Trabalho de Metodologia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI CAMPUS ALTO PARAOBEBA ENGENHARIA MECATRÔNICA INTEGRAL CASSIANO SILVA FERRI A ESTRUTURA DAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REICAMPUS ALTO PARAOBEBA

ENGENHARIA MECATRÔNICA INTEGRAL

CASSIANO SILVA FERRI

A ESTRUTURA DAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS

OURO BRANCO2009

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Capítulo 1 - A ROTA PARA A CIÊNCIA NORMAL

“Ciência normal” é uma pesquisa baseada em realizações cientificas passadas. Essas realizações são os paradigmas e podem ser encontradas em manuais ou livros. O termo paradigma é bastante relacionado com ciência normal.

Para se ingressar em uma comunidade cientifica, é necessário ao aluno o estudo dos paradigmas relacionados à área na qual irá trabalhar mais tarde. O aluno pode também tentar aperfeiçoar o paradigma. É muito difícil o desenvolvimento científico na ausência de um paradigma. A tecnologia facilita bastante a coleta ordenada de dados e tem um papel muito importante no surgimento de novas ciências.

Os paradigmas funcionam como problemas a serem resolvidos, uma teoria tem q ser muito melhor que as outras para ser considerada um paradigma, quando essa teoria consegue ser mais bem sucedida que seus competidores, os fundamentos mais antigos desaparecem em um grau considerável e depois, aparentemente, some de uma vez por todas.

Capítulo 2 – A NATUREZA DA CIÊNCIA NORMAL

A maioria dos cientistas busca o aprimoramento de um paradigma já estabelecido. A ciência normal não tem como objetivo criar novos fenômenos. Sempre que um paradigma é quebrado, pelo menos uma parte do paradigma permanece, essas realizações permanentes sobrevivem à quebra de paradigmas.

A ciência normal tem três focos principais: trabalhar no fenômeno que o paradigma diz ser mais relevante, trabalhar nos fenômenos não tão importantes mas que podem ser diretamente comparados com as predições da teoria do paradigma e trabalhar para articular a teoria do paradigma, solucionando os problemas que anteriormente só tinham chamado a atenção.

Uma pequena parte do trabalho teórico normal, usa uma teoria já existente para prever informações de fatos que tem valor intrínseco, esse estudo visa uma nova aplicação do paradigma ou aprimorar uma aplicação já existente.

Capítulo 3 – A CIENCIA NORMAL COMO RESOLUÇÃO DE QUEBRA CABEÇAS

A ciência normal esta interessada em aumentar o alcance e a precisão do paradigma, não tem muito interesse em produzir grandes novidades.

O individuo que consegue resolver um problema da pesquisa normal, mostra ser um perito na solução de quebra-cabeças, ou problemas oferecidos pelo paradigma cientifico. A

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ciência normal oferece problemas com solução possível, motivando o pesquisador através do estímulo intelectual, problemas muito complexos são evitados.

A ciência normal é altamente determinada por regras, essas regras derivam de paradigmas mas os paradigmas podem levar a pesquisa mesmo sem regras.

Capítulo 4 – A PRIORIDADE DOS PARADIGMAS

Os cientistas, na maioria das vezes, atuam sem o conhecimento do conjunto completo de regras porque eles trabalham a partir de modelos adquiridos através da educação ou da literatura a q são expostos posteriormente. Um cientista pode ou não concordar com a existência de um paradigma.

De acordo com (KUHN, 2001, p. 72) “A ciência normal pode avançar sem regras somente enquanto a comunidade científica relevante aceitar sem questões as soluções de problemas específicos já obtidos”.

Pequenos grupos de estudo com focos diferentes podem ter paradigmas diferentes sobre a mesma disciplina.

Capítulo 5 – A ANOMALIA E A EMERGENCIA DAS DESCOBERTAS CIENTIFICAS

Há uma acumulação de conhecimento científico na ciência normal, que busca o progresso e o aperfeiçoamento de idéias já estabelecidas, não tem como objetivo novas descobertas cientificas.

Uma mudança na ciência pode surgir analisando as descobertas (novidades em relação aos fatos) e depois estudar as invenções (novidades com relação à teoria). A descoberta começa quando se tem o reconhecimento de que a natureza violou as expectativas da ciência normal, inicia-se então uma grande pesquisa na área que ocorreu a anomalia e só acaba quando a teoria for aprimorada.

Uma seqüência de anomalias pode levar a revoluções cientificas. Quanto maior for a precisão de um paradigma mais fácil será a identificação de anomalias. As anomalias que levam a uma mudança de paradigma.

Capitulo 6 – AS CRISES E A EMERGÊNCIA DAS TEORIAS CIENTÍFICAS

Quando se descobre uma anomalia, aparecem novas teorias científicas para corrigir essa anomalia, começa então um período de crise que pode levar a uma revolução científica. Muitas versões sobre uma mesma teoria são um sinal de crise.

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Como diz (KUHN, 2001, p. 95) “A emergência de novas teorias é geralmente precedida por um período de insegurança profissional pronunciada, pois exige a destruição em larga escala de paradigmas e grandes alterações nos problemas e técnicas da ciência normal”.

Há alguns exemplos de mudança de paradigma, e nesses casos uma nova teoria só surgiu após um fracasso na atividade normal de resolução de problemas. O fracasso com um novo tipo de problema é muitas vezes decepcionante, mas nunca surpreende.

Capítulo 7 – A RESPOSTA À CRISE

A crise é necessária para o aparecimento de novas teorias, ou seja, a quebra de um paradigma envolve a necessidade de novas teorias para resolver anomalias. Para um paradigma deixar de ser valido, é necessário a existência de um novo paradigma que atenda melhor os problemas existentes.

Nem todas anomalias levam a uma crise. Como diz Thomas Kuhn: “uma anomalia reconhecida e persistente nem sempre leva a uma crise” (KUHN, 2001, p.112).

A pesquisa nos períodos de crise pode ser comparada com a pesquisa pré-paradigmática, a diferença é que no primeiro caso o ponto de divergência é menor e menos definido.

Existem três maneiras de solucionar as crises científicas: na primeira maneira a ciência normal se mostra capaz de resolver o problema; na segunda o problema é rotulado e deixado de lado para ser resolvido por uma geração que disponha de melhores instrumentos; e na terceira acontece a emergência de um novo candidato a paradigma e com a subseqüente escolha por sua aceitação. No ultimo caso muda-se também as teorias, os métodos e as aplicações envolvidas.

A maioria dos inventores dos novos paradigmas são muito jovens ou estão a pouco tempo na área de estudo cujo paradigma modificam.

Capítulo 8 – A NATUREZA E A NECESSIDADE DAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS

Revoluções científicas são aqueles episódios de desenvolvimento não-cumulativo nos quais um paradigma mais antigo é substituído por um novo.

Kuhn relaciona revoluções políticas e revoluções científicas, as duas visam realizar mudanças que são proibidas pelas instituições, no caso político, ou pelos paradigmas, no caso das ciências. A crise é importante porque os membros da comunidade são levados a escolher novas instituições ou paradigmas.

As novas teorias científicas devem permitir predições diferentes daquelas derivadas de sua antecessora que não poderiam ocorrer se as duas teorias fossem logicamente compatíveis.

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Capítulo 9 – AS REVOLUÇÕES COMO MUDANÇAS DA CONCEPÇÃO DE MUNDO

Os paradigmas oferecem uma nova visão de mundo, os cientistas adotam novos instrumentos e direcionam seu olhar em novas direções, vendo uma nova forma que em algumas situações já esta familiarizado.

Algumas pessoas pensam que o que muda com o paradigma é apenas a interpretação que os cientistas dão às observações que estão, elas mesmas, fixadas de uma vez por todas pela natureza do meio ambiente e pelo aparato perceptivo, mas existem diversos contra-argumentos para esta observação.

Após uma mudança de paradigma, o mundo não muda, mas o cientista trabalha em um mundo diferente.

Após a revolução o cientista ainda está olhando para o mesmo mundo, Além disso, grande parte de sua linguagem e a maior parte de seus instrumentos de laboratório continuam sendo os mesmos de antes, embora anteriormente ele os possa ter empregado de maneira diferente. (Kuhn, Thomas S., A estrutura das revoluções científicas, 2001, p. 165).

Capítulo 10 – A INVISIBILIDADE DAS REVOLUÇÕES

Grande parte da imagem que cientistas e leigos têm da atividade científica criadora origina de uma fonte autoritária que disfarça sistematicamente a existência e o significado das revoluções científicas. Alguns exemplos dessas “fontes autoritárias” são os manuais científicos e obras filosóficas.

Os manuais científicos, textos de divulgação e obras filosóficas, referem-se a um corpo já articulado de problemas. Os manuais devem ser parcialmente ou totalmente reescritos toda vez que a linguagem, a estrutura dos problemas ou as normas da ciência normal se modificam, basicamente, os manuais precisam ser reescritos imediatamente após cada revolução científica.

A ciência atingiu seu estado atual depois de uma série de descobertas e invenções individuais, que juntas formam a coleção dos conhecimentos técnicos.