Trabalho invidual, salmos

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12 IVLOUVOR Salmo 150 - HINO FINAL DE LOUVOR Este salmo em forma de hino funciona como doxologia de encerramento do Livro dos Salmos, assim como o Sl 1 lhe serve de uma introdução. Daí a solene acumulação de instrumentos musicais nesta sonora apoteose final. 1 Aleluia! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no seu majestoso firmamento! 2 Louvai-o pelos seus feitos valorosos; louvai-o por todas as suas grandes proezas! 3 Louvai-o ao som da trombeta; louvai-o com a harpa e a cítara! 4 Louvai-o com tambores e danças; louvai-o com instrumentos de corda e flautas! 5 Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos vibrantes! 6 Tudo o que respira louve o Senhor! Aleluia! Lê o salmo e faz dele uma oração de louvor ao Senhor pela vida e por esta experiência de amor com Ele. ————————————————————————————————— Convento de Balsamão, Chacim Juventude Eucarística Franciscana, 04 e 05 de Junho de 2011 A minha alma tem sede de ti... (Sl 63) No final, escreve aqui as frases dos salmos que mais te tocaram. REZAR COM OS SALMOS

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IV– LOUVOR

Salmo 150 - HINO FINAL DE LOUVOR Este salmo em forma de hino funciona como doxologia de encerramento do Livro dos Salmos, assim como o Sl 1 lhe serve de uma introdução. Daí a solene acumulação de instrumentos musicais nesta sonora apoteose final.

1Aleluia!

Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no seu majestoso firmamento! 2

Louvai-o pelos seus feitos valorosos;

louvai-o por todas as suas grandes proezas! 3

Louvai-o ao som da trombeta;

louvai-o com a harpa e a cítara! 4

Louvai-o com tambores e danças;

louvai-o com instrumentos de corda e flautas! 5

Louvai-o com címbalos sonoros;

louvai-o com címbalos vibrantes! 6

Tudo o que respira louve o Senhor!

Aleluia! Lê o salmo e faz dele uma oração de louvor ao Senhor pela vida e por esta experiência de amor com Ele. —————————————————————————————————

Convento de Balsamão, Chacim Juventude Eucarística Franciscana, 04 e 05 de Junho de 2011

A minha

alma tem

sede

de ti... (Sl 63)

No final, escreve aqui as frases dos salmos que mais te tocaram.

REZAR COM OS SALMOS

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0 - REZAR OS SALMOS Os salmos nascem da experiência quotidiana de um povo que, com grande simplicidade descreve a amizade de Deus com os homens. Os salmos são orações a Deus, cantadas pelo povo crente, não só com os lábios, mas implica toda a pessoa, a sua emotivida-de, fantasia e imaginação. Os Salmos contêm 3 segredos:

a capacidade de ajudar-nos a ler a obra de Deus no mundo como expressão da proximidade e da amizade do Senhor com as suas criaturas;

a capacidade de ler em profundidade o coração do homem, para colocar com confiança a nossa vida interior nas mãos de Deus;

A capacidade de ler com transparência a história, para desco-brir nela a realização do projecto de Deus.

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Quem fala, quem reza, quem canta, vê a Deus como uma pes-soa enamorada, aquele que ama. É pois, um Deus desejado, mais amado que a própria vida. Um Deus que apaga o desejo de quem o procura, um Deus no qual nos apoiamos e por cuja mão se quer ser guiado. Subimos a montanha da vida, por um caminho árduo, poei-rento, desconhecido, difícil, perigoso, mas a mão forte de Deus Amor nos apoia, guia e dá segurança. “Deus é aquele que tem sede de ser desejado com sede”. A oração deste e dos outros salmos pode ser uma autêntica experiência de amor, somos chamados a enamorar-nos de Deus. Como me sinto nesta experiência de amor com Deus? Desejo enamorar-me de Deus e quero que o Senhor me ajude nesse propósito? A oração dá força à nossa vida. Enamorar-se de Deus significa confiar nele, reconhecê-lo como nossa força. Quais são os meus medos? Como levo os meus medos para a oração? Estou disposto(a) a deixar que a Palavra de Deus molde a minha história?

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11Eles morrerão à espada

e serão transformados em pasto de chacais. 12

Mas o rei há-de alegrar-se em Deus,

cantarão louvores os que juram por Ele, enquanto a boca dos mentirosos será fechada. Ler o salmo pausadamente, duas ou mais vezes. Sublinhar as expressões que mais te tocam.

O salmo 63 é riquíssimo em temas em impulsos, em invoca-ções, em desejos, em esperanças, em símbolos. A primeira parte (vv. 2-4) é o canto da sede de Deus e as imagens fundamentais são a sede, a água e o desejo ardente. A segunda parte (vv. 5-9) é o canto da fome de Deus, fala-se do banquete, da boca, da saciedade e da exultação de alegria como aspetos do convite e, por isso, se expressam os mais verdadeiros desejos do homem em forma de fome, depois de terem sido expressos em forma de sede. A terceira parte (vv.10-12) é o canto do juízo de Deus, pois quem experimentou a sede de Deus e a “apagou”, quem viveu a fome de Deus e se saciou, vence sobre os inimigos. Sede, fome, vitória. Canto da sede de Deus, canto da fome de Deus, canto do Juí-zo de Deu. Que imagem de Deus retiro deste salmo?

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I - À BEIRA DO RIO

Salmo 1 - OS DOIS CAMINHOS Este salmo pertence ao género sapiencial e constitui uma espécie de meditação introdutória a todo o livro. Esta meditação, com claras conotações éticas, mostra que o livro, para além de ser uma antologia de orações pessoais e litúrgicas, é também um espelho de vida e de moral. Por isso, é sublinhada a simples divisão de caminhos ou comportamentos, que representam dois modos de vida com resultados diferentes (Dt 30,15-18)

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Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,

nem se detém no caminho dos pecadores, nem toma parte na reunião dos libertinos; 2

antes põe o seu enlevo na lei do Senhor

e nela medita dia e noite. 3

É como a árvore plantada

à beira da água corrente: dá fruto na estação própria e a sua folhagem não murcha; em tudo o que faz é bem sucedido. 4

Mas os ímpios não são assim!

São como a palha que o vento leva. 5

Por isso, os ímpios não resistirão no julgamento,

nem os pecadores, na assembleia dos justos. 6

O Senhor conhece o caminho dos justos,

mas o caminho dos ímpios conduz à perdição. Ler o salmo pausadamente, duas ou mais vezes. Sublinhar as expressões que mais te tocam.

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Tentemos compreender o que nos diz o salmo através das suas imagens. Homem justo: - não segue o conselho dos ímpios, - não se detém no caminho dos pecadores, - não toma parte na reunião dos libertinos. - põe o seu enlevo na lei do Senhor, - e nela medita dia e noite..

Árvore: -à beira da água corrente: - dá fruto na estação própria - e a sua folhagem não murcha; - em tudo o que faz é bem sucedido. Os ímpios são como a palha… 1. Desejo ser homem justo? Porquê? 2. Que caminho dos pecadores é este que o homem justo não segue? 3. Dar fruto e folhagem que não murcha. Quando e como poderá acontecer isto em mim? 4. A que água preciso de abeirar-me para que a minha árvore dê fruto e a sua folhagem não murche?

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III - SEDE DE DEUS

Salmo 63 - DESEJO DE ESTAR COM DEUS Pode ser classificado como um salmo individual de súplica, iniciada com a confiança de que a proximidade do santuário possa trazer ao crente a proteção de Deus. O último versículo alarga as preocupações da oração individual ao rei e ao bem de todo o povo. Isto pode significar apenas a natural convergência da experiência individual com a comunitária ou, também, o resultado da utilização do salmo na liturgia oficial coletiva.

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Salmo de David, quando se encontrava no deserto de Judá. 2

Ó Deus, Tu és o meu Deus! Anseio por ti!

A minha alma tem sede de ti; todo o meu ser anela por ti, como terra árida, exausta e sem água. 3

Quero contemplar-te no santuário,

para ver o teu poder e a tua glória. 4

O teu amor vale mais do que a vida;

por isso, os meus lábios te hão-de louvar. 5

Quero bendizer-te toda a minha vida

e em teu louvor levantar as minhas mãos. 6

A minha alma será saciada com deliciosos manjares,

com vozes de júbilo te louvarei. 7

Lembro-me de ti no meu leito,

penso em ti, se fico acordado, 8

porque Tu és o meu auxílio,

e à sombra das tuas asas eu exulto. 9

A minha alma está unida a ti,

a tua mão direita me sustenta. 10

Os que procuram a minha ruína,

cairão nas profundezas do abismo.

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“Águas refrescantes.” Não se refere apenas a poços de água nos quais se bebe em paz e sem perigos; na verdade evoca um caminho de paz, um caminho espiritual rumo à paz interior, onde repousamos ao final de uma viagem perigosa. “Vales tenebrosos.” Não é somente o precipício onde não chega a luz, onde a noi-te é escura; é mais o medo à obscuridade da morte, aquele medo que aflora na consciência e não se acalma, a menos que venha uma voz lá do alto a trazer a Palavra de consolo. Relê o salmo 23, repensa e saboreia todas as imagens poéti-cas nele contidas. Nada me falta. Tu estás comigo. A tua vara e o teu cajado dão-me confiança. Habitarei na casa do Senhor. O nosso coração está inseguro...queremos acolher este abra-ço seguro de Deus, pastor e guia, que nos convida para a sua mesa?

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Vivo verdadeiramente da Palavra de Deus? A Palavra é algo que me enche o coração, que me nutre, ou, pelo contrário, é algo que considero exterior a mim, longe do meu ser? Vivo da Palavra? A esta pergunta não podemos dar uma resposta específica, isto é: na minha vida, que tempo dedico à Palavra? Vivemos da Palavra? Que momentos dedicamos à escuta da Palavra? Que tempo queremos dedicar pela manhã, pela noite, dia e noite, isto é, marcando o ritmo do dia e o ritmo da noite, à escuta da Palavra. Que gestos nos fazem viver da Palavra? Que gestos assinalam em nós a eficácia da Palavra que escu-támos: que gesto de perdão, que sentimentos, que emoções, que fantasia da mente e do corpo. Oração: Maria, Que acolheste em ti a palavra, Para nos dares a profunda experiência Da alegria interior, Ensina-me a ser justo(a) A plantar a árvore da minha vida Junto à água pura do amor de Deus, Que me transforma e me dá vida.

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II - DESCANSAR NELE

Salmo 23 - O BOM PASTOR Salmo individual de confiança em Deus. É um belo exemplo deste género literário, pela beleza que exprime e pela serenidade que inspira. A proteção de Deus é apresentada com a imagem idílica de um pastor a cuidar do seu rebanho. A relação de proteção assim expressa envolve total compromisso e profunda ternura.

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Salmo de David.

O Senhor é meu pastor: nada me falta. 2

Em verdes prados me faz descansar

e conduz-me às águas refrescantes. 3

Reconforta a minha alma

e guia-me por caminhos rectos, por amor do seu nome. 4

Ainda que atravesse vales tenebrosos,

de nenhum mal terei medo porque Tu estás comigo. A tua vara e o teu cajado dão-me confiança. 5

Preparas a mesa para mim

à vista dos meus inimigos; ungiste com óleo a minha cabeça; a minha taça transbordou. 6

Na verdade, a tua bondade e o teu amor

hão-de acompanhar-me todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor para todo o sempre. Ler o salmo pausadamente, duas ou mais vezes. Sublinhar as expressões que mais te tocam.

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Este salmo utiliza duas simbologias: o pastor e aquele que convida para a ceia com Ele, tratando-nos como amigos. “Porque tu estás comigo”. É um salmo de confiança. Ações atribuídas ao Senhor: - é meu pastor, - faz-me repousar, - conduz-me, - reanima-me, - guia-me, - está comigo, - dá-me segurança, - prepara a mesa, - unge-me com óleo. Ações atribuídas ao salmista (a mim): - nada me falta, - não temo nenhum mal, - afirmo que a minha taça transborda, - sinto a felicidade e a graça como companheira de vida, - quero habitar na casa do Senhor. Trata-se de um diálogo afetuoso, confiado, familiar entre o Senhor e eu. Este salmo é uma oração muito simples, que não pedem nada, não agradece, não louva, mas precisamente por isso, é riquís-simo. O pastor do salmo sabe guiar, inclusive, por um vales tene-brosos, obscuros, de noite...