Trabalho Lidera

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL DEPARTAMENTO DE ENSINO, PESQUISA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DIRETORIA DE ENSINO ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR “Coronel Osmar Alves Pinheiro” CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS Cadete BM/2 JOÃO HENRIQUE CORRÊA PINTO ESTADO DA ARTE DE LIDERAR BRASÍLIA 2013

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  • CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL DEPARTAMENTO DE ENSINO, PESQUISA, CINCIA E TECNOLOGIA

    DIRETORIA DE ENSINO ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR

    Coronel Osmar Alves Pinheiro CURSO DE FORMAO DE OFICIAIS

    Cadete BM/2 JOO HENRIQUE CORRA PINTO

    ESTADO DA ARTE DE LIDERAR

    BRASLIA 2013

  • CADETE BM/2 JOO HENRIQUE CORRA PINTO

    ESTADO DA ARTE DE LIDERAR

    Trabalho avaliativo referente a instruo Comando, Chefia e Liderana do Curso de Formao de Oficiais.

    Instrutor: Ten. Cel. QOBM/Comb. LISANDRO Paixo dos Santos

    BRASLIA 2013

  • Sumrio

    1 INTRODUO ......................................................................................................... 3

    2 ESTADO DA ARTE DE LIDERAR ........................................................................... 4

    3 CONCLUSO .......................................................................................................... 9

    4 REFERNCIAS ...................................................................................................... 10

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    1 INTRODUO

    Na busca de conhecimentos que possam construir um modelo de

    liderana este trabalho traz contribuies pesquisados em uma heterognea literatura.

    So abordados os conceitos e definies de liderana sob trs pilares bsicos.

    O primeiro pilar investiga o conceito propriamente dito do fenmeno da

    liderana. Em um segundo momento a investigao passa para o campo da doutrina

    elencando os estilos de liderana sob a tica de uma literatura conceituada no ramo,

    bem como enuncia alguns pontos de vistas do Exrcito Brasileiro sobre o tema.

    O terceiro foco dado pelo trabalho consiste na discusso das habilidades

    e potencialidades centradas no subordinados. A capacidade e a motivao so

    tpicos que influenciam diretamente o fenmeno da liderana bem como o alcance

    das metas de forma eficiente em uma instituio, como uma Organizao Militar.

    Nesta oportunidade procura-se explorar estas habilidades buscando

    tcnicas e conceitos na Programao Neurolingustica, visto que uma ferramenta

    salutar, que valoriza as aes do homem ao invs de transferir as responsabilidades,

    exclusivamente ao ambiente.

    Contudo, este trabalho mescla todas estes panoramas para construir

    passos que visam uma liderana mais efetiva e em prol do sucesso de uma

    organizao seja ela militar ou no.

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    2 ESTADO DA ARTE DE LIDERAR

    Neste princpio tem-se como objetivo esclarecer os conceitos abordados

    pelas doutrinas relacionadas a liderana. Nas situaes que envolvem lderes e

    liderados percebe-se uma gama de processos que necessitam ser definidos para que

    seja compreendido da melhor forma possvel a relao entre estes dois agentes,

    presentes nas relaes empresarias, institucionais, familiares e no dia a dia.

    Fundamentalmente, para que o fenmeno da liderana exista, deve-se

    conter alguns elementos. O Exrcito Brasileiro (EB) trata deste elementos em seu

    Manual de Campanha onde so abordados tpicos da liderana militar. Para EB

    (2011), os elementos que compem o fenmeno da liderana so a situao, o lder,

    o liderado e a interao entre ambos.

    Segundo o manual citado a situao a juno dos elementos de

    origens internas e externas que influenciam lderes e liderados. O lder o elemento

    mais acima que influncia o comportamento de seus liderados e a interao resume-

    se nos fatos, aes, sentimentos e emoes transmitidas entres os membros

    anteriormente descrito.

    Sob os aspectos destes elementos desenvolve-se os inmeros

    conceitos de liderana abordados por diversas literaturas. A liderana a habilidade

    de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos

    objetivos identificados como sendo para o bem comum. (HUNTER, 2004, p. 25).

    Para este autor esta habilidade de influenciar pessoas um hbito que

    pode ser treinado, aprendido e aperfeioado, portanto todos os agentes podem com

    o tempo e dedicao adquirir esta virtude.

    Liderana a influncia interpessoal exercida em uma situao e

    dirigida por meio do processo da comunicao humana consecuo de um ou mais

    objetivos especficos. (CHIAVENATO, 2007, p. 314).

    Para a grande parte das definies que abordam o conceito de liderana,

    muitos utilizam variaes do verbo influenciar. Para tanto influenciar uma habilidade

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    psicolgica que permitem mudanas no comportamento de pessoas ou de grupos de

    pessoas. (CHIAVENATO, 2007).

    Percebe-se que o ato de influenciar mudanas no comportamento de

    pessoas pode ser desempenhado de vrias maneiras, desde sua forma mais

    coercitiva at a mais democrtica.

    Conforme o conceito de liderana militar apresentado no manual do EB

    (2011) os estilos de comando, ou seja, a forma como se d a postura de um

    comandante frente aos seus subordinados podem ser subdivido em trs grupos:

    comando autocrtico, comando participativo e comando delegativo.

    No comando autocrtico o lder centraliza todas as decises e no se

    faz do uso de assessoramento dos seus liderados para o estudo de uma situao (EB,

    2011). Para Chiavenato (2007) este estilo de liderana caracteriza o lder como duro

    e impositivo.

    O comando participativo tambm chamado pela literatura de

    democrtico enfatiza as aes do lder e dos subordinados bem como suas interaes.

    Neste estilo o lder utiliza-se da participao, do envolvimento e do aproveitamento

    das ideias dos subordinados para pr fim tomar uma deciso (EB, 2007).

    Lewin e White (1939) realizaram um experimento comportamental que

    teve seus resultados publicados no Jornal of Social Psychology em seu 10o volume,

    que verificava o impacto causado por estes dois tipos estilos de liderana.

    O grupo comandado de forma autocrtica demonstrou forte tenso e

    frustrao alm de uma certa agressividade seguido de nenhuma iniciativa nem

    formao de grupos de amizade. Por mais que a amostra gostassem das tarefas, no

    demostraram satisfao com a realizao das tarefas. Estas tarefas somente se

    desenvolvia com a presena do lder, quando o mesmo saia as atividades paravam.

    J no grupo que experimentou um estilo de comando participativo, houve

    relacionamentos cordiais e nichos de amizade. Lder e liderados desenvolveram uma

    relao espontnea e cordial. Na ausncia do lder houve uma ntida demonstrao

    de responsabilidade e comprometimento pessoal com as tarefas executadas.

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    Por fim o estilo de comando delegativo caracteriza-se pelo lder atribuir

    a seus assessores a tomada de decises especializadas (EB, 2011). Para o manual

    o ponto crtico deste estilo est na necessidade do comandante saber atribuir aos

    subordinados funes sem perder o controle da situao.

    Assim, no existe um consenso na literatura sobre qual estilos de

    comando o mais eficiente ou eficaz. Portanto cada situao necessitar de um lder

    com determinada habilidade, estilo e competncia ou de um conjunto delas (EB,

    2011).

    Para CHIAVENATO (2007, p. 322) a flexibilidade de estilo a habilidade

    de se adequar s foras que atuam em cada situao. Isto o que se chama

    popularmente de jogo de cintura.

    Outra habilidade importante atribuda a uma lder a capacidade de

    motivar seus liderados, mesmo que as capacidades dos mesmos sejam variantes para

    a execuo de determinada tarefa. Robbins (2002) aborda por meio da Figura 1 as

    aes que um lder deve adotar diante deste panorama.

    Lid

    era

    dos

    Capacidades Motivao Ao a adotar

    Incapazes Desmotivados Lder precisa fornecer orientaes claras e especficas.

    Incapazes Motivados

    Lder precisa oferecer muita orientao para a tarefa para compensar a falta de habilidade dos liderados, alm de muita orientao de relacionamento para conquist-los.

    Capazes Desmotivados Lder precisa usar um estilo apoiador e participativo.

    Capazes Motivados Lder no precisa fazer muita coisa.

    Figura 1 Capacidade e motivao dos liderados. Fonte: (ROBBINS, 2002, p. 312).

    O quadro acima aborda duas habilidades importantes que ajudam a

    prtica da liderana, a capacidade e a motivao. Nota-se que na medida com a qual

    os liderados permanecem desmotivados e sejam considerados incapazes, maior o

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    esforo do lder em fornecer orientaes claras e especficas para atingir

    determinados resultados.

    Porm no mbito destas habilidades a psicologia traz alguns conceitos

    e pontos de vistas que procuram analisar estas questes por um outro prisma. A

    Programao Neurolingustica (PNL) uma rea que traz algumas contribuies para

    o desenvolvimentos das habilidades do ser humano.

    A Programao Nerolingustica (PNL) oferece um modelo que ajuda a entender melhor como o ser humano pensa, age e se comunica, para que cada um seja capaz de identificar e aproveitar suas capacidades para alcanar os resultados que deseja. (SBPNL, 2013)

    Anthony Robbins em sua obra Desperte o Gigante Interior aborda

    algumas mudanas de atitudes que nos ajudam a desenvolver potencialidades em

    atitudes e em comportamentos. Um dos temas comentados pelo autor relativo a

    necessidade das pessoas em guinar grandes objetivos para produzirem grandes

    motivaes.

    Hunter corrobora com as ideias de Anthony Robbins ao mencionar: eu

    defino motivao como qualquer comunicao que influencie as escolhas. Como

    lderes, podemos fornecer todas as condies, mas so as pessoas que devem fazer

    as prprias escolhas para mudar. (HUNTER, 2004, p. 109).

    Na simples mudana de objetivos, ou seja, buscando em uma vida

    profissional atingir aquelas metas que no momento parecem ser inatingveis, fazem

    com que necessariamente ao longo do percurso grandes feitos sejam realizados e

    consequentemente ao longo do tempo o inatingvel passa cada dia, torna-se real e

    possvel de realizar (ROBBINS, 1993).

    Para o autor, esta transformao do impossvel para o possvel, um lder

    ou ao mesmo um liderado passa a se sentir motivado, pois cada dia ou cada ato na

    busca deste objetivo maior torna-se diferente e nico, mantendo assim a motivao

    do personagem, entusiasmado para agir cada vez mais com excelncia.

    Portanto, deve-se levar em conta uma orientao do autor na fixao

    dos objetivos. De um modo geral, sei que fixei o objetivo certo quando parece

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    impossvel, mas ao mesmo tempo me proporciona o maior senso de excitamento s

    de pensar na possibilidade de alcan-lo. (ROBBINS, 1993, p. 358).

    Assim um lder deve criar situaes e oportunidades para que seus

    liderados sejam incentivados a alcanar seus objetivos mais ntimos e na medida do

    possvel em tempos de paz liderar com a participao dos liderados. O Manual de

    Campanha do EB em sua 8 orientao prtica menciona a importncia de esclarecer

    aos subordinados como anda situao da Organizao Militar, pois podem ser que os

    objetivos profissionais dos mesmos dependa deste panorama. Esta orientao ainda

    menciona a eficcia do ato de ter sempre uma palavra positiva aos subordinados para

    motiv-los.

    Cada situao ir requerer do lder uma determinada competncia ou

    um conjunto dela. (EB, 2011, p. 6-13).

    Contudo, nota-se que o sucesso das aes de liderana est na

    adaptabilidade e no conhecimento do lder, no intuito de utilizar o modelo de liderana

    adequado para cada situao apresentada, incluindo assim o conhecimento do

    subordinado.

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    3 CONCLUSO

    Diante do que foi exposto, percebe-se que dentre os estilos de liderana

    apresentado, todos tem sua importncia na busca da liderana eficiente. Cabe a cada

    lder adaptar suas aes nos moldes destes estilos, conforme o pblico a ser atingido

    e com base nas influncias externas que cada situao apresenta.

    Os estilos autocrticos e delegativos so importantes em determinados

    contextos. O autocrtico eficiente em momentos de crises, que na realidade do

    CBMDF poderia representar situaes de emergncias vivencias na realidade de uma

    unidade operacional. Porm mesmo que estes momentos exijam decises centradas

    no lder, sem a consulta dos liderados elas devem ser coerentes com os objetivos

    finais e devem ser transmitidas de forma segura, com uma linguagem clara, acessvel

    e preceituadas na tica e moralmente aceitas pela sociedade.

    O estilo delegativo no pode ser levado ao p da letra no que tange o

    uso da liderana indireta, os lderes no devem se apoiar no jogral que evidencia a

    perda de autoridade ou a promiscuidade pelo simples fato de atuar diretamente junto

    aos seus subordinados. Neste caso, com certa cautela possvel e totalmente

    saudvel o contato mesmo que espordico do lder com seus comandados mais rasos.

    Um lder deve atentar para busca contnua pelo conhecimento, de

    preferncia nas mais variadas reas do conhecimento, pois nessa heterogeneidade

    que se percebe como atingir os resultados mais satisfatrios, tanto pessoal quanto

    interpessoal.

    O autoconhecimento e a reprogramao neurolingustica uma

    ferramenta que permite lderes e liderados alcanarem resultados inexplorveis, que

    consequentemente geram frutos para o bom trabalho organizacional, bem como

    favorece o desenvolvimento de virtudes que aguam ainda mais um tipo de

    inteligncias responsvel pelas atitudes sbias, a inteligncia emocional.

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    4 REFERNCIAS

    CHIAVENATO, Idalberto. Administrao: Teoria, Processo e Prtica. So Paulo:

    Makron Books, 3 ed. 2004.

    EXRCITO BRASILEIRO (EB). Manual de Campanha C20-10 Liderana Militar.

    2 ed. 2011.

    HUNTER, James C. O Monge e o Executivo: Uma Histria Sobre e Essncia da Liderana. Rio de Janeiro: Editora Sextante. 2004

    LEWIN, kurt. Lippitt, R. e WHITE, R. K. Patterns os agressive behavior in

    experimentally created social climates..Jornal of Social Psychology. Volume 10,

    1939.

    ROBBINS, Anthony. Desperte o Gigante Interior. 3 ed. Rio de Janeiro: Record, 1993.

    ROBBINS, Stephen. P. Comportamento Organizacional. So Paulo: Prentice Hall,

    2002.

    SOCIEDADE BRASILEIRA DE PROGRAMAO NEUROLINGUSTICA (SBPNL).

    PNL o que ?. Disponvel em . Acesso

    em 04 dez. 2013.