Trabalho de Português - Gabriela Pinto nº2

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Os Lusíadas contados às crianças e lembrados ao PovoDe João de Barros

Histórias de amor na história de Portugal contada por Vasco da Gama ao

Rei de Melinde no capítulo IV “A mais linda história do amor”:

A história fala de dois amantes, Inês de Castro (filha do fidalgo galego D.

Pedro de Castro) e Pedro (filho de rei de Portugal D. Afonso IV).

D. Pedro foi forçado a casar com D. Constança, apesar de estar apaixonado

pela sua aia, D. Inês de Castro. Contudo, ao dar à luz, D. Constança morre e

D. Pedro une-se a D. Inês de Castro mesmo sendo uma relação que não era

do agrado de D. Afonso IV da corte e do próprio povo, uma vez que essa

união poderia pôr em causa a independência de Portugal.

Mais tarde, D. Pedro e D. Inês tiveram filhos, o que fez com que o rei e a

corte conspirassem para a matar, apesar de saberem que ela era inocente e

era o grande amor de D. Pedro. Neste caso, era mais importante manter a

independência de Portugal e os benefícios do reino, que estariam em causa

se um dos filhos desta união fosse sucessor ao trono.

Um dia quando D. Pedro sai para caçar, D. Afonso IV mandou-a chamar e

apesar de comovido pelas suas palavras junto aos filhos, as vozes dos

ministros falaram mais alto e ela foi assassinada. D. Pedro nunca perdoou

este acto chegando mesmo a coroá-la rainha quando subiu ao trono e

castigou os ministros responsáveis pela morte de D. Inês.

* “D. Pedro o Justiceiro” – o cruel, o apaixonado *

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A obra é composta de dez cantos, 1102 estrofes.

Poema: Canto III (narrado na sua maior parte por vasco da Gama que conta a história

de Portugal ao rei de Melinde)

Traziam-na os horríficos algozes

Ante o Rei, já movido a piedade;

Mas o povo, com falsas e ferozes

Razões, à morte crua o persuade.

Ela, com tristes e piedosas vozes,

Saídas só da mágoa e saudade

Do seu Príncipe e filhos, que deixava,

Que mais que a própria morte a magoava,

Queria perdoar-lhe o Rei benigno,

Movido das palavras que o magoam;

Mas o pertinaz povo e seu destino

(Que desta sorte o quis) lhe não perdoam.

Arrancam das espadas de aço fino

Os que por bom tal feito ali apregoam.

Contra uma dama, ó peitos carniceiros,

Feros vos amostrais e cavaleiros?

O caso triste e digno de memória,

Que do sepulcro os homens desenterra,

Aconteceu da mísera e mesquinha

Que depois de morta foi rainha.

Page 3: Trabalho de Português - Gabriela Pinto nº2

Diferenças:

• Na obra de João de Barros, os Lusíadas revelam uma linguagem acessível à

maior parte das pessoas. A história é narrada em prosa, o que torna mais fácil a

sua compreensão;

• Luís de Camões utiliza uma linguagem mais erudita, não poupando palavras

que demonstram o sofrimento e a dor que D. Inês passou ao ser assassinada:

“Os Lusíadas” Camões “Os Lusíadas” João de Barros

1) Ante o rei, já movido a piedade;

Mas o povo, com falsas e ferozes

razões, à morte crua o persuade.

2) Do seu Príncipe e filhos, que

deixava…

3) Queria perdoar-lhe o Rei benigno

4) Ó peitos escarniceiros.

5) O caso triste e digno de memória.

1) E o povo não gostava das mulheres

vindas do país, cujo povo tinha sido/e era

seu inimigo.

2) Apertando muito ao peito os filhinhos

que tinha de D. Pedro, Inês chore, geme,

pede e suplica piedade.

3) Ainda se comove o rei mas não se

comovem os conselheiros.

4) Arrancaram das espadas de aço fino,

e trespassam o seio da formosa Inês.

5) Um caso triste aconteceu então, um

caso de infelicidade e crueldade, mas

que mostra quanto é sincero e terno,

sendo forte e corajoso o coração dos

portugueses.

Língua Portuguesa

Nome: Gabriela Pinto

8ºB