Trabalho de Escoamento Multifásico

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Trabalho de Escoamento Multifásico

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPRITO SANTO

    CENTRO UNIVERSITRIO NORTE DO ESPRITO SANTO

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS E TECNOLOGIAS

    MODELAGEM DO COEFICIENTE DE ARRASTE PARA O ESCOAMENTO

    DE UMA BOLHA ESFRICA EM SISTEMA PURO E EM SISTEMA

    CONTAMINADO

    Alessandra Terezinha Silva Souza

    So Mateus

    2015

  • 2

    Sumrio

    1. Introduo .................................................................................................... 3

    2. Desenvolvimento do Modelo ........................................................................ 4

    2.1. Bolhas esfricas em sistema puro......................................................... 4

    2.2. Bolhas esfricas em sistema contaminado ........................................... 4

    3. Validao do modelo ................................................................................... 5

    4. Exemplo ....................................................................................................... 6

    5. Referncias .................................................................................................. 7

  • 3

    1. Introduo

    O coeficiente de arraste uma quantidade adimensional desenvolvida a

    partir de dados experimentais usada para corrigir o arraste ou a resistncia de

    um objeto ao escoamento de um fluido (LUNA, 2009).

    Em casos de escoamentos com uma simples partcula, CD uma

    complexa funo dos nmeros de Reynolds (relao de foras viscosas e

    superficiais), Etvs e Morton (adimensionais que determinam a forma da

    gota)(BUSON, 2013).

    Na figura 1 temos trs tipos de escoamentos simples:

    Bolha esfrica em sistema puro: observa-se uma circulao

    interna na bolha, responsvel por diminuir o arraste viscoso e

    aumentar a velocidade terminal;

    Bolha esfrica em sistema contaminado: a interface se comporta

    como uma superfcie rgida devido o acumulo de contaminantes.

    Bolha no-esfrica: quando o dimetro muito grande as bolhas

    adquirem uma foram no-esfrica e a fora gravitacional e a

    tenso superficial passam a governar o escoamento.

    Figura 1 - Fatores determinantes das condies terminais. Fonte: Tomiyama et al. (1998).

  • 4

    2. Desenvolvimento do Modelo

    2.1. Bolhas esfricas em sistema puro

    O modelo proposto por Tomiyama el al (1998) foi baseado em duas

    correlaes anteriores apresentas por Hadamard (1911).

    valido apenas para Re 1.

    e Levich (1962), para altos valores de Re:

    As curvas das equaes (1) e (2) no se interceptam, deixando uma

    faixa de valores de CD e Re que no modelada por nenhuma delas. Para

    contornar esse problema Tomiyama el al (1998) modifica a equao (1)

    baseando-se no coeficiente de arrasto standard para particular esfricas rgidas

    (CLIFT,1970). A equao (1) fica:

    As equaes (2) e (3) se interceptam em Re = 43,4. Para Re 43,4 CD

    dado por (3) e para valores de Re > 43,4 por (2). Em (4) temos o modelo final

    de CD para bolhas esfricas em sistema puro.

    2.2. Bolhas esfricas em sistema contaminado

    No sistema contaminado as bolhas adquirem uma pequena rigidez na

    interface, e por isso, para modela-las Tomaiyama et al (1998) parte do

    coeficiente de arrasto standard para particular esfricas rgidas proposto por

    Clift (1970).

    Atravs de experimentos em sistemas semi contaminados foi observado

    que para valores de Re maiores 43.4 a equao (5) no corresponde aos dados

    medidos sendo necessrio utilizar a seguinte relao.

  • 5

    Em (7) temos o modelo final para bolhas esfricas em sistemas semi

    contaminados.

    Porm, para sistemas fortemente contaminados o comportamento da

    bolha esfrica se aproxima bastante do comportamento de uma esfera rgida e

    deve-se utilizar a equao (5).

    3. Validao do modelo

    Atravs de dados medidos disponveis em Tomaiyama et al (1998),

    representados aqui pela figura 2, vemos que a troca da equao (1) pela

    equao (3) confere maior acurcia ao modelo para valores de Re >1.

    Figura 2 - Verificao da equao (3). Fonte: Tomiyama et al. (1998).

    A exatido do modelo (7) analisada atravs da figura 3, onde os

    smbolos representam os valores medidos e as curvas os valores calculados.

    Foram testados valores de Re < 105 onde os dados de Re < 10

    3 correspondem

    ao escoamento de bolhas esfricas e os dados acima deste valor se referem

    ao escoamento de bolhas no-esfricas.

    Observa-se que os valores coincidem na maior parte dos casos,

    comprovando a preciso dos modelos. Os autores no explicitam qual a faixa

    de aplicao de cada mtodo. Mas pela figura 3 podemos concluir que os

    modelos apresentados so aplicveis para Re < 103 .

  • 6

    Figura 3 - Comparao entre valores calculados e medidos o escoamento de uma bolha em vrios lquidos inertes; smbolos: dados, curva: calculados. Fonte: Tomiyama et al.(1998).

    Os sistemas contaminados so mais comuns e os dados obtidos foram

    medidos em um sistema semi contaminado, por isso apenas o modelo para

    sistemas semi contaminados foi utilizado no calculo das curvas na figura 3.

    4. Exemplo

    Calcule o coeficiente de arraste para o escoamento de uma bolha

    esfrica com dimetro de 10e-3 m e velocidade terminal de 0,033 m/s em um

    sistema de gua a 25C.

    1 Passo: Clculo de Re

    Re = ( L V T d)/ L = (998,2 * 0,033 * 10-3) / 1-3

    Re = 32,9 33

    2 Passo: Clculo de CD, utilizando a equao (7)

    CD = (1+0,15 Re0,687)*24/Re = (1+0,15 *330,687)*24/33 = 1,93

    e

    CD = 72/Re = 72/33 = 2,18 Resposta: CD = 1,93

    Re

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    5. Referncias

    BUSON, D. F. Escoamento leo-Gs em Equipamento Submarino: Influncia

    da Frao Volumtrica de Gs na Separao de Fases no Mdulo de Bombeio.

    Dissertao de Mestrado (Engenharia Mecnica). Universidade Federal do

    Esprito Santo. Vitria, 2013

    CLIFT, R. and GAUVIN, W. H. The Motion of Particles in Turbulent Gas

    Streams, 1970.

    LUNA, C. M. R. Anlise e Demonstrao do Comportamento do Escoamento

    Bifsico Gs-Slido. Dissertao de Mestrado (Engenharia Mecnica).

    Faculdade de Engenharia de Guatatinguet. Guaratinguet, 2009

    TOMIYAMA, A. et al. Drag Coefficients of Single Bubblesunder Normal and

    Micro Gravity Conditions. JSME Internetional Jornal. 1998.