................4

1.4. Faça um resumo de sua teoria. .............................................................................4

2. HENRY FORD .........................................................................................................6

2.1. Quem foi Henry Ford? ............................................................................................6

2.2. Dê o conceito principal de suas teorias. ...............................................................6

2.3. Quais foram suas contribuições para a Administração? ....................................6

2.4. Faça um resumo de sua teoria. .............................................................................7

3. HENRY FAYOL........................................................................................................8

3.1. Quem foi Henry Fayol? ...........................................................................................8

3.2. Dê o conceito principal de suas teorias. ...............................................................9

3.3. Quais foram suas contribuições para a Administração? ....................................9

3.4. Faça um resumo de sua teoria. .............................................................................9

4. GEORGES ELTON MAYO...................................................................................11

4.1. Quem foi Georges Elton Mayo? ..........................................................................11

4.2. Dê o conceito principal de suas teorias. .............................................................12

4.3. Quais foram suas contribuições para a Administração? ..................................12

4.4. Faça um resumo de sua teoria. ...........................................................................12

BIBLIOGRAFIA ..............................................................................................................15

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1. FREDERICK WINSLOW TAYLOR

1.1. Quem foi Taylor?

Frederick Winslow Taylor nasceu de uma família de princípios rígidos de

disciplina, devoção ao trabalho e poupança. Durante seus estudos, foi muito

influenciado pelos problemas sociais e empresariais decorrentes da Revolução

Industrial. Iniciou sua vida como operário, em 1878, passando a capataz,

contramestre, chefe de oficina e engenheiro, em 1885.

1.2. Dê o conceito principal de suas teorias.

Evidenciava a padronização dos tempos e movimentos, a divisão de tarefas, os

incentivos salariais e prêmios de produção, além das condições ambientais,

desenhos de cargos e tarefas, entre outros.

1.3. Quais foram suas contribuições para a Administração?

Resumo do Pensamento de Taylor, a partir do conceito do “homo

economicus”

Estudo dos

tempos e

movimentos

Determinação

da única

maneira certa

Incentivos

monetários

Seleção

científica do

trabalhador

Estudo da

fadiga

Criação dos

padrões de

produção

Forte

supervisão

Aumento

da

produti-

vidade

Maiores

lucros e

maiores

saláriosFonte: adaptado de Motta, 2002

Estudo dos

tempos e

movimentos

Determinação

da única

maneira certa

Incentivos

monetários

Seleção

científica do

trabalhador

Estudo da

fadiga

Criação dos

padrões de

produção

Forte

supervisão

Aumento

da

produti-

vidade

Maiores

lucros e

maiores

saláriosFonte: adaptado de Motta, 2002

Taylor buscou analisar cientificamente os métodos mais rápidos e os instrumentos

mais adequados para se chegar à máxima eficiência. Com isso, trabalha a

organização racional do trabalho (ORT).

1.4. Faça um resumo de sua teoria.

Com o advento da 2ª Revolução Industrial, principalmente com o surgimento da

energia elétrica e o uso dos combustíveis de petróleo, há um novo surto de

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progresso, acompanhado da expansão do capitalismo financeiro, que viria permitir

a criação e o funcionamento de grandes organizações empresariais.

Naquela época, o sistema de pagamento era por peça ou tarefa, o que muitas

vezes levava o patrão a forçar o ritmo de produção, criando conflitos com os

empregados, ou levando esses a reações que terminavam por afetá-la

negativamente. Isso levou Taylor a examinar o problema da produção em seus

mínimos detalhes. Iniciou suas observações e estudos pelo trabalho do operário,

no ―chão da fábrica‖, tendo posteriormente estendido suas conclusões também

aos níveis de administração.

Taylor registrou cerca de 50 patentes de invenções sobre máquinas, ferramentas

e processos de trabalho.

Trabalhando junto aos operários, no nível de execução, realizou uma paciente

análise das tarefas individuais, decompondo seus movimentos e processos de

aperfeiçoando-os e racionalizando-os gradativamente.

Chegou à conclusão de que o operário médio produzia potencialmente muito

menos do que era capaz, com o equipamento disponível. Daí, a idéia mecanicista

de fazer com que o trabalhador se ajustasse à máquina. Observou, igualmente,

que o trabalhador mais diligente perdia o estímulo e o interesse ao receber

remuneração igual ao que produzia menos e concluiu pela necessidade de criar

condições para pagar mais ao operário que produzisse mais.

Ao abordar a questão dos tempos e movimentos, a idéia de Taylor era a de

eliminar os desperdícios do esforço humano, substituindo movimentos inúteis por

outros mais eficazes, treinar os operários com vistas à maior especialização, de

acordo com as tarefas e estabelecimento de normas de atuação. Paralelamente,

procurava melhorar a eficiência do operário e o rendimento da produção,

permitindo maior remuneração (prêmios) pelo aumento da produção.

Posteriormente, em uma fase que se costuma caracterizar com o 2º período de

Taylor, este chegou à conclusão de que não bastava a racionalização do trabalho

operário, mas, que necessariamente, essa racionalização deveria abranger toda a

empresa.

Assim, em seu livro ―Administração Científica‖, Taylor concluiu que a baixa

produtividade do trabalho – que chegava a um terço do que seria normal –

decorria não apenas do operário, mas, também de um sistema defeituoso de

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administração, aos métodos ineficientes de organização e falta de uniformidade

das técnicas e métodos de trabalho.

2. HENRY FORD

2.1. Quem foi Henry Ford?

Nascido e criado numa fazenda passou a infância desmontando coisas,

especialmente relógios. Começou a carreira como mecânico, engenheiro e,

depois, tornou-se dono de um império com siderúrgicas, usinas, navios, ferrovia e

minas de carvão. Apesar de empresário genial, era mau administrador. Gostava

da fábrica e não do escritório. Não tinha paciência para balanços, detestava

banqueiros e mantinha dinheiro vivo no cofre.

Henry Ford foi o fundador da Ford, empresa que, hoje, se situa entre as maiores

do mundo. Ele foi o idealizador da produção através de linhas de montagem, que

permitiu enorme expansão na escala da produção industrial.

2.2. Dê o conceito principal de suas teorias.

As idéias de Henry Ford modificaram todo o pensamento da época, foi através

delas que se desenvolveu a mecanização do trabalho, produção em massa,

padronização do maquinário e do equipamento, e por conseqüência dos produtos,

forte segregação do trabalho manual em relação ao braçal, o operário não

precisava pensar, apenas fazer suas atividades com o mínimo de movimentação

possível. Ele também implementou a política de metas, mesmo não tendo esse

nome, ele dizia que X carros deveriam ser produzidos em Y dias. Além disso, ele

revolucionou o tratamento aos trabalhadores, pois melhorou seus salários.

2.3. Quais foram suas contribuições para a Administração?

Adotou três princípios básicos:

Princípio de intensificação: consiste em diminuir o tempo de duração com o

emprego imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação

do produto no mercado.

Princípio da economicidade: consiste em reduzir ao mínimo o volume do

estoque da matéria prima em transformação. Por meio desse princípio,

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conseguiu fazer com que o trator ou o automóvel fossem pagos à sua

empresa antes de vencido o prazo de pagamento da matéria-prima adquirida,

bem como do pagamento de salários.

Princípio de produtividade: consiste em aumentar a capacidade de

produção do homem no mesmo período (produtividade) por meio da

especialização e da linha de montagem. Assim, o operário pode ganhar mais,

num mesmo período de tempo, e o empresário ter maior produção.

2.4. Faça um resumo de sua teoria.

De acordo com Chiavenato (1993, p.79), ―Henry Ford iniciou a sua vida como

simples mecânico, chegando posteriormente a engenheiro-chefe de uma fábrica‖.

Isso porque, segundo o que o próprio Ford conta, em 1898 ele já havia criado três

carros e, abandonando o emprego, conseguindo alguns apoios e colaboradores,

começando a fabricar carros como negócio.

Com a cooperação do projetista Harold Wills, persistiu na idéia da construção de

carros de corrida (esporte muito em ―voga‖ da época) criou o ―999‖, com o qual

Barney Oldfield tornou-se campeão, alcançando vários recordes, que renderam

grande suporte financeiro às suas idéias. Assim sendo, fundou a Ford Motor Co.,

a qual fabricou um modelo de carro a preços populares dentro de um plano de

vendas e de assistência técnica de grande alcance, revolucionando a estratégia

comercial da época (Chiavenato, 1993). Nos anos de 1906-1907 ele implantou na

companhia a política de produzir um carro padronizado e relativamente barato,

que necessitasse um mínimo de cuidado e custos em sua manutenção.

A teoria geral nas fábricas de Ford foi que tudo deveria estar em movimento: ―o

trabalho deve vir até o homem, e não o homem até o trabalho‖. Para Ford (1922),

―o primeiro princípio moral é o direito do homem ao seu trabalho.

Assim, em 1925 um carro a cada 15 segundos emergia das linhas de montagem.

Em 1926, já tinha 88 usinas e já empregava 150.000 pessoas, fabricando então

2.000.000 de carros por ano.

Para Henry Ford, o ciclo de produção começava com o cliente: achava que a

mercadoria deveria ser antes de tudo ajustada de forma a atender o maior

número possível de consumidores em qualidade e preço, e conseqüentemente o

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número de clientes tenderia a aumentar continuamente conforme o preço do

artigo fosse caindo (Moraes Neto, 1991).

Ford estabeleceu o salário mínimo de 5 dólares por dia, para seus empregados e

a jornada de 8 horas de trabalho, quando, na Europa, a jornada ainda variava de

10 a 12 horas.

Ford sofreu seu primeiro acidente vascular cerebral em 1938, o que o afastou da

vida pública. Ele morreu aos 83 anos de hemorragia cerebral. O fordismo teve seu

ápice após a Segunda Guerra, e, nos anos 1970, houve queda da produtividade e

lucros, o que obrigou a uma revisão da filosofia produtiva criada e implantada pelo

fundador do império Ford.

3. HENRY FAYOL

3.1. Quem foi Henry Fayol?

Jules Henri Fayol (Istambul, 29 de Julho de 1841 - Paris, 19 de Novembro de

1925) foi um engenheiro de minas francês e um dos teóricos clássicos da Ciência

da Administração.

Fayol era filho de pais franceses. Seu pai André Fayol, um contramestre em

metalurgia casou-se com Adélaïde Saulé e teve três filhos.

Criou o Centro de Estudos Administrativos, onde se reuniam semanalmente

pessoas interessadas na administração de negócios comerciais, industriais e

governamentais, contribuindo para a difusão das doutrinas administrativas.

Também direcionou seu trabalho para a empresa como um todo, ou seja,

procurando cuidar da empresa de cima para baixo, ao contrário das idéias

adotadas por Taylor e Ford.

Juntamente com Taylor e Ford são considerados os pioneiros da administração.

Sua visão, diferentemente de Taylor (trabalhador) e Ford (dono), foi a de um

Gerente ou Diretor. Em 1888, aos 47 anos, assumiu a direção geral da

mineradora de carvão francesa Commentry-Fourchambault-Decazeville, em

falência. Restabeleceu a saúde econômico-financeira da companhia. Após 58

anos de estudos, pesquisa e observação reuniram suas teorias na obra

Administração Industrial Geral (Administration Industrielle et Generale), em 1916,

só traduzida para o inglês em 1949.

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Fayol, sempre afirmava que seu êxito se devia não só às suas qualidades

pessoais, mas aos métodos que empregava.

3.2. Dê o conceito principal de suas teorias.

São princípios fundamentais de Fayol:

divisão de trabalho;

autoridade e responsabilidade;

disciplina;

unidade de comando;

unidade de direção;

subordinação dos interesses individuais ao interesse geral;

remuneração justa ao pessoal;

centralização;

linha de autoridade;

ordem;

equidade;

estabilidade do pessoal;

iniciativa e

espírito de equipe.

3.3. Quais foram suas contribuições para a Administração?

FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS

Administrar é prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.

prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação;

organizar: constituir o duplo organismo material e social da empresa;

comandar: dirigir e orientar o pessoal;

coordenar: ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços coletivos;

controlar: verificar que tudo corra de acordo com o estabelecido.

3.4. Faça um resumo de sua teoria.

Enquanto na Administração Científica a ênfase está colocada na tarefa que

realiza cada operário, na Teoria Clássica de Fayol e seus seguidores a ênfase é

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posta na estrutura da organização. No fundo, o objetivo das duas correntes é o

mesmo: maior produtividade do trabalho, maior eficiência do trabalhador e da

empresa.

A Teoria Clássica da Administração partiu de uma abordagem sintética, global e

universal da empresa, com uma visão anatômica e estrutural, enquanto na

Administração Científica a abordagem era, fundamentalmente operacional

(homem/máquina).

A experiência administrativa de Fayol começa como gerente de minas, aos 25

anos e prossegue na Compagnie Comantry Fourchambault et Decazeville, aos 47

anos, uma empresa em difícil situação, que ele administra com grande eficiência

e, em 1918, entrega ao seu sucessor em situação de notável estabilidade.

Exatamente como Taylor, Fayol procurou demonstrar que, com previsão científica

e métodos adequados de gerência, os resultados desejados podem ser

alcançados.

Sua teoria da Administração está basicamente contida na proposição de que toda

empresa pode ser dividida em seis grupos de funções, a saber:

Funções técnicas, relacionadas com a produção de bens e serviços da

empresa.

Funções comerciais, relacionadas com a compra e venda.

Funções financeiras, relacionadas com a procura e gerência de capitais.

Funções de segurança, relacionadas com a proteção e preservação dos bens

e das pessoas.

Funções contábeis, relacionadas com os inventários, registros, balanços e

estatísticas.

Funções administrativas, relacionadas com a integração de cúpula das outras

cinco funções.

As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da

empresa, pairando sempre acima delas.

Nenhuma das cinco funções essenciais tem o encargo de formular o programa

geral da empresa. Essa atribuição compete à 6ª função, a função administrativa

que constitui, propriamente, a Administração.

Segundo Fayol, a Administração não se refere apenas ao topo da organização:

existe uma proporcionalidade da função administrativa, que não é privativa da alta

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cúpula, mas, ao contrário, se distribui por todos os níveis hierárquicos. Segundo

ele, tudo em Administração é questão de medida, de ponderação e de bom

senso. Os princípios que regulam a empresa devem ser flexíveis e maleáveis, e

não rígidos.

Vê-se, pois, que divisão do trabalho é o elemento comum mais importante entre

Taylor e Fayol, mas enquanto na Administração Científica a divisão do trabalho se

processa ao nível do operário, fragmentando as tarefas, na Administração

Clássica a preocupação com a divisão se opera ao nível dos órgãos que

compõem a organização, isto é, os departamentos, divisões, seções, unidades.

A maior crítica relativa à influência negativa que os conceitos Taylor e Fayol

tiveram na gestão de empresas - mais especificamente nas indústrias – pode ser

claramente observado no filme de Carlitos: "Tempo Modernos".

Dessa forma, tanto as teorias desenvolvidas por Taylor, como as de Fayol,

sofreram críticas por serem eminentemente mecanicistas e, até mesmo,

motivadas no sentido da exploração do trabalhador, como se fora uma máquina.

4. GEORGES ELTON MAYO

4.1. Quem foi Georges Elton Mayo?

Georges Elton Mayo (Adelaide, Austrália, 26 de dezembro de 1880 — Polesden

Lacey, Reino Unido, 7 de setembro de 1949) foi um sociólogo australiano, um dos

fundadores e principais expoentes do método de sociologia industrial

estadunidense.

Formou-se em Medicina na Universidade de Adelaide, trabalhou na África e

lecionou na Universidade de Queensland. Ainda na Austrália, estudou as

sociedades aborígenes, que o tornaram sensível às múltiplas dimensões da

natureza humana. Durante a Primeira Guerra Mundial, trabalhou na análise

psicológica de soldados em estado de choque.

Chefiou uma experiência em uma fábrica da Western Eletric Company, situada

em Chicago, no bairro de Hawthorne.

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4.2. Dê o conceito principal de suas teorias.

• NIVEL DE PRODUÇÃO É RESULTANTE DA INTEGRAÇÃO SOCIAL

Se o empregado reunir excelentes condições físicas e fisiológicas para o trabalho

e não estiver integrado socialmente sofrerá enormemente a influência do seu

desajustamento social.

• COMPORTAMENTO SOCIAL DOS EMPREGADOS

Em geral, os trabalhadores não agem ou reagem isoladamente como indivíduos,

mas como membros de grupos. Na experiência de Hawthorne cada indivíduo não

podia por si mesmo estabelecer a sua quota de produção, pois esta era

estabelecida e imposta pelo grupo. A TRH contrapõe o comportamento social do

empregado ao comportamento do tipo máquina proposto pela Teoria Clássica

baseado na concepção atomística do homem.

4.3. Quais foram suas contribuições para a Administração?

O operário é visto como um ser social (integrado num grupo);

A ênfase é posta na pessoa, não na tarefa;

O operário move-se mais por reconhecimento social do que por benefícios

materiais;

A administração reconhece a existência de vários subgrupos dentro da

organização;

Dentro da organização formal existem organizações informais.

4.4. Faça um resumo de sua teoria.

Foi um movimento de resposta contrária à Abordagem Clássica da Administração,

considerada pelos trabalhadores e sindicatos como uma forma elegante de

explorar o trabalho dos operários para benefício do patronato. Essa alta

necessidade de se humanizar e democratizar a Administração nas frentes de

trabalho das indústrias aliada ao desenvolvimento das ciências humanas –

psicologia e sociologia, dentre outros – e as conclusões da Experiência de

Hawthorne fez brotar a Teoria das Relações Humanas.

Principalmente a partir da contribuição de psicólogos e sociólogos, iniciada com

Elton Mayo e Mary Parker Follet, surgem outras escolas de Administração, a

começar pela Escola de Relações Humanas.

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A partir daí, as teorias de Taylor são vistas como distorcidas, do ponto de vista do

trabalhador, considerado uma simples peça no processo de produção e

submetido a uma supervisão policialesca. Por outro lado, não corresponde à

verdade o conceito genérico de que o trabalhador não tem outros interesses e

motivações senão os representados pela recompensa financeira.

Da mesma forma se estendem as críticas às teorias de Fayol, às quais se nega a

comprovação da validade dos princípios estabelecidos, pela ausência de

trabalhos experimentais

Com o advento da Teoria das Relações Humanas, uma nova linguagem passa a

dominar o repertório administrativo: Fala-se agora em motivação, liderança,

comunicação, organização informal, dinâmica de grupo etc.. Os princípios

clássicos passam a ser duramente contestados. O engenheiro e o técnico cedem

lugar ao psicólogo e ao sociólogo. O método e a máquina perdem a primazia em

favor da dinâmica de grupo. A felicidade humana passa a ser vista sob um ângulo

completamente diferente, pois o homoeconomicus cede lugar ao homem social. A

ênfase nas tarefas e na estrutura é substituída pela ênfase nas pessoas.

Em 1927, Elton Mayo coordenou uma experiência numa empresa de

equipamentos e componentes telefônicos, chamada Western Eletric Company,

onde percebeu que os trabalhadores eram conduzidos pela fadiga, excesso de

trabalho, acidentes no trabalho, rotatividade do pessoal, causas da má condição

do local de trabalho.

A experiência foi dividida em fases, a saber:

Na primeira fase, os pesquisadores observavam dois grupos de trabalhadores

que executavam o mesmo serviço, porém em iluminações diferentes. Um grupo

trabalhava sob iluminação constante enquanto outro trabalhava sob iluminação

variável. Perceberam que o fator psicológico influenciava na produção, quando a

iluminação aumentava produziam mais e quando a iluminação diminuía

produziam menos.

Na segunda fase, os pesquisadores mudaram o local de trabalho, a forma de

pagamento, estabeleceram pequenos intervalos de descanso e distribuíam

lanches leves nesses intervalos. Perceberam então que, os trabalhadores

apresentaram maior rendimento na produção, pois trabalhavam satisfeitos.

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Na terceira fase, os pesquisadores se preocuparam com as relações entre

funcionários e os entrevistaram para conhecer suas opiniões, pensamentos e

atitudes acerca de punições aplicadas pelos superiores e pagamentos,

descobriram uma espécie de organização informal dentro da organização que se

manifestava por padrões formados pelos próprios trabalhadores.

Na quarta fase, os pesquisadores analisaram a organização informal, fizeram

pagamentos de acordo com a produção do grupo e não mais individualmente.

Perceberam que os trabalhadores tornaram-se mais solidários.

A experiência em Hawthorne permitiu o delineamento dos princípios básicos da

Escola das Relações Humanas que veio a se formar logo em seguida. Destaca-se

a seguir as principais conclusões:

Nível de Produção é Resultante da Integração Social;

Comportamento Social dos Empregados se apóiam totalmente no grupo;

Grupos informais, a empresa passou a ser visualizada como uma organização

social composta de diversos grupos sociais informais;

As Relações Humanas são as ações e atitudes desenvolvidas pelos contatos

entre pessoas e grupos;

A importância do Conteúdo do Cargo;

Ênfase nos aspectos emocionais. Os elementos emocionais, não planejados e

mesmo irracionais do comportamento humano passam a merecer atenção

especial por parte de quase todas as grandes figuras da Teoria das Relações

Humanas.

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