Trabalho de História
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UABCENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - UDESCCURSO DE PEDAGOGIA A DISTÂNCIA
Trabalho FinalDISCIPLINA: Conteúdos e Metodologias do Ensino de História IISEMESTRE: 2014/2ALUNO(S): Cíntia Aparecia Dias, Joelma Martendal, Luciane Maria Andrade de Souza, Maria Alice
Fernandes.
ITEM 1 – RELATÓRIO DE PESQUISA:
Desenvolva aqui o relatório refrente a pesquisa, procurando responder (pelo menos) as seguintes questões:
Dados da instituição:
Museu do Homem do Sambaqui – Pe. João Alfredo Rohr, SJ.
Entrevista com algum responsável pelo espaço (identificar o nome e a data do contato)
Jefferson Batista Garcia – Arqueólogo e Historiador
Patrícia Silva
Elementos referentes à História do museu.
O museu foi criado originalmente com o nome de Museu de História Natural no ano de 1908, pelas mãos do Pe. Maute, que apanhava borboletas, cobras, gambás e os empalhavam. No decorrer do tempo houve também várias doações, o que foi enriquecendo gradualmente o acervo.
Em 1942 chega à Florianópolis o Pe. Rohr, onde dá inicio ao trabalho de escavações arqueológicas, transformando o museu num espaço voltado principalmente para a exposição da tradição Tupi-Guarani.
Na década de 1963 o museu foi reorganizado pelo arqueólogo Pe. João Alfredo Rohr, para abrigar o material arqueológico vindo das suas escavações arqueológicas no estado. Onde recebendo nova denominação: Museu do Homem do Sambaqui “Pe. João Alfredo Rohr, S.J”.
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Como ele é mantido?
Ele é mantido com recursos da ASAV- Associação Antônio Vieira.
Qual a tipologia do museu?
Museu arqueológico, onde prioriza pesquisas arqueológicas.
Quais as características do acervo?
O museu tem uma característica bastante variada em seu acervo como: fósseis, minerais, taxidermia, entre outros. No entanto seu “forte” é o acervo arqueológico, como o acervo das tradições indígenas, fauna e geologia de Santa Catarina. E também pequenas coleções de numismática, moedas e vestes litúrgicas.
Tem setor educativo? Neste caso atende as escolas da cidade? Com se organiza estas visitações? Qual o fluxo habitual de visitantes?
São realizadas visitas para escolas públicas e o público em geral. Para a visita de escolas é necessário marcar horário e dia por telefone, e apresentar um ofício de visitação para ser anexado em nosso relatório mensal. O fluxo de visitação é diário, contando com pelos menos 01 turma escolar por dia.
Realiza exposições temporárias?
Ainda não. Porém estamos trabalhando para atingir este objetivo.
ITEM 2 – TEXTO DISSERTATIVO:
A história local é uma importante ferramenta para se trabalhar, e o museu do Homem do
Sambaqui “Pe. João Alfredo Rohr, S.J”, nos mostrou que através do seu acervo arqueológico dos
primeiros povos que ocuparam várias regiões do estado de Santa Catarina, poderíamos realizar
diversas atividades nesta visita , que despertaria o interesse dos educando.
A visita educativa é nesse caso prática de pensar historicamente, compreendendo não só
o passado como dinâmico, em sua interface com outras temporalidades (presente e
futuro), mas presente como cenário conflitante, inquietante. O visitante é incitado a
inquietar-se, estranhar, investigar, propor, decompor, debater, há neste museu, o convite
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à desconfiança das narrativas unívocas e das versões consagradas tidas como únicas
formas de pensar a história. (PERREIRA, 2009)
Nossa equipe abordaria o tema “Conhecer a história dos primeiros habitantes em Santa
Catarina, através de atividade de campo realizado no museu do Homem de Sambaqui”. Pois
observando os objetos expostos no museu e fazendo uma relação com os que eles conhecem,
teriam mais sentido e significado para o educando.
No museu do Homem do Sambaqui “Pe. João Alfredo Rohr, S.J”, permite trabalhar as
tradições indígenas de Santa Catarina, sua história, sua cultura, hábitos alimentares, artefatos e
instrumentos de caça e coleta e que ainda, muita dessas tradições fazem parte do nosso
cotidiano.
Paulo Freire afirma “Uma educação em dialogo com o mundo, na leitura do mundo”.
Neste sentido, instigar o aluno a perceber que a sua história está entrelaçada com a história dos
seus antepassados, mesmo no seu cotidiano, que muitas vezes olhamos de forma fragmentada.
É importante que o professor pense em sua prática pedagógica, relacionando a atividade
com o museu antes, durante e depois, fazendo relação com o cotidiano do aluno, através de
debates orais, fotografias, livros didáticos, objetos expostos, registro realizados durante a visita,
o próprio museu em si. Assim, o professor irá construir novas significações e proporcionar a
apropriação do conhecimento aos seus educandos.
Paulo Freire afirma que,
O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar
a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão. Uma de suas
tarefas primordiais é trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que
devem se “aproximar” dos objetos a cognoscíveis. E esta rigorosidade metódica não tem
nada que ver com o discurso “bancário” meramente transferidor do perfil do objeto ou
do conteúdo. É exatamente neste sentido que ensinar não se esgota no “tratamento” do
objeto ou do conteúdo, superficialmente feito, mas se alonga à produção das condições
em que aprender criticamente é possível. (FREIRE, 1996, p. 26)
Também poderíamos trabalhar a língua tupi no vocabulário, que ainda hoje é muito
presente, e as vezes nem nos damos conta, como por exemplo: pipoca, abacaxi, jabuticaba,
jabuti, jacaré, arara, entre outros, a organização social, os sambaquis, sepultamentos, a cerâmica
indígena e as inscrições rupestres.
Atividades interdisciplinares também podem ser trabalhadas devido ao fato do acervo ser
bastante variado, onde permitem que os educadores possam articular atividades como, oficinas
de desenho com base nas inscrições rupestres, oficinas de argila com base nos zoólitos e na
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cerâmica expostas no museu, pesquisas sobre lendas indígenas e sua influência no imaginário da
sociedade atual, o espaço geográfico e o estilo de vida.
Ao planejar suas atividades o educador precisa lembrar sempre que o aluno trás consigo
uma bagagem própria, sendo assim, as atividades precisam ser relacionada sua realidade, ao seu
contexto.
Segundo Bittencourt,
A bagagem cultural que o aluno traz fornece os elementos essenciais para a “descoberta
do objeto”. Esta se faz pela utilização pela utilização de um método que obedece a
etapas distintas, mas não rígidas, por dependerem de variáveis como tipo de museu,
presença ou não de monitores, temática, tempo disponível para a visita, entre outras. O
princípio básico do método de investigação de objetos reside na observação livre e na
observação dirigida. Com a observação pretende-se que o aluno aprenda a “ver”, seja
capaz de parar diante de um objeto, fixar e concentrar o olhar sobre ele.
(BITTENCOURT, 2004, p. 358)
Visitar os museus possibilita a ampliação na formação dos educandos para além do
espaço escolar, trazendo ao mesmo tempo as múltiplas dimensões históricas, políticas e também
culturais, ou seja, permite investigação, compreensão e reflexão.
Não basta somente fazer uma visita ao museu, deve-se promover sensibilização sobre o
papel do museu e uma nova “postura reflexiva sobre essa ação".
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Referências Bibliográficas
BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. São
Paulo: Cortez, 2004.
COSTA, Júlio César Virgínio da. O Ensino de História mediado pelo museu: tempos,
conceitos e patrimônio. Disponível em:
<http://www.encontro2012.mg.anpuh.org/resources/anais/24/1339765780_ARQUIVO_ensino_d
e_historia_mediado_pelos_museus_tempos_conceitos_patrimonio_anpuh_2012_doc.pdf>.
Acesso em: 20 de set. 2014.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática pedagógica. São Paulo:
Paz e Terra, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
LIMA, Idelsuite de Souza. Ensino de história local e currículo: ideias e práticas no fazer
educativo escolar. João Pessoa, 2000. (Dissertação de mestrado)
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Referências Bibliográficas
BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. São
Paulo: Cortez, 2004.
COSTA, Júlio César Virgínio da. O Ensino de História mediado pelo museu: tempos,
conceitos e patrimônio. Disponível em:
<http://www.encontro2012.mg.anpuh.org/resources/anais/24/1339765780_ARQUIVO_ensino_d
e_historia_mediado_pelos_museus_tempos_conceitos_patrimonio_anpuh_2012_doc.pdf>.
Acesso em: 20 de set. 2014.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática pedagógica. São Paulo:
Paz e Terra, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
LIMA, Idelsuite de Souza. Ensino de história local e currículo: ideias e práticas no fazer
educativo escolar. João Pessoa, 2000. (Dissertação de mestrado)
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