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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSES - URI ERECHIMDEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS E CINCIA DA COMPUTAOCURSO DE ENGENHARIA CIVILCONSTRUO CIVIL IIMARCIO FERREIRA LIMA

ForrosERECHIM20141 IntroduoSegundo a BS 6100 (BSI, 1987), o forro pode ser entendido como um componente de cobertura da face inferior da laje ou telhado de modo a constituir a superfcie superior de um ambiente fechado.Entre suas funes, destacam-se a esttica, o isolamento trmico e acstico, a proteo passiva contra fogo e a ocultao de instalaes prediais. Normalmente, os forros no tm funo estrutural e so leves, necessitando de mtodos ou estruturas relativamente simples para sua instalao.Ao definir a obra a ser feita, deve-se pensar qual melhor forro se aplica. Encontramos diversos tipos de materiais e mtodos construtivos, cada um com sua caracterstica e funo.

2 tipos de forro quanto fixao2.1 FORROS COLADOS

Os forros colados so uma forma de proteo ou revestimento das faces internas dos planos de cobertura. Sua finalidade pode estar ligada a exigncias de conforto ambiental (isolamento trmico ou absoro acstica) ou a intenes puramente estticas. Os chamados forros colados tanto podem ser realmente colados por meio de adesivos especialmente desenvolvidos (sobretudo quando se trata de lajes de concreto) quanto podem ser pregados ou parafusados estrutura principal (o que comum nas coberturas de telhado).

2.2 FORROS TARUGADOS

Os forros tarugados em madeira, PVC, gesso e estuque exigem a execuo de uma grelha portante em madeira ou ao, fixada s paredes ou estrutura do edifcio. Alm da sustentao, essa grelha serve para limitar os vos, a serem recobertos, s dimenses compatveis com cada material empregado no recobrimento. As rguas de madeira so pregadas ao madeiramento, enquanto as de PVC podem ser rebitadas (com tarugamento metlico) ou pregadas (em tarugamento de madeira). Os forros em placas de gesso podem ser fixados com grampos metlicos inclusos, enquanto os de estuque (constitudos de argamassa de areia, gesso e cal, moldada in loco) se apoiam sobre uma tela de arame tranado ou chapa de ao recortada e estirada (deploy), que previamente pregada no tarugamento.

2.3 FORROS SUSPENSOS

A principal caracterstica que distingue os forros suspensos modulados dos antigos forros colados e tarugados o seu sistema de fixao baseado em uma estrutura portante flexvel e polivalente: tirantes metlicos regulveis fixados cobertura do ambiente, suspendendo uma grelha de perfis metlicos em que so presos os painis de fechamento. A primeira consequncia desse sistema de fixao que resulta relativa independncia entre a estrutura do edifcio e a estrutura do prprio plano do forro. Outra caracterstica fundamental, que decorre do recurso ao sistema lay in, a mobilidade. Quase todos os forros suspensos podem ter os seus painis de fechamento removidos e substitudos, sem prejuzo da estrutura portante, facilitando o acesso ao sobreforro. Dessa maneira, esse espao situado entre o forro e o plano de cobertura, tambm conhecido como plenum, pode ser mais bem aproveitado como caminhamento de dutos, cabos e canalizao, reduzindo o custo das instalaes e facilitando sua manuteno. Essas duas propriedades s no so vlidas para os forros lisos de gesso (no modulados) que, mesmo construdos a partir de placas suspensas, acabam funcionando como os superados forros de estuque, formando uma superfcie monoltica arrematada diretamente sobre as paredes perifricas. Os forros suspensos modulados possuem trs componentes principais: fixador, porta-painel e painel. Os dois primeiros compem a estrutura de sustentao, enquanto o terceiro responde pelo resultado esttico e funcional do forro. A esses trs componentes bsicos, uma srie de acessrios e arremates pode ser acrescentada conforme cada caso. Os fixadores so quase sempre tirantes de ao dotados de dispositivos para regulagem de nvel. Os porta-painis so invariavelmente metlicos, podendo ser constitudos simplesmente de perfilados de ao ou alumnio extrudado, ou de perfis associados a outras peas metlicas ou plsticas, destinadas a facilitar a colocao/remoo dos painis. Estes, que so a face visvel do forro, podem ser confeccionados com os mais variados materiais e apresentar os mais diversos desenhos e configuraes: placas e bandejas, rguas (forros lineares), colmeias, lminas verticais e outras.3 tipos de forro quanto AO MATERIAL3.1 FORRO DE BAMBUO bambu tem sido muito utilizado nas construes aps estudos realizados sobre construes civis com responsabilidade ambiental, pois evita diversas agresses ao meio ambiente, por exemplo, desperdcios de materiais e produo de resduos, bem como a opo de no usar matrias primas devastadas nas florestas brasileiras. O uso do bambu foi de encontro com a necessidade de utilizao de um material eficiente e de qualidade e que permitisse um consumo sustentvel dos recursos naturais. Em trs anos, em mdia, essa gramnea est pronta para o corte.Antes da instalao o bambu seco em um forno especial, para se evitar rachaduras, e recebe um tratamento qumico, evitando a proliferao de insetos e fungos. Geralmente adquirido em ripas que so pregados em mdulos de madeira ou sob uma estrutura de alumnio. Os parafusos e pregos podem ser disfarados lanando-os nos ns dos bambus ou ento com arremates de junco. So muito utilizados em pergolados.Outra vantagem na utilizao desse forro que, quando instalado sob a iluminao, seja natural ou no, este filtra a luz, lanando uma iluminao suave sobre o aposento.

3.2 FORRO DE ESTUQUEO estuque uma tcnica forrao vista principalmente em construes mais antigas. Este formado por uma massa de cal, areia e mais atualmente gesso, para acelerar a pega. Essa massa serve de vedao, preenchendo os vazios de uma armao, seja ela uma tela de arame, sarrafos de madeira ou mesmo fibras tranadas.

Atualmente, o termo estuque mais utilizado para se referir s argamassas aplicadas nas construes do passado. Seu uso j se tornou defasado por vrios motivos. Primeiro porque sua tcnica trabalhosa e demorada inviabiliza seu uso, sendo que existem alternativas bastante eficazes que demandam menos tempo e mo de obra, alm de satisfazer o resultado. Segundo porque como sua aplicao no ocorre em mdulos, qualquer problema ocorrido, como infiltrao, cabeamento, entre outros, seria necessrio a destruio de grande parte desse elemento. Outro motivo a deficincia da mo de obra qualificada, em que sua tcnica foi se perdendo, restando apenas o conhecimento entre profissionais e tcnicos de restaurao. Mais um motivo a perda do estilo rebuscado e de seus adornos muito utilizados em forros com essa massa.

3.3 FORRO DE GESSO

O gesso conhecido h mais de 9000 anos. produzido atravs de um processo de esmagamento e calcinao do gypsum (rocha sedimentada) e transformado em p branco que, misturado com gua, endurece rapidamente. Seca em pouco tempo, adquirindo sua forma definitiva em 8 a 12 minutos. Contudo, permite ser esculpido depois de rgido, com alguma ferramenta mais dura que ele.

Ele , talvez, um dos materiais mais comuns utilizados como forro. Isso talvez devido sua versatilidade, ou at pelo belo aspecto final que produz. Sua aparncia final lembra uma laje plana, mas pode assumir diversas formas, como curvas e abbadas, tendo a estrutura correta e um raio mnimo de 1,2 metro.

Dentre as qualidades, destaca-se sua baixa conduo trmica, mantendo o ambiente em temperatura agradvel e economizando energia, devido sua facilidade em absorver gua. Em casos onde h maior exigncia, pode-se tambm aplicar isolantes, tanto trmico quanto acstico. , ainda, resistente ao fogo.

A aplicao realizada com grande rapidez, sem criar entulhos ou desperdcio de material. Pode receber diversos tipos de acabamento, como pintura, revestimento de frmica, papel de parede ou mesmo azulejos, dependendo da umidade do local. Para a pintura, recomenda-se o uso de rolo de l ou espuma, para no fechar as perfuraes e fissuras das placas, o que provocaria a perda das caractersticas acsticas. Aberturas em geral so possveis de serem executadas. Porm, no caso das luminrias ou de qualquer outro elemento a ser instalado no nvel do forro, indispensvel que este equipamento tenha sua fixao prpria efetuada na laje ou em outra estrutura. Destaque para a iluminao com spots, muito utilizada em diversos projetos. O forro pode ser limpo com escova de pelos macios e suaves ou pano mido com detergente neutro. Cuidar do forro importante, alis, porque este pode amarelar com o tempo.

A distncia mnima que o forro pode ser instalado em relao laje, para um sistema convencional, de 15 cm. Utilizando o sistema corretamente e tirantes de qualidade, praticamente no existe um limite para a distncia mxima. O peso mdio por metro quadrado de 12 kg, e no se recomenda a utilizao dos forros de gesso para reas externas. Do mesmo modo, no recomenda-se a aplicao dos forros diretamente abaixo de coberturas metlicas ou fibrocimento sem isolamento trmico ou com ventilao prevista, para no ocorrer a deformao do forro devido alteraes de temperaturas emitidas pela cobertura.

As formas mais conhecidas de aplicao de forro de gesso so a tradicional e o acartonado. As diferenas dizem respeito limpeza, acabamento e preo. Por vir em placas j prontas (em mdia com 70 x 60 cm), que podem ser recortadas, o do tipo acartonado tem um prazo de execuo mais curto e causa menos sujeira na instalao. J o forro de gesso comum tem um acabamento mais liso, mas ocasiona desordem. O gesso acartonado tambm oferece um pouco mais de acstica que o convencional. Em relao ao preo, o do acartonado costuma ser em torno de 40% a 50% superior. No recomendvel o uso da verso acartonada para ambientes muito pequenos, em razo da falta de praticidade: as placas tm de ser cortadas, o que dificulta o trabalho.

H ainda o forro removvel de gesso. um forro formado por placas composta por um ncleo de gesso natural e aditivos, revestida com duas lminas de carto duplex. O acabamento da superfcie aparente pode ser em pintura vinlica base de ltex garantindo uma superfcie altamente reflexiva ou revestido com pelcula de PVC, variando textura, perfurao, fissura e borda. Tambm pode ser pintado, mantendo os mesmos cuidados anteriormente citados.

Um dos problemas do gesso talvez as fissuras que podem aparecer, oriunda das tenses no material provocadas pela dilatao e retrao trmica. Isto ocorre em projetos mal executados, e para evitar deve ser instalado junto com o gesso juntas de dilatao.

3.4 FORRO DE ISOPOR

O EPS (sigla de Poliestireno Expandido) est presente em nosso cotidiano h muitos anos e tornou-se popular com a marca registrada Isopor. Sua versatilidade permite a utilizao em diversos equipamentos e objetos, como geladeiras portteis e embalagens. Em trabalhos escolares e em outras inmeras aplicaes, o isopor tambm assume papel de grande importncia devido ao fcil manuseio e modelao.

Ao contrrio do que se pensa, apesar da sua fragilidade, se o EPS for utilizado de maneira correta pode ser aplicado de diversas formas na construo civil. A economia e segurana que resultam da sua aplicao o fizeram presente em lajes, paredes, forros e acabamentos, em diversas edificaes e com timos resultados.

O EPS possui resistncia adequada para a sua aplicao como forro, da mesma maneira que os outros produtos disponveis no mercado para esse fim. Ele pode ser removido e reinstalado, desde que sejam tomados os devidos cuidados no manuseio.

O forro de isopor constitudo por placas de poliestireno com ou sem revestimento de resina acrlica e apoiadas sobre estrutura de perfis metlicos. Alm da esttica, leveza, durabilidade e de possivelmente servir de suporte para a iluminao do local, assume funo de isolante trmico e acstico, e entre todos os isolantes trmicos o material que apresenta a melhor relao custo-benefcio, atendendo todos os requisitos para perfeitas aplicaes. Sendo assim, forros de isopor proporcionam economia de energia eltrica (ar condicionado), pois melhoram as condies de conforto trmico, que fundamental para um melhor rendimento profissional e para o bem estar das pessoas que frequentam o ambiente.

Todo material amarela com o tempo, mas aqueles que possuem maior concentrao do pigmento branco (Dixido de Titnio) permanecem por mais tempo com a cor original. Existe tambm a possibilidade do material ser pintado de outras cores, de acordo com o gosto ou o projeto.

Uma das principais coisas que devemos ficar alertas quando instalamos um forro de isopor em algum ambiente, que o EPS no resistente ao fogo e deve receber uma aplicao de um aditivo antichamas. Infelizmente, existem muitos casos com solues caseiras onde se aplica o EPS sem o aditivo como forro (desses comprados em papelarias), o que pode aumentar ainda mais a propagao de chamas em caso de um incndio.

Caractersticas dos Forros de Isopor:

Fcil recorte, manuseio e manuteno;

Rapidez na montagem;

Sem sujeira na instalao;

Permitem colocao de iluminao;

No deformam;

Isolantes trmicos;

Placas removveis, permitindo o acesso as instalaes sobre o forro,

No mofam;

No so atacados por insetos ou roedores;

Imunes a corroso;

No tm cheiro;

No mancham;

No deterioram;

Vida til ilimitada;

No contm carga esttica (que capta partculas dispersas no ar, sujando os forros tradicionais);

Podem ser repintados;

Total estabilidade dimensional;

Auto-extinguveis (aditivo antichamas);

Produto ecologicamente correto, reciclvel, neutro, que no libera resduos ou efluentes txicos;

FORRO DE MADEIRA

A madeira um produto que est ao alcance de todos, mas, por ser natural, precisa de cuidados especiais e muita conscincia na hora da escolha, pois pode levar centenas de anos para chegar idade de corte. Cada espcie de madeira tem caractersticas especficas, variam no peso, nas manchas, no cheiro, etc.

Os forros em madeira so produzidos a partir de inmeras espcies diferentes como cedrinho, pinus, ip, cerejeira, freij, entre outras, e o preo e a qualidade variam conforme a escolha. possvel achar vrias opes de madeiras baratas para forro no mercado. Entre elas, uma das mais econmicas a de pinus.

A utilizao da madeira como forro se destaca pela esttica, uma beleza que s esse material pode proporcionar. Alm disso, com a enorme variedade de tintas e vernizes que existem atualmente no mercado, pode-se escolher a tonalidade de acordo com o gosto pessoal.

Entretanto, a madeira muito vulnervel contaminao por cupins e fungos e ao apodrecimento devido umidade, sendo necessrio, alm da imunizao e impermeabilizao antes da instalao, um cuidado constante para que seja preservada a qualidade e beleza do forro.

A madeira por si s j muito eficiente como isolante termoacstico, mas com certeza melhora muito o conforto do ambiente se for utilizado em conjunto com outros materiais, como l de vidro ou simplesmente com uma laje de concreto.

3.5 FORRO DE PVC

O PVC, ou cloreto de polivinila, um material relativamente recente e j empregado em larga escala, sendo o forro uma de suas aplicaes. Antes visto apenas em pequenos cmodos, seu uso est expandindo para todos os ambientes de uma residncia, visto j em dormitrios e salas, mas principalmente nas reas midas. Tambm em hotis traz muita satisfao pela relao custo-beneficio que oferece.

Ele prtico devido sua fcil instalao, limpeza e no necessidade de revestimento ou pintura. Diversas empresas oferecem o PVC em vrias cores, at nos padres madeira. A montagem fcil, de encaixes macho-fmea, no exigindo mo de obra especializada. Sua superfcie externa lisa evita acmulos de sujeira, facilitando a limpeza, que no requer nenhum produto especial, apenas gua e sabo. um produto imune a mofos e bolores, pois no retm umidade. No corri e resistente maioria dos cidos (cidos lcalis, benzinas, leos e graxas), detergentes e lcoois.

As placas produzidas em PVC especial no propagam fogo, apagando-se assim que o agente causador retirado. As lminas possuem cavidades estruturais que garantem o desempenho mecnico ao conjunto montado e que conferem ao produto caractersticas de isolante trmico e acstico, proporcionando maior conforto aos ambientes em que so instaladas. Ainda destacam-se as excelentes propriedades eltricas, garantindo maior segurana.

flexvel, resistente e proporciona excelente acabamento, valorizando o trabalho. H variedade de acabamentos superficiais e de desenhos dos perfis. Por serem mais leves que os tradicionais forros, exigem menor estrutura de sustentao, permitindo maior rapidez na montagem e facilidade na manuteno. Esta leveza tambm facilita o transporte e a montagem.

3.6 FORRO METLICO

O constante crescimento de indstrias e edifcios comerciais implica em um cada vez mais complexo sistema de iluminao e de condicionamento de ar. Facilitar a manuteno destes e evitar possveis incndios muito importante, e neste meio se destacam os forros metlicos. Eles so os nicos absolutamente incombustveis, anulando assim, qualquer possibilidade de constiturem foco de incndio atravs do contato com a rede eltrica do teto, e limitando a intensidade e a velocidade de propagao de fogo eventualmente gerado em outro local. So eles os que melhor aceitam a incorporao de acessrios relacionados com as redes e instalaes prediais.

So produzidos por diversos fabricantes de acordo com as caractersticas dos forros metlicos existentes no mercado, resultando uma integrao perfeita. Tambm dentre suas qualidades esto o aspecto de acabamento perfeito e a grande vida til.

Por metlico, entendem-se os forros de ao e alumnio. Eles assumem as mais diversas formas, se incorporando a qualquer ambiente. Podemos citar o tipo colmeia, multicolmeia, tipo vertical, baffle, em chapa, entre muitos outros.

De modo geral, estes forros so de fcil remoo para reparos nas instalaes. A iluminao pode ficar tanto sobre as grelhas como embutidas. No h problemas com mofo, e sua limpeza deve ser sempre feita, preferencialmente evitando gua ou produtos qumicos, para manter a durabilidade do produto. O isolamento acstico se faz por meio de jateamento ou pela aplicao de mantas de l (de vidro ou de rocha).

Seguem algumas caractersticas de alguns destes tipos. Estes so da marca Refax, logo, produtos de outras marcas podem conter diferenas.3.6.1 Forro de Alumnio tipo baffle

Compostos por painis verticais com 100mm ou 200mm de altura, fixados por uma junta de interseco, permite ao arquiteto, total liberdade na paginao do forro, dispondo os painis paralelamente ou formando quadrados, retngulos, tringulos, lozangos e hexgonos. possvel a combinao de painis com alturas diferentes. No sistema Baffle so facilmente acoplados sistemas de sonorizao, sprinklers, cmeras e comunicao visual, que pode ser diretamente aplicado nos prprios painis do forro, dispostos em nveis diferentes. Este produto indicado para aeroportos, estaes, salas de convenes, grandes halls, espaos de circulao, shoppings etc.

3.6.2 Forro de alumnio tipo colmeia

Composto por grelhas quadriculadas montadas com perfis tipo U, proporciona um timo efeito esttico, integrando-se e valorizando a decorao do ambiente. As grelhas podem tambm ser apoiadas sobre estruturas construdas com perfis T invertido ou cartola, em locais onde o acesso s instalaes sobre o forro seja constante.

Em uma reportagem sobre os aeroportos de Recife e Congonhas, a justificativa do uso de forro de alumnio tipo colmeia : o bom acabamento superficial, bem como o baixo coeficiente de deformao, a resistncia oxidao, a durabilidade, facilidade de fabricao e, alm disso, a existncia de distribuidores locais.

3.6.3 Forro de alumnio tipo vertical

Compostos por painis com 2 opes de largura, que encaixam-se ao porta-painel atravs de um clip giratrio que permite a alterao da paginao do forro, alm das diversas combinaes de forma e cor. O acesso s instalaes sobre o forro fcil e rpido, permitindo o reparo de cabos, eletrodutos, alto-falantes e rede de sprinkler.

4 ISOLANTES ACSTICOS

Peas de acabamento e decorao, os forros tm ainda outra funo: podem controlar a propagao sonora e melhorar a inteligibilidade em grandes espaos. Para escolher o tipo certo, preciso considerar interferncias com instalaes, luminrias e estrutura.

A funo bsica de um forro acstico consumir de maneira controlada nveis de sons, vozes e rudos produzidos em um ambiente. Sua utilizao depende inteiramente do tipo de ocupao do espao. Salas de espetculo, hospitais, escritrios, bares e at residncias podem necessitar de tratamento acstico e, para tanto, indispensvel identificar as caractersticas das emisses sonoras do ambiente e o quanto de som se quer absorver.

Em uma sala de espetculos o silncio fundamental, mas em um escritrio panormico a absoro exagerada do som pode levar a uma perda de privacidade. Depois de estabelecido o objetivo acstico do espao, o profissional tem disposio ndices que auxiliam na especificao do forro mais eficiente para determinado espao. So valores que medem o nvel de absoro dos materiais, capacidade de isolamento acstico dos forros e privacidade acstica. Trabalhar com esses ndices permite um maior controle da interface forro-ambiente e determina solues especficas para cada espao.

Forros acsticos em escritrios panormicos garantem conforto e produtividade aos usurios. Esse tipo de espao, em geral, favorece a propagao horizontal de rudos devido aos sucessivos reforos provindos de reflexes no piso e teto. A privacidade acstica das estaes de trabalho depende de fatores como a altura dos painis separadores, da paginao do mobilirio, da proximidade de paredes no-tratadas e, principalmente, da presena de forros acsticos no espao, que chegam a absorver cerca de 15% do rudo interior, resultado da soma do rudo interno e externo. Mesmo em espaos com divisrias piso-teto a privacidade acstica pode ser prejudicada devido especificao de forros pouco acsticos e passagem das ondas sonoras entre o forro e a laje.

Nas salas de espetculo, os forros tm o papel de ajustar as reflexes no teto. Nos teatros, essas reflexes permitem que o som emitido pelos atores cheguem aos lugares mais afastados. Em auditrios pode ser necessrio desenhar o perfil geomtrico de um forro especfico que melhore a qualidade do clima acstico do fundo da sala. J em salas de concerto e de pera so as reflexes acsticas laterais que ocupam o papel de conferir tratamento acstico ao espao. Tambm existe a possibilidade dos forros movimentarem-se para adequaes acsticas especficas a cada evento. Nos forros desses espaos so alojados sistema de iluminao arquitetnica, luz cnica, sprinklers e dutos de ar-condicionado.

Locais pblicos, como estaes de metr, terminais de aeroportos, rodovirias, centros de exposio e ginsios de esportes requerem inteligibilidade de sistemas de mensagens e avisos. Para tanto, preciso que o som apresente baixo tempo de reverberao. Como a superfcie de colocao de forro deve ser a maior possvel devido ausncia de outros dispositivos absorvedores, como carpetes, so indicados forros em chapas metlicas perfuradas com l de vidro na parte superior ou forros em lminas verticais metlicas e perfuradas com a alma em l mineral. Esse ltimo conhecido como baffle e tem como vantagem permitir fcil acesso s instalaes suspensas.

Ao especificar um forro acstico, alm da capacidade de absoro acstica, igualmente importante analisar a resistncia mecnica, escolher materiais de fcil limpeza e que no percam a propriedade acstica depois de uma repintura e instalar modelos que permitam reposio e combinaes. As placas devem ser facilmente retiradas e permitir intercmbio com as caixas de luminrias e futuras expanses no espao. As caractersticas estruturais da edificao e interaes com divisrias devem ser consideradas na fase do projeto arquitetnico. importante que a modulao do forro permita a instalao da divisria na direo dos perfis de sustentao. Alm disso, a compatibilizao com o sistema de ar-condicionado e outras instalaes complementares deve ser prevista, assim como o emprego de proteo acstica nos dutos de insuflamento, quando necessrio.

4.1 CLASSIFICAO dOS forroS ACSTICOSA principal caracterstica acstica que deve ser exigida dos forros disponveis no mercado o ndice NRC, mdia aritmtica dos coeficientes de absoro acstica do material constituinte. Os materiais fibrosos e porosos transformam a energia acstica em energia trmica por meio de atrito viscoso e mltiplas reflexes no interior do material, mecanismo resistivo, e permitem boa absoro acstica em toda gama de frequncia. As placas perfuradas de pequena espessura que trabalham com a cmara de ar superior, os ressoadores de furos, dissipam principalmente a energia das ondas acsticas de baixa frequncia por meio de um mecanismo reativo de ressonncia. A capacidade de absoro dos ressoadores tambm depende da posio das placas em relao s paredes, da espessura das placas, bem como da quantidade e dimetro dos furos. J a conjugao de placas perfuradas metlicas com ls minerais oferece resistncia acstica resistiva e reativa, apenas, devido diminuta espessura dessas placas.

Qualidade de absoro sonora de acordo com o NRC (os forros so considerados acsticos a partir do ndice de reduo sonora de 0,50):- Forro acstico de excelente absoro - 0,75 a 1,00 NRC

- Forro acstico de muito boa absoro - 0,65 a 0,75 NRC

- Forro acstico de boa absoro - 0,50 a 0,65 NRC

- Placas de gesso - 0,05 NRC

5 CONCLUSO

Chegamos em um estgio de valorizao da necessidade dos forros em construes de todos os tipos. O que antes poderia ser considerado somente um gasto a mais, hoje visto como parte importante nos projetos. Isso se deve comprovada eficcia desse elemento em vrios aspectos positivos das edificaes, no mais apenas como opo esttica.

Um dos fatores que tambm contriburam para essa mudana de paradigma foi o aperfeioamento das tecnologias de fabricao de forros, que trouxe materiais mais efetivos, prticos e baratos.

Outro fator refere-se certamente tambm aos novos modelos construtivos, que utilizam fatores de segurana mais racionais, em favor da economia, que em outras pocas, o que gera edificaes menos robustas, mais suscetveis troca de calor e acstica atravs das paredes e lajes.6 REFERNCIASBambushow. Forros e Coberturas. 2014. Disponvel em . Acesso em: ago/2014.

Barros, Mercia M. B. Revestimentos horizintais: notas de aula. So Paulo: Escola Politcnica da USP, 2011.

Refax. Forros Metlicos. 2014. Disponvel em . Acesso em: ago/2014UFSC, Arquitetura e Urbanismo. Forros e suas Aplicaes. 2006. Disponvel em < http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2006-1/forros/index.htm>. Acesso em: ago/2014.Yazigi, Walid. A tcnica de edificar. 10.ed. So Paulo: Pini / SindusCon, 2009.