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Movimentos Sociais

Vinicius Alves Mancine Dantas

Guerra de Canudos 1996-1997

DefinioA chamada Guerra de Canudos, revoluo de Canudos ou insurreio de Canudos, foi o confronto entre um movimento popular de fundo scio-religioso e o Exrcito da Repblica, que durou de 1896 a 1897, na ento comunidade de Canudos, no interior do estado da Bahia, no Brasil.

CausasO governo da Bahia, com apoio dos latifundirios, no concordavam com o fato dos habitantes de Canudos no pagarem impostos e viverem sem seguir as leis estabelecidas. Afirmavam tambm que Antnio Conselheiro defendia a volta da Monarquia. Por outro lado, Antnio Conselheiro defendia o fim da cobrana dos impostos e era contrrio ao casamento civil. Ele afirma ser um enviado de Deus que deveria liderar o movimento contra as diferenas e injustias sociais. Era tambm um crtico do sistema republicano, como ele funcionava no perodo.

Grupos envolvidosHabitantes de Canudos, liderados por ntonio Concelheiro, contra tropas de governo e militares do governo federal.

ObjetivosO objetivo do governo era desreuir o arraial.

ResultadoO conflito de Canudos mobilizou aproximadamente doze mil soldados oriundos de dezessete estados brasileiros, distribudos em quatro expedies militares. Em 1897, na quarta incurso, os militares incendiaram o arraial, mataram grande parte da populao e degolaram centenas de prisioneiros. Estima-se que morreram ao todo por volta de 25 mil pessoas, culminando com a destruio total da povoao.

Revolta da Chibata 1910

DefinioA Revolta da Chibata foi um importante movimento social ocorrido, no incio do sculo XX, na cidade do Rio de Janeiro. Comeou no dia 22 de novembro de 1910. Neste perodo, os marinheiros brasileiros eram punidos com castigos fsicos. As faltas graves eram punidas com 25 chibatadas (chicotadas). Esta situao gerou uma intensa revolta entre os marinheiros.

CausasO estopim da revolta ocorreu quando o marinheiro Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas, por ter ferido um colega da Marinha, dentro do encouraado Minas Gerais. O navio de guerra estava indo para o Rio de Janeiro e a punio, que ocorreu na presena dos outros marinheiros, desencadeou a revolta.

O motim se agravou e os revoltosos chegaram a matar o comandante do navio e mais trs oficiais. J na Baia da Guanabara, os revoltosos conseguiram o apoio dos marinheiros do encouraado So Paulo. O clima ficou tenso e perigoso.

Grupos envolvidosOs principais envolvidos da grande revolta da Chibata so principalmente os marinheiros negros e marinha do Brasil.

ObjetivosO lder da revolta, Joo Cndido (conhecido como o Almirante Negro), redigiu a carta reivindicando o fim dos castigos fsicos, melhorias na alimentao e anistia para todos que participaram da revolta. Caso no fossem cumpridas as reivindicaes, os revoltosos ameaavam bombardear a cidade do Rio de Janeiro (ento capital do Brasil).

ResultadoPoucos dias depois de os marinheiros entregarem os navios, o governo federal ignorou a anistia e puniu com expulso, priso e deportao para a Amaznia os marinheiros que se rebelaram.

O lder Joo Cndido junto com dezessete outros marinheiros, ficaram presos na Ilha das Cobras. Somente ele e mais um companheiro sobreviveram aos maus-tratos na priso, e apesar do trgico desfecho, a revolta da chibata acabou sendo vitoriosa pois os castigos fcos foram suprimidos e as condies de trabalho dos marinheiros melhoraram.

Guerra do Contestado 1912-1916

DefinioA Guerra do Contestado foi um conflito armado que ocorreu na regio Sul do Brasil, entre outubro de 1912 e agosto de 1916. O conflito envolveu cerca de 20 mil camponeses que enfrentaram foras militares dos poderes federal e estadual. Ganhou o nome de Guerra do Contestado, pois os conflitos ocorrem numa rea de disputa territorial entre os estados do Paran e Santa Catarina.

CausasA estrada de ferro entre So Paulo e Rio Grande do Sul estava sendo construda por uma empresa norte-americana, com apoio dos coronis (grandes proprietrios rurais com fora poltica) da regio e do governo. Para a construo da estrada de ferro, milhares de famlia de camponeses perderam suas terras. Este fato, gerou muito desemprego entre os camponeses da regio, que ficaram sem terras para trabalhar. Outro motivo da revolta foi a compra de uma grande rea da regio por de um grupo de pessoas ligadas empresa construtora da estrada de ferro. Esta propriedade foi adquirida para o estabelecimento de uma grande empresa madeireira, voltada para a exportao. Com isso, muitas famlias foram expulsas de suas terras. O clima ficou mais tenso quando a estrada de ferro ficou pronta. Muitos trabalhadores que atuaram em sua construo tinham sido trazidos de diversas partes do Brasil e ficaram desempregados com o fim da obra. Eles permaneceram na regio sem qualquer apoio por parte da empresa norte-americana ou do governo.

Grupos envolvidosOs grupos envolvidos foram os caboclos que formaram um grupo chamado "Monarquia Celestial" liderados pelo monge Jos Maria e os coronis que estavam unidos com as foras militares do Brasil.

ObjetivosOs coronis da regio e os governos (federal e estadual) comearam a ficar preocupados com a liderana de Jos Maria e sua capacidade de atrair os camponeses. O governo passou a acusar o beato de ser um inimigo da Repblica, que tinha como objetivo desestruturar o governo e a ordem da regio. Com isso, policiais e soldados do exrcito foram enviados para o local, com o objetivo de desarticular o movimento.

ResultadoA Guerra do Contestado mostra a forma com que os polticos e os governos tratavam as questes sociais no incio da Repblica. Os interesses financeiros de grandes empresas e proprietrios rurais ficavam sempre acima das necessidades da populao mais pobre. No havia espao para a tentativa de solucionar os conflitos com negociao. Quando havia organizao daqueles que eram injustiados, as foras oficiais, com apoio dos coronis, combatiam os movimentos com represso e fora militar.

Coluna Prestes 1925-1927

DefinioA Coluna Prestes foi um movimento poltico, liderado por militares, contrrio ao governo da Repblica Velha e s elites agrrias. Este movimento ocorreu entre os anos de 1925 e 1927. Teve este nome, pois um dos lderes do movimento foi o capito Lus Carlos Prestes.

CausasA principal causa foi a insatisfao de parte dos militares (tenentismo) com a forma que o Brasil era governado na dcada de 1920: falta de democracia, fraudes eleitorais, concentrao de poder poltico nas mos da elite agrria, explorao das camadas mais pobres pelos coronis (lderes polticos locais).

Grupos envolvidosOs principais envolvidos foram os militares.

Objetivos- Percorrer grande parte do territrio brasileiro (principalmente interior), incentivando a populao a se rebelar contra o governo e as elites agrrias. O objetivo era derrubar o governo do presidente Arthur Bernardes; - Implantar o voto secreto e o ensino fundamental obrigatrio no Brasil; - Acabar com a misria e a injustia social no Brasil.

ResultadoEmbora no tenha conseguido derrubar o governo, a Coluna Prestes foi um movimento que enfraqueceu politicamente a Repblica Velha, abrindo caminho para a Revoluo de 1930 que levou Getlio Vargas ao poder.

Cangao

DefinioEntre o final do sculo XIX e comeo do XX (incio da Repblica), surgiu, no nordeste brasileiro, grupos de homens armados conhecidos como cangaceiros. Estes grupos apareceram em funo, principalmente, das pssimas condies sociais da regio nordestina. O latifndio, que concentrava terra e renda nas mos dos fazendeiros, deixava as margens da sociedade a maioria da populao.

CausasAs causas do cangao foram socioeconmicas e individuais. Entre as primeiras, a mais importante era a estrutura agrria do Nordeste, na qual o homem do campo tinha como alternativas para sua misria o cangao ou o fanatismo religioso. Outras causas eram a marginalizao do trabalhador rural, a distribuio injusta dos produtos da terra e os baixos salrios. Entre as individuais, destacam-se a atrao que a fama e a independncia dos cangaceiros exercia sobre o povo, as vinganas pessoais ou de famlia e a revolta contra as arbitrariedades da polcia e dos donos de terra.

Grupos envolvidosPrincipalmente os nmades nordestinos.

ObjetivosBusca de melhores condies de vida e igualdade.

ResultadoDepois do fim de Lampio, chefes de outros bandos se entregaram assim enfraquecendo o movimento. O ltimo grupo famoso foi o de Cristino Gomes da Silva Cleto, conhecido como Corisco, que chegou ao fim no dia 25 de maio de 1940 com a morte de seu lder.

Revolta da Vacina 1904

DefinioO incio do perodo republicado da Histria do Brasil foi marcado por vrios conflitos e revoltas populares. O Rio de Janeiro no escapou desta situao. No ano de 1904, estourou um movimento de carter popular na cidade do Rio de Janeiro. O motivo que desencadeou a revolta foi a campanha de vacinao obrigatria, imposta pelo governo federal, contra a varola.

Causas- A principal causa foi a campanha de vacinao obrigatria contra a varola, realizada pelo governo brasileiro e comandada pelo mdico sanitarista Dr. Oswaldo Cruz. A grande maioria da populao, formada por pessoas pobres e desinformadas, no conheciam o funcionamento de uma vacina e seus efeitos positivos. Logo, no queriam tomar a vacina. - O clima de descontentamento popular com outras medidas tomadas pelo governo federal, que afetaram principalmente as pessoas mais pobres. Entre estas medidas, podemos destacar a reforma urbana da cidade do Rio de Janeiro (ento capital do Brasil), que desalojou milhares de pessoas para que cortios e habitaes populares fossem colocados abaixo para a construo de avenidas, jardins e edifcios mais modernos.

Grupos envolvidosFoi uma revolta popular, a populao se manifestou contra a vacinao obrigatria. Porm teve apoio de positivistas e de cadetes da Escola Militar.

ObjetivoNa revolta da vacina, o objetivo dos revoltosos era no ser vacinado e isso foi causado pela falta de divulgao do governo sobre a importncia da vacina, alm disso o uso de vacinas era novidade na poca e a populao achava que poderia ser alguma trama do governo para mata-los.

Outro problema era que a vacinao foi feita sob violncia, com os vacinadores invadindo as casas, juntamente com a polcia.

ResultadoAs manifestaes populares e conflitos espalham-se pelas ruas da capital brasileira. Populares destroem bondes, apedrejam prdios pblicos e espalham a desordem pela cidade. Em 16 de novembro de 1904, o presidente Rodrigues Alves revoga a lei da vacinao obrigatria, colocando nas ruas o exrcito, a marinha e a polcia para acabar com os tumultos. Em poucos dias a cidade voltava a calma e a ordem.