Trabalho em equipas multidisciplinares de saúde

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“Trabalho em Equipas Multidisciplinares de Saúde” Nesta unidade tivemos acesso a uma breve introdução sobre a área da psicologia e sociologia onde pudemos compreender melhor os temas a abordar mais á frente. Tudo o que estudamos aqui tem a ver com a influência do comportamento, com as relações interpessoais que não são tão lineares quanto parecem, pelo contrário. O tema central aqui debatido foi o dos grupos, porque todo o ser humano participa em algum grupo, seja profissional, escolar ou mesmo de lazer, e é através destes mesmos que podemos estudar e compreender o seu comportamento. Os grupos passam assim a ter um papel muito importante nas nossas vidas, afinal… Mesmo a nossa vida “depende” deles, ou seja, não vivemos sozinhos, vivemos “em grupo” e é o conjunto dessas pessoas que constitui a nossa sociedade. Mas o que é um grupo afinal? Para mim um grupo é um conjunto de pessoas que se unem e interagem entre si porque possuem um determinado objetivo em comum, partilham gostos, experiências de vida, valores, crenças, entre outros. Os seus comportamentos são regidos por normas, caso contrário seria o caos. Nós, como seres sociais temos a necessidade de nos inserirmos em grupos de pessoas que nos compreendam, que partilhem os nossos pontos de vista, que tenhamos mesmos interesses, os mesmos objetivos… Por isso é que existem várias associações que englobam os mais variados assuntos, temas, etc., que vão fazer com que a gente escolha aquele que realmente nos diz algo, que nos faz interagir e associar-se ao mesmo.

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O QUE É UM GRUPO, EQUIPAS DE TRABALHO, ADAPTAÇÃO Á NOSSA VIDA, TRABALHO DE EQUIPAS MULTIDISCIPLINARES, LIDERES, ETC

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“Trabalho em Equipas Multidisciplinares de Saúde”

Nesta unidade tivemos acesso a uma breve introdução sobre a área da psicologia e sociologia onde pudemos compreender melhor os temas a abordar mais á frente. Tudo o que estudamos aqui tem a ver com a influência do comportamento, com as relações interpessoais que não são tão lineares quanto parecem, pelo contrário.

O tema central aqui debatido foi o dos grupos, porque todo o ser humano participa em algum grupo, seja profissional, escolar ou mesmo de lazer, e é através destes mesmos que podemos estudar e compreender o seu comportamento. Os grupos passam assim a ter um papel muito importante nas nossas vidas, afinal… Mesmo a nossa vida “depende” deles, ou seja, não vivemos sozinhos, vivemos “em grupo” e é o conjunto dessas pessoas que constitui a nossa sociedade.

Mas o que é um grupo afinal?

Para mim um grupo é um conjunto de pessoas que se unem e interagem entre si porque possuem um determinado objetivo em comum, partilham gostos, experiências de vida, valores, crenças, entre outros.

Os seus comportamentos são regidos por normas, caso contrário seria o caos.

Nós, como seres sociais temos a necessidade de nos inserirmos em grupos de pessoas que nos compreendam, que partilhem os nossos pontos de vista, que tenhamos mesmos interesses, os mesmos objetivos… Por isso é que existem várias associações que englobam os mais variados assuntos, temas, etc., que vão fazer com que a gente escolha aquele que realmente nos diz algo, que nos faz interagir e associar-se ao mesmo.

Todos nós, homens, mulheres, crianças, temos necessidade de sermos aceites, “pertencentes a algo”, nesta sociedade onde há tantas disparidades, tantas injustiças, tanta discriminação.

Como é possível numa sociedade com tantas diferenças, quer físicas, psíquicas ou culturais, uma pessoa ser aceite tal e qual como é? Não é simplesmente e infelizmente. Como tal, e enquanto seres humanos inseguros, imperfeitos, com falta de confiança, baixa autoestima muitas vezes, associamo-nos a um grupo que nos preencha e vá de encontro áquilo que procuramos, á aceitação que tanto buscamos, ao sentimento de satisfação de sabermos que fizemos algo bem e foi reconhecido, de que realmente somos bons em alguma coisa e que afinal a vida não é só feita de críticas negativas mas também de elogios, de enaltecimentos, de críticas positivas e mais importante, construtivas

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que contribuirão para aumentar o nosso ego fazendo-nos sentir mais aptos, mais capacitados.

Há pessoas com a autoestima tão em baixo que só o fato de estarem inseridas num grupo onde se sintam á vontade para expor os seus pontos de vista só lhes faz bem.

Estar inseridos num grupo faz-nos ter uma diferente perceção da realidade, observando as atitudes do outro, ao ouvirmos as suas opiniões vamos alargar os nossos horizontes aumentando também a nossa cultura e aceitando os demais.

Como já referi antes este funciona de acordo com as nossas crenças, os nossos interesses, os nossos costumes. No entanto devemos respeitar cada um independentemente daquilo que acredita.

Aqui podemos estar a falar de um grupo de trabalho, ou se preferirem, uma equipa!

A equipa é constituída por alguns membros do local de trabalho e um que é nomeado líder e visa trabalhar em conjunto para atingir um objetivo em comum, mesmo havendo diferenças entre eles, isso aqui não interessa porque a prioridade aqui é o trabalho e realizá-lo da melhor maneira possível. Aqui é muito mais fácil surgir conflito como é óbvio mas devemos cegar a um “acordo” de modo a que apesar de todas as diferenças que possam existir consigamos trabalhar em conjunto para realizar e concluir o trabalho para o qual fomos designados, não obstante o resto.

Na nossa vida inteira desde que nascemos até que morremos vamos passando por vários grupos distintos. Em criança temos os jardins-de-infância por exemplo, como sendo o nosso primeiro contato com “o mundo” digamos assim, logo a seguir temos a escola, a catequese, o trabalho e por ai fora até chegarmos a associações ambientalistas, ou de escrita, ou de artes, ou sociais ou seja lá do que for.

Na minha vida e enquanto ser humano consciente dos meus gostos, necessidades e capacidades obviamente que já pertenci a alguns.

Neste momento não estou associada nenhum grupo propriamente dito mas sou sócia da EPI. A EPI é uma associação para os doentes e pais dos doentes com epilepsia. Confesso que ainda não conheço o espaço nem as pessoas integrantes, um pouco por preguiça talvez, mas, na conferência que fui sobre este mesmo tema, na faculdade de medicina do Porto, que foi quando me inscrevi, fiquei bastante tocada com o trabalho deles, com tudo o que fazem para ajudar os doentes, para ajudar os pais, mesmo não tendo um grande orçamento, sim, porque o estado não ajuda em nada, nem a medicação é comparticipada, enfim…

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No futuro gostaria de me inscrever num grupo de escrita criativa porque adoro escrever e num grupo de teatro, porque para além de admirar penso que me ia ajudar bastante na minha timidez, no fato de ser envergonhada e bloquear quando falo em grupo.

Penso que essa experiência será boa porque me ajudará mesmo a nível profissional, o que me poderá num futuro próximo abrir muitas portas.

Um que gostaria de aprofundar um pouquinho mais foi um que pertence ao passado e no qual participei por um mês enquanto estive no Luxemburgo, antes de arranjar trabalho.

Trabalhei para uma ipss, quatro horas por dia, às vezes cinco outras seis, dependendo da necessidade.

Lá a minha função era alimentar, higienizar e cuidar dos bebés, das crianças que quer por motivos de saúde ou monetários não podiam estar noutro lugar.

Se for a ver funcionava praticamente como um infantário, exceto que ali ficavam todos juntos, não importando a idade, sexo ou “problema” que tinham.

Tínhamos desde crianças “normais” a crianças deficientes, muito pobres ou doentes. Enfim por um lado era mau o fato de não separarem visto que se um vinha com gripe depois passava para os outros mas por outro considero um gesto muito bonito visto que sem não existissem estes espaços os pais não poderiam ir trabalhar, as crianças ficariam ao deus dará praticamente.

Lá existia um conjunto de técnicos, auxiliares etc., que trabalhavam em conjunto para um fim, ou seja, o bem-estar das crianças.

Lá eu estava como auxiliar de ação educativa, auxiliava as crianças nas atividades lúdicas, ensinava a escrever, a desenhar, mudava a fralda aos bebés alimentando-os, entre muitas outras coisas.

Enfim e era isso. Gostei mesmo muito porque foi uma experiência única.

Muito importante e como já referi antes todos os grupos/equipas devem possuir um líder. Alguém que os guie, que os encaminhe…

Um líder é portanto aquele que conduz o grupo, que os orienta de modo a estes seguirem o “caminho certo”, o caminho adequado de modo a alcançarem um objetivo em comum.

Uma empresa onde não haja um líder, ou em que este seja fraco, poucas hipóteses terá de “sobreviver”.

Embora muita gente não atribua grande importância á liderança a verdade é que esta é muito importante já que, ao conduzir um grupo de pessoas, (uma equipa), estamos a influenciar os seus comportamentos e ações para que

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estes possam assim atingir metas e objetivos de interesse comum dos mesmos.

Liderança é então entendida como uma influência interpessoal, através de um processo de comunicação para atingir uma meta específica.

O líder fala e os outros seguem-no.

Às vezes as decisões que estes tomam são contestadas porque não agradam a toda a gente mas como líder cabe a ele lidar com a situação da melhor maneira possível gerindo os conflitos que possam surgir, colocando regras, ditando normas e procedimentos para um bom funcionamento da empresa.

Não podemos como se costuma dizer, agradar a gregos e a troianos, mas podemos sim, esforçamo-nos para que haja a maior proximidade possível respeito para que assim se consiga manter um bom ambiente de trabalho.

Se não existissem os líderes de equipa, muito provavelmente andaria tudo “ao soco” porque ai não haveria nenhum “superior” para acalmar os ânimos e automaticamente todos iam querer mandar, daí a importância de ser nomeado um.

Normalmente este é uma pessoa com rápido poder de decisão e imaginação, não volta facilmente atrás, o que dá segurança aos “liderados”.

Este respeita ainda os direitos de cada um e é o “braço direito” da entidade patronal.

Normalmente, para ocupar o cargo de líder este deve possuir algumas características tais como:

- Honestidade

- Carisma

- Coragem

- Conhecimento sobre assuntos específicos, entre outros.

Deve ainda ter uma visão abrangente, observando os problemas e interpretando o que está a acontecer.

Equipa multidisciplinar na saúde é uma equipa formada por um grupo de profissionais que têm de trabalhar em conjunto para chegar a um fim, para cumprir um objetivo.

Este pode ser formado por médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, etc., que se unem para discutir e decidir quais os objetivos e

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medidas a tomar para ajudar um determinado paciente, por exemplo, se este estará ou não apto a realizar a sua higiene e alimentação sozinho.

Esta equipa vai assim, dependendo da área e das funções que lhe são atribuídas, exercê-las separadamente mas como um todo, para o bem-estar do paciente, ou seja, o médico prescreve as receitas para a dor, o enfermeiro aplica as injeções, o psicólogo aconselha, “encaminha” o paciente, o fisioterapeuta indica exercícios para fortalecer os músculos e por ai fora. É por isso que é muito importante haver estas equipas e haver respeito e confiança, por parte das mesmas pois nelas reside a recuperação de um paciente, afinal todos eles “lutam” pelo mesmo objetivo e como tal devem colaborar conjuntamente para isso.

Na minha opinião e apesar de não ter participado “fisicamente” nesta unidade mas pelo que li, pelo que pesquisei, considero-a muito interessante, muito importante.

É essencial á nossa formação, ao nosso trabalho enquanto profissionais de saúde.

Seria impossível exercermos a nossa função sem ter acesso a esta informação pois toda ela é crucial para o bom funcionamento das equipas e para o exercer das nossas funções, começando pelo conhecimento básico na área de psicologia e sociologia, (comportamentos das pessoas, socialização), passando pelos grupos, pela sua importância na sociedade, pelo seu funcionamento, pela forma como influencia o nosso “modo de trabalhar” e qual a importância desta “união”, passando pela razão pela qual é necessária haver um líder, alguém que se destaque, o que é isto da liderança e obviamente acabando no fato de ser essencial estas equipas multidisciplinares.

Sinceramente, adorei. Acho que é um dos temas que deveríamos aprofundar mais entrando um pouco mais na área da psicologia e do comportamento humano.

Susana Cardoso