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DAVI MAIA SILVA
ANÁLISE DE ESTABILIZAÇÃO QUÍMICA DE SOLO SILTOSO A-4 DE
PORTO VELHO - RO
CUIABÁ
2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE ARQUITETURA ENGENHARIA E TECNOLOGIA
COORDENAÇÃO DE ENSINO DE ENGENHARIA CIVIL
TRABALHO DE GRADUAÇÃO
DAVI MAIA SILVA
ANÁLISE DE ESTABILIZAÇÃO QUÍMICA DE SOLO SILTOSO
Trabalho de graduação apresentado ao
corpo docente de Engenharia Civil da
Universidade Federal de Mato Grosso
como requisito parcial para obtenção do
título de bacharel.
Prof. MSc. Antônio João da Silva
Orientador
CUIABÁ
Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.
Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.
M217a Maia, Davi.Análise de estabilização química de solo siltoso a-4 de Porto Velho – RO / Davi
Maia. -- 201452 f. : il. color. ; 30 cm.
Orientador: Antônio João da Silva.TCC (graduação em Engenharia Civil) - Universidade Federal de Mato Grosso,
Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia, Cuiabá, 2014.Inclui bibliografia.
1. Estabilização química. 2. CBR. 3. Capilaridade. I. Título.
Resumo do Trabalho de Graduação submetido ao corpo docente da FAET/UFMT como
requisito para a obtenção do título de bacharel em Engenharia Civil
ANÁLISE DE ESTABILIZAÇÃO QUÍMICA DE SOLO SILTOSO A-4 DE PORTO
VELHO - RO
Davi Maia Silva
Março/2014
Orientador: Antônio João da Silva
Departamento: Engenharia Civil
O Brasil é um país de proporções continentais, logo, existe uma grande variedade de tipos de
solo. Em algumas regiões do país o solo existente não satisfaz as exigências da engenharia
para a sua utilização como material de construção de bases rodoviárias. Este trabalho tem
como finalidade acrescentar um banco de dados com informações sobre um estabilizante
químico e os reagentes (cal e sulfato de alumínio), quanto a resistência em relação ao CBR
(Índice de Suporte Califórnia) e a capilaridade de um solo siltoso (pertencente ao grupo A-4
segundo o sistema de classificação do H.R.B.) de baixa qualidade. Quanto ao CBR, foram
feitos ensaios com 3 dosagens de estabilizante químico com 2 tipos de reagentes químicos, a
cal e sulfato de alumínio. Quanto a capilaridade foram feitos ensaios com 3 concentrações de
estabilizante químico em apenas 1 tipo de reagente químico, o sulfato de alumínio. Os
resultados quanto ao CBR, apesar de aumento significativo, não foram satisfatórios, porem os
resultados quanto à capilaridade tiveram resultados satisfatórios.
Palavras chave: Estabilização Química. CBR. Capilaridade.
Abstract submitted to the faculty of FAET / UFMT as a requirement for obtaining the
bachelor's degree in Civil Engineering
ANALYSIS OF CHEMICAL STABILIZATION OF A-4 SILTY SOIL FROM PORTO
VELHO - RO
Davi Maia Silva
March/2014
Thesis Advisor: Antônio João da Silva
Departament: Civil Engineering
Abstract
Brazil is a country of continental proportions , so there is a wide variety of soil types . In
some regions , the existing soil does not meet the requirements of engineering for its use as a
material construction for road bases. This work aims to add a database with information about
a chemical stabilizer and reagents ( lime and Aluminium sulphate ), on the matter of the CBR(
California Bearing Ratio) resistance relation and the capillarity of a low-quality silty soil (
belonging to group A -4 according to the HRB classification system). Concerning to the CBR,
tests were made with 3 doses of chemical stabilizer with 2 types of chemical reagents, the
lime and aluminum sulfate. For capillary ;assays with three concentrations of a chemical
stabilizer were made in only one type of chemical reagent, the aluminum sulfate. The results
for the CBR, despite significant increases were not satisfactory, however, the results
concerning to the capillarity had satisfactory results.
Keywords : Chemical Stabilization . CBR . Capillarity.
Sumário
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 12
2 REVISÃO......................................................................................................................... 14
2.1 Localização, clima, hidrografia, relevo e vegetação. ........................................................ 14
2.2 Solos ................................................................................................................................. 16
2.2.1 Propriedades das partículas sólidas de um solo ................................................................ 16
2.3 Pavimentos ........................................................................................................................ 17
2.4 Cal ..................................................................................................................................... 19
2.4.1 Tipos de cal ....................................................................................................................... 19
2.5 Sulfato de alumínio ........................................................................................................... 20
2.6 Estabilizações de solos ..................................................................................................... 20
2.6.1 Estabilização mecânica ..................................................................................................... 21
2.6.2 Estabilização granulométrica ............................................................................................ 21
2.6.3 Estabilização química ....................................................................................................... 21
2.7 Capilaridade ...................................................................................................................... 23
3 MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................................... 24
3.1 Materiais ........................................................................................................................... 24
3.1.1 Solo ................................................................................................................................... 24
3.1.2 Estabilizante Químico ....................................................................................................... 24
3.1.3 Reagente Químico ............................................................................................................ 24
3.2 Métodos ............................................................................................................................ 24
3.2.1 Corpos de Prova ................................................................................................................ 24
3.2.2 Caracterização do Solo ..................................................................................................... 26
3.2.5 Ensaio de compactação ..................................................................................................... 28
3.2.6 Ensaio de CBR .................................................................................................................. 30
4 ANÁLISE DOS DADOS ................................................................................................. 32
4.1 Ensaios de Caracterização do Solo ................................................................................... 32
4.2 Ensaio de Compactação .................................................................................................... 33
4.3 Ensaio de CBR .................................................................................................................. 34
4.3.1 Ensaio de CBR com solo natural ...................................................................................... 34
4.3.2 Ensaios de CBR com estabilizante químico e sulfato de alumínio ................................... 35
4.3.3 Ensaios de CBR com estabilizante químico e cal ............................................................. 39
4.3.4 Comparação das resistências obtidas ................................................................................ 43
4.4 Ensaio de capilaridade ...................................................................................................... 46
5 CONCLUSÃO E SUGESTÕES ..................................................................................... 50
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 51
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Cassificação das cais................................................................................................20
Tabela 2 - Resultados Queiroz e Anchieta................................................................................21
Tabela 3 - de resultados compressão simples com variação na energia de compactação e
porcentagem de ácido fosfórico................................................................................................23
Tabela 4 - de resistência a compressão com diferentes amostras de solo.................................23
Tabela 5 - Corpos de prova cilindro grande (CBR)..................................................................25
Tabela 6 - Corpos de prova cilindro pequeno (Proctor)............................................................25
Tabela 7 – Sistema de classificação H.R.B.-AASHTO............................................................26
Tabela 8 - Sistema unificado de classificação dos solos...........................................................27
Tabela 9 - Energia de compactação..........................................................................................29
Tabela 10 - analise granulométrica...........................................................................................32
Tabela 11 - ensaios físicos........................................................................................................33
Tabela 12 - ensaio de penetração CP 13...................................................................................35
Tabela 13 - Ensaio de penetração com CP 1, 1:1000 estabilizante químico, 1:5000 sulfato de
alumínio....................................................................................................................................36
Tabela 14 - Ensaio de penetração com CP 2, 1:1000 estabilizante químico, 1:5000 sulfato de
alumínio....................................................................................................................................36
Tabela 15 - Ensaio de penetração com CP 3, 1:1250 estabilizante químico, 1:5000 sulfato de
alumínio....................................................................................................................................37
Tabela 16 - Ensaio de penetração com CP 4, 1:1250 estabilizante químico, 1:5000 sulfato de
alumínio....................................................................................................................................38
Tabela 17 - Ensaio de penetração com CP 5, 1:1500 estabilizante químico, 1:5000 sulfato de
alumínio....................................................................................................................................38
Tabela 18 - Ensaio de penetração com CP 6, 1:1500 estabilizante químico, 1:5000 sulfato de
alumínio.......................................................................................................................39
Tabela 19 - Ensaio de penetração com CP 7, 1:1000 estabilizante químico, 2% cal..............40
Tabela 20 - Ensaio de penetração com CP 8, 1:1000 estabilizante químico, 2% cal...............40
Tabela 21 - Ensaio de penetração com CP 9, 1:1250 estabilizante químico, 2% cal................41
Tabela 22 - Ensaio de penetração com CP 10, 1:1250 estabilizante químico, 2% cal..............41
Tabela 23 - Ensaio de penetração com CP 11, 1:1500 estabilizante químico, 2% cal.............42
Tabela 24 - Ensaio de penetração com CP 12, 1:1500 estabilizante químico, 2% cal..............42
Tabela 25 – CBR......................................................................................................................44
Tabela 26 - Analisa da capilaridade (120 segundos)................................................................26
Tabela 27 - Analisa da capilaridade (30 minutos)....................................................................45
Tabela 28 - Analisa da capilaridade (24 horas).........................................................................46
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - vista superior de satélite do município de Porto Velho – Rondônia........................15
Figura 2 -– mapa do estado de Rondônia (localização da cidade de porto velho)....................15
Figura 3 - Seção transversal típica de pavimento flexível........................................................18
Figura 4 – Seção transversal típica de pavimento rígido..........................................................19
Figura 5: Cilindro pequeno, Proctor.........................................................................................28
Figura 6: Cilindro grande, CBR..........................................................................................29
ÍNDICE DE FOTOGRAFIAS
Fotografia 1: Ensaio de capilaridade ao final dos primeiros 30 minutos..................................48
Fotografia 2: Ensaio de capilaridade ao final de 24horas.........................................................48
12
1 INTRODUÇÃO
Um problema enfrentado na construção de base e sub-base de pavimentos rodoviários
é a falta de disponibilidade de alguns materiais adequados em determinadas regiões. Em
muitas localidades o solo encontrado a ser utilizado nesta construção não possui as
características físicas mínimas exigidas por norma para a sua execução. Uma das formas de se
corrigir este tipo de solo é a utilização de estabilizantes de solo, podendo ser químicos ou
físicos.
Os homens, desde a antiguidade, tem feito o uso destas técnicas na construção de
estradas. Os romanos já faziam o uso de estabilizantes químicos nas suas estradas usando o
óleo de baleia e cal para aumentar a resistência do solo. Os incas também podem ser citados
como um exemplo de engenharia. Suas estradas, construídas no século XIII, eram avançadas
até para os padrões europeus da época. O sistema de estradas dos Incas contava com pontes,
túneis, aterros e drenos. Na estrada real, em alguns trechos, a via chegava a ter 16m de largura
e era em grande parte pavimentada por pedras. Estes usavam solo de maior resistência para
estabilizar solos de menor resistência, em áreas alagadas. (Alexandre Von Humboldit).
Com o tempo e o avanço tecnológico da engenharia, a técnica de construção utilizada
nesse tipo de obra mudou. Hoje em dia podemos utilizar produtos químicos que, adicionados
ao solo, mudam algumas de suas características, sendo estes produtos de baixo valor residual
e econômico. Este processo torna desnecessário o dispendioso transporte de material
granulométrico, que muitas vezes se mostra de altíssimo valor econômico e de grande
desgaste ambiental.
No Estado de Rondônia, mais precisamente em sua capital, a cidade de Porto Velho,
os engenheiros encontram dificuldade na obtenção de material granulométrico de qualidade
que atenda as características físicas adequadas para a construção de base e sub-base de vias
rodoviárias. Sendo assim, a estabilização química pode vir a ter grande valia nesta região do
Brasil. Esta técnica de estabilização torna possível a construção de ruas e estradas
pavimentadas de forma menos onerosa e com um menor impacto ambiental, minimizando os
problemas econômicos e ambientais da obra.
Solos siltosos por si só, não possuem as características físicas necessárias para sua
utilização na construção civil. Usando aditivos químicos (estabilizadores químicos) nesse tipo
13
de solo, é possível atingir níveis satisfatórios de resistência e permeabilidade, garantido assim
sua possível utilização na construção de estradas.
A partir de análises experimentais em laboratório é possível identificar e majorar as
mudanças nas características físicas de resistência do solo no qual foi adicionado o
estabilizador químico. O tema deste trabalho é a “estabilização química em solo siltoso” e a
sua delimitação é a comparativa entre diferentes dosagens de estabilizante químico de solos,
com diferentes reagentes, o sulfato de alumínio e a cal.
O problema que pretendemos responder é qual o melhor reagente químico, e qual a
melhora nos índices de CBR e capilaridade que temos com o estabilizante químico.
O objetivo geral do trabalho é contribuir para a formação de um banco de dados
relacionado à estabilização química de solos siltosos, comparando resultados de ensaios de
laboratório feitos com corpos de prova fabricados a partir de um mesmo tipo de solo sitoso
A-4, assim majorando suas mudanças físicas.
Os objetivos específicos são:
Verificar a resistência do solo A-4 com estabilizante químico e sulfato de
alumínio.
Verificar a resistência do solo A-4 com estabilizante químico e cal.
Registrar a capilaridade da água no solo com diferentes dosagens de estabilizante
químico e sulfato de alumínio.
Comparar os resultados obtidos.
O trabalho consiste em 5 capítulos, o primeiro é dedicado a introdução do trabalho, o
segundo se refere a pesquisa bibliográfica feita para o embasamento teórico, o terceiro se
trata principalmente dos materiais e métodos utilizados em laboratório para realização dos
ensaios necessários, o quarto e o quito capítulos são dedicados a analises dos dados obtidos e
conclusão do trabalho de graduação.
14
2 REVISÃO
2.1 Localização, clima, hidrografia, relevo e vegetação.
O local onde foram coletadas as amostras é um dos acessos ao município de Porto
Velho, capital de Rondônia. A região faz parte da planície amazônica. O município tem um
relevo pouco acidentado e se localiza as margens do rio Madeira, principal braço direito do
rio Amazonas.
Segundo Silva, Saraiva e Araújo:
Rondônia, utilizando-se uma série de 50 anos de dados de precipitação
pluviométrica, temperatura e umidade relativa do ar, no período de 1945 a 1995. A
classificação climática dessa região segundo Köppen é do tipo Aw, tropical
chuvoso, com uma estação relativamente seca durante o ano temperaturas médias
anuais de 25,5 ºC, máxima de 31,5 ºC e mínima de 20,7 ºC. A temperatura média
do ar apresenta pouca variação ao longo do período e o regime pluviométrico é
caracterizado por um período mais chuvoso, que está compreendido entre os meses
de novembro a abril, com precipitações superiores a 220 mm. O período mais seco,
foi constatado entre os meses de maio e setembro, com precipitações inferiores a 55
mm, sendo o mês de julho mais seco, com a menor média (31,2 mm) e janeiro o
mais chuvoso com média de 330,9 mm. Os meses de junho a agosto são os meses de
transição entre um regime e outro. A umidade relativa média do ar é elevada no
decorrer do ano, em torno de 88% no verão e valores inferiores no outono – inverno
com média, em torno de 75%.(Aspectos climáticos de porto velho, 1995).
A vegetação é composta por uma floresta tropical, de grande riqueza ambiental e
importância para o município. Logo sua preservação é de suma importância.
O solo do município, em sua maior parte, é classificado como argiloso, sendo pobre
em materiais granulométricos de qualidade e de baixa resistência. A existência de jazidas de
brita é remota.
15
Figura 1 - vista superior de satélite do município de Porto Velho – Rondônia.
Fonte: Google Earth (2013).
Figura 2 – mapa do estado de Rondônia (localização da cidade de porto velho).
Fonte: www.baixarmapas.via12.com (2014)
16
2.2 Solos
Para José Carlos Rodrigues (1977), na engenharia civil os constituintes da crosta
terrestre são as rochas e os solos. Sendo os solos os constituintes friáveis, desmontáveis a pá,
picareta, enxadão, ou máquinas comuns de terraplanagem. A ciência que estuda as
propriedades mecânicas do solo se chama Mecânica dos Solos e faz parte dos currículos de
engenharia civil.
Os solos são classificados quanto a sua origem, podendo ser residual, transportado ou
orgânico. Um solo residual é o que provem da decomposição da rocha subjacente para a qual
gradualmente, em geral, passam. Solos transportados são solos que provem da decomposição
de uma rocha proveniente de outro local. Os solos orgânicos são solos provenientes da
decomposição de matéria orgânica que, quase sempre, se desenvolve no mesmo lugar.
Um solo é constituído por partículas que recebem sua nomenclatura de acordo com a
granulometria da partícula. Por ordem decrescente são o pedregulho, a areia, o silte e a argila.
A areia é constituída por cristais não alteráveis da rocha mãe. O silte tem composição
intermediaria entre a areia e a argila. A argila é composta por minerais lamelares.
No presente trabalho, será utilizado um solo tipo siltoso, presente na cidade de Porto
Velho.
2.2.1 Propriedades das partículas sólidas de um solo
Segundo Caputo (1977) os solos são formados por 3 principais partes, a parte sólida,
sendo esta formada pelos grãos do solo, a parte líquida, formada pela água, e a parte gasosa,
formada por gases. A partir desse ponto podemos fazer uma relação entre o volume de vazios
e o volume de sólidos.
As principais propriedades do solo podem ser calculadas através das seguintes
fórmulas:
a) Índice de vazios:
Vv=volume de vazios
Vs=Volume do solo
17
b) Peso específico das partículas:
Ps=peso do solo
Vs=volume do solo
c) Teor de umidade:
Ww=peso da água
Ws=peso do sólido
d) Grau de saturação:
Vw=volume de água
Vv=volume de vazios
e) Peso específico seco
Ws=peso do solido
V=volume total
2.3 Pavimentos
Segundo Edson (2009), pavimento é uma estrutura construída após terraplenagem e
destinada, econômica e simultaneamente, a:
a) Resistir e distribuir ao subleito os esforços verticais produzidos pela fadiga;
b) Melhorar as condições de rolamento quanto à comodidade e segurança;
c) Resistir aos esforços horizontais que nela atuam, tornando mais durável a superfície de
rolamento (NBR 7207/82).
18
Pavimento - Superestrutura constituída por um sistema de camadas de espessuras
finitas, assentadas sobre um semi-espaço considerado teoricamente como infinito
(infraestrutura ou terreno de fundação) a qual é designada de subleito (manual do DNIT,
2006).
Os pavimentos são constituídos por diversas camadas de diferentes materiais. O
subleito é a fundação do pavimento. Esta camada é feita de material encontrado no local
nivelado de acordo com a cota do projeto e devidamente compactado (Júnior, 1992). A base é
construída com material mais nobre e de melhor resistência, tendo a função de receber e
transmitir os esforços oriundos do tráfego. O revestimento é composto do material mais
nobre, podendo este ser rígido ou flexível, podendo ser construído com asfaltos de petróleo ou
concreto.
Figura 3 - Seção transversal típica de pavimento flexível.
Fonte: Marques (2006).
19
Figura 4 – Seção transversal típica de pavimento rígido.
Fonte: Marques (2006).
2.4 Cal
Para Falcão Bauer (2000) a cal é um material de construção com inúmeras funções,
desde a produção de argamassa até a estabilização de solos, como o solo-cal.
A cal é produzida a partir da calcinação de rochas calcárias (CaCO3). Após o
cozimento a 900°C ocorre a dissociação do calcário e a produção de gás carbônico:
CaCO3+calor->CaO+CO2
A cal, CaO, também conhecida como cal virgem, pode ser misturada a água formando
a cal hidratada e liberando calor.
Segundo o Manual de Pavimentação DER-SP, a cal deve ter no mínimo 65% de óxido
de cálcio, e sua utilização deve ser recomendada para solos do tipo siltoso ou argiloso. A cal
hidratada deve obedecer às exigências da NBR 176 da ABNT.
2.4.1 Tipos de cal
A cal pode ser classificada em aerais, que reagem com o CO2 presente na atmosfera,
ou hidráulica, que reage apenas quando em contato com água. Isso ocorre, segundo Gonzalez
(1978), devido ou grau de impurezas da cal. Sendo assim podemos classificar a cal de acordo
com seu grau de impureza.
Vicat definiu como índice de hidraulicidade de uma cal.
20
Tabela 1 - Cassificação das cais
Tipo de cal iv
Cal aéria 0 a 0,1
Cal fracamente hidráulica 0,1 a 0,16
Cal medianamente
hidráulica 0,16 a 0,31
Cal hidráulica normal 0,31 a 0,42
Cal altamente hidráulica 0,42 a 0,5
Cimento Portland
maior que
0,5
2.5 Sulfato de alumínio
É um sal químico metálico com teor mínimo de alumínio de 16%, solúvel em água.
Segundo o Manual de Pavimentação DER-SP, a dosagem a ser usada é de 1:5000. É indicado
para solos predominantemente arenosos ou argilo-arenosos.
Segundo Sardella (2004), o sulfato de alumínio é formado por três ânions bivalentes, o
sulfato (SO4), e dois cátions trivalentes, o alumínio (Al). Pode ser produzido pela dissolução
de hidróxido de alumínio (Al(OH)3 em ácido sulfúrico (H2SO4).
2 Al(OH)3 + 3 H2SO4 → Al2(SO4)3 + 6H2O
O ácido sulfúrico é muito utilizado no tratamento de água, tanto em estações de
tratamento de esgoto, como em estações de tratamento de água, e até em piscinas e poços.
2.6 Estabilizações de solos
Estabilização de solo é um procedimento que visa melhorar as características físicas
do solo. Podendo ser através da adição de algum outro elemento ou solo (matérias de
granulometria diferente ou elementos químicos), ou apenas com a movimentação da terra
(compactação do solo).
21
2.6.1 Estabilização mecânica
A estabilização mecânica ocorre quando, utilizamos apenas a compactação do solo
para alcançar as características desejadas ao solo. É indicada quando o solo tem satisfatórios
índices de resistência, podendo assim ser usado como material de construção.
2.6.2 Estabilização granulométrica
Estabilização granulométrica é o processo que decorre quando adicionamos um
material de maior qualidade ao solo encontrado em loco, visando uma melhora em suas
características físicas.
João Batista Queiroz e José Anchieta Júnior (1996), publicaram uma pesquisa na qual
utilizaram bentonita (argila) para estabilizar um solo arenoso do Rio Grande do Sul. O artigo
apresenta resultados obtidos a partir de ensaios de laboratório, conforme tabela 2, feitos com
amostras de solo de areia estabilizada com betonita nas dosagens de 2%, 4%, 6%, e 8% em
relação ao peso de betonita.
Tabela 2 - Resultados Queiroz e Anchieta
Bentonita,% LL,% LP,% IP,% ɣmáx,% h,ót.,% RCS, kPa Kh, m/s Ky, m/s
0 NP NP ND ND 2,15E-06 1,48E-06
2 NP NP ND 18,54 10,7 99,1 6,19E-06 2,46E-06
4 25 NP ND 18,27 11,5 133,7 1,55E-06 1,29E-06
6 32 23 8 17,93 12,1 136,4 1,84E-06 1,46E-06
8 36 26 10 17,85 12,5 147,2 2,20E-07 1,73E-07
Fonte:João Batista Queiroz e José Anchieta Júnior (1996).
A conclusão do trabalho mostra que ao se adicionar 2% de bentonita em peso, ocorre o
surgimento de plasticidade, diminuição na permeabilidade e definição de uma resistência a
compressão simples. Ou adicionando-se 8% de bentonita a areia, alcançaram o teor ideal para
aplicação em obras de engenharia geotécnica.
2.6.3 Estabilização química
Segundo o manual de pavimentação DER-SP, solo estabilizado quimicamente, por via
líquida é uma mistura uniforme e homogênea, adequadamente compactada, de solo ou
misturas de solos, estabilizantes de solos líquido, reagente e água, em proporções adequadas,
22
determinadas por ensaios prévios de laboratório, cujos resultados apresentem conveniente
estabilidade e durabilidade, podendo ser empregado como reforço de sub-leito, sub-base ou
base de um pavimento.
O objetivo da utilização de um estabilizante químico e o reagente em um solo, é
melhorar suas características quanto a resistência, cisalhamento, a expansão e a
permeabilidade (manual DER-SP).
Segundo Marcelo Archanjo Dama e Luiz Miguel de Miranda (1995), as bases
estabilizadas dos pavimentos rodoviários contribuem para o elevado preço dos mesmos.
Buscando soluções mais econômicas para a estabilização, podemos utilizar desde conjugação
granulométrica até resinas e aditivos para a melhoria da resistência do solo.
Durante o governo de Juscelino Kubitscheck, o Departamento Nacional de Estradas e
Rodagem (DNER) passou a empregar sistematicamente o sistema de base de solo-cimento.
Com o advento de novas tecnologias, tanto nos equipamentos como nas técnicas de
estabilização granulométrica, o solo-cimento deu lugar a brita graduada.
Inúmeros elementos podem ser utilizados como estabilizantes químicos. Segundo
Jacques de Medina e Hugo Nicodemo Guida (1996), o ácido fosfórico pode ser usado na
estabilização de solos lateríticos. Nessa pesquisa foram feitos ensaios de laboratório de
estabilização de solos usando oxihidróxidos de ferro e alumínio com ácido fosfórico ( ).
Ambos, materiais encontrados em abundância no território nacional. A análise de uma
amostra de solo latossolo roxo (LL 43%, IP 15%, pass. pen. N°200 70%) e 5% de acido
fosfórico em relação ao peso seco do solo apresentou 4,0 MPa (40kgf/cm²) com 28 dias de
cura húmida. Na composição de custos analisaram que o pavimento semirrígido pode vir a
apresentar um melhor custo em locais com escassez de rocha sã e cascalheiras. A reação
química ao se adicionar fosfato ao solo é a seguinte, sendo a fonte de alumínio o próprio solo:
Al
→Al
A reação forma um produto rígido e insolúvel em água. O mesmo ocorre com o
fosfato e o ferro (fonte de ferro é o próprio solo).
oet ita e o uz o e , rígido e insolúvel em água.
Os resultados obtidos neste experimento, conforme tabela 3, mostram que o aumento
da resistência à compressão simples, quando se passa de 2% para 5% de ácido fosfórico, é de
23
cerca de 100% para energia intermediaria, e 200% para energia normal. Com a mesma
dosagem de ácido 2%, variando apenas a energia de compactação atinge-se 76% da
resistência obtida com 3% de ácido. O uso de aditivos químicos não dispensa o cuidado na
compactação do solo.
Tabela 3 - de resultados compressão
simples com variação na energia de
compactação e porcentagem de
ácido fosfórico.
Rcs (28d.),
Mpa
Hf%, ácido 2% 5%
energia normal 0,75 2,3
energia intermediaria 1,45 2,9
energia modificada 1,75 3,85
Fonte: Jacques de Medina e Hugo Nicodemo Guida (1996)
Foram feitos ensaios com diferentes amostras, conforme tabela 4.
Tabela 4 - de resistência a compressão com
diferentes amostras de solo.
Am.A Am.B Am.C Am.D
Hf=2% 1,5 1,1 1,2 1,5
Hf=5% 4 3 3,5 2,6
Fonte: Jacques de Medina e Hugo Nicodemo Guida (1996)
2.7 Capilaridade
Para Caputo (1977), nos solos a água se eleva através dos vazios entre os grãos pelo
fenômeno capilar, ocorrendo assim uma distribuição da umidade no solo.
Na construção de pavimentos rodoviários, os fenômenos de capilaridade devem ser
levados em conta. Com o excesso de água devido à capilaridade nas estruturas do pavimento,
podemos ter o comprometimento do mesmo.
24
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Materiais
3.1.1 Solo
O solo utilizado foi do tipo A-4, segundo o sistema HRB, coletado no município de
Porto Velho, Rondônia.
3.1.2 Estabilizante Químico
O estabilizante químico utilizado foi o Homy Solo, nas dosagens de 1:1000, 1:1250,
1:1500.
3.1.3 Reagente Químico
3.1.3.1 Cal
A cal usada como reagente químico, foi uma cal hidratada com alto teor de óxido de
cálcio. A dosagem de cal usada foi 2% de cal em relação ao peso seco da amostra seca.
3.1.3.2 Sulfato de Alumínio
Outro reagente usado foi o sulfato de alumínio.
Usamos o sulfato de alumínio utilizado na limpeza de piscinas.
A dosagem usada foi de 1:5000 (indicada pelo Manual de pavimentação DER-SP) em
relação ao peso seco da amostra.
3.2 Métodos
3.2.1 Corpos de Prova
Foram feitos 13 corpos de prova para CBR conforme a tabela 5.
25
Tabela 5 - Corpos de prova cilindro
grande (CBR)
CP
Dosagem
estabilizante Reagente
1 1:1000 Sulfato de alumínio
2 1:1000 Sulfato de alumínio
3 1:1250 Sulfato de alumínio
4 1:1250 Sulfato de alumínio
5 1:1500 Sulfato de alumínio
6 1:1500 Sulfato de alumínio
7 1:1000 Cal
8 1:1000 Cal
9 1:1250 Cal
10 1:1250 Cal
11 1:1500 Cal
12 1:1500 Cal
13 0 0
Fonte: Autor (2014)
Foram feitos 4 corpos de prova para o ensaio de capilaridade. As dosagens de
estabilizante químico são apresentadas conforme a tabela 6 abaixo.
Tabela 6 - Corpos
de prova cilindro
pequeno (Proctor)
CP Dosagem
14 0
15 1:1000
16 1:1250
17 1:1500
Fonte: Autor (2014)
O único reagente usado na confecção dos corpos de prova 15, 16 e 17 foi o sulfato de
alumínio. O corpo de prova 14 foi feito com solo natural.
26
3.2.2 Caracterização do Solo
Existem vários parâmetros de classificação dos solos. Os mais utilizados são, o
sistema H.R.B. (Haghway Research System) ou sistema AASHTO e o Sistema Unificado de
Classificação.
a) H.R.B. ou AASHTO
Os solos são classificados em 7 classes e subdivididos em 11 grupos. São divididos de
acordo com a sua granulometria e plasticidade, conforme tabela 7.
Tabela 7 – Sistema de classificação H.R.B.-AASHTO
Fonte: DNER 1996.
b) Sistema Unificado de Classificação
Tendo como objetivo inicial a aplicação na classificação de solos em obras de
aeroportos, o sistema unificado de classificação de solos teve seu uso generalizado e é
principalmente usado por engenheiros geotécnicos.
No sistema unificado de classificação, os solos são divididos em 3 principais grupos
(CAPUTO,1996), conforme tabela 8:
27
a) Solos grossos: mais que 50% em peso retido na peneira número 200.
b) Solos finos: menos que 50% em peso são retidos na peneira número 200.
c) Trufas: solos altamente orgânicos, geralmente fibrilares e extremamente
compressíveis.
Tabela 8 - Sistema unificado de classificação dos solos
Classificação
geral Tipos Símbolos
solos grossos
pedregulho ou solos
pedregulhosos
GW, GP, GM
e GC
areias ou solos arenosos
SW, SP, SM e
SC
solos finos siltosos ou argilosos ML, CL e OL
MH, CH e OH
solos orgânicos trufas Pt
Fonte: CAPUTO, 1996
G-Gravel
S-Sand
C-Clay
W-Well Graded
P-Poorly Graded
M-Mo
O-Organic
L-Low
H-High
Pt- Peat
3.2.3 Limite de Liquidez
O ensaio de determinação do limite de liquidez (LL) é descrito pela NBR 6459 1984.
Para a realização do ensaio de determinação do limite de liquidez é necessário um aparelho
conhecido como Casagrande, conforme o descrito na NBR 6459 1984. Após a
homogeneização da amostra de solo preparada conforme a NBR 6457:1986, o material deve
ser posto no aparelho Casagrande e ser submetido a 35 golpes. A rachura feita no material
deve se fechar. Então coleta-se uma amostra do material para determinação da umidade.
Repetimos a operação, buscando o fechamento da rachadura, utilizando entre 15 a 35 golpes.
28
Com os resultados traçamos um gráfico e determinamos o limite de liquidez, sendo o
teor de umidade correspondente a 25 golpes.
3.2.4 Limite de Plasticidade
O ensaio é feito conforme a NBR 7180:1984. Depois da homogeneização da amostra
de solo, separa-se 10g do material e se faz uma pequena bolinha, rolando-se o material no
vidro com a palma da mão até se formar um cilindro de 3mm. Ao se fragmentar o cilindro de
3mm de diâmetro e 100mm de comprimento, guardamos o material em um recipiente
adequado para a determinação da umidade do mesmo. O processo deve ser repetido, no
mínimo, 3 vezes. O resultado é a média de pelo menos 3 amostras satisfatórias. O resultado
deve ser expresso em porcentagem.
3.2.5 Ensaio de compactação
Os ensaios de compactação são feitos de acordo com a NBR 7182/1986 ensaio de
compactação. Para a confecção dos corpos de prova podemos usar 2 tipos de cilindro,
conforme figuras 5 e 6: o cilindro metálico pequeno (cilindro de Proctor) ou o cilindro
metálico grande (cilindro de CBR). Também são 2 os soquetes usados para a compactação do
material: o soquete pequeno e o soquete grande.
Figura 5: Cilindro pequeno, Proctor.
Fonte: Autor (2014).
COLARINHO
MOLDE CILÍNDRICO
29
Figura 6: Cilindro grande, CBR.
Fonte: Autor (2014)
As energias de compactação são apresentadas na tabela 9 abaixo:
Tabela 9 - Energia de compactação
Cilindro Características inerentes a
cada energia de compactação
Energia
Normal Intermediaria Modificada
Pequeno
soquete Pequeno Grande Grande
Número de camadas 3 3 5
Número de golpes por camada 26 21 27
Grande
soquete Grande Grande Grande
Número de camadas 5 5 5
Número de golpes por camada 12 26 55
Altura do disco espaçador
(mm) 63,5 63,5 63,5
Fonte: NBR 7182:1986
3.2.5.1 Cálculos do ensaio
Os cálculos que a NBR 7182/1982 traz são:
30
a) Determinar a massa especifica aparente seca
Onde:
massa específica aparente seca, em g/cm³
Ph=peso úmido do solo compactado em g
V=volume útil do molde cilíndrico, em cm³
h=teor de umidade do solo compactado, em %
b) Para determinar a curva de saturação:
Onde:
massa específica aparente seca, em g/cm³
S=grau de saturação, igual a 100%
h=teor de umidade arbitrado na faixa de interesse, em %
δ=massa es ecifica os g ãos o solo
δa=massa es ecifica a água, em g/cm
3.2.6 Ensaio de CBR
O ensaio é descrito na NBR 9895:1987. Utilizando o cilindro grande, o solo é
compactado em umidade ótima, depois imerso em água por 4 dia. Neste período são feitas as
medidas da expansão do material. Após o período de saturação, o corpo de prova é retirado da
água e é então realizado o ensaio de penetração.
O ISC será obtido com essa fórmula:
x100
31
O índice de suporte Califórnia, é definido em porcentagem em relação a resistência de
uma brita de ótima qualidade da Califórnia, considerada ideal para ser usada como material de
base de pavimento rodoviário.
32
4 ANÁLISE DOS DADOS
4.1 Ensaios de Caracterização do Solo
Para a caracterização do solo, foi feito o uso do sistema de classificação H.R.B.
Primeiramente foi feita a análise granulométrica. Depois o limite de liquides (LL) e o
limite de plasticidade (LP). Com isso foi determinado o IP.
Na tabela 10 vemos os resultados da analise granulométrica, na tabela 11 são
apresentados os ensaios físicos da amostra.
Tabela 10 - análise granulométrica
umidade higroscópica peneiramento grosso
Capsula 59 18 Peneiras Peso da amostra seca % que
passa da
amostra Solo úmido + tara 96,69 92,85 n° mm Retido Passado
Solo seco + tara 95,68 91,88 2" 50
Tara de capsula 28,98 27,62
1
1/2" 38
Água 1,01 0,97 1" 25
988,08 100
Solo seco 66,7 64,26 3/4" 19 72,84 915,246 92,62
Teor de umidade 1,514% 1,509% 3/8" 9,5 51,09 864,15 87,46
Umidade média 1,512% 4" 4,8 45,3 818,85 82,87
10" 2 29,85 789 79,85
Amostra total seca
Amostra total
úmida 1000
Recipiente n°
714
Peso da amostra úmida
Solo seco retido na
peneira n° 10 199,08 peneiras
P. da amostra
seco
Percentagem que passa
da
Solo passado na
peneira n° 10 800,92 n° mm Retido Passado am parcial am total
Solo seco passado
na peneira 10 789 10 2
98,51
Amostra total seca 988,08 40 0,42 2,71 95,8 97,25 77,65
200 0,075 12,65 83,15 84,41 67,4
270 0,053
Fonte: autor (2014)
33
Tabela 11 - ensaios físicos
Limite de Liquidês Limite de Platicidade
Cápsula n° 145 133 111 142 126 75 79 80 115 134
Cápsula + solo
únido 20,63 19,84 20,54 21,75 17,57 12,31 11,99 11,92 11,95 11,77
Cápsula + solo
seco 18,95 18,29 18,73 19,54 16,18 12,16 11,82 11,74 11,78 11,59
Peso da cápsula 10,52 10,95 10,68 10,02 10,6 10,98 10,61 10,47 10,6 10,37
Peso da água 1,68 1,55 1,81 2,21 1,39 0,15 0,17 0,18 0,17 0,18
Peso do solo seco 8,43 7,34 8,05 9,52 5,58 1,18 1,21 1,27 1,18 1,22
Percentagem de
água 19,93% 21,12% 22,48% 23,21% 24,91% 12,71% 14,05% 14,17% 14,41% 14,75%
N° de pancadas 50 42 30 23 9 N° de pontos aproveitados: 4
Fonte: autor (2014)
De acordo com o sistema H.R.B. o material do solo é do tipo siltoso do grupo A-4, e
sua classificação como subleito é de regular a mau.
4.2 Ensaio de Compactação
Com a realização do ensaio de compactação foi determinada a umidade ótima do solo.
Este ensaio foi feito com o solo natural, sendo ensaiadas 5 amostras de solo para a
determinação da umidade ótima. Os resultados encontrados são apresentados no gráfico a
seguir.
34
A umidade ótima foi determinada com o valor 12,6%.
4.3 Ensaio de CBR
Foram feitos ensaios de CBR com diferentes dosagens de estabilizante químico.
Foram usados dois tipos diferentes de reagentes químicos, o sulfato de alumínio e a cal. O
sulfato de alumínio utilizado é o mesmo usado no tratamento de água. A cal utilizada é uma
cal com alto teor de oxido de cálcio (98%).
O ensaio foi feito com um cilindro metálico grande, de acordo com a NBR 7182. O
soquete utilizado foi o soquete grade. O solo foi compactado em 5 camadas com 26 golpes em
cada camada (energia intermediária)
4.3.1 Ensaio de CBR com solo natural
Foi feio um ensaio com solo natural para ser usado como parâmetro de análise dos
ensaios de CBR subsequentes. O corpo de prova usado foi o numero 13 conforme a tabela 7, a
energia de compactação foi a intermediaria.
A tabela 12 contem os resultados do ensaio de penetração.
1,74
1,76
1,78
1,8
1,82
1,84
1,86
1,88
1,9
8 10 12 14 16 18
Den
sid
ad
e
Úmidade
35
Tabela 12 - ensaio de penetração CP 13
PENETRAÇÃO Leitura do
manômetro
Pressão - kg/cm²
tempo Pol mm Determinada Padrão %
30s 0,025 0,63 10 1,1
1 mim 0,05 1,27 18 1,98
2 mim 0,1 2,54 40 4,4 70 6,241
4 mim 0,2 5,08 80 8,8 105 8,355
6 mim 0,3 7,62 110 12,1 133
8 mim 0,4 10,16 135 14,85 161
10 mim 0,5 12,7 182
Fonte: Autor (2014)
O gráfico abaixo indica a curva de pressão – penetração
A resistência atingida pelo solo sem estabilizante químico, compactado com energia
intermediaria, foi de 8,35% (CBR). Esse solo em seu estado natural não é adequado para ser
usado como material de construção de rodovias pavimentadas, podendo ser usado apenas no
subleito.
4.3.2 Ensaios de CBR com estabilizante químico e sulfato de alumínio
Foram realizados 6 ensaios com 3 dosagens diferentes de estabilizante químico. Os
corpos de prova utilizados foram 1, 2, 3, 4, 5 e 6. As dosagens utilizadas foram 1:1000,
1:1250 e 1:1500 (em relação ao peso seco da amostra). O reagente químico, sulfato de
alumínio, foi usado conforme as especificações do Manual de Pavimentação DER-SP, sempre
usar a dosagem 1:5000 (em relação ao peso seco da amostra).
As tabelas 13, 14, 15, 16, 17 e 18 contem os dados obtidos nos ensaios de CBR.
0
5
10
15
20
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45
Pre
ssã
o e
m K
g/c
m²
Penetração em polegadas
Curva pressão - penetração CBR=8,35%
36
Tabela 13 - Ensaio de penetração com CP 1, 1:1000 estabilizante químico,
1:5000 sulfato de alumínio
PENETRAÇÃO Leitura do
manômetro
Pressão – kg/cm²
tempo Pol mm determinada Padrão %
30s 0,025 0,63 25 2,75
1 mim 0,05 1,27 50 5,5
2 mim 0,1 2,54 105 11,55 70 16,383
4 mim 0,2 5,08 192 21,12 105 20,051
6 mim 0,3 7,62 228 25,08 133
8 mim 0,4 10,16 250 27,5 161
10 mim 0,5 12,7 182
Fonte: Autor (2014)
Tabela 14 - Ensaio de penetração com CP 2, 1:1000 estabilizante químico,
1:5000 sulfato de alumínio
PENETRAÇÃO Leitura do
manômetro
Pressão - kg/cm²
tempo Pol mm determinada Padrão %
30s 0,025 0,63 25 2,75
1 mim 0,05 1,27 45 4,95
2 mim 0,1 2,54 80 8,8 70 12,482
4 mim 0,2 5,08 161 17,71 105 16,814
6 mim 0,3 7,62 220 24,2 133
8 mim 0,4 10,16 240 26,4 161
10 mim 0,5 12,7 182
Fonte: Autor (2014)
05
1015202530
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5Pre
ssã
o e
m k
g/c
m²
Penetração em polegadas
Curva pressão - penetração CBR=20,05%
37
Tabela 15 - Ensaio de penetração com CP 3, 1:1250 estabilizante químico,
1:5000 sulfato de alumínio
PENETRAÇÃO Leitura do
manômetro
Pressão - kg/cm²
tempo Pol mm determinada Padrão %
30s 0,025 0,63 25 2,75
1 mim 0,05 1,27 45 4,95
2 mim 0,1 2,54 92 10,12 70 14,355
4 mim 0,2 5,08 193 21,23 105 20,156
6 mim 0,3 7,62 260 28,6 133
8 mim 0,4 10,16 320 35,2 161
10 mim 0,5 12,7 182
Fonte: Autor (2014)
0
5
10
15
20
25
30
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
Pre
ssã
o e
m k
g/c
m²
Penetração em polegadas
Curva pressão - penetração
05
10152025303540
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
Pre
ssã
o e
m k
g/c
m²
Penetração em polegadas
Curva pressão - penetração
CBR=16,81%
CBR=20,17
%
38
Tabela 16 - Ensaio de penetração com CP 4, 1:1250 estabilizante químico,
1:5000 sulfato de alumínio
PENETRAÇÃO Leitura do
manômetro
Pressão - kg/cm²
tempo Pol mm determinada Padrão %
30s 0,025 0,63 20 2,2
1 mim 0,05 1,27 40 4,4
2 mim 0,1 2,54 72 7,92 70 11,234
4 mim 0,2 5,08 150 16,5 105 15,665
6 mim 0,3 7,62 170 18,7 133
8 mim 0,4 10,16 0 161
10 mim 0,5 12,7 182
Fonte: Autor (2014)
Tabela 17 - Ensaio de penetração com CP 5, 1:1500 estabilizante químico,
1:5000 sulfato de alumínio
PENETRAÇÃO Leitura do
manômetro
Pressão - kg/cm²
tempo Pol mm determinada Padrão %
30s 0,025 0,63 14 1,54
1 mim 0,05 1,27 23 2,53
2 mim 0,1 2,54 46 5,06 70 7,177
4 mim 0,2 5,08 90 9,9 105 9,399
6 mim 0,3 7,62 125 13,75 133
8 mim 0,4 10,16 148 16,28 161
10 mim 0,5 12,7
182
Fonte: Autor (2014)
0
5
10
15
20
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35Pre
ssão e
m k
g/c
m²
Penetração em polegadas
Curva pressão - penetração
0
5
10
15
20
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5Pre
ssã
o e
m k
g/c
m²
penetração em polegadas
Curva pressão - penetração
CBR=15,67%
CBR=9,40%
39
Tabela 18 - Ensaio de penetração com CP 6, 1:1500 estabilizante químico,
1:5000 sulfato de alumínio
PENETRAÇÃO Leitura do
manômetro
Pressão - kg/cm²
tempo Pol mm determinada Padrão %
30s 0,025 0,63 22 2,42
1 mim 0,05 1,27 42 4,62
2 mim 0,1 2,54 96 10,56 70 14,979
4 mim 0,2 5,08 142 15,62 105 14,830
6 mim 0,3 7,62 160 17,6 133
8 mim 0,4 10,16 195 21,45 161
10 mim 0,5 12,7
182
Fonte: Autor (2014)
Mesmo com a adição do estabilizante químico, o solo, quando usado o reagente
sulfato de alumínio, não apresenta CBR adequado para seu uso como material de construção
de base rodoviária.
4.3.3 Ensaios de CBR com estabilizante químico e cal
De acordo com o Manual de Pavimentação DER-SP , quando a cal for usada como
reagente químico a dosagem recomendada deve estar entra 1% à 3% (em relação ao peso seco
da amostra).
Foram feitos 6 ensaios com 3 dosagens diferentes de estabilizante químico, conforme
tabelas 19, 20, 21, 22, 23 e 24. As dosagens utilizadas foram 1:1000, 1:1250 e 1:1500. A
dosagem de cal foi 2%.
0
5
10
15
20
25
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5Pre
ssã
o e
m k
g/c
m²
Penetração em polegadas
Curva pressão - penetração CBR=14,98%
40
As tabelas abaixo contem os dados obtidos nos ensaios de CBR.
Tabela 19 - Ensaio de penetração com CP 7, 1:1000 estabilizante químico,
2% cal
PENETRAÇÃO Leitura do
manômetro
Pressão - kg/cm²
tempo Pol mm determinada Padrão %
30s 0,025 0,63 45 4,95
1 mim 0,05 1,27 87 9,57
2 mim 0,1 2,54 212 23,32 70 33,078
4 mim 0,2 5,08 500 55 105 52,217
6 mim 0,3 7,62 630 69,3 133
8 mim 0,4 10,16 720 79,2 161
10 mim 0,5 12,7
182
Fonte: Autor (2014)
Tabela 20 - Ensaio de penetração com CP 8, 1:1000 estabilizante químico,
2% cal
PENETRAÇÃO Leitura do
manômetro
Pressão - kg/cm²
tempo Pol mm determinada Padrão %
30s 0,025 0,63 35 3,85
1 mim 0,05 1,27 70 7,7
2 mim 0,1 2,54 220 24,2 70 34,326
4 mim 0,2 5,08 570 62,7 105 59,527
6 mim 0,3 7,62 700 77 133
8 mim 0,4 10,16 800 88 161
10 mim 0,5 12,7 182
Fonte: Autor (2014)
0102030405060708090
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5Pre
ssã
o e
m k
g/c
m²
Penetração em polegadas
Curva pressão - penetração CBR=52,22%
41
Tabela 21 - Ensaio de penetração com CP 9, 1:1250 estabilizante químico,
2% cal
PENETRAÇÃO Leitura do
manômetro
Pressão - kg/cm²
tempo Pol mm determinada Padrão %
30s 0,025 0,63 32 3,52
1 mim 0,05 1,27 66 7,26
2 mim 0,1 2,54 210 23,1 70 32,766
4 mim 0,2 5,08 565 62,15 105 59,005
6 mim 0,3 7,62 690 75,9 133
8 mim 0,4 10,16 820 90,2 161
10 mim 0,5 12,7 182
Fonte: Autor (2014)
Tabela 22 - Ensaio de penetração com CP 10, 1:1250 estabilizante químico,
2% cal
PENETRAÇÃO Leitura do
manômetro
Pressão - kg/cm²
tempo Pol mm determinada Padrão %
30s 0,025 0,63 35 3,85
1 mim 0,05 1,27 70 7,7
2 mim 0,1 2,54 190 20,9 70 29,645
4 mim 0,2 5,08 500 55 105 52,217
6 mim 0,3 7,62 650 71,5 133
8 mim 0,4 10,16 770 84,7 161
10 mim 0,5 12,7
182
0102030405060708090
100
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
Pre
ssã
o e
m k
g/c
m²
Penetração em polegadas
Curva pressão - penetração
0102030405060708090
100
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5Pre
ssã
o e
m K
g/c
m²
Penetração em polegadas
Curva pressão - penetração
CBR=59,53%
CBR=59,01%
42
Fonte: Autor (2014)
Tabela 23 - Ensaio de penetração com CP 11, 1:1500 estabilizante químico,
2% cal
PENETRAÇÃO Leitura do
manômetro
Pressão - kg/cm²
tempo Pol mm determinada Padrão %
30s 0,025 0,63 50 5,5
1 mim 0,05 1,27 110 12,1
2 mim 0,1 2,54 250 27,5 70 39,007
4 mim 0,2 5,08 550 60,5 105 57,439
6 mim 0,3 7,62 685 75,35 133
8 mim 0,4 10,16 780 85,8 161
10 mim 0,5 12,7 182
Fonte: Autor (2014)
0102030405060708090
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5Pre
ssã
o e
m K
g/c
m²
Penetração em polegadas
Curva pressão - penetração
0102030405060708090
100
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5Pre
ssã
o e
m K
g/c
m²
Penetração em polegadas
Curva pressão - penetração
CBR=52,22%
CBR=57,44%
43
Tabela 24 - Ensaio de penetração com CP 12, 1:1500 estabilizante químico,
2% cal
PENETRAÇÃO Leitura do
manômetro
Pressão - kg/cm²
tempo Pol mm determinada Padrão %
30s 0,025 0,63 50 5,5
1 mim 0,05 1,27 100 11
2 mim 0,1 2,54 220 24,2 70 34,326
4 mim 0,2 5,08 520 57,2 105 54,306
6 mim 0,3 7,62 680 74,8 133
8 mim 0,4 10,16 760 83,6 161
10 mim 0,5 12,7 182
Fonte: Autor (2014)
Quando o reagente químico usado é a cal, o CBR do solo tem uma significativa
melhora, podendo ser usado como sub-base. O aumento registrado com o uso da cal como
reagente e o estabilizante químico foi superior a 100%.
4.3.4 Comparação das resistências obtidas
A analise dos resultados obtidos no ensaios de CBR dos corpos de prova será feita
com o uso de gráficos.
0102030405060708090
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
Pre
ssã
o e
m K
g/
Penetração em polegadas
Curva pressão - penetração CBR=54,31%
44
Percebe-se que conforme a quantidade de estabilizante químico aumenta, a resistência
do solo aumenta. Não ocorre um aumento linear. A resistência máxima atingida foi de 20%.
Os ensaios realizados utilizando a cal como reagente químico mostraram resultados
mais satisfatórios. E também mostram uma constância nos resultados, o que nos leva a
relacionar a cal com a resistência obtida.
Natural
1:1500
1:1500 1:1250
1:1250
1:1000
1:1000
0
5
10
15
20
25
CB
R
Sulfato de alumínio
Natural
1:1500 1:1500
1:1250
1:1250 1:1000
1:1000
0
10
20
30
40
50
60
70
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Cal
45
Percebemos que a estabilização química usando cal como reagente químico apresenta
resultados superiores aos encontrados com a utilização de sulfato de alumino como reagente
químico.
A tabela 28 contem as resistências de todos os corpos de prova.
Tabela 25 - CBR
CP CBR
1 20,051
2 16,81
3 20,156
4 15,665
5 9,399
6 14,979
7 52,217
8 59,527
9 59,005
10 53,221
11 57,439
12 54,306
13 8,335
Fonte:Autor(2014)
1:1500
1:1500
1:1250
1:1250 1:1000
1:1000
Natural 1:1500
1:1500 1:1250
1:1250
1:1000 1:1000
0
10
20
30
40
50
60
70C
BR
Comparação de resistências
Cal
Sulfato de alumínio
46
4.4 Ensaio de capilaridade
Para o ensaio de capilaridade foram feitos 4 corpos de prova, sendo 1 corpo de prova
feito com solo natural e 3 com estabilizante químico. O estabilizante químico usado foi o
sulfato de alumínio. Os corpos de prova foram moldados em um cilindro metálico pequeno
(cilindro de Proctor) e compactados com energia intermediária, 21 golpes com soquete
grande.
As tabelas 26, 27 e 28 contem os dados do ensaio de capilaridade.
Tabela 26 - Analisa da capilaridade (120 segundos)
Tempo
(segundo) Natural
Dosagem do estabilizante
1:1000 1:1250 1:1500
15 0,5 0,2 0,4 0,4
30 0,8 0,4 0,4 0,6
60 1,2 0,5 0,6 1
120 1,9 0,7 1,5 1,7
Altura (cm)
Fonte: Autor (2014)
Tabela 27 - Análise da capilaridade (30 minutos)
Tempo
(minuto) Natural
Dosagem do estabilizante
1:1000 1:1250 1:1500
4 2,5 1,3 2 2,1
8 3,5 1,4 2,1 2,3
16 4,3 1,5 2,1 2,5
30 4,6 1,7 2,2 2,7
Altura (cm)
Fonte: Autor (2014)
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
1,8
2
1 2 3 4
Alt
ura
da
águ
a (c
m)
Tempo
1:1000
1:1250
1:1500
Natural
47
Tabela 28 - Analisa da capilaridade (24 horas)
Tempo (hora) Natural Dosagem do estabilizante
1:1000 1:1250 1:1500
1 5,2 1,7 2,2 3
2 6,3 1,7 2,3 3
4 7,4 1,7 2,3 3,1
8 8,5 1,7 2,3 3,1
24 11 2 2,4 4
Altura (cm) Fonte: Autor (2014)
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
1 2 3 4
Alt
ura
da
águ
a (c
m)
Tempo
1:1000
1:1250
1:1500
Natural
0
2
4
6
8
10
12
1 2 3 4 5
Alt
ura
da
águ
a (c
m)
Tempo
1:1000
1:1250
1:1500
Natural
48
De acordo com as tabelas anteriores foram gerados os gráficos que mostram a altura
atingida pela água através da capilaridade no decorre do tempo.
Os resultados do ensaio de capilaridade foram satisfatórios. O estabilizante químico,
juntamente com o reagente (sulfato de alumínio) obtiveram grande atuação, impossibilitando
o processo de capilaridade entre as partículas de solo quase que completamente. Isso garante
uma maior resistência da via rodoviária aos períodos de chuva, impossibilitando a água de
interferir na resistência das bases do pavimento.
Para uma melhor análise entre os resultados obtidos será apresentado um gráfico em
escala logarítmica de base 10. Sendo o eixo X referente ao tempo e o Y referente a altura a
qual a água alcançou através da capilaridade.
0
2
4
6
8
10
12
10 100 1000 10000 100000
Alt
ura
(cm
)
Tempo (segundos)
Nautural
1:1000
1:1250
1:1500
49
Fotografia 1 - Ensaio de capilaridade ao final dos primeiros 30 minutos.
Fonte: Autor (2014).
Fotografia 2 - Ensaio de capilaridade ao final de 24horas.
Fonte: Autor (2014).
50
5 CONCLUSÃO E SUGESTÕES
O solo coletado em Porto Velho, Rondônia, classificado como A-4, não possui
qualidade para atender as especificações do DNIT para ser usado como material de construção
de bases rodoviárias.
O estabilizante químico Homy Solo, quando usado com sulfato de alumínio como
reagente, não conseguiu melhorar a resistência do solo o suficiente para usá-lo como material
de construção de bases rodoviárias. O mesmo estabilizante, quando usado com a cal como
reagente, consegue atender as especificações do DNIT para a construção de sub-base, sendo a
maior resistência nesse caso 59,21% do CBR, 709,1% maior do que a resistência do solo
natural (8,35%).
Analisando os dados obtidos em laboratório, concluímos que a estabilização química
pode ser uma solução satisfatória para a construção de sub-base.
O ensaio de capilaridade foi satisfatório, validando o uso do estabilizante químico
homy solo com sulfato de alumínio como reagente químico para o uso em obras onde o fator
de capilaridade deve ser analisado com mais cuidado (represas, cortes de terra, escavações...).
Sugere-se que estes ensaios sejam realizados com diferentes estabilizantes, buscando
ampliar um banco de dados que possibilite a correção de solos de qualidade baixa. Os
resultados obtidos com o uso da cal foram superiores, isso leva a acredita que o uso de cal e
Cimento Portland em concentrações mais elevadas deve ser testado.
51
REFERÊNCIAS
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