Trabalho de Desenvolvimento Econômico

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP UNIDADE DE SÃO LUÍS/MA – INSTITUTO ÍCARO (7207) CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO PROFº WALKER SOARES NASCIMENTO ANA CLEIDE SANTOS DINIZ GOULART - 229219 MARCO ANTONIO MARINHO PRASERES - 215567 MARIA ALVES DE SOUSA - 218295 SILVIA CRISTINA CAMPOS DA SILVA – 229261 OS PAÍSES DO BRICS E SUA INFLUÊNCIA NA ECONOMIA MUNDIAL. São Luís, 11/06 2012

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

UNIDADE DE SÃO LUÍS/MA – INSTITUTO ÍCARO (7207)

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

DISCIPLINA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

PROFº WALKER SOARES NASCIMENTO

ANA CLEIDE SANTOS DINIZ GOULART - 229219

MARCO ANTONIO MARINHO PRASERES - 215567

MARIA ALVES DE SOUSA - 218295

SILVIA CRISTINA CAMPOS DA SILVA – 229261

OS PAÍSES DO BRICS E SUA INFLUÊNCIA NA ECONOMIA MUNDIAL.

São Luís, 11/06

2012

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 02

Capítulo 1 – Conceitos ............................................................................................. 03

Capítulo 2 – Países do BRICS ................................................................................. 04

CONCLUSÃO 07

REFERÊNCIAS 10

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INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por objetivo a elaboração de um artigo científico que mostre o

desenvolvimento econômico dos países do BRICS e sua influência na economia mundial.

A princípio faremos um paralelo do desenvolvimento econômico entre países tendo

por base diversos autores, com destaque para os conceitos, índices e dados do PIB por

habitante, índice de Gini, Curva de Lorenz e IDH.

Continuaremos com uma visão geral sobre os países do BRICS, comparando-os

com relação à economia e demais indicadores, terminando com uma análise do IDH local.

Como conclusão, seguiremos com análise da influência da ciência e tecnologia,

reflexos carga tributária, influência do ensino superior no desenvolvimento e IDH local, e a

evolução do desenvolvimento econômico dos países que compõem o BRICS e sua influência no

mercado internacional.

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CAPÍTULO I

Conceitos

PIB por habitante – PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de todos os serviços e

bens produzidos num período (mês, semestre, ano) numa determinada região (país, estado,

cidade, continente). O PIB é expresso em valores monetários (no caso do brasil em Reais). Ele é

um importante indicador da atividade econômica de uma região, representando o crescimento

ecônomico. Vale dizer que no cálculo do PIB não são considerados os insumos de produção

(matérias-primas, mão-de-obra, impostos e energia).

A Fórmula para o cálculo do PIB de uma região é a seguinte: PIB = C+I+G+X-M.

Onde, C (consumo privado), I (investimentos totais feitos na região), G (gastos dos governos),

X (exportações) e M (importações).

O PIB per capita (por pessoa), também conhecido como renda per capita, é obtido

ao pegarmos o PIB de uma região, dividindo-o pelo número de habitantes desta região.

O PIB do Brasil no ano de 2011, em valores correntes, foi de R$ 4,143 trilhões

(crescimento de 2,7 % sobre o ano de 2010).

ÍNDICE DE GINI – O coeficiente de Gini (ou índice de Gini) é um cálculo usado

para medir a desigualdade social, desenvolvido pelo estatístico italiano Corrado Gini, em 1912.

Apresenta dados entre o número 0 e o número 1, onde zero corresponde a uma completa

igualdade na renda (onde todos detêm a mesma renda per capta) e um que corresponde a

uma completa desigualdade entre as rendas (onde um indivíduo, ou uma pequena parcela de

uma população, detêm toda a renda e os demais nada têm). Gini mede o coeficiente através de

pontos percentuais (que é igual ao coeficiente multiplicado por 100).

Ou seja, em uma linguagem mais simples, no resultado final, quanto mais um país

se aproxima do número 1, mais desigual é a distribuição de renda e riqueza, e quanto mais

próximo do número 0, mais igualitário será aquele país. Dados do PNUD (Plano das Nações

Unidas para o Desenvolvimento), de 2010, pelo índice de Gini, apontam o Brasil com o

resultado de 0,56, sendo assim, o terceiro país mais desigual do mundo. O PNUD constatou,

ainda no mesmo ano, que dos 15 países mais desiguais do mundo, segundo o índice de Gini do

mundo, 10 se encontram na América Latina e no Caribe..

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CURVA DE LORENZ – A curva de Lorenz é um simples instrumental gráfico e

analítico que nos permite descrever e analisar a distribuição de renda em uma sociedade, além

de permitirem que ordenamos distribuições de renda sob um ponto de vista de bem-estar.

É uma curva que expressa a relação entre a proporção de pessoas com renda pelo

menos tão elevada do que determinado valor e a proporção de renda recebida por essas pessoas.

É representada por uma função L(P), que corresponde à fração recebida pelo p-ésima fração

inferior da população, quando a população está ordenada por renda de forma crescente.

A inclinação da curva é sempre positiva e é convexa, e L(0) = 0 e L(1)=1.

A linha L(p)=p é a linha de perfeita igualdade, e corresponde à linha OB, no gráfico

abaixo, e a uma situação na qual todos receberiam o mesmo montante. A linha de extrema

desigualdade corresponde aos segmentos AO e AB, e a uma situação na qual todos recebem

zero com exceção do mais rico, que recebe o total da renda.

A curva de Lorenz sempre se encontra entre a linha de perfeita igualdade e a de

extrema desigualdade. Quando mais próxima ela estiver da linha de perfeita igualdade, mais

igualitária é a distribuição de renda.

IDH – Índice de Desenvolvimento Humano é um índice que serve de comparação

entre os países, com objetivo de medir o grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de

vida oferecida à população. O relatório anual de IDH é elaborado pelo Programa das Nações

Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), órgão da ONU.

Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais. O IDH vai de 0

(nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo

de 1, mais desenvolvido é o país. Este índice também é usado para apurar o desenvolvimento de

cidades, estados e regiões.

No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de

estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e Produto Interno Bruto per capita.

Classificação de acordo com o IDH (leva em consideração a classificação, ranking):

- 25% de menor IDH - desenvolvimento humano baixo (geralmente países pobres).

- 25% acima dos de menor IDH - desenvolvimento humano médio (geralmente países em

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processo de desenvolvimento).

- 25% abaixo dos países de melhor IDH - desenvolvimento humano alto (geralmente países em

rápido processo de crescimento econômico - emergentes).

- 25% de melhor IDH - desenvolvimento humano muito alto (geralmente países ricos e bem

desenvolvidos).

De acordo com dados para 2011, o IDH do Brasil é 0,718. Embora apresente

deficiências no sistema educacional, o IDH do Brasil é considerado de alto desenvolvimento

humano, pois o país vem apresentando bons resultados econômicos e sociais. A expectativa de

vida em nosso país também tem aumentado, colaborando para a melhoria do índice nos últimos

anos.

O cálculo do IDH de uma localidade faz-se com a seguinte media aritmética:

IDH = L + E + R / 3

Em que:

L (longevidade) = EV – 25/60 (EV = expectativa de vida)

E (Educação) = 2TA + TE/3 (TA = tx de alfabetização; TE = tx escolaridade)

R (Renda) = log10PIBpc – 2 / 2,60206 (log10PIBpc = logaritmo decimal do PIB per capita)

CAPITULO II

Países do BRICS

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Passados dez anos do surgimento do acrônimo BRIC para definir o peso de Brasil,

Rússia, Índia e China no cenário global, a expressão popularizou-se e se tornou uma espécie de

síntese das mudanças na economia do planeta.

No final de 2010, durante a cúpula do G20, grupo que reúne as 20 economias mais

importantes do planeta, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, dominou a agenda do fórum ao

expor a “guerra cambial” que estava minando a competitividade de países distantes do epicentro

da crise, num recado direto aos Estados Unidos. Não mais visto como mera potência regional, o

Brasil dava o recado de que se fazia urgente uma reforma nas instituições econômicas globais.

Durante a 4ª Cúpula dos BRICS, realizada em março, em Nova Délhi, com a presença da

presidenta Dilma Rousseff, o governo indiano reforçou o discurso ao lançar a proposta de um

banco de fomento financiado pelos BRICS.

O Brasil teve o menor crescimento econômico entre os BRICS (grupo que reúne

Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) no primeiro trimestre deste ano, em relação ao

mesmo período do ano passado.

O crescimento de 0,8% do Brasil foi menor que os 2,1% da África do Sul, os 4,9%

da Rússia, os 5,3% da Índia e os 8,1% da China. As informações foram divulgadas pelo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base em dados de institutos de

estatística internacionais e do Banco Mundial.

Na comparação do primeiro trimestre deste ano com o último de 2011, o

crescimento de 0,2% do Brasil foi melhor que os desempenhos da Itália (-0,8%), Holanda (-

0,2%), Reino Unido (-0,3%), Espanha (-0,3%), Portugal (-0,1%) e França (0%). Mas foi pior

que o de países como Chile (1,4%), México (1,3%), Japão (1,0%), Coreia do Sul (0,9%),

Alemanha (0,5%) e Estados Unidos (0,5%).

Apesar do grupo ainda não ser um bloco econômico ou uma associação de comércio

formal, como no caso da União Europeia,[6] existem fortes indicadores de que "os quatro países

do BRIC têm procurado formar um "clube político" ou uma "aliança", e assim converter "seu

crescente poder econômico em uma maior influência geopolítica." Desde 2009, os líderes do

grupo realizam cúpulas anuais.

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O governo sul-africano procurou os membros do BRIC em 2010 e o processo de

admissão formal começou logo em agosto de 2010. A África do Sul foi admitida oficialmente

como uma nação do BRIC em 24 de dezembro de 2010 após ser convidada pela China e outros

países do BRIC para participar do grupo. A letra "S" em BRICS representa a África do Sul.

O baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) brasileiro "espelha a influência

da corrupção", segundo entendimento manifestado ontem pelo procurador-geral da República,

Roberto Gurgel, ao participar de seminário no Superior Tribunal de Justiça (STJ) que

comemorou os 20 anos de assinatura da Lei de Improbidade Administrativa.

O uso ilegal de dinheiro público, segundo ele, tem impacto na baixa oferta de educação e de

saúde, serviços necessários para melhorar o IDH da população mais pobre. “A corrupção reduz

também os investimentos públicos, aumentando a carga tributária e inibindo as ofertas de

investimento no país e encarecendo a produção", afirmou.

A Rússia tem uma economia de mercado com enormes recursos naturais,

particularmente petróleo e gás natural. Tem a 12ª maior economia do mundo por PIB nominal e

a 6ª maior por paridade do poder de compra (PPC). Desde a virada do século XXI, o maior

consumo interno e a maior estabilidade política têm impulsionado o crescimento econômico na

Rússia. O país encerrou 2008 como sendo seu nono ano consecutivo de crescimento, com média

de 7% ao ano. O crescimento foi impulsionado principalmente pelos serviços não

comercializáveis e de bens para o mercado interno, ao contrário dos lucros gerados

pelo petróleo, extração mineral e exportação. O salário médio na Rússia foi de US$ 640 por mês

no início de 2008, acima dos 80 dólares registrados em 2000. Aproximadamente 13,7% dos

russos viviam abaixo da linha da pobrezanacional em 2010, número significativamente menor

dos 40% de 1998, o pior número do pós-colapso soviético. A taxa de desemprego na Rússia foi

de 6% em 2007, abaixo dos cerca de 12,4% em 1999. A classe média cresceu de apenas 8

milhões de pessoas em 2000 para 55 milhões em 2006.

Petróleo, gás natural, metais e madeira respondem por mais de 80%

das exportações russas no estrangeiro. Desde 2003, porém, as exportações de recursos

naturais começaram a diminuir em importância econômica, com o considerável fortalecimento

do mercado interno. Apesar dos preços elevados, energia, petróleo e gás só contribuem com

5,7% do PIB da Rússia e o governo prevê que este número cairá para 3,7% em 2011. As

receitas de exportação do petróleo permitiram à Rússia aumentar suas reservas cambiais de US$

12 bilhões em 1999, para 597,3 bilhões dólares em 1 de agosto de 2008, a terceira maior reserva

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cambial do mundo. A política macroeconômica do ministro das finanças, Alexei Kudrin, foi sã

e prudente, com a renda adicional que está sendo armazenada noFundo de Estabilização da

Rússia. Em 2006, a Rússia reembolsou a maioria de seus débitos, deixando-a com uma das

menores dívidas externas entre as principais economias. O Fundo de Estabilização da Rússia

ajudou o país a sair da crise financeira global em um estado muito melhor do que muitos

especialistas esperavam.

A Índia, oficialmente República da Índia, é um país da Ásia Meridional. É

o sétimo maior país em área geográfica, o segundo país mais populoso e a democracia mais

populosa do mundo. Delimitado ao sul pelo Oceano Índico, pelo mar da Arábia a oeste e

pela Baía de Bengala a leste, a Índia tem uma costa com 7.517 km.

É uma república composta por 28 estados e sete territórios da união com

um sistema de democracia parlamentar. O país é a décima maior economia do mundo em

Produto Interno Bruto (PIB) nominal, bem como a terceira maior do mundo em PIB medido em

Paridade de Poder de Compra. As reformas econômicas feitas desde 1991 transformaram o país

em uma das economias de mais rápido crescimento do mundo; no entanto, a Índia ainda sofre

com altos níveis de pobreza, analfabetismo, doenças e desnutrição. Uma

sociedade pluralista, multilingue e multiétnica, a Índia também é o lar de uma grande

diversidade de animais selvagens e de habitats protegidos.

Com uma população de mais de um bilhão de habitantes, a Índia é o segundo país

mais populoso do mundo. Nos últimos cinquenta anos, o país tem vivido um rápido aumento

em sua população urbana devido, em grande parte, aos avanços médicos e aos aumentos

massivos da produtividade agrícola pela "revolução verde"

A Índia com um produto interno bruto nominal estimado em US$1,8 trilhão (2011)

figura como a 10ª maior economia do mundo por PIB nominal, enquanto sua paridade de poder

de compra calculada em 2011 em US$4,4 trilhões, é a terceira maior do mundo, atrás apenas

dos Estados Unidos e da China. Contudo, ainda é um país muito pobre (2011) com renda per

capita nominal de US$ 1.530 e renda per capita PPC de US$3.705.

Durante as últimas décadas a economia indiana tem tido uma taxa de crescimento

anual do produto interno bruto ao redor de 5,8%, convertendo-se em uma das economias de

mais rápido crescimento no mundo. A Índia conta com a maior força de trabalho do mundo,

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com mais de 513,6 milhões de pessoas. Em termos de produção, o setor agrícola representa

28% do PIB; o setor de serviço, 54% e a indústria, 18%, respectivamente. Os principais

produtos agrícolas e de gado incluem arroz, trigo, sementes oleaginosas, algodão, juta, chá,

a cana-de-açúcar, ovelhas, cabras, aves de curral e pescados. As principais indústrias são

a têxtil, maquinaria, produtos químicos, aço, transportes, cimento, mineração e o comércio

de softwares.

O PIB ascende a 1,8 trilhões de dólares, sendo a décima segunda maior economia

do mundo e a quarta maior em termos de Paridade do Poder de Compra. Entretanto, devido à

grande população (estimado em mais de 1,2 bilhão de habitantes em 2011), a renda per capita é

muito baixa: US$ 1.530 (nominal) e paridade de poder de compra calculada em 2011 em US$

3.705. Cerca de 50% da população (ou cerca de 600 milhões de pessoas) vive em miséria

extrema e depende diretamente da agricultura para se sustentar e sobreviver.

Apesar de seu notável crescimento econômico nas últimas décadas, todavia a Índia

conteve a maior concentração de pessoas pobres do mundo e tem uma alta taxa

de subnutrição em crianças menores de três anos (46% em 2007). A porcentagem de pessoas

vivendo abaixo da linha de pobreza segundo o Banco Mundial, vivendo com menos de um dólar

por dia (PPA, em termos nominais Rp. 21,6 ao dia nas zonas urbanas e Rp. 14,3 nas zonas

rurais) diminuiu de 60% em 1981 para 42% em 2005. Apesar de nas últimas décadas a Índia ter

evitado a carestia, a metade das crianças têm um peso inferior à média mundial, uma das taxas

mais altas do mundo e quase o dobro da taxa da África Subsaariana

A República Popular da China é o segundo maior país do mundo em área terrestre e

é considerado o terceiro ou quarto maior em relação à área total.

A economia da República Popular da China é a segunda maior do

mundo. Seu produto interno bruto (PIB nominal) é estimado em US$ 7,3 trilhões (dados de

2011), enquanto seu poder de compra foi calculado em pouco mais de US$ 11,3 trilhões. A

renda per capita do país está em 5.185dólares por pessoa (nominal) e 8.395 dólares por pessoa

(PPP) em 2011, de acordo com o Fundo Monetário Internacional. A China é a nação com o

maior crescimento econômico dos últimos 25 anos, com a média do crescimento do PIB em

10% por ano. A renda per capita da China cresceu 8% ao ano nos últimos 30 anos.

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Com reformas econômicas iniciados em 1978, a China cresceu 90 vezes, se

tornando a economia de maior crescimento mundial nos últimos 25 anos, com crescimento do

PIB em torno de 10% por ano. A renda per capita da China tem crescido cerca de 8% ao ano

nos últimos 30 anos. Levando em conta a renda per capita e moeda desvalorizada, o custo de

vida na China é baixo.

O sucesso comercial da China tem sido devido principalmente ao seu baixo custo de

produção. São atribuídos uma combinação de fatores como mão-de-obra de baixo custo, boa

infraestrutura, bom nível de tecnologia, alta produtividade, em alguns casos, o não pagamento

de licenças comerciais, a política governamental favorável e uma moeda muito desvalorizada.

Apesar do progresso significativo dos últimos anos, existem grandes obstáculos

para o crescimento chinês a longo prazo. A significativa piora dadistribuição de renda é apenas

um dos fatores negativos para o desenvolvimento social, com um coeficiente de Gini em 41,1 e

cada vez maior. Outro grande problema é o direito previdenciário que, com a política do filho

único e aumento da expectativa de vida, apresenta desequilíbrios no fluxo de caixa, sendo cada

vez menor a relação entre trabalhadores contribuintes por aposentado. Cerca de 21% da

população tem 14 anos ou menos de idade e 8% tem mais de 65 anos. Outro aspecto é a

diferença de desenvolvimento econômico entre as áreas costeiras (urbanas), nordeste e leste da

China e o seu interior, principalmente no sul e oeste, ainda predominantemente agrário e de

baixa renda, exacerbada com a liberação do mercado, pois os investidores preferem investir em

áreas com melhor infraestrutura e trabalhadores mais qualificados.

Economia sul-africana está ligada à prestação de serviços, indústria, além dos

setores primários, como o extrativismo mineral e a produção agropecuária. Cidade do Cabo e

Johannesburgo são os principais centros urbanos e consequentemente promovem a

concentração das indústrias, abrigando empresas que atuam nos setores de produção de

veículos, locomotivas, incluindo ainda a metalurgia e a petroquímica.

O setor industrial é bastante diversificado, entretanto, isso não evita problemas

como desigualdade social, elevado índice de desemprego, marginalização, entre outros.

Outra fonte de receita de grande importância é a atividade turística desenvolvida na

Savana, conhecida como safári, além do turismo urbano, especialmente na Cidade do Cabo.

Page 12: Trabalho de Desenvolvimento Econômico

Pela classificação da ONU a África do Sul é um país de renda média, com uma

oferta abundante de recursos, com bem desenvolvidos setores financeiro, jurídico, de

comunicações, energia e transportes, uma bolsa de valores que está entre as vinte melhores do

mundo, e uma moderna infraestrutura de apoio a uma distribuição eficiente das mercadorias a

grandes centros urbanos em toda a região.

O desenvolvimento avançado do país está no entanto concentrado em torno de

quatro áreas: Cidade do Cabo, Port Elizabeth, Durban e Pretória/Johannesburg. Fora destes

quatro centros econômicos, o desenvolvimento é limitado e a pobreza ainda é prevalente, apesar

dos esforços do governo. Por conseguinte, a grande maioria de sul-africanos são pobres. No

entanto, os principais zonas marginais têm experimentado um crescimento rápido nos últimos

tempos

O desemprego é extremamente elevado e a desigualdade de renda é

aproximadamente igual à do Brasil - residindo uma das razões mais salientes no fato de boa

parte das empresas importantes serem capital-intensivas, não trabalho intensivas.

África do Sul é o maior produtor e consumidor de energia no continente africano. A

África do Sul é um destino turístico popular, e uma quantidade substancial de receita vem

do turismo. Entre as principais atrações são a cultura variada e pitoresca, a reservas de caça e

os vinhos locais.

Page 13: Trabalho de Desenvolvimento Econômico

CONCLUSÃO

Quase todos os países desenvolvidos ou em desenvolvimento têm como principais

fontes do crescimento econômico a inovação e o conhecimento em termos de crescimento da

produção, produtividade e comércio internacional.

Como um dos principais membros do BRICS, a China mostrou aumento maior na

aplicação de recursos em pesquisa e desenvolvimento em relação ao PIB com relação aos

demais países; nos anos de 2000 a 2006 ampliou seus investimentos em P&B de 0,9% do PIB

para 1,43%.

A Índia, por sua vez, teve seu apogeu dos gastos no ano de 2000, com cerca de

0,77% do PIB, diminuindo a partir de 2003, chegando em 2006 com percentual de 0,69% do

PIB; é o que apresenta o menor percentual entre os países do BRICS.

O Brasil oscilou bastante, alcançando em 2000 cerca de 1% do PIB, em 2001

chegou a 1,05% e terminou com 1,02% em 2006. A Rússia em 2000 teve gastos em P&D de

1,05% do PIB, crescendo até 2003 a cerca de 1,28%. Já entre 2004 e 2005 reduziu seus gastos e

terminou 2006 na ordem de 1,08% do PIB.

A China foi o país que mais se destacou entre os que fazem parte do BRICS. Suas

empresas representam 0,25% do PIB em 1996, dobrando em 2001 para 0,57% do PIB e

alcançando, em 2006 um percentual de 1,01% do PIB.

No Brasil um dos maiores entraves para seu desenvolvimento vem da alta cargas

tributárias pagas ao governo. Sendo o que pior dar retorno destes impostos à população por

meio de serviços públicos.

Com uma arrecadação de cerca de 36% do PIB em 2011, esses recursos raramente

retorna em qualidade de vida para a população; como exemplo temos o estado do Maranhão,

com a pior posição no ranking brasileiro do IDH-M do município de São Luis nos anos entre

1991 e 2000, conforme dados comparativos do IDHs do Estado do Maranhão e Brasil.

O IDH-Longevidade e o IDH-Educação do município de São Luís tem-se mantido

maior que o do Estado do Maranhão e do Brasil. Já o IDH-Renda do município é superior ao

mesmo indicador do Estado de Maranhão, mas inferior ao IDH-Renda do Brasil.

Page 14: Trabalho de Desenvolvimento Econômico

O crescimento econômico dos países que compõem o BRICS - Brasil, Rússia,

Índia, China e África do Sul (a partir de 2011) até 2002 possibilitou, segundo o órgão da ONU

para o comércio e desenvolvimento, que seu desempenho chegasse a 24% do PIB mundial.

Brasil e Rússia possuem uma abundância de recursos naturais, enquanto China e Índia, de mão

de obra. Isso que lhes dá todo potencial de crescimento.

Page 15: Trabalho de Desenvolvimento Econômico

REFERÊNCIAS

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Acesso em: 10 nov. 2011.

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1&hl=pt_BR&authkey=CLa5gvwL>. Acesso em: 10 nov. 2011.