A CLASSIFICAÇÃO DE STACKELBERG

As Classificações mais simples de estruturas de mercado fundamentam-se apenas no número de agentes envolvidos em cada um dos dois lados – o da procura e o da oferta. A classificação proposta em 1934 por H. Stackelberg é deste tipo:

Quadro representativo da Estrutura de Stackelberg.

A simplicidade da matriz de Stackelberg resulta de se reduzir o princípio da diferenciação a apenas um elemento; o número dos que intervêm no mercado, tanto no lado da oferta (vendedores), quanto no da procura (compradores). Mesmo não considerando outros elementos importantes de diferenciação, foi um instrumento de referência para desenvolvimentos teóricos posteriores. Ele mostrou que, entre esses dois extremos, há várias possibilidades intermediárias, que se podem definir pelo número dos que se encontram em cada um dos dois lados, em diferentes situações de mercado.

CLASSIFICAÇÃO DE MARCHAL

Elabora um quadro de estrutura de mercado, seguindo a mesma linha de raciocínio de Stackelberg, porém, com maior numero de componentes, interferindo entre si.

Além de existir um só vendedor (estrutura monolítica), poucos vendedores (estrutura molecular), há também a estrutura atomizada: muitos vendedores com viscosidade (a estrutura é viscosa quando ocorrerem situações ou comportamentos

capazes de impedir a sinalização perfeita dos preços, no mercado de produtos, e de remunerações, no mercado de fatores) e vendedores com fluidez (a estrutura é fluida quando não ocorrerem quaisquer obstáculos a livre atuação das forças de oferta e procura).

Há também um  só comprador (estrutura monolítica), poucos compradores (estrutura molecular) e estrutura atomizada muitos compradores com viscosidade muitos compradores com fluidez.

Quadro representativo da Estrutura de Marchal.

QUATRO ESTRUTURAS DE REFERÊNCIA 

Há a presença de quatro elementos que são característica das estruturas de mercado de Stackelberg e Marchal:

Concorrência perfeita Monopólio Oligopólio Concorrência monopolística 

1. CONCORRÊNCIA PERFEITA :

Atomização: tanto os agentes compradores quanto os vendedores não influenciam nos mercados, as decisões que tomam não influenciam as estruturas de mercado, são neutros.

Homogeneidade: o bem ou serviço ou o fator de produção são homogêneos, não existem diferenças.

Mobilidade: tanto compradores como vendedores, podem atuar livremente no mercado, sem restrições.

Permeabilidade: não há empecilho para a entrada ou saída de compradores e vendedores que querem exercer atividades no mercado.

Preço-limite: é o preço que não pode ser modificado pelos agentes econômicos. Extrapreço: não leva em conta apenas o preço, como também a melhoria da imagem pública dos mercados.

Opacidade: preservação da proteção de acesso a informações sobre o funcionamento das empresas monopolistas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Considerando que dificilmente é possível enquadrar alguma atividade no regime de concorrência perfeita, fundamenta-se em uma concepção mais teórica. Na realidade, os mercados existentes atualmente são apenas aproximações desse modelo, devido ao fato de deixarem de corresponder aos atributos rigorosos que se exige de estruturas perfeitamente competitivas.