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.: caderno 01 Tema: Família Maravilha s de Deus na Família

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.: caderno 01

Tema: Família

Maravilhas

de Deus na Família

SDPJ.:DiocesedeLeiria-Fátima.:2002-2003

Introdução

1. A Família. Cada vez mais esła pe- quena comunidade, que ao longo da his- łória łem recebido diversas designações como comunidade de amor, célula base da sociedade, igreja domésłica, łem desper- łado as ałenções de vários quadranłes. Já a Sagrada Escriłura é pródiga em referên- cias à Família. As promessas feiłas ao Povo assenłam numa Família, a de Abraão, se- rão rełomadas noułra, a de David e łerão pleno cumprimenło na Família de Nazaré.

2. Em muiłas siłuações Família é limi- łada na sua acção. Não é apoiada, é mes- mo prejudicada com algumas políłicas. Sofre agressões de denłro e de fora. A pró- pria Família não é perfeiła. Nem łodos os pais, łodas as mães e łodos os filhos são os melhores do mundo. Há muiło ainda que crescer no saber e ser Família. Há sempre muiło a aponłar para melhorar.

3. Mas hoje queremo-vos convidar a olhar a Família de um oułro ângulo. Olhar as nossas famílias pelo que łêm de mara- vilha, de posiłivo. E aí ver o dedo de Deus.Ver a nossa Família como uma mara- vilha de Deus. Com łudo o que possa ser menos simpáłico, mas, acima de łudo, com o que é para nós revelação de Deus. Nos gesłos, no carinho, nos afecłos que łrans- miłem o Amor de Deus. Que são presença de Deus.

4. Uma presença que nos chama sem- pre para mais além. Ver as maravilhas para darmos graças a Deus, para, łambém nes- łe campo, crescermos, aprendermos, ser- mos cada vez mais.

Notas:

Especial atenção aos trabalhos que são pedidos durante o tema.

Os cânticos podem ser substituídos por outros que o grupo conheça e que o ani- mador julgue oportunos para este tema.

1º Encontro

Reflexão sobre os valores da família

1. Ambientação

Pelas paredes da sala estão dispersas algumas fotos e notícias que apresentam famílias felizes. Textos retirados de livros. Algumas fotografias de festas de família.

Cântico: Sou ainda Jovem

2. Lançamento do Tema (10’)

Questionar os jovens do grupo sobre o que mais lhes agrada e desagrada nas fa- mílias actuais. Num quadro, em duas co- lunas paralelas tomar nota de expressões a favor e contra a família.

3. Trabalho de Grupos:

A família em tribunal (30’)

Os jovens são divididos em três gru- pos. Um é o defensor dos valores da famí- lia, o segundo procura e apresenta os as- pectos negativos da família e o terceiro prepara um questionário a fazer a ambos os grupos, constituindo o grupo dos jura- dos. Para tal são dados três textos. Um em defesa da família e outro contra a famí- lia. Um terceiro com os direitos da famí- lia. Cada grupo deve ler os três textos. Durante vinte minutos cada grupo prepa- ra a sua prestação em tribunal. O primei- ro grupo deve preparar a argumentação em defesa dos valores da família. O se- gundo grupo apresentando os contra-va- lores presentes na família. O terceiro pre- para-se para questionar ambas as partes. O animador será o juiz presidente que di- tará a sentença final sobre a família.

Cada grupo nomeia um porta-voz que

apresentará a argumentação do próprio grupo.

(2 .: Temas de Pastoral Juvenil .: caderno 01)

(caderno 01 :. Temas de Pastoral Juvenil :. 3)

Em defesa da família

Sacramenło de Amor Bendiła seja a minha família que colaborou com Deus para me dar a vida,

que me deu mais amor do que mere- cia,

e me ensinou a amar, e a dizer sim,

e a rir,

e me conłagiou de liberdade.

Amo a minha família que não se decepcionou

nem se envergonhou de mim; me aceiłou como era

e me exigia respeiłosamenłe. Nela aprendi a parłilhar os bens, łalvez poucos,

as penas e alegrias, não łão poucas, e łudo aí se łomava mais fácil

e mais grałificanłe.

Tenho saudades da minha família, onde saboreei o pão łerno

e a água fresca,

e os doces caseiros, e as frułas frescas,

e o primeiro copo de vinho, e as carícias que encerravam łodos os sabores.

Bendigo a minha família, sacramenło de amor, fonłe de vida,

imagem da Trindade, cáłedra de humanismo, regaço acolhedor,

arco que lança filhos para o fułuro. Ah! a família deu-me a fé,

ensinou-me a rezar,

e abriu-me horizonłes infiniłos. Obrigado!

Contra a família O meu pai e a minha mãe consłruíram um muro de incompreensão, inłransponível por quem łem medo de enfrenłar a realidade dos facłos. Eu imagino esłar numa esłrada cheia de curvas, inłerrompida por barreiras e por łanłos oułros perigos. Esła esłrada

deve conduzir-me ałé junło dos meus pais. As vezes começo a caminhar, mas às primeiras dificuldades volło para łrás, e só enconłro amargura. Mas um dia espero derrubar łodas as barreiras, para consłruir ponłes.

(Mário)

Direitos da família

1. O direiło de exisłir e progredir como família, isło é, o direiło de cada ho- mem, mesmo pobre, a fundar uma fa- mília e a łer os meios adequados para a susłenłar.

2. O direiło de exercer as suas respon- sabilidades no âmbiło de łransmiłir a vida e de educar os filhos.

3. O direiło à inłimidade da vida con- jugal e familiar.

4. O direiło é esłabilidade do vínculo e de insłiłuição małrimonial.

5. O direiło de crer e de professar a própria fé, e de a difundir .

6. O direiło de educar os filhos segun- do as próprias łradições e valores reli- giosos e culłurais, com os insłrumen- łos, os meios e as insłiłuições necessá- rias.

7. O direiło de obłer a segurança físi- ca, social, políłica, económica, especi- almenłe łrałando-se de pobres e de do- enłes.

8. O direiło de łer uma habiłação dig- na a condizer convenienłemenłe com a vida familiar .

9. O direiło de expressão e represen- łação dianłe das aułoridades públicas, económicas, sociais e culłurais, quer direcłamenłe quer ałravés de associa- ções.

10. 0 direiło de criar associações com oułras famílias e insłiłuições, para O desempenho de modo adequado e solí- ciło do próprio dever.

11. 0 direiło de prołeger os menores de medicamenłos prejudiciais, da por- nografia, do alcoolismo, ełc. legislação adequada.

12. 0 direiło à disłracção honesła que

favoreça łambém os valores da famí- lia.

13. 0 direiło das pessoas de idade a vi- ver e a morrer dignamenłe.

14. 0 direiło de emigrar como família para enconłrar vida melhor . (Familiaris Consorłio, 46)

4. Plenário/Tribunal (30’)

Os grupos 1 e 2 apresentam a sua ar- gumentação. Os elementos do terceiro grupo, partindo do texto dos direitos da família, questionam ambas as partes so- bre as responsabilidades e possibilidades das famílias.

5. Síntese (5’)

O animador, como juiz faz um apanha- do dos pontos mais importantes, salien- tando a necessidade de os direitos da fa- mília serem respeitados. Fazer uma leitu- ra positiva da família Deve apontar para as maravilhas que se encontram na famí- lia.

· Esłar pronłos para se perdoar aos ou- łros, sempre que seja necessário;

· Respeiłar as emoções uns dos oułros;

· Comunicar com os nossos pais e ir- mãos, frequenłemenłe, as suas alegri- as;

· Não ułilizar cerłas palavras que blo- queiam o diálogo com os pais.

O animador pode acrescenłar oułros ponłos que julgue oporłuno.

Cântico: Viver a vida

Quando se faz este esforço por cons- truir uma família baseada no amor que cir- cula entre todos os seus membros, tanto nos momentos alegres como nas dificul- dades, este torna-se como que uma pe- quena comunidade onde Cristo habita, isto é, uma «lgreja doméstica».

«Procurei a Deus e não o encontrei. Procurei-me a mim mesmo e também não me encontrei. Procurei o próximo e en- contrei os três» (D. Hessler). Ou, numa expressão da liturgia: «Onde há caridade e amor, aí habita Deus».

A família torna-se para os seus mem- bros a primeira experiência de lgreja como comunhão. lgreja é comunhão.

6. Compromisso (1’)

Em Família vamos:

· Colocar-nos, desarmados, frenłe a frenłe, sem barricadas;

· Escułar verdadeiramenłe, mais com o coração que com os ouvidos;

2º actividade

Encontro de gerações

Proposta A:

Organização de uma visita aos idosos da comunidade. O grupo marca um tempo oportuno, tarde de sábado ou de domin- go. Pode preparar algo para levar a cada idoso, consoante a oportunidade. Uma flor, um bolo, um livro, um terço, etc. Se é uma pessoa pobre pode levar uma peça de rou- pa ou alguns alimentos. Procurar saber jun- to dos familiares o que mais lhe agradará receber.

O grupo pode dividir-se em pequenos grupos e cada um visita um determinado número de idosos.

Para a organização desta actividade é importante um contacto prévio com o pá- roco, que habitualmente visita os idosos e com os ministros extraordinários da comu- nhão, que costumam levar Jesus Eucaris- tia ao domingo. Não esquecer os familia- res que cuidam deles.

Proposta B:

Organização de um convívio para os idosos da comunidade. Numa tarde de sá- bado ou domingo criar espaço para o en- contro de gerações, atendendo à situação concreta de cada idoso. Com alguns adul- tos preparar um almoço, seguido de uma tarde de animação com a apresentação de algumas peças teatrais e musicais prepa- radas pelos jovens.

Dar espaço para que também os idosos partilhem as suas experiências e o seu sa- ber.

Neste dia a celebração da Eucaristia pode ser trabalhada nesta temática.

Trabalho apresentar:

Um jornal de parede com 2 páginas de 50x60 com uma reportagem sobre a actividade executada.

3º Oração

Celebração da família

Ambientação

Na parede de fundo são projectadas al- gumas cenas do filme "Os 10 Mandamen- tos”. Passa uma música suave que ajude a criar clima para a oração.

Introdução

Deus tem na família um espaço privi- legiado de revelação. Deus quer fazer fa- mília com o seu povo. Chama Moisés por- que ouve o clamor do seu povo. Ao longo da Sagrada Escritura várias são as imagens retiradas da família para falar do amor de Deus pelo seu povo. O amor do casal é sa- cramento do amor de Deus. O amor dos pais pelos filhos, ainda que imperfeito, aponta para a paternidade divida. O amor entre irmãos é querido por Deus desde a origem da humanidade.

Também hoje, as nossas famílias po-

dem revelar as maravilhas de Deus. Tam- bém hoje quando a família é espaço de realização para o casal, quando é lar aco- lhedor para as crianças e adolescentes, quando é espaço de liberdade e responsa- bilidade para os jovens, quando acolhe a sabedoria acumulada dos idosos a família é revelação da beleza divina e torna rea- lidade o projecto de Deus para a criação.

Ao celebrar a família acreditamos que deus está presente.

Cântico: Deus está aqui

Momento Penitencial

Sentimos que muitos dos nossos ges- tos, palavras e mesmo silêncios pertur- bam a vida familiar. Aqui, diante do Senhos e dos nossos amigos pedimos perdão.

Cântico: Senhor tem piedade de nós

Porque somos por vezes uma fonte de

conflitos familiares que destróem a paz.

Cântico: Cristo tem piedade de nós

Porque não mantemos uma atitude permanente de ajuda e serviço mútuo.

Cântico: Senhor tem piedade de nós

Porque não sabemos apreciar tudo o que os nossos pais e irmãos têm de bom.

Cântico: Cristo tem piedade de nós

Porque somos pessimistas, e não seme- amos alegria no seio familiar .

Cântico: Senhor tem piedade de nós

Porque não defendemos a família e os seus valores frente aos ataques.

Cântico: Cristo tem piedade de nós

Porque não temos tempo na família para o encontro de oração.

Cântico: Senhor tem piedade de nós Cântico: Aqui me encontro

Leituras

Leitura do Livro de Ben Sirá

O que honra o pai alcança o perdão dos pecados, e quem honra a sua mãe é se- melhante ao que acumula tesouros.

Quem honra o pai encontrará alegria nos seus filhos, e será ouvido no dia da sua oração.

Quem glorifica o pai gozará de longa vida e quem obedece ao Senhor consolará a sua mãe.

Quem teme o Senhor honrará seu pai e servirá, como a seus senhores, aqueles que lhe deram a vida.

Honra teu pai com palavras e acções, para que desça sobre ti a sua bênção.

A bênção do pai fortalece a casa dos filhos, e a maldição da mãe arrasa-a até aos alicerces.

Não te glories com a desonra de teu pai, pois a sua desonra não poderia ser gló- ria para ti.

A glória de um homem vem da honra de seu pai, e é vergonha para os filhos uma mãe desonrada.

Filho, ampara o teu pai na velhice, não o desgostes durante a sua vida; mesmo se ele vier a perder a razão, sê indulgente,

não o desprezes, tu que estás na plenitu- de das tuas forças.

Cântico: Amai-vos uns aos outros

Evangelho (Jo 15, 9-17)

Eu tenho-vos amor como o Pai me tem amor a mim. Continuem sempre unidos no meu amor! Se obedecerem à minha dou- trina, permanecem sempre unidos no meu amor. Eu também obedeço à vontade do Pai e nunca me afasto do seu amor. Falo- vos desta maneira para que se alegrem comigo e para que tenham uma alegria perfeita.

O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu sempre vos tenho amado. Ninguém ama tanto como aquele que dá a vida pelos amigos. Vocês são meus amigos se fizerem aquilo que eu vos man- do.

Agora já não vos chamo servos, por- que o servo não sabe o que faz o seu se- nhor. Chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo quanto aprendi de meu Pai. Não foram vocês que me escolheram, mas sim eu que vos escolhi e enviei para pro- duzirem muito fruto; não um fruto passa- geiro, mas um fruto que dure para sem- pre. Desta maneira, o Pai vos há-de dar tudo quanto lhe pedirem em meu nome.

E recomendo-vos isto: amem-se uns aos outros.”

Palavra da Salvação

Reflexão

Somos convidados a escrever numa fo- lha de papel as maravilhas de Deus na nos- sa família. Cada um olha para a sua famí- lia. Como é que a minha família é revela- ção do amor de Deus?

Música de fundo

Volta a ser projectado ao fundo o fil- me "Os 10 Mandamentos” (10’)

Depois de num primeiro encontro ter- mos aprofundado os valores da família e

alguns de nós, numa actividade termos procurado tornar a vida dos nossos idosos mais alegre, somos convidados agora a par- tilhar algumas das maravilhas de Deus nas nossas famílias. Espontaneamente, que ninguém se sinta obrigado a falar, mas com o desejo sincero de partilhar vamos can- tando e partilhando.

Depois de cada partilha colocamos a folha que escrevemos junto ao altar. É a nossa oferta a Deus. Sentimos que somos parte destas maravilhas que descobrimos na nossa família. É a nossa vida no seu me- lhor.

Cânticos para intercalar com as partilhas: Caminhos para a vida

Felicidade

Quero , Senhor

Escuta, Senhor, a minha oração,

A ti dirijo a minha súplica. Contemplei a tua vida, considerei o teu exemplo.

Vi a tua entrega pelos outros, a tua entrega de coração aberto.

Senti no meu coração como que um formigueiro

e pensei aqui por dentro que quero seguir o teu exemplo. Queria ter em mim a mesma entrega

que tu tinhas pelas pessoas! Perdoar como tu perdoavas; falar como tu falavas; compreender como tu compreendias;

amar como tu amavas.

Por isso, Senhor, neste momento quero pedir-te ajuda.

Ensina-me até onde queres que dirija o meu amor;

ensina-me a olhar mais para os outros do que para mim mesmo.

Quero, Senhor, ter um coração entregue aos outros.

Quero, Senhor, ser a alegria dentro de minha casa.

Quero, Senhor, semear felicidade por

onde quer que vá.

Quero, Senhor, aprender a escutar quando alguém me quiser falar.

Quero Senhor, saber compreender e perdoar. Quero, Senhor, ter um amor desinteressado pelos demais.

Quero, Senhor, pôr o meu grãozinho de areia,

para fazer da minha família uma grande família.

Ajuda-me a saber estar no local adequado

quando de mim precisarem.

Ajuda-me a saber pedir perdão quando me tiver equivocado.

Ajuda-me a semear carinho entre os meus.

Ajuda-me a respeitar as opiniões contrárias às minhas.

E ajuda-me, Senhor, em tudo aquilo que tenho de melhorar

e que pela minha cegueira não posso chegar a ver.

Cântico: Amar como Jesus amou.

Momento de prece

Jesus disse-nos que onde houvesse dois ou mais reunidos em seu nome, ele aí es- taria. Nós, reunimo-nos hoje em seu nome para estarmos juntos em oração. Por isso podemos estar certos de que Jesus está presente entre nós. Com esta fé, dirigimo- nos a Ele, para lhe pedir pelas nossas fa- mílias:

· Pelos nossos pais, pelo compromisso que assumiram há muito tempo de se ama- rem sempre e de formarem uma família. Para que Deus os ajude a renová-lo dia a dia e a serem cada vez mais felizes. Can- temos ao Senhor:

· Pelos nossos pais, para que acima dos bons e maus momentos que por vezes pas- sam, tenham sempre a mente e o coração postos na nossa família. Cantemos ao Se- nhor:

· Pelos nossos pais e mães que na nos- sa vida nos deram carinho, educação, fé... para que em cada dia te sintam mais pre- sente nos seus corações. Cantemos ao Se- nhor:

· Por todos nós, ajuda-nos a crescer como pessoas e a termos um coração gran- de como tu tens. Cantemos ao Senhor:

· Por nós, para que nos ajudes a for- mar com os nossos pais uma autêntica fa- mília cristã. Cantemos ao Senhor:

Compromisso (leitor)

· Creio, Senhor que queres uma famí- lia onde haja compreensão, carinho e aju- da.

· Creio, Senhor que queres que a famí- lia seja um espaço onde se ensaia o diálo- go como forma de resolver os conflitos.

· Creio, Senhor que queres que os pais sejam cada vez mais pais, e os filhos se- jam cada vez mais filhos. E todos seremos mais irmãos.

· Creio, Senhor que uma boa família é o melhor clima onde se desenvolve e cres- ce a pessoa sã e adulta.

· Creio, Senhor que a família é uma

«lgreja doméstica» onde se reza e vive o mandamento do amor.

· Creio, Senhor que na família está pre- sente, de forma invisível, Cristo Ressusci- tado, quando há amor .

· Creio, Senhor que conseguiremos fa- zer do espaço familiar um espaço de ale- gria e festa.

Cântico: Pedacinho de Deus

Documentos

Filmes:

Kramer Vs Kramer de Robert Benton. Os 10 Mandamentos de Cecil B. de

Mille.

Livros:

MANUEL SÁNCHEZ MONGE, Parábolas

como setas, Ed Missões, Cucujães, 1994 PEDROSA FERRElRA, Olhos Novos, Ed

Salesianas, Porto

PEDROSA FERRElRA, Fermento Novo, Ed Salesianas, Porto, 1994

JOÃO PAULO ll, Familiaris Consortio

.: caderno 04

Tema: Natureza

Maravilhas

de Deus na Natureza

SDPJ.:DiocesedeLeiria-Fátima.:2002-2003

Apresentação

1. Olhar à volta, apreciar o mundo, a natureza que nos envolve, e poder dizer: «Deus fez mara- vilhas», o grito tantas vezes repetido por tantos que, ao longo da história, se foram encontrando com Deus na Natureza.

Este tema quer levar-nos numa viagem nunca acabada da criatura ao Criador. Sentir e viver o mundo como o espaço do reencontro do homem com Deus.

Celebrar esta maravilha é também uma responsabilização: comprometermo-nos concre- tamente na continuação da obra da criação, na convicção de que o Mundo continua a ser recria- do a cada momento e que o Homem tem neste processo um lugar predominante.

2. O Livro do Sínodo Diocesano de Leiria-Fáti- ma, n.O 92, (p. 100), aborda o tema da ecologia num pequeno texto que pode ajudar na refle- xão do grupo:

Hoje, tomámos maior consciência de que o res- peito pela natureza é fundamental para a boa qualidade de vida humana, pessoal e colectiva. Tem aumentado a preocupação com o ambiente, e multiplicaram-se as acções de sensibilização e as intervenções para a sua recuperação e pre- servação. Todavia, há ainda quem não respeite as normas ambien-tais, por simples acomodação, falta de educação ou interesses económicos.

A ecologia, sem o exagero de alguns radicalis- mos, é um valor a que não podemos ficar indife- rentes, por estar intimamente associada à con- tinuação e melhoria da vida. E, pois, dever de todos cuidar permanentemente da preservação do meio ambiente. Neste sentido, merecem o nosso reconhecimento e apoio as associações e grupos mais empenhados, entre os quais se con- tam os escu-teiros. Mas, como recorda João Paulo 11, além da preservação do "habitat” das diver- sas espécies animais, é ainda mais importante prestar atenção ao ambiente humano. Com efei- to, empenhamo-nos demasiado pouco em salva- guardar as condições morais de uma autêntica ’ecologia humana’ (CA 38).

3. O "imaginário” deste tema faz-nos percorrer o deserto com Moisés e o Povo de Deus, até que se avista a Terra Prometida (Deut 34, 1-4). É esta ideia de "Terra Prometida” que percorre todo o tema como promessa e como compromis-

so: se a vamos avistando ao longe, sabemos que para lá chegar os passos também são os nossos. E como o povo, no deserto, se não se compreen- de a Terra Prometida como meta, também será mais fácil desistir.

1º Encontro

A beleza da criação

Objectivos

Reconhecer a Natureza como "lugar” do encontro do homem com Deus.

Comprometer o grupo na defesa da Na- tureza e na promoção ecológica

Conteúdos

Olhar o Mundo à nossa volta: reparar... do infinitamente grande ao pequenís- simo pormenor... Repensar o nosso lu- gar como homens neste Mundo. Ter um olhar global sobre nós e o Mundo Escolher um espaço para a actividade de intervenção ambiental.

Desenvolvimento

Imaginário A sala poderá apresentar alguns ele- mentos que recordem o Egipto: imagens ou objectos como uma pirâmide ou um pergaminho. O encontro começa com o

texto de enquadramento:

Estamos "presos no Egipto”. Olhamos à volta... sabemos que o Mundo daqui é belo, apreciamos as "cebolas” e o rio que corre... mas queremos uma outra Terra, a "terra prometida”. Como faremos para passar o "Mar Vermelho” da nossa fragili- dade e incapacidade de dar um primeiro passo?...

Olhar o céu

Todo o grupo é convidado a sair da sala. Já na rua, tentar localizar algumas cons- telações ou estrelas: Ursa Maior, Estrela Polar, Via Láctea, etc. Observar durante algum tempo as estrelas. Se necessário ir para um lugar mais afastado da povoação para ter uma melhor visualização. (Se pos-

(4 .: Temas de Pastoral Juvenil .: caderno 04)

(caderno 04 :. Temas de Pastoral Juvenil :. 3)

sível, a observação pode ser feita através de telescópio; em caso de mau tempo para observação directa, levar imagens do es- paço). Ainda no exterior ler o seguinte texto:

O profundo e misteriso universo de Deus No vasto e incomensurável universo so- mos um insignificante grão de poeira cós- mica, girando a uma velocidade de

107.000 k/p/h em redor do Sol, viajando atrelado ao mesmo Sol a uma velocidade de 774.000 k/p/h pela Via Láctea, voando ambos atrelados à Via Láctea, a 2.172.000 k/p/h em torno de um conglomerado de

2.500 galáxias ainda maiores que a Via Láctea em direcção não se sabe de quê. Calcula-se que a Terra tenha entre 4 e 5 biliões de anos de idade e esteja ainda sofrendo as consequências, como todos os demais corpos celestes, de uma formidá- vel explosão que se vem expandindo há uns tantos biliões de anos mais.

Os astrónomos juram que só a nossa pequena e insignificante Via Láctea tem cerca de 100 biliões de estrelas, e que a maioria delas são do tamanho, ou ainda maiores do que o Sol. E dizem ainda que só o nosso sistema estelar tem cerca de

2.500 galáxias, cada uma delas com ou- tros 100 biliões de Sóis, tão grandes ou maiores que o nosso. Estaríamos, portan- to, presos a uma insignificante estrelinha chamada SOL, que é apenas uma dos mais ou menos 100 biliões de estrelas da Via Láctea, que, por sua vez, são apenas 100 biliões de estrelas no meio de outros qua- se 3 triliões de estrelas incomparavelmen- te maiores do que o Sol.

Para dar a volta pela Via Láctea que tem 100 biliões de estrelas, o Sol leva 200 milhões de anos. E se quiséssemos ir da Terra a Antares, que è uma das estrelas mais próximas do nosso Sol, à velocidade da luz, que é de 300 mil k/p/segundo, le- varíamos 424 anos luz, isto é, voaríamos 424x9 quatriliões, 460 triliões e 800 biliões de kms. Se quiséssemos ir à nebulosa

Andrómeda levaríamos 2 milhões de anos luz...

Neste planetinha de apenas 12.757 kms de diâmetro, cientistas cheios de fé num Criador, ou cientistas ateus e indiferen- tes, assestam as suas lunetas e telescópi- os na direcção do escuro Universo pergun- tando de onde viemos, para onde vamos, onde começa e onde acaba tudo isso. Para alguns, é uma colossal falta de sentido um Universo tão grande e tão imperscrutável, com números que assustam qualquer ca- beça pensante e, nele, um planeta como o nosso. Até agora nenhum traço de outra vida inteligente! A verificação do facto leva-os ou a um orgulho sem base ou a um absurdo niilismo. Para outros, estamos apenas no primeiro minuto da criação, e o que virá daqui a milhões de anos será apenas o segundo minuto. Não passamos de um primeiro passo na direcção de mi- lhões de passos a dar pela Criação.

Pe. Zezinho, em: O incómodo e mag- nífico Jesus de Nazaré

Imaginar um mundo diferente No interior da sala, ter desenhado um planeta terra numa cartolina. Ter também algumas revistas ou jornais para recortar. Distribuir individualmente o texto "Va- mos minimizar” juntamente com as ques- tões que se seguem, e pedir que cada ele- mento que, depois da leitura, vá preen- cher o planeta terra com os recortes que

considerar mais importantes.

Vamos minimizar! Se a Terra tivesse apenas alguns centí- metros de diâmetro e estivesse a flutuar por cima de um campo qualquer, as pes- soas viriam de todo n lado para se maravi- lharem com ela. Andariam a sua volta, ma- ravilhadas com as suas poças de água, grandes e pequenas, e com a água que corre entre elas. Ficariam admiradas com os montinhos e com os buracos que ela tem e admirariam a fina camada de gás que a rodeia e a água que fica suspensa nessa camada. As pessoas ficariam maravilhadas

com todas as criaturas à superfície da bola e com todas as criaturas na água. Iriam declará-la sagrada, por ser única, e iriam protegê-la para que nada de mal lhe acon- tecesse. A bola seria a maior maravilha co- nhecida e as pessoas viriam reza a ela, pe- dindo para serem curadas, para atingirem a sabedoria, para conhecerem a beleza e para se perguntarem como era possível tal coisa. As pessoas iriam amá-la e defendê- la com as próprias vidas porque saberiam que, de algum modo, as suas vidas, a sua harmonia, não poderiam existir sem ela. Se a Terra só tivesse alguns centímetros de diâmetro.

Autor desconhecido, em: Enviroteach

1: Let´s minify, 1992

Questões para a reflexão individual

Qual o meu papel como homem para preservação deste Planeta?

Como me situo na relação com a Natu- reza? Como a penso?

O que posso fazer para estimar a Ter-

ra?

A caminho da terra prometida Cada elemento preenche o mundo com algumas imagens que escolheu após o tem- po de reflexão. Depois de concluído, ini- ciar um espaço de debate partindo das

imagens e do porquê das escolhas.

Outras questões para o debate Será o mundo, tal como está, a "terra prometida” que queremos para nós? Que mundo ideal imaginamos para a humani- dade? O que está ao nosso alcance fazer? Vale a pena o nosso esforço nesta comuni-

dade? O vamos fazer como grupo?

Terminar o encontro com a escolha de um local para realizar uma actividade de cariz ambiental (por exemplo, lim- peza e conservação de um espaço na- tural, actividade de informação à po- pulação, estabelecer um programa de reciclagem, caminhada de interpreta- ção ambiental com o levantamento da fauna e flora locais).

2º Actividade

Encontro com a Natureza

Objectivos

Realizar uma actividade de cariz ambiental. "Experimentar” o encontro com Deus na Natureza

Conteúdos

Desenvolver uma actividade prática/ manual de protecção ambiental (numa mata, praia, serra) à escolha do gru- po.

"Apreciar” a Natureza. Fazer uma lei- tura "crente” da actividade

Desenvolvimento

A caminho da Terra Prometida Se a actividade envolver uma deslocação, será muito interessante para o grupo que parte do percurso se faça a pé, num percurso pela nature- za. Neste caso, ler no princípio da ca- minhada o texto de enquadramento do imaginário. Noutra situação, enquadrar o texto no princípio da actividade.

O deserto passa-se passo a passo: cada momento é importante, cada pormenor nos dá "pistas” para o caminhar... a dure- za do caminho não impede que ele se faça. Coragem, determinação e... claro que te- mos sempre um novo "Moisés” que sobe à montanha e de lá, com a visão mais alargada, nos dá a certeza de uma "terra prometida”, distante, sem dúvida, mas que conta connosco para o chegar a ser.

Realizar a promessa

Actividade escolhida pelo próprio gru-

po.

Para sentir a natureza Durante a actividade, um espaço de re- flexão e partilha partir da pergunta: "O que faria com este espaço se fosse meu?”

Fazer um percurso pela natureza usan- do as propostas que se seguem ou propor apenas uma das actividades, relacionadas com um dos sentidos, "para sentir o mun- do” (adaptado de F. Opie, Escuteiro Glo- bal):

O olho observador Distribuir a cada jovem um caixilho de slide. Este vai ser o seu visor. Também se pode utilizar um pedaço de cartão ou uma

caixa de fósforos.

Desafiar os jovens a descobrirem 10 coisas interessantes para "fotografarem”. A fotografia é tirada segurando o visor de braço esticado e fechando os olhos uma vez.

Experimentar mover o visor para a frente e para trás. Este é o efeito de uma lente "zoom”. Aperfeiçoar as fotografias usando o zoom até se encontrar o melhor efeito.

Distribuir uma folha de papel A4 e um lápis.

Enrolar o papel à volta de três dedos. Esta é a lente teleobjectiva da máquina. Mover a lente devagar à procura de efei- tos interessantes. Usá-la para tirar 5 foto- grafias. Alarga o tubo e desenhar uma das fotografias tiradas num dos lados do pa- pel.

Enrolar o papel num tubo fininho, à vol- ta de um lápis, por exemplo. Segurá-lo com a mão fechada e usá-lo como uma lente macro. Aproximar-se de coisas pe- quenas e explorá-las com a lente. Tirar fotografias com o piscar de olhos. Desen- rolar o tubo, alisá-lo e desenhar uma fo- tografia no lado limpo.

Reunir todos os jovens e pedir-lhes que mostrem as suas fotografias e expliquem porque escolheram aquela imagem e o que os outros podem ver nela.

Este exercício pode ter algumas varia- ções:

Modificar o ângulo de visão colocando os jovens em diversas posições: deitados de costas, no cimo de uma árvore, ou suspensos numa corda pendurada entre duas árvores, deitados na margem de um

riacho, observando o fundo através de um frasco de vidro.

Esconderem-se por algum tempo, por exemplo: esperar num esconderijo perto de um local de alimentação de pássaros ou de pequenos animais, esperar de noite num abrigo usando uma lanterna com um filtro vermelho para poder observar pe- quenos animais subir a urna árvore ou ani- nhar-se debaixo de um arbusto e esperar que o meio que o rodeia volte a normali- dade.

O ouvido atento Procura-se um lugar onde o ruído cons- tante do trânsito seja reduzido. Acomo- dam-se os jovens em posição confortável, deitados no chão ou encostados a alguma coisa. Distribui-se uma folha de papel A4 e um lápis a cada um e pede-se que fe- chem os olhos e se concentrem nos baru-

lhos à volta deles.

Em seguida pede-se que indiquem com os dedos quantos sons conseguem ouvir. Assim que tiverem identificado todos os sons devem, a partir de um ponto no cen- tro da folha, desenhar setas que apontem para cada origem do som e indicar o que o provoca;

Que coloquem as mãos em concha por irás da orelha para demonstrar como isso aumenta a sua capacidade auditiva;

Que façam um cone de papel com uma pequena abertura na ponta. Usem-no para ouvir sons distantes e fracos. Põe-se o cone em cima de um buraco de insecto num cepo de árvore ou num tronco. Está al- guém em casa?

Este exercício pode ter algumas varia- ções, por exemplo: se os jovens estiverem vestidos de modo adequado esta actividade pode-se repetir debaixo de água. Eles ficariam deitado; dentro de água com os ouvidos submersos a ouvir as pedras a rolar na corrente ou as ondas a baterem atrás dos rochedos. Deixa-os ou- vir diferentes sons como o de seixos a ba- ter em objectos variados.

Postos de escuta nocturna também po- dem ser divertidos. Os jovens espalham-

se pela floresta ou num campo aberto a alguma distância uns dos outros de modo a ouvirem os sons da noite.

O toque revelador Escolhe um lugar sossegado, limpo e longe do trânsito. Deve ter alguma carac- terística natural interessante, como um pântano ou lago, e algumas árvores. Os jovens devem usar roupas velhas e estar descalços. Coloca-se uma venda na maio- ria deles, deixando alguns como assisten-

tes.

Diz-se aos jovens que se deitem de cos- tas e que imaginem que todo o corpo é capaz de sentir. Eles estão a sentir tudo. Depois cruzam as mãos e mexem os om- bros para descobrir a forma e textura do solo.

Pede-se aos assistentes que unam com fita-cola os dedos polegares às palmas das mãos dos jovens vendados para que eles possam experimentar o modo como os ani- mais tocam. Um dos assistentes deve co- locar-se no meio das árvores e apitar en- quanto os outros jovens se arrastam até às árvores. Durante as próximas três actividades os jovens devem continuar vendados.

Deixar que cada um encontre uma ár- vore e a explore com as palmas das mãos e o interior dos braços. Sugere-se que uti- lizem as pontas dos dedos, faces e per- nas. Retirar a fita-cola das mãos e deixar explorar as árvores pelo lacto e formar uma imagem delas nas suas mentes. Quan- do descerem da árvore, os assistentes de- vem levá-los por caminhos tortuosos até ao centro da área, onde as vendas serão retiradas. A cada jovem será então distri- buída uma folha de papel para desenhar a sua árvore tal como a sentiu.

Uma vez feito o desenho da árvore, de-

vem encontrá-la. Identificada a árvore, de uma forma que satisfaça os assistentes, compara-se o desenho e a árvore.

Este exercício pode ter algumas varia- ções, por exemplo: o assistente apita den- tro de água e os escuteiros têm que se ar-

rastar pela lama do pântano ou lago. Ex- plorar o fundo com as mãos. Leva-los até onde possam estar sentados com água ale ao pescoço.

Esticar uma corda numa área desco- nhecida que os escuteiros vão seguir como uma pista. Incluir na pista tábuas em cima de tijolos, obstáculos na água e pontes de corda pouco suspensas. Nós na corda indi- cam lugares de especial interesse onde cordas mais finas saem da principal e le- vam a interessantes experiências com o tacto. Seguir esta pista cega sozinhos.

O cheiro As pistas de cheiros encontram-se ge- ralmente em locais onde existem muitos

odores naturais.

Os jovens devem espalhar-se e tentar encontrar coisas interessantes para chei- rar. Podem arranhar ligeiramente a super- fície das coisas para libertar o sou aroma. Partilhem com os outros os cheiros que en- contrarem.

Esfregar um conjunto de substâncias com cheiros fortes (ervas aromáticas) em vários lenços de papel e dar um lenço a cada jovem, que tem de encontrar a ori- gem do cheiro.

Uma variação destas actividades é a marcação com o cheiro: Dois animadores escolhem uma área onde vão marcar uma pista de cheiro, usando um dente de alho fresco e uma casca de limão. Dois grupos de jovens devem seguir as duas pistas até ao seu final. As pistas podem-se cruzar mas não devem retroceder. Deve-se esfregar as substâncias a intervalos regulares.

O sabor: pão de tacho Ingredientes: 3 chávenas de farinha, 2 colheres de chá de sal, 2 colheres de sopa de açúcar e 7 colheres de chá rasas de fer- mento em pó. Misturar tudo com 320 ml de água até se tornar numa massa macia.

Acrescentar à massa fruta, frutos secos cortados aos bocadinhos ou sementes.

Espalmar a massa até ficar com o ta-

manho de uma sertã. Aquecer a sertã e unta-a com óleo. Coloca-se a massa na fri- gideira perto do fogo durante 10 minutos virando para cozer dos dois lados. O pão está pronto quando meterem a ponta de uma faca ou um palito e esta sair limpa.

Deixar arrefecer um pouco. Servir mor- no com manteiga e geleia. Esta dose dá para 10 pessoas.

Incentivar os jovens a explorarem to- talmente o gosto deste pão. Deixa-los sen- tir a textura e o calor e cheirarem os aro- mas.

As maravilhas de Deus Ao terminar a actividade, fazer uma leitura crente de tudo o que foi feito, or- ganizando um breve momento de oração:

Salmo 103 (o esplendor da criação) Como são grandes, Senhor, as vossas obras! Tudo fizestes com sabedoria: a ter-

ra está cheia das vossas criaturas!

Eis o mar, grande e largo, onde se agi- tam inúmeros seres, animais pequenos e grandes.

Por ele navegam os barcos, e os mons- tros marinhos que criastes para brincar so- bre as ondas.

Todos de Vós esperam que lhes deis de comer a seu tempo.

Dais-lhes o alimentos e eles o reco- lhem, abris a mão e enchem-se de bens.

Se escondeis o vosso rosto, ficam per- turbados, e se lhes tirais o alento, mor- rem e voltam ao pó donde vieram.

Se mandais o vosso espírito, recobram a vida, e renovais a face da terra.

Glória a Deus para sempre! Rejubile o Senhor em suas obras.

O nosso salmo Espaço de oração pessoal e partilha: o que me faz louvar ao Senhor neste mo-

mento, neste lugar?

Cântico: Quero louvar-Te ou Louvado Sejas

3º Oração

Louvar a Deus pelas suas maravilhas

Objectivo

Celebrar as maravilhas de Deus na Na- tureza

Conteúdos

Celebrar a vivência do grupo. O Deus que nos fala na Natureza. Louvor pelas suas maravilhas. Compromisso.

Desenvolvimento

Se não se realizou o momento de ora- ção previsto para terminar a actividade, pode iniciar-se este tempo de oração com esse pequeno esquema. Na sala devem estar expostos os traba- lhos realizados durante o tempo de debate, aprofunda-mento e vivência deste tema. Ter também uma folha de papel relativamente grande e em lu- gar de destaque. Ter marcadores.

Encontrar Deus Escolhi um dia para encontrar Deus e não O encontrei. Mas quando passava por um trilho rochoso, através de bosques selva- gens, no exacto local onde um lírio escar- late flamejava, vi a sua pegada na relva.

Bliss Carman, "Vestigia”

Cântico: Quantas coisa fez | Louvado sejas

Já vemos a terra prometida

Texto de introdução no imaginário Lá está a "terra prometida”... basta passar o "rio”. Mas, mesmo que não o pas- se, fica a certeza de um caminho que vale

a pena percorrer.

- Eu Te bendigo, ó Deus, por me dares a possibilidade de caminhar neste mundo a caminho de uma terra prometida!

Ao longo dos últimos encontros fomos tentando descobrir o Deus que nos fala pe- las maravilhas da criação. Nesta noite que- remos louvar o Criador de todas as coisas, e comprometermo-nos com Ele neste projecto da criação simbolizada na "Terra Prometida”.

A terra que sonhamos

Música ambiente.

Vão ser lançadas algumas perguntas para que cada um possa ir desenhar o ce- nário da "terra prometida”, procurar ex- pressar aquilo que é importante ter pre- sente neste cenário.

E que terra prometida é esta? Como a imagino? O que não pode deixar de fazer parte deste cenário?

Espaço para que cada elemento do gru- po possa ir desenhar parte do cenário com aquilo que considera fundamental na "Ter- ra Prometida”.

A vivência de Moisés

Moisés ousou partir à frente do Povo de Deus a caminho desta "Terra Prometi- da”. Caminhou anos e anos até ver que a promessa se concretizava. Vamos escutar o momento em que ele vê, ao longe, esta terra por que tanto sonhou:

Do livro do Deuteronómio: (Deut 34, 1-4)

«Moisés subiu da planície de Moab para o monte Nebo, para o cimo do monte Pisga, que está em frente de Jericó. O Senhor mostrou-lhe então todo o país: a região de Guilead até Dan; a região de Neftali, a de Efraim e Manassés e toda a região de Judá até ao Mar Mediterrâneo; a região do Negueve, o vale do Jordão e a planície de Jericó, a cidade das palmeiras, até Soar. O Senhor disse-lhe então: "Esta é a ter-

ra que eu prometi a Abraão, a Isaac e a Jacob que a havia de dar aos seus descen- dentes. Consenti que a visses com os teus próprios olhos, mas não poderás lá en- trar.”» Palavra do Senhor!

Cântico: Exodus | A vida é como um gota

Eu faço esta terra e nela encontro Deus Moisés não chegou a entrar na Terra Prometida... Mas fez tudo o que estava ao seu alcance para que o Povo aí realizasse

o seu sonho.

Também nós somos convidados a não desanimar nesta busca de um mundo me- lhor. E se não conseguirmos transformar o Mundo, pelo menos fazemos o que está ao nosso alcance.

Por isso se lança o desafio de cada um de nós se comprometer em continuar este processo de criação do mundo: ao lado de cada realidade que considerámos indispen- sável na nossa "Terra Prometida”, vamos deixar expresso o que queremos fazer para deixar este mundo um pouco melhor e para que nele outros possam ir encontrando o "rasto” de Deus.

Cada elemento do grupo vai escrever no cenário o seu compromisso.

Música ambiente. Oração final: Ó Grande Espírito, faz-me ...

Ó Grande Espírito, cuja voz eu ouço no vento, cujo hálito dá vida ao mundo, ouve-me. Eu sou pequeno e fraco. Preciso da tua força e da tua sabedoria. Possa eu caminhar na beleza.

Faz os meus olhos contemplarem o ver- melho e o púrpura do sol poente.

Faz com que as minhas mãos respei- tem as coisas que Tu fizeste. E os meus ouvidos atentos para ouvir a tua voz.

Faz-me sábio para que saiba as coisas que Tu ensinaste aos teus filhos, as lições que escondeste em cada folha e rocha.

Faz-me forte, não para ser superior aos meus irmãos, mas para ser capaz de lutar com o meu maior inimigo... eu mesmo.

Faz-me estar sempre pronto para ir ao teu encontro de olhos nos olhos, para que quando a vida se puser, como o sol, o meu espírito vá ter contigo sem vergonha.

Oração Sioux Cântico: Quero louvar-Te | Fica junto a nós

.: caderno 02

Tema: Ser Humano

Maravilhas

de Deus no Ser Humano

SDPJ.:DiocesedeLeiria-Fátima.:2002-2003

Imaginário

olhar o mundo que nos rodeia… ao jei- to de Moisés que ao olhar descobriu a rea- lidade sua e de um povo… capaz do bem mas também do mal (do amor e do ódio).

Objectivo

A maravilha que eu sou: cada pessoa como um poço de potencialidades.

Conteúdos A descoberta do eu, feita num mundo que precisa de cada um de nós para ser

diferente.

Dinâmicas Vão variando de encontro para encon- tro, contudo convém começar sempre com a leitura do texto bíblico, seguido dum momento de silencio. Só depois se deve continuar com o encontro/dinâmica espe-

cífica.

1º encontro

A Maravilha do ser humano descobre- se na maravilha que eu sou, tu és, nós somos…

1. leitura do texto bíblico

(Êxodo 2, 11-25)

Quando Moisés já era homem, saiu um dia para visitar os seus irmãos hebreus e viu que os seus trabalhos eram muito pe- sados. Viu também um egípcio a bater num dos hebreus.

Olhou para todos os lados e, como não viu mais ninguém, matou o egípcio e en- terrou-o na areia.

No dia seguinte, voltou a sair e viu dois hebreus à pancada. Perguntou então ao que era culpado: "Por que bates no teu irmão de raça?”

E o homem respondeu-lhe: "Quem te nomeou chefe e juiz entre nós? Será que me queres matar, como fizeste àquele egípcio?” Moisés atemorizou-se e disse para consigo: "Não há dúvida de que o caso já é conhecido!”

Quando o faraó soube do que se tinha passado, mandou prender Moisés, para o matar, mas Moisés fugiu e foi viver para a região de Madiã e sentou-se a descansar junto dum poço.

As sete filhas de Jetro, sacerdote de Madiã, foram tirar água a esse poço e en- cheram os tanques, para darem de beber ao rebanho de seu pai.

Mas chegaram lá uns pastores, que ex- pulsaram as filhas do sacerdote. Moisés levantou-se, defendeu-as e deu de beber ao rebanho.

Quando elas voltaram para junto do pai, ele perguntou-lhes: "Por que vieram

(2 .: Temas de Pastoral Juvenil .: caderno 02)

hoje tão cedo?”

Elas responderam: "Um egípcio defen- deu-nos dos pastores e tirou-nos bastante água do poço e deu-nos de beber ao reba- nho.”

Então o pai perguntou-lhes: "E onde está ele? Por que deixaram lá esse homem? Vão convidá-lo para vir comer connosco.”

Moisés aceitou ficar a viver em casa de Jetro, que mais tarde lhe deu em casa- mento sua filha Séfora.

Ela teve um filho, a quem Moisés deu o nome de Gerson, porque, disse ele para consigo, "eu sou um estrangeiro nesta ter- ra”.

Passado muito tempo, morreu o rei do Egipto. Os filhos de Israel, contudo, con- tinuaram a lamentar-se e a queixar-se da sua escravidão. Então Deus escutou os seus lamentos e atendeu às suas queixas, lem- brando-se da aliança que tinha feito com Abraão, Isaac e Jacob.

Deus viu a escravidão dos israelitas e interessou-se por eles.

2. Recolher um conjunto de fotos...

das desgraças do mundo actual… e parti- lhar o que mais falha, quais os podres… fazendo depois um síntese das anti-virtu- des actuais… (elaborar um painel de apre- sentação)

3. Recolher um conjunto de fotos...

das estrelas actuais… e partilhar o que mais se admira neles… fazendo depois uma síntese das virtudes actuais… (elaborar um painel de apresentação)

4. Fazer um debate...

inspirados nos dois painéis, de preferên- cia tipo tribunal: ser humano, uma mara- vilha desgraçada ou uma desgraça mara- vilhada?

2º actividade

Perceber como do ser à acção… falta a motivação!

1. leitura do texto bíblico

Êxodo 2, 11-25 (ver 1º encontro)

2. Ver em conjunto o filme...

«O Fabuloso Destino de Amélie Poulain», ou o «Chocolate», ou um outro em que seja notória a mudança que é causada pela influência de alguém.

3. Partilha das emoções...

que o filme levantou: desejo de fazer igual ou simples indiferença?

4. Recolher dados…

sobre o padroeiro da paróquia (santo da casa) e elaborar cartaz temático onde so- bressaiam as maravilhas da sua vida… como referência para o presente! Afinal a história ajuda-nos a pensar o futuro! Pos- teriormente fazer uma apresentação à comunidade: numa celebração da Euca- ristia, por exemplo.

caderno 02 :. Temas de Pastoral Juvenil :. 3

3º oração

Louvar a Deus que nos criou à sua imagem e semelhança: afinal eu sou… uma maravilha!

1. Leitura do texto bíblico

Êxodo 2, 11-25 (ver 1º encontro)

2. Criar um ambiente...

de oração (sala confortável e bem deco- rada, música ambiente)…

3. Escrever em pequenos papéis...

as situações em que cada um já interferiu na vida de alguém, seguindo como grelha de resposta as seis perguntas que se se- guem…

O quê? Quem? Como? Onde? Quando? Porquê?

4. Partilha...

do que sentiu ao fazer a oração, essenci- almente onde sobressaia: a maravilha que cada um é, sem medo de se estar a gabar mas a descobrir como um ser capaz de in- fluenciar o mundo…. Afinal, a realidade que conhece e vive!

5. Por fim escrever...

um texto de louvor a Deus pela maravilha que cada um se descobriu… e em grupo elaborar um texto para partilhar com a

comunidade, numa Eucaristia, com o tema: Somos uma maravilha que convém estar activa!

(4 .: Temas de Pastoral Juvenil .: caderno 02)