Trabalho Oficial - Elementos de Maquinas
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Trabalho
Elementos
de Máquinas
Salvador, Bahia, 2011.
Trabalho auxiliar da matéria Elementos de Máquinas para obter maior conhecimento no Curso Técnico de Petróleo e Gás.
Orientador: Pedro
SUMÁRIO
1. Introdução
1.1. Bombas
1.2. Bombas Centrífugas
1.3. Bombas Alternativas
2. Turbinas
3. Secadores
4. Separadores
5. Misturadores
6. Filtros
7. Balança
8. Relatórios Individuais
9. Referências
Introdução
Este trabalho tem como finalidade apresentar e explicar os equipamentos citados,
entender o que são suas variações, quais suas finalidades e aplicações no dia a dia.
A pesquisa foi introduzida com o equipamento bomba, abrangendo bombas centrifugas
e alternativas, expondo o seu principio de funcionamento e seus elementos, anexo
figuras ilustrativas para maior compreensão do leitor. Depois foi descrito um pouco
sobre turbinas, pois o mesmo é uma ferramenta muito vasta de conhecimento, após
secadores, separadores, misturadores, filtros, balanças todos os instrumentos orientados
por Pedro Marcel, para uma expansão de conhecimento dos Elementos de Máquinas do
Curso Técnico de Petróleo e Gás.
Bombas
As Bombas são como máquinas operatrizes hidráulicas que conferem energia ao
fluido com a finalidade de transportá-lo por escoamento de um ponto para outro
obedecendo ao condicionamento do processo.
As bombas transformam o trabalho mecânico que recebem para seu funcionamento
em energia. Elas recebem a energia de uma fonte motora qualquer e cedem parte dessa
energia ao fluido sob forma de energia de pressão, cinética ou ambas. Isto é, elas
aumentam a pressão do líquido, a velocidade ou ambas essas grandezas.
Bomba Centrífuga Bomba Alternativa
Bomba Centrífuga
A bomba centrífuga cede energia para o fluido à medida que este escoa continuamente
pelo interior da bomba.
O principio de funcionamento de uma bomba centrífuga:
O vácuo parcial criado no bocal de sucção da bomba (ponto A) faz com que o fluido
atinja o olho do impelidor (ponto B). O movimento de rotação do impelidor, pela ação
da força centrífuga, expulsa o fluido através de suas pás ( C ) acelerando-o na direção da
rotação. Ao deixar o impelidor, o fluido tem a velocidade tangencial da extremidade das
pás. Este fluido em alta velocidade, ao atingir a carcaça (D), que pode ser do tipo voluta
ou difusor, passará de uma região de pequena área, existente entre carcaça e impelidor,
para uma região de maior área (E). Sua velocidade então irá reduzir-se transformando-a
em pressão. Nessa condição irá deixar a bomba através do bocal de descarga.
A figura abaixo exemplifica o que foi escrito anteriormente:
Características:
Opera com vazão constante;
Simplicidade de modelo;
Muito utilizadas na indústria: pequeno custo inicial, manutenção barata e
flexibilidade de aplicação;
Permite bombear líquidos com sólidos em suspensão;
Vazão desde 1 gal/min até milhares galões/min, e centenas psi;
Constitui em duas partes: carcaça e rotor;
O fluido entra nas vizinhanças do eixo do rotor e é lançado para a periferia pela
ação centrífuga.
Elementos de uma Bomba Centrífuga:
Rotor: É o coração da bomba. É constituído de diversas palhetas ou lâminas
conformadas de modo a proporcionarem um escoamento suave do fluido em
cada uma delas.
Tipos de Rotor:
Rotor Aberto: São indicados para líquidos viscosos e condições de elevadas e baixas
cargas.
Rotores Semi-Aberto: Rotores mais robustos que os abertos usados para líquidos
viscosos, com elevada concentração de sólidos abrasivos em suspensão, líquidos sujos
(esgotos e drenagens).
Rotores Fechados: São os mais empregados nas bombas centrífugas, utilizados para
casos extremos permitindo a passagem livre das partes sólidas sem perigo de
entupimento.
Carcaça: Transforma energia cinética em energia de pressão com pequena perda
por turbulência
- Serve de contentor para o fluido;
- Oferece entrada e saída ao mesmo.
Tipos de Carcaça:
Voluta: o rotor descarrega fluido num canal de área de seção reta contínua e crescente.
Aumentando a área, a velocidade diminui, reduzindo assim a formação de turbilhões.
Difusor: são aletas estacionárias que oferecem ao fluido um canal de área crescente
desde o rotor até a carcaça.
Vedação
Como o nome já diz, sua função é vedar o equipamento.
Tipos de Vedação:
Gaxeta: Gaxetas são elementos mecânicos utilizados na vedação da passagem de um fluxo defluido, de
forma total ou parcial. Geralmente podem ser consideradas como um anel de borracha e mais alguns
componentes específicos para cada fluido, que auxiliam na vedação e fixação no equipamento em que serão
aplicadas. Esta vedação deve-se basicamente à pressão exercida contra a parede do equipamento.
Selo Mecânico: Dar uma vedação mais eficiente, já que a gaxeta asfixia os líquidos e
com maiores apertos nos anéis de gaxetas, menores os vazamentos e podendo aquecer e
desgasta o eixo ou luva.
Gaxetas Selo Mecânico
Eixo e Luvas:
Transmitir o torque e o movimento de rotação fornecida pela máquina acionadora, para
partida e operação da bomba.
Mancais:
São elementos de apoio do eixo (o eixo da bomba centrífuga é suportado pelos
mancais). Os mancais têm também a função secundária de manter o conjunto rotativo –
EIXO, ROTOR, LUVA – na posição correta em relação às partes estacionárias da
bomba.
OBS. A parte do eixo que fica em contato com o mancal é chamado de munhão.
Acoplamentos:
São elementos mecânicos de ligação entre os eixos da bomba e da máquina acionadora.
É através do acoplamento que a máquina acionadora transmite o torque para a bomba.
Bomba Alternativa
São bombas do tipo em que cada ciclo de trabalho elas deslocam um volume fixo de
fluido, sem permitir retorno.
Principio de Funcionamento de uma Bomba Alternativa:
Envolvem um movimento de vai - e - vem de um pistão num cilindro. Resulta num
escoamento intermitente. Para cada golpe do pistão, um volume fixo do líquido é
descarregado na bomba. A taxa de fornecimento do líquido é função do volume varrido
pelo pistão no cilindro e o número de golpes do pistão por unidade do tempo.
Ex: Bombas pistão e êmbolo (alta pressão).
Classificação:
Quanto ao tipo de acionador:
Ação direta – acionador é uma máquina a vapor - pistão.
De força – acionador é um motor elétrico ou de combustão.
Quanto ao número de cilindros:
Simplex – um cilindro de líquido;
Duplex – dois cilindros de líquido;
Triplex – três cilindros de líquido.
Quanto a posição do cilindro:
Horizontal;
Vertical.
Quanto ao tipo de peça propulsora:
Êmbolo;
Pistão;
Diafragma.
Quanto a ação de bombeio:
Simples efeito - Aspiração e descarga em só lado do pistão
Duplo efeito - Aspira de um lado do pistão, descarrega simultaneamente do
outro.
Estrutura da Bomba Alternativa:
A bomba alternativa está dividida em duas partes a saber: Fluid – End (Terminal de
Fluido) e Power – End (Terminal de Força).
O Power-End é a parte da bomba alternativa que tem a função de transformar o
movimento rotativo do seu propulsor em movimento alternativo e transmitir a energia
para que os elementos de bombeamento seja acionado. Além de fazer parte da redução
de velocidade do propulsor, que geralmente se faz necessário, quando acionado pôr
turbina, motor diesel e motor elétrico.
O Fluid-End é a parte da bomba alternativa que está em contato direto com o fluido que
está sendo bombeado, estando portanto submetido aos esforços gerados pelas pressões
de bombeamento .
Aplicações:
Bombeamento de água de alimentação de caldeiras, óleos e de lamas;
Imprimem as pressões mais elevadas dentre as bombas;
Pequena capacidade;
Podem ser usadas para vazões moderadas.
Vantagens:
Podem operar com líquidos voláteis e muito viscosos;
Capaz de produzir pressão muito alta.
Desvantagens:
Produz fluxo pulsante;
Capacidade: intervalo limitado;
Opera com baixa velocidade;
Precisa de mais manutenção.
“Bomba de Lama”
Turbinas
Turbina é uma máquina construída para captar e converter energia mecânica e térmica
contida em um fluido em trabalho de eixo. A teoria de turbinas é simples: o rotor,
provido a palhetas formando com as linhas de escoamento, é posto a girar quando há
vazão, justamente porque a velocidade do fluxo incidindo nas palhetas provoca a
rotação.
Alguns dos principais tipos de turbinas são:
• Turbinas a vapor;
• Turbinas a gás;
• Turbinas eólicas;
• Turbinas Hidráulicas;
• Turbinas Aeronáuticas.
Turbinas a Vapor:
A turbina a vapor aproveita o energia calorífica do vapor e transforma em energia
mecânica, está energia é utilizada para mover equipamentos, também podendo gerar
energia elétrica se na turbina for acoplado um gerador.
As turbinas a vapor podem ser classificadas:
Pelo fornecimento de vapor e condições de exaustão: Turbinas de Condensação,
Turbinas de não-condensação (ou Contrapressão);
Pelo princípio de funcionamento: Turbinas de Ação, Turbinas de Reação;
Pela direção do fluxo: Radial, Axial, Helicoidal.
Quanto ao fornecimento de vapor e condições de exaustão:
Turbinas de Condensação: Pressão de descarga menor do que a atmosférica. É o
tipo de turbina mais empregado para geração de energia e a conexão de saída de
vapor da turbina é ligada a um condensador para fazer vácuo.
Turbinas de não condensação (ou Contrapressão): Pressão de descarga superior à
atmosférica. São amplamente utilizadas em processos fabris onde o vapor de
descarga pode ser usado para processo ou aquecimento e a pressão de saída é
controlada através de uma estação regulatória para manter-se a pressão de
processo desejada.
Quanto ao princípio de funcionamento das turbinas a vapor:
Turbinas de Ação:
Vapor em alta velocidade incide sobre as palhetas móveis;
Conversão de energia cinética em mecânica;
Vapor atravessa as palhetas móveis à pressão constante atuando sobre elas
através de sua velocidade.
Turbinas de Reação:
Utilizam a Pressão de Vapor e a sua expansão nas rodas móveis;
Vapor se expande nas palhetas fixas e nas rodas móveis.
Turbinas a Gás:
Turbina a gás, funciona com gás , tendo três elementos básicos, compressor, câmara de
combustão e a própria turbina, para forma o ciclo termodinâmico a gás,cujo o modelo
ideal é conhecido como Ciclo Brayton. Este conjunto opera em um ciclo aberto, ou seja,
o fluido de trabalho (ar) é admitido na pressão atmosférica e os gases de escape, após
passarem pela turbina, são descarregados de volta na atmosfera sem que retornem à
admissão. A denominação turbina a gás pode ser associada ao combustível utilizado,
mas a palavra gás não se refere à queima de gases combustíveis, mas, sim ao fluido de
trabalho da turbina, que é neste caso a mistura de gases resultante da combustão.
O combustível em si pode ser gasoso, como gás natural, gás liquefeito de petróleo
(GLP), gás de síntese ou líquido, como querosene, óleo diesel e até mesmo óleos mais
pesados.
Turbina Eólica:
Princípio de funcionamento da Turbina Eólica:
Acopladas a geradores, são capazes de aproveitar a energia dos ventos, transformando-
a em energia elétrica.
A melhor conversão do movimento do ar em energia elétrica ocorre devido ao
design das pás da hélice.
A estrutura interna é composta por um rotor, que liga à hélice à 'nacelle',
compartimento onde ficam o gerador e sensores de velocidade, direção e
temperatura do vento.
O rotor transmite os movimentos da hélice para a 'nacelle' e também os
comandos desse compartimento para as pás.
Os cabos da “nacelle” levam a energia convertida para a rede elétrica e/ou para
os computadores do sistema de controle.
Turbinas Hidráulicas:
As turbinas hidráulicas são projetadas para transformar a energia hidráulica (a energia
de pressão e a energia cinética) de um fluxo de água, em energia mecânica. Atualmente
são mais encontradas em usinas hidrelétricas, onde são acopladas a um gerador elétrico,
o qual é conectado à rede de energia. Contudo também podem ser usadas para geração
de energia em pequena escala, para as comunidades isoladas.
Principio de Funcionamento de Turbinas Hidráulicas:
As turbinas hidráulicas dividem-se em diversos tipos, sendo quatro tipos principais:
Pelton, Francis, Kaplan, Bulbo.
Cada um destes tipos é adaptado para funcionar em usinas com uma determinada faixa
de altura de queda e vazão. As vazões volumétricas podem ser igualmente grandes em
qualquer uma delas mas a potência será proporcional ao produto da queda e da vazão
volumétrica.
Em todos os tipos há alguns princípios de funcionamento comuns. A água entra pela
tomada de água à montante da usina hidrelétrica, que está num nível mais elevado e é
levada através de um conduto forçado até a entrada da turbina. Então a água passa por
uns sistemas de palhetas guias móveis que controlam a vazão volumétrica fornecida à
turbina. Para se aumentar a potência as palhetas se abrem, para diminuir a potência elas
se fecham. Após passar por este mecanismo a água chega ao rotor da turbina.
Nas turbinas Pelton não há um sistema de palhetas móveis e sim um bocal com uma
agulha móvel, semelhante a uma válvula. O controle da vazão é feito por este
dispositivo. Por transferência de quantidade de movimento parte da energia potencial
dela é transferida para o rotor na forma de torque e velocidade de rotação. Devido a isto
a água na saída da turbina estará a uma pressão bem menor do que a inicial. Após passar
pelo rotor, um duto chamado tubo de sucção conduz a água até a parte de jusante da
casa de força (no nível mais baixo). As turbinas Pelton têm um princípio um pouco
diferente (impulsão) pois a pressão primeiro é transformada em energia cinética, em um
bocal, onde o fluxo de água é acelerado até uma alta velocidade e em seguida choca-se
com as pás da turbina imprimindo-lhe rotação e torque. As turbinas hidráulicas podem
ser montadas com o eixo no sentido vertical ou horizontal. Os esforços oriundos do peso
próprio e da operação da máquina são suportado axialmente por mancais de escora e
contra-escora e radialmente por mancais de guia, sendo que o arranjo e quantidade de
mancais podem variar em cada projeto. Normalmente, devido ao seu alto custo e
necessidade de ser instalada em locais específicos, as turbinas hidráulicas são usadas
apenas para gerar eletricidade. Por esta razão a velocidade de rotação é fixada num
valor constante. Tipicamente turbinas modernas têm uma eficiência entre 85% e 95%,
que varia conforme a vazão de água e a queda líquida.
Turbina de Pelton Turbina Francis
Turbinas Aeronáuticas:
Turbina aeronáutica tem o objetivo de gerar empuxo suficiente para acelerar um avião a
uma velocidade suficiente que a força de levantamento sobre as asas, iguale ou supere o
peso dele. A tração tem a finalidade fundamental de vencer a resistência aerodinâmica
que atua sobre o avião. Ela é obtida graças a terceira lei de Newton: para cada ação há
uma reação.
Turbina de um avião
Principio de Funcionamento de uma Turbina Aeronáutica:
O ar que entra na turbina é "acelerado" por meio de uma reação química, por meio de
uma mistura entre o combustível e oxigênio, injetada na câmara, e uma ignição. Dessa
forma, o ar sai a uma velocidade maior, gerando uma força que "empurra" o avião.
Como a boca de saída da turbina é menor do que a boca de absorção do ar, com a
explosão criada na mistura pela ignição, é gerada uma pressão. Essa pressão é o que
ocasiona a força, que é diretamente proporcional à vazão mássiça de ar acelerado, e a
diferença de velocidade dele entre a entrada e a saída da turbina.
As turbinas aeronáuticas tomam emprestado o termo turbina, embora ele não seja o mais
apropriado. De fato, dentro de um motor aeronáutico, existe um ciclo Brayton(ciclo
termodinamico ideal para o estudo de turbinas a gas) completo, o que inclui um
compressor, uma câmara de combustão e uma turbina propriamente dita. Após a turbina
ainda pode haver um pós-queimador e um bocal convergente, ou convergente-
divergente.
O ar admitido na turbina passa pelo compressor no qual sofre um aumento de
temperatura e pressão. Este ar comprimido é admitido numa câmara de combustão, na
qual, sua temperatura aumenta rapidamente num processo isobárico. Na saída da câmara
de combustão, os gases quentes e a grande pressão são direcionados para uma turbina,
normalmente de múltiplos estágios e ligada ao compressor por um eixo. Nela parte da
energia dos gases é extraída para mover o compressor. Contudo os gases ainda saem
com grande temperatura e velocidade de modo a impulsionar o avião.
Secadores
São equipamentos usados basicamente para a desidratação (secagem) de um
determinado material.
Os secadores podem trabalhar por:
Resfriamento;
Absorção;
Adsorção.
Secagem por Resfriamento:
Resfria o ar;
Necessita de energia externa;
Reduz a umidade pela condensação do ar;
Muito utilizado na indústria metalúrgica.
Secagem por Absorção:
Processo químico;
Não necessita de energia externa;
Instalação e manutenção simples;
Utiliza-se geralmente Cloreto de Cálcio.
Secagem por Adsorção:
Elemento secante regenerável;
Manutenção simples;
Não é preciso parar o fornecimento par;
Regenerar o elemento secante;
Utiliza-se geralmente Sílica-Gel.
Classificação de Secadores segundo o modo de operação:
Objetivo da secagem:
O objetivo máximo de qualquer processamento é a manutenção das qualidades do
produto. Portanto, para o dimensionamento e controle de processos e equipamentos de
processamento é necessário quantificar a deterioração de qualidade do material que está
sendo manuseado. A qualidade de um produto depende do uso final que será feito desse
produto, o que, por sua vez, dirá quais as características que deverão ser conservadas no
mesmo. Assim, é o critério de conservação de qualidade que dita o tipo de processo de
secagem e armazenamento. Para os materiais biológicos, não existe um modelamento
único das condições físicas que sirva de critério de qualidade. Como conseqüência,
existem vários modelos, em geral um modelo específico para cada matéria prima e
processo empregado.
Tipos de Secadores:
Agitado;
Bandeja;
Com ar circulado;
Esteira;
Magnético;
Fluidizado;
Pneumático;
Rotativo direto;
Rotativo Indireto;
Spray;
Tambor; dentre outros.
Rotativo Bandeja
Processo de secagem de Minerais
Separadores
Equipamento industrial para sólidos e líquidos com sistema de inversão de ar que
possibilita a separação de resíduos sólidos do líquido aspirado.
Principais tipos:
Ciclônicos;
Magnéticos;
Gravitacional.
Separadores Ciclônico:
Os separadores ciclônicos (ou ciclones) são equipamentos utilizados na indústria para
extrair partículas sólidas em suspensão num escoamento de gases.
Principio de Funcionamento de um Separador Ciclônico:
As partículas são extraídas através de um processo de centrifugação dos gases. Este
fenômeno ocorre com a indução de um escoamento rotativo no interior do ciclone. Isto
ocorre devido à significativa velocidade (típica de 22 m/s ou 80 km/h) com a qual os
gases entram tangencialmente na câmera do ciclone, de formato cônico. Sendo muito
mais densas que os gases, as partículas tem maior tendência em permanecer na trajetória
tangente ao escoamento rotativo e assim colidir com as paredes da câmara. Com as
colisões, as partículas perdem velocidade e tendem a se desacoplar do escoamento
caindo em direção ao fundo da câmara, de onde são extraídas. Os gases saem através do
tubo central do ciclone, após percorrerem algumas voltas pela câmera e uma curva de
ângulo acentuado em direção à entrada do tubo, o que também dificulta a saída de
sólidos.
Separador Magnético:
A separação magnética é um método consagrado na área de processamento de minérios
para concentração e/ou purificação de muitas substâncias minerais. Pode ser empregada,
dependendo das diferentes respostas ao campo magnético associado às espécies
mineralógicas individualmente, no beneficiamento de minério e na remoção de sucata.
A propriedade de um material que determina sua resposta a um campo magnético é
chamada de susceptibilidade magnética. Com base nessa propriedade os materiais ou
minerais são classificados em duas categorias: aqueles que são atraídos pelo campo
magnético e os que são repelidos por ele. No primeiro caso têm-se os minerais
ferromagnéticos, os quais são atraídos fortemente pelo campo, e os paramagnéticos, que
são atraídos fracamente. Aqueles que são repelidos pelo campo denominam-se de
diamagnéticos. A separação magnética pode ser feita tanto a seco como a úmido. O
método a seco é usado, em geral, para granulometria grossa e o a úmido para aquelas
mais finas.
Principio de Funcionamento:
Separador Gravitacional:
Os separadores gravitacionais são muito utilizados na indústria do petróleo, os quais são
utilizados na separação primária de fluidos de petróleo.
O petróleo bruto ao chegar á unidade de processamento primario, deverá ter suas fases
água, óleo e gás devidamente separados. Para a primeira etapa da separação dessas fases
são normalmente utilizados separadores gravitacionais, nos campos produtores, os
seguintes tipos de separadores gravitacionais:
Separadores a Gás;
Separadores de Produção Trifásicos;
Tanques de Lavagem.
Separadores a Gás:
Como o próprio nome já diz, são responsavel pela separação do gás do liquido, sendo
utilizado quando o campo produz uma alta razâo gás-liquido e a pré-separação do gás se
faz necessária para não prejudicar a separação água-óleo na etapa seguinte do
processamento primário.
Separadores de Produção Trifásicos:
São utilizados para realizar a separação das três fases produzidas num unico
equipamento: separação do gás natural, da água e do óleo.
Separador Trifásico.
Separadores de Àgua (Tanques de Lavagem):
Nas áreas de produção terrestre é mais comum separadores de água-óleo, mais
conhecidos como tanques de lavagem, o principio de funcionamento dos tanques de
lavagem é baseado no aumento do contato da emulsão com sua própria fase dispersa, já
separada no tanque, fazendo uma lavagem da nova emulsão que está entrando no
tanque. A emulsão entra na parte inferior do tanque, atraves de um distribuidor que
promove uma uniformidade de fluxo de toda a seção transversal do tanque, é a medida
que essa emulsão vai entrando no tanque ela vai sendo “lavada” pela água que está
sendo separada no processo. Está “lavagem” aumenta o contato das gotas com a fase
dispersa separada e melhora a eficiência da coalescência das gotas. Após a emulsão ter
sido “lavada” pela água separada, flui para a parte superior do tanque continuando os
processos de coalescência e sedimentação até ser retirada pela parte superior do tanque
com boa parte da sua água já removida. A água separada no fundo do tanque também é
continuamente retirada do mesmo atraves de um controle de nivel.
Desenho esquemático do Tanque de Lavagem
Misturador
Um misturador é um equipamento utilizado em unidades onde necessita manter um
determinado fluido em movimento. São normalmente constituídos de uma série de
tanques (estáticos ou agitados mecanicamente), separados por unidades de decantação.
Qual é a Constituição dos misturadores?
Existem vários tipos de sistemas que podem ser
utilizados na indústria química para operações ou processos de mistura, desde á
recirculação por bombas, até rotação de tanques, passando por injeção de ar
comprimido.
Os misturadores rotativos, estes possuem basicamente quatro partes funcionais:
Motor,
Redutor,
Eixo
Rotor também chamado de impelidor ou ainda hélice.
Motor - é a parte responsável pelo fornecimento de força motora ao sistema, podem ser
de origem elétrica, hidráulica, turbina a vapor, etc.
Redutor – é responsável pela redução da velocidade de rotação na saída do motor.
Eixo – é a parte que transfere a rotação do motor para o rotor.
Rotor – é a parte responsável para transmitir a energia cinética, rotacional, para o meio
reacional.
Observação: Existe uma variedade de tipos de rotores, mas basicamente todos derivam
de três grupos distintos de conformação, que seriam:
Pás;
Turbinas;
Hélices.
Características do misturador tipo Pás:
São rotores de conformação simples onde apresenta uma facilidade construtiva, porém
limitações ao seu uso;
Possuem uma faixa de trabalho muito reduzida em função do pouco fluxo alcançado, já
que suas pás são construídas na vertical, sem direcionamento de fluxo, além do que é
recomendado para faixas de viscosidade na ordem de 1000 cP.
Agitadores Tipo Pás
Características do misturador tipo Turbina:
São impelidores muito eficientes, apresentando um alto desempenho de fluxo, e uma
grande faixa de aplicações;
São indicados onde se deseja um grande cisalhamento e/ou alto grau de
turbilhonamento;
Podem ser construídas com lâminas fechadas ou abertas, as pás da turbina pode ser reta,
ou curvada longitudinalmente, porém sempre em posição vertical.
Agitadores Tipo Turbina
Características do misturador tipo Hélices?
São rotores muito utilizados para líquidos com baixa viscosidade, possuem uma
constituição similar aos das hélices marinhas. Apresentam a vantagem de proverem alto
fluxo e baixa potencia quando comparada com os outros tipos de impelidores. Devido a
sua construção e faixas de operação e características construtivas, normalmente
dispensam a utilização de redutores.
Agitadores Tipo Hélices
Características do misturador tipo âncora?
É um tipo especial de agitador;
Recomenda-se seu uso, em processos e/ou operações unitárias, onde exista a formação
de substâncias com alta viscosidade, e/ou a formação de sólidos aderentes durante o
processo;
Por sua conformação, não é projetado para sistemas onde seja requerido altas
velocidades.
Agitadores Tipo Âncora
Na indústria de petróleo os misturadores são muito utilizado nos tanques de lama,
principalmente no campo de perfuração e produção, para que o fluido não decante e
perca a sua função.
Tanque de lama - responsável por armazenar o fluido de perfuração que será injetado
na coluna de perfuração.
Filtros
Filtros nada mais são que equipamentos utilizados para separação de sólidos de líquidos
ou fluido que estão suspensos, pela passagem do líquido ou fluido, através de
permeável, capas que retém partículas sólidas, método conhecido como filtração.
A origem do filtro perdeu-se no tempo. Com o advento da Era Industrial, cientistas se
debruçaram sobre o assunto e nasceu a engenharia de filtragem, que passou a estudar os
parâmetros necessários para a projeção de filtros eficientes, que não comprometessem o
desempenho das instalações ou equipamentos, de meios filtrantes eficientes e de
modelos eficientes para cada aplicação. Laboratórios foram instalados e equipamentos
de testes desenvolvidos, os quais, para terem utilidade, necessitavam de normalização.
Foram criadas e publicadas normas para testes de filtros e de aplicação que receberam
revisão ao longo dos tempos.
Hoje em dia é difícil imaginar indústrias químicas, farmacêuticas, petroquímicas, de
alimentos, refinarias e plataformas de petróleo, automobilísticas e até edifícios
inteligentes sem filtros de ar.
Os filtros são amplamente utilizados e tão comuns que, às vezes, são tratados
descuidadamente e passam a representar um valor significativo nos gastos das empresas,
em função dos reparos dos equipamentos danificados pela falta de critério na aquisição
ou falta de conhecimento do pessoal de manutenção.
Com esses fatos em mente, pode-se entender facilmente porque “sérios cuidados”
devem ser tomados na escolha de filtros para usos específicos.
SELEÇÃO DE FILTROS.
A) Aplicação dos filtros. Quando nos referimos a “filtros”, genericamente, estamos
falando de um universo de aplicações. Embora exista relação entre os fatores que devam
ser observados na seleção e especificação para aplicações específicas, existem fatores
específicos, de vital importância, que precisam ser observados. Para selecionar e
especificar filtros para aplicação em sistemas de filtragem de ar, devemos conhecer o
que é contaminação.
B) Contaminação
A produção da contaminação é feita por diversos fatores:
1) Ar ambiente;
2) pessoas que se encontram no ambiente;
3) produtos e processos industriais;
4) equipamentos e ferramentas de produção.
Os setores que sempre tiveram a preocupação em controlar a contaminação do ar foram
as áreas hospitalares e as indústrias farmacêuticas e alimentares, em função do
envolvimento destes setores com a saúde humana.
Por contaminação, podemos entender todos os contaminantes sólidos e líquidos
suspensos no ar. Os contaminantes sólidos são partículas provenientes da trituração e da
dispersão de materiais pulverizados ou provenientes da combustão incompleta de
substâncias orgânicas ou ainda oxidação de metais fundidos. Os contaminantes líquidos
suspensos no ar, genericamente chamados de aerossóis, provêm do orvalho, névoas e
vapores de substâncias líquidas e sólidas em seu estado normal.
Organismos vivos, como vírus e bactérias, e esporos e pólen de plantas são classificados
como contaminantes do ar.
Com o desenvolvimento industrial tivemos um aumento da contaminação do ar, a ponto
de transformar-se em um problema.
Governos de quase todos os países tratam de atenuá-la por meio de legislações
adequadas.
Assim, para atender a necessidade da legislação e do desenvolvimento industrial foi
desenvolvida a engenharia de controle de contaminação do ar, que tem por objetivo
estudar todos os fatores que influenciam na qualidade do ar e projetar filtros e sistemas
de filtragem e equipamentos para controlá-la.
Para o controle da contaminação do ar, destacam-se dois mecanismos distintos:
1) Controle da poluição atmosférica
São utilizados mecanismos de retenção máxima de partículas dos ou gases no processo
industrial. Os equipamentos comumente usados são:
- Precipitadores eletrostáticos;
- filtros de mangas conjugados com ciclones;
- lavadores de gases, etc.
2) Controle da contaminação para proteção de ambientes, pessoas e produtos.
São utilizados mecanismos de retenção mecânica de particulados e absorção de gases,
odores, sistemas de admissão, insuflamento ou exaustão de ar. Os equipamentos
comumente usados são:
- Filtros de renovação automáticos (roll- o matic);
- cabines e módulos de fluxo laminar;
- sistema de insuflamento e exaustão com:
- Filtros grossos multibolsas ou planos;
- filtros finos de construção rígida ou multibolsas;
- filtros absolutos HEPA e ULPA.
C) Fatores de influência na seleção
Cada campo de aplicação de filtragem requer um tipo específico de filtro e o que
diferencia cada um destes tipos é sua eficiência na limpeza do ar.
Outros fatores básicos para uma seleção adequada - tais como: perda de pressão
introduzida no sistema, capacidade de acumulação do particulado presente,
compatibilidade de dimensões, espaço, requisitos para manutenção e custos iniciais e
operacionais são importantes, mas, sem dúvida nenhuma, os requisitos de eficiência,
perda de pressão e capacidade de acumulação do particulado definem o elemento
filtrante a ser utilizado.
A eficiência é expressa em percentagem e define o grau de separação dos contaminantes
do ar. Entretanto, não adianta o usuário pedir um filtro 90% e não especificar qual o
método de teste, pois este mesmo elemento de 90% pode ser um filtro grosso se
classificado com poeira sintética calibrada ou um filtro fino se testado com poeira
atmosférica calibrada.
Portanto, para uma seleção correta de filtros é sempre necessário especificar a eficiência
seguida do teste utilizado.
Uma vez decidido o meio filtrante a ser utilizado, de acordo com a eficiência desejada,
seja ele grosso, fino ou absoluto, segue-se escolhendo o modelo do filtro que tenha a
área efetiva de filtragem adequada à vazão de ar necessária
e, portanto, com capacidade de acumulação de particulado
e perda de pressão compatíveis com o sistema. Essa perda de
pressão é medida através de manômetro diferencial de pressão,
onde são acompanhados os valores inicial e final dados pelo
fabricante do filtro, de tal maneira que o elemento filtrante
seja trocado dentro do prazo certo, evitando uma troca
prematura, antes de o filtro estar saturado, ou uma troca
tardia, quando o filtro estiver rompido.
Filtros em bronze Filtro em manga
Balanças
Balanças são instrumentos destinados a medição de peso, avaliar o peso de um corpo.
Classificação das Balanças:
Analítica - quando se destina à análise de determinada grandeza sob certas
condições ambientais;
De precisão - quando seu mecanismo possui elevada sensibilidade de leitura e
indicação;
Industrial - quando se destina a medições de cargas muito pesadas;
Rodoviária - quando se destina à medição do peso de veículos em trânsito.
Obervação: As balanças analíticas e de precisão são mais frequentemente utilizadas em
laboratórios e na indústria farmacêutica.
Dispositivo de Funcionamento:
Mecânico - quando o dispositivo é composto por elementos mecânicos tais como
molas, cabos tensores, hastes rígidas, componentes hidráulicos, pneumáticos
etc.;
Eletrônico - quando o dispositivo é composto por elementos eletrônicos, tais
como células de carga, circuitos integrados, microprocessadores etc.;
Híbrido - quando o dispositivo é composto por elementos mecânicos e por
elementos eletrônicos.
Alguns Tipos de Balanças:
Balanças de alavancas Balanças de molas
Balanças Hidráulicas Balanças Pneumáticas
Na indústria petrolífera, direcionando para a área de perfuração e produção, podemos
utilizar a “Balança Densimétrica”, para medir a densidade do fluido.
Balança Densimétrica.
Referências
http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/sub-segmento/secadores-industriais/
http://www.enq.ufsc.br/disci/eqa5313/bombas.htm
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAO8sAK/turbinas-a-vapor
http://www.enq.ufsc.br/disci/eqa5313/bombas.htm
http://www.labspot.ufsc.br/~simoes/dincont/dc-cap2.pdf
http://www.metalplan.com.br/pdf/br2/mdrbr.pdf
SILVA, Gustavo da. Instrumentação Industrial, Vol. I, 2ª Edição, Setúbal, 2004.
Instrumentação Industrial, Egidio Alberto Bega. 2ª Edição. Rio de Janeiro, Interciência:
IBP, 2006.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Misturador-decantador
http://www.flowserve.com/pt_BR/Products/Pumps/Industries/Primary-Metals/
Descaling/HS-and-YHT-Multiplunger,-Horizontal-Reciprocating-Pumps,pt_BR
http://www.netzsch.com.br/website/pt_br/produtos.info.php?show=127