Trabalho de ecologia ii

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Trabalho de Ecologia II ENXOFRE COMPONENTES; CLAUDIA BUSTAMANTE GILMAR ANDRADE JESSICA RAYANA PAULO FREITAS

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Trabalho de Ecologia IIENXOFRE

COMPONENTES; CLAUDIA BUSTAMANTE

GILMAR ANDRADE

JESSICA RAYANA

PAULO FREITAS

O enxofre é um elemento químico nãometálico, símbolo S, densidade 2 g/cm3, dureza 1,5 à 2,5, insolúvel na água, ponto de fusão em torno de 115º, massa atômica 32,064, cor amarelo limão variando conforme o teor de impurezas, desde as tonalidades verde e cinza até o vermelho.

A exploração das jazidas do enxofre podem ser a céu aberto ou subterrâneas. Na forma de elemento nativo, apresentando se cristalizado em prisma ortorrômbico, bipiramidal, e na forma de massas reniformes maciças, estalactíticas, como incrustações, terrosas. Pode ser encontrado nos depósitos vulcânicos, bacias de evaporitos e domo salinos. Na forma de composto ocorre como sulfato (anidrita, barita, gipisita, kieserita) e sulfeto (calcopirita, pirrotita, esfalerita, galena, arsenopirita, pirita). Outras fontes de extração provem das minas de carvão (pirita), xisto pirobetuminoso, petróleo e fosfogesso (produto obtido na produção do ácido fosfórico, pela ação do ácido sulfúrico sobre rochas fosfáticas).

INTRODUÇÃO

O enxofre tem uma variedade muito grande em sua utilização. A principal utilização, mais de 87%, está na sua transformação em ácido sulfúrico, principal insumo na composição do fertilizante. Outros usos: pigmentos tinta, siderurgia, superfosfato, sulfato de amônia,petróleo (refino). Sua segunda utilização seria na forma de SO2 (polpa e papel, açúcar e vinho). E o restante, na indústria química e na agricultura (sulfurêto de carbono, borracha, produtos químicos diversos, inseticidas e fungicidas).

De 1972 em diante, com a entrada da Superintendência da Industrialização do Xisto Petrosix, grupo da Petrobrás, em São Mateus do Sul, no Estado do Paraná, o Brasil passou a ter 48 milhões de toneladas em suas reservas do enxofre proveniente dos folhelhos pirobetuminosos, pertencentes a FormaçãoIratí, que abrange os estados: São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás.Em 1978, as pesquisas da PETROMISA holding da PETROBRÁS S.A., concluíram em seus relatórios recursos de enxofre nativo estratiforme. O local é conhecido como Castanhal, no município de Siriri, Estado de Sergipe.

DESENVOLVIMENTO

Outras fontes de recursos minerais para obtenção de enxofre devem ser mencionadas, e que no momento estão desativadas ou em fase de pesquisa mineral. Os rejeitos piritosos do carvão mineral, em Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, das piritas de Ouro Preto, em Minas Gerais, e do enxofre contido nas reservas de gipsita.

A produção de enxofre provém basicamente de três fontes: encontrado na forma elementar através do gás SO2, em poços profundos ou a céu aberto, no processo de ustulação de sulfetos metálicos transformado em H2SO4 e na recuperação através de gases naturais e residuais de refinarias.

PRODUÇÃO

O enxofre é um dos mais importantes produtos como matéria prima na indústria. No complexo industrial de fertilizantes é seguramente sua grande demanda. Mais de 85% de enxofre anualmente consumido no mundo é convertido em ácido sulfúrico.No Brasil, cerca de aproximadamente 78% é usado na fabricação de ácido sulfúrico, o qual reagindo com a rocha fosfática produzirá o ácido fosfórico e que associado a outros insumos, produzirá os fertilizantes.O consumo do enxofre brasileiro, tem participação industrial muito diversificada em sua aplicação. Sua demanda pode ser nos fertilizantes, produtos químicos, rayon, papel celulose, tratamento de água e outras utilizações. Até final dos anos 90, região sul do Brasil sempre foi a maior produtora de grãos, aonde os fertilizantes tinham destino certo.

A Petrobras e responsável pela produção de 7% do enxofre consumido pelo mercado brasileiro. Ela comercializa 3 tipos: o pecuário, utilizado na complementação da alimentação do gado, o ventilado, usado na vulcanização da borracha e o industrial, cuja utilização é feita em diversos segmentos.

PRODUÇÃO/CONSUMO

Os EUA e a União Soviética, são os maiores produtores mundiais de enxofre (19.000 milhões t/a e 20.000 t/a, respectivamente em 1990). Conforme o Mineral Commodity Summaries Janeiro 2001, nos EUA, 90% do enxofre foi consumido na forma de ácido sulfúrico. Aplicação na química para agricultura, demandou 70%. Refinarias de petróleo, 15%,mineração metálica, 6% e químicas orgânicas e inorgânicas, 5%. Outros usos têm aplicação de 4% de demanda, dependendo se é aplicado numa forma ou em outra fase industrial Poderíamos ainda dizer que a América do Norte, oeste e o leste Europeu são os maiores consumidores de enxofre do mundo. Quantidades significantes também são consumidas na China, Japão, Taiwan e República da Korea. Outros importantes consumidores são Índia, Brasil, Marrocos, Tunísia e Jordânia. Nos últimos 13 anos, a média de enxofre importado pelo Brasil foi de 1.260.000 t/a, correspondendo a uma participação de 82% do consumo aparente médio de 1.535.000 t, valor de US$ 124 milhões.

PRODUÇÃO/CONSUMO

A maior aplicação de seu uso no âmbito mundial se refere à produção de ACIDO SULFURICO estima-se que 87% de sua utilização é destinada a obtenção desse produto. Possui também extrema importância na fabricação da borracha, pois a vulcanização feita com enxofre é o meio mais simples e barato. Outra aplicação considerável é seu uso na composição de fertilizantes e defensivos agrícolas.

Enxofre no Organismo Humano A presença do enxofre em nosso organismo possui caráter fundamental, além

de auxiliar na formação de vitaminas, proteínas e do coágulo sanguíneo, ajuda no combate à parasitas. Sua deficiência provoca diversos sintomas, como depressão, neurite, odor desagradável na saliva e diminuição do brilho da pele. Para evitar esse déficit se recomenda a ingestão de frutas e verduras. Alimentos de origem animal como leite e ovos também o possuem em sua constituição.

Aplicações

Ciclo do Enxofre

Apresenta um ciclo com dois reservatórios: um maior, nos sedimentos da crosta terrestre e outro, menor, na atmosfera. Nos sedimentos, o enxofre permanece armazenado na forma de minerais de sulfato. Com a erosão, fica dissolvido na água do solo e assume a forma iônica de sulfato (SO4

--); sendo assim, facilmente absorvido pelas raízes dos vegetais.

Na atmosfera, o enxofre existe combinado com o oxigênio formando, cerca de 75% dele, o SO2 (dióxido de enxofre). Outra parcela está na forma de anidrido sulfídrico (SO3). O gás sulfídrico (H2S) - característico pelo seu cheiro de "ovo podre"- tem vida curta na atmosfera, apenas de algumas horas, sendo logo transformado em SO2.

Esses óxidos de enxofre (SO2 e SO3) incorporam-se ao solo com as chuvas, sendo então transformado em íons de sulfato (SO4

--). Podem, também, ser capturados diretamente pelas folhas das plantas, num processo chamado de adsorção, para serem usados na fabricação de aminoácidos.

O único retorno natural do enxofre para a atmosfera é através da ação de decompositores que produzem o gás sulfídrico. As sulfobactérias realizam o processo inverso, com uma forma de obtenção de energia para a quimiossíntese.1

A contribuição das atividades vulcânicas para o acúmulo de enxofre na atmosfera é pouco significativa. Maior tem sido a introdução artificial e humana, por meio da atividade industrial. A queima de combustíveis fósseis que possuem enxofre em sua composição (3% no carvão e 0,05% no petróleo), produz SO2 e SO3, aumentando sua concentração na atmosferas das grandes cidades. Essa fonte é responsável por 80% da poluição por enxofre. Ambos são, nessas condições, fortemente irritantes para os olhos e pulmões; além de contribuir para a formação do smog - mistura de fumaça (smoke, no inglês) com neblina (fog) -, altamente tóxico, que surge durante as inversões térmicas.

Ciclo do Enxofre

A principal perturbação humana no ciclo global do enxofre é a libertação de SOX (SO2 mais uma pequena quantidade de SO3) para a atmosfera como resultado da queima de carvão e óleo contendo enxofre. O gás SOX prejudica a respiração nos humanos em elevadas concentrações e é moderadamente poluidor para as plantas.

O vapor d'água, ao se condensar para formar as nuvens, dissolve várias substâncias e gases presentes na atmosfera.

A chuva ácida, ao cair no solo, carregando as substâncias adquiridas na atmosfera é ligeiramente ácida, com pH chegando até 5,7. A presença cada vez maior de poluentes atmosféricos - resultado do crescimento industrial nos últimos séculos tem tornado a água da chuva cada vez mais ácida; o que traz imensos prejuízos para a fauna e a flora.

No solo, a chuva ácida, provoca a sua acidez, dificultando a absorção de nutrientes pela raiz, diminuição no crescimento, perda de folhas ou até mesmo a morte das plantas. Na Floresta Negra da Alemanha, metade das árvores morreram em consequência das chuvas ácidas.

Pode afetar, indiretamente, a saúde humana tornando a água de reservatório insalubre. Essa água pode dissolver o cobre dos encanamentos, provocando mais diarréias em crianças. No sul da Noruega foi descoberto que uma maior incidência de chuva ácida era responsável por presença de altos níveis de alumínio na água potável. Isso parece estar ligado com uma incidência anualmente crescente de mal de Alzheimer.

Conclusão

Anuário Mineral Brasileiro AMB, serie 1988 1999. Sumário Mineral, serie: 1988 2001. U. S. Geological Survey, Mineral Commodity Summaries, anual 1988 2001.

Joyce A. Ober, USGS/GOV, 2001.Anuário da Indústria Química Brasileira ABIQUIM, São Paulo SP,Ácido Sulfúrico, 2000, pg142.

"Fotossíntese: En Solar transformada em En química" no site do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil) acessado a 02 de dezembro de 2013.

Referencias BIBLIOGRAFIA