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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ TIAGO NEUENFELDT Trabalho de Estágio DIAGNÓSTICO DA SATISFAÇÃO DOS CONSUMIDORES E COMPRADORES ORGANIZACIONAIS DO SUPERMERCADO FRUIT NEWS E DOS PRODUTOS DA HORTA: UMA ANÁLISE COM BASE NA ESCALA RSQ ITAJAÍ 2011

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ TIAGO NEUENFELDT

Trabalho de Estágio DIAGNÓSTICO DA SATISFAÇÃO DOS CONSUMIDORES E COMPRADORES

ORGANIZACIONAIS DO SUPERMERCADO FRUIT NEWS E DOS PRODUTOS DA

HORTA: UMA ANÁLISE COM BASE NA ESCALA RSQ

ITAJAÍ 2011

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TIAGO NEUENFELDT

Trabalho de Estágio DIAGNÓSTICO DA SATISFAÇÃO DOS

CONSUMIDORES E DOS COMPRADORES ORGANIZACIONAIS DO SUPERMERCADO

FRUIT NEWS E DOS PRODUTOS DA HORTA: UMA ANÁLISE COM BASE NA

ESCALA RSQ

Trabalho de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão da Universidade do Vale do Itajaí. Orientadora: Cristina P.V. Balsini

ITAJAÍ, 2011

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Agradeço primeiramente a Deus,

pelo dom da Vida, por ter me dado a chance de ser aquilo que escolhi e para isto vou prometer ser digno a

minha profissão e ser consciente das minhas responsabilidades.

Aos meus pais, Ademar e Dolores, e

meu irmão Diego, por terem acreditado em mim, por terem me

apoiado e por muitas vezes terem se sacrificado para me dar tudo o que

precisei.

A minha esposa Nádia, que com sua presença amorosa, tem

compartilhado vários momentos durante esta caminhada, pelos seus

inúmeros puxões de orelha, que sempre serviam como incentivo.

Ao meu bebê Murilo que está a caminho esperando o papai se

formar para vir a este mundo.

Agradeço a minhas amigas Silvana, Nádia e Yolanda, pelo

companheirismo, dignidade, carinho e amizade que jamais será

esquecido.

Aos professores que desempenharam com dedicação as

aulas ministradas.

A minha orientadora Cristina, por aceitar fazer parte desta caminhada,

trazendo contribuições para o enriquecimento desse estudo.

É difícil agradecer todas as pessoas que de algum modo nos momentos serenos ou apreensivos, fizeram ou fazem parte da minha vida, por isso

o meu MUITO OBRIGADO Á TODOS.

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“Chame o sucesso para fazer parte de sua vida. Acredite no seu

potencial criador, seja inovador, treine para vencer, estipule metas e, principalmente, lute por seus ideais”.

(Flávio Souza)

“O Senhor é meu Pastor, e nada me faltará”.

(Salmo 23:1)

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário Tiago Neuenfeldt b) Área de estágio Administração Mercadológica c) Orientador de conteúdo Prof. Cristina Pereira Vecchio Balsini d) Supervisor de campo Diego Neuenfeldt e) Responsável pelo Estágio Prof. Eduardo Krieger da Silva

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

a) Razão Social Supermercado Fruit News LDTA ME b) Endereço Rua Vidal Hermes, s/nº. Térreo – Bairro: Vila do Salto – Cidade: Luis Alves - SC c) Setor de Desenvolvimento do Estágio Satisfação de Clientes d) Duração do estágio Mais de 300 horas e) Nome e cargo do supervisor de campo Diego Neuenfeldt – Auxiliar Administrativo f) Carimbo e visto da organização

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RESUMO

Todas as organizações devem levar em conta o comportamento do seu público para melhor atendê-lo, visando á melhoria e maior satisfação dos clientes, por isso as empresas necessitam analisar um pouco mais o processo que leva os consumidores a comprar determinados produtos, suas necessidades, seus desejos e as tendências de que levam a consumir. Esta pesquisa de estágio teve como principal objetivo diagnosticar a satisfação dos compradores organizacionais e clientes da empresa supermercado Fruit News e da empresa Produtos da horta. E como objetivos específicos identificar o perfil dos compradores e clientes, avaliar a satisfação, averiguar a lealdade, apresentar os pontos fortes e fracos e sugerir ações para melhoria das empresas. Para o levantamento dos dados utilizou-se uma pesquisa quantitativa realizada por meio de questionários com 125 clientes do supermercado e 33 compradores organizacionais Produtos da Horta, com base na escala RSQ (Retail Service Quality) Qualidade de Serviços no Varejo na qual foram analisadas seis dimensões propostas por Dabholkar, Thorpe e Rentz (1996) sendo elas: aspectos físicos, confiança, interação pessoal, soluções de problemas, políticas internas e a lealdade. Os dados foram analisados com base na estatística descritiva e os resultados demonstraram que os consumidores e compradores organizacionais estão satisfeitos com a prestação de serviços do supermercado e Produtos da Horta.

PALAVRAS-CHAVES: Marketing, qualidade e satisfação.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Funções Administrativas. ........................................................................... 23

Figura 2: Composto de marketing e suas subdivisões. ............................................. 28

Figura 3: Processo de compra do consumidor .......................................................... 34

Figura 4: Qualidade do serviço prestado x qualidade do produto associado ............ 46

Figura 5: Organograma ............................................................................................. 56

Figura 6: Foto externa Supermercado Fruit News ..................................................... 68

Figura 7: Foto interna ................................................................................................ 68

Figura 8: Foto interna ................................................................................................ 69

Figura 9: Foto plantações hortaliças ......................................................................... 69

Figura 10 – Foto plantações hortaliças ..................................................................... 70

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 1: Gênero dos Compradores Organizacionais Produtos da Horta ................ 71

Gráfico 2: Anos de mercado ...................................................................................... 72

Gráfico 3: Escolaridade ............................................................................................. 72

Gráfico 4: Média da renda mensal ............................................................................ 73

Gráfico 5: Freqüência de compra dos compradores organizacionais. ....................... 73

Gráfico 6: Gasto por mês em compras ...................................................................... 74

Gráfico 7: Se adquire verduras de outras empresas ................................................. 74

Gráfico 8: Concorrentes ............................................................................................ 75

Gráfico 9: Motivo pela compra ................................................................................... 75

Gráfico 10: Gênero dos clientes do Supermercado Fruit News ................................ 76

Gráfico 11: Idade dos entrevistados .......................................................................... 77

Gráfico 12: Escolaridade ........................................................................................... 77

Gráfico 13: Renda Familiar........................................................................................ 78

Gráfico 14: Freqüência aos supermercados.............................................................. 78

Gráfico 15: Média do gasto mensal no Fruit News .................................................... 79

Gráfico 16: Concorrentes .......................................................................................... 79

Gráfico 17: Motivo de compra no Fruit News ............................................................ 80

Gráfico 18: Média Geral das dimensões da empresa Produtos da Horta ................. 89

Gráfico 19: Média Geral das dimensões do Supermercado Fruit News .................... 90

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1: Elaboração dos Instrumentos de Coleta ................................................... 19

Quadro 2: Comparação entre compradores organizacionais e consumidores. ......... 32

Quadro 3: Funções do administrador de varejo. ....................................................... 42

Quadro 4: Principais fornecedores ............................................................................ 66

Quadro 5: Principais fornecedores Supermercado Fruit News. ................................. 66

Quadro 6: Concorrentes Produtos da Horta .............................................................. 67

Quadro 7: Concorrentes Supermercado Fruit News ................................................. 67

Quadro 8: Pontos fortes ............................................................................................ 91

Quadro 9: Pontos fracos ........................................................................................... 92

Quadro 10: Sugestões de melhorias ......................................................................... 93

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Resultados da Dimensão Aspectos Físicos .............................................. 81

Tabela 2: Resultados da Dimensão Confiança ......................................................... 82

Tabela 3: Resultados da Dimensão Interação pessoal ............................................. 84

Tabela 4: Resultados da Dimensão Soluções de Problemas .................................... 85

Tabela 5: Resultados da Dimensão Políticas Internas .............................................. 86

Tabela 6: Resultados da Dimensão Lealdade ........................................................... 88

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 13

1.1 Objetivo geral ...................................................................................................... 14

1.2 Objetivos específicos .......................................................................................... 15

1.3 Justificativa da realização do estudo ................................................................... 15

1.4 Aspectos metodológicos ...................................................................................... 16

1.5 Técnicas de coleta e análise dos dados .............................................................. 18

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................... 21

2.1 Administração ...................................................................................................... 21

2.2 Marketing ............................................................................................................. 25

2.2.1 Composto de Marketing ................................................................................... 27

2.2.2 Marketing de serviços....................................................................................... 29

2.3 Compradores Organizacionais ............................................................................ 31

2.4 Consumidor ......................................................................................................... 33

2.5 Origens da Satisfação do Cliente ........................................................................ 35

2.5.1 Satisfação do Cliente ....................................................................................... 36

2.6 Varejo .................................................................................................................. 40

2.7 Qualidade Percebida de Serviço (QPS) .............................................................. 45

2.8 Escala RSQ ......................................................................................................... 47

2.9 Lealdade .............................................................................................................. 49

2.10 Empresa Familiar .............................................................................................. 50

3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ......................................................... 52

3.1 Histórico da empresa Produtos da Horta............................................................. 52

3.1.1 Histórico Supermercado Fruit News ................................................................. 53

3.2 Missão ................................................................................................................. 54

3.3 Visão ................................................................................................................... 55

3.4 Organograma ...................................................................................................... 55

3.5 Hortaliças ............................................................................................................ 56

3.5.1 Construção dos Canteiros ................................................................................ 57

3.5.2 Semeadura Direta e Transplantio de Mudas .................................................... 57

3.6 Descrição dos Principais Produtos da empresa Produtos da Horta ................... 58

3.6.1 Alface ............................................................................................................... 59

3.6.2 Agrião ............................................................................................................... 59

3.6.3 Brócolos ........................................................................................................... 60

3.6.4 Cebolinha Verde ............................................................................................... 60

3.6.5 Couve de Folhas .............................................................................................. 61

3.6.6 Couve Chinesa ................................................................................................. 61

3.6.7 Couve Flor ........................................................................................................ 62

3.6.8 Espinafre .......................................................................................................... 62

3.6.9 Pepino .............................................................................................................. 63

3.6.10 Pimentão ........................................................................................................ 63

3.6.11 Rabanete ........................................................................................................ 64

3.6.12 Repolho .......................................................................................................... 64

3.6.13 Rúcula ............................................................................................................ 64

3.6.14 Salsa .............................................................................................................. 65

3.7 Principais fornecedores ....................................................................................... 65

3.8 Concorrentes ....................................................................................................... 66

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3.9 Fotos das Empresas ........................................................................................... 67

4 RESULTADO DA PESQUISA ............................................................................ 71

4.1 Perfil dos Compradores Organizacionais ............................................................ 71

4.2 Perfil dos Consumidores: Supermercado Fruit News .......................................... 76

4.3 Escala RSQ ......................................................................................................... 80

4.4 Resumo das Médias Gerais ................................................................................ 89

4.5 Pontos Fortes das empresas: Produtos da Horta e Fruit News ........................... 91

4. 5.1 Pontos fracos das empresas: Produtos da Horta e Fruit News ....................... 92

5 SUGESTÕES DE MELHORIAS ......................................................................... 93

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 95

7 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 97

8 APÊNDICE ....................................................................................................... 100

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1 INTRODUÇÃO

Nos últimos dez anos o Brasil vem passando por grandes mudanças. A

estabilidade econômica obtida pelo plano real evidenciou um brasileiro mais

experiente, informado e crítico, principalmente no que diz respeito à ação de

consumir. Com a diversidade de opções, destaca-se a necessidade de conquistar

clientes fiés e atendê-los satisfatoriamente.

Para sobreviver no mercado global de hoje, as empresas precisam conhecer

os consumidores com maiores detalhamentos possíveis para satisfazer suas

necessidades. Para se conseguir ganhos de satisfação é necessário que os

administradores tenham uma nova maneira de pensar, uma ponte conceitual que os

permitam enxergar do ponto de vista dos clientes.

Para Kotler (2000, p.58), a satisfação “consiste na sensação de prazer ou

desapontamento resultante da comparação do desempenho (ou resultado)

percebido de um produto em relação ás expectativas do comprador”.

A lealdade é representada pela recompensa consistente de um produto ou

serviço, podendo ser mensurada a partir de dados de compra dos consumidores –

proporções de, seqüência ou probabilidade de compra/recompra (de um produto) ou

utilização/reutilização (de um fornecedor ou serviço) (JACOBY, CHESTNUT, 1978

apud LOPES, HERNANDEZ; NOHARA, 2008).

Para fazer com que o consumidor compre frequentemente na empresa, é

preciso conquistar um espaço em sua preferência, apresentando-lhes bons motivos.

No comércio varejista, de supermercados, por exemplo, é necessário oferecer ao

cliente um excelente ponto de venda, variedades nas mercadorias, qualidade nos

produtos e serviços oferecidos e principalmente, uma equipe com perfil adequado

para melhor atender os clientes e contribuir para alcance das metas da organização.

A empresa na qual foi desenvolvido o trabalho de estágio é o Supermercado

Fruit News LDTA ME, suas atividades estão voltadas principalmente ao comércio

varejista de hortifrutigranjeiros e também conta com comércio varejista de

mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios. As verduras

comercializadas são cultivadas na própria família, ou seja, direta do produtor. A

empresa é iniciante, está completando seu primeiro ano de trabalho. Está localizada

no centro da cidade de Luis Alves, sendo uma empresa totalmente familiar.

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A empresa Produtos da Horta está no mercado desde o ano de 1975. Suas

atividades estão voltadas no cultivo de produtos hortifrutigranjeiros. Os produtos são

cultivados no interior da cidade de Luis Alves e comercializados pelo próprio

proprietário na cidade de Blumenau SC.

A boa novidade é que o consumidor brasileiro vem pouco a pouco valorizando

mais os produtos ligados à qualidade de vida, entre esses, as hortaliças.

Há vários estudos comprovando que a maioria das hortaliças é rica em

substâncias que apresentam propriedades funcionais, ou seja, têm ação benéfica

para a saúde na prevenção e controle de várias doenças, a exemplo de obesidade,

diabetes, câncer de cólon, úlceras e doenças coronarianas.

A administração busca ação, nesse sentido, compreende-se como um

processo de tomar decisões e realizar ações, organizações e controles. Já o

relacionamento do marketing procura criar valor para os clientes e compartilhar este

valor entre o produtor e o consumidor.

O conteúdo abordado busca obter resultados por meio da análise da

satisfação dos clientes, a fim de avaliar e oferecer uma diferenciação nos serviços

prestados, atendendo assim as expectativas dos clientes e da própria empresa.

1.1 Objetivo geral

Nesta seção apresenta-se o objetivo geral do trabalho de estágio. De acordo

com Roesch (2007, p.96), “o objetivo geral define o propósito do trabalho”. Portanto,

o objetivo desse trabalho é diagnosticar a satisfação dos compradores

organizacionais dos Produtos da Horta e dos consumidores da empresa Fruit News.

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1.2 Objetivos específicos

Roesch (2007, p.96) cita que “o objetivo geral é formulado de forma genérica

o suficiente para abranger vários objetivos específicos”. Conforme o objetivo geral

acima, o acadêmico apresenta nesta seção os objetivos específicos:

Identificar o perfil dos compradores organizacionais e dos consumidores das

empresas;

Avaliar a satisfação dos compradores organizacionais e dos consumidores

das empresas;

Verificar os pontos fortes e fracos dos compradores e consumidores em

relação as empresas;

Sugerir ações para as empresas.

1.3 Justificativa da realização do estudo

“Esta seção é importante porque, por um lado, obriga o autor a refletir sobre

sua proposta de maneira mais abrangente e, por outro, o faz situar-se na

problemática” (ROESCH, 2007, p.98)

Este trabalho foi realizado dentro de uma organização na qual nunca fora

desenvolvido uma pesquisa de satisfação dos clientes.

O tema satisfação dos clientes tem sido amplamente abordado na literatura

nacional e internacional dentro do estudo do comportamento do consumidor, o que

tem gerado inúmeras contribuições para os antecedentes desse sentimento, para a

dicotomia satisfação e insatisfação e para as conseqüências da satisfação através

do estudo da lealdade e da confiança (KRUEL, DARONCO, DILL, 2008).

Para satisfazer as necessidades, os anseios e expectativas dos clientes são

necessários conhecer quais são seus desejos. De acordo com Las Casas (2006,

p.442) “a satisfação do cliente é fundamental, tendo em vista que o marketing deve

satisfazer os desejos e as necessidades, criando valor para seu público-alvo”.

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Portanto, como o supermercado está em funcionamento desde 2010 torna-se

importante segundo Kotler e Keller (2006, p.144) “A empresa deve medir a

satisfação com freqüência porque a chave para reter clientes está em satisfazê-los.

O trabalho foi de grande importância para o acadêmico, uma forma de

enriquecimento, sendo que proporcionou a oportunidade de colocar em prática uma

parte das teorias aprendidas em sala de aula e também propor alternativas de

crescimento para o Supermercado Fruit News e para empresa Produtos da Horta,

onde nunca havia se feito uma pesquisa de satisfação.

Já para a Universidade do Vale do Itajaí, foi importante, pois pode

disponibilizar para futuras consultas o trabalho realizado, possibilitando aos próximos

pesquisadores as informações obtidas nesta pesquisa. Além de agregar novos

estudos na área de marketing dentro da administração.

Quanto à viabilidade, a empresa tem interesse na pesquisa na qual facilitou o

acesso de dados necessários, pois uma das justificativas mais importantes do

trabalho é o fato de o próprio acadêmico ser proprietário da empresa estudada.

Sendo de grande valia a contribuição para o próprio negócio. Portanto, pode aplicar

uma parte dos seus conhecimentos como futuro administrador.

Além disso, a cidade de Luis Alves está em desenvolvimento e nesse sentido

a universidade e o próprio acadêmico através dos resultados da pesquisa podem

colaborar para o crescimento da cidade que atualmente tem seu comércio em

expansão.

Por fim a implantação dessa pesquisa foi de baixo custo e todas as

informações necessárias foram adquiridas e fornecidas pelo proprietário da

empresa, sendo assim um trabalho viável.

1.4 Aspectos metodológicos

Nesta etapa são apresentados os procedimentos metodológicos utilizados no

trabalho, que segundo Richardson (1999, p.22), “são regras estabelecidas para o

método cientifico”.

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A tipologia do trabalho é caracterizada pela pesquisa diagnóstico, deve-se

atentar para o qual define Roesch (2007, p.72).

Pesquisas que visam ao diagnóstico de uma situação organizacional normalmente não acarretam um custo muito alto, mas são dificultadas dado o problema de confidencialidade dos dados ou desconfiança do empresário em abrir informações para os estagiários.

Ao que se refere ao ambiente interno das empresas com realização das

pesquisas de satisfação caracteriza-se com o método quantitativo. Para melhor

entendimento segue-se o conceito.

O método quantitativo, como o próprio nome indica, caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples como percentual, média, desvio-padrão, ás mais complexas como coeficiente de correlação, análise de regressão (RICHARDSON, 1999, p.70).

O método quantitativo representa para Richardson (1999) a intenção de

garantir a precisão dos resultados, evitar distorções de análise e interpretação,

possibilitando, conseqüentemente, uma margem de segurança quanto ás

inferências.

Segundo Richardson (2007, p.159) população da pesquisa “é o conjunto de

elementos que possuem determinadas características. Nesta pesquisa a população

é totalidade de clientes da empresa”.

Tornando-se como natureza de trabalho a pesquisa descritiva. Richardson

(1999, p.146) explana “as pesquisas descritivas tem o propósito de fazer afirmações

para descrever aspectos de uma população ou analisar a distribuição de

determinadas características ou atributos”.

A pesquisa descritiva caracteriza-se pela seleção de amostras aleatórias de

grandes ou pequenas populações sujeitas a pesquisa, ou seja, a pesquisa descritiva

observa, registra, descreve os fatos de uma determinada realidade.

A estratégia da pesquisa utilizada foi o estudo de caso que segundo Gil

(2002, p. 58) “é um estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de

maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente

impossível mediante os outros delineamentos considerados”.

O estudo de caso apresentado por Martins (2006) é um trabalho de campo

precedido pela exposição do problema pesquisa – questões orientadas que

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dependem da perseverança, criatividade e raciocínio crítico do investigador para

construir descrições, interpretações, enfim, explicações originais que possibilitem a

extração cuidadosa de conclusões e recomendações.

A pesquisa aborda duas empresas destacando assim a diferença entre

compradores organizacionais e consumidores. A primeira empresa é administrada

pelo pai do acadêmico na qual são produzidos e comercializados produtos de

hortifrutigranjeiros, estes produtos são adquiridos pelos compradores

organizacionais. Já a outra empresa é administrada pelo acadêmico na qual possui

um supermercado que vende produtos de hortifrutigranjeiros entre outros produtos

alimentícios onde são adquiridos pelos consumidores finais.

1.5 Técnicas de coleta e análise dos dados

Os dados utilizados nesta pesquisa foram extraídos através de fontes

primárias que são aquelas capazes de fornecer informações básicas sobre o

material coletado.

Segundo Gil (2002, p. 206) fonte primária “é aquela que teve uma relação

física direta com os fatos analisados, existindo um relato ou registro da experiência

vivenciada.

“Quando o levantamento recolhe informações de todos os integrantes do

universo pesquisado, tem-se um censo” (GIL, 2002, p.51).

Os dados primários foram coletados por meio de questionários, que é um

método que consiste abordar os clientes de forma pessoal e objetiva. De acordo com

Roesch (1999, p. 142), “o questionário é um instrumento de coleta de dados que

busca mensurar alguma coisa. Para tanto, requer esforço intelectual anterior de

planejamento, com base na conceituação do problema de pesquisa e do plano de

pesquisa”.

O questionário foi embasado teoricamente na escala desenvolvida por

Dabholkar, Thorpe e Rentz em 1996, denominada RSQ (Retail Service Quality) que

significa Qualidade de Serviços no Varejo, a escala foi aplicada pela primeira vez no

Brasil por Lopes et al (2008), traduzida do inglês para o português para sua

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aplicação no Brasil. Ainda inclui-se o construto lealdade medida por estudos

anteriores dos mesmos autores. È relatado no Quadro 1, as questões referentes as

dimensões. A escala escala RSQ original possui 26 questões porém realizadas as

adaptações para esta pesquisa totalizando em 30 questões.

RSQ Fatores incluídos Questionário

Aspecto físico Aparência / conforto 5

Confiança Compromisso / Assertividade 5

Interação Pessoal Inspiração de confiança/

Auxilio/Cortesia

9

Soluções de Problemas -- 3

Políticas Internas -- 4

Lealdade Atitudinal/Comportamental 5

Quadro 1: Elaboração dos Instrumentos de Coleta Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

Geralmente os questionários cumprem duas funções, Richardson (1999, p.

142) cita-as “descrever as características e medir determinadas variáveis de um

grupo social.

A aplicação do questionário foi dividida em duas etapas. A primeira

realizada com os clientes (consumidores) do supermercado Fruit News LDTA ME, e

a segunda com os compradores organizacionais, pessoas jurídicas.

Quanto à primeira etapa o questionário (apêndice A) foi aplicado junto aos

consumidores durante o período de 27 de agosto á 19 de setembro de 2011. Como

o proprietário não tinha conhecimento do número da população de consumidores do

supermercado o questionário foi aplicado até não existir mais consumidores no

período pesquisado, portanto 120 questionários foram aplicados.

Quanto à segunda etapa foi realizada com os compradores organizacionais

no Ceasa e nos estabelecimentos dos mesmos, na qual quanto à coleta pode ser

caracterizada como censo, sendo assim 33 compradores organizacionais foram

questionados.

Richardson (2007) menciona a aplicação do pré-teste como uma prévia do

questionário a um grupo que apresente as mesmas características da população

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incluída na pesquisa. Tendo como objetivo revisar e direcionar aspectos de

investigação. Isto é, um teste do processo de coleta e tratamento dos dados.

Segundo Malhotra (2006) o pré-teste se refere ao teste do questionário em

uma pequena amostra de entrevistados, com o objetivo de identificar e eliminar

problemas potenciais.

Nesse sentido, o pré-teste serve para treinar e analisar os problemas

apresentados, ou seja, é recomendado que se utilize pessoas com experiências no

assunto pesquisado. Geralmente são utilizadas perguntas abertas, permitindo

aprofundar o conhecimento no tema.

O pré-teste foi realizado no período de 20 á 25 de agosto de 2011, foram

questionadas 5 consumidores e 2 funcionários do supermercado e 3 compradores

organizacionais mais 2 funcionários da empresa Produtos da Horta.

O objetivo principal do tratamento e análise dos dados mencionados é permitir

ao acadêmico o cumprimento dos objetivos específicos e o estabelecimento das

conclusões, a partir dos dados coletados.

Segundo Roesch (1999), tratamento e análise de dados são formas para se

avaliar os dados, se estes são confiáveis. Para a análise de dados quantitativos foi

adotada a análise estatística descritiva.

O método de análise dos dados quantitativos utilizado foi à estatística

descritiva. Virgillito (2008, p.26) aborda o conceito “ocupa-se em ordenar as

variáveis da amostragem colhida [...] e delas extrair os primeiros resultados

descritivos”.

Após a análise dos dados estes foram apresentados por meio de Quadros,

Tabelas e Gráficos.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A fundamentação teórica deste estudo visa facilitar o entendimento do

conteúdo e idéias, na visão de vários autores, iniciando com o conceito de

administração, administração de marketing e atribuições para a prestação de

serviços e satisfação dos clientes.

Roesch (2005) relata que, a revisão da literatura permite que o aluno adéqüe

o conhecimento teórico com a situação específica a que ele se propôs a estudar.

Assim a fundamentação teórica é a base para a solução do problema. E o

pensamento crítico do aluno é que faz a correspondência entre a teoria a prática.

2.1 Administração

Atualmente as empresas têm sofrido com as variáveis externas, fazendo com

que seu sucesso dependa da forma de como é administrada. Para isso uma

empresa necessita da participação de profissionais eficientes para competir no

mercado. Essas atividades requerem habilidades técnicas, conceituais e humanas

que são essenciais para a boa manutenção da organização.

Chiavenato (1997) aborda que administração vem do latim, ad (junto de) e

ministratio (prestação de serviço), portanto, administração é uma ação de prestar

serviços. A administração não é somente relacionada ao governo ou a condução de

uma empresa, e sim todas as atividades que envolvem planejamento, organização,

direção e controle.

[...] a tarefa de administração é a de interpretar os objetivos proposto pela organização e transformá-los em ação organizacional por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos de maneira mais adequada à situação. (CHIAVENATO, 1997, p.12).

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A administração é geralmente considerada universal porque usa os recursos

organizacionais para alcançar metas e obter um desempenho alto em todos os tipos

de empresa.

Lacombe (2003, p. 49) conceitua que “administrar é o ato de trabalhar com e

por meio de pessoas para realizar os objetivos tanto da organização quanto de seus

membros”.

Chiavenato (1997, p.8) relata que “a tarefa básica da administração é a de

realizar coisas e atividades por intermédio de pessoas. E a tarefa do administrador é

obter resultados por meio do desempenho dos subordinados”.

Seja qual for à posição de um administrador dentro da empresa independente

do tamanho da empresa, a função que exerce é praticamente a mesma, não existe

uma distinção. O administrador que tenha sob sua direção subordinados, só

conseguirá alcançar objetivos e metas propostas pela empresa com a cooperação e

colaboração de todos, pois todos fazem parte de um organismo e devem trabalhar

juntos para o sucesso da empresa. Portanto, segundo Chiavenato (1997, p.8) “todos

que obtêm resultados por meio do desempenho dos subordinados subscrevem

basicamente as mesmas funções como administrador”.

Assim a administração vem sendo responsável pelo sucesso de muitas

empresas que através desta, usam adequadamente o processo administrativo.

Lacombe (2003) enfatiza que a atividade administrativa é caracterizada por

variedade fragmentada, brevidade e grande quantidade de tarefas num ritmo

desconexo. Cabe evidenciar que o volume do trabalho é tão grande para o

administrador que ele interrompe o que está fazendo para dar prioridade a um

assunto mais urgente.

A área de administração dentro de uma organização é de extrema

importância, pois auxilia nas ações e nas tomadas de decisões, alcançando sempre

o objetivo da empresa. Daft (2005) enfatiza que “administração é o alcance de metas

organizacionais de maneira eficaz e eficiente por meio de planejamento,

organização, liderança e controle dos recursos naturais”. Essas quatro funções

agrupadas formam o processo administrativo, demonstrado na Figura 1.

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Figura 1: Funções Administrativas. Fonte: Daft (2005, p.6)

Relata-se as funções administrativas na visão de Certo (2003) e Daft (2005).

Planejamento: Daft (2005, p.5) conceitua como definição de metas

para o desempenho organizacional futuro e a decisão sobre as tarefas

e o uso dos recursos necessários para alcançá-las. Para Certo (2003,

p.5) a atividade de planejar “enfoca a realização de metas”.

Organizar: Certo (2003, p.5) trata organizar como um mecanismo que

coloca os planos em andamento. De acordo com Daft (2005, p.6)

organização envolve a atribuição de tarefas, o agrupamento das

tarefas em departamentos, e a atribuição de autoridade e alocação de

recursos pela organização.

Liderança: segundo Daft (2005, p.6) liderança é o uso de influência

com o intuito de motivar os funcionários para alcançar as metas

organizacionais. Certo (2003, p.5) salienta que “liderança diz respeito

primeiramente aos funcionários de uma empresa”.

Controle:Certo (2003,p.5) considera controlar como um processo

contínuo. Já Daft (2005, p.7) aborda que controlar significa monitorar

Organização Atribui

responsabilidade pela realização da tarefa

Liderança Usa influência para

motivar os funcionários

Controle Monitora as atividades

e faz correções

Planejamento Seleciona metas e meios de obtê-las

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as atividades dos funcionários, determinando se a organização está ou

não no caminho em direção as metas, e fazendo as correções quando

necessárias.

A administração geral é dividida em cinco áreas de grande importância, as

quais são: financeira, materiais, produção, recursos humanos e marketing.

A função financeira de uma organização tem por objetivo a proteção e a

utilização eficaz dos recursos financeiros, o que inclui a maximização dos retornos,

no caso das empresas. Sobral e Peci (2008) destacam que as funções típicas do

administrador financeiro são análises, planejamento e controle financeiro; tomada de

decisões de investimentos; tomada de decisões de financiamentos entre outras

atividades. Os administradores financeiros são em essência responsáveis,

objetivando a maximização da riqueza dos proprietários de capital.

Já a administração de materiais requer uma seqüência de operações que tem

início na identificação do fornecedor, na compra do bem ou serviço, em seu

recebimento, armazenagem e distribuição ao consumidor final. Na percepção de

Dias (2005), um sistema de materiais deve estabelecer uma integração desde a

previsão de vendas, planejamento e produção até a entrega do produto final.

Outra área não menos importante é a administração da produção. Maximiano

(2007) enfatiza que o objetivo básico desta área é transformar insumos para fornecer

o produto ou serviço da organização aos clientes usuários ou ao publico alvo.

O administrador da produção, responde por um dos setores mais importantes

das empresas industriais; o setor da produção. No qual seu desempenho depende

dos seguintes fatores: instalação dos equipamentos industriais, processo de

produção vigente, procura ou demanda do produto, exigências dos consumidores

(SILVA, 2007).

A administração de recursos humanos está voltada ao fator principal das

organizações, as pessoas. Na visão de Chiavenato (2003, p.141), “recursos

humanos são as pessoas que ingressam, permanecem e participam da organização,

qualquer que seja o nível hierárquico ou sua tarefa”.

Na perspectiva de Maximiano (2007), a área de gestão de pessoas, tem como

objetivo encontrar, atrair e manter as pessoas que a organização necessita. Isso

envolve atividades que começam antes de uma pessoa ser empregada da

organização e vão até depois que a pessoa se desliga.

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E por fim a última área, que muitas vezes é confundida com publicidade de

um produto ou serviço, o marketing. Sendo que o seu papel principal começa com a

coleta e tratamento de informações sobre consumidores, concorrentes, organização

e contexto.

Na visão de Kotler e Keller (2006, p.4):

O objetivo do marketing é tornar supérfluo o esforço da venda. O objetivo é conhecer e entender o cliente tão bem que o produto ou o serviço seja adequado a ele e se venda sozinho. Idealmente, o marketing deveria resultar em um cliente disposto a comprar. A única coisa necessária então seria tornar o produto ou serviço disponível.

Após o exposto, enfoca-se na área de marketing, na satisfação dos

compradores organizacionais e consumidores, devido ao tema estar inserido na área

de marketing.

2.2 Marketing

Para as empresas manterem-se no mercado competitivo e consiguirem obter

sucesso é necessário que se conheça as vantagens que se aplicam ao marketing. O

marketing é entendido como um instrumento empresarial que cria um valor

importante para o cliente, na qual gera uma grande vantagem competitiva para a

empresa.

Destaca Las Casas (2006) que marketing tem sido mencionado ao longo dos

tempos, como orientação que visa á satisfação dos desejos e das necessidades dos

consumidores.

Cobra (1997, p.23) destaca marketing “como o desempenho das atividades

de negócio que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor ou

utilizador”.

Voltado às necessidades e desejos humanos, o marketing atua com a

importância de estar atendendo e buscando no ambiente interno e externo uma

estratégia de satisfazer as necessidades e desejos de seus consumidores. Kotler

(2000) aborda que marketing é um processo por meio dos quais pessoas e grupos

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de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta

e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros.

Lamb (2004, p.6) apresenta marketing como “um processo de planejamento e

execução da concepção, do preço, promoção e distribuição de idéias, mercadorias e

serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos individuais e das

organizações”.

Na perspectiva de Churchill e Peter (2000) a essência do marketing é o

desenvolvimento de trocas em que as organizações e clientes participam

voluntariamente de transações destinadas a trazer benefícios para ambos.

A idéia central de marketing na perspectiva de Mcdonald (2004, p.2) “é a de

uma compatibilização entre as capacidades de um empresa e os desejos dos

consumidores de modo a atingir os objetivos de ambas as partes”.

O papel social do marketing é sem dúvida, satisfazer ás necessidades do

cliente. Cobra (1997) explica que o marketing não cria somente hábitos de consumo,

mas estimula a compra de produtos e serviços que satisfaz alguma necessidade

latente.

O marketing tem seu foco no processo pelo qual duas pessoas ou mais

partes, sendo elas livres de aceitar ou não a oferta, dando algo de valor uma a outra,

satisfazendo assim suas necessidades. Sendo assim, “marketing é a área de

conhecimento que engloba todas as atividades concernentes ás relações de troca”

(LAS CASAS, 2006, p. 10).

Pode-se destacar ainda que “o propósito final do conceito de marketing é

ajudar as organizações a atingir as metas” (KOTLER, 1999, p.41). Uma organização

que tende a focalizar as necessidades dos consumidores, melhor se satisfaz e

obtém mais lucro perante seus concorrentes.

Las Casas (2006) salienta que as empresas podem aplicar o marketing para

corrigir mercados, aumentar o nível de conscientização dos consumidores a respeito

de determinado produto, além de uma série de alternativas como: demanda

negativa, inexistente, latente, declinante, irregular, plena, excessiva e indesejada.

Cobra (1997) destaca que o mais importante que entender a definição de

marketing, é compreender que marketing deve ser encarado como uma filosofia,

uma norma de conduta para a empresa, em que as necessidades latentes dos

consumidores devem definir as características dos produtos ou serviços a serem

elaborados e as respectivas quantidades a serem oferecidas.

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Os objetivos fundamentais das organizações são sobrevivência, lucros e

crescimento. Destaca-se que o marketing contribui diretamente para esses objetivos.

Lamb (2004, p.20) apresenta atividades vitais para as organizações empresarias

“avalia os desejos e satisfação dos clientes, projeta e gerencia ofertas de produtos,

determina preços e políticas de preços, desenvolve estratégias de distribuição e

comunica-se com os clientes atuais e potenciais”.

Portanto as empresas para conseguir atingir seus objetivos de marketing no

mercado-alvo utilizam o composto de marketing, para uma melhora no atendimento

aos seus clientes e modernização de seus produtos, tudo isso para atender os

desejos de seus clientes. Sendo este assunto abordado no próximo item.

2.2.1 Composto de Marketing

Atualmente vive-se numa sociedade capitalista, em que distingui-se a

economia de mercados, nas quais estão inseridas famílias, empresas,governos

entre outras instituições. Na qual, todas têm necessidades e desejos de idéias,

produtos, serviços que precisam ser atendidos. Surgem aí, as oportunidades de as

empresas produzirem seus produtos ou serviços. Para isso, o marketing criou

ferramentas para satisfazer os clientes, ou seja, criou o mix ou composto de

marketing.

Lamb (2004, p.17) apresenta o termo composto de marketing que “refere-se á

combinação única de estratégias de produto, distribuição, promoção e preço

planejadas para produzir trocas mutuamente satisfatórias com o mercado-alvo”.

Para Sandhusen (2003, p.4) composto de marketing “são combinações de

ferramentas de que dispõem os gerentes de marketing de modo a satisfazer os

clientes e os objetivos da empresa”.

Kotler (2000) explica que mix de marketing é o conjunto de ferramentas que a

empresa utiliza para perseguir seus objetivos de marketing no mercado-alvo. São

classificados em quatros grupos denominados 4P’s do composto de marketing:

produto, preço, praça e promoção e suas subdivisões expostos na Figura 2.

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Figura 2: Composto de marketing e suas subdivisões. Fonte: Kotler (2000 p.37).

O composto do marketing e suas atribuições descritas referem aos atributos e

aos benefícios que os 4P’s podem agregar as empresas.

O produto para Richard (2003, p.4) é definido como “qualquer coisa tangível

ou intangível, oferecida para a atenção, aquisição, utilização ou consumo capaz de

satisfazer as necessidades”. Todavia, o produto deve proporcionar várias

informações para uma decisão de compra. Para Churchill (2000, p.164): “alguns

aspectos de estratégia do produto que podem afetar o comportamento do

consumidor são as novidades do produto, sua complexidade e sua qualidade

percebida”.

A estratégia de preço é uma das mais importantes na influência dos

consumidores, o consumidor avalia várias alternativas ate chegar a uma decisão. No

dia-a-dia, os consumidores tomam suas decisões rotineiras ou limitadas, mediante

Churchill e Peter (2000, p.164): “o preço será especialmente importante caso seja

um dos atributos do produto que entra na avaliação”. Existem empresas que vendem

seus produtos fora do país, para isso, Kotler (2000, p.406) estabelece três opções

de a empresa estabelecer preço: “estabelecer um preço uniforme em todos os

países, estabelecer em cada país um preço baseado no mercado e estabelecer um

preço com base nos custos de cada país”.

Mix de Marketing

PRODUTO Variedade de produtos

Qualidade Design

Características Nome da marca

Embalagem Tamanhos Serviços Garantias

Devoluções

PREÇO Preço de lista Descontos Concessões Prazo de pagamentos Condições de financiamento

PROMOÇÃO Promoção de vendas Publicidade Força de venda Relações públicas Marketing direto

PRAÇA Canais Cobertura Variedades Locais Estoque Transporte

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No caso da promoção, estamos diante de promover o produto. Richard (2003,

p.5) cita: “elaborados para persuadir os clientes a comprar o produto, incluem a

venda pessoal, o anúncio, a publicidade e a promoção de vendas”. Geralmente,

essa ferramenta é confundida com o marketing, a promoção quer atingir um grande

número de pessoas e fixar a mensagem na mente do consumidor. Churchill e Peter

(2000, p.166) menciona que: “suas mensagens podem lembrar aos consumidores

que eles têm um problema, que o produto pode resolver o problema e que ele

entrega um valor maior do que os produtos concorrentes”. A promoção de vendas é

todo aquele esforço que a empresa faz para a venda pessoal e visa atender os

consumidores finais.

A última ferramenta do mix de marketing é conhecida como canais, praça ou

ponto de distribuição. Após a produção de um produto, seu preço já estabelecido,

este deve ser distribuído no mercado para a venda. É a partir da distribuição que o

consumidor tem acesso ao produto. Segundo Richard (2003, p.5): “o produto é

colocado a disposição do mercado, e abrange duas áreas, a primeira são os canais

de distribuição e segunda a distribuição física”. Os profissionais de marketing

selecionam canais com características que combinem com seus produtos e o tipo de

consumidor que eles procuram atender. Kotler (2000, p.407) comenta ainda: “devem

tomar cuidados com a maneira como o produto é levado para outros países e devem

observar atentamente o problema de distribuição do produto ao usuário final”.

Deste modo, o composto de marketing descreve os ingredientes a construir

um produto com as necessidades de seus consumidores, colocando no mercado em

alguns pontos estratégicos, fixando um preço razoável e estimulando o cliente a

comprar, levando a satisfação de seus usuários.

O marketing existe no contexto da empresa como um todo. Em empresas que

prestam serviços, o contexto é diferente daquele de um fabricante de produto.

2.2.2 Marketing de serviços

O marketing de serviços está interligado na prestação de serviços com ou

sem fins lucrativos ou em propriedades privadas ou públicas. Kotler (2000) aborda

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que “serviços são qualquer ato ou desempenho, essencialmente intangível, que uma

parte pode oferecer a outra e que não resulta na propriedade de nada. A execução

de um serviço pode estar ou não ligada a um produto concreto”.

Na mesma perspectiva Las Casas (2006, p. 284) salienta que “os serviços

podem ser considerados como atos, ações e desempenho. Como tal, os serviços

são intangíveis e estão presentes em quaisquer ofertas comerciais”.

Las Casas (1991, p.15) cita o conceito da Associação América de Marketing

que define serviços como “aquelas atividades, vantagens ou mesmo satisfações que

são oferecidas á venda ou que são proporcionadas em conexão com a venda de

mercadorias”.

Portanto, também é um desafio diferente. Courtis (1991) enfatiza que não se

podem negociar serviços como se fosse uma venda impulsiva feita a qualquer

momento e em qualquer lugar. Portanto, é preciso mensagens de forma memorável

ou que possam ser fixadas na memória de alguma maneira, justamente porque não

existe um produto real.

Como em qualquer outro setor, o de serviços também precisa diferenciar-se

pela qualidade. Las Casas (2006, p. 297) enfatiza que “a qualidade do serviço é

essencial, o básico de uma oferta, pode se tornar uma diferença desde que no

mercado não se encontre serviço prestado de forma satisfatória”.

Kotler (2000) e Lovelock e Wright (2002) evidenciam características dos

serviços comparando com o marketing de bens e produtos que afetam a elaboração

de programas de marketing, são eles: intangibilidade, inseparabilidade, variabilidade

e perecibilidade.

Inseparabilidade: Os serviços são produzidos e consumidos

simultaneamente, a pessoa encarregada de prestar serviço é a parte

dele.

Intangibilidade: Os serviços são intangíveis, sendo que o serviço não

pode ser visto sentido, ouvido, cheirado ou provado antes de serem

adquiridos, por isso que se dá muita ênfase e sinais ou evidências da

qualidade do serviço.

Variabilidade: os serviços são altamente variáveis.

Perecibilidade: Os serviços não podem ser estocados, as empresas

prestadoras de serviços não têm problemas quando a demanda de

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serviços é grande, sendo que o problema está quando a demanda de

serviços oscila.

Além dessas características os autores Churchill e Peter (2003) apresentam

mais duas:

Relação com cliente: onde o sucesso de uma organização de serviços

muitas vezes depende de sua capacidade de desenvolver relações

com os clientes e de prestar serviços de qualidade.

Uniformidade: se comparado aos produtos tangíveis que podem ser

substituídos, os serviços como são intangíveis não há como fazer tal

operação, o que se pode fazer é melhorar a qualidade dos serviços

prestados sendo que a sua melhora constante trará benefícios

percebíveis.

Os serviços podem ser classificados em serviços de consumo e serviços

industriais. Para Las Casas (1991) os serviços de consumo “são aqueles prestados

diretamente ao consumidor e tem a seguinte divisão: conveniência, escolha e

especialidades”. Já os serviços industriais segundo o autor “são aqueles prestados

por organizações industriais, comerciais e institucionais e tem a seguinte divisão:

equipamentos, facilidade e consultoria”.

Uma parte da empresa é administrada pelo pai do acadêmico na qual são

vendidos hortifrutigranjeiros produzidos pela empresa, e estes, são vendidos para

empresários aqui denominados por compradores organizacionais intermediários.

A outra parte da empresa é administrada pelo próprio acadêmico na qual

possui um supermercado de vende seus produtos hortifrutigranjeiros entre outros

para os consumidores finais.

2.3 Compradores Organizacionais

Quando se pensa em marketing, os primeiros exemplos que vêem á mente

geralmente envolvem bens de consumo. Porém, as maiores trocas financeiras

envolvem o marketing para compradores organizacionais, como empresas e órgãos

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do governo. As organizações compram bens e serviços para ajudá-las a realizar

suas missões.

Característica

Compradores Organizacionais

Consumidores

Número de compradores no mercado Poucos Muitos

Tamanho das Compras (qtd e valor unitário) Grande Pequeno

Critérios de decisão Primeiramente racionais Racionais e emocionais

Interdependência entre comprador e vendedor Forte Fraca

Número de pessoas envolvidas nas decisões de compra Muitas Poucas

Quadro 2: Comparação entre compradores organizacionais e consumidores. Fonte: Churchill e Peter (2005, p.174).

Churchill e Peter (2005) afirmam que os mercados organizacionais são

compostos de menos compradores do que os mercados de consumo. Os

compradores organizacionais também tendem a fazer pedidos maiores do que os

consumidores. Os compradores organizacionais sabem que precisam tomar

decisões altamente racionais, no sentido de custar menos ou trazer para a

organização um retorno maior do que outras alternativas. As compras

organizacionais muitas vezes envolvem uma maior interdependência entre

comprador e vendedor. As decisões de compra organizacionais tendem envolver

mais pessoas do que as decisões de compra de consumidores.

Os compradores organizacionais intermediários apresentados por Churchill e

Peter (2005, p.176) “são aqueles que compram bens para revender com lucro”. Essa

categoria inclui vários tipos de organizações, como varejistas, que vendem a

consumidores, e os atacadistas, que vendem para varejistas ou outras empresas. Os

intermediários na maioria das vezes comercializam um grande número de produtos

diferentes.

Para fins desse trabalho como será analisada a satisfação tanto como

compradores organizacionais quanto de consumidores será adotado a terminologia

de Churchill e Peter (2005).

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2.4 Consumidor

Os profissionais de marketing estudam o comportamento dos consumidores.

Churchill e Peter (2005, p.146) apontam que o comportamento do consumidor “são

os pensamentos, sentimentos e ações dos consumidores e as influências sobre eles

que determinam mudanças”.

No comportamento do consumidor é preciso saber que há grupos de

consumidores diferentes com comportamentos diferentes, em relação a quem

participa do processo e compra de bens e serviços, aos fatores que influenciam o

comportamento do consumidor e o processo de decisão.

De acordo com os autores Gianesi e Corrêa (1994), as classificações dos

diferentes mercados são:

Mercado de consumo: formado pelos consumidores que compram

produtos e serviços para suas residências ou próprio consumo;

Mercado Industrial: formado por empresas que compram produtos e

serviços que são consumidos em processos produtivos;

Mercado de revenda: formado por indivíduos e organizações que

compram produtos com o intuito de obter lucros e revendê-los a

terceiros;

Mercado governamental: onde unidades municipais, federais e

estaduais compram produtos e serviços com intuito de atender suas

missões governamentais.

Gianesi e Corrêa (1994) apresentam quatro grupos básicos de fatores que

influenciam o consumidor:

Fatores culturais: conjunto de valores no qual uma pessoa esta

exposta desde a infância e que são incorporados. Esses fatores

dependem da subcultura que é influenciada pela nacionalidade, grupo

racial, religioso e pela região geográfica. A classe social também pode

ser um fator cultural, constituindo divisões na sociedade, as quais são

hierarquicamente comandadas e seus membros de compartilham

valores, interesses e comportamentos similares. A tendência moderna

é utilizar a análise de dimensões como classe social, por exemplo, no

entendimento no comportamento do consumidor.

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Fatores sociais: são grupos de referência dos consumidores, ou seja,

grupos de direta ou indiretamente influenciam as atitudes e o

comportamento dos consumidores.

Fatores pessoais: explicam a maneira como as pessoas agem e vivem,

pois descrevem como as pessoas pensam e consequentemente as

ações geradas por sua maneira de pensar.

Fatores psicológicos: existem quatro fatores psicológicos que

influenciam o comportamento dos consumidores: a motivação, que leva

um consumidor a efetuar uma compra procurando satisfazer as suas

necessidades; a percepção é fundamental no processo de avaliação do

serviço, pois a forma pela qual o consumidor do serviço o percebe é

baseada em fatores intangíveis; o aprendizado, que é a experiência

vivida pelo consumidor que podem ou não reforçar suas decisões

futuras; e as convicções e as virtudes, são noções que favorecem ou

não o consumidor, por exemplo, o tempo que um cliente está disposto

a esperar por um serviço.

O processo de compra do consumidor inclui cinco etapas, conforme

apresentado no Quadro seguinte: reconhecimento da necessidade, busca de

informações, avaliação das alternativas, decisão de compra e avaliação pós-compra.

Figura 3: Processo de compra do consumidor Fonte: Churchill e Peter (2005, p.146)

Relata-se o processo de compra do consumidor na visão de Churchill e Peter

(2005).

Reconhecendo as necessidades pode ser uma sensação interna como fome,

cansaço, ou desejo de impressionar alguém. Já a externa como um convite ou

Reconhecimento

da necessidade

Busca da

informação

Avaliação das

Alternativas

Decisão de

compra

Avaliação Pós-compra

Processo de compra do consumidor

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anúncio de rádio. Quando os consumidores têm uma necessidade, o impulso interior

para atendê-la é chamado de motivação.

Depois dos consumidores terem identificado a necessidade, eles podem

procurar informações sobre como satisfazê-las. A busca de informação pode ocorrer

em cinco fatores básicos: a) fontes internas, b) fontes de grupos, c) fontes de

marketing, d) fontes públicas, e) fontes de experimentação.

Nas informações coletadas, os consumidores identificam e avaliam maneiras

de satisfazer suas necessidades e desejos. Nessa etapa, de avaliação das

alternativas envolve a decisão de quais recursos ou características são importantes

e da identificação de qual desses recursos ou características cada alternativa

oferece.

Já a atitude é a avaliação geral de um consumidor a respeito de um objeto,

comportamento ou conceito. É o grau em que os consumidores gostam ou não de

alguma coisa.

Após considerar as opções possíveis, os consumidores podem fazer uma

compra. Essa etapa de decisão de compra inclui decidir fazer ou não a compra. No

primeiro caso, o que, onde, quando comprar e como pagar.

Depois de adquirir o produto, os consumidores avaliam formal ou

informalmente o resultado da compra. Essa fase é muito importante, pois se um

consumidor tem repetidamente experiências favoráveis com determinada marca,

pode desenvolver lealdade a ela.

Nessa expectativa, os consumidores possuem seu objetivo no atendimento ás

necessidades dos mesmos. Levando em consideração á uma maior satisfação de

seus resultados, exposto no próximo item.

2.5 Origens da Satisfação do Cliente

A pesquisa de satisfação possui dois marcos principais em sua história,

primeiramente, o ano de 1976, quando se deu a primeira conferência em Chicago

sobre o tema, com o apoio do Marketing Science Institute e da National Science

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Foundation e os artigos seminais de Hunt (1977) e Day (1982) (EVRARD, 1994 apud

KRUEL; DARONCO; DILL, 2008).

Foi na década de 1970, com os trabalhos sobre a desconfirmação das

expectativas e a sua influência na avaliação dos produtos, que o estudo da

satisfação começou a ser legitimado como campo de pesquisa (SALAZAR; FARIAS,

2006 apud KRUEL; DARONCO; DILL, 2008).

O campo de estudo da satisfação evoluiu para uma consistente corrente de

pesquisa. Primeiramente, as conceitualizações de satisfação dos produtos ou

serviços estavam atreladas a avaliações cognitivistas. Seguindo aquela idéia de que

os consumidores formam suas expectativas pré-consumo, observam a performance

do produto, comparam as expectativas com a performance executada, formam

percepções de desconfirmação e, por fim, obtêm seu julgamento de satisfação

(OLIVER, 1993 apud KRUEL; DARONCO; DILL, 2008).

Mas foi apenas na década de oitenta que esses estudos se disseminaram e

forneceram contribuições para organizações públicas e privadas e, após essa

década, percebe-se um interesse mais intenso por esse estudo, já que, nesse

momento, já se tinha plena consciência de que a satisfação do cliente determina,

conforme colocado anteriormente, uma recompra, a lealdade e o boca-a-boca

positivo, e também, pelo próprio impulso dos movimentos que houve nesse

momento da qualidade total (KRUEL; DARONCO; DILL, 2008).

2.5.1 Satisfação do Cliente

Para o marketing um dos principais objetivos é a satisfação do cliente, pois

atendendo suas necessidades e desejos a empresa sempre terá consumidores.

Las Casas (2006, p.442) considera que “a satisfação do cliente é

fundamental, tendo em vista que o marketing deve satisfazer os desejos e as

necessidades, criando valor para seu público-alvo”. Ou seja, para satisfazer as

necessidades, os anseios e expectativas dos clientes é necessário conhecer

profundamente quais realmente são seus desejos.

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Abdeldayem e Khanfar (2007) apud Kruel, Daronco e Dill (2008) colocam que

satisfação do cliente é uma das bases do conceito de marketing e tem sido

apresentada como um ótimo indicador do comportamento de compras futuras.

As empresas são na verdade processos de satisfação do cliente e não

apenas de produção de bens e serviços. As organizações buscam diariamente uma

estrutura direcionada ao cliente. E tendo como primeiro aspecto a ser levado em

consideração na satisfação o atendimento. Portanto, direcionar a empresa para a

satisfação significa entender a qualidade do ponto de vista do cliente.

Lamb (2004, p.12) destaca que satisfação dos clientes “é a percepção de que

o produto atendeu ou excedeu ás expectativas dos clientes”. Portanto, manter os

clientes atuais satisfeitos é tão importante quanto atrair novos clientes.

Do ponto de vista de Oliver (2003) apud Cannarozzo, Pereira e Ribeiro (2010)

a satisfação dos clientes pode ser definida como uma resposta ao atendimento do

consumidor, resultante da avaliação que o cliente realiza do produto ou serviço

fornecido. Essa avaliação é determinada pelo atendimento ou não do nível esperado

pelo cliente.

A satisfação total do cliente após a realização de uma compra depende muito

do desempenho da oferta em relação às devidas expectativas.

Satisfação é a sensação de prazer ou desapontamento resultante da comparação entre o desempenho (ou resultado) percebido de um produto e as expectativas do comprador. Se o desempenho não alcançar as expectativas, o cliente ficara insatisfeito. Se alcançá-las, ele ficará satisfeito. Se o desempenho for além das expectativas, o cliente ficará altamente satisfeito ou encantado (KOTLER, KELLER, 2006, p.142).

Mas não é esta a principal meta da empresa, embora seja centrada no cliente

e criando um alto nível de satisfação no cliente. Se a empresa aumenta a satisfação

do cliente reduzindo seu preço ou aumentando seus serviços, o resultado pode ser

lucros menores. Por outro lado, ela pode aumentar a lucratividade por outros meios

que não sejam a maior satisfação do cliente, por exemplo: pode melhorar um

processo de fabricação.

Oliver (1997 apud KRUEL; DARONCO; DILL, 2008) define satisfação como a

“resposta ao contentamento do consumidor, o julgamento de que uma característica

do produto ou serviço, ou o produto ou o serviço em si, ofereceu (ou está

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oferecendo) um nível prazeroso de contentamento relativo ao consumo, incluindo

níveis maiores ou menores de contentamento”.

Os autores Churchill e Peter (2003) abordam que:

A apresentação pela satisfação de necessidades concentra-se em fazer perguntas e ouvir as respostas dos clientes para definir seus desejos e necessidades, uma vez identificados, os vendedores apresentam os benefícios de seus produtos ou organizações, o modo e como pode satisfazer necessidades e resolver problemas.

Kotler e Keller (2006,) consideram que a empresa deve medir a satisfação

com freqüência porque a chave para reter clientes está em satisfazê-los. Em geral,

um cliente altamente satisfeito permanece fiel por mais tempo, compra mais á

medida que a empresa lança produtos ou aperfeiçoa aqueles existentes. Para

empresas centradas no cliente, a satisfação de seus clientes é ao mesmo tempo é

uma meta e uma ferramenta de marketing. Hoje, as empresas precisam estar

especialmente preocupadas com o nível de satisfação do cliente, porque a internet

proporciona uma ferramenta para que os consumidores espalhem reclamações –

assim como elogios para o resto do mundo.

De acordo com Kotler (2000, p.58) as empresas hoje estão ligadas com o

grau de satisfação do consumidor, pois, “os clientes meramente satisfeitos mudam

facilmente de fornecedor quando aparece uma oferta melhor. Os que estão

altamente satisfeitos, são muito menos propensos a mudar”. Seguindo este

pensamento o cliente que não se encontrar satisfeito com o atendimento ou produto

oferecido pela empresa certamente mudará de lugar, já de outro modo, o cliente que

se encontra satisfeito poderá até mesmo fazer uma divulgação e tornar-se fiel á

empresa.

Existem dois aspectos importantes a serem entendidos acerca da satisfação

do cliente. O primeiro aspecto é que a satisfação é dinâmica; o segundo é que nem

o próprio cliente sabe quando ela muda, pois os gostos estão sempre sendo

aprimorados em função das necessidades. Assim, a satisfação ao cliente pode ser

encarada pela empresa como um processo que deve estar sempre ativo, em

contínua melhoria, visando ao constante aperfeiçoamento tanto da equipe de linha

de frente quanto das instalações, produtos e infra-estrutura (PALADINI, 1995 apud

KRUEL; DARONCO; DILL, 2008).

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Um método de analisar se o cliente está satisfeito ou não, são seus

encontros permanentes na empresa. Kotler (2000, p.59) destaca “a decisão de um

cliente de permanecer fiel ou rejeitar é a soma de muitos pequenos encontros com a

empresa”.

Bendlin (2000 apud GALLON et al 2007) aborda que a melhor estratégia para

ter clientes de forma continua e permanente é oferecer aquilo que ele realmente

quer, delineando assim a busca pela qualidade que possibilite exceder suas

expectativas.

Ainda os clientes podem formar algumas expectativas em cima de

determinada empresa. Kotler (2000, p.58) explica, “com base em experiências

anteriores em compras, conselhos de amigos e colegas e informações e promessas

de profissionais de marketing e de concorrentes”. Ou seja, essas expectativas

podem ser chamadas de pós-compras, tudo depende de como o cliente é atendido

em compras anteriores.

Para Rossi e Slongo (1998 apud KRUEL; DARONCO; DILL, 2008) há também

outros benefícios proporcionados pela pesquisa de satisfação de clientes:

perspectiva mais positiva dos clientes quanto à empresa, informações mais precisas

e atualizadas quanto às necessidades dos clientes, relações de Lealdade com os

clientes, baseadas em ações corretivas, e confiança desenvolvida em função de

maior aproximação com o cliente.

Lamb (2004, p.10) enfatiza com o valor para o cliente que “é a taxa dos

benefícios em relação ao sacrifício necessário para obter esses benefícios”.

Clientes altamente satisfeitos, segundo Lovelock e Wright (2001) apud Kruel,

Daronco, Dill (2008), produzem ótimos resultados, porque não somente retornam

como também espalham informações e experiências positivas. O cliente satisfeito,

na verdade, passa a representar um anúncio ambulante e falante para a empresa,

reduzindo o custo para atrair novos clientes.

Westbrook (1981) apud Révillion e Rossi (2000) divide a satisfação do

consumidor no varejo em três principais aspectos do sistema de marketing:

Sistema de compra global (shopping), referente à disponibilidade de

produtos e tipos de instituições varejistas em uma determinada área;

Sistema de compra específico da loja (buying), referente aos

sentimentos do consumidor em relação à seleção, compra e recepção

dos produtos na loja e;

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Sistema de consumo, referente à avaliação da utilização de produtos e

serviços propriamente ditos. Conseqüentemente, expectativas são

criadas e níveis de satisfação são formados; esses últimos agem sobre

a atitude do consumidor em relação à loja.

Clientes satisfeitos são menos sensíveis a preços e propensos a repetir o

consumo com os fornecedores que lhe trouxeram satisfação superior. Nesse

sentido, identificar os atributos que geram satisfação nos clientes é imprescindível

para qualquer empresa sobreviver no ambiente competitivo atual (TONTINI, 2004

apud GALLON et al, 2007).

Finalmente, as empresas que se orgulham dos seus esforços na satisfação do cliente proporcionam ambientes de trabalho e, portanto, aumentam suas chances de atrair melhores e mais brilhantes empregados, nesses ambientes de trabalhos positivos, desenvolvem-se culturas organizacionais nais quais os empregados são desafiados a obter desempenhos e são recompensados pelos seus esforços. (CHURCHILL, PETER, 2003, p.279).

Verifica- se nessa perspectiva, que toda organização deve estabelecer

controle mediante a avaliação de seus produtos e serviços para que não percam a

total satisfação dos clientes, pois clientes satisfeitos valorizam os atributos da

empresa, aumentando a sua fidelidade. Pois a satisfação é algo que está ligado á

qualidade do produto que se oferece ou do serviço que se presta no varejo como,

por exemplo, os supermercados exposto no próximo item.

2.6 Varejo

A empresa que está sendo estudada trata-se de uma pequena empresa

varejista. Todos os empresários precisam entender o termo varejo, pois é muito

importante no dia-a-dia para definir melhor quais são os processos que estão

relacionados a esse tipo de atividade, permitindo executar as tarefas de maneira

mais eficaz.

No entanto, a definição mais utilizada é a fornecida pela American Marketing

Association, na qual o varejo é definido como uma unidade de negócios que compra

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mercadorias de fabricantes, atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente

a consumidores finais e, eventualmente, a outros consumidores.

Segundo Cobra (1997, p.335), “os varejistas são ao mesmo tempo, a fonte

de energia de seus fornecedores e o agente de compra para seus clientes”. A

maneira de como o varejista compra de seus fornecedores é muito importante, pois

a preferência é dada para aqueles profissionais que buscam desempenhar as suas

funções, sendo assim, satisfaz as necessidades dos clientes e com realização de

compra certa.

O varejo é um local, loja ou assemelhado, cuja finalidade principal é a de expor, demonstrar, ofertar e vender, bens, mercadorias, produtos ou serviços aos consumidores finais, quer sejam pessoas físicas ou jurídicas, publicas ou privadas, comercializando avista ou a prazo por qualquer meio de pagamento de crédito, direta ou indiretamente. (FREITAS, 2004, p.7).

Uma das definições mais abrangentes em relação ao varejo, contudo,

encontra-se nas publicações de Philip Kotler, nas quais o autor afirma que o varejo

inclui todas as atividades envolvidas na venda de bens ou serviços diretamente aos

consumidores finais para uso pessoal. Qualquer organização que utiliza essa forma

de venda, seja ela fabricante, atacadista ou varejista, está praticando varejo. Não

importa a maneira pela qual os bens ou serviços são vendidos se são vendas

pessoais, pelos correios, por telefone ou por máquina automática, ou onde elas são

efetuadas – se em loja, na rua ou residência.

Segundo Cobra (1997, p.345):

O comércio varejista no Brasil é formado por estabelecimentos isolados em sua grande maioria, que são farmácias, drogarias, revendedora de veículos e brinquedos e artigos esportivos. Já os supermercados e lojas de departamentos e utilidades domésticas predominam sob comando de uma mesma empresa. (COBRA, 1997, p. 345).

As funções desempenhadas pelos administradores estarão sempre ligadas ao

tamanho da estrutura da organização. Conforme for essa estrutura, a administração

poderá ser dividida por especializadas (normalmente grandes estruturas) ou poderão

estar centralizadas somente em uma pessoa (como nas estruturas pequenas). Tais

funções serão estabelecidas segundo a cultura de cada organização.

O Quadro 3 apresenta algumas funções básicas e complementares

desenvolvidas pelo administrador de varejo.

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Funções básicas Funções complementares

Obtenção de mercadorias por

meio de compras

Registro de mercadorias

recebida

Venda pessoal Rotulagem da mercadoria

Formação de preço Organização da empresa

Promoção da mercadoria

(propaganda e display)

Delegação de autoridade e

responsabilidade

Oferta de serviços Determinação de procedimentos

Controle (principalmente estoque) Seleção de equipamentos

Quadro 3: Funções do administrador de varejo. Fonte: Las Casas, A. (2004).

Cobra (1997, p. 345) define a seguinte ordem para a classificação dos

varejistas:

Pequeno varejista: o comércio brasileiro é constituído por

pequenas lojas comum ou dois donos, onde trabalham em família. Nesse

negócio encontram-se bazar, armarinhos, papelaria, tapeçaria, armazém,

etc.; e como prestação de serviço eletricista, encanador, chaveiro, sapateiro,

serviços gerais e etc;

O varejo geral: são lojas que vende diversos segmentos; num

mesmo local se encontra armarinhos, tecidos, vestuários, eletrodoméstico,

implementos agrícolas, material de construção, louças, artigos de papelaria,

bebidas, cigarros, alimentos em geral entre outras coisas, esse tipo de loja é

mais comum no interior;

Franquia: são lojas que vende uma marca, com contrato de

exclusividade da linha de produtos ou de serviço do seu fornecedor.

Loja especializada: operam com uma grande variedade de

poucos produtos, como lojas de brinquedos e joalheria; é reconhecida por

seu principal produto de venda;

Ruas de comércio especializado: são ruas onde está

centralizado um tipo de loja;

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Lojas de departamentos: são lojas que oferecem as seguintes

linhas de produtos: móveis, eletrodomésticos, artigos masculino, feminino e

infantil e artigos para casa em geral;

Cadeia de lojas: existem vários tipos, como eletrodoméstico,

móveis e mercadorias genéricas.

Lojas independentes: são lojas de roupas, bijuterias, comésticos,

etc. Vão de boutique à artigos em geral;

Cooperativas de varejo: são criadas com intuito de oferecer

economia de escala de compra, com os preços menores quando realizadas

compras em grande volume;

Lojas de desconto: são lojas que não oferecem conforto, nem

sofisticação, pois eliminem serviços como entrega e embalagem. Mas com

essa redução de custo fixo oferecem preços mais competitivos;

Lojas de fábrica: são lojas que vendem produto direto da fabrica

com defeitos ou não e assim o próprio produtor pode vendê-los apreços

menores para o consumidor;

Shopping centers: é a centralização de várias lojas em um

mesmo prédio, onde sua administração é de maneira a não permitir uma

concorrência interna prejudicial.

As definições de varejo apresentam um aspecto importante em relação à

comercialização. Sendo assim, pode-se concluir que o varejo tem como condição

básica de sua prática a comercialização de produtos ou serviços a consumidores

finais, não importando a natureza da organização que o exerce e tampouco o local

em que está sendo praticado. Portanto o próximo item irá se dar ênfase aos

supermercados.

2.6.1 Supermercado

Hüskes (2001) apud Gallon et al (2007) destaca que supermercados são

“empresas do tipo varejo, pois vendem os produtos diretamente aos consumidores

finais para uso pessoal, operam com custo baixo, margem pequena, altos volumes,

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no sistema auto-serviço, onde o próprio consumidor localiza, compara e seleciona os

produtos que irá comprar”.

Entre os principais formatos de varejo estão os supermercados, “operações

de auto-serviço relativamente grandes, de baixo custo, baixa margem e alto volume,

projetadas para atender a todas as necessidades de alimentação, higiene e limpeza

doméstica” (KOTLER, 2000 apud GALLON et al, 2007).

Rojo (1998) apud Révillion e Rossi (2000) aborda que com quase cinco

décadas de implantação no Brasil, o supermercado tornou-se um elemento essencial

da paisagem de qualquer cidade brasileira média, assim como um elemento

indissociável do modo de vida e das preocupações de qualquer consumidor. Na

década de 1960, o supermercado já era presença marcante em todas as principais

cidades brasileiras.

Os supermercados tiveram um crescimento expressivo no Brasil nos anos 70,

com o I Plano Nacional de Desenvolvimento (1972-1974). Na década de 80, o setor

supermercadista sofreu com a queda da rentabilidade desencadeada com os vários

planos governanmentais e a acentuada concorrência fez com que muitas redes de

lojas passassem por dificuldades. Com isso, os supermercados seguiram a

tendência do mercado dos anos 90 e passaram a buscar a redução de custos, o

aumento de produtividade e de eficiência (GALLON et al, 2007).

Com um clima ainda de incerteza e recessão, o início da década de 1990 foi

um período de modificações voltadas principalmente para o aproveitamento mais

racional do mercado, desenvolvendo-se tipos de lojas (hipermercados, lojas de

conveniência, macroatacados, entre outras) adaptadas às características da

população atendida. A concorrência entre os supermercados tornou-se

extremamente acirrada, sendo que a disputa pelo mercado vem ficando cada vez

mais forte e agressiva. Os últimos anos também trouxeram a modernização do setor

proporcionada pela tecnologia da informação, além de um aperfeiçoamento e uma

maior preocupação com a qualidade dos serviços (ROJO, 1998 apud RÉVILLION;

ROSSI, 2000).

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2.7 Qualidade Percebida de Serviço (QPS)

Louro (2000) apud Lopes, Hernandez e Nohara (2008) apresenta a Qualidade

percebida de serviços (QPS) que pode ser definida como a percepção dos

consumidores acerca da qualidade ou superioridade de um produto ou serviço em

relação à sua funcionalidade e às suas alternativas.

Galé (1996) apud Lopes, Hernandez e Nohara (2008) define qualidade

percebida como a opinião dos clientes sobre os produtos e serviços, 3

comparativamente com os da concorrência.

Segundo Dominguez (2000) apud Lopes, Hernandez e Nohara (2008), a

qualidade percebida é o julgamento do consumidor sobre a excelência de um

produto ou serviço. Ainda, diferentemente do conceito de valor percebido, a

qualidade percebida não envolve uma troca entre os elementos dados (custos) e

recebidos (benefícios).

Antes de adquirirem um serviço, os clientes criam uma determinada

expectativa, baseada nas suas necessidades individuais, experiências passadas,

recomendações de terceiros e propaganda de um fornecedor de serviços. Após

comprarem e consumirem o serviço, os clientes comparam a qualidade esperada

com aquilo que realmente receberam. (LOVELOCK, WRIGHT, 2001 apud LOPES,

HERNANDEZ; NOHARA, 2008).

Nas pesquisas sobre QPS as peculiaridades deste segmento devem ser

consideradas, visto que os serviços são intangíveis, constituindo-se em

performances e experiências e são heterogêneos, pois o desempenho de uma

organização na prestação de serviços varia de empregado para empregado, de

cliente para cliente e de dia para dia. Ademais, a produção e a utilização da maioria

dos serviços são inseparáveis. A qualidade de serviços manifesta-se freqüentemente

na sua entrega, geralmente numa interação entre o cliente e o fornecedor, pois os

clientes estão quase sempre no local de execução dos serviços, observando e

avaliando o processo ao mesmo tempo em que o utilizam e, sob esta ótica, é o

cliente quem define a qualidade (HESKETT; SASSER JR; HART, 1994 apud

LOPES, HERNANDEZ; NOHARA 2008).

Ao longo das últimas décadas, as instituições varejistas vêm atravessando um

intenso ritmo de transformação. Provavelmente, muitos dos atuais formatos de lojas

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deixarão de existir, milhares de empresas varejistas desaparecerão e muitas outras

surgirão. O varejo é provavelmente uma das atividades empresariais que vêm

atravessando maior ritmo de transformação, respondendo às modificações do

ambiente tecnológico, econômico e social em que está inserido (SILVA, COSTA

NETO, 2007).

Atualmente para sobreviver em um mercado crescentemente competitivo, o

varejo precisa oferecer maior valor para os seus clientes, seja por meio de

benefícios e ou por menores preços. De acordo com Kotler (2000) apud Silva, Costa

Neto (2007), a maioria dos clientes não mais aceita produtos e serviços de má

qualidade. Os consumidores esperam dos varejistas não só serviços e produtos de

qualidade, mas também preços competitivos. Para isso, novos paradigmas e estilos

de gestão precisam ser adotados.

Silva e Costa Neto (2007) abordam que nessa busca pela qualidade no

serviço varejo, entretanto, é importante considerar que a prestação desse serviço

específico está em geral ligada ao fornecimento de um produto associado através de

venda. É, pois, caracteristicamente, um serviço em que a componente tangível

assume importância significativa. Sendo assim, se considerarmos como duas

componentes fundamentais do serviço varejo a sua prestação propriamente dita e o

produto tangível associado, temos as situações típicas possíveis de ocorrer

apresentados na Figura 4.

Figura 4: Qualidade do serviço prestado x qualidade do produto associado

Cliente pode acreditar em

melhoria

Cliente plenamente

satisfeito

Cliente pode se sentir

enganado

Cliente Perdido

Boa

Boa

Ruim

Ruim

Qualidade do produto associado

Qualidade serviço associado

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Fonte: Silva e Oliveira (2007)

A Figura 4 ilustra a indiscutível importância representada pela qualidade do

produto associado no serviço geral. Para medir essa qualidade de serviço prestado

pelas empresas será apresentada no próximo item a escala RSQ.

2.8 Escala RSQ

Ao proporem uma nova escala para se mensurar a QPS (Qualidade percebida

de serviço) em organizações varejistas, Dabholkar, Thorpe e Rentz (1996)

entendiam que ainda não havia uma escala com a amplitude necessária que a

levasse a ser credenciada para a mensuração da percepção de qualidade dos

serviços em qualquer segmento de negócios. Segundo Dabholkar e seus colegas, o

ambiente competitivo no varejo mudava rapidamente, pois eram crescentes tanto a

intensificação da competição entre empresas domésticas e estrangeiras como o

número de incorporações e aquisições (LOPES; HERNANDEZ; NOHARA, 2009).

Em 1996, os autores notaram a pouca aderência da escala Servqual quando

aplicada em ambientes varejistas. Devido a isso, acreditaram que nesse ambiente se

fazia necessário mensurar outras dimensões além daquelas apontadas na Servqual.

Dabholkar, Thorpe e Rentz (1996) julgando ser necessário conceber uma

escala que possibilitasse a mensuração da QPS em empresas varejistas, iniciaram

uma triangulação de pesquisas empíricas. Na primeira pesquisa, por meio de

entrevistas feitas com consumidores que haviam acabado de fazer uma compra,

buscaram identificar os atributos da qualidade relativos à experiência de compra em

lojas varejistas que eram significativos para os clientes. Esse estudo mostrou que os

clientes estavam muito interessados na disposição física das lojas, pois eles próprios

precisavam se movimentar pelos corredores e, muitas vezes, encontrar sozinhos os

produtos desejados. Também havia grande interesse pelo tratamento recebido dos

funcionários da loja, pelo conforto que ela proporcionava, pela política de aceitação

de cartões de crédito e pela facilidade de troca ou devolução dos produtos

comprados. Na segunda pesquisa, foram realizadas seis entrevistas em

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profundidade com frequentadores de lojas de varejo, visando descobrir outros

atributos importantes que não haviam sido citados na primeira rodada de entrevistas.

Vários atributos identificados na primeira pesquisa foram corroborados nessa

rodada, entre eles a disposição dos corredores, o atendimento do pessoal da loja e a

facilidade para devolver produtos.

Entretanto, outros atributos também foram identificados: a aparência

agradável da loja e das instalações, tais como banheiros, provadores,

estacionamentos, entre outros. Esses entrevistados também comentaram sobre a

importância de que todas as promessas feitas pela loja fossem cumpridas

(DABHOLKAR, THORPE; RENTZ 1996 apud LOPES, HERNANDEZ; NOHARA,

2009).

Finalmente, a terceira pesquisa da triangulação qualitativa utilizou como

técnica “seguir” os clientes dentro da loja e observar como eles se comportavam. Os

entrevistados foram gravados enquanto caminhavam pelos corredores das lojas e

interagiam com funcionários e com as mercadorias expostas. No momento em que

decidiam adquirir algum produto, eles relatavam o que estavam pensando e o

porquê de optarem por aquele produto e não por outro. Os autores alegam que a

experiência de compra e as interações dos clientes com os demais elementos do

ambiente foram observadas sem que houvesse alterações significativas no fluxo

natural da compra. Os participantes comentavam sobre a aparência da loja, a

disposição dos corredores, a disponibilidade e a qualidade do auxílio dos

funcionários do varejista, e sobre a qualidade dos produtos ofertados (DABHOLKAR,

THORPE; RENTZ 1996 apud LOPES, HERNANDEZ; NOHARA, 2009).

Combinando as descobertas realizadas durante a etapa exploratória com a

literatura sobre os pressupostos da escala Servqual, Dabholkar, Thorpe e Rentz

(1996) conceberam uma estrutura hierárquica dos fatores que determinam a

qualidade de serviço para o ambiente varejista.

Da mesma forma que Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985, 1988), também

Dabholkar, Thorpe e Rentz (1996 apud LOPES; HERNANDEZ; NOHARA, 2009)

sugerem que a QPS é determinada por cinco dimensões distintas. Entretanto, as

dimensões preconizadas naquele estudo foram: aspectos físicos, confiabilidade,

interações pessoais, solução de problemas e políticas internas do varejista.

A escala proposta por Dabholkar, Thorpe e Rentz (1996) é composta por 26

questões, nas quais o respondente deve externar sua opinião relativa à qualidade

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percebida de um determinado serviço utilizando para tanto uma escala de Likert de 5

pontos.

Desde sua divulgação em 1996, a escala RSQ vem sendo utilizada como

ferramenta para o aprofundamento do conhecimento sobre a QPS e sua correlação

com outros construtos latentes, em operações varejistas ao redor do mundo

(BLOSE, TANKERSLEY; FLYNN, 1999; METHA et al, 1999; KIM; JIN, 2002;

RAMAYAH; LEEN, 2003; KAUL, 2005 apud LOPES; HERNANDEZ; NOHARA, 2009)

2.9 Lealdade

Nos últimos anos o marketing estratégico tem um foco muito importante, que

é o estudo da lealdade dos consumidores. Lopes, Hernandez e Nohara (2008) apud

Kumar, Shah e Venkatesan (2006) apresentam que a manutenção do sucesso futuro

de muitas empresas varejistas dependerá de seu poder de gerar lealdade em seus

clientes.

Jacoby e Chestnut (1978 apud LOPES; HERNANDEZ; NOHARA, 2008)

abordaram o tema lealdade sob o aspecto comportamental. Para eles, a lealdade é

representada pela recompra consistente de um produto ou serviço, podendo ser

mensurada a partir de dados de compra dos consumidores – proporções de,

seqüência ou probabilidade de compra/recompra (de um produto) ou

utilização/reutilização (de um fornecedor ou serviço).

Embora a mensuração de dados de compra possa indicar a existência de

lealdade por parte do consumidor, o inverso não pode ser considerado como

verdade. Diversos fatores podem impedir a aquisição de produtos e/ou serviços,

mesmo que a atitude do consumidor seja positiva em relação a estes. A falta do

produto, restrições financeiras e a falta de acesso, entre outros, podem influenciar o

comportamento do consumidor. Sob esta ótica, surge a abordagem atitudinal da

lealdade (DUBOIS; LAURENT, 1999 apud LOPES, HERNANDEZ; NOHARA2008).

Nesta nova abordagem da lealdade, as atitudes do indivíduo em relação a

determinado produto ou serviço são entendidas como bons estimadores do

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comportamento futuro e podem ser medidas por intermédio de avaliações

autodeclaradas.

Oliver (1999 apud LOPES; HERNANDEZ; NOHARA, 2008) alegou que a

lealdade não deve ser encarada apenas sob a ótica comportamental, mas também

pelo aspecto psicológico. Para ele, a lealdade pode ser definida como um

comprometimento profundo em recomprar ou em favorecer um produto ou serviço no

futuro, optando-se pela repetição da marca ou aquisição do mesmo conjunto de

marcas, não obstante que influências situacionais e esforços de marketing tenham

potencial para causar um comportamento de troca.

2.10 Empresa Familiar

A empresa familiar tem grandes representativas no mundo dos negócios,

sendo crescente o número de empresas desse tipo, espalhadas pelo mundo inteiro.

Como esta pesquisa está se fazendo em uma empresa familiar, onde o pai planta

hortaliças e vende para os compradores organizacionais e o filho vende as hortaliças

mais parte de mercearia para consumidores do supermercado Fruit News.

Para Lodi (1998, p.6), “empresa familiar é aquela em que a consideração da

sucessão da diretoria está ligada ao fator hereditário e onde os valores institucionais

da firma identificam-se com um sobrenome de família de um fundador”.

O conceito de empresa familiar na visão de Leone (2005) abraça três

vertentes: a primeira no nível de propriedade, pelo qual o membro da família detém o

controle da empresa; a segunda,no nível da gestão em que os membros da família

deverão assumir a direção dos principais setores da empresa, e a última, no nível da

sucessão, no qual os cargos de chefia estão ligados ao fator hereditário.

Assim como qualquer empresa, a familiar também possui pontos fortes e

fracos. Como forte tem-se reduzido rodízio entre cargos, o que permite ao herdeiro

maior identificação com as tarefas administrativas, além de liberdade maior para

negociação e tomada de decisão (LEONE,2005). Outras vantagens das empresas

familiares, segundo Lodi (1998), referem-se a lealdade mais acentuada dos

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funcionários, a força do nome da família e a existência de um sistema de decisão

mais rápido.

Os pontos fracos geralmente estão relacionados à falta de profissionalização

dos membros e de conflitos familiares relacionados à sucessão. Leone (2005)

aborda os principais pontos fracos:

Confusão existentes entre propriedade e gestão, ausência de estratégias claramente definidas, lutas constantes pelo poder, predominância de caprichos individuais, falta de clareza, sobre a vocação da empresa e carência de investimentos em recursos humanos.

Para Leone (2005, p. 16), “embora a empresa familiar apresente problemas,

principalmente de ordem gerencial, existem alternativas viáveis para sua

sobrevivência no mercado globalizado, desde que haja uma readequação de sua

estrutura”.

Dentre as alternativas para a empresa familiar, a gestão do conhecimento

surge como oportunidade de estratégia para sobrevivência organizacional, ao

procurar, a partir da tecnologia, aprendizado organizacional e criatividade, gerar,

armazenar e compartilhar conhecimento de valor para a empresa. O grande desafio

da gestão do conhecimento em empresas familiares é, certamente, vencer as

barreiras culturais, administrativas e estruturais, peculiares a empresas desse tipo.

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3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

O escopo dessa seção é apresentar informações a respeito do supermercado

Fruit News LDTA ME e da empresa Produtos da Horta, permitindo o conhecimento

da história e demonstrar o mercado de atuação, a missão e sua visão.

O histórico foi subdividido em duas partes, pois uma parte refere-se à

empresa que vende para os compradores organizacionais e a outra organização

para os consumidores.

3.1 Histórico da empresa Produtos da Horta

O empreendedor Ademar Neuenfeldt nascido em 21 de outubro de 1957, na

cidade de Luis Alves, no bairro Ribeirão Máximo. Filho de Rodolfo e Inês Neuenfeldt,

pessoas humildes que só plantavam para sobreviver. A renda da família era uma

apenas no final do ano, este dinheiro tinha que dar para o sustento durante o ano

todo.

Desde criança Ademar e seus irmãos não tinham folga, na parte da manhã

freqüentavam a escola e a tarde trabalhava na plantação e cultivo da safra de fumo.

Este trabalho foi até o ano de 1975.

Certo final de semana, um engenheiro agrônomo marcou uma reunião com os

agricultores da localidade. O engenheiro dizia que essas terras são ótimas para

plantação de verduras. Nestes terrenos que plantam fumo, que só traz desgraça, dá

para colher vegetal para sustentar milhares de famílias da região.

Após ver o vizinho enfrentar e começar nas plantações de hortaliças, Ademar

e seus irmãos para melhorar a situação financeira decidiram largar o fumo e

começar uma nova vida. Plantavam, cultivavam e vendiam em feiras livres na cidade

de Blumenau – SC. Depois de uns anos começou a vender suas mercadorias em

mercados como: pão de açúcar, coomper e mini-preço, todos situados na cidade de

Blumenau.

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Casou-se em 1889, com Dolores, mas as atividades agrícolas continuavam.

No ano de 1995 decidiu largar a sociedade com seus irmãos e tocar o negócio

sozinho com sua esposa, logo precisou contratar um casal de amigos para ajudar.

As coisas começaram a melhorar, conseguiu vários mercados para

comercializar suas verduras, começou a fazer pedra no Ceasa, atendeu o Angeloni,

Amigão entre outros.

Mas o proprietário ainda tinha um grande sonho, não queria o mesmo para

seus filhos, foi no ano de 2005 de comprou um terreno no centro de Luis Alves, para

abrir um novo negócio, uma verdureira.

Em 2008 com as tragédias, começou uma grande crise para todos os

produtores de hortaliças, perderam todas as suas plantações devido às enchentes e

desmoramentos. Foi onde perdeu a maioria dos supermercados em que entregava

principalmente o Angeloni, pois não tinha mais verduras e recursos para entregar.

E além de tantos dificuldades e obstáculos pelo caminho, hoje o

empreendedor, com sua empresa conhecida como Produtos da Horta, cultiva 30

opções de verduras e entrega para a região de Blumenau e ao supermercado Fruit

News.

3.1.1 Histórico Supermercado Fruit News

O supermercado Fruit News LDTA ME, carinhosamente conhecido como “A

família Fruit News” abriu suas portas em 01 de outubro de 2009, na Rua Vidal

Hermes, Vila do Salto, cidade de Luis Alves, SC.

O humilde agricultor Ademar Neuenfeldt sempre sonhava com uma vida

melhor para seus dois filhos. Sonhava sempre em abrir um próprio negócio, já que

produzia verduras e comercializava na cidade vizinha de Blumenau, SC.

Vendo um cenário de crescimento na cidade, resolveu poupar suas

economias e comprar um terreno no centro de Luis Alves, no ano de 2005. Depois

de pago com muito suor, começou a construção de uma sala comercial. Após o

término do prédio, começou a negociar as prateleiras para abrir seu negócio.

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A princípio a idéia era de abrir uma somente uma verdureira, porém como a

sala ficou muito ampla, os proprietários da empresa resolveram colocar alguns

produtos alimentícios.

A empresa Fruit News busca atender as necessidades de seus clientes

oferecendo uma completa linha de produtos hortifrutigranjeiros, padaria e

mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios.

Hoje a empresa conta com 7 funcionários, para atender a demanda. Todos

com o mesmo lema “o equilíbrio entre o corpo e a mente começa com uma

alimentação saudável”. E tendo como slogan: “Pensou em frutas e verduras, pensou

FRUIT NEWS! Vendendo saúde para você e sua família”.

3.2 Missão

A missão deve apresentar o propósito da empresa e traçar um Quadro

atraente da mesma. A missão diz respeito ao relacionamento da empresa com seus

clientes, fornecedores e funcionários.

Segundo Chiavenato (2008), missão “é a razão de ser do próprio negócio, por

que ele foi criado e para que ele exista em síntese a missão da empresa define os

produtos/serviços, os mercados e a tecnologia, refletindo os valores e as prioridades

do negocio”.

Oliveira (2007) descreve que missão é a razão de ser da empresa. Neste

ponto procura-se determinar qual o negócio da empresa, por que ela existe, ou

ainda, em que tipos de atividades a empresa deverá concentrar-se no futuro.

O supermercado Fruit News ainda não possui missão formalizada. Para

atender esse requisito elaborou-se uma missão para o supermercado Fruit News

sendo esta:

“Estar presente no dia-a-dia das pessoas oferecendo produtos

hortifrutigranjeiros e produtos alimentícios em geral de qualidade, proporcionando

mais saúde e qualidade de vida para a população de Luís Alves”.

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3.3 Visão

De acordo com Oliveira (2007), a visão é conceituada como os limites que os

proprietários e principais executivos da empresa conseguem enxergar dentro de um

período de tempo mais longo e uma abordagem mais ampla. Neste contexto, a visão

proporciona o grande delineamento do planejamento estratégico a ser desenvolvido

e implementado pela empresa. A visão representa o que a empresa que ser.

Conforme Biagio e Batocchio (2005), a visão de uma empresa deve refletir as

aspirações e as crenças da organização, ela espelha a relação organização-

sociedade. E é de fundamental importância que seja elaborada pelos níveis mais

altos da empresa.

O Supermercado Fruit News ainda não tinha elaborado uma visão. Portanto

elaborou-se a seguinte:

“Ser reconhecido como o supermercado da região de Luis Alves no comércio

hortifrutigranjeiro e produtos alimentícios em geral, como referência de produtos de

qualidade e bom atendimento”.

3.4 Organograma

Desta forma, a composição do organograma do supermercado Fruit News

LDTA ME é demonstrada, como segue a Figura 5.

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Diretor

Administrativo

Diretor

financeiro

Diretor de

compras

Gerente

Operador de

caixa

Conferente

Repositor

Auxiliar de

limpeza

Figura 5: Organograma Fonte: Supermercado Fruit News

O primeiro nível hierárquico do supermercado Fruit News é a gerência. O

gerente conduz sua equipe em busca dos resultados de acordo com a estratégia da

empresa, nessa trajetória o individuo comete erros e acertos, sendo que esses em

sua maioria foram experimentais.

O segundo nível é composto pelos diretores. A empresa tem diretor

administrativo, diretor financeiro e diretor de compras. Estes por sua vez têm suas

obrigações de cuidar dos procedimentos e devidas atividades da área.

Já o último nível da hierarquia são os prestadores e auxiliares de serviços.

Sendo eles, operador de caixa, conferente, repositor e auxiliar de limpeza.

3.5 Hortaliças

Neste tópicos as informações foram obtidas através do catálogo brasileiro de

hortaliças apresentado por Embrapa hortaliças (Empresa Brasileira de Pesquisa

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Agropecuária) e SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio ás Micro e Pequenas

Empresas).

3.5.1 Construção dos Canteiros

Para hortas de produção como a empresa Produtos da Horta é necessário um

trator para a construção dos canteiros, para facilitar o preparo do solo. O trator

precisa de alguns implementos para a elaboração dos canteiros como o arado, a

grade e a enxada rotativa.

O arado pode ser um disco ou alveca, serve para revolver a terra. A grade

pode ser de disco ou de dentes, que serve para destorroar e uniformizar a superfície

do terreno. A enxada rotativa é utilizada para preparar o solo numa só operação, é

tracionada por um trator.

Usados para ajudar no crescimento das plantas os adubos podem ser

químicos ou orgânicos. Os adubos orgânicos são o esterco de curral, de galinheiro e

os compostos orgânicos.

O adubo químico deve ser utilizado, assim como o calcário, segundo análise

de solo e fertilizantes folhosos.

3.5.2 Semeadura Direta e Transplantio de Mudas

A semeadura direta é indicada para espécies de sementes miúdas e que

depois de nascidas comportam-se bem em plantios mais densos, como por exemplo,

cenoura e salsa. Depois de preparado o solo do canteiro, deve-se irrigar o mesmo e

abrir os sulcos com 2 a 3 cm de profundidade atravessados no canteiro ou ao longo

do mesmo, com espaçamento entre sulcos variando entre 20 a 30 cm para as

hortaliças em geral.

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Transplante é a passagem das mudas das sementeiras para o local

definitivo. Deve ser feito quando as mudas estão com 5 a 6 folhas e/ou mais ou

menos 10 cm de altura. No transplante, as mudas em geral devem ser enterradas

até a profundidade que se encontravam na sementeira.

Após o plantio ou o transplantio alguns cuidados devem ser tomados para

que se tenha um bom desenvolvimento das plantas e para que se tenha uma boa

produção. O controle do mato, as regas, o desbaste, a desbrota e o controle das

pragas e doenças são as mais importantes.

As plantas daninhas gastam água, o adubo, o esterco que foi colocado nos

canteiros, além de, se não forem arrancadas podem provocar sombra fazendo com

que ocorra diminuição na produção das plantas que se plantou.

A capina deve ser o mais cedo possível, devido à facilidade de capinar

quando as plantas são mais novas, além de evitar os prejuízos que possam vir

ocorrer. Podem ser feitas com a mão ou com o sacho entre as linhas da

sementeira.

As hortaliças diferem muito umas das outras na sua exigência em água, e

os locais onde a horta é implantada também são muito diferentes, mais quentes

ou mais frios, modificando assim as necessidades de água requerida por cada

cultura e local. Desta forma a observação pessoal é tão importante quanto às

regras gerais na decisão da freqüência com que se molham as plantas.

Em geral uma rega diária é suficiente para as hortaliças mais exigentes em

água, mesmo nas sementeiras, a não serem os primeiros três dias após o

transplantio das mudas, quando se recomenda a rega de manhã e a tarde, ou até

que estejam bem pegas.

3.6 Descrição dos Principais Produtos da empresa Produtos da Horta

Neste item serão abordados os principais produtos que a empresa

Produtos da Horta produz e comercializa.

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3.6.1 Alface

É uma hortaliça de folhas comestíveis. As folhas podem ser lisas ou crespas,

com ou sem formação de cabeça. Também existem alfaces com folhas roxas ou

folhas bem recortadas. É uma importante fonte de sais minerais, principalmente de

cálcio e de vitaminas, especialmente a vitamina A. A alface deve ser colhida antes

do início do pendoamento (emissão do pendão floral), momento em que as folhas

começam a apresentar um sabor amargo característico. O plantio em local definitivo

é feito por mudas semeadas em bandejas. As bandejas são de isopor, com 200 ou

288 células. Nas células são colocados substratos comerciais e em seguida é

efetuada a semeadura. Após um período variável de 21 a 25 dias, as mudas podem

ser transportadas diretamente para os canteiros.

Após seu desenvolvimento (de 30 á 40 dias), de acordo com a variedade e

a época do ano, a planta está pronta para ser colhida. Com uma faca faz-se um

corte rente ao solo das mais desenvolvidas no canteiro. Para a comercialização, a

alface é embalada em caixas de madeiras ou plásticas.

Pode ser cultivada durante o ano todo, em todas as regiões do Brasil, já que

existem variedades adaptadas a climas mais quentes e outras para plantio em

regiões de clima ameno.

3.6.2 Agrião

É uma planta semiperene, podendo ser plantada em água ou em terra seca. É

uma hortaliça folhosa, rica em vitamina C e em sais minerais, como o ferro. Seus

talos são ricos em iodo. É semeada em bandejas ou em sementeiras, sendo

posteriormente transplantada para o local definitivo. As estacas retiradas de culturas

adultas também podem ser utilizadas para o plantio. A colheita pode ser feita

quando as folhas já têm um bom tamanho, podendo ser repetida por quatro vezes

ou mais. O primeiro corte se dá por volta de 60 dias após o plantio. Corta-se no talo

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e forma-se maços e faz-se a amarração. Geralmente é lavado e embalado para

comercialização.

Desenvolve-se melhor sob temperaturas amenas, mas pode-se ser plantado o

ano inteiro.

3.6.3 Brócolos

O Brócolos conhecido também como brócolis ou couve – brócolis é uma

planta verde escura da mesma família da couve, da couve-flor, do repolho e do

agrião (brassicacea). Produz inflorescências (conjunto de flores) comestíveis. Podem

ser do tipo “cabeça”, ou do tipo “ramoso”. É fonte de vitamina C, A, cálcio, ferro,

fósforo e fibras. É uma cultura exigente em adubação de micronutrientes,

especialmente boro e molibdênio. A colheita deve ser feita quando os botões florais

estão bem desenvolvidos, ainda com coloração verde-escuro, mas antes da abertura

das flores.

Já existem cultivares adaptadas a clima mais quente. A escolha da cultivar

ideal, em relação ao clima da região e altitude, é fundamental. Para fazer a melhor

escolha, o produtor deve consultar o catálogo de cultivares da espécie.

3.6.4 Cebolinha Verde

A cebolinha é também conhecido como tempero verde. As plantas de

cebolinha se parecem com as de cebola, porém possuem um número maior de

folhas que formam uma touceira. As folhas são uma boa fonte de cálcio, vitamina C

e vitamina A. É propagada por sementes ou pelo plantio de parte da touceira. Devido

à capacidade de rebrota, podem ser feitas várias colheitas. As cebolinhas são

colhidas com uma faca e amarradas em maços ou embalagens plásticas para a

comercialização.

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Produz melhor sob temperaturas amenas a frias (de 25ºC para baixo), sendo

plantadas geralmente nas estações de outono e inverno.

3.6.5 Couve de Folhas

O couve de folhas também é conhecido como couve manteiga. Apresenta

caule ereto e emite novas folhas continuamente ao redor do caule. É muito rica em

nutrientes, especialmente cálcio, ferro e vitaminas A, C, K e B5. Propaga-se por

semente ou por plantio do broto lateral. Essa é a forma de propagação mais comum.

A cultura é bastante exigente em boro e molibdênio.

Época e regiões para plantio – A couve é uma cultura típica dos períodos de

outono e inverno, apresentando certa tolerância ao calor. Pode ser plantada durante

o ano todo, mas as épocas mais indicadas foram citadas acima.

3.6.6 Couve Chinesa

A Couve-chinesa ou repolho chinês, chamada erroneamente de acelga.

Possui folhas de cor verde-claro com a parte central branca. Fonte de ácido fólico

(importante para a formação do sangue), além de vitamina A, vitaminas do grupo B e

C, além de cálcio e potássio. São semeadas em bandejas e depois transplantadas

para o canteiro definitivo, ou diretamente no canteiro, sendo necessário selecionar

as melhores plantas.

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3.6.7 Couve Flor

É uma hortaliça rica em cálcio e fósforo e fonte de folato e vitamina C. A parte

comestível é a inflorescência (conjunto de floretes) ainda imatura, antes da abertura

das flores.

As mudas devem ser produzidas em substrato enriquecido com cálcio e

fósforo e pobre em nitrogênio. Assim como o brócolis, é muito exigente em

adubação com boro e molibdênio. Deve-se irrigar bem a lavoura de couve-flor, mas

sem excesso, para não favorecer o aparecimento de doenças. Algumas folhas

devem ser mantidas para a proteção da cabeça durante o transporte que,

preferencialmente, deve ser feito sob refrigeração.

É fundamental a escolha da cultivar correta de acordo com a época de

plantio, pois há cultivares adaptadas a temperaturas mais quentes e a temperaturas

mais amenas, entre 15º e 25ºC.

3.6.8 Espinafre

Há duas hortaliças conhecidas como espinafre. O mais encontrado no Brasil é

o espinafre da Nova Zelândia, planta que produz grandes folhas carnosas de cor

verde-escuro. É rico em vitamina A, do complexo B e sais minerais, principalmente

ferro. Recomenda-se a semeadura em bandejas para posterior transplante. Também

é possível enraizar os seus ramos cortados pela base. Suas folhas devem ser

colhidas antes que a planta emita o pendão e forme flores. Podem ser feitos cortes

sucessivos, os quais estimulam a produção de novas folhas.

Pode ser cultivado numa ampla faixa de temperatura, mas produz melhor sob

temperaturas amenas (entre 15° e 25°C), com resistência ao calor. Não tolera frio

excessivo.

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3.6.9 Pepino

É uma planta da mesma família da abóbora e do chuchu. Pode ser trepadeira

se tiver suporte. Em geral, necessita de abelhas para polinizar e formar os frutos. Há

cultivares, entretanto, que produzem frutos sem a necessidade de polinização.

Atualmente são encontrados cinco tipos de pepino do mercado: grupo Caipira, grupo

Aodai, grupo Japonês, grupo Holandês (Beith-alpha) e grupo Agroindustrial (usado

na fabricação de picles). Adapta-se melhor em solos arenosos e ricos em adubação

orgânica. Pode ser plantado via semente em local definitivo ou por mudas,

semeadas em bandejas. Deve-se ralear os frutinhos mal formados logo que o

problema ocorrer.

É uma cultura de clima quente, e se adapta a temperaturas amenas (entre 15°

e 25°C). Frio e geada prejudicam e podem até destruir a cultura. No inverno não

muito rigoroso pode ser cultivada em casas de vegetação (estufa), podendo se

beneficiar dos melhores preços no mercado.

3.6.10 Pimentão

O pimentão é uma das hortaliças mais ricas em vitamina C e, quando maduro,

é excelente fonte de vitamina A. O plantio é feito em bandejas para posterior

transplante em local definitivo. Deve ser tutorada (apoiada com estacas e arame)

para não tombar. É exigente em nutrientes e se desenvolve melhor em solos com

partículas médias. É muito atacada por doenças, sendo recomendado alternar o

plantio de pimentão com outras espécies (gramíneas, por exemplo), para diminuir a

incidência de doença no próximo ciclo.

É uma planta de origem tropical, produzindo melhor sob temperaturas

relativamente elevadas ou amenas (entre 15° e 25°C). Não tolera frio nem geadas,

razão pela qual tem crescido o seu cultivo em casas de vegetação. Onde o inverno é

ameno, pode ser cultivado durante o ano todo.

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3.6.11 Rabanete

O rabanete produz raízes de formato esférico, cor de rosa avermelhado e

polpa branca. É fonte de vitamina C, minerais e fibras. Não é muito exigente em

adubação. O solo deve estar sempre úmido para evitar rachaduras, mas sem

excesso para não provocar doenças. Deve ser colhido antes de atingir o seu

tamanho máximo (em torno de 30 dias após a semeadura), pois pode se tornar

esponjoso.

Época e regiões para plantio – Adapta-se melhor ao cultivo nos períodos de

outono e inverno, tolerando bem frio e geadas leves.

3.6.12 Repolho

O repolho possui folhas arredondadas dispostas umas sobre as outras, em

forma de cabeça. É rico em fibras, sais minerais e vitaminas do complexo B, E e K.

Temperaturas altas fazem com que as cabeças não fiquem bem formadas. O plantio

é feito por mudas, semeadas em bandejas. É exigente em adubação e água, que

deve ser fornecida constantemente para evitar rachaduras.

Desenvolve-se bem sob temperaturas amenas (entre 15° e 25°C) e frias,

resistindo bem a geadas. Entretanto, há cultivares adaptadas a temperaturas mais

altas.

3.6.13 Rúcula

A rúcula apresenta plantas de porte baixo, suas folhas são alongadas e

recortadas, de coloração verde escuro e de sabor picante. Dentre todas as

hortaliças, a rúcula é a fonte mais rica em ferro. Contém ainda cálcio, fósforo,

Vitaminas A e C. Propaga-se por sementes plantadas em local definitivo ou em

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bandejas, sendo transplantadas posteriormente. A colheita se inicia de 40 a 60 dias

após a semeadura, podendo-se colher os rebrotamentos.

Produz melhor sob temperaturas amenas (entre 15° e 25°C). Nas regiões em

que o verão é ameno, pode ser plantada durante o ano todo.

3.6.14 Salsa

A salsa conhecida também como salsinha ou tempero verde, é um

condimento aromático cujas folhas são ricas em vitamina A. Há cultivares de folhas

lisas, crespas e muito crespas. Há ainda variedades para consumo das raízes. A

germinação de suas sementes é muito lenta, principalmente se a temperatura for

baixa. Para acelerar a germinação, recomenda-se deixar as sementes de molho em

água durante uma noite. Prefere solos bem drenados, ricos em matéria orgânica,

que devem ser mantidos sempre úmidos.

É uma planta de clima subtropical. Prefere temperaturas amenas, não muito

frias, nem muito quentes (em torno de 20°C).

3.7 Principais fornecedores

Toda organização seja fabricante, atacadista ou varejista faz uso dos

sistemas de compras, neste trabalho temos a pretensão de reconhecer este sistema

bem como seu histórico dentro da organização. Precisa-se ainda reconhecer os

fornecedores aptos para preencher as necessidades que a organização tem.

Fornecedor é toda a pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou

estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de

produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação,

distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.

Os principais fornecedores da empresa Produtos da Horta estão citados no

Quadro 4.

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Fornecedores Produtos da Horta

Mudas Mandarim

Mudas Irmãos Silvério

Mudas Rio do Sul

Agrolio Agropecuária

Adubos Kasulke

Buschle & Lepper S.A.

Agropecuária Schimitz

Proagro

Casa do Colono Quadro 4: Principais fornecedores Fonte: Dados da empresa

Os principais fornecedores da empresa Supermercado Fruit News são citados

no Quadro 5.

Principais Fornecedores Fruit News

Sadia S.A Distribuidora Fischer Tiscoski Distribuidora

Frigorifico Rainert Segalas Alimentos Nestlé

Verduras Ademar Marquespan Grupo Pegoraro

Biguá alimentos Thom Parati S.A

Benuti Distribuidora Tirol Arcon S.A

Tondo S.A Dequech Muller Novo Horizonte

Stringari Super Muffato Pastifício Selmi S.A

Prodac Distribuidora Kretzer Ldta Elma Chips

Moinho Catarinense Tozzo Atacado Souza Cruz

Oesa representaçoes Distribuidora Aldri Vompar

Dinardeli Comércio Distribuidora Muller Virtual Produtos Pessoais

Frios Do Vale Romanha Diprosul Distribuidora Quadro 5: Principais fornecedores Supermercado Fruit News. Fonte: Dados da empresa

3.8 Concorrentes

Segundo Sasso (2008) os concorrentes enquanto éticos são de certas formas

estimulantes, pois fazem com que ninguém pretenda ser coroado por momentos

bem sucedidos, mas pelo conjunto da obra que nunca deve ser considerada

acabada.

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Dentre os concorrentes da empresa Produtos da Horta estão aqueles que

mais influenciam e os que menos afetam a organização. Para identificar quais os

são estes concorrentes, foi criado um Quadro 6 que divide os mesmos.

Concorrentes Produtos da Horta

Mais Influentes Menos Influentes

Frut Haus - Frutas e Verduras Verduras RUI

Verduras Orlando Verduras Mauricio

Verduras Arno Vale das Verduras

SS - Frutas e Verduras Lucemar - Frutas e Verduras

Verduras Marcos Voight - Frutas e Verduras

Verduras Alfredo Verduras MORE Quadro 6: Concorrentes Produtos da Horta Fonte: Dados da empresa

Já no caso da empresa Fruit News a disputa pelos consumidores dos bairros

é grande, sendo que a empresa possui vários concorrentes menores, maiores e do

mesmo porte. No Quadro 7, estão detalhado todos os concorrentes.

Concorrente Supermercado Fruit News

Supermercado Lucilva

Mercado GJK

Supermercado Madre Paulina

Supermercado Mais

Padaria e Mercearia Winter

Supermercado Nilo Goedert Quadro 7: Concorrentes Supermercado Fruit News Fonte: Dados da empresa

Têm-se fotos da empresa Produtos da Horta e do supermercado Fruit News.

3.9 Fotos das Empresas

A Figura 6 mostra a fachada do supermercado Fruit News.

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Figura 6: Foto externa Supermercado Fruit News Fonte: Supermercado Fruit News

Figura 7: Foto interna Fonte: Supermercado Fruit News

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Figura 8: Foto interna Fonte: Supermercado Fruit News

Figura 9: Foto plantações hortaliças Fonte: Empresa Produtos da Horta

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Figura 10 – Foto plantações hortaliças

Fonte: Empresa Produtos da Horta

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4 RESULTADO DA PESQUISA

Os resultados da pesquisa aplicada são apresentados neste capitulo, que foi

elaborado com os compradores organizacionais e clientes das empresas Produtos

da Horta e do Supermercado Fruit News. A primeira parte da pesquisa apresenta os

questionamentos para se levantar o perfil dos clientes e compradores

organizacionais.

4.1 Perfil dos Compradores Organizacionais

Segue exposto nos Gráficos o perfil dos clientes, de acordo com a pesquisa

de campo:

Gênero

18%

82%

Pessoa Física

Pessoa Jurídica

Gráfico 1: Gênero dos Compradores Organizacionais Produtos da Horta Fonte: Pesquisa de campo

O perfil dos compradores organizacionais e consumidores Produtos da Horta,

segundo o Gráfico 1, são formados por 82% pessoas jurídicas e 18% são pessoas

físicas. Este fato é interessante para a empresa, pois a pessoa jurídica compra em

maiores quantidades e variedades de produtos, com quantidades o produtor pode

vender num preço reduzido.

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Anos de mercado

28%

22%25%

25%

5 á 10 anos

11 á 15 anos

20 á 26 anos

30 á 37 anos

Gráfico 2: Anos de mercado Fonte: Pesquisa de campo

Percebe-se no Gráfico 2 que 28% dos consumidores organizacionais possui

a empresa de 5 á 10 anos. Tendo um empate de 25% em empresas que atuam

tanto no período de 11 á 15 anos e de 10 á 26 anos no mercado. E 22% das

organizações pesquisadas estão de 30 a 37 anos trabalhando no ramo de varejo.

Escolaridade

6%

27%

27%

40% 1º á 4º Série

Ensino Fundamental

2º Grau

Curso Superior

Gráfico 3: Escolaridade Fonte: Pesquisa de campo

No fator escolaridade observa-se que a maioria dos compradores

organizacionais tem curso superior, isto é, 40% dos respondentes, dentre eles

destacam-se as pessoas que possuem o curso superior completo ou incompleto. Em

seguida tem-se um percentual de compradores com o mesmo grau de escolaridade

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tendo 27% com 2º grau e 27% com ensino fundamental. E apenas 6% dos

entrevistados possuem apenas a 1º a 4º série.

Renda do Estabelecimento

0% 15%

46%

39% Menos de 100,00

2.000 á 5.000

6.000 á 10.000

acima de 15.000

Gráfico 4: Média da renda mensal Fonte: Pesquisa de campo

Com relação à média da renda mensal o Gráfico apresenta que 46% dos

compradores estão na faixa de 6.000 a 10.000. Com 39% dos compradores estão

em uma média acima de 15.000. E 15% têm uma renda de 2.000 á 5.000. Já menos

de 1.000 não existe nenhum comprador com esta média.

Frequência de compra

18%

73%

9%

1 á 2 vezes por semana

3 á 4 vezes por semana

5 ou mais vezes por semana

Gráfico 5: Freqüência de compra dos compradores organizacionais. Fonte: Pesquisa de campo

Observa-se no Gráfico 5 que 73% dos compradores compram mercadorias de

hortifrutigranjeiros de 3 á 4 vezes por semana. Sendo 18% os que compram de 1 á 2

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vezes por semana e apenas 9% compram mercadorias de 5 ou mais vezes por

semana. Nota-se uma grande vantagem, pois o Produtos da Horta faz praça de 3 a 4

vezes por semana, ou seja, 73% dos compradores são fiés a empresa.

Gasto em Média

0% 6%

36%

58%

Menos de 100,00

Menos de 300,00

1 salário Minimo

2 á 3 salários Minimos

Gráfico 6: Gasto por mês em compras Fonte: Pesquisa de campo

O sexto Gráfico identifica em média quantos reais por mês os compradores

gastam em produtos de hortifrutigranjeiros, sendo 58% com gasto de 2 á 3 salários

mínimos. Com 36% são os que gastam mensalmente 1 salário mínimo com o

Produtos da Horta, apenas 6% gastam menos de 300 reais e 0% com menos de 100

reais.

Adquire verduras de outras empresa

58%

42%

Sim

Não

Gráfico 7: Se adquire verduras de outras empresas Fonte: Pesquisa de campo

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Analisando o Gráfico 7, pode-se perceber que mais da metade dos

compradores organizacionais compram de outras empresas também produtos de

hortifrutigranjeiros com um percentual de 58%, e 42% são fiés a empresa Produtos

da Horta, só adquirem produtos da empresa.

Concorrentes

21%

16%

21%11%

31% Frut Haus

Alfredo Verduras

S.S. Frutas e Verduras

Orlando Verduras

Arno Verduras

Gráfico 8: Concorrentes Fonte: Pesquisa de campo

O Gráfico 8 nos mostra os principais concorrentes Produtos da Horta, com

31% temos a empresa verduras Arno, com 21% as empresas SS Frutas e Verduras

e Frut Hass. Com um percentual de 16% tem-se a empresa de Alfredo Verduras e

com apenas 11% Orlando Verduras.

Cabe relatar que a empresa Produtos da Horta tem uma parceria com

Verduras Arno, sendo os proprietários irmãos e revezarem os dias de venda no

Ceasa mantendo os mesmos compradores organizacionais.

Motivo pela compra

26%

20%28%

26%

Qualidade

Atendimento

Entrega

Preço

Gráfico 9: Motivo pela compra Fonte: Pesquisa de campo

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O Gráfico 9 mostra qual o motivo mais importante da compra para os

compradores organizacionais. Com 28% o grau de maior importância é a entrega, ou

seja, os compradores organizacionais com a correria do dia-a-dia dão muita

importância à empresa pela entrega no local.

4.2 Perfil dos Consumidores: Supermercado Fruit News

Nesta seção será apresentado o perfil dos clientes do supermercado Fruit

News:

Gênero

63%

37%

Feminino

Masculino

Gráfico 10: Gênero dos clientes do Supermercado Fruit News Fonte: Pesquisa de campo

Através dos resultados obtidos observa-se que no Gráfico 10 a maioria dos

clientes do supermercado Fruit News é de gênero feminino com um percentual de

63%. Isto é um fato importante, pois as mulheres têm um enorme poder de decisão

de compras. Por sua própria natureza, as mulheres são também grandes

compradoras por causa de sua capacidade de atenção pulverizada. Outro fato

também é que as mulheres sabem suprir as necessidades para toda a família, já o

homem não consegue perceber esses fatores. Como mostra a pesquisa são apenas

37% dos homens que compram no supermercado.

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Idade

36%

30%

19%

15%

16 á 25 anos

26 á 37 anos

38 á 49 anos

50 á 77 anos

Gráfico 11: Idade dos entrevistados Fonte: Pesquisa de campo

Já no Gráfico 11, nota-se que a maioria dos clientes (36%) que compram está

na faixa etária de 16 a 25 anos, ou seja, é uma faixa etária jovem. Já com um

percentual de 30% nota-se é que um público mais formado. Com 19% pessoas entre

38 á 49 anos, e apenas 15% pessoas de 50 á 77 anos.

Escolaridade

10%

16%

38%

36% 1º á 4º série

Ensino Fundamental

2º Grau

Curso Superior

Gráfico 12: Escolaridade Fonte: Pesquisa de campo

De acordo com os dados coletados, apenas 10% possuem de 1º á 4º série,

16% dos clientes questionados possuem ensino fundamental. Já com um percentual

mais alto, com 38% dos clientes possuem até 2º grau completo. E com 36% com

curso superior completo ou incompleto, um percentual considerado alto para uma

cidade pequena e aonde não se encontra nenhuma universidade.

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Renda Familiar

15%

47%

24%

14%

1 Salário

2 á 3 Sálarios

4 á 5 Salários

Acima de 5 Salários

Gráfico 13: Renda Familiar Fonte: Pesquisa de campo

De acordo com os dados apresentados, verificou-se que 43% dos clientes

recebem uma renda mensal de 2 á 3 salários mínimos. Em seguida, com 24% os

que recebem de 4 á 5 salários mínimos. Com 15% adquirem uma renda de 1 salário

mínimo e apenas 14% recebem acima de 5 salários. Pode-se caracterizar que os

clientes do supermercado recebem uma renda mensal razoável.

Frequência que vai ao mercado

68%

24%

8%

1 á 2 vezes por semana

3 á 4 vezes por semana

5 ou mais vezes por semana

Gráfico 14: Freqüência aos supermercados Fonte: Pesquisa de campo

De acordo com os dados obtidos através da pesquisa, dos 125 clientes

questionados, 68% freqüentam ao supermercado de 1 á 2 vezes por semana. Com

24% dos entrevistados freqüentam de 3 á 4 vezes por semana, e apenas 8%

freqüentam de 5 ou mais vezes por semana.

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Quanto gasta no Fruit News

28%

43%

26%

3%

Menos de R$ 100,00

Menos de R$ 300,00

1 Salário Minimo

2 á 3 Salários Minimo

Gráfico 15: Média do gasto mensal no Fruit News Fonte: Pesquisa de campo

A pesquisa mostra que 43% dos clientes gastam menos de 300,00 reais no

supermercado Fruit News. 28% costumam gastam em menos de 100,00 reias. E

26% gastam 1 salário mínimo mensal no estabelecimento. Sendo 3% gastam de 2 a

3 salários, sendo um percentual muito baixo ainda para o estabelecimento.

Concorrentes

41%

5%20%

11%

8%

15% 0% Nilo Goedert

Lucilva

Mais

Winter

GJK

Madre Paulina

Outro

Gráfico 16: Concorrentes Fonte: Pesquisa de campo

Analisando o Gráfico 16, percebe-se que para a cidade de Luis Alves, se tem

bastantes concorrentes na área de supermercados. O maior supermercado da

cidade é o Nilo Goedert e mais freqüentado com um percentual de 41% dos

entrevistados. Em seguida, o supermercado Mais com 20%, próximo ao Fruit News.

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Já os menores ou iguais ao supermercado Fruit News obtiveram um percentual

parecido, o Madre Paulina com 15% e Mercearia e Padaria Winter com 11%.

Motivo pela compra

23%

23%

16%

19%

19%Qualidade

Atendimento

Estacionamento

Preço

Localização

Gráfico 17: Motivo de compra no Fruit News Fonte: Pesquisa de campo

Os entrevistados decidiram que o seu motivo pela compra no supermercado

Fruit News é pela qualidade e atendimento tendo um percentual empatado em 23%.

Em seguida obteve a localização e o preço também com percentuais iguais em 19%

e o estacionamento com 16%.

4.3 Escala RSQ

A pesquisa foi realizada através da escala desenvolvida por Dabholkar,

Thorpe e Rentz, denominada como RSQ (Retail Service Quality) que significa

Qualidade de Serviços no Varejo. A escala tem 30 perguntas relacionadas as

dimensões: Aspectos físicos, Confiança, Interação pessoal, Soluções de problemas,

Políticas internas e a lealdade.

A pesquisa iniciou-se no dia 27 de agosto de 2011 e encerrou-se no dia 19 de

setembro do mesmo ano. Tendo um total de 125 questionários respondidos neste

período. Para aquelas pessoas que se dispuseram a colaborar com a pesquisa, foi

dada a opção de responder o questionário em suas residências ou no próprio

estabelecimento, onde havia uma urna para depositar os questionários respondidos.

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Já para os compradores organizacionais iniciou-se a pesquisa no mesmo período,

tendo um total de 33 questionários coletados, foi elaborada a pesquisa no Ceasa de

Blumenau – SC, no horário comercial das 3:00 ás 8:00 da manhã. Além do Ceasa,

alguns consumidores organizacionais responderam em seu próprio estabelecimento.

A escala RSQ divide-se em cinco dimensões específicas, na qual é composta

por 30 questões onde os respondentes analisaram a qualidade percebida de um

determinado serviço no ramo de varejo. Em comum acordo com os gestores foi

estipulada uma média acima de 8,00 como satisfatória.

Foi realizada uma adaptação diante das afirmações dos questionários

(apêndices A e B) para facilitar apresentação dos resultados de forma conjunta.

A Tabela 1 aborda a dimensão aspectos físicos de ambas empresas.

Tabela 1: Resultados da Dimensão Aspectos Físicos

Nº AFIRMAÇÃO MÉDIA

PRODUTOS DA HORTA

MÉDIA FRUIT NEWS

1 Os materiais de serviços, equipamentos,

caixas são modernos e agradáveis 7,45 8,60

2 As sacolas e embalagens são resistentes 8,81 8,43

3 A aparência da loja/caminhão é adequada 8,33 8,81

4 O banheiro é adequado Não

Questionado 8,81

5 A organização facilita o cliente encontrar

o que necessita 8,00 8,60

MÉDIA GERAL 8,06 8,65

Fonte: Pesquisa de campo

Segundo os autores Gianesi e Corrêa (1994) os serviços tangíveis referem-se

á qualidade e /ou aparência de qualquer evidência física ou do sistema de

operações, ou seja, bens facilitadores, equipamentos, instalações, pessoal ou ainda,

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outros consumidores. Este critério é importante para quase todos os serviços, devido

a dificuldade de o cliente avaliar o serviço antes da compra, fazendo com que esteja

atento aqueles aspectos que ele consegue avaliar facilmente, são chamados itens

tangíveis.

As médias mais altas foram idênticas (8,81) na qual os clientes do

supermercado consideraram a aparência da loja e os banheiros adequados. Já para

os compradores organizacionais a maior satisfação foi diante das sacolas e

embalagens utilizadas (8,81), seguida da aparência do caminhão que obteve média

de 8,33 na afirmação 3.

Ao contrário do resultado apresentado na empresa Produtos da Horta a média

mais baixa apresentada pelos clientes do supermercado obteve resultado de 8,43

sendo que esta afirmativa questionava sobre a resistência das sacolas.

Quanto aos equipamentos e mobiliário (afirmação 1) e também diante da

organização da loja (afirmação 5), os clientes demonstraram satisfação, sendo que

as duas médias foram de 8,60.

A única média que se apresentou abaixo do esperado pelos gestores foi de

7,45 na empresa Produtos da Horta diante da afimação 1 sobre os serviços,

equipamentos e caixas modernas e agradáveis.

A média geral da dimensão foi de 8,65, demonstrando que o supermercado

oferece aspectos físicos suficientemente satisfatórios aos clientes. Já para os

compradores organizacionais a média geral foi de 8,06.

Tabela 2: Resultados da Dimensão Confiança

Nº AFIRMAÇÃO MÉDIA

PRODUTOS DA HORTA

MÉDIA FRUIT NEWS

1 A loja facilita a locomoção Não

Questionado 8,74

2 Quando supermercado/Produtos da

Horta promete algo, cumpre dentro do prazo

8,63 8,71

3 O supermercado/Produtos da Horta

cumpre suas promessas 8,69 8,84

4 O supermercado/Produtos da Horta

realiza serviços de maneira correta na 1º vez

8,41 8,88

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5 Sempre tem mercadorias disponíveis 8,36 8,21

6 O supermercado/Produtos da Horta

esforça-se para manter tudo em ordem 8,87 9,07

MÉDIA GERAL 8,59 8,74

Fonte: Pesquisa de campo

Analisando o resultado em relação à dimensão da confiança, percebe-se que

é um sentimento que predomina nas relações da equipe. Uma das definições de

confiança é que essa significa uma combinação positiva de sentimentos, interesses,

opiniões, propósitos e valores entre os membros de uma equipe. Os autores Rocha

e Oliveira (2000), abordam que confiabilidade é a capacidade de prestar o serviço

prometido de modo confiável e com precisão, satisfazer as necessidades primárias

dos clientes de prazo e quantidade.

As melhores médias apresentadas foram da afirmação 6 que se refere ao

esforço da empresa para manter tudo em ordem, na qual obteve uma média de 9,07

para o supermercado e 8,87 para o Produtos da Horta.

Os consumidores e compradores organizacionais comprovam com as médias

que o supermercado (8,88) e o Produtos da Horta (8,41) realizam serviços de

maneira correta na primeira vez. Para a afirmação 3, os compradores

organizacionais adotaram uma média de 8,69, e os clientes do supermercado deram

uma média de 8,84 para os comprimentos das promessas.

Na afirmação 2, as empresas quando prometem algo, cumprem dentro do

prazo estabelecido ou prometido, com média de 8,71 para o supermercado e 8,63

para o Produtos da Horta. Essas três afirmações realmente confirmam o conceito de

Rocha e Oliveira (2000) pelas médias coletadas.

A loja facilita a locomoção, essa afirmação foi realizada somente com os

clientes do supermercado, e tendo uma média de 8,74.

A média mais baixa apresentada na Tabela 2, foi sobre a afirmação que

sempre tem mercadorias disponíveis, o supermercado com 8,21 e o Produtos da

Horta com 8,36. No caso do supermercado por ser novo no mercado, não consegue

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oferecer ainda uma grande variedade de produtos. Já para a empresa Produtos da

Horta é provavelmente porque ele apenas oferece verduras e legumes, ainda não

trabalha com frutas.

Na dimensão de confiança a média geral apresentada foi de 8,74 para o

supermercado e 8,57 para Produtos da Horta, ou seja, estão demostrando

confiabilidade para os seus clientes finais.

Tabela 3: Resultados da Dimensão Interação pessoal

Nº AFIRMAÇÃO MÉDIA

PRODUTOS DA HORTA

MÉDIA FRUIT NEWS

1 Os funcionários do supermercado/ Produtos da Horta têm condições de sanar as dúvidas

8,12 8,87

2 O comportamento dos funcionários inspira confiança

8,96 8,93

3 O cliente se sente seguro em realizar transações comerciais

8,78 9,00

4 Os funcionários prestam informações corretas sobre os prazos em que os serviços serão realizados

8,18 8,85

5 Os funcionários estão sempre disponíveis para atender o cliente

8,90 8,85

6 Os funcionários dão atendimento personalizado aos clientes

8,57 8,86

7 Os funcionários são educados, sinceros 8,93 9,25

8 Os funcionários são educados, Sinceros ao telefone

8,81 8,94

MÉDIA GERAL 8,66 8,94

Fonte: Pesquisa de campo

Rocha e Oliveira (2000) relatam que, empatia é a atenção e o carinho

individualizados proporcionados aos clientes.

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Kotler (1998) menciona que em razão de serviços serem fornecidos por

pessoas, o treinamento e a motivação dos funcionários faz com que o consumidor

também fique satisfeito com o atendimento, por isso o funcionário deve mostrar

competência, atenção, responsabilidade, iniciativa, habilidades para resolução de

problemas e boa vontade.

Tanto para os consumidores e compradores organizacionais os funcionários

são educados e sinceros (afirmação 7), tendo uma média de 9,25 para o

supermercado e 8,93 para o Produtos da Horta. Para a afirmação 8, o supermercado

obteve 8,94 e Ademar 8,81 no atendimento ao telefone.

Na afirmação 3, o cliente sente seguro em realizar transações comercias, as

médias coletadas foram de 9,00 para o supermercado e 8,78 para os compradores

organizacionais da empresa Produtos da Horta. E na afirmação 2, os funcionários

passam inspiração de confiança com média de 8,96 para os compradores

organizacionais e 8,93 para os clientes.

Quanto a sanar dúvidas (afirmação 1), informações corretas (afirmação 4) e

disponibilidade de atender (afirmação 5), os clientes e compradores apropriaram

médias acima de 8,00 para todas as afirmações. Pode-se descrever que o resumo

da presteza dos funcionários, segundo Churchill e Peter (2003) refere-se à

disposição ou prontidão dos empregados ou profissionais a prestar o serviço.

A média geral da dimensão interação pessoal foi de 8,94 para o

supermercado e 8,66 para Produtos da Horta. Sendo essas médias satisfatórias

para ambas as organizações.

Tabela 4: Resultados da Dimensão Soluções de Problemas

Nº AFIRMAÇÃO MÉDIA

PRODUTOS DA HORTA

MÉDIA FRUIT NEWS

1 O supermercado/Produtos da Horta facilita a troca e devolução de mercadorias

8,66 8,92

2 Quando um cliente tem um problema, mostra Interesse sincero em resolver

8,69 9,16

3 Os funcionários são habilitados a solucionar Pessoalmente alguma reclamação

8,30 8,73

MÉDIA GERAL 8,55 8,94

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Fonte: Pesquisa de campo

Relatam os autores Rocha e Oliveira (2000) a responsividade “é a disposição

para ajudar o cliente e proporcionar com presteza um serviço”.

A média mais significativa foi referente à afirmação 2, na qual as empresas

mostram interesse sincero em resolver, para os clientes 9,16 e os compradores

organizacionais com 8,69.

Para muitos compradores organizacionais (8,66) e consumidores (8,92) a

facilidade de troca e devolução de mercadorias são pontos essenciais de uma

empresa, é o que relata a afirmação 1.

Para a afirmação 3, os funcionários são habilitados a solucionar

pessoalmente alguma reclamação, as médias foram de 8,73 para os clientes do

supermercado e 8,30 para os compradores organizacionais.

Sobre a dimensão soluções de problemas a pesquisa obteve uma média geral

de 8,94 para o supermercado e 8,55 para o Produtos da Horta. Pode-se perceber

que as duas empresas buscam ajudar nos problemas e facilitar certas devoluções.

Tabela 5: Resultados da Dimensão Políticas Internas

Nº AFIRMAÇÃO MÉDIA

PRODUTOS DA HORTA

MÉDIA FRUIT NEWS

1 O supermercado/Produtos da Horta oferece produtos de alta qualidade

8,96 8,73

2 A empresa Produtos da Horta oferece

diversidade de produtos 8,72

Não Questionado

3 O horário de funcionamento é conveniente 8,84 9,33

4 O supermercado/Produtos da Horta aceita

vários tipos de pagamentos (Dinheiro,cheques,cartão)

9,19 9,33

5 O supermercado oferece amplo

estacionamento Não

Questionado 8,90

MÉDIA GERAL 8,93 9,07

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Fonte: Pesquisa de campo

Leontiades (1982 apud UMEDA; TRINDADE, 2000) aborda que política é a

razão e direção amplas para toda a organização. E para Steiner e Miner (1997 apud

UMEDA; TRINDADE, 2000) política são guias para a execução de uma ação.

Políticas devem ser elaboradas visando o longo prazo, mas, ao mesmo

tempo, flexíveis para se adaptarem às condições de mercado e às novas

conFigurações organizacionais. Elas não devem ser amarras que limitam a ação do

administrador àquilo o que sempre foi feito (UMEDA; TRINDADE, 2000).

A média alta para os consumidores foi da afirmação 4 (9,33) sobre os vários

tipos de pagamentos que as empresas aceitam, já para os compradores a média

ficou em 9,19.

O horário também é conveniente para os consumidores do supermercado

com média de 9,33. O supermercado trabalha de segunda á sábados das 7:00 ás

19:00 horas, domingos e feriados das 8:00 ás 12:00 horas. Já para os compradores

organizacionais a média foi de 8,84, sendo um horário das 3:00 ás 8:00 horas no

Ceasa, e os demais entrega no próprio estabelecimento.

Com média de 8,90 na afirmação 5, o supermercado oferece amplo

estacionamento para a maior parte dos consumidores. Já para os compradores

organizacionais não foi questionado esta afirmação, já que o estacionamento

pertence ao CEASA de Blumenau.

A empresa Produtos da Horta (8,96) apresenta uma média maior na

afirmação 1, sobre o fornecimento de produtos de alta qualidade. E na afirmação 2

com média de 8,72 nas diversidades dos produtos. Já a empresa Fruit News

apresenta uma média de 8,73 (afirmação 1) e a afirmação 2 não foi questionada

para os consumidores.

A média geral da dimensão políticas internas foi maior para o supermercado

(9,07) e 8,93 para a empresa Produtos da Horta, demonstrando que existem

políticas internas nas empresas questionadas.

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Tabela 6: Resultados da Dimensão Lealdade

Nº AFIRMAÇÃO MÉDIA

PRODUTOS DA HORTA

MÉDIA FRUIT NEWS

1 Eu recomendo esta empresa para parentes e amigos

9,30 9,42

2 Certamente continuarei cliente desta empresa

9,30 9,51

3 Considero-me leal a está empresa 8,18 8,66

4 Comprarei novamente desta empresa

9,24 9,48

MÉDIA GERAL 9,01 9,27

Fonte: Pesquisa de campo

A lealdade pode ser definida como um comprometimento profundo em

recomprar ou em favorecer um produto ou serviço no futuro, optando-se pela

repetição da marca ou aquisição do mesmo conjunto de marcas, não obstante que

influências situacionais e esforços de marketing tenham potencial para causar um

comportamento de troca (OLIVER, 1999, apud HERNANDEZ; NOHARA, 2008).

Como a dimensão da lealdade mostra retorno a empresa, a média mais alta

obtida nessa dimensão é na afirmação 2 com 9,51 para o supermercado e 9,30 para

Produtos da Horta. A maioria dos questionados confirmaram que continuaram

clientes das empresas. Como isso a afirmação 4 completa a afirmação anterior,

compraram novamente nas empresas pesquisadas com média de 9,48 dos clientes

e 9,24 dos compradores organizacionais.

No caso da afirmação 1, obteve-se uma média de 9,42 dos consumidores e

9,30 dos compradores na questão de recomendar a empresa para parentes,

conhecidos e amigos.

Considerando leal (afirmação 3) os consumidores com uma média de 8,66 e

os compradores 8,18.

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Tendo-se uma média geral de 9,27 para os clientes do supermercado e 9,01

para os compradores organizacionais da empresa Produtos da Horta na dimensão

da lealdade, sendo assim percebe-se a existência favorável da lealdade nas

empresas questionadas.

4.4 Resumo das Médias Gerais

Nessa etapa serão apresentados os Gráficos com as médias gerais de cada

dimensão da escala RSQ (Qualidade de serviços no varejo).

7,5

8

8,5

9

9,5

Média Geral das dimensões da empresa Produtos da Horta

Série1 8,06 8,55 8,57 8,66 8,93 9,01

Aspectos

Fisícos

Soluções

ProblemaConfiança

Interação

Pessoal

Políticas

InternasLealdade

Gráfico 18: Média Geral das dimensões da empresa Produtos da Horta Fonte: Pesquisa de campo

Analisando a média geral das dimensões da escala RSQ, percebe-se que

nenhuma das dimensões analisada foi de insatisfação para os compradores

organizacionais da empresa Produtos da Horta, porque não houve nenhuma média

abaixo de 8,00.

Para os compradores o fato menos relevante são os aspectos físicos, os

materiais e equipamentos utilizados pela empresa Produtos da horta.

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Nas dimensões de soluções de problemas e confiança praticamente houve

um impate nas médias. Na dimensão da interação pessoal e políticas internas os

compradores dão maior importância quanto as dimensões já citadas.

A dimensão que está fortemente presente no dia-a-dia dos compradores

organizacionais é a dimensão da lealdade, tendo uma média de 9,01.

8,2

8,4

8,6

8,8

9

9,2

9,4

Média Geral das dimensões do Supermercado Fruit News

Série1 8,65 8,74 8,94 8,94 9,07 9,27

Aspectos

Fisícos Confiança

Interação

Pessoal

Soluções

Problemas

Políticas

InternasLealdade

Gráfico 19: Média Geral das dimensões do Supermercado Fruit News Fonte: Pesquisa de campo

As médias das dimensões da escala utilizada para os consumidores do

supermercado Fruit News também foram acima da média adotada como satisfação.

Sobre as dimensões de interação pessoal e as soluções de problemas os

consumidores acabaram impatando as médias, sendo um ponto razoalvemente

importante.

As dimensões mais fortemente presentes para os consumidores do

supermercado foi as políticas internas com uma média 9,07 e a lealdade com 9,27.

Sendo as duas maiores médias apresentadas na pesquisa.

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4.5 Pontos Fortes das empresas: Produtos da Horta e Fruit News

Segundo a pesquisa realizada na empresa supermercado Fruit News e

empresa Produtos da Horta, foram levantados os pontos fortes. Para esta pesquisa

foi delimitado como pontos fortes as médias acimas de 8,50.

Dimensões Produtos da Horta Supermercado Fruit News

Aspecto Fisico

* Sacolas e embalagens resistentes

* Os materiais de serviços são modernos e agradáveis

* * A aparência da loja é adequada

* * Banheiro é adequado

* * Organização da loja

Confiança

* Promessa cumprida nos prazos * Facilidade de locomoção

* Cumpre suas promessas * Promessa cumprida nos prazos

* Esforça-se para manter tudo em ordem * Cumpre as promessas

* * Serviços corretos na 1º vez

* * Esforça-se para manter tudo em

ordem

Interação Pessoal

* Funcionários educados, sinceros

* Funcionários capazes de sanar as dúvidas

* Atendimento personalizado * Funcionários educados, sinceros

* * Atendimento Personalizado

Soluções de Problemas

* Facilidade de troca de Mercadoria * Facilidade de troca de mercadoria

* Interesse em resolver os problemas

* Interesse em resolver os problemas

Politicas internas

* Produtos de qualidade * Produtos de qualidade

* Horário conveniente, tipos de pagamentos

* Horário conveniente, amplo estacionamento, tipos de

pagamentos

Lealdade * Continuarão compradores * Continuarão compradores

* Recomendam a empresa * Continuarão compradores

Quadro 8: Pontos fortes Fonte: Elaborado pelo acadêmico

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4. 5.1 Pontos fracos das empresas: Produtos da Horta e Fruit News

Identificou-se que as empresas possuem algumas deficiências,

considerandos como pontos fracos. Esses pontos fracos foram priorizados pelos

proprietários como possíveis melhorias, a seguir estão apresentados no Quadro 9.

Dimensões Produtos da Horta Supermercado Fruit News

Aspecto Fisico

* Materiais de serviços, equipamentos, caixas * Sacolas não são resistentes

* A aparência do caminhão *

* Organização na pedra *

Confiança * Serviços realizados de maneira

incorreta na 1º vez * Mercadorias disponíveis

* Mercadorias disponíveis *

Interação Pessoal

* Os funcionários não têm condições de sanar as dúvidas *

* Falta de informações corretas de prazos *

Soluções de Problemas

* Os funcionários não têm condições de solucionar alguma reclamação *

Politicas internas * *

Lealdade * Lealdade dos compradores * Recomendação da empresa

Quadro 9: Pontos fracos Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Por meio dos pontos fracos, podemos identificar no capítulo a apresentação

das melhorias para a empresa Produtos da Horta e para o supermercado Fruit

News.

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5 SUGESTÕES DE MELHORIAS

Neste tópico se designa apresentar sugestões de melhorias visando delinear

ações de melhorias em busca do aumento de vendas e retenção de novos clientes e

compradores organizacionais para o supermercado Fruit News e Produtos da Horta.

Diante da análise e da fundamentação desenvolvida acerca do tema,

propõem-se as seguintes melhorias.

Dimensões Sugestões Ademar Sugestões Fruit News

Aspecto Fisico

* Utilizar caixas plásticas, deixando de lado as de madeira

* Utilizar caixas plásticas, deixando de lado as de madeira

* Caminhão com baú * Sacolas mais resistentes,

recicláveis

* Separar as variedades de mercadorias nas pedras

* Àrea das verduras/frutas refrigeradas

* * Construção de mais um banheiro

Confiança * Ter mais variedades de verduras * Ter mais variedades e quantidades

de produtos

* Comercializar frutas *

Interação Pessoal

* Treinamento para atendimento * Treinamentos para motivação e

atendimento

* Uniformes *

Soluções de Problemas * Treinamento para atendimento *

Politicas internas * Adquirir máquina de crédito sem fio *

Lealdade

* Panfletos de propaganda e divulgação do local da pedra * Promover mais promoções

* * Parceria com fornecedores para

sorteios

* * Meios de divulgação

Quadro 10: Sugestões de melhorias Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Para a empresa Produtos da Horta as sugestões prioritárias seria adquirir o

baú no caminhão e trabalhar com maior variedade de produtos. Já para o

supermercado Fruit News as mais prioritárias seria a implantação de uma área

refrigerada para as verduras e frutas e adquirir sacolas mais resistentes.

Após a apresentação das sugestões com base nos pontos fortes e fracos foi

possível elaborar as considerações finais explanadas no próximo capítulo.

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95

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o passar dos anos, o avanço tecnológico possibilitou aos consumidores

mais avanços as informações, maior agilidade e diversificação de produtos e

serviços. Baseado nesta afirmação, as empresas necessitam estar sempre atentas

as necessidades dos clientes, além de criar diferenciais para manter-se no mercado.

Criar vínculos com os clientes possibilita as empresas gerar fidelidade, além

de conhecer, mesmo que superficialmente suas necessidades e desejos.

O presente estudo objetivou diagnosticar e analisar a satisfação dos

consumidores do supermercado Fruit News e dos compradores organizacionais da

empresa Produtos da Horta.

Para o alcance desses objetivos, buscou-se referencial teórico para embasar

as proposições de pesquisa, utilizando-se os autores Dabholkar, Thorpe e Rentz

(1996) para avaliar as seis dimensões do modelo da escala RSQ (Qualidade de

serviços no varejo), que são: aspectos físicos, confiança, interação pessoal,

soluções de problemas, políticas internas e lealdade.

Quanto os aspectos metodológicos, o estudo caracterizou-se como uma

pesquisa-diagnóstico, com abordagem de pesquisa quantitativa e características

descritivas. Na coleta de dados foi utilizado um questionário a fim de identificar e

analisar a satisfação dos clientes e compradores organizacionais das empresas

pesquisadas julgou-se a metodologia adequada para alcance dos objetivos.

A Escala RSQ adotada nesta pesquisa foi de grande importância, pois é

adequada em ambientes varejistas. Foi possível observar a opinião relativa á

qualidade percebida do determinado serviço de varejo. Apesar da escala existir

desde o ano de 1996, há poucos artigos destacando a importância dessa escala.

Por isso, o acadêmico teve dificuldade para relacionar a teoria conceitual das

dimensões com os resultados obtidos.

O resultado obtido na mensuração da escala RSQ surpreendeu tanto o

acadêmico como os demais proprietários da empresa. Como o supermercado Fruit

News está a pouco tempo no mercado, as médias apresentaram aspectos positivos,

ou seja, há uma qualidade nos serviços e produtos prestados ao consumidor. Sendo

as dimensões com mais relevância na visão dos consumidores a lealdade, políticas

internas, solução de problemas e interação pessoal, as duas médias mais baixas

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ainda estavam dentro do padrão esperado sendo confiança e aspectos físicos. Já

para a empresa Produtos da Horta a maioria das médias foram acima de 8,00,

sendo assim os compradores organizacionais estão satisfeitos com os produtos e

serviços oferecidos pela empresa, diferentemente do supermercado a interação

pessoal foi a terceira dimensão mais positiva seguida da confiança e solução de

problemas.

Um dos principais objetivos da pesquisa foi implantar as ações de melhorias

baseadas no resultado da pesquisa realizada, a fim de proporcionar um resultado

mais positivo nas dimensões que apresentaram menor nível de satisfação de ambas

as empresas.

Sendo assim, o trabalho de modo geral, foi de grande valia tanto para o

acadêmico quanto para as empresas, tendo em vista o aprofundamento dos

conhecimentos teóricos e práticos dos conceitos absolvido no período acadêmico. A

pesquisa proporcionou um fortalecimento do conhecimento mercadológico, onde

seguramente perpetrará em um diferencial na vida profissional, dando grande ênfase

no comportamento dos consumidores, ao lado humano da qualidade e a auto-

motivação só conduz a satisfação e ao sucesso de ambos, tanto da empresa quanto

do administrador.

Desta forma, cabe-se ressaltar que esse tipo de pesquisa deve ser realizado

constantemente, baseado no fato, de o mercado estar em constantes mudanças,

assim como o nível de exigências dos clientes.

Por fim salienta-se que esta pesquisa promove a abertura do

desenvolvimento de outras pesquisas, tendo como sugestão a elaboração do plano

de comunicação para atingir aos consumidores e compradores organizacionais e

outra sugestão de novos estudos seria o monitoramento da satisfação das empresas

Produtos da Horta e Supermercado Fruit News.

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100

8 APÊNDICE

Apêndice A: Variáveis da escala Retail Service Quality e Lealdade para os clientes do supermercado Fruit News LTDA ME.

RSQ INDICADORES ORIGINAIS DA ESCALA

Aspecto Fisico

Aparência

1 – O supermercado Fruit News tem equipamentos e mobiliários modernos?

2 – As sacolas são resistentes?

3 - A aparência da loja é adequada?

Conforto

4 – O banheiro é adequado?

5 - A organização da loja facilita o cliente encontrar o que necessita?

Confiança

Compromisso

6 - A loja facilita a locomoção do cliente?

7 - Quando o supermercado promete algo, cumpre dentro do prazo?

Assertividade

8 - O supermercado cumpre suas promessas?

9 - O supermercado realiza os serviços de maneira correta na primeira vez?

10 - O supermercado sempre tem disponíveis as mercadorias que os clientes desejam?

Interação Pessoal

Inspiração de confiança

11 - O supermercado esforça-se para manter tudo em ordem?

12 - Os funcionários do supermercado têm condições de sanar as dúvidas dos clientes?

13 - O comportamento dos funcionários inspira confiança aos clientes?

Auxilio/cortesia

14 - O cliente se sente seguro em realizar transações comerciais com este supermercado?

15- Os funcionários prestam informações corretas sobre os prazos em que os serviços serão realizados?

16 - Os funcionários estão sempre disponíveis para atender o cliente?

17 - Os funcionários dão atendimento personalizado aos seus clientes?

18 - Os funcionários desta loja são educados?

19 - Os funcionários desta loja são educados no telefone?

Soluções de

Problemas

- 20 - O supermercado facilita a troca e devolução de mercadorias?

- 21 - Quando um cliente tem um problema, o supermercado mostra interesse sincero em resolver?

- 22 - Os funcionários são habilitados a solucionar pessoalmente alguma reclamação?

Políticas internas

- 23 - Este supermercado oferece produtos de alta qualidade?

- 24 - Este supermercado oferece amplo estacionamento?

-

25 - O horário de funcionamento é conveniente para seus clientes?

- 26 - O supermercado aceita a maioria dos cartões de crédito?

Lealdade Atitudinal

L1 - Eu recomendo este supermercado para parentes e amigos.

L2 - Certamente continuarei cliente deste supermercado.

L3 - Considero-me leal este supermercado.

L4 - Comprarei novamente neste supermercado.

Comportamental L5 - Quantas visitas você faz por mês neste supermercado?

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101

Apêndice B: Variáveis da escala Retail Service Quality e Lealdade para os compradores organizacionais da empresa Produtos da Horta.

RSQ INDICADORES ORIGINAIS DA ESCALA

Aspecto Físico

Aparência

1 - Os matérias relacionados aos serviços (caixas, embalagens) são visualmente agradáveis?

2- Oferece produtos de qualidade?

3- A aparência Produtos da Horta e seu funcionário são adequados?

4 - A aparência do caminhão é adequada?

Conforto 5 – A disposição das mercadorias no caminhão facilita encontrar o que necessita?

Confiança

Compromisso 6 - Quando o Produtos da Horta promete algo, cumpre dentro do prazo?

Assertividade

7 - Sempre tem mercadorias disponíveis?

8 - O Produtos da Horta cumpre suas promessas? 9 - O Produtos da Horta esforça-se para manter tudo em ordem?

10 - O Produtos da Horta realiza serviços de maneira correta na primeira vez?

Interação Pessoal

Inspiração de confiança

11 - Os funcionários têm condições de sanar as dúvidas?

12 - O cliente se sente seguro em realizar transações comerciais com o Produtos da Horta?

13 - O comportamento Produtos da Horta, inspira confiança?

Auxilio/cortesia

14 – Os funcionários prestam informações corretas sobre prazos de entrega dos produtos?

15- O Produtos da Horta está sempre disponível para atender o cliente?

16- O Produtos da Horta dá atendimento personalizado aos clientes?

17 - O Produtos da Horta é educado, sincero?

18 - O Produtos da Horta é educado, sincero no atendimento ao telefone?

19 - O Produtos da Horta facilita a troca ou devolução de mercadorias?

Soluções de

Problemas

- 20- Quando um cliente tem um problema, o Produtos da Horta mostra interesse sincero em ajudar?

- 21 - Os funcionários são habilitados a solucionar pessoalmente as dúvidas e reclamações?

- 22 - O Produtos da Horta oferece produtos de qualidade?

Politicas internas

- 23 - O Produtos da Horta oferece diversidade de produtos?

- 24- O horário em que lhe atende é conveniente?

- 25 - O Produtos da Horta aceita vários tipos de pagamentos (dinheiro, cheques)?

Lealdade Atitudinal

L1 - Eu recomendo o Produtos da Horta para atender parentes e amigos?

L2 - Certamente continuarei cliente Produtos da Horta.

L3- Considero-me leal ao Produtos da Horta.

L4- comprarei novamente com ele.

Comportamental L5- Quantas vezes por semana compro mercadorias dele?

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Nome do estagiário

Tiago Neuenfeldt

Orientador de conteúdo

Prof. Cristina Pereira Vecchio Balsini

Supervisor de campo

Diego Neuenfeldt

Responsável pelo Estágio

Prof. Eduardo Krieger da Silva, MSC