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1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Jan Carlini Berna Trabalho de Conclusão de Estágio PLANO DE NEGÓCIO: ABERTURA DE UM CENTRO DE ESTÉTICA NA CIDADE DE ITAPEMA/SC Administração Geral Tijucas (SC), 2011. JAN CARLINI BERNA

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Jan Carlini Berna

Trabalho de Conclusão de Estágio PLANO DE NEGÓCIO: ABERTURA DE UM

CENTRO DE ESTÉTICA NA CIDADE DE ITAPEMA/SC

Administração Geral

Tijucas (SC), 2011.

JAN CARLINI BERNA

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Trabalho de Conclusão de Estágio PLANO DE NEGÓCIOS: ABERTURA DE UM CENTRO DE ESTÉTICA NA CIDADE

DE ITAPEMA/SC

Trabalho de Conclusão de Estágio Desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.

TIJUCAS-SC, 2011

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AGRADECIMENTOS

Meus sinceros agradecimentos a todos aqueles que me ajudaram na realização deste trabalho, principalmente aqueles que vêm me ajudando no meu desenvolvimento acadêmico e pessoal. Aos meus pais Deocir Luiz Berna e Marinelvis Pilatti Berna, e irmã Janayne Geyze Berna que muito amo, por sempre me ajudarem e a impulsionarem nas minhas realizações e conquistas. Ao meu querido companheiro e amigo Luka Perrone Marques que muito me ajudou na realização do meu sonho em ser graduada no curso de Administração de Empresas. Aos meus amigos e professores que fizeram parte da minha história no desenvolver do meu curso de graduação e no desenvolvimento deste trabalho, por todas as experiências e conhecimentos trocados, e principalmente pelo circulo de amizade que fora criado entre nós. E finalmente agradeço a Deus por ter iluminado meu caminho, e me dado a chance de alcançar com êxito mais uma etapa da minha vida.

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“Quem não planeja a vida da sua

empresa, apenas deixa o barco correr

para onde ele bem entender. Mudando

de atitude reconhecerá a sabedoria do

planejar”.

Amyr Klink

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Jan Carlini Berna

b) Área de estágio

Financeiro

c) Responsável de estágios

Profº Luciano Dalla Giacomassa

d) Supervisor de campo

Prof.º Nelson Zunino Duarte

e) Orientador de conteúdo

Prof ª. Marisa Pigatto

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão social

Roks Restaurante Ltda ME.

b) Endereço

Rod. BR 101,nº 4200, Bairro Alto Perequê, Porto Belo /SC

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Financeiro

d) Duração do estágio (OBS: carga horária total)

120 dias, 240 horas, seis meses.

e) Nome e cargo do supervisor de campo

Deocir Luiz Berna, Proprietário.

f) Carimbo e visto da empresa

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

ITAJAÍ, 31 de Outubro de 2011.

A empresa Roks Restaurantes LTDA ME, pelo presente instrumento,

autoriza a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca,

o Trabalho de Conclusão de Estágio executado durante o estágio Supervisionado,

pela acadêmica Jan Carlini Berna.

______________________

Deocir Luiz Berna

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RESUMO

O plano de negócios é uma ferramenta muito utilizada para planejar o futuro empreendimento, para auxiliar na tomada de decisões e minimizar os riscos inerentes aos novos negócios. O presente trabalho, trata-se de um Plano de Negócio

tem como objetivo os estudos e análises de viabilidade para a abertura de um centro de estética na cidade de Itapema (SC). A Sens Depil Centro de Estética, que terá seu foco na Fotodepilação, e outros serviços tais como, fotorejuvenecimento e massoterapia, ambos voltados para o tratamento da beleza e cuidados pessoais. Para atingir o objetivo proposto buscou-se realizar um diagnóstico do ambiente de negócio, definiu-se o negócio e elaborou-se ações de marketing e de recursos humanos, além de planos operacionais e financeiro. Como tipologia foi utilizada a proposição de planos em uma abordagem qualitativa e quantitativa. A coleta de dados foi por meio de fontes secundárias e primárias e para a análise dos dados utilizou-se a técnica de análise na abordagem quantitativa e a abordagem qualitativa. Os resultados obtidos foram relevantes para atingir os objetivos do trabalho, através de uma análise pessimista de demanda do mercado, a análise do ambiente e análise financeira demonstraram que o presente trabalho de plano de negócios terá um investimento viável a longo prazo, mesmo relevando o investimento inicial que será utilizado. Palavras-chave: Empreendedorismo; plano de negócios; centro de estética.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Tamanho do Mercado ..................................................................... 49

Figura 2 – Os 4Ps do mix de marketing ......................................................... 59

Figura 3 – Nova classe C transforma Pirâmide em Losango ........................... 99

Figura 4 – Folículos pilosos, e as camadas da pele ....................................... 106

Figura 5 –– Manípulo em contato com a pele – Fase de resfriamento ........... 107

Figura 6 – Flash de luz Intensa Pulsada sobre a pele .................................... 107

Figura 7 – Fototerapia - Comparação uso da IPL .......................................... 108

Figura 8 – Máquina IPL - Lil Pilse ................................................................... 111

Figura 9 – Fluxograma de Atendimento ......................................................... 120

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Visão geral de um plano de negócios ............................................ 34

Quadro 2 – Detalhamento da tarefa do Plano de Trabalho ............................. 36

Quadro 3 – A Necessidade de Financiamento da empresa ............................ 79

Quadro 4 – Análise SWOT ............................................................................... 94

Quadro 5 – Dados da população e do turismo. ................................................ 98

Quadro 6 – Fornecedores de equipamentos .................................................. 103

Quadro 7 – Fornecedores de móveis ............................................................. 104

Quadro 8 – Fornecedores de produtos. ......................................................... 105

Quadro 9 – Fornecedores de divulgação. ...................................................... 105

Quadro 10 – Comparativo e/ vantagens do método Sens Depil. .................... 113

Quadro 11 – Investimento Inicial .................................................................... 124

Quadro 12 – Gastos mensais com pessoal .................................................... 126

Quadro 13 – Despesas Fixas ......................................................................... 126

Quadro 14 – Despesas Fixas Mensais ........................................................... 127

Quadro 15 – Despesas Variáveis ................................................................... 129

Quadro 16 – Preço de Venda ......................................................................... 130

Quadro 17 – Projeção de Volume de Vendas ................................................ 131

Quadro 18 – Projeção de Vendas .................................................................. 132

Quadro 19 – Demonstrativo de Resultado do Exercício. ................................ 133

Quadro 20 – Fluxo de Caixa........................................................................... 135

Quadro 21 – Payback Simples ....................................................................... 137

Quadro 22 – Payback Descontado ................................................................. 137

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Quadro 23 – Projeção de Volume de Vendas ................................................ 140

Quadro 24 – Projeção de Vendas .................................................................. 141

Quadro 25 – Demonstrativo de Resultado do Exercício ................................. 142

Quadro 26 – Fluxo de Caixa........................................................................... 144

Quadro 27 – Payback Simples ...................................................................... 145

Quadro 28 – Payback Descontado ................................................................. 146

Quadro 29 – Projeção de Volume de Vendas ................................................ 147

Quadro 30– Projeção de Volume de Vendas ................................................. 147

Quadro 31 – Demonstrativo de Resultado do Exercício ................................. 148

Quadro 32 – Fluxo de Caixa........................................................................... 149

Quadro 33 – Payback Simples ...................................................................... 151

Quadro 34 – Payback Descontado ................................................................. 152

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Preços que os pesquisados estariam dispostos a pagar por sessão..96

Gráfico 2 – Investimento Inicial.............................................................................125

Gráfico 3 – Despesas fixas Mensais.....................................................................128

Gráfico 4 – Despesas Variáveis............................................................................129

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 19

1.1 Objetivo geral e objetivos específicos ........................................................ 21

1.2 Justificativa ................................................................................................. 21

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................... 24

2.1 A evolução da Administração ..................................................................... 24

2.2 Empreendedorismo e o empreendedor ...................................................... 27

2.3 Finalidade de um plano de negócios .......................................................... 30

2.3.1 Plano de negócios ................................................................................... 32

2.3.2 Estudo de viabilidade .............................................................................. 37

2.4 Sumário Executivo ..................................................................................... 38

2.5 A empresa .................................................................................................. 38

2.5.1 Visão ....................................................................................................... 39

2.5.2 Missão ..................................................................................................... 40

2.5.3 Os objetivos da empresa ......................................................................... 41

2.5.4 O foco ...................................................................................................... 42

2.5.5 Estrutura organizacional e legal/ sintese das responsabilidades de equipe e

dirigentes .......................................................................................................... 42

2.5.6 Plano de operações ................................................................................ 43

2.5.7 As parcerias ............................................................................................ 45

2.6 Plano de marketing .................................................................................... 45

2.6.1 Marketing ................................................................................................. 46

2.6.2 Análise de mercado ................................................................................. 47

2.6.3 O setor ..................................................................................................... 48

2.6.4 O tamanho do mercado ........................................................................... 49

2.6.5 Análise SWOT ......................................................................................... 50

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2.6.6 A clientela ................................................................................................ 53

2.6.7 Segmentação de mercado ...................................................................... 54

2.6.8 A concorrencia ........................................................................................ 56

2.6.9 Fornecedores .......................................................................................... 56

2.6.10 Estratégia de marketing ......................................................................... 57

2.6.11 O produto .............................................................................................. 60

2.6.12 Ciclo de vida .......................................................................................... 61

2.6.13 Vantagem Competitiva .......................................................................... 62

2.6.14 Planos de pesquisa e desenvolvimento ................................................ 64

2.6.15 Preço ..................................................................................................... 64

2.6.16 Promoção e propaganda ....................................................................... 66

2.6.17 Serviços ao cliente (venda e pós-venda) ............................................... 68

2.6.18 Estratégia competitiva ........................................................................... 70

2.7 Plano financeiro .......................................................................................... 72

2.7.1 Investimentos iniciais............................................................................... 72

2.7.2 Projeção de resultados e de caixa .......................................................... 74

2.7.3 Projeção de balanço ................................................................................ 80

2.7.4 Ponto de equilíbrio .................................................................................. 81

2.7.5 Análise de investimentos ......................................................................... 82

2.7.5.1 Tempo de Retorno de investimento - payback .................................... 83

2.7.5.2 Texa interna de retorno ........................................................................ 84

2.7.5.3 Valor atual líquido ................................................................................. 84

3. MÉTODOS ................................................................................................... 86

3.1 Delineamento do projeto ............................................................................ 86

3.2 População e/ou amostra............................................................................. 87

3.3 Coleta de dados ......................................................................................... 87

3.3 Trataento e análise dos dados ................................................................... 88

4. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO ...................................................... 92

4.1 O plano de marketing ................................................................................. 92

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4.1.1 Análise de mercado ................................................................................. 92

4.1.2 O setor ..................................................................................................... 93

4.1.3 Oportunidades e Ameaças ...................................................................... 94

4.1.4 A clientela ................................................................................................ 95

4.1.5 O tamanho do mercado ........................................................................... 97

4.1.6 Segmentação de mercado .................................................................... 100

4.1.7 A concorrência ...................................................................................... 101

4.1.8 Fornecedores ........................................................................................ 103

4.2 Estratégia de marketing............................................................................ 106

4.2.1 O produto .............................................................................................. 106

4.2.2 A técnologia ........................................................................................... 111

4.2.3 Vantagens competitivas ........................................................................ 112

4.2.4 Planos de pesquisa e desenvolvimento ................................................ 113

4.2.5 Preço ..................................................................................................... 114

4.2.6 Distribuição/praça .................................................................................. 114

4.2.7 Promoção e propaganda ....................................................................... 114

4.2.8 Serviços ao cliente (pós-venda) ........................................................... 115

4.3 A empresa ................................................................................................ 117

4.3.1 A missão ................................................................................................ 117

4.3.2 Os objetivos da empresa/ situação planejada desejada........................ 117

4.3.2.1 O foco ................................................................................................. 118

4.3.3 Estrutura organizacional e legal ............................................................ 118

4.3.4 Descrição legal ...................................................................................... 118

4.3.5 Estrutura funcional, diretoria, gerência e staff ....................................... 118

4.3.6 Sintese das responsabilidades de equipe dirigentes ............................. 121

4.3.7 Plano de operações .............................................................................. 122

4.3.7.1 Administração ..................................................................................... 122

4.3.7.2 Controle de qualidade ........................................................................ 122

4.3.7.3 As parcerias ....................................................................................... 123

4.4 Plano Finaceiro ........................................................................................ 123

4.4.1 Investimento inicial ................................................................................ 124

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4.4.2 Projeção de resultados .......................................................................... 126

4.4.3 Despesas Fixas Variáveis .................................................................... 127

4.4.4 Preço de Venda ..................................................................................... 130

4.4.5 Projeção de volume de vendas ............................................................. 131

4.4.6 Demonstrativo de Resultado do Exercício...............................................133

4.4.7 Projeção de Fluco de Caixa .................................................................. 135

4.4.7.1 Ponto de Equilíbrio ............................................................................. 136

4.4.8 Análise de Investimentos ....................................................................... 136

4.4.8.1 Tempo de retorno do investimento - Payback .................................... 136

4.4.8.2 Payback descontado .......................................................................... 137

4.4.8.3 Valor presente líquido......................................................................... 137

4.4.8.4 Taxa interna de retorno ...................................................................... 139

4.4.9 Análise de Cenários .............................................................................. 140

4.4.9.1 Cenário Otimista ................................................................................. 140

4.4.9.1.1 Projeção de Volume de Vendas ...................................................... 140

4.4.9.1.2 Demonstrativo de resultado do Exercício ........................................ 142

4.4.9.1.3 Projeção de Fluxo de Caixa ............................................................ 143

4.4.9.1.4 Ponto de Equilíbrio .......................................................................... 145

4.4.9.1.5 Análise de Investimentos ................................................................. 145

4.4.9.1.5.1 Tempo de Retorno de Investimento - Payback ............................ 145

4.4.9.1.5.2 Payback Descontado .................................................................... 145

4.4.9.1.5.3 Valor Presente Líquido ................................................................. 146

4.4.9.1.5.4 Taxa Interna de Retorno.................................................................146

4.4.9.2 Cenário Pessimista............................................................................. 147

4.4.9.2.1 Projeção de Volume de Vendas ...................................................... 147

4.4.9.2.2 Demonstrativo de resultado do Exercício ........................................ 148

4.4.9.2.3 Projeção de Fluxo de Caixa ............................................................ 150

4.4.9.2.4 Ponto de Equilíbrio .......................................................................... 150

4.4.9.2.5 Análise de Investimentos ................................................................. 151

4.4.9.2.5.1 Tempo de Retorno de Investimento - Payback ............................ 151

4.4.9.2.5.2 Payback Descontado .................................................................... 151

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4.4.9.2.5.3 Valor Presente Líquido ................................................................. 152

4.4.9.2.5.4 Taxa Interna de Retorno.................................................................152

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................154

6 REFERÊNCIAS ........................................................................................... 156

ANEXOS...........................................................................................................163

ANEXO A: Questionário – Pesquisa de Mercado.............................................163

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Jan Carlini Berna

Estagiário

Deocir Luiz Berna

Supervisor de Campo

Marisa Pigatto

Orientador de Conteúdo

Profº Nelson Zunino Duarte

Coordenador de Estágios

Profº Luciano Dalla Giacomassa.

Orientador de Metodologia

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1 INTRODUÇÃO

As novas perspectivas para as atividades econômicas ditadas pelo mercado

globalizado trazem grandes desafios às organizações e seus gestores, entre estes,

as exigências que as empresas enfrentam em oferecer produtos e serviços com

qualidade a preços cada vez mais acessíveis e competitivos. Um dos caminhos

para obter a vantagem competitiva está no acesso e no domínio de procedimentos

que direcione a uma gestão estratégica, os quais estão intimamente relacionados

à capacidade da empresa de processá-los de maneira que esse resultado possa

se traduzir em inovações não apenas para produto, mas também para o conjunto

de processos e serviços que lhe agregam valor.

Neste sentido o empreendedor tem que se antecipar a mudanças, criar

produtos que visem atender as necessidades dos clientes, que sejam

diferenciados, que conduziram seu negócio em perfeita sintonia com as

tendências do mercado, ou seja, pesquisar antes de tudo para oferecer produtos

que venham a suprir as necessidades do público alvo.

Para iniciar em novo negócio existe a necessidade de se identificar as

oportunidades de mercado, coletar informações, desenvolver o conceito de

negócio (identificar riscos, avaliar o potencial de lucro e os custos gastos para

realizar o empreendimento). Um vasto estudo de mercado é importante para

elaborar um planejamento, definindo recursos necessários, encaminhando a

montagem e operacionalização do empreendimento.

Dessa forma, pode-se afirmar que abrir uma empresa é um grande desafio,

pois muitas organizações não conseguem sobreviver no mercado, muitas vezes

devido à falta de habilidades na gestão empresarial. Muitos cuidados devem ser

levados em conta quando se trata de um investimento que visa um novo negócio e

novas oportunidades, estes serão explanados ao longo do desenvolvimento do

trabalho.

O segmento de estética é um ramo que está em franco crescimento, são

vastas as oportunidades de desenvolvimento, e tem se demonstrado cada vez

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mais rentável. Segundo artigo que se refere a estudos e estatísticas no setor

cosmético, publicado no site do SEBRAE, a vaidade é o combustível que

movimenta um mercado milionário, que se multiplica a cada ano: o mercado da

beleza. De acordo com Marcelo e Rodrigues (2005), o setor de estética

desconhece crise econômica, onde clínicas de estética, academias, lojas e

indústria de cosméticos, perfumaria e o segmento de venda porta a porta

aumentam o faturamento, enquanto embelezam a clientela.

O artigo supracitado retirado no site do SEBRAE enfatiza que a Associação

Brasileira da Indústria de Higiene, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) faturou

R$ 6,9 bilhões no primeiro semestre de 2005, tendo um crescimento de 17,4%

maior do que no ano anterior. Esse crescimento justifica-se, pois a vaidade não é

mais exclusividade das mulheres, os homens também procuram os centros de

estética não somente para depilação, limpeza de pele, mas para drenagem,

massagem, dentre outros.

Academias, clínicas e salões de beleza, com muita frequência, contratam

profissionais cada vez mais especializados, pois a demanda é muito significativa.

O mercado da beleza tem crescido e oferece oportunidade de trabalho e renda,

evidenciando oportunidades para empreendedores e investidores.

Entretanto, alguns cuidados devem ser observados, pois trata-se de um

ramo sazonal. Segundo a proprietária de Centro de Estética Arlete Coelho Simas

(SEBRAE/2005), clínicas de estética podem apresentar um movimento 40%

superior no período de verão. Dessa forma, algumas alternativas devem ser

identificadas para períodos de baixa demanda, oferecendo serviços que sejam

apropriados para períodos mais frios.

Os centros de estética têm vários tipos de tratamento que variam desde

manicure e massagem até drenagem linfática com aplicação de enzimas e

depilação a laser ou fotodepilação, nos quais o valor varia de acordo com o tipo

e/ou quantidade de sessões. Cabe, portanto ao empreendedor analisar

criteriosamente as características do mercado para escolha dos tratamentos que

serão adequadas para região em que atuará o centro de estética, para que sua

tomada de decisões amenize os riscos de forma significativa.

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1.1 Objetivo geral e objetivos específicos

O objetivo geral do trabalho consiste em elaborar um plano de negócios

relacionado ao desenvolvimento de uma centro de estética na cidade de Itapema -

SC.

Tendo em vista o objetivo geral mencionado, ele é desdobrado nos

seguintes objetivos específicos:

Realizar uma análise de mercado;

Definir as estratégias de Marketing;

Estruturar o plano operacional;

Desenvolver uma análise financeira do projeto.

Acredita-se que atingindo tais objetivos, o empreendedor terá condições de

decidir quanto à implantação do negócio, bem como contribuir para o curso de

administração, desenvolvendo um estudo criterioso sobre o tema.

1.2 Justificativa

A Roks Restaurante adota uma postura de diversificação de investimentos.

Atua no ramo alimentício e tem verificado novas oportunidades de negócio que

envolve o ramo de beleza, mais especificadamente na área estética. Seu objetivo

de investimento é vinculado a um produto novo no Brasil e difícil de ser

encontrado no estado de Santa Catarina. A Roks Restaurante deseja investir na

Luz Intensa Pulsada – IPL, mais conhecida como fotodepilação, um produto que

tem o mesmo objetivo da depilação a laser. Além de ser o único tratamento indolor,

quando comparado a outros métodos de depilação encontra-se mais acessível

financeiramente ao interessado. Sendo este um forte diferencial de

competitividade. Abrilhantando os olhos dos investidores no que se refere à

hipótese de sucesso pleno do investimento não somente em seus primeiros anos

de atividade, mas em seu crescimento contínuo com o passar dos anos.

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No Brasil, segundo dados do Sebrae, mais da metade das empresas

fecham as portas até o terceiro ano de vida, sendo um dos principais motivos a

ausência de planejamento. Excelentes oportunidades de negócios são

desperdiçadas por falta de um trabalho prévio de pesquisa, levantamento de

dados de mercado, conhecimento do produto a ser oferecido e elaboração de um

plano de negócios. Às vezes, negócios num mesmo segmento, mas com

modelagens diferentes apresentam resultados distintos.

Neste sentido percebe-se a importância da elaboração de um plano de

negócios para amenizar os riscos e fazer um estudo criterioso sobre o ramo

centros de estéticas. Este segmento de mercado apresenta inovações constantes,

sendo uma delas a fotodepilação, novidade no Brasil, que esta sendo inserida aos

poucos através de pequenos centros e clínicas de estética. O mesmo aparelho de

fotodepilação, que por jatos de luz elimina pêlos de qualquer região do corpo,

auxilia também em tratamentos na eliminação de manchas causadas pelo sol e

por acnes. Os processos são similares à depilação a laser, mas muito vantajoso

se comparados financeiramente, além do tratamento ser indolor e eficaz quanto a

seus resultados, possibilitando ao cliente a despreocupação quanto aos pelos

encravados, manchas escuras nas axilas dentre outras vantagens que ficam

nítidas não somente para as mulheres.

Tendo em vista o contexto mencionado, será avaliada a forma de

implantação de um centro de estética obtendo a prestação de serviços a Luz

Intensa Pulsada - IPL (fotodepilação e fotorejuveneciemento), e massoterapia no

município de Itapema.

O sucesso que tem feito a IPL fora do Brasil chama atenção para expansão

e implementação dentro do país. Os brasileiros (incluindo sexo feminino e

masculino) buscam cada vez mais cuidar de si próprios, de sua saúde e aparência.

Tal oportunidade motivou a acadêmica e seu sócio potencial (proprietário

da empresa Roks Restaurante) a diversificar investimentos e ampliar os negócios,

abrangendo em um futuro próximo além do ramo alimentício, o desenvolvimento

de outra empresa, porém no ramo estético.

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Acrescenta-se que a acadêmica tem interesse e identificação ímpar com o

setor, o que lhe dá ainda mais motivação para o estudo.

Além disso, terá a oportunidade de colocar seus conhecimentos em prática

além de desenvolver um projeto que servirá não apenas como requisito de

conclusão de curso, mas também como um projeto que futuramente será colocado

em prática pela mesma com possibilidade a autonomia profissional.

Obstáculos foram encontrados quanto ao desenvolvimento deste, pois

ainda não se encontram projetos desenvolvidos neste ramo, embora muito tenha

se falado sobre. Os assuntos encontrados são normalmente abordados de uma

forma abrangente na área de estética, nada se encontra sobre estudos científicos

específicos da IPL - fotodepilação. Assim, faz com que a acadêmica se empenhe

com mais motivação no desenvolvimento de seus estudos.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este capítulo apresenta os principais conceitos relacionados ao tema

desenvolvido neste trabalho de conclusão, abordando assuntos como a evolução

da administração, empreendedorismo, plano de negócios, análise de mercado,

estratégias de marketing, aspectos financeiros, entre outros.

2.1 A Evolução da Administração

Os conceitos e técnicas da administração sempre foram usados consciente

ou inconscientemente. Entretanto, para Megginson, Mosley e Pietri (1998, p. 37)

nota-se que “... antigamente houve uma evolução gradual na prática administrativa,

sendo que muitos desses conceitos são usados hoje”. Ainda segundo os autores

supracitados, Roma controlava o mundo por meio de um sistema militar que é

modelo até hoje. E por fim, a Igreja Católica Romana contribuiu para a evolução

da administração, desenvolvendo um relacionamento altamente centralizado de

autoridade e responsabilidade, além do grau de diretrizes, procedimentos,

doutrinas, regras e regulamentos que são utilizadas até hoje.

Logo após, deu-se mais ênfase à ciência com o período da Renascença e

assim inicia-se o desenvolvimento vagaroso e sistemático das teorias, princípios e

práticas da Revolução Industrial durante o século XVIII, o qual substituiu a

produção manual pela mecânica. Levando ao processo de produção em massa.

(Megginson, Mosley e Pietri,1998)

A história das teorias da Administração pode ser resumida em cinco fases

bem distintas e que se superpõem cada uma delas enfatizando um aspecto

importante da Administração.

Primeira fase – A abordagem Científica, que segundo Chiavenato (1994,

p.09) recebeu este nome em função “... da tentativa de aplicação dos métodos da

ciência aos problemas da administração, a fim de alcançar elevada eficiência

industrial”. Esta escola representa uma primeira aproximação teórica aos estudos

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da administração empresarial que deu ênfase nas tarefas, ou seja, o plano do

trabalho individual de cada operário abordado isoladamente através de sua

experiência pessoal e particular para definir como realizaria as suas futuras tarefas.

Não obtendo bons resultados nestes métodos, o engenheiro Frederick W. Taylor

(1856- 1915) buscou métodos para tirar do operário o direito de escolher a sua

maneira pessoal de executar as tarefas, impondo-lhe um método planejado e

estudado por um profissional da área de planejamento de tarefas. Assim,

promoveu uma verdadeira revolução no pensamento administrativo e no mundo

industrial de sua época, levando consigo inúmeros seguidores como: Gantt,

Gilbreth, Emerson, Ford, Barth e outros.

Chiavenato (1994, p. 09) ainda ressalta que “A administração das tarefas se

assentava na organização racional do trabalho que procurava localizar o método

pelo qual o operário poderia se tornar eficiente”. Dessa forma, foram quatro os

princípios que alicerçaram a administração científica: Princípios de planejamento,

Princípios de preparo, Princípio de controle e Princípio de execução. Lacombe e

Heilborn (2003) lembram que Taylor considerava que “As atividades mais

complexas deveriam ser subdivididas em atividades mais simples e esta em

movimentos elementares para facilitar sua racionalização e padronização”.

Segunda fase – ênfase na Estrutura Organizacional – Megginson, Mosley e

Pietri (1998) enfatizam que nesta fase administrar é, sobretudo planejar e

organizar a estrutura de órgãos e de cargos que compõem a empresa, dirigindo e

controlando as suas atividades posteriormente. Neste sentido, o principal

representante desta escola é Henry Fayol (1841- 1925), contribuinte do campo da

teoria-prática, e cujos estudos traçaram os principais objetivos organizacionais

citados anteriormente para que de tal forma os mesmo sejam atingidos por

executivos de alto nível. Megginson, MOSLEY, e Pietri, (1998, p. 14) ainda

lembram que “Três são as abordagens relacionadas com a estrutura

organizacional: a Teoria Clássica de Fayol, a Teoria da Burocracia de Weber e a

Teoria Estruturalista”.

Lacombe (2003) defende que a Escola Clássica é a teoria que estabelece

uma forma de administrar dando ênfase a uma maneira correta de se estabelecer

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à estrutura organizacional e as responsabilidades dos administradores, por meio

da compreensão precisa e metódica do trabalho. Para Fayol (apud Lacombe 2003)

toda empresa possui seis funções básicas, a saber: Funções Técnicas,

Comerciais, Financeiras, de Seguranças, Contábeis e Administrativas. Função

administrativa refere-se às próprias funções do administrador que englobam cinco

elementos: Prever, Organizar, Comandar, Coordenar e Controlar.

A segunda abordagem nasceu com Max Weber (1864 – 1920), no qual

enfatiza a formalização, divisão do trabalho, hierarquia, impessoalidade e

profissionalização e competência técnica dos funcionários. LACOMBE,

HEILBORN (2003).

Já a teoria Estruturalista segundo Lacombe, Heilborn (2003) surgiu a partir

das críticas à rigidez e impessoalidade da teoria da burocracia de Weber, que

tendia a transformar uma organização num sistema fechado. O enfoque da teoria

estruturalista é na estrutura e ambiente, assim, de acordo com Chiavenato (2003),

essa teoria trouxe uma importante ruptura com relação às anteriores. Ela mostra a

organização como sendo um sistema aberto que se relaciona com o ambiente e

com outras organizações.

Terceira fase – Ênfase nas Pessoas – Chiavenato (1994) enfatiza que esta

fase apresenta uma perspectiva direcionada as pessoas dentro da organização;

enfatizando a chamada abordagem humanística, que pode ser desdobrada em

duas escolas ou teorias: a escola das relações humanas de Mayo e a Teoria

comportamental de Herbert.

A Escola das Relações humanas teve Elton Mayo (1880- 1949) e Kurt

Lewin (1890- 1947) como seus principais precursores, de abordagens mais

democráticas e liberalizantes. Há uma concentração no esforço pioneiro rumo a

humanização das organizações como, “a ênfase na organização informal, nos

grupos sociais, nas comunicações, na motivação, na liderança, nas abordagens

participativas e, sobretudo, na preocupação com a satisfação do cliente”.

(CHIAVENATO,1994 p. 26).

Já a Teoria Comportamental surgiu com um livro de Herbert A. Simon

publicado em 1947 (O Comportamento do Administrador). Chiavenato (1994, p. 26)

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explica que “a partir daí as empresas são visualizadas como sistemas de decisões,

onde as pessoas percebem, sentem, decidem e agem, definindo seus

comportamentos frente às situações com que se deparam”.

Quarta fase - No início da década de 60 a ênfase é voltada à Tecnologia a

fim de extrair dela a máxima eficiência possível. A teoria da contingência

incumbiu-se de absorver rapidamente a preocupação com a tecnologia ao lado da

preocupação com o ambiente para definir uma abordagem mais ampla a respeito

do desenho organizacional - uma maneira mais recente de visualizar o formato e a

estrutura organizacional e seu funcionamento. (CHIAVENATO, 1994 p. 28).

Quinta fase – Ênfase no Ambiente surgiu com o aparecimento da teoria da

contingência, que para Lacombe. Heilborn (2003 p. 41) quem deu essência aos

estudos foi Joan Woodward “... diz que não existe uma maneira certa de montar a

estrutura organizacional; existem sempre várias alternativas, e a melhor depende

de cada caso”, segundo qual não existe uma única maneira de organizar as

empresas, pois as características estruturais das empresas dependem das

características que as circundam. Para Chiavenato (1994) a ênfase Woodward “...

diz que não existe uma maneira certa de montar a estrutura organizacional; existe

sempre várias alternativas, e a melhor depende de cada caso”, pois as

características estruturais das empresas dependem das características que as

circundam (as empresas e os ambientes que as envolvem).

Tendo em vista a evolução do pensamento administrativo, os impactos

sobre o processo de gestão e empreendedorismo foram significativos, salientando

a importância de conhecer tais princípios e teorias para o desenvolvimento de

qualquer negócio.

2.2 Empreendedorismo e o empreendedor

Para Goulart (2003, p. 43) “empreendedorismo é uma revolução silenciosa

que será para o século XXI, mais do que a revolução industrial foi para o século

XX”. Um empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões,

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ou seja, é um agente de mudanças e é essa definição que mais se aproxima da

realidade. (FILION, 1991 p. 43).

Dolabela (1999) complementa que o empreendedor é o motor da economia,

gerando crescimento econômico e desenvolvimento social para um país ou região.

Nota-se, portanto que o conceito de empreendedorismo está atrelado a dois

aspectos fundamentais: inovação e atitude, ou seja, colocar em prática idéias e

projetos inovadores.

Segundo Degen (1989) existem três etapas que depende o sucesso de um

empreendimento:

(1) Identificar a oportunidade de negócio e coletar informações sobre ele; (2) Desenvolver o conceito do negócio com base em informações coletadas, identificar riscos, procurar experiências similares para avaliar riscos, adotar medidas para reduzi-los, e, (3) Implementar o empreendimento, iniciando pela implantação de um plano de negócio, definição de necessidade de recursos e suas fontes, até sua completa operacionalização (DEGEM, 1989 p.55).

Essas etapas, possivelmente, podem servir de base para diagnosticar

empreendedores entre os novos atores sociais que iniciam ou iniciarão, em pouco

tempo, sua participação no mercado de trabalho.

Além dos atributos encontrados em administradores, os empreendedores

são visionários, indivíduos que fazem a diferença, sabem explorar as

oportunidades, são determinados e dinâmicos, dedicados ao trabalho,

independentes e construtores do próprio destino, possuem liderança incomum,

sabem construir uma rede de relacionamento, assumem riscos calculados e criam

valor para a sociedade pela qual o empreendimento encontra-se inserindo, em

busca de soluções para melhorar a vida das pessoas. (DOLABELA, 1999 p. 49).

Entretanto, empreendedores não precisam ser necessariamente os

fundadores de uma empresa. Segundo Hashimoto (2006), empreendedor é todo o

funcionário independente do cargo ou função que desempenha dentro de uma

organização e que é motivado através da implementação de ações internas para

que pense e aja como empreendedor. A partir da assimilação da filosofia e da

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missão empreendedora da empresa todos juntos passam a buscar a

concretização do objetivo primordial que é o sucesso da mesma.

Hashimoto (2006, p.08) ressalta ainda que o empreendedor “surge em um

contexto situacional, no qual suas habilidades são evidenciadas, de forma que as

pessoas possam presenciá-las e associá-las a sua imagem”. Um empreendedor é

todo aquele que têm visão, habilidades e potencialidade para inovar, criar e mudar.

Na mesma concepção Dornelas (2001) ressalta a importância para o

empreendedor de ter um plano de negócio bem elaborado e cuidadosamente

revisado, pois estas ferramentas permite usufruir de oportunidades únicas e a

conquista de novos parceiros, fornecedores e investidores. Além disto, um

planejamento auxilia na verificação da viabilidade tanto no aspecto financeiro,

como também indicadores de mercado, capacitação interna e operacional da

empresa.

Dolabela (1999, p. 44-45) afirma que identificar oportunidades,

comprometer-se a estas e obter o capital necessário para transformá-las em

negócio que dêem lucro são alguns dos atributos principais do empreendedor.

Este autor afirma que o empreendedor deve:

∙ Desenvolver uma visão do negócio;

∙ Persuadir sócios, colaboradores e investidores;

∙ Ter energia, perseverança e paixão para construir algo a partir do nada;

∙ Superar obstáculos, armadilhas e a solidão;

∙ Acreditar que pode colocar a sorte a seu favor.

Sendo assim, através destas concepções verifica-se a importância da

elaboração de um plano de negócios. Obtendo como base também, as três etapas

de Degen (1989) supracitadas, que se referem às etapas para o sucesso de um

empreendedor. A seguir são apresentadas as finalidades de um plano de negócios.

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30

2.3 Finalidade de um plano de negócios

É evidente que apenas razão e raciocínio lógico não são suficientes para

determinar o sucesso do negócio. Se assim ocorresse, a arte de administrar não

seria mais arte, apenas uma atividade rotineira, onde o Feeling do administrador

nunca seria utilizado. (DORNELAS, 2005).

As oportunidades geralmente são únicas e não podem ser desperdiçadas.

E, como cartão de visitas, o empreendedor deve ter em mãos o plano de negócios

de seu empreendimento, elaborado de maneira primoroso e cuidadosamente

revisado. Geralmente são escritos como parte dos requisitos de aprovação de um

empréstimo, ingresso em uma incubadora de empresas, solicitação de bolsas ou

recursos financeiros de órgão do governo, e principalmente para investidores,

bancos, potenciais parceiros, fornecedores, a própria empresa internamente,

esses que são geralmente o público-alvo de um plano de negócios. Mas a

principal idéia não é a de mostrar o roteiro a ser preenchido pelo empreendedor,

deve-se “vender” a idéia do plano de negócios e disseminar seu conceito básico

junto aos empresários das MPE brasileiras. Deixando claro que o conceito básico

é o planejamento.

Para Dornelas (2003, p. 98), o plano de negócios é uma ferramenta

dinâmica, que deve ser atualizada constantemente, pois o ato de planejar é

dinâmico e corresponde a um processo cíclico. Estas atualizações seguem

algumas regras básicas, mas que não são estáticas, e permitem ao empreendedor

utilizar sua criatividade ou bom senso, enfatizando um ou outro aspecto que mais

interessa ao público-alvo do plano de negócios em questão. Outra característica

importante é que ele não deve simplesmente estar tão focado o aspecto financeiro,

como: Indicadores de mercado, de capacitação interna da empresa e operacionais

são igualmente importantes, pois estes fatores mostram a capacidade da empresa

no crescimento de seus resultados financeiros no futuro.

Sobre a importância do plano de negócios Dornelas (2005, p.98) enfatiza

que:

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31

É importante que o plano de negócios possa demonstrar a viabilidade de se atingir uma situação futura, mostrando como a empresa pretende chegar lá. Então, o que o empresário precisa é de um plano de negócios que lhe sirva como guia, que seja revisado periodicamente e que permita alterações visando vender a idéia ao leitor do seu plano de negócios.

Além da importância que deve ser dada pelo empreendedor conforme

supracitado acima, o plano de negócios segundo Hashimoto (2006, p.2003) “não

será necessariamente aplicado a qualquer projeto intre-empreendedor, somente

para aqueles ligados diretamente ao negócio da empresa”. O autor afirma que

“projetos intra-empreendores, relacionados com os processos internos, requer

apenas o plano de negócios.

Seguindo a idéia do autor supracitado, no plano de negócios é possível

entender e estabelecer diretrizes para o negocio; Gerenciar de forma mais eficaz a

empresa e tomar decisões acertadas; Monitorar o dia-a-dia da empresa e tomar

ações corretivas quando necessário; Conseguir financiamentos e recursos junto a

bancos, governo, Sebrae, investidores, capitalistas de risco etc; Identificar

oportunidades e transformá-las em diferencial competitivo para a empresa;

Estabelecer uma comunicação interna e eficaz na empresa e convencer o publico

externo( fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores, associações etc.).

O plano de negócios é escrito para atender a alguns objetivos básicos,

como atrair recursos financeiros ou testar a viabilidade de um conceito de negócio,

orientar o desenvolvimento das operações e estratégia, transmitir credibilidade,

desenvolver a equipe de gestão.

Para o bom desenvolvimento do plano de negócios, dá-se continuidade a

partir de tópicos que definem sua estrutura, lembrando que não existe estrutura

rígida e específica para se escrever um plano de negócios, pois cada negócio tem

particularidades e semelhanças, sendo impossível definir um modelo padrão d

plano de negócios que seja universal e aplicado a qualquer negocio. Pois existem

diferentes empresas, como prestadora de serviços, ou uma empresa que fabrica

produtos ou bens de consumo, por exemplo. Mas, qualquer plano de negócios

deve possuir um mínimo de seções as quais proporcionarão um entendimento

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completo do negocio. Estas seções são organizadas de forma a manter uma

sequência lógica que permita a qualquer leitor do plano entender como a empresa

é organizada, seus objetivos, seus produtos e serviços, seu mercado, sua

estratégia de marketing e sua situação financeira.

O cuidado a ser tomado no momento de escrever um plano de negócios é

que não contenha números recheados de entusiasmo ou fora da realidade. Nesse

caso, pior que não planejar é fazê-lo erroneamente e, pior ainda conscientemente.

Essa ferramenta de gestão pode e deve ser usada por todo e qualquer

empreendedor que queira transformar seu sonho em realidade, seguindo o

caminho lógico e racional que se espera de um bom administrador.

Depois de vistos os conceitos quanto à finalidade de um plano de negócios,

verifica-se a seguir as etapas para a elaboração do mesmo.

2.3.1 Plano de Negócio

O empreendedor não pode negligenciar o estágio de planejamento formal

de um novo negócio. A ansiedade do começo deve ser contida e os passos

necessários devem ser dados para minimizar os erros que certamente virão. Para

isso, que deveria ser necessária a elaboração de um plano de negócios antes de

se dar inicio as atividades/ operações de uma empresa, pois ele é um documento

contendo a idéia básica e todas as considerações relacionadas ao início do novo

negócio. Projeta os aspectos mercadológicos, gerenciais, operacionais e

financeiros para os cinco primeiros anos.

Na mesma perspectiva, Dornelas (2001, p. 99) afirma que cada plano tem

particularidades e semelhanças, não existindo uma metodologia que seja universal

e que se encaixe em todos os tipos de negócio. O plano empresarial que será

desenvolvido ao longo deste, obtém algumas particularidades em sua abrangência.

Degen (1989, p. 177) conceitua o plano de negócio como a formalização da

oportunidade identificada e do desenvolvimento do conceito do negócio, bem

como dos planos de marketing, vendas, operacional e financeiro que foram

formulados e que viabilizam o empreendimento.

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Já Dornelas (2001, p. 96) caracteriza plano de negócios como:

... um documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa. Sua elaboração envolve um processo de aprendizagem e autoconhecimento, e, ainda ao empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios.

Para Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 161) o plano de negócios é um

documento que contém descrições de uma ideia relacionada à abertura de um

empreendimento considerando os aspectos mercadológicos, operacionais e

financeiros sugerindo para os primeiros três a cinco anos de negócio. Sua

elaboração permite ao empreendedor percorrer uma trajetória mais alicerçada

sujeito a menos riscos de fracassar e negócio idealizado.

Em sua maioria, o planejamento do negócio tende a ser negligenciado, isto

porque, devido a grande vontade de implementar o negócio, os empreendedores

não verificam a importância do plano escrito. Além disto, em alguns casos não se

dispõe de experiência e capital necessário para condução do estudo de viabilidade

(LONGENECKER; MOORE; PETTY, 1997).

Para desenvolver um negócio próprio é necessário saber identificar as

oportunidades que surgem na sociedade durante as diversas fases do processo

de implementação e evolução de um empreendimento e não somente no

momento em que decide abrir uma empresa.

Dando continuidade a idéia dos autores supracitados acima, como

alternativas para desenvolvimento do projeto há que se conhecer a sazonalidade

do negócio, o perfil do mercado consumidor, o perfil dos principais fornecedores, o

grau de influência de decisões governamentais, o perfil da concorrência, a

participação de mercado das principais empresas do ramo; as políticas

mercadológicas praticadas pela concorrência, a política de preços, os prazos de

pagamento, as políticas de crédito e financiamento, a estrutura administrativa da

concorrência, a estrutura de vendas da concorrência, as técnicas de operação e

produção empregadas pela concorrência, as necessidades do mercado

consumidor perfeitamente atendido pela concorrência, e políticas de garantia,

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assistência técnica e atendimento ao consumidor, dentre outros detalhes que

surgirão ao decorrer da elaboração do projeto.

Para estes autores, entretanto, algumas etapas são comuns aos planos de

negócios, assim são apresentados no Quadro 1:

Resumo executivo. Uma visão geral de uma a três páginas do plano total de negócios. Escrito

depois que as outras seções fora completadas, enfatiza seus pontos importantes e, idealmente,

cria interesse suficiente para motivar o leitor a lê-lo.

Descrição geral da empresa. Descreve o tipo de empresa e fornece sua historia, se ela já

existir. Diz se é um negócio de manufatura, varejo, serviço ou outro tipo de negócio.

Plano de serviço e produtos. Descreve o produto e/ou serviço e aponta quaisquer aspectos

singulares. Explica porque as pessoas comprarão o produto ou serviço.

Plano de marketing. Mostra quem são seus clientes e que tipo de competição você enfrentará.

Esboça sua estratégia de marketing e especifica o que dará vantagem competitiva.

Plano gerencial. Identifica os “participantes -chave” – os investidores ativos, a equipe gerencial

e os diretores. Cita a experiência e competição que possuem.

Plano operacional. Explica o tio de manufatura ou sistema operacional que você usará.

Apresenta projeções de receitas, custos e lucros.

Plano jurídico. Mostra o tipo proposto de constituição jurídica da empresa – por exemplo,

empresa individual, sociedade por quotas ou sociedade anônimas. Aponta considerações

jurídicas especiais e relevantes.

Apêndice. Oferece matérias suplementares ao plano.

Quadro 1 – Visão geral de um plano de negócios Fonte: Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 171).

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35

Existem outras metodologias, como a citada por Dolabela (2006, p. 136)

que adapta as necessidades de ordenar e planejar suas ações conforme suas

principais prioridades, sendo assim, a ordem de realização do pano de negócios

número 1 – O plano de marketing deverá ser desenvolvido primeiro em relação ao

desenvolvimento do projeto, e na seqüência Estratégia de marketing, A empresa,

Plano financeiro e por fim o Sumário executivo.

Detalhamento das tarefas do Plano de Trabalho

Tarefa Ordem de Realização

1. Sumário executivo

1.1. Enunciado do projeto

1.2. Enunciado do projeto

1.3. Os produtos e a tecnologia

1.4. O mercado potencial

1.5. Elementos de diferenciação

1.6. Previsão de vendas

1.7. Rentabilidade e projeções financeiras

1.8. Necessidades de financiamento

5

2. A empresa

2.1. A missão

2.2. Os objetivos da empresa

Situação planejada desejada

O foco

2.3. Estrutura organizacional e legal

Descrição legal

Estrutura funcional, diretoria, gerencia e staff

2.4. Síntese das responsabilidades de equipe dirigentes –

currículo

2.5. Plano de operações

Administração

Comercial

Controle de qualidade

Terceirização

Sistema de gestão

3

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36

2.6. As parcerias

3. O plano de marketing

3.1. Análise de mercado

O setor

O tamanho

Oportunidade

A clientela

Segmentação de Mercado

A concorrência

Fornecedores

3.2. Estratégia de marketing

O produto

A tecnologia, ciclo de vida

Vantagens competitivas

Planos de Pesquisa & Desenvolvimento

Preço

Distribuição

Promoção e propaganda

Serviços ao cliente (de venda e pós- venda)

Relacionamento com os clientes

1

2

3. Plano Financeiro

4.1. Investimento inicial

4.2 Projeção dos resultados

4.3. Projeção de fluxo de caixa

4.4. Projeção de balanço

4.5. Ponto de equilíbrio

4.6. Análise de Investimentos

Tempo de retorno de investimento – Payback

Taxa interna de retorno

Valor atual líquido

4

Quatro 2: Detalhamento da tarefa do Plano de Trabalho. Fonte: Dolabela, Fernando (1999, p. 136 e 137).

Ambas as metodologias demonstradas no Quadro 1 e Quadro 2 são

distintas em sua abrangência, ambas tem focos similares para as tarefas mas são

dividas diferentemente, as etapas do quadro 2 são mais detalhadas. O plano de

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37

negócio do centro de estética terá como base em seu desenvolvimento a

metodologia de Dolabela, o qual deixa mais explícito os passos e ordens de

realização das tarefas a serem seguidas. Antes mesmo de dar início à exploração

destas metodologias buscaremos entender o estudo de viabilidade de um plano de

negócios.

2.3.2 Estudo de viabilidade

É através da confecção do plano de negócio que o empreendedor poderá

estudar a viabilidade do empreendimento no ponto de vista financeiro,

mercadológico e operacional.

Quando se interligam todas as informações pertinentes ao negocio, é possível ter uma visão integrada e única de tudo o que será necessário para a implementação e operacionalização da idéia. Se o plano de negócios demonstrar que a idéia não tem a possibilidade de se tornar realidade, o esforço de escrever o plano de negocio já valeu a pena, pois, do contrario, fundamentos, evidenciando sua falta de preparo na estruturação da idéia, ou na pior das hipóteses, iniciar um empreendimento com poucas chances de sucesso. (HASHIMOTO, 2006, p. 201).

Para Pedrosa (2007, p. 154) o estudo de viabilidade, nada mais é do que

“o roteiro que constitui o planejamento da empresa, já constituída ou a ser criada.

Tem as respostas certas para as perguntas do empreendedor”. Ainda mesmo o

autor (2007, p. 154) considera que este estudo:

Mostra-me detalhes como é para empresa existente ou será a empresa a ser criada, quem são os empreendedores, quais os produtos, quais os clientes, o processo tecnológico de produção, aa estrutura d e gerenciamento, os investimentos necessários, o capital de giro, as projeções financeiras para fluxo de caixa, as receitas, as despesas, os custos e lucros, o ponto de equilíbrio e o tempo de retorno do investimento.

O plano de negócio é um documento que visa dar suporte ao

empreendedor propondo uma visão global de seu empreendimento, incorporando

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38

informações acerca das diversas dimensões que compõem uma empresa, como o

mercado, a viabilidade do negócio faz-se necessário um dos primeiros passos a

serem desenvolvidos o sumário executivo.

2.4 Sumário executivo

O Sumário Executivo é comumente apontado como a principal seção do

plano de negócios, pois através dele é que o leitor analisará se o conteúdo a

seguir o interessa ou não e, portanto, se continuará, ou não, a ler o documento.

Assim, é no sumário executivo que o empreendedor conquista o leitor, seja ele um

investidor, fornecedor... Deste modo, a acadêmica apresentará um breve resumo

da empresa ou negócio, sua história, área de atuação, foco principal e sua missão.

Devem ser enfatizadas as características únicas do produto ou serviço em

questão, seu mercado potencial, seu diferencial tecnológico e competitivo.

Também devem ser apontadas perspectivas de futuro do negócio.

Tudo isso, de maneira sucinta, sem detalhes, mas de forma objetiva. É

importante salientar que o empreendedor apenas terá condições de elaborar o

sumário executivo ao final da elaboração do plano de negócios, pois ele depende

de todas as outras informações do plano para ser feito.

Sendo assim, verificamos que o sumário executivo nada mais é do que a

apresentação do plano de negócio. Em sequência a este se apresenta definições

e conceitos que compõe a empresa.

2.5 A empresa

Este item tem por finalidade abordar as definições do que compõe uma

empresa, para isso, procuraremos entender o que é uma empresa. Para

Maximiano (2000, p. 464), a empresa é um conjunto organizado de meios com

vista a exercer uma atividade particular, pública, ou de economia mista, que

produz e oferece bens e/ou serviços, com o objetivo de atender a alguma

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necessidade humana. O lucro, na visão moderna das empresas privadas, é

consequência do processo produtivo e o retorno esperado pelos investidores. As

empresas de titularidade do poder público têm a finalidade de obter rentabilidade

social. As empresas podem ser individuais ou coletivas, dependendo do número

de sócios que as compõem.

Como já foi mencionado acima, entende-se que a empresa é um conjunto

de atividades organizadas que tende a traçar seus objetivos, e para que isso

aconteça da maneira correta estabelece-se a visão da empresa.

2.5.1 Visão

A visão segundo Dias et al (2006, p. 445) é “o que a organização almeja

atingir no futuro”. s autores defendem que a visão deve ser definida numa

percepção que venha de fora para dentro da empresa.

Para Oliveira (2001, p.82), a visão orienta o planejamento estratégico e é

caracterizada como limites organizacionais percebidos pelos empresários num

período de tempo prolongado e sob uma ampla abordagem. (QUILE apud

OLIVEIRA, 2001).

Quile (apud OLIVEIRA, 2001, p. 83) sugere algumas dicas para a definição

da visão, apresentada em tópicos a seguir:

▪ Estabelecer sua visão de forma tão clara quanto o objetivo por lucro;

▪ Defina e respeite os direitos das pessoas;

▪ Certifique-se de que a visão e os valores se direcionam aos focos básicos,

ou seja, aos consumidores, funcionários e fornecedores;

▪ Incremente sua participação de mercado e lucratividade pelo aumento da

percepção pelos clientes de seus produtos e serviços, em relação a seus

concorrentes; e

▪ Desenvolva uma cultura de atuação para resultados em sua empresa.

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A visão é a declaração da direção em que a empresa pretende seguir, ou

ainda, um quadro do que a empresa deseja ser. Trata-se ainda da personalidade e

caráter da empresa. Assim, a declaração de visão de uma empresa deve refletir

as aspirações de suas crenças. A mesma não estabelece ou expressa fins

quantitativos, mas provê motivação, uma direção geral, uma imagem e uma

filosofia que guia a empresa. Além de apontar um caminho para o futuro, faz com

que os indivíduos queiram chegar lá. Deve representar as maiores esperanças e

sonhos da sua empresa.

É importante ainda que a visão corresponda à realidade da empresa. Nada é

pior do que criar uma visão que tem mais a ver com a fantasia do que com o futuro.

A visão atrai a missão, que procura esclarecer o que realmente é a empresa.

2.5.2 Missão

Oliveira (2001, p. 118) define a missão como “a razão de ser da empresa”.

Para que seja definida, este autor propõe que seja especificado o negocio da

empresa, sua razão de ser, ou ainda suas forças concentradas em determinadas

atividades futuras.

Na mesma linha Dias et al (2006, p. 502) caracterizaM a missão como um

direcionamento claro do negócio. Esta missão deve ser baseada em fatores

econômicos e sociais, e consequentemente favorecer o desenvolvimento em

longo prazo da empresa e comprometimento dos colaboradores aos objetivos

organizacionais.

Para que a missão seja estabelecida devem-se obedecer algumas etapas.

Em primeiro lugar define-se o negócio da empresa, em seguida sua razão de ser e

por ultimo deve-se elaborar um enunciado, onde serão mencionadas as atividades

que serão desenvolvidas pela empresa (LAS CASAS, 199, p. 86).

Oliveira (2001, p. 118) afirma que a função da missão é orientar e delimitar

a ação empresarial, representando o horizonte de atuação e possíveis novos

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mercados das empresas e seus diversos negócios. Para o autor, deve-se analisar

e interpretar as seguintes questões para que a missão seja estabelecida:

▪ Qual a razão de ser da nossa empresa?

▪ Qual a natureza do(s) negócio(s) da empresa?

▪ Quais os tipos de atividade em que a empresa deve concentrar seus

esforços no futuro (OLIVEIRA, 2001).

Uma missão bem difundida desenvolve nos funcionários um senso comum

de oportunidade, direção, significância e realização. Uma missão bem explícita

atua como uma mão invisível que guia os funcionários para um trabalho

independente, mas coletivo, na direção da realização dos potenciais da empresa.

2.5.3 Objetivos da empresa

Conforme Kotler (2006, p. 78), objetivos são resultados quantitativos e

qualitativos que a empresa precisa alcançar em prazo determinado, no contexto

de seu ambiente, para cumprir sua Missão. Intenções assertivas e factíveis na

busca por algo de valor; de resultados auspiciosos de progresso, lucro, vantagens,

melhorias, onde a situação futura almejada seja melhor que o presente. É um

propósito ou alvo desejado e perseguido pela entidade visando uma situação

melhor.

A importância da definição de objetivos pode ser fundamentada pelas

seguintes opiniões: “Os objetivos devem surgir da análise das oportunidades e

recursos e não de pensamentos e desejos”. (KOTLER, 2006)

Os objetivos derivam da missão e da visão da organização com intentos

de caráter mais específicos, posto que oriente as ações com maior precisão.

Conforme Kotler (2006, p. 80), os objetivos conforme as suas temporalidades

assumem duas perspectivas:

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• Objetivos permanentes: propósitos a serem perseguidos contínua e

ininterruptamente na busca das realizações;

• Objetivos situacionais: propósitos impostos por mudanças na ambiência

resultantes de novas conjunturas de fatores internos ou externos.

Aos objetivos, segundo o escopo assumem duas dimensões:

• Objetivos estratégicos: aqueles que propiciarão a vantagem competitiva

para a organização (uma nova tecnologia, por ex.).

• Objetivos táticos e operacionais: propósitos para obtenção de melhorias

pontuais (círculos de qualidade, por ex.).

A operacionalização dos objetivos viabiliza-se pela qualificação e/ou

quantificação dos resultados intencionados – as metas.

Referente à situação planejada que se deseja esta ocorre desde sua

formação até um horizonte visível, tal como, o seu mercado e qual é a

porcentagem do mesmo que acha que pode atingir, bem como quais são as

estratégias de marketing que serão utilizadas para buscar este objetivo. É

importante traçar outras considerações de interesse, como planos de expansão,

possibilidades de parceria, etc. Enfim, descrever de modo geral aonde se quer

chegar e como vai fazê-lo com a empresa.

2.5.4 O Foco

Descrever qual é o foco de seu negócio, é basicamente, descrever qual

segmento do mercado pretende-se atuar. Lembrando que é muito perigoso atuar

em diversas áreas ao mesmo tempo.

2.5.5 Estrutura organizacional e legal / Síntese das responsabilidades de equipe e

dirigentes

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Conforme Oliveira (2002, p. 84), “Organização da empresa é a ordenação

e o agrupamento de atividades e recursos, visando ao alcance de objetivos e

resultados estabelecidos”.

São considerados os seguintes tópicos:

- Descrição legal

É como vai ser aberta legalmente a empresa: Conforme Prof. Dr. José

Dornelas (2001, p. 102) confirma, “... esta é a seção do plano na qual se

apresenta um breve resumo do plano de negócios, sua história, seu status atual e

suas projeções futuras para pesquisa e desenvolvimento”. Demonstrar e enfatizar

as características únicas do produto ou serviço e dizer como pode beneficiar o

cliente. Abranjer o assunto descrevendo o que se espera conseguir em três ou

cinco anos. A descrição legal da empresa deve conter o seguinte: Nome da

empresa, que deve estar registrado legalmente antes da abertura do negócio; Tipo

de empresa e enquadramento: micro, pequena ou média empresa, sociedade

anônima, companhia limitada, corporação etc. Cada tipo tem diferentes vantagens

e desvantagens em relação à legislação (impostos, financiamentos, obrigações

etc.) e também em relação ao ambiente externo (bancos, fornecedores etc).

- Estrutura funcional, diretoria, gerencia e staff

É o organograma da empresa. Lembrando de contemplar as quatro áreas

fundamentais sobres as quais vai ser estruturada a empresa: a - Recursos

Humanos, b - Administração e Finanças, c - Produção e d - Marketing. Mesmo que

no começo de suas operações você tenha que atuar em todas as quatro áreas,

todas tem que ser trabalhadas com igual eficiência e profissionalismo.

2.5.6 Plano de operações

Neste, será analisado as operações diárias da empresa, ou seja, como

ela será administrada, como venderá seus produtos, como efetuará seu controle

de qualidade, como treinará sua equipe (dirigente e funcional), etc.

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No que se refere à administração, também chamada gerenciamento, ou

gestão de empresas, supõe a existência de uma instituição a ser administrada ou

gerida, ou seja, uma Entidade Social de pessoas e recursos que se relacionem

num determinado ambiente, físico ou não, orientadas para um objetivo comum,

estabelecido pela a empresa. (ARAÚJO, 2004).

A gerência de instituições requer conhecimento e aplicação de diversos

modelos e técnicas administrativas. Que se divide nos seguintes sub-tópicos:

Controle de qualidade: O controle de qualidade garante que as atividades

do programa ocorram conforme planejado. As atividades de controle da qualidade

também poderão descobrir falhas no projeto e, assim, indicar mudanças que

poderiam melhorar a qualidade.

Um produto ou serviço de qualidade é aquele que atende perfeitamente,

de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo ás

necessidades do cliente. Portanto, em outros termos pode-se dizer: projeto

perfeito, sem defeitos, baixo custo, segurança do cliente, entrega no prazo certo

no local certo e na quantidade certa.

Terceirização: A terceirização ou outsourcing é uma prática que visa a

redução de custo e o aumento da qualidade. Pode ser usada em larga escala por

grandes corporações e, observada principalmente em empresas de

telecomunicações, mineração, indústrias etc.

Apesar das várias vantagens, a Terceirização deve ser praticada com

cautela. Uma má gestão de terceirização pode implicar para as empresas um

descontrole e desconhecimento de sua mão-de-obra.

Sistema de gestão: Um sistema de gestão é uma estrutura comprovada

para gerenciar e continuamente melhorar as políticas, procedimentos e processos

de uma organização.

Conforme O’BRIEN (2002, p.45) - Sistema de informação de gestão ou

sistema de informações gerenciais (SIG) é um sistema de informação, tipicamente

baseado em computadores, utilizado no seio de uma organização. Um sistema de

informação é composto por todos os componentes que recolhem, manipulam e

disseminam dados ou informação. Incluem-se tipicamente hardware, software,

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pessoas, sistemas de comunicação como linhas telefónicas, e os dados

propriamente ditos. No contexto empresarial, os sistemas de informação ajudam

os processos de negócio e operações, tomadas de decisão e estratégias

competitivas.

2.5.7 As parcerias

Parceria é a união de pessoas para um fim comum e é através do

entendimento e aceitação de fatores, que elas se ajudam mutuamente chegando

ao sucesso almejado.

Goulart (2002), defende que é por meio de parcerias as organizações

podem desenvolver novas atividades, iniciar novos projetos, abrir frentes de

atuação, fortalecer projetos em andamento, buscar novos negócios, ampliar o

leque de conhecimentos, captar recursos, economizar seus talentos humanos,

aumentar a capacidade de intervenção em diferentes mercados, podem ainda

superar suas lacunas e preencher espaços importantes onde não são tão fortes.

Essas são algumas vantagens de aprofundar relacionamentos e criar verdadeiras

relações de confiança.

Desta forma verifica-se que as parcerias podem ser estabelecidas entre

sujeitos públicos ou privados, individuais ou coletivos, para a realização de

intervenções finalizadas, sobretudo ao desenvolvimento econômico ou social de

uma determinada organização. A partir deste dá-se início a conceitualização do

plano de marketing.

2.6 Plano de marketing

O plano de marketing é basicamente um planejamento de marketing mix

ou composto mercadológico de uma organização, no qual oferece um mecanismo

de orientação ao processo decisório de marketing. Este deve identificar as

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oportunidades de negócios mais promissoras para a empresa e esboçar como

penetrar em mercados identificados, disciplinando o planejar, levando-o a colocar

suas idéias, fatos e conclusões de uma maneira lógica.

2.6.1 Marketing

O marketing caracteriza-se como todas as atividades realizadas que

estejam voltadas as relações de troca. Estas devem estar relacionadas à busca da

satisfação de desejos e necessidades dos clientes e consumidores, almejando a

realização dos objetivos da organização, considerando o meio ambiente e as

consequência destas relações à sociedade (LAS CASAS, 1991).

Sob a perspectiva de Kotler e Armstrong (2004) o marketing é um processo

que visa saciar uma necessidade ou desejo de indivíduos ou grupos, utilizando-se

para isto a criação, oferta ou troca de produtos que possuam algum valor com os

outros.

Para a American Marketing Association (apud CHURCHILL; PETER, 2000),

o marketing é definido da seguinte forma:

Marketing é o processo de planejar e executar a concepção, estabelecimento de preços, promoção e distribuição de idéias, produtos e serviços a fim de criar trocas que satisfação metas individuais e organizacionais.

O marketing pode ser ainda caracterizado pelo desenvolvimento de trocas

envolvendo organizações e indivíduos em negociações espontâneas que tenham

como objetivo, benefícios mútuos aos envolvidos (CHURCHILL; PETER, 2000, p.

4)

Cobra (1993, p. 26) complementa estas afirmações ao destacar que este

processo, além de buscar satisfazer necessidades e desejos humanos, tem como

alvo de estudo e desenvolvimento, a busca da qualidade de vida, a apresentação

dos recursos naturais exauríveis, além de agregar a responsabilidade social.

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Afirma Las Casas (1999, p. 20) que o plano de marketing é importante para

as empresas, sendo um processo de planejamento que toma forma a partir do

momento em que o administrador escreve o plano. “Por isso mesmo se diz que

um bom plano não valida uma idéia de marketing, mas uma boa idéia de

marketing é validada com um bom plano”. Este concretiza uma idéia, criatividade,

imaginação, inovação. Entretanto, para definir o plano de marketing faz-se

necessário conhecer e analisar o mercado em que o empreendedor deseja atuar.

2.6.2 Análise de mercado

Através da análise do mercado pode se ter uma noção previa de onde se

instalará a empresa, conhecendo possíveis clientes e até mesmo os concorrentes.

A análise de mercado deve ser realizada para verificar a validade e viabilidade do

negócio, ela deve ser entendida como um meio de se obter informações e

conseqüentemente dar base a decisões melhores no âmbito do marketing da

empresa ou futura empresa.

A Análise de Mercado apresenta o entendimento do mercado da empresa, seus clientes, seus concorrentes e quando a empresa conhece, em dados e informações, o mercado onde atua. A análise do mercado permite ainda se conhecer de perto o ambiente onde o produto/serviço se encontra. O mercado esta composto pelo ambiente onde a empresa e produto se localizam, pela concorrência e pelo perfil do consumidor. (DORNELAS, 2001, p. 127).

Para Porter (1997, p. 129) esta abordagem “prioriza a análise dos

mercados e da competição e o entendimento da posição relativa de cada empresa

em sua indústria ou segmento produtivo, como elementos primordiais no processo

de formulação das estratégias”. Para o autor “os principais focos de análise são

produtos, consumidores e competidores, e a estratégia da empresa deve ser

resultante da identificação de tendências e de oportunidades”.

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2.6.3 O Setor

De acordo com Kotler (2003) é possível ter uma idéia de quais mercados

oferecerão maior retorno para a empresa se usar os chamados Indicadores do

Potencial de Mercado. Os indicadores são os seguintes:

Características demográficas: tamanho da população, índice de

crescimento populacional, nível de urbanização, densidade

populacional e estrutura etária e sua composição;

Características Geográficas: área do país, características topográficas

e condições climáticas;

Fatores Econômicos: Produto Interno Bruto – PIB, distribuição de

renda, taxa de crescimento do PIB e proporção de investimento em

relação ao PIB;

Fatores Tecnológicos: nível de capacidade tecnológica, tecnologia de

produção existente, tecnologia de consumo existente, neveis de

educação;

Fatores Sócio-culturais: valores dominantes, padrões de estilo de vida,

grupos étnicos, fragmentação lingüística;

Metas e Planos Nacionais: propriedade industrial, plano de

investimento em infra-estrutura.

Estes indicadores por setor podem auxiliar os empreendedores na escolha

do mercado que pretendem atingir, pois torna possível identificar previamente qual

será o nível de demanda do produto, demonstrando assim as características do

mercado de consumo.

Junto a estes estudos da análise dos setores verifica-se também o

tamanho do mercado que da área de atuação da empresa.

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2.6.4 O Tamanho do Mercado

Tamanho de mercado total representa o volume de produtos e serviços

que um determinado segmento de mercado pode absorver. O tamanho do

mercado deve ser medido de duas formas: primeiro por seu volume e depois pelo

preço médio dos produtos e serviços oferecidos. Com estas duas informações a

empresa poderá projetar seus investimentos em capacidade produtiva versus

custo do produto e, assim, encontrar seu ponto de equilíbrio que determinará as

metas de vendas. Veja e entenda na figura abaixo através de dados extraídos do

site da Brandme.

Figura 1 – Tamanho do Mercado. Fonte: Brandme, em Agosto, 2011.

O tamanho do mercado disponível está relacionado a uma fração do

mercado total. Esta fração refere-se ao real potencial de mercado que a empresa

deve focar suas atividades de marketing e vendas.

A participação do mercado é outra fração do mercado: do mercado

disponível. Nesta fração observa-se principalmente a concorrência. Produtos e

serviços deverão estar posicionados onde houver melhor oportunidade de venda

com margem e menor competitividade por preço. É mais fácil crescer ganhando

participação de mercado quando a empresa está focada. No caso de um novo

player, é mais fácil entrar no mercado por um segmento versus brigar por

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participação de mercado onde players já estabelecidos estão em melhor posição.

(KOTLER, 2004).

Aspectos demográficos e psicográficos. Demografia é uma área

específica onde ocorre uma determinada dinâmica populacional. Concentração

demográfica, por exemplo, e percentual do PIB são características que podem

determinar o escopo de atuação ou investimento de um plano de marketing

construído especificamente para um grupo de clientes. Já as características

psicográficas determinam hábitos específicos de grupos de consumidores

conforme uma série de fatores que orbitam em suas vidas cotidianas. Assim concluímos que o tamanho de mercado analisa o volume de

produtos e serviços que um determinado segmento pode alcançar.

2.6.5 Análise SWOT

A Análise SWOT é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário,

sendo usado como base para gestão e planejamento estratégico de uma empresa.

A Análise é um sistema simples para posicionar ou verificar a posição estratégica

da empresa no ambiente em questão. Estes são divididos em quatro tópicos:

Oportunidades, Ameaças, Forças e Fraquezas.

Após o levantamento de dados efetuado com as análises do setor, faz-se

um estudo levando em consideração alguns fatores quanto às oportunidades, que

podem, ou não torná-la mais atraente. Na análise do novo negócio, o

empreendedor tem por obrigação lembrar que a concorrência é global, pois o

concorrente internacional esta em todo lugar e já chegou à sua porta. Assim, as

analises devem considerar parâmetros internacionais.

Sazonalidade: A sazonalidade pode ser definida como a época de

temporada ou de alta estação mais aprazível do ano, normalmente as vendas

aumentam nesta época, havendo uma forte oscilação nas vendas. Assim, a

sazonalidade é o momento considerado ideal para o consumo do produto turístico,

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desfrutando de toda comodidade de serviços que o mesmo oferece. No meio

acadêmico, o efeito da sazonalidade é comumente compreendido como o período

que se revessa entre a baixa e a alta estação. Consiste nos períodos de maior e

menor demanda turística por determinados produtos. Muitos cuidados devem ser

tomados, principalmente no estoque. (DOLABELA, 2005)

Efeitos de situação econômica: Medir a sensibilidade do produto às

variações econômicas. Produtos mais baratos e de consumo necessário tem

melhores condições de enfrentar crises.

Controle governamental: conforme Dolabela (2003, p. 143) que “os

negócios sob controle governamental podem ter as regras alteradas a qualquer

momento...”, o que interfere negativamente quanto ao domínio deste controle é

que nem sempre atendem aos requisitos de competência de qualidade.

Disponibilidade de insumos: verificar se as fontes de insumos, componentes

e elementos necessários à empresa de fácil acesso.

Ciclo de vida do setor: conforme Dolabela (2005) são três os estágios de

ciclo de vida do setor, e ambos oferecem oportunidade: Expansão que oferece

condições melhores, uma vez que a demanda é maior que a oferta, e os clientes

ainda não tem tradição de fidelidade aos fornecedores; Estagnação e Retração a

concorrência é acirrada.

Lucratividade: fator decisivo para escolha do negócio.

Mudanças que ocorrem no setor: as mudanças são fontes de oportunidade,

um bom empreendedor as percebe antes dos concorrentes. Dolabela (2005) cita

em que as tendências são fundamentais e é motivo da criação de novas e

geniosas idéias, mas não prevêem com exatidão as mudanças ou inflexões de um

setor.

Efeitos de evolução tecnológica: utilizada como objeto de observação do

empreendedor. Que deve estar atento a tudo que acontece não só ao seu entorno,

mas no mundo.

Grau de imunidade à concorrência: quando as barreiras forem neutras ou

menores quanto à entrada de outras empresas no mercado, o sucesso é mais

provável, sejam estas de capital, tecnologia, posição no mercado, poder da marca,

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fidelidade dos clientes, controle das fontes de matéria-prima, processo de

produção e baixo custo, localização do ponto.

Adequação as características individuais: o empreendedor jamais pode

esquecer que a empresa representa a interiorização do seu mundo interior.

Potencial de lucro e crescimento: o empreendedor não deve bloquear-se

aos conselhos e novas visões que o impeçam de obter novas maneiras de pensar

e analisar seu potencial quanto ao negócio.

O empreendedor de sucesso está sempre atento às mudanças interna e

externamente ao ambiente de trabalho, pois, quando o mesmo sabe avaliar as

situações pode fazer delas grandes e fortes oportunidades. Oportunidades estas

que se vinculam aos aspectos relacionados também a clientela que o alvo de uma

organização.

Observando-se um mercado-alvo ou um grupo de mercados-alvos,

analisam-se as oportunidades, ameaças e riscos existentes. Análises diferentes

devem ser realizadas de acordo com o mercado escolhido. Segundo Porter (1997)

“uma alternativa é buscar extensões da estratégia que alavanque o sistema de

atividades existentes de maneira a criar serviços ou especificações que os rivais

considerem ser impossível em bases individuais”.

Pressman (2002, p. 139) ressalta que “o risco afeta acontecimentos

futuros, uma vez que o presente e o passado não nos preocupem mais”. Para o

autor o risco tem relação também como a opção e a incerteza que esta escolha

envolve:

Futuro: quais riscos podem afetar o sucesso do projeto de software;

Mudança: como as mudanças no projeto inicial podem afetar o

sucesso em geral;

Escolhas: quais métodos e ferramentas usar, quantas pessoas

envolver e quais as preocupações com a qualidade.

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Na maioria das definições apresentadas, o risco assume apenas um

sentido negativo. No entanto, o risco também pode ter um efeito positivo. Um

exemplo de risco positivo seria quando um atraso no cronograma tornou possível

a utilização de uma nova tecnologia mais barata e eficiente. A manifestação de um

risco negativo pode ser considerada com um problema ou uma ameaça ao projeto

e a manifestação de um risco positivo representa uma oportunidade (PROJECT

MANAGEMENT INSTITUTE, 2004).

2.6.6 A clientela

Para Kotler (2006, p. 146) “marketing é a arte de atrair e reter clientes”,

como retorno, os mesmos maximizam e agregam valor à empresa. Eles criam

uma expectativa de Valor e agem com base nela. Os compradores adquirirão o

produto/serviço que, segundo sua percepção, lhes oferecer o maior valor, definido

como a diferença entre o valor total para o cliente e o custo total para o cliente.

Administradores que consideram o cliente sendo o único e verdadeiro

centro de lucro da empresa, este invertem o organograma tradicional, no qual o

cliente esta no topo, em seguida o pessoal de linha de frente (que tem contato

direto com o cliente), gerencia de nível médio ( que dá apoio ao anterior), e na

base esta a alta administração, cuja tarefa é de apoiar e contratar os gerentes de

nível médio. Lembrando que é importantíssimo que todos os setores devem estar

pessoalmente envolvidos em ter contato com os clientes, conhecê-los e atendê-los.

(KOTLER, 2006).

A satisfação do comprador depende do desempenho percebido do produto

em relação às suas expectativas. Reconhecendo que a alta satisfação leva a um

alto nível de fidelidade do cliente, muitas empresas atualmente estão buscando

alcançar a satisfação total do cliente. Que por fim, a satisfação do cliente é ao

mesmo tempo uma meta e uma ferramenta do marketing. Muitas empresas estão

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medindo sistematicamente a satisfação do cliente e os aspectos que a influenciam.

(KOTLER, 2006)

Perder clientes lucrativos pode afetar drasticamente os lucros de uma

empresa. Estima-se que o custo envolvido na atração de um novo cliente é cinco

vezes maior que o custo de manter um cliente atual satisfeito. A chave para

retenção de cliente é o marketing de relacionamento.

Qualidade é a dimensão dos atributos e características de um produto ou

serviço que afetam sua totalidade de satisfazer necessidades declaradas ou

implícitas. Se quiserem se manter lucrativas, as empresas de hoje não tem outra

escolha do que implementar programas de gestão da qualidade total. Conceitua

Kotler (2006, p. 145) que “qualidade total é o segredo para criar valor e satisfazer

o cliente. E, assim como o marketing, ela é obrigação de todos.

2.6.7 Segmentação de mercado

Determina-se como segmentação de mercado o processo de seleção de

consumidores que possuem as mesmas necessidades. Por meio da análise da

segmentação, a empresa poderá obter maiores vantagens, dedicando-se a fatias

de mercado que tenham melhores condições de atender. Segmentar um mercado

significa escolher um grupo de consumidores, com necessidades homogêneas,

para o qual a empresa poderá fazer uma oferta mercadológica.

O processo de segmentação requer que sejam identificados os fatores que

afetam as decisões de compras dos consumidores. O seguinte deve ser

identificável, mesuravel, acessível, rentável e estável (FERREIRA, 2002).

Segundo o mesmo autor o processo de segmentação e de direcionamento tem

inúmeras vantagens:

A identificação do mercado permite que a empresa saiba o que

analisar nos seus esforços, para entender melhor os consumidores;

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Uma análise e uma compreensão detalhada do mercado permitem que

a empresa desenvolva e implemente um composto de marketing

talhado para as necessidades especificas do mercado;

A identificação dos produtos concorrentes no seu mercado específico

e o desenvolvimento de posições competitivas;

A direção de segmentos de mercado com um composto de marketing

customizado para necessidades específicas do mercado, aumentando

a probabilidade da efetividade de vendas e eficiência de custos na

conquista de mercado;

A definição e análise do mercado permitindo que a empresa posicione

os seus produtos para o mercado, baseado nas necessidades e

preferências avaliadas

Como analisado acima, a segmentação é um passo de extrema

importância para a gestão das organizações de desporto no geral e em particular

para a gestão de serviços. Ao promover-se o ajustamento entre a oferta e a

procura está-se a possibilitar o desenvolvimento organizacional da única forma

possível, isto é, através da sedução e satisfação de pessoas.

Na prática, divide-se o mercado num certo número de segmentos,

perceber as suas necessidades, conhecer os seus comportamentos e atitudes,

escolher um ou mais segmentos e definir as estratégias adequadas ao

desenvolvimento dos serviços. (CORREIA, 1993 p. 43). Todo este percurso vai ao

sentido do estabelecimento de relações fortes com as pessoas que se deseja

servir (sócios, alunos, famílias, turistas, munícipes, etc.), o que conferirá outra

segurança às decisões de investimento nos diferentes fatores de

desenvolvimento. Este elo entre clientes x empresa estabelece o diferencial de

preferência quanto à concorrência que será citada na sequência.

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2.6.8. A concorrência

A análise da concorrência permite ao empreendedor ter a noção da

capacidade competitiva do seu projeto. Para definir o grau de competitividade do

mercado terá que fazer uma recolha de dados quantitativos, nomeadamente, o

número total de concorrentes, a quota de mercado dos cinco principais

concorrentes, a repartição das vendas por origem da empresa. (KOTLER, 2004 p.

341).

Depois de recolher todas as informações necessárias sobre os seus

concorrentes, deverá fazer uma análise comparativa entre os principais

concorrentes e o seu projeto. Não interessa apenas estudar os concorrentes

diretos (os que vendem os mesmo produtos ou serviços), mas também os que

vendem produtos substitutos (refrigerantes podem ser um substituto de vinho).

Segundo alguns estudiosos, a competição no mercado global não ocorre

entre empresas, mas entre cadeias de fornecimento. Com isso, segue-se os

estudos com base aos fornecedores.

2.6.9. Fornecedores

Fornecedor é aquele que fornece mercadorias ou serviços ao consumidor.

Segundo Plácido e Silva (1973, p. 714), um fornecedor "é um comerciante ou

estabelecimento que abastece ou fornece habitualmente uma casa ou um outro

estabelecimento dos gêneros e mercadorias necessários ao seu consumo".

A escolha de um fornecedor pode depender de aspectos individuais a

considerar, tais como: pontualidade nas entregas; qualidade do produto; preços

competitivos; antecedentes estáveis; bons serviços prestados; cumprimento de

promessas e prazos; apoio técnico; informação no acompanhamento dos produtos.

Muitas organizações atualmente buscam ficar quanto mais próximo

possível de seus fornecedores, com isso surge a cadeia de fornecimento que pode

ser definida como o ciclo da vida dos processos que compreendem os fluxos

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físicos, informativos, financeiros e de conhecimento, cujo objetivo é satisfazer os

requisitos do consumidor final com produtos e serviços de vários fornecedores

ligados. A cadeia de fornecimento, no entanto, não está limitada ao fluxo de

produtos ou informações no sentido Fornecedor para com Cliente. Existe também

um fluxo de informação, de reclamações e de produtos, entre outros, no sentido

Cliente para com Fornecedor (AYERS, 2001).

É fundamental que as empresas se preocupem com a integração desses

conjuntos de soluções de gestão, automatizadas através da tecnologia de

informação (SIMCHI-LEVI, 2003), pois só assim será possível obter maior

vantagem estratégica e competitiva.

Um bom gerenciamento da cadeia de suprimentos, começa na avaliação

dos gastos, no modelo atual de compras, na avaliação dos índices financeiros

aplicados na renovação dos contratos por fornecedores e etc (SIMCHI-LEVI,

2003).

A área de suprimentos hoje, diferentemente de ontem, é responsável

pelos resultados da empresa, a sinergia - ação dos órgãos simultaneamente,

desenvolvida entre os departamentos fortalece a área que hoje, não só

acompanha a aplicação dos contratos, mas como é responsável por todo o

período de negociação (Chaib-Draa, 2006). Os fornecedores nesse momento,

passam a ser parceiros no desenvolvimento de produtos, a quantidade de

fornecedores é reduzida e o controle dos KPI´s acordados passam a ser melhor

administrados, vis a vis, a possibilidade de relatórios emitidos pela ferramenta

utilizada, com equalizações e demonstrativos de resultados.

2.6.10 Estratégia de marketing

Explorando os compostos de marketing, que é um conjunto de ferramentas

estratégicas que combinam auxiliam na busca pelos objetivos traçados pela

organização e na criação de valor aos seus clientes (CHURCHILL; PETER, 2000).

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Dolabela (1999, p. 78) afirma que as atividades de marketing podem ser

divididas em quatro áreas, conhecidas como os “4 As”, sendo eles a Análise - que

consiste em compreender as forças que atuam no mercado em que empresa

opera ou operará; Adaptação responsável , Ativação e Avaliação, que têm como

objetivo de trabalho os “ 4 Pês”, variáveis que a empresa deve administrar para

conseguir satisfazer às necessidades do cliente e gerar lucros.

Análise - é um processo continuo e investigativo das forças que atuam no

mercado em que a empresa opera ou pretende operar, buscando saber a

localização, a natureza, o tamanho, a direção e a intensidade daquelas forças

vigentes no mercado que interessam comercialmente à empresa. São feitos

levantamentos e interpretações do instrumental dominado pesquisa de mercado,

este é fundamental para se manter em dia quanto às oportunidades, ameaças,

mudanças e tendências do seu mercado. (DOLABELA, 1999).

Adaptação – ajustado através das necessidades do cliente, as forças

externas detectadas através de análise do conjunto denominado composto de

apresentação é responsável pela atividade de do ajuste da oferta da empresa, ou

seja, as suas linhas de produtos/ serviços, como Design, marca, preço e

assistência aos clientes.

Ativação – envolve o composto de comunicação, que consiste nas áreas

e nos instrumentos de distribuição, venda pessoal e publicidade, assim ocorre a

escolha e o controle dos meios de comunicação que a empresa utilizará, visando

deixar o produto à disposição do comprador na hora e no lugar em que ele mais o

deseja.

Avaliação – Deve haver um exame periódico, formal e imparcial de todas

as operações de marketing, a partir de seus objetivos e padrões de desempenho,

com o intuito de recomendar melhorias que contribuam para um maior grau de

eficácia de futuros

O marketing mix ou composto de marketing contem basicamente quatro

elementos principais os “4 Pês”, utilizada para produzir uma resposta desejada no

mercado alvo, estes elementos reúnem ferramentas mercadológicas táticas e que

podem ser contratadas pela organização. Este composto possui quatro variáveis

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essenciais, assim definidas por Kotler e Amrstrong (2004, p. 47), que estão

apresentadas detalhadamente na Figura 2, a seguir:

▪ Produto - Que produto vender?

▪ Preço - Quanto cobrar pelo produto?

▪ Praça - (Place, ou ponto de venda). Como distribuir o produto?

▪ Promoção - Como promover o produto?

Figura 2: Os 4Ps do mix de marketing Fonte: Kotler, Armstrong (2004,p. 47).

Neste composto pode-se afirmar que o consumidor não esta inserido no

mesmo. Isto porque, o consumidor deve ser o alvo das forças do marketing

(McCarthy; Perreault, 1997, p. 45). Sobre as variedades do composto, estes

mesmos autores (1997) afirmam que a variável produto caracteriza-se como um

bem físico ou um serviço que seja aos consumidores o mercado alvo da

organização.

PRODUTOS

Variedade

Qualidade

Design

Características

Nome da Marca

Embalagem

PROMOÇÃO

Propaganda

Vendas pessoais

Promoção de

vendas

Relações públicas

Cliente – alvo

Posicionamento

PREÇO

Lista de preços

Descontos

Subsídios

Prazo de pagamento

Condições de

drédito

PRAÇA

Canais

Cobertura

Locais

Estoque

Transporte logística

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2.6.11 O produto

Kotler (2006, p. 13) defende que a grande maioria dos consumidores dá

preferência a produtos que oferecem qualidade e inovação. Seguir esta linha de

fabricação de produtos de qualidade e aperfeiçoá-los ao logo do tempo influencia

na conquista de novos clientes, promovendo cada vez mais o produto, e

satisfazendo as novas necessidades dos consumidores atuais e futuros.

Lembrando que um produto novo ou aperfeiçoado não será necessariamente

bem-sucedido, a menos que tenha o preço certo e seja distribuído, promovido e

vendido de forma adequada.

As empresas que planejam lançar um produto devem decidir o momento

certo de ingressar no mercado. Ser o primeiro pode ser recompensador, mas

igualmente ariscado e oneroso. Chegar por último faz sentido se a empresa

consegue oferecer tecnologia superior, qualidade ou uma marca forte. A pioneira

(lança o produto) deve visualizar os diversos mercados de produtos que deveria

alcançar desde início, tendo consciência de que é possível ingressar em todos ao

mesmo tempo. (KOTLER, 2006).

Quanto à classificação do produto Dolabela (2006, p. 176) define que

serviços são “atividade e benefícios colocados a venda”, não ocorre transferência

de propriedade e são de difícil padronização consigo.

O produto leva consigo vários atributos, como (1) marca que tem objetivo

de identificar o produto, (2) Logomarca sendo um símbolo gráfico que conga o

nome do produto, (3) Embalagem que alem de proteger o produto ajuda a vendê-

lo, fazendo com que se destaque dos demais, (4) Cor que alem de ter função

estética e de enfatizar o produto, pode ser utilizada para motivar o consumidor a

adquiri-lo, (5) Design é a arte de formato e tamanho que aumenta a beleza e o

valor de um produto, (6) Qualidade, sendo um conjunto de características técnicas,

comerciais e de serviço ofertado ao cliente.

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Cinco são os fatores a seguir como alicerces para a liderança de mercado

a longo prazo: visão do mercado de massa, persistência, inovação incansável,

responsabilidade financeira e alavancagem de ativos.

2.6.12 Ciclo de vida

É uma variável dependente, determinada pelas ações de marketing, não é

uma variável independente à qual as empresas devem adaptar seus programas de

marketing.

O Ciclo de Vida do Produto (CVP) auxilia os profissionais de marketing a

interpretar a dinâmica do produto no mercado. Pode ser usado para planejamento

e controle, embora seja útil como ferramenta de previsão. Kotler (2006) define que

os profissionais de marketing identificam os produtos que possuem um ciclo de

vida através de quatro fases:

Os produtos têm ida limitada.

As vendas dos produtos atravessam estágios diferentes, cada qual com

desafios, oportunidades e problemas distintos para o vendedor.

Os lucros sobem e descem, nos diferentes estágios do ciclo de vida do

produto.

Os produtos exigem estratégias diferentes de marketing, finanças,

produção, compras e recursos humanos para cada estágio de seu ciclo de vida.

A curva do CVP normalmente é dividida em quatro estágios:

Introdução: Período de baixo crescimento nas vendas, uma vez que o

produto esta sendo inserido no mercado. Não há lucros neste estagio devido

às despesas com a introdução do produto.

Crescimento: período de rápida aceitação do mercado e melhoria

substancial dos lucros.

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Maturidade: período de baixa no crescimento das vendas, porque o

produto já alcançou a aceitação da maioria dos compradores potenciais. Os lucros

se estabilizam ou declinam em fase do aumento da concorrência.

Declínio: período em que as vendas mostram uma queda vertiginosa e os

lucros desaparecem.

Outro padrão é o ciclo-novo ciclo: no qual a empresa promove

agressivamente seus produtos, mais tarde as vendas começam a declinar e ela

faz uma nova campanha, o que gera um ovo ciclo (em geral de magnitude e

duração menor).

No estágio de introdução, os lucros são negativos ou baixos. As despesas

promocionais superam as vendas devido à necessidade de (1) informar os

consumidores potenciais, (2) persuadi-los a experimentar o produto e (3)

assegurar a distribuição nas lojas. As empresas normalmente concentram-se nos

consumidores mais dispostos a pagar a comprar - em geral, os grupos de maior

poder aquisitivo.

2.6.13 Vantagem competitiva

Pode ser entendida como uma vantagem que uma empresa tem em

relação aos seus concorrentes. Há, porém diferentes correntes teóricas que

explicam a vantagem competitiva. De modo mais técnico pode-se dizer que a

vantagem competitiva é a ocorrência de níveis de performance econômica acima

da média de mercado em função das estratégias adotadas pelas firmas.

Porter (1997, p. 143) defende que algumas das teorias que já foram

vinculadas à explicação da vantagem competitva são o posicionamento

estratégico, a teoria dos recursos, as teorias baseadas nos processos de mercado

e as teorias de competências dinâmicas. Com nítida vinculação mais a uma

destas teorias, tem-se que a vantagem competitva geralmente se origina de uma

competência central do negócio. E que para ser realmente efetiva, a vantagem

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precisa ser: difícil de imitar, única, sustentável, superior à competição, aplicável a

múltiplas situações.

Exemplos de características de empresas que poderiam constituir uma

vantagem competitiva incluem: foco no cliente, valor para o cliente, qualidade

superior do produto, distribuição ampla, alto valor de marca e reputação positiva

da empresa, técnicas de produção com baixo custo, patentes, direitos autorais e

de propriedade industrial, proteção do governo (subsídios e monopólio), equipe

gerencial e de funcionários superior. (KOTLER, 2006).

Há estudiosos que defendem que em um mundo competitivo que muda

rápido, nenhuma destas vantagens pode ser mantida a longo prazo. Eles alegam

que a única vantagem competitiva sustentável é construir uma empresa que esteja

tão alerta e ágil que sempre irá encontrar uma vantagem, não importa que

mudanças ocorram e que procura mostrar a forma como a estratégia escolhida e

seguida pela organização pode determinar e sustentar o seu sucesso competitivo

(PORTER, 1997).

A vantagem competitiva surge fundamentalmente do valor que uma

determinada empresa consegue criar para os seus clientes e que ultrapassa os

custos de produção. O termo valor aqui aplicado representa aquilo que os

clientes estão dispostos a pagar pelo produto ou serviço; um valor superior

resulta da oferta de um produto ou serviço com características percebidas

idênticas aos da concorrência, mas por um preço mais baixo ou,

alternativamente, da oferta de um produto ou serviço com benefícios superiores

aos da concorrência que mais do que compensam um preço mais elevado.

Segundo Porter (1997), existe dois tipos básicos de vantagem

competitiva: a liderança no custo e a diferenciação, as quais, juntamente com o

âmbito competitivo, definem os diferentes tipos de estratégias genéricas.

Porter (1997) descreve ainda o instrumento básico para diagnosticar a

vantagem competitiva e para encontrar formas de intensificá-la: a cadeia de

valores. Através da cadeia de valores, a organização é dividida nas suas

atividades básicas (investigação e desenvolvimento, produção, comercialização

e serviço) o que facilita a identificação das fontes de vantagem competitiva.

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2.6.14 Planos de Pesquisa & Desenvolvimento

Para compreender melhor a questão do crescimento via Pesquisa &

Desenvolvimento (P&D) nada melhor do que a participação de MANSFIELD.

Desta forma, explica este Autor que:

Pesquisa e desenvolvimento podem ser considerados como um processo de redução de incerteza ou aprendizado. O caso desempenha um grande papel na pesquisa e desenvolvimento e muitos projetos usam esforços paralelos para lidar com a incerteza. O custo de um projeto de desenvolvimento em particular depende do tamanho e complexidade do produto a ser desenvolvido; do grau de avanço do desempenho em que se baseia; do estoque de conhecimentos básicos, materiais e componentes e do tempo de desenvolvimento. (...).

Quanto a esta questão do esforço bem sucedido dos trabalhos em Pesquisa

& Desenvolvimento (P&D), referentes a uma técnica administrativa, é importante

colocar dois problemas fundamentais, como: em primeiro lugar, o que compete

ao gerente de pesquisa bem sucedido não é única exclusivamente no que versa

sobre as questões técnicas e científicas, porém, quanto a resolver problemas

cruciais quanto aos objetivos de marketing e produção da empresa, e; depois,

quanto á função gerencial em manter as linhas de comunicação livres para fontes

de conhecimento técnico fora da empresa, estando certo de sua importância

quanto á posição da empresa. (GEORGE & JOLL, 1983).

2.6.15 Preço

Para Kotler (2006) em Marketing, preço é uma das quatro variáveis no

Composto Mercadológico, ou marketing mix que os mercadólogos usam para

desenvolver um plano de marketing. Computa-se no preço, não apenas o valor

monetário de um produto, mas tudo aquilo que o consumidor tem que sacrificar

ao adquirir um bem.

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O verdadeiro preço de um produto ou serviço é o trabalho e a dificuldade

para adquirí-la. Por isso, os mercadólogos incluem em suas considerações os

custos indiretos, custos de manutenção, a necessidade de recompra, e mesmo a

energia física, o tempo e o custo emocional de se adquirir uma oferta.

Possuem outras maneiras que as empresas utilizam para determinar o preço

dos produtos/ serviços. Nas pequenas empresas, os preços em geral são

determinados pelo seu dirigente. Nas grandes, gerentes de divisão e de produto

se incumbem da tarefa.

A determinação de preços se torna cada dia mais difícil, muitas empresas

acabam abandonando estratégias como determinar os custos internos e aplicar as

margens tradicionais do setor. Outros erros comuns são não rever os preços com

suficiente freqüência para capitalizar mudanças de mercado; determinar os preços

independentemente do restante do mix de Marketing, em vez de pensá-los como

um elemento intrínseco da estratégia de posicionamento de mercado; e não

mudar os preços de acordo com diferentes itens de produto, segmentos de

mercado e ocasiões. (KOTLER, 2006).

Seguindo a mesma idéia de Kotler (2006) destaca-se alguns tópicos-chave

quanto a estratégias de preço, como: Diminuição dos custos indiretos, Valorização

da oferta, Penetração de mercado, Pacote de valor, Liderança de Preços, Preços

promocionais, Descontos, Concessões, Financiamentos, Preço segmentado,

Diversidade na forma de pagamento, Preço dinâmico, Negociação, Prazos

flexíveis...

O preço de venda é o valor que deverá cobrir o custo direto da

mercadoria/produto/serviço, as despesas variáveis, como impostos, comissões,

etc., As despesas fixas proporcionais, ou seja, aluguel, água, luz, telefone, salários,

pró-labore, etc., e ainda, sobrar um lucro líquido adequado. Sendo parte da

estratégia de marketing, é necessário estabelecer o preço a ser praticado, neste é

necessário ser considerado: o preço que o cliente estaria disposto a pagar, o

preço da concorrência e os custos da produção. (KOTLER, 2006).

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2.6.16 Promoção e propaganda

Dando continuidade às considerações sobre os elementos do mix de

marketing, segue alguns comentários sobre os meios que a empresa encontra a

sua disposição para comunicar-se com o seu público, seja interno ou externo.

A promoção pode ser realizada de várias formas: com a propaganda, a

venda pessoal, promoção de vendas, merchandising e relações públicas. Em

nosso estudo a ênfase será dada à propaganda, à promoção de vendas e à venda

pessoal, por serem as maneiras mais utilizadas pelas pequenas empresas para se

comunicarem com o seu cliente externo. É importante também que, antes de se

realizar qualquer atividade promocional, sejam considerados alguns aspectos, tais

como: quais meios promocionais serão utilizados ou combinados, qual o

orçamento ideal e como serão criadas as mensagens. Adiante serão abordados

esses três itens. Faz-se necessário, em primeiro lugar, definir cada uma dessas

formas de comunicação para se ter uma idéia geral do que, isoladamente, podem

fazer pelas empresas, independente do seu tamanho. (KOTLER, ARMSTRONG

2004, p. 585).

Para Kotler e Keller (2006) a definição de propaganda resume-se no

seguinte: “é qualquer forma paga de apresentação e promoção não-pessoal de

idéias, produtos ou serviços, realizada por um patrocinador identificado”. Existe a

propaganda do produto e a propaganda institucional. Apesar de ambas já terem

feito muito pelas empresas e ainda continuarem desempenhando bem o seu

papel, desde que sejam observadas as considerações acima citadas, é discutido

muito hoje em dia, se a mesma ainda está com a mesma força de algumas

décadas atrás, de continuar sendo uma das armas mais poderosas de

comunicação com os clientes externos.

A venda pessoal funciona muito bem na intermediação entre empresa e

clientes, isso para algumas empresas. Através da venda pessoal, espera-se obter

retornos satisfatórios. Dessa forma, faz-se necessário planejar da melhor forma

possível a sua equipe de vendas. Isso implica, segundo Kotler e Armstrong (2004),

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ter em mente os objetivos da força de vendas, sua estratégia, estrutura, tamanho,

remuneração, recrutamento e seleção, treinamento, supervisão e motivação de

vendedores.

Para o mesmo autor a promoção de vendas trata-se de uma forma de

comunicação usada, com o objetivo de chamar bastante a atenção dos

consumidores. Pode ser realizada de várias formas, dentre elas: brindes,

publicidade, concursos, cupons, amostras grátis, descontos, feiras, dentre outros.

É uma ferramenta promocional usada por todos os tipos de empresa. Porém,

quando usada pela pequena empresa precisa ser combinada com outros tipos de

ferramentas promocionais, uma vez que é uma forma de comunicação na qual as

pessoas geralmente esquecem com facilidade, apesar de ser muito chamativa no

momento de sua implementação. Destacam-se algumas ferramentas de marketing

que mostram-se mais propícias para o desenvolvimento do projeto, como:

Cupons: cédulas que conferem ao portador o direito a um

desconto declarado na compra de um produto específico; podendo ser

embutidas ou anexadas em anúncios de revistas e jornais.

Pacotes de desconto: oferecem aos consumidores descontos

sobre o preço regular do produto.

Programas de fidelidade: programas que oferecem

recompensas relacionadas à freqüência e à intensidade na compra de

produtos e serviços da empresa.

Promoção combinada: dois ou mais tipos de serviços se

unem, oferecendo cupons de desconto ou reembolso e promovendo

concursos para aumentar seu poder de atração

Promoções cruzadas: utilização de uma marca para anunciar

outra, não concorrente.

Através destes a empresa deve definir seus objetivos, selecionar as

ferramentas, desenvolver o programa, pré-testar este programa, implementá-lo,

contratá-lo e avaliá-lo em termos de resultados.

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Os objetivos de promoção de vendas, segundo Kotler e Armstrong (2004)

podem ter o seguinte comportamento: partindo dos fabricantes, os mesmos

podem estar interessados em aumentar vendas a curto prazo ou conseguir uma

participação de mercado a longo prazo, como também estarem interessados em

incentivar os clientes a experimentarem um novo produto, deixá-los longe dos

concorrentes, dentre outros; considerando-se o uso da promoção de vendas junto

aos intermediários, o intuito pode ser o de querer fazer com que os mesmos

aceitem novas mercadorias, conseqüentemente maior estocagem; podem estar

interessados também em antecederem a compra.

Quanto aos mixes promocionais, ou seja, a combinação de várias

maneiras de se promover um produto, os autores consideram três fatores, quando

tratam de uma combinação envolvendo vendas pessoais, propaganda e promoção

de vendas. O primeiro diz respeito à natureza geográfica do mercado. Tratando-se

de um mercado desordenado, é preferível que se use a propaganda, caso o

mercado seja local, a venda pessoal será mais vantajosa. O segundo fator

relaciona-se à preocupação com que a empresa consiga atingir consumidores

potenciais e não-potenciais da mesma forma. Isso poderá ser conseguido a partir

do momento que a mesma utilize-se de audiências da mídia, uma vez que a

mesma é bastante eficaz nessa atividade. Finalmente, o terceiro fator que irá

influenciar um mix promocional está ligado às peculiaridades do produto. A venda

pessoal é mais indicada quando se tratar de uma compra por impulso.

Com isso, conclui-se que a promoção e propaganda consistem na forma

de passar ao cliente todos os benefícios oriundos da aquisição de um determinado

produto ou serviço.

2.6.17 Serviços ao cliente (venda e pós-venda)

A função de marketing é identificar os grupos de clientes em potencial;

sem Marketing a empresa não terá clientes em potencial. A função de vendas é o

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contato um a um com estes clientes em potencial; sem vendas a base de dados

de clientes em potencial não é produtiva e não gera receita. Marketing é tudo o

que você faz para despertar os desejos nos clientes, é alcançar e conquistar

nichos de mercado. Vendas deve, no contato individualizado, detectar todas as

possibilidades de negócios com estes clientes dos nichos alcançados por

Marketing e assegurar que estes negócios serão fechados e o cliente

surpreendido na satisfação. (KOTLER E ARMSTRONG, 2006).

Pós-venda é a fase que se inicia logo após o momento da compra de uma

mercadoria. É a partir desse momento o consumidor passa a usufruir do produto

adquirido. Porém, uma vez efetuada a venda e entrega, o contato com o cliente

não terminou. A função do pós-venda é dar suporte aos consumidores, com o

objectivo de os manter satisfeitos e fidelizados. (KOTLER E KELLER, 2006 p. 420).

Dando sequência a idéia dos autores supracitados, diversas formas de

pós-venda podem ser adotadas dependendo da necessidade de seu cliente e do

produto/serviço oferecido pela sua empresa. Grandes empresas que

comercializam seus produtos em nível nacional utilizam-se de diversas formas de

atendimento ao cliente, mas a principal ferramenta é a terceirização de centrais de

telemarketing, ou até mesmo o próprio indivíduo que efetuou a venda (BRAGA,

2010).

Seguidamente ouve-se falar que manter os clientes conquistados sai mais

barato do que atrair clientes novos. Fazer ações estratégicas de marketing direto

ou retenção para quem realmente tem interesse e faz parte de seu mercado já

atendido é muito mais rentável para as empresas do que buscar clientes aleatórios

através de propaganda em massa. O cliente hoje não busca somente aquela

empresa que faz o melhor trabalho da região, ela busca a empresa que entrega

junto ao serviço solicitado um brinde chamado satisfação.

Braga (2010) expõe dicas para encantar seu cliente com ações de pós-

venda:

Para se diferenciar de seus concorrentes, a empresa pode fazer uma série

de ações para melhorar o relacionamento com seu cliente. Em alguns casos, para

empresas de grande porte, sugere-se a criação de um departamento exclusivo

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para acompanhamento de clientes no período pós-venda. Confira algumas dicas

de como fazer com que seu cliente sinta cada vez mais segurança de ter

comprado de sua empresa e que sempre solicite seus serviços:

Ofereça a maior vantagem possível em relação a custo x benefício. Os

clientes, cada vez mais, querem fazer valer o dinheiro que empregaram. Criar

valor para o cliente significa garantir sua satisfação, e garantir a satisfação do

cliente é o mesmo que evitar problemas e conquistar um cliente fiel.

A disponibilização de profissionais para o pós-venda é essencial.

Realize treinamentos constantes tanto com a equipe de vendas quanto com o

atendimento aos clientes.

Ofereça sempre o melhor apoio pós-venda para seus clientes. Isso

impede que eles comparem o serviço prestado pela sua empresa com o da

concorrência. Em muitos casos, uma má assistência pós-venda frente a uma boa

propaganda da concorrência acaba fazendo o cliente optar por trocar de

fornecedor;

Mantenha o cadastro de clientes sempre atualizado. Quando a empresa

toma a iniciativa de entrar em contato com o cliente, ele se sente especial e

aumenta o nível de satisfação com a empresa e o serviço. Costuma-se enviar

catálogos de ofertas e malas-diretas neste caso.

2.6.18 Estratégia competitiva

O desenvolvimento de uma estratégia competitiva é a estruturação de uma

fórmula ampla para o modo como uma empresa irá competir, quais deveriam ser

as suas metas e quais as políticas necessárias para levar-se a cabo estas metas.

A estratégia competitiva é a combinação dos fins (metas/ missão/ táticas) que a

empresa busca e dos meios (tática/ políticas funcionais ou operacionais) pelos

quais ela está buscando chegar. Como idéia central esta a meta da empresa, que

são sua definição geral do modo como se deseja competir e seus objetivos

econômicos e não- econômicos. E o que esta em seu entorno são as políticas

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operacionais básicas com as quais a empresa busca atingir estas metas

(MATTAR, 2001).

Metas – Definição do modo como a empresa irá competir. Objetivos

para o crescimento da rentabilidade, parcela do mercado, resposta social etc.

Políticas operacionais – Linha de produtos; Mercado-alvo; Marketing;

Vendas; Distribuição; Fabricação; Mão-de-obra; Compras; Pesquisa e

Desenvolvimento; Finanças e controle.

Sob todos os tópicos que giram em torno das metas deve-se obter, com

base nas atividades da companhia, uma declaração sucinta das políticas

operacionais básica nesta área funcional. Dependendo da natureza do negócio, a

administração pode ser mais ou menos especifica na articulação destas políticas

operacionais básicas, uma vez especificadas, o conceito de estratégia pode ser

empregado como guia do comportamento global da empresa.

A essência da formulação de uma estratégia competitiva é relacionar uma

companhia ao seu meio ambiente, embora o mesmo seja muito amplo,

abrangendo tanto forças sociais quanto econômicas, o aspecto principal do meio

ambiente da empresa é a indústria ou as indústrias em que ela compete, no qual

tem uma forte influência nas regras competitivas do jogo. As forças externas a

indústria são significativas principalmente em sentido relativo, estas afetam em

geral todas as empresa na indústria, o ponto básico encontra-se nas diferentes

habilidades das empresas em lidar com estas forças externas. (McCARTHY,

1997).

A meta da estratégia competitiva para uma unidade empresarial em uma

indústria é encontrar uma posição dentro dela em que a companhia possa melhor

se defender contra estas forças competitivas ou influenciá-las em seu favor. A

chave para o desenvolvimento de uma estratégia é pesquisar em maior

profundidade e analisar as fontes de cada força

Finalizado desenvolvimento do plano de marketing que é constituído pela

análise de mercado, voltado para o conhecimento de clientes, concorrentes,

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fornecedores e ambiente em que a empresa vai atuar, e pela estratégia de

marketing, o segundo passo a ser explorado é o plano financeiro.

2.7 Plano Financeiro

O plano de negócios é produto de um processo de planejamento que

objetiva orientar o empreendedor na futura condução de seu negócio. É uma

orientação, com espaço para manobras, oferece orientação para a direção, a

coordenação e o controle das providências tomadas pela organização para que

atinja seus objetivos. A principal fonte de referência e controle da saúde financeira

de um negócio é o plano financeiro. Ele pode ser usado para conduzir suas

atividades dentro dos parâmetros planejados, corrigir distorções, adaptar-se a

novas variáveis decorrentes de mudanças na conjuntura, projetar novos

investimentos com base em um nível de crescimento previsto e desejado.

(GITMAN, 2004 p. 92).

Para maioria dos administradores a parte financeira, é a mais importante

de um plano de negócios, a seguir têm-se os tópicos que fazem parte do

desenvolvimento do plano do financeiro.

2.7.1 Investimentos iniciais

Conforme Dornelas (2006) para dar início às atividades da empresa é

imprescindível mensurar o montante necessário para dar início ao negócio. Com

isso deve ser especificado itens como custos com instalação, suprimentos,

equipamentos e mobiliários necessários para a implementação do negócio. O

levantamento dessas informações fornecerá três indicadores como: As despesas

pré-operacionais; Os gastos com montagem do negócio, ou seja, os investimentos

fixos; e os recursos necessários para colocar a empresa em funcionamento até

gerar receitas, ou investimentos iniciais de capital de giro.

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Dessa forma, conforme Dolabela (2006) é detalhado a seguir os itens que

compõem o investimento inicial:

Despesas pré-operacionais: gastos que o empreendedor efetua antes

de sua empresa começar a funcionar, ou seja, antes de entrar em operação. As

despesas necessárias à organização e implantação da empresa ou as despesas

necessárias à ampliação de empreendimentos industriais da empresa, inclusive as

de cunho administrativo, pagas ou incorridas até o início de suas operações ou

plena utilização de suas instalações (SANVICENTE, 1987).

Também podem ser consideradas despesas pré-operacionais: gastos com

elaboração de questionários, como cópias; gastos com pesquisa de mercado;

registro da marca; honorários do publicitário para desenvolver a marca; registro da

empresa.

Investimentos fixos: é o investimento em recursos físicos tais como os

equipamentos, as máquinas, os móveis e utensílios, os edifícios, as instalações,

os veículos ou a tecnologia que já foram identificados como necessários no fluxo

de processos organizacionais básicos do negócio. Complementando, têm-se os

investimentos fixos indispensáveis para a abertura de seu negócio como: centrais

telefônicas, aparelhos eletrônicos, de informática, que constituem também o

patrimônio da empresa os quais podem ser vendidos e convertidos em dinheiro.

Capital de giro: Representa o volume mínimo de recursos que a futura

empresa deverá manter disponível para as despesas iniciais do negócio. Bem

como para financiar os estoques de matérias-primas, materiais secundários e de

comercialização do produto ou serviço. Além do financiamento de vendas a prazo,

quando for o caso. Ou seja, são os gastos operacionais necessários para colocar

a empresa em funcionamento. São recursos que serão posteriormente cobertos

pelas receitas, mas no início, devem ser aportados pelo empreendedor. Referem-

se a aluguel do imóvel, pró-labore, salários e encargos, telefone, depreciações, luz,

honorários do contador, materiais de limpeza etc.

O capital de giro exige um acompanhamento permanente, pois está

continuamente sofrendo o impacto das diversas mudanças enfrentadas pela

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empresa. Neste ciclo finaceiro descreve-se o ciclo de conversão de caixa ou ciclo

financeiro e suas exigências de financiamento. Discuti-se a gestão de estoques.

Explica-se o processo de seleção de crédito e monitoramento de crédito.

Compreende-se a gestão de recebimentos e pagamentos, retardamento de

pagamentos, concentração e elasticidade de caixa (GITMAN, 2004).

Após ter estimado todos os itens de investimento inicial e feito consultas

de preços no mercado o passo seguinte é saber se o mesmo será viável quanto

ao seu investimento, para isso efetua-se a projeção de resultados.

2.7.2 Projeção dos resultados e de caixa

A projeção de resultados é um dos mais importantes instrumentos de

planejamento, é como se fosse uma bússola. Possibilita ao empreendedor

conhecer o possível resultado a ser obtido, além de identificar as prováveis causas

deste resultado. A projeção dos resultados demonstra, de forma clara, o aumento

ou diminuição da riqueza da empresa, resumindo o resultado de todos os esforços

do período. Gerando, assim, inúmeras informações para a administração, que

poderá planejar as ações, melhorando o desempenho do negócio. (DOLABELA,

2006).

As projeções de receitas, custos, despesas gerais, depreciações e

amortização de despesas pré-operacionais possibilitarão projetar o demonstrativo

de resultados apurando-se o resultado líquido anual (CASAROTTO, 2002).

Com base nas projeções de resultados e nas projeções de amortização de

financiamentos, podem-se projetar os fluxos de caixa para o empreendimento,

sendo que o mesmo será desenvolvido através de levantamento de todas as

entradas e saídas de recursos previstas em determinado período de tempo, pode-

se obter mais eficiência no controle de seu saldo mediante divisões de um período

de tempo com intervalos menores. (MARTINS, ASSAF NETO, 1986).

A elaboração de um modelo de projeção de caixa deve permitir, em última

análise, que a empresa possa antecipar-se a eventuais necessidades futuras de

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recursos, como também melhor programar suas aplicações com excedentes de

caixa que vierem a ser projetados. Em suma, a projeção (orçamento) de caixa

constitui-se num importante instrumento de controle de liquidez e, em sua

elaboração, a empresa deve dedicar uma atenção permanente, evitando ao

máximo que surjam de forma inesperada saldos insuficientes ou excessivos.

Para elaborar a projeção de resultados e projeção de fluxo de caixa,

Dolabela (2006) elenca os seguintes itens:

• Montantes de investimento: conforme visto no item 2.7.1 é o montante de

recursos necessários para iniciar o negócio, comprando as instalações, móveis e

equipamentos necessários e reservando algum dinheiro para o início da operação;

• Custos de funcionamento: englobam todas as despesas administrativas,

financeiras e de produção, ou seja, desembolsos relacionados com a atividade-fim

da empresa; e

• Receitas: é a projeção de vendas, para isso, faz-se o estudo de mercado

verificando quais são os mercados/ clientes potenciais, tendo assim uma projeção

da quantidade a ser vendida, e determinando o preço dos seus produtos,logo,

projetando as vendas em função do estudo de mercado. Tudo isso para que se

possa antecipar os possíveis resultados do seu negócio, obtendo assim mais

informações para decidir a viabilidade do novo empreendimento.

Para trabalhar os resultados dos tópicos citados anteriormente, Dolabela

(2006) recomenda a elaboração da planilha “Demonstrativo de resultados”, a qual

procurará demonstrar se haverá lucro depois de liquidados todos os

compromissos projetados. A seguir apresentam-se as descrições de cada tópico

referente ao demonstrativo de resultados.

Descrições:

1. Receita Bruta de vendas: como primeiro passo projeta-se o preço de

venda do produto, cujo calculo deve ser considerados o preço praticado pelos

concorrentes, os preços sugeridos pelos revendedores e principalmente, a

percepção do valor que o consumidor tem do produto. Os custos de produção

também influenciam o preço do produto, mas indicam principalmente o grau de

viabilidade financeira da empresa.

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(-) Deduções: gastos com pagamento de impostos gerados pela venda mensal

bruta. Lucro Presumido, trata-se de uma forma de tributação simplificada

utilizada para determinar a base de cálculo do Imposto de Renda (IRPJ) e da

Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL) das pessoas jurídicas que não

estiverem obrigadas à apuração do lucro real. Nesse regime a apuração do

imposto será feita trimestralmente.

Alíquotas:

-IRPJ - 15% sobre a base de cálculo (após a aplicação do percentual sobre a

receita bruta). Haverá um adicional de 10% para a parcela do lucro que exceder

o valor de R$ 20.000,00, multiplicado pelo número de meses do período. O

imposto poderá ser determinado trimestralmente ou anualmente;

-CSLL - 9%, determinada nas mesmas condições do IRPJ;

-PIS - 0,65% - sobre a receita bruta total;

-COFINS – 3% - sobre a receita bruta total. INSS - Valor devido pela Empresa -

20% sobre a folha de pagamento de salários, pró-labore e autônomos.

2. Receita líquida de vendas: este item fornece a receita líquida de

vendas já deduzidos os impostos e comissões.

3. (-) Custos dos produtos vendidos: este item engloba os custos com

mão-de-obra direta com encargos dos materiais diversos usados na fabricação,

bem como dos serviços envolvidos: fretes, aluguéis etc.

Em contabilidade, custos é utilizado exclusivamente para designar valores

monetários gastos com a produção. Os custos podem ser classificados em custos

fixos e custos variáveis. Ambos são inseparáveis em toda e qualquer atividade

produtiva. Os custos fixos são independentes da produção realizada. Se a

empresa não produzir nada, terá à mesma custos fixos. Os custos variáveis estão

diretamente relacionados com a quantidade de produção realizada.

Custos fixos: Custos fixos é soma de todos os fatores fixos de produção.

Independente do nível de atividade da empresa, ou seja , produzindo-se ou

vendendo-se em qualquer quantidade , os custos fixos existirão e serão os

mesmos. Por Exemplo: aluguer de instalações, amortizações de créditos,

salários...

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Custos variáveis: são aqueles que variam proporcionalmente às vendas

realizadas ou nível de quantidade produzida. Por Exemplo: matérias-primas,

eletricidade, água, contratação de serviços, transporte, limpeza e conservação dos

bens...

Estes ainda se subdividem em Custos diretos que incidem sobre

determinado centro de custeamento sem necessidade de rateio com outros

centros. Custos indiretos são aqueles que incidem sobre vários centros de

custeamento e por isso precisam ser rateados com outros mediante algum critério

pré-estabelecido.

4.1 Mão-de-obra direta com encargos: são aqueles valores referentes ao

pagamento da Mão-de-obra dos funcionários que lidam diretamente na área de

produção e os encargos sociais que incidem sobre esses valores. Pode-se

considerar um percentual de 86,20% sobre o valor total dos salários, estando

incluídos neste montante os valores referentes a férias ( com acréscimo 1/3), 13º

salário, FGTS ( Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e INSS ( Previdência

Social).

4.2 Materiais diversos: são os custos com matéria-prima.

5. Margem de contribuição: é quantia em dinheiro que sobra do preço de

venda de um produto, serviço ou mercadoria após retirar o valor do custo variável

unitário e as despesas variáveis. Esta quantia é que irá garantir a cobertura do

custo fixo e do lucro, após a empresa ter atingido o Ponto de equilíbrio, ou ponto

crítico de vendas

6. (-) Despesas operacionais: estas são despesas que não pertencem à

produção propriamente dita, mas são necessárias para o funcionamento da

empresa. Formam os chamados custos fixos que ocorrem havendo ou não

produção.

6.1. Despesas Administrativas: são os gastos com a mão-de-obra

indireta, ou seja, que não estão diretamente ligados com a produção ou prestação

de serviço. Os encargos sociais e trabalhistas correspondentes aos pagamentos

de pessoal indireto também devem ser somados para obtenção do total dos

valores da mão-de-obra indireta.

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6.2. Despesas de vendas e marketing: manutenção e conservação

despesas comerciais.

6.3. Despesas gerais: manutenção e conservação, seguros...

6.4. Depreciação acumulada:

Define Dolabela (2006) que a depreciação “é um procedimento que define

um valor que empresa reconhece como perda, por desgaste, dos recursos

utilizados”. Para cada recurso é estipulado um percentual de perda por ano,

conforme previsão de durabilidade e vida útil. Com isso, a depreciação acumulada

é a soma da depreciação dos diferentes itens. Os percentuais que serão utilizados

para depreciação são: Instalações com vida útil de 10 anos – 10,0%;

Equipamentos e veículos com vida útil de 5 anos – 20,0%, máquinas, móveis e

utensílios com vida útil de 10 anos – 10,0%;

Gitman (1946) explana que para ajustar a demonstração do resultado e

obter o fluxo de caixa das operações, todas as despesas não-desembolsáveis

devem ser acrescentadas de volta aos lucros líquidos da empresa depois do

imposto de renda. Itens envolvem uma efetiva saída de caixa durante o período.

Exemplos disso são as deduções por depreciação, amortização e exaustão. Visto

que as despesas de depreciação são os itens não-desembolsáveis mais comuns.

A regra geral para ajustar os lucros líquidos depois do imposto de renda,

adicionando de volta todos os itens não-desembolsáveis se expressa como segue:

7

.

Resultado operacional: é o resultado apurado antes do cálculo do imposto de

renda devido.

8. Receitas financeiras: Para Casarotto (2002) “as receitas, na maioria dos

casos são o programa de produção multiplicado pelo preço de mercado dos

produtos, obtido no estudo de mercado”. Tendo que ser flexível e cauteloso

aceitando diversas hipóteses de preços no momento da análise, no caso de novos

produtos com preços sensíveis a variação do ambiente, seja econômico, cultural

ou tecnológico.

Fluxo de caixa das operações = Lucros líquidos após impostos + itens não-desembolsáveis

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9. (-) Juros de financiamento: as necessidades de financiamento da empresa

podem ser subdivididas em permanente e sazonal a necessidade permanente,

que consiste dos ativos permanentes mais a parcela permanente dos ativos

circulantes da empresa, permanecem inalteradas ao longo do ano. a necessidade

sazonal, que se pode atribuir à existência de certos ativos circulantes temporários,

varia ao longo do ano. A relação entre ativos circulantes e permanentes e as

necessidades permanentes e sazonais de financiamentos pode ser ilustrada

graficamente. Segue um exemplo de estimativa com relação aos valores mensais

de ativos circulantes permanentes e totais para o ano seguinte. (GITMAN, 1946).

Estimativa das necessidades de fundos:

Mês Ativos

circulantes

(1)

Ativos

permanentes

(2)

Ativos totais

[(1) +(2)]

(3)

Necessidades

permanentes de

fundos (4)

Necessidade

sazonal de fundos

[(3) – (4)] (5)

Meses R$ R$ R$ R$ R$

Média

mensal

= R$ = R$

Quadro 3 – A Necessidade de Financiamento da empresa. Fonte: Gitman, 1946, p. 136.

10. Resultado antes do IR: Refere-se ao lucro da empresa antes de pagar o

imposto de renda.

11. (-) IR: Imposto de renda de pessoa jurídica é aplicável somente na

constatação de lucro real.

Para Casarotto (2000) o imposto “é uma forma incidente sobre o lucro da

corporação”. No Brasil o percentual pode oscilar entre 30 a 50%, dependendo da

política fiscal vigente, aplicado sobre o lucro apurado ao final de cada exercício.

12. Lucro líquido: O lucro líquido final da empresa, já subtraído o imposto de

renda. Com isso, conhecem o que estará disponível em moeda depois de pagos

os compromissos projetados para os três primeiros anos.

Para complementar Dolabela (2006) defende que o fluxo de caixa,

basicamente “apresenta a soma das entradas financeiras, subtrai as saídas, apura

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e apresenta os saldos”. Segue os itens necessários para chegar aos saldos do

fluxo de caixa: Investimento inicial; Saldo de caixa inicial; Total de entradas que é

subdividido em quatro tópicos: receitas de vendas, receitas financeiras,

empréstimos e outras receitas; Total de saídas; Saldo no período; Reserva de

capital; Depreciação e Fluxo líquido de caixa.

2.7.3 Projeção de balanço

A projeção do balanço patrimonial fornece uma visão precisa da sua

situação financeira em um determinado período. Geralmente, elabora-se um

balanço patrimonial no último dia do seu exercício fiscal. Ele irá incluir seus ativos

e passivos e indicar o valor líquido do plano de negócios. Como iniciante, é claro

que o balanço será especulativo e baseado nas próprias suposições. Diferente de

outras declarações financeiras, o balanço patrimonial deve seguir um formato

limitado e incluir informações padrão em uma ordem específica porque ele é

usado para análise e comparação. Podem ser definidas as categorias para

adequar-se melhor a cada negócio, mas não fugindo da ordem. (GITMAN, 2004).

Iniciamos pelos ativos. Eles devem incluir:

ativos atuais: o dinheiro de todas as contas e fontes acessíveis (ações,

títulos, certificados de depósito, etc) e os recursos que podem ser convertidos

em dinheiro no prazo de um ano, todas as contas recebíveis, todos os estoques

(incluindo materiais usados para produção) e despesas pré-pagas, como

parcelas de seguro e suprimentos (observação: para obter uma estimativa real

das contas recebíveis, deve ser calculado que ainda irá receber o pagamento de

30% das vendas dois meses antes da data, 60% das vendas um mês antes e

todas as vendas de determinado mês no seu balanço patrimonial);

Ativos fixos: itens que têm uma vida útil de negócios que podem ser

mensurados em períodos mais longos, como terrenos, equipamentos, prédios,

veículos e mobiliário;

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Investimentos a longo prazo e outros ativos: incluem ativos intangíveis,

como direitos autorais, patentes e ações ou títulos que a empresa pretende

manter por mais de um ano.

Os passivos devem incluir:

Passivos atuais: todos os pagáveis, incluindo contas pagáveis, notas e

taxas, despesas com a folha de pagamento, juros sobre o capital emprestado e

outras obrigações de pagamento do ano atual;

Passivos a longo prazo: incluem todas as notas pagáveis, como

hipotecas, pagamentos de contrato e outros que vencem em um período

superior a um ano.

Em seguida, obtém-se o valor líquido, que é a eqüidade do proprietário e

são simplesmente os passivos totais subtraídos dos ativos totais.

Pra o mesmo autor (Gitman, 2004) um valor positivo de financiamento

externo necessário, significa que a organização é obrigada a captar recursos

externos adicionais ou reduzir o pagamento dos dividendos. Um valor negativo

revela que há fundos disponíveis para o resgate de dividas, a recompra de ações

ou o aumento de dividendos.

2.7.4 Ponto de equilíbrio

Ponto de Equilíbrio é um dos indicadores contábeis que informa ao

executivo o volume necessário de vendas, no período considerado, para cobrir

todas as despesas, fixas e variáveis, incluído-se o custo da mercadoria vendida ou

do serviço prestado. Este indicador tem por objetivo determinar o nível de

produção em termos de quantidade e ou de valor que se traduz pelo equilíbrio

entre a totalidade dos custos e retângulo de cantos arredondados: diretoria das

receitas. Para um nível abaixo deste ponto, a empresa estará na zona de prejuízo

e acima dele, na zona da lucratividade. É o mínimo que se deve alcançar com

receitas para que não amargue com prejuízo. (CASAROTTO, 2000).

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Para Dolabela (2006) o ponto de equilíbrio nada mais é do que o valor que

a empresa precisa vender para cobrir o custo das mercadorias vendidas, as

despesas variáveis e as despesas fixas, a empresa não terá lucro nem prejuízo.

Seguindo a mesma linha de raciocínio Assaf Neto (1986) explana que o

Ponto de Equilíbrio é o quociente simples da divisão dos valores dos custos e

despesas fixas pela margem de contribuição.

Atualmente na busca da competitividade é fundamental que as empresas

conheçam o seu PE, para tanto, precisam desenvolver essa ferramenta gerencial.

PE = (Custos e Despesas fixas / % margem de contribuição)

2.7.5 Análise de investimentos

O conceito de Análise de Investimentos pode ser considerado como um

conjunto de técnicas que permitem a comparação entre os resultados de tomada

de decisões referentes a alternativas diferentes de forma científica. ( CASAROTO,

2000).

De acordo com a idéia de Kuhnen e Bauer (1996), a análise de

investimentos pode ser hoje: “um conjunto de técnicas que permitem a

comparação entre os resultados de tomada de decisões referentes a alternativas

diferentes de uma maneira cientifica”. Envolve decisões de aplicação de recursos

com prazos longos (maiores que um ano), com o objetivo de propiciar retorno

adequado aos proprietários desse capital. O orçamento de capital é um processo

que envolve a seleção de projetos de investimento e a quantificação dos recursos

a serem empregados e busca responder a questões como:

1. O projeto vai se pagar?

2. O projeto vai aumentar a riqueza dos acionistas ou vai diminuí-la?

3. Esta é a melhor alternativa de investimentos?

O orçamento de capital requer uma estimativa de fluxos de caixa livres

que serão obtidos com o projeto de análise. As previsões de investimentos em

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ativos, de vendas, também de preços, de custos e despesas devem ser

elaboradas da forma mais realista a acurada possível.

De qualquer modo, a incerteza em orçamentos de capital é elevada, pois

envolve cenários econômicos e políticos de longo prazo. Os métodos mais

comuns de avaliação de projetos de investimento são: Payback; Taxa interna de

retorno – TIR e Valor presente líquido – VPL, que serão abordados nos tópicos a

seguir.

2.7.5.1 Tempo de retorno de investimento – Payback

Gitman (1946) tem como principal conceito, que Payback “é o período de

tempo exato necessário para empresa recuperar o investimento inicial de um

projeto, a partir das entradas de caixa.”

Payback é o tempo decorrido entre o investimento inicial e o momento no

qual o lucro líquido acumulado se iguala ao valor desse investimento. Em poucas

palavras Dolabela (2006) explana que payback é “o indicador que tem por função

mostrar em quanto tempo será recuperado o dinheiro gasto no investimento

inicial”.O payback pode ser:

nominal, se calculado com base no fluxo de caixa com valores nominais,

e

presente líquido, se calculado com base no fluxo de caixa com valores

trazidos ao valor presente líquido.

Qualquer projeto de investimento possui de início um período de despesas

(em investimento) a que se segue um período de receitas líquidas (líquidas dos

custos do exercício). As receitas recuperam o capital investido. O período de

tempo necessário para as receitas recuperam a despesa em investimento é o

período de recuperação.

Quando o payback é usado em decisões de aceitar-rejeitar, o critério de

decisão é o seguinte: se o período de payback for, menor que o período de

bayback máximo aceitável, acerita-se o projeto; se o período de payback for maior

que o período de payback máximo aceitável, rejeita-se o projeto. (GITMAN, 2004)

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2.7.5.2 Taxa interna de retorno

A Taxa Interna de Retorno é a taxa de desconto que iguala o valor atual

líquido dos fluxos de caixa de um projeto a zero. Em outras palavras, a taxa que

com o valor atual das entradas seja igual ao valor atual das saídas. Para Leite

(1943) taxa interna de retorno “corresponde à taxa de lucratividade esperada dos

projetos de investimento”.

Para fins de decisão, a taxa obtida deverá ser confrontada a taxa que

representa o custo de capital da empresa e o projeto só deverá ser aceito quando

a sua taxa interna de retorno superar o custo de capital, significando que as

aplicações da empresa estarão rendendo mais que o custo dos recursos usados

na entidade como um todo. (ROSS, WESTERFIELD E JORDAN, 2000).

Com base na regra da TIR, um investimento é aceito se a taxa interna de

retorno é maior do que o retorno exigido. Caso contrário, deve ser rejeitado.

(Dolabela, 2006).

A TIR de um investimento é a taxa exigida de retorno que, quando

utilizada como taxa de desconto, resulta em Valor Presente Líquido, assunto a ser

abordado a seguir.

2.7.5.3 Valor atual líquido

Representa a contribuição líquida de um projeto para a criação de riqueza e é

obtido deduzindo o valor atual de um projeto ao valor do seu investimento inicial.

O valor atual líquido (VAL), também conhecido por valor presente líquido (VPL) é

um método bastante difundido na área de tomada de decisão sobre investimento,

por tratar-se de um método de fácil elaboração. (ASSAF NETO, 1986).

Segundo Ross, Westerfield e Jordan (2000), a característica essencial do

método do Valor Presente "é o desconto para o valor presente de todos os fluxos

de caixa esperados como resultado de uma decisão de investimento". Todos os

fluxos de caixa futuros são descontados, usando-se a Taxa Mínima de

Atratividade (TMA).

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Na prática trata-se em trazer para o presente, ou seja, para o tempo em que

se iniciou o projeto todas as despesas e receitas de capital esperados, a uma

determinada taxa de juros que reflita os juros de mercado. (SANVICENTE, 1987).

Segundo CASAROTTO FILHO (2002) este método normalmente é utilizado

nas análises de investimentos isolados, que envolvam o curto prazo ou que

tenham baixo número de períodos.

O cálculo do VPL é considerado uma técnica sofisticada de análise de

investimentos, pelo fato de considerar o valor do dinheiro ao longo do tempo. Se o

calculo do VPL ser acima ou igual a zero o negócio seria viável, se o retorno for

menor que zero o negócio não é considerado viável. (CASAROTTO E KOPITTKE,

2000).

Diante desta realidade o processo de planejamento financeiro tem sido um

fator chave para o sucesso empresarial contribuindo significativamente para que o

planejamento estratégico obtenha êxito. O processo de planejamento financeiro

apresenta-se como uma ferramenta importante para a estratégia empresarial e à

administração financeira, de modo a dar o aval para política de crescimento e

outorgar sustentação financeira de suas atividades sem colocar em risco as

finanças

empresariais, contribuindo significativamente para a continuidade da organização.

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3. MÉTODO

O presente trabalho tem como objetivo a elaboração de um plano de

negócios para a implementação de um Centro de estética, localizada no município

de Itapema – SC.

E para unir o conjunto de etapas e procedimentos, que servem como

observação e coletas de todos os tipos de dados que serão utilizados neste

projeto, tem-se como base o autor Cervo (2002, p. 25) “O método científico quer

descobrir a realidade dos fatos e esses descobertos devem, por sua vez, guiar o

uso do método”.

3.1 Delineamento do Projeto

Quanto ao propósito do projeto, este trabalho é caracterizado como

proposição de planos. Tendo auxílio de pesquisas quantitativas, assim sendo

classificado como pesquisa descritiva.

Por ser método de pesquisa quantitativa e qualitativa, este estudo trata-se

como pesquisa-ação, que de acordo com Roesch (2009, p. 156) “Pesquisa Ação é

uma estratégia de pesquisa que permite obter conhecimento de primeira mão

sobre a realidade social empírica”.

Com isso o pesquisador, através dos dados obtidos, consegue

desenvolver os componentes analíticos, conceituais e categóricos de explicação.

Lembrando que será necessária pesquisa quantitativa que para ROESCH

(2009) pesquisa descritiva não procura explicar alguma coisa ou mostrar relações

casuais. Nem respondem bem o porquê, mas possibilita associar certos resultados

a grupos de respondentes. Sendo assim, a pesquisa conceitua-se como descritiva.

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3.2 População e/ou Amostra

A população pesquisada foi composta por alunos da Universidade do Vale

do Itajaí - UNIVALI em Tijucas e em Balneário Camboriu – SC e com e mulheres

que frequentam centros de estética na cidade de Itapema e Porto Belo – SC.

Segundo estimativa do Instituto brasileiro de geografia e estatística (IBGE,

2010) a população dos municípios de Balneário Camboriu representam uma

população de aproximada de 77.342 habitantes fixos, e aproxima-se a 1 milhão de

habitantes no verão; Itapema com população de 39.990 habitantes e uma

população flutuante chegando a aproximadamente 120 mil habitantes no verão. A

estimativa populacional para Tijucas em 2011 é de 31.533 habitantes. E para a

cidade de Porto Belo a estimativa do senso 2010 é de aproximadamente 16.000

habitantes.

A amostra utilizada foi do tipo probabilístico estratificada, que segundo

Mattar (2001, p. 150) é aquela em que a população é subdividida em grupos de

acordo alguns critérios significativos, como idade, sexo, entre outras.

Para realizar a pesquisa com potenciais clientes aplicou-se uma pesquisa

de campo com uma amostra aleatória simples que conforme Gil (1994, p.93),

consiste em “um procedimento básico da amostragem cientifica”, que atribui a

cada elemento da população um número único para depois selecionar alguns

desses elementos de forma casual.

3.3 Coleta de dados

Para coleta de dados secundários que serviram de base para este

trabalho, foram realizadas pesquisas bibliográficas e documentais. Na pesquisa

bibliográfica conforme Roesch (1999, p. 107), foi relatada por escrito a seleção,

leitura e análise de textos que se referem ao tema deste trabalho de estágio.

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Segundo Roesch (2009, p.128), “se trata de dados primários, através de

entrevistas, questionários, observações ou teste”. Estes dados são aqueles que

nunca foram coletados, conhecidos como fonte primária (futuros consumidores e

intermediários). Estes dados foram coletados através de questionários fechados,

aplicados com potencias clientes na cidade de Itapema e entrevista informal com

profissionais da área.

Para Cervo e Bervian (2002, p. 138) “o questionário é a forma mais usada

para coletar dados e devido ao anonimato, as informações e respostas são mais

reais. As perguntas fechadas destinam se a obter respostas mais precisas”. A

descrição das características contidas no questionário pode cumprir diversos

objetivos, ajudando o pesquisador analisar como um todo o questionário aplicado.

Já a entrevista informal, segundo Gil (1994), caracteriza-se pela simples

conversação porque tem como objetivo básico a coleta de dados, obtendo uma

visão geral da identificação da pesquisa.

3.4 Tratamento e análise dos dados

Quanto à análise de dados, será utilizada a abordagem quantitativa e a

abordagem qualitativa, que para o autor Richardson (1999, p. 70) “O método

quantitativo, como o próprio nome indica, caracteriza-se pelo emprego da

qualificação tanto nas modalidades de coleta de informações [...]”. E quanto à

abordagem qualitativa o autor conceitua “Richardson (1999, p. 79) “A abordagem

qualitativa do investigador, sobretudo quer justificar uma forma de entender a

natureza de um fenômeno”.

O tratamento dos dados quantitativos foram estatisticamente tabulados e

demonstrados com uso de gráficos e tabelas, seguindo da análise descritiva dos

resultados sobre cada situação encontrada, tais dados advindos da pesquisa

mercadológica.

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Para os dados qualitativos utilizou-se a análise de conteúdo. Esta análise

significa organizar e interpretar os dados e informações coletadas por um

pesquisador.

Segundo Roesch (2009), após interpretar e explicar os resultados da

análise de conteúdo a autora utiliza um roteiro simplificado como: definir as

unidades de análise, definir nas categorias dos procedimentos estatísticos

mutuamente exclusivos, com base nas categorias codificarem o texto, se houver

um número de casos estratificar as respostas elaborando comparações entre os

grupos, apresentar dados de forma criativa utilizando quadros, interpretar os

mesmos, de forma coerente baseando-se em teorias conhecidas ou procurar

levantar algumas hipóteses. Cabe destacar que a análise dos dados procura

evidenciar as relações existentes entre o fenômeno estudado e outros fatores.

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PLANO DE NEGÓCIOS OUTUBRO/2011

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SUMÁRIO EXECUTIVO

Este documento apresenta o planejamento do Centro de Estética Sens

Depil que tem por objetivo prestação de serviços de depilação e massoterapia, tais

como: fotodepilaçao, fotorejuvenecimento e massoterapia.

Trata-se de uma microempresa composta por uma sócia proprietária e um

investidor, e se enquadra no Lucro Presumido. Atuará no setor de embelezamento

e estética. Inicialmente possuirá duas colaboradoras, contratadas formalmente, e

a proprietária, com suas respectivas tarefas e responsabilidades divididas por

áreas da empresa.

A empresa estará localizada no bairro de Meia Praia na cidade de Itapema,

em local com estacionamento próprio e grande fluxo diário de veículos e de

pessoas.

O plano de negócios tem como foco a inovação e tecnologia no que refere a

Luz Intensa Pulsada (IPL) - depilação definitiva, a busca pela diferenciação pelo

atendimento, qualificação do profissional, higiene e preço menor que do mercado

atuante.

O investimento inicial do negócio será de R$ 77.200,00, e considerando um

cenário pessimista projetou-se pelo cálculo do Payback simples o seu retorno de

capital em 1 ano e 7 meses e pelo Payback descontado em 1 ano e 8 meses.

A rentabilidade anual prevista para o negócio é de 72%, a lucratividade

anual pode chegar em 333,24%, desconsiderando a taxa de inflação. Levando-se

em conta o estudo do ambiente de negócios, as competências da empreendedora

e análise financeiras pode-se afirmar que o empreendimento é viável.

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4 DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO

Este tópico tem como propósito realizar a análise do ambiente que interfere

no negócio da empresa, composto por duas variáveis a primeira tem foco no

macroambiente e o segundo no ambiente setorial.

4.1 O Plano de marketing

O plano de marketing é uma ferramenta essencial para trabalhar com os

diversos aspectos da Sens Depil, e melhorá-los através de ações de marketing

que gerarão muito mais lucro à organização. Trata-se de um documento que

detalha todas as informações em relação aos objetivos, prazos e recursos de

marketing que a Sens Depil empresa possui.

Através do plano de marketing pode-se mensurar com exatidão as ações

que devem ser realizadas para que a Sens Depil chegue ao seu objetivo principal

e, consequentemente, aumente seu faturamento.

4.1.1 Análise de mercado

Os centros de estética multiplicam-se constantemente, conforme Hiratuka

(2009) conhecer e caracterizar quem são os futuros clientes, o que eles compram

e por que eles compram, como são feitas as compras, quando eles compram e as

suas tendências de compra é essencial ao sucesso do negócio.

A maioria das empresas bem sucedidas efetuam constantes mudanças,

estas passam a oferecer novas oportunidades e também novas ameaças. Para

prevenir-se quanto as ameaças, é necessário conhecer e analisar os

consumidores, concorrentes, fornecedores, e o ambiente macroeconômico é muito

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importante para revisar e se adaptar aos novos desafios e oportunidades do

mercado.

O presente plano tem por fins, identificar os segmentos de mercado

específicos que deseja conquistar. Analisar o potencial do mercado onde será

iniciado negócio é muito importante. Com o ingresso do público masculino e da 3ª

idade, a tendência é que haja aumento continuado na procura por estes serviços.

4.1.2 O setor

A vaidade e a preocupação com o bem-estar físico não se restringe à faixa

etária, à renda ou ao gênero. Por isso mesmo, a indústria da beleza movimenta

um amplo mercado consumidor no País. Os números registrados pelo setor nos

últimos cinco anos confirmam: de acordo com a Associação Brasileira da Indústria

de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), entre 2004 e 2010, o

crescimento médio registrado pelo segmento foi de 13,6%. Apenas o faturamento

líquido sobre as vendas dos produtos saltou de R$ 18,8 bilhões em 2004 para

R$ 21,4 bilhões no ano passado. Além dos números animadores, a indústria

nacional tem muitos motivos para comemorar, tais como o motivo de ter

superando até crises econômicas em âmbito mundial. O consumidor brasileiro

está cada vez mais vaidoso e consome cada vez mais este tipo de serviço.

Apostar no setor de beleza pode gerar bons lucros para pequenos

empresários. Matéria publicada no site da revista Pequenas Empresas & Grandes

Negócios mostra as vantagens e os riscos para o empreendedor que quer investir

no negócio da beleza. A matéria mostra que investir no setor de beleza é lucrativo,

tanto para as regiões de alto poder aquisitivo como para a periferia das cidades.

O setor no qual a Sens Depil pretende ingressar na região de Tijucas, Porto

Belo e Itapema, pois até o momento não há centros de estética que preste este

serviço.

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4.1.3 Oportunidades e Ameaças

Levando em consideração os fatores externos à empresa, ora

incontroláveis, e os fatores internos da empresa, as seguintes oportunidades e

ameaças, as forças e fraquezas puderam ser identificadas.

OPORTUNIDADES

Mercado de beleza e estética esta em demanda crescente no Brasil;

Potencial de consumo das classes C, D e E é uma realidade que pode ser explorado pelos pequenos centros de estética;

Quantidade de procura pelo embelezamento, permitindo a atualização constante;

Produto novo no mercado, e que demonstra interesse nos pesquisados.

Serviços destinados a todas as classes sociais, sem distinção de sexo, idade, escolaridade, pois todos têm a necessidade de cuidar-se;

Mais da metade dos pesquisados freqüentemente buscam os serviços de centros de estética, portanto há uma credibilidade expressiva na utilização dos serviços prestados;

Fácil acesso a softwares de gestão que facilitam o gerenciamento do negócio.

Parte do público masculino tornou-se consumidor;

AMEAÇAS

Aumento das atividades, no serviço de embelezamento em geral, por centros de estéticas formais e informais;

Concorrência acirrada: cada vez mais abre centro e clínica de estética ou serviços neste mesmo segmento.

Produto novo no mercado pode haver dificuldade na aceitação.

Inclusão, alteração ou mudança das leis concernentes ao setor e que, em decorrência, venha afetar /inviabilizar o negócio;

Variação cambial, que encarece os produtos importados pelos distribuidores de insumo para a indústria de beleza;

Concorrência com produtos similares, que por estar mais tempo no mercado já possui clientela formada e experiência na área.

A cultura e os costumes de utilizar a cera e/ou a lâmina de barbear para eliminar o pêlo temporariamente. - A fiscalização precária, atuação dos estabelecimentos informais no setor;

FORÇAS

A localização do ponto comercial, pois estará inserida na avenida principal do bairro de Meia Praia;

A carência por um produto que forneça o mesmo resultado que o Laser, mas por um preço mais acessível.

O centro de estética estará aberto das 8:00 ás 21:00 horas sem fechar no horário de almoço, podendo assim atender em todos os horários;

O centro de estética utilizará produtos e equipamentos sustentáveis, de empresas que se preocupam com a sustentabilidade, pois os clientes buscam na naturalidade do produto a satisfação de seus desejos estéticos;

O centro de estética fará parcerias com empresa de produtos de beleza, para que a cliente possa comprá-los e utilizá-los em casa.

FRAQUEZAS

Por ser, a princípio uma micro empresa, ela não terá a credibilidade total de seus fornecedores, o que pode influenciar no custo dos produtos;

Por ser uma empresa nova no mercado haverá um período de adaptação operacional que pode influenciar nas vendas do serviço;

Impossibilidade de alcançar a principio uma economia de escala visto que a empresa estará iniciando seus serviços.

Quadro 4 - Análise de SWOT Fonte: Elaborado pela autora.

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Com o avanço da tecnologia, e o lançamento constante de técnicas

inovadoras no mercado de beleza e estética, o fator de oportunidades tende a se

expandir e inovar fazendo com que a Sens Depil possa aprimorar sua gama de

serviços para melhor atender sua clientela. Quanto às ameaças identificadas, a

tendência é que diminua conforme o reconhecimento por parte da população,

sendo assim, a Sens Depil tem como prioridade ser bem conhecida no mercado

com intuito de não sofrer forte influência dos futuros concorrentes.

4.1.4 A clientela

O público alvo são mulheres dos 20 aos 45 anos de idade. Considerando

que conforme Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, a maioria das

pessoas seja homens e mulheres, se preocupam com a estética, seja para

satisfazer vaidades ou necessidades.

Para a análise dos potenciais clientes foi aplicado um questionário na

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI em Tijucas e Balneário Camboriú, e para

mulheres e homens que frequentam salões de beleza na cidade de Porto Belo e

Itapema. O mesmo contento 12 questões conforme apêndice A, sendo perguntas

objetivas e perguntas descritivas. Nas questões objetivas foram abordados os

seguintes dados como: idade, sexo, profissão, a renda aproximada, cidade/ bairro

que reside, se lhe interessa fotodepilação, qual região do corpo faria, qual o

investimento que estaria disposto a pagar por sessão, se indicaria a algum

conhecido, o que levam em consideração na hora de escolher um centro de

estética, qual é o melhor horário. Nas questões descritivas foram perguntados

quais os serviços que os participantes mais procuram no centro de estética e o

que estava faltando ou o que poderia ser mudado nos centros de estéticas na

cidade de Itapema.

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Participaram da pesquisa 115 pessoas, dos participantes da pesquisa 80%

são do sexo feminino, a faixa etária entre 18 a 25 anos (40%), entre 26 a 33 (35%),

entre 34 a 40 (15%) e acima de 49 (10%). Dentre os pesquisados 55% residem

em Itapema, 30% em Tijucas e 15% em Porto Belo, Bombas e Bombinhas. A

maioria se encaixa no perfil da classe B, C e E. Dos participantes, 99% se

interessaram pela Fotodepilação, 70% pelo fotorejuvenecimento e 100% pela

massagem. Como o foco do estudo é a fotodepilação foi-se explorado mais

referente o assunto, sendo assim, através das perguntas foi-se detectado que os

pesquisados demonstram interesse em fazer a fotodepilação mais do que em uma

região do corpo. E estariam dispostos a pagar por cada sessão: R$ 50,00 com 5%

dos pesquisados, dentre R$ 130,00 a 150,00 80% dos pesquisados, dentre

R$ 180,00 a R$ 200,00 15% dos pesquisados. Como segue no gráfico abaixo:

Pesquisados

5%

80%

15%

50,00

130,00 a 150,00

180,00 a R$ 200,00

Gráfico 1 – Preço que os pesquisados estariam dispostos apagar por sessão. Fonte: Dados primários, 2011.

Todos os pesquisados indicariam a algum conhecido os serviços da Sens

Depil. A maioria dos pesquisados levaram em consideração na hora de escolher

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um centro de estética, o profissionalismo, bom atendimento e higiene. Quanto aos

horários disponíveis para freqüentar o centro de estética, a maioria dos

pesquisados trabalham, sendo assim o horário que tem disponível é normalmente

antes das 10 horas com 15%, dentre as 11 até 13:30 com 15%, a partir das 18

horas 55%, os 15% restantes tem horários flexíveis, não tem restrições de

horários. Sendo assim, a Sens Depil tende-se adaptar conforme as necessidades

dos clientes.

4.1.5 O tamanho

O ambiente sócio-cultural é importância para o centro de estética, visto que

o mercado consumidor é na maioria mulheres, o conhecimento do comportamento

da compra por este serviço varia com a tendência do momento, identificando

oportunidades e adequando suas estratégias de marketing. Deve se levar em

consideração às características culturais e sociais da sociedade onde se pretende

instalar o centro de estética, para que possa atender as necessidades, valores, e

hábitos desta região.

De acordo com Almeida, Tinoco e Castro (2010), o censo 2010 revela que o

Brasil possui uma população de 190.732.694 pessoas, em comparação com o

censo de 2000 ocorreu um aumento de 20.933.524 habitantes este número

demonstra que a população brasileira cresceu em 10 anos 12,3%. O levantamento

do IBGE também revela que há 97.342.162 mulheres e 93.390.532 homens,

sendo que 84,35% vivem em área urbana. Destes, aproximadamente 191.972

moram em Santa Catarina e aproximadamente 45.814 vivem em Itapema. Sendo

que, 12.692 são mulheres e 13.283 são homens com faixa etária entre os 15 aos

49 anos. Totalizando aproximadamente 25.975, estes são os clientes alvo da Sens

Depil. Conforme estimativas IBGE senso 2010, faz-se o levantamento também da

cidade de Porto Belo com 15.986 habitantes e Tijucas com 30.886. Pode-se

conferir os dados no quadro a seguir:

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POPULAÇÃO / HABITANTES

IBGE (2010) ITAPEMA 45.814

SANTA CATARINA 191.972

BRASIL 190.732.694

POR SITUAÇÃO DE SEXO

IBGE (2010) TERRITORIO NACIONAL

HOMENS 93.390.532

MULHERES 97.432.162

POPULAÇÃO / HABITANTES

IBGE (2010) CIDADE DE ITAPEMA 15 à 19 ANOS

1.959

1.951

IBGE (2010) CIDADE DE ITAPEMA 20 à 24 ANOS

2.011

1.964

IBGE (2010) CIDADE DE ITAPEMA 25 à 29 ANOS

2.020

2.175

IBGE (2010) CIDADE DE ITAPEMA 30 à 34 ANOS

1.888

1.957

IBGE (2010) CIDADE DE ITAPEMA 35 à 39 ANOS

1.734

1.854

IBGE (2010) CIDADE DE ITAPEMA 40 à 44 ANOS

1.613

1.783

IBGE (2010) CIDADE DE ITAPEMA 45 à 49 ANOS

1.467

1.599

TURISMO (FIESC) OBS: Movimento estimado de turistas em SC de julho 2008 à julho de 2009

NACIONAIS 20.519.188

INTERNACIONAIS 1.067.290

TOTAL 21.586.478

OBS: Estimativa de receita gerada pelo turismo em SC de julho 2008 à julho de 2009.

NACIONAIS 8.915.832.620,38

INTERNACIONAIS 911.629.360,08

TOTAL 9.827.461.980,46

Quadro 5 – Dados da população e do Turismo. Fonte: elaborado com base nos dados da FIESC (2010) e do IBGE (2010).

Segundo a TV Câmara (2011), o Brasil tem 34 milhões de jovens entre 15 e

24 anos, mais da metade desses jovens são mulheres, os dados do IBGE

apontam para o crescimento da participação das mulheres no mercado de

trabalho. Isso demonstra que o número de mulheres cresceu e são as mulheres

que, na sua maioria, buscam pelo bem-estar e beleza.

Outro indicador importante para o sucesso de qualquer empreendimento é

à entrada de 19 milhões de brasileiros para a classe C em 2010 (GIANINI, 2011).

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A classe média passou a representar a maioria da população do país, segundo os

dados da pesquisa “O Observador 2011, desenvolvida em parceria com Ipsos

Public Affairs encomendada pela Cetelem BGN Paribas”, mostra uma radiografia

do consumidor brasileiro em 2010, além dos hábitos de consumo e perspectivas

do brasileiro, indicando tendências para 2011 destacando a classe média

atualmente com 101 milhões de pessoas. Desde o ano passado 25% da

população pertence às classes D e E (47,9 milhões) e 21% as classes A e B

(42,19 milhões). A classe C mais ampla domina com 53% do total o que

transforma a pirâmide social em um losango, como evidência a figura abaixo.

Figura 3 - Nova classe C transforma Pirâmide em Losango. Fonte: Dados do Celetem BGN/ Ipsos, 2011.

A pesquisa, ainda revela que a classe D e E podem se igualar com a classe

C no próximo ano, pois os bons resultados em 2010 trouxeram otimismo ao

consumidor brasileiro já que a taxa de juros permanecerá igual para este ano.

Com isso os hábitos de consumo aumentam cada vez mais, e automaticamente as

pessoas investem em seu bem estar e beleza. Segue no quadro abaixo

atualizações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE):

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) o estado

de Santa Catarina mostrou maior redução na taxa de pobreza absoluta no período,

sendo a diminuição de 61,4%. A partir destas informações pode-se analisar que o

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Brasil está em constante crescimento e que o estado de Santa Catarina pode-se

ser reconhecido com um dos melhores estados para escolha de investimentos.

4.1.6. Segmentação de Mercado

Contemporaneamente vive-se a era do fim do preconceito com a vaidade

masculina. Homens que se preocupam com sua forma estética e física frequentam

academias, centros de estética e salões de beleza em busca do bem-estar e da

melhor aparência.

O número de homens que costumam recorrer a tratamentos e cuidados

para se sentir bem ou agradar outra pessoa cresce a cada dia. De acordo com

especialistas na área estética, as maiores procuras masculinas são também por

cuidados com a pele (manchas, rugas) e com a eliminação de pelos, estes que

muitas vezes os deixam com a pele marcada e irritada.

Alavancada pelos meios de comunicação e publicidade, a vaidade

masculina tem sido aguçada, a cada dia, por tratamentos específicos para homens

em locais que atendem, com toda discrição, o público masculino.

Devido ao ingresso do público masculino, aumenta o leque de clientes a

abranger. Com isso, a Sens Depil atuará no segmento de marketing não

diferenciado, atendendo, portanto, o público feminino e masculino.

Os consumidores da Sens Depil podem ser agrupados de várias maneiras,

tais como:

Fatores geográficos: nos quais o foco abrange principalmente as cidades

de Itapema, Tijucas, Porto Belo, Bombas, Bombinhas e afins.

Fatores demográficos, tais como, sexo atendendo principalmente o público

e feminino e dando significante abrangência no púbico masculino, referente a

idade percebe-se através de pesquisa efetuada com os concorrentes que as

mulheres, a partir dos 19 anos de idade até os 49 anos de idade buscam com

mais freqüência os serviços de centros de estética. A Sens Depil, através de seu

método, oferece a fácil acessibilidade da população em realizar o sonho de não

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sofrer mais por causa de pêlos, com isso define-se que a renda aproximada dos

clientes potenciais abrange no mínimo a dois salários mínimos, isso levando em

consideração que o mesmo obtém outros compromissos financeiros.

Quanto aos fatores psicográficos, cabe a abrangência da Sens Depil as

classes sociais C2 maior que R$ 950 até a classe A1 que inclui as famílias com

renda mensal maior que R$ 14.400. A correria do mundo moderno impôs diversas

mudanças no estilo de vida das pessoas, a falta de tempo, o trânsito caótico,

especialmente nos grandes centros e em alta temporada, entre outros fatores, são

sempre as principais justificativas para que as pessoas não tenham tempo para

realizar várias atividades. Diante dessa realidade, é comum a busca de soluções

que facilitem a vida e traga comodidade, conforto e bem-estar, com isso a Sens

Depil oferece serviços de fotodepilação que elimina os pêlos, sendo que somente

em alguns casos é necessária uma sessão de manutenção anual, e quando

comparado com a depilação a laser no qual é dolor e quase três vezes mais caro

ou a cera que exige 24 manutenções, o método Sens Depil mostra-se bem mais

vantajoso para o estilo de vida contemporâneo.

Quanto aos fatores comportamentais dos pacientes de fotodepilação e

fotorejuvenecimento, desenvolve-se o aumento da procura por estes serviços na

baixa temporada de verão, pois não é indicado que o paciente faça a sessão e

depois deixe com que os raios solares atinjam o local que foi tratado, se acaso o

contrário ocorrer, a pele pode ficar com manchas claras. A massoterapia cada vez

é mais procurada não só por causa do stress, cansaço do dia-a-dia, mas por

diversos fatores, tais como a diminuição de medidas corporais, estimular a

circulação sanguínea.

4.1.7. A concorrência

O setor está em constante expansão, e com isso surgem concorrentes

com ambas finalidades, sejam legalizados ou até mesmo não legalizados.

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Avaliando os concorrentes da cidade de Itapema, em contato com a

Prefeitura Municipal levantou-se os seguintes dados: o número de cadastro de

Salões de Beleza e Centro de Estética em atividade são de 88 empresas, sendo

que 70% delas encontram-se no bairro de Meia Praia, isso ocorre porque o maior

número de pessoas, entre eles, moradores e comércio se concentram nesta

região.

Com isso, observam-se dois centros de estética e duas clínicas de

estética, nas quais são consideradas como concorrentes diretos, pois ambas

contém as massagens, e as clínicas durante o período de um mês alugam uma

máquina de depilação a laser:

Face e Corpo Estética - Rua 218, 25 - Andorinha, Itapema - SC, (47)

3368-9294. ‎

Revitalité Clínica de Medicina Estética - Rua 216, 50 - Andorinha,

Itapema - SC, (47) 3368-9438. ‎

Monalisa Estetic Hair, Monalisa localizada na Avenida Nereu Ramos,

3647- Meia Praia, Itapema /SC. Possui como serviço: tratamento Corporal e Facial

(rejuvenescimento, dentre outros. Utiliza como meio de divulgação o site

(WWW.salaomonalisa.webnode.com.br) e via rádio. Possui 12 (doze) funcionários,

trabalha com preços altos atingindo o público da classe social “A” da cidade de

Itapema. Seu ponto forte é a tecnologia, localização, publicidade e quantidade de

serviços a disposição. Seu ponto fraco é qualidade no atendimento e preço.

Maria Bonita Salão de Beleza e Podóloga, localizada na Rua 256,

nº4100- sala 7 - Meia Praia – Itapema /SC. Possui em serviços: tratamentos de

Estética (massagem relaxante, massagem modeladora, massagem de drenagem

linfática). Utiliza como meio de divulgação boca a boca pelas clientes. Possui 7

(sete) funcionários, trabalha com público “C e D” da cidade de Itapema. Seu ponto

forte preço, localização e serviço de podologia, seu ponto fraco divulgação.

Um centro de estética de pequeno porte instalado no bairro de Meia Praia,

também terá como concorrentes diretos e indiretos, o comércio do varejo

farmacêutico, lojas de cosméticos e perfumaria, além de indústrias que vendem

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cosméticos diretos ao consumidor, estes que industrializam e comercializam

produtos como ceras para depilar, cremes que destrói o pêlo (externo/ exposto),

lâminas para cortar os pêlos, e grandes empresas tais como a Phillips que tem

aparelhos que arrancam o pêlo (forma totalmente dolor).

Pode-se considerar também como concorrente direto os salões de

beleza que atuam informalmente.

4.1.8 Fornecedores

Para a abertura de um Centro de Estética foi necessário o levantamento

dos seguintes fornecedores: fornecedor de equipamentos, fornecedor de móveis e

fornecedor de produtos.

MÁQUINA LUZ PULSADA: Marca Lil Pulse Disponível no Site: http://www.custojusto.pt/Lisboa/2998725-maquina+de+fotodepilacao.htm

BELÍSSIMA DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS EQUIPAMENTOS DE BELEZA Rua 276, nº372 Meia Praia- Itapema / SC Fone: (47) 3268-2020/ (47) 3268-4388/ (47) 9912-2271 e-mail: [email protected]

PROGRESSO EXTINTORES- EQUIP. CONTRA INCÊNDIO LTDA-ME Av. Nereu Ramos, nº 5290 Meia Praia- Itapema / SC Fone: (47) 3268-1852 / (47) 3268-3000 e-mail: [email protected] Quadro 06 – Fornecedores de Equipamento Fonte: Dados secundários, 2011.

A máquina com luz pulsada será utilizada para a eliminação dos pêlos e

para o tratamento e clareamento da pele. A marca Lil Pulse fornece seus produtos

somente para empresas devidamente registradas e que tenha no mínimo o curso

técnico para manuseio da máquina, sendo viável para a Sens Depil. A Belíssima é

fornecedora de macas. E como fator de segurança, terá como colaborador a

Progresso extintores.

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SANDILAR MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO Rua 274 esq. 2º avenida Meia Praia- Itapema/ SC Fone: (47) 3368-7770 www.sandilar.com.br

CASAS DA ÁGUA MAT. PARA CONSTRUÇÃO LTDA AV. Nereu Ramos, 3141 Meia Praia- Itapema/ SC Fone: (47) 3368-7272 www.casasdaagua.com.br VIDRAÇARIA MJD Rua 294, nº 71 Meia Praia- Itapema/ SC Fone: (47) 3369-7130 e-mail: [email protected] ZIZO LETREIRO, PAINÉIS, LUMINOSOS, FAIXAS, VITRINIS, CARROS, LETRA CAIXA. Rua marginal esq. c/ 426, nº10 Morretes- Itapema / SC Fone: (47) 9123-2344 e-mail: [email protected] RICHAR CORREIA MÓVEIS SOB MEDIDA Rua: 272, nº 28 Meia Praia- Itapema / SC Fone: (47) 3368-9563 e-mail: [email protected]

Quadro 7 – Fornecedores de móveis

Fonte: dados secundários, 2011.

Visando uma estrutura adequada que entre em harmonia com o ambiente

desejado, uma das primeiras iniciativas é de fazer um projeto da mobília com o

Richar Correia, conceituado arquiteto da região, logo após a Sandilar móveis para

escritório colaborará com seu vasto conhecimento no ramo. Através de pesquisas

quanto a preços e variedades de produtos dá-se preferência a Casas d’água para

a compra dos insumos utilizados na reforma. Aparte de vidraçaria e espelhos

ficará por conta da MJD, e o Zizo colaborará com letreiros, painéis iluminados,

dentre outros.

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BELÍSSIMA DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS DE BELEZA Rua 276, nº372 Meia Praia- Itapema / SC Fone: (47) 3268-2020/ (47) 3268-4388/ (47) 9912-2271 e-mail: [email protected] LOJAS APPEL- CAMA, MESA E BANHO Av. Governador Celso Ramos, 215 Vila Nova- Porto Belo / SC Fone: (47) 3369-4286 Quadro 8 – Fornecedor de produtos. Fonte: Dados secundários, 2011.

A princípio terá como fornecedores iniciantes a Belíssima Distribuidora de

produtos, pois tem amplo conhecimento no mercado cosmético e uma ampla

variedade de marcas e produtos, fornecerá os cremes pré e pós tratamentos,

cremes e gel para massagem, dentre outros, fornecidos com exclusividade a Sens

Depil, com preços baixos que auxiliam na minimização dos custos. E as lojas

Appel, que colaborará com toalhas, lençóis personalizados, dentre outros.

GRÁFICA AQUARELA DIGITAL LTDA-ME

Rua Duzentos e Quarenta e Seis, 38 Meia Praia – Itapema - SC Perequê- Porto Belo – SC

| Telefone: (47) 3268-0929 Quadro 9 – Fornecedor de divulgação Fonte: Dados secundários, 2011.

E para auxiliar na divulgação, contamos com a parceira da Gráfica Prass

LTDA, que tem amplo conhecimento no mercado e excelentes preços.

Segundo Porter (1997), os fornecedores podem exercer poder de

negociação sobre os participantes de uma empresa ameaçando elevar preços ou

reduzir a qualidade dos bens e serviços fornecidos. Fornecedores poderosos

podem consequentemente sugar a rentabilidade de uma empresa incapaz de

repassar os aumentos de custos em seus próprios preços.

A escolha destes fornecedores teve como base pesquisas da acadêmica e

indicações de outros centros de estéticas localizados em Itapema e região, pois os

mesmos mostraram-se prestativos quando realizado contato e localizam-se

próximo do lugar em que o centro de estética será aberto.

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4.2 Estratégia de marketing

A Sens Depil tem como objetivo para a estratégia de marketing, enquadrar a

organização numa posição de cumprir eficazmente e eficientemente a sua missão

na produção de planos para atingir os objetivos propostos.

4.2.1 O produto

Com operação simples e rentável, a Sens Depil possui um conceito

inovador, sendo o primeiro centro de estética na região de Itapema, Tijucas e

Porto Belo a disponibilizar a fotodepilação. Sendo o principal produto da Sens

Depil, a Fotodepilaçao consiste na eliminação do pelo através da luz intensa

pulsada. O calor é absorvido pela melanina presente no pelo, provocando um

superaquecimento do folículo piloso (conhecido como pêlo), e das células

germinativas que ficam ao seu redor, destruindo o folículo e os vasos que o

nutrem. Como segue imagem abaixo, pode-se observar o folículo piloso.

Figura 4 – Folículos pilosos, e as camadas da pele. Fonte: Dados primários, 2011.

A fotodepilação deve ser sempre realizada sobre a pele limpa, a fim de

reduzir a sensibilidade e desconforto. O pelo é cortado até 1 mm acima da

superfície da pele, para que os pulsos de luz se concentrem estritamente dentro

do folículo. Um gel de acoplamento óptico resfriado é aplicado sobre a pele e só

depois se inicia a utilização da luz pulsada. Segue abaixo a ilustração do manípulo

em contato com a pele em momento de resfriamento.

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Figura 5 – Manípulo em contato com a pele – Fase de resfriamento. Fonte: Dados primários, 2011.

A fotodepilação destrói o folículo piloso utilizando flashes de luz

controlados. Antes de lançar o flhash o manípulo resfria a pele. Como segue na

imagem abaixo:

Figura 6 – Flash de Luz Intensa Pulsada sobre a pele. Fonte: Dados primários, 2011.

O tratamento é unissex e indolor, sendo necessária entre quatro a oito

sessões por área do corpo, a luz ainda auxilia o rejuvenescimento e ao

clareamento da pele e/ou coloração uniforme da pele. Além da depilação, a luz

pulsada (mesmo aparelho) pode ser utilizada para tratamentos de

fotorrejuvenecimento, fototerapia de manchas e acnes. Como ilustra na figura a

seguir:

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Figura 7 – Fototerapia - Comparação uso de IPL. Fonte: Dados primários, 2011.

Avaliando a ilustração da figura acima, da região dorsal e do colo percebe-

se a diferença das manchas na pele antes da aplicação da IPL e a redução das

manchas em até 90% após as oito sessões de IPL.

Com uma técnica depilação por Luz Pulsada Intensa (IPL), Sens Depil

oferece um método indolor e altamente eficiente.

O sistema de IPL utilizado pela Sens Depil, diferente do laser

convencional, adapta-se as características de cada tipo de pele e cor de pelo

garantindo resultados já na primeira sessão.

De acordo com o tipo de pele e de pêlo serão necessárias, em média, de

4 a 8 sessões de tratamento. Os resultados podem-se comprovar desde a primeira

sessão, o pêlo que foi alvo do tratamento tenderá a cair nos dias seguintes de

cada sessão.

O fotorejuvenecimento também é efetuado pelo sistema de IPL, é uma

técnica que promove excelentes resultados em matéria de rejuvenescimento e

tratamento da pele. Utilizado para melhoria de rugas, flacidez e envelhecimento

facial trabalha as linhas finas da face, principalmente aquelas ao redor da boca,

dos olhos e da testa, assim como a flacidez das pálpebras, pescoço, colo, mãos,

olheiras, aspereza de pele, cicatrizes de acne, manchas e estrias. Estimula a

formação de uma nova camada de colágeno, o que possibilita uma cicatrização

mais rápida deixando a pele mais saudável e rejuvenescida, substituindo-a por

uma de aspecto mais jovial.

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A Sens Depil também prestará o serviço de massagens corporais, sendo

elas: massagem relaxante, massagem modeladora, massagem de drenagem

linfática.

A Massagem Relaxante é executada aplicando movimentos firmes e

suaves sobre o corpo, proporcionando relaxamento muscular, melhoria da

circulação sanguínea, alívio de tensões no pescoço e ombros entre outros

benefícios. Existem diversas técnicas de massagem para praticamente todos os

fins: correção postural, relaxamento, pós cirúrgica entre outras. Com a Massagem

Relaxante, os músculos tensos e doloridos relaxam. É uma ótima indicação para

pessoas com fibromalgia. A massagem relaxante é uma técnica com toques mais

leves para estimular a produção de hormônios responsáveis pelo relaxamento tais

como a ocitocina, que diminui o estresse, combate o medo e melhora

relacionamentos. A massagem também abaixa a pressão sanguínea, melhora o

sistema digestivo, proporciona benefícios físicos e psicológicos, aliviando dores

musculares, diminuição da ansiedade, irritabilidade, aumenta sua flexibilidade,

elasticidade entre outros benefícios.

Esta técnica é uma ótima alternativa para pessoas que passam por

dificuldades ou se sentem angustiadas. É muito indicada para quem tem

problemas de insônia ou acorda com sensação de cansaço. Quem tem dias

corridos nas grandes cidades costuma sentir melhor os efeitos da massagem

relaxante. Ela acalma a mente das pessoas. Todos os sistemas do corpo reagem

positivamente à técnica. O coração bate mais calmo, a respiração melhora e fica

mais profunda, a pressão sanguínea normaliza e o intestino funciona melhor.

A massagem relaxante traz para a pessoa o bem estar, mais vigor e

vontade. É altamente terapêutica, ajuda na reflexão e acalma antes de alguma

atividade que dá medo, como uma prova ou discurso em público. Mantém os

efeitos bons pelo resto do dia ou por mais tempo. A massagem relaxante tem um

efeito calmante no sistema nervoso.

A Massagem Modeladora é executada utilizando movimentos rápidos,

repetitivos e firmes sobre os tecidos do corpo favorecendo a quebra das células de

gordura localizada que são eliminadas pela corrente sanguínea. Essa técnica de

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massagem consegue atingir as camadas de tecido com o maior nível de

concentração de gordura como por exemplo: a barriga, pernas, braços e cintura. O

profissional que aplica a massagem modeladora utiliza cremes específicos que

auxiliam na redução de medidas, combate a gordura, celulite e a flacidez.

O principal objetivo da massagem modeladora é atuar sobre a gordura

localizada e melhorar a circulação sanguínea. O especialista nessa técnica

executa movimentos específicos para atenuar a celulite e melhorar a elasticidade

da pele.

A drenagem linfática é uma técnica de massagem que auxilia no processo

de eliminação de impurezas acumuladas entre as células dos tecidos pela

corrente sanguínea.

É pelo sistema linfático que percorre o líquido (linfa) incolor e transparente

que filtra essas impurezas. Quando há algum problema na circulação linfática,

essas impurezas podem ficar "paradas" em determinados pontos do corpo o que

pode ocasionar inchaços, espinhas, edemas etc. Nesse caso, após uma avaliação,

a técnica pode recomendar a drenagem linfática.

A massagem linfática foi criada pelo doutor Emil Vodder na década de 30,

como um tratamento a seus pacientes que apresentavam os mais variados

sintomas como: gripe, sinusite, renite etc. Esses paciente apresentaram os

gânglios do pescoço inchados e duros, executando movimentos da drenagem

linfática manual nos gânglios, doutor Emil Vodder identificou melhora significativa

nos sintomas citados anteriormente. (DOMENICO, 1998).

A drenagem linfática é executada através de movimentos circulares e

suaves sobre os pontos onde existem os vasos linfáticos. Quando estimulados, a

circulação linfática proporciona a distribuição de líquidos e a movimentação de

toxinas em direção aos rins para que sejam eliminadas posteriormente.

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4.2.2 A tecnologia

A demanda destes tipos de serviços encontra-se em plena ascensão,

emulada pela preocupação crescente com os cuidados ao corpo, a população tem

efetuado gastos significantes com os cuidados estéticos. Quanto à tecnologia no

setor de estética, não deixa a desejar, a fotodepilação serve como exemplo. Há

anos houve-se falar em depilação a laser e ainda não havia sido criado algo

similar, que competisse diretamente com o mesmo. Em algumas regiões do Brasil

a fotodepilação já se encontra presente, e tem demonstrado muito sucesso quanto

à adaptação dos brasileiros. Em seguida a figura X ilustra o modelo de tecnologia

que será utilizada na Sens Depil:

Figura 8 – Máquina IPL - Lil Pilse. Fonte: Dados primários, 2011.

O processo de prestação de serviço é simples e rápido, em alguns

minutos fazem-se sessões em todas as áreas possíveis da região corporal. Os

equipamentos da Sens Depil possuem um sistema de resfriamento intenso, que

age diretamente na área da pele, possibilitando um tratamento indolor.

Quanto à massagem há muita procura por novas técnicas que buscam

não só o relaxamento muscular corporal, bem como uma melhor circulação

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sanguínea e até mesmo a perda de gordura acumulada. Os tratamentos

possibilitam tratar uma ampla variedade de tipos de pele e pêlo, apresentando

uma vantagem frente ao laser (efetivo em apenas determinados casos),

permitindo oferecer tratamentos seguros e personalizados.

O método utilizado pela Sens Depil proporciona excelentes resultados em

todas a áreas do corpo, obtendo finalmente uma depilação efetiva, duradoura e

muito superior aos métodos depilatórios conhecidos até o momento.

4.2.3 Vantagens competitivas

A Sens Depil apresenta algumas vantagens em relação à dos

concorrentes, a fotodepilação é um tratamento muito eficiente que apresenta

varias vantagens, além de ser efetiva. Trata-se de uma técnica de depilação mais

moderna e menos dolorosa que o laser, bem como mais cômoda e econômica e

com melhores resultados a longo prazo.

Os preços praticados com o produto similar (laser) são quase três vezes

mais caro quando comparado com a fotodepilação. A depilação com cera, além de

ser muito dolorida, muitas vezes é motivo para que os pêlos fiquem encravados na

pele quando crescem novamente, provocando inflamações que levam a sérios

problemas, além de que, o procedimento tem que ser feito aproximadamente de

15 em 15 dias por um período eterno.

COMPARATIVO E VANTAGENS DO MÉTODO SENS DEPIL

MÉTODO LASER MÉTODO COM CERA MÉTODO SENS DEPIL

PREÇO R$ 250,00 R$ 50,00 R$ 100,00

NÍVEL DE DOR MÁXIMA MÁXIMA SEM DOR

DURAÇÃO 8 SESSÕES COM

RESULTADO JÁ NA 1ª SESSSÃO

SEM TÉRMINO 8 SESSÕES COM

RESULTADO JÁ NA 1ª SESSSÃO

MANUTENÇÃO ANUAL

01 VEZ AO ANO 24 VEZES AO ANO 1 VEZ AO ANO

Quadro 10 – Comparativo e Vantagens do método Sens Depil Fonte: Dados primários, 2011.

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No quadro acima, é nítido perceber as vantagens que o método Sens Depil

pode proporcionar. Com a fotodepilação as pessoas podem realizar seus sonhos

de não ter mais pelos através de um método indolor, por preços bem acessíveis, e

quando comparado com os outros dois métodos é bem mais econômico a curto e

a longo prazo.

4.2.4 Planos de Pesquisa & Desenvolvimento

A Sens Depil estará atenta ao desenvolvimento tecnológico no setor,

incorporando todos os avanços que possam representar um fator de sucesso.

A Sens Depil não terá um plano de P&D por enquanto, a acadêmica

visualiza como necessário para o momento, o acompanhamento do mercado,

verificar as novidades, novos lançamentos, e principalmente a participação em

feiras do setor. Tais como: Feira Internacional de Beleza, Cabelos e Estética.

Acontece todo mês de Março, em São Paulo / SP – Brasil. Site:

www.hairbrasil.com.br. Exposição Internacional de Tecnologia para a Indústria

Cosmética 25 a 27 de maio, 2010, acontece na Transamérica Expo Center (TEC),

São Paulo / SP - Brasil Site: www.cepharma.com.br. Exposição Internacional da

Beleza / Congresso Científico Internacional de Estética Acontece em agosto, no

Centro de Convenções Anhembi, em São Paulo / SP – Brasil. Feira Internacional

de Cosméticos e Beleza. Acontece em agosto, no Expo Center Norte, em São

Paulo – SP – Brasil. SÓ PARA MULHERES – Encontro Nacional de Mulheres

Modernas. Acontece em setembro, no Centro de Exposições Imigrantes, em São

Paulo – Brasil. Feira Internacional de Beleza, Cabelo e Estética. Acontece em

setembro, no Riocentro, Rio de Janeiro / RJ – Brasil.

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4.2.5 Preço

Os preços praticados atualmente pela depilação a laser são elevados,

fazendo com que os clientes busquem tratamentos mais acessíveis. Com preço

único e o serviço unissex, a Sens Depil oferecerá um tratamento eficiente e indolor.

Para determinação de preços de venda, são levados em consideração

pricipalmente:

Os preços praticados pelos concorrentes;

O preço que os clientes estariam dispostos a pagar;

Os custos;

De acordo com esses dados, o preço inicialmente será R$ 90,00 a sessão.

A depilação a laser pode ser aplicada em qualquer região do corpo que

tenha pelos, porém existem algumas recomendações para o uso do IPL. As

regiões do corpo mais comuns que as mulheres escolhem para fazer a depilação

a laser, são: Axíla, virilha, perna, joelho, pé, braços e mãos. Na região do rosto o

buço, mento e pescoço.

Já para os homens a depilação a laser mais comum é na região do rosto,

como barba, costeleta e pescoço, porém é cada vez mais frequente homens

buscarem pela depilação a laser corporal, para eliminar os pelos do abdômen,

peito e às vezes dos braços, as outras regiões do corpo são mais procuradas por

atletas.

4.2.6 Distribuição/ Praça

O Centro de Estética Sens Depil prestará serviços para seus clientes em

uma sala comercial sobre-loja alugada, com uma área de 90m², localizada na rua

246, número 618, sala 03, entre a terceira e quarta Avenida, no bairro de Meia

Praia.

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O horário de atendimento do Centro de Estética Sens Depil será de

segunda a sábado das 09hrs00 as 21hrs00. E atenderá o público de toda a região,

especialmente das cidades de Itapema, Tijucas, Porto Belo, entre outros.

4.2.7 Promoção e propaganda

O Centro de Estética Sens Depil estará voltado a estratégias de divulgação

do empreendimento, enfatizando os valores buscados pela empresa (ética e

lealdade, trabalho em equipe, foco no cliente, profissionalismo, comprometimento,

perseverança e qualidade do serviço) através de:

Panfletagem na cidade de Itapema, Porto Belo e Tijucas com folders em

papel reciclados;

Descontos na primeira sessão de foto depilação;

Bonificações para clientes que indicam novos clientes;

Mala direta para as clientes cadastradas;

Anúncios em Jornais de Itapema, Tijucas e Porto Belo;

Anúncios em rádio;

Manter contato com clientes por meio de redes sociais, como: Facebook

e Orkut, contas no Twitter e Youtube e utilizar comunicadores

instantâneos como MSN, Skype e Gtalk;

Sites de vendas Coletivas;

Participação em feiras e eventos realizados pela ANVISA.

Além das ações de marketing acima citadas, a Sens Depil buscará

participar de eventos com outros centros de estética e clínicas, já consolidados no

mercado para cursos de aperfeiçoamento e troca de contatos com nos

fornecedores para estabelecer futuras parcerias. Essa ação visa agregar valor aos

serviços prestados pela empresa já que a principio o centro de estética não terá

sua marca própria reconhecida no mercado.

Não basta a empresa apenas vender uma imagem de serviços e produtos

de qualidade, para que ela tenha um diferencial competitivo é necessário que toda

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sua estrutura e processo produtivo atendam a requisitos mínimos de qualidade

total. Para os centros de estéticas o Órgão Público Federal responsável pela

certificação de qualidade, periculosidade e eficiência dos produtos de cosméticos

e aparelhos usados para fins estéticos é a ANVISA.

Cabe a ANVISA fiscalizar os processos de limpeza, desinfecção de materiais,

a responsabilidade técnica e os ricos de doenças como micose, hepatites B e C,

tétano, AIDS que podem ser transmitidas pelo não comprimento de normas

higiênicas-sanitárias. A empresa torna-se mais moderna, enxuta, competitiva e,

tecnicamente, mais estruturada para oferecer o melhor para seus clientes. Se a

empresa já inicia seu negócio com essa meta se torna menos dispendioso o

processo de certificação visto que será mais complexo alterar procedimentos

internos depois que a empresa já estiver consolidada.

4.2.8 Serviços ao cliente (pós- venda)

A Sens Depil buscará fidelizar a clientela com ações de pós-venda, como:

remessa de cartões de aniversário, contato telefônico lembrando de prazos para

continuidade de tratamentos etc. Através de redes sociais, como: Facebook e

Orkut, contas no Twitter e Youtube e utilizará comunicadores instantâneos como

MSN, Skype e Gtalk. A Sens Depil trabalhará os tratamentos, com vínculo de pós-

venda, pois é extremamente importante, que o cliente não desista após a primeira

sessão.

Relacionamento com os clientes será totalmente profissional e capacitado,

ambos profissionais que estiverem vinculados com a Sens Depil souberam

esclarecer quaisquer dúvidas.

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4.3 A empresa

A empresa é um conjunto de atividades organizadas que tende a traçar

seus objetivos para os resultados almejados sejam alcançados. Este item tem por

finalidade abordar as definições do que compõe uma empresa.

4.3.1 A missão

Tornar acessível a todos a alta tecnologia e inovação relacionada a

Fotodepilação, Fototerapias, Massagens e com o que há de mais moderno

no mercado mundial relacionado à Saúde, Beleza e Estética.

4.3.2 Os objetivos da empresa/ Situação planejada desejada

Para que os processos do plano de marketing sejam feitos de maneira

clara e detalhada, a Sens Depil estabeleceu alguns objetivos a serem

alcançados no curto prazo, logo após o início das atividades, tomando como

base a lucratividade dos concorrentes, principalmente da D’pil de Balneário

Camboriu.

O principal objetivo é atender na fotodepilação ou fototerapia 12

clientes por dia, atingindo a meta de no mínimo duas sessões por cliente/ dia.

E na massagem atender sete clientes dia, sendo que a massagem dura em

torno de uma hora.

Após a consolidação que se espera alcançar em no máximo dois

anos, a Sens Depil Centro de Estética ampliará a área de serviços

oferecidos aos clientes, tornando-se a Sens Depil Clínica Estética, no qual a

intenção é de aumentar o número de profissionais especializados, tais como,

nutricionista, Fisioterapeuta, Cirurgião plástico, dentre outros.

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Pretende-se manter sempre uma situação financeira saudável, com

controles precisos sobre o fluxo de caixa, cujo superávit será a base para

alcançar o crescimento da empresa.

4.3.2.1 O foco

A Sens Depil que estará inserida no competitivo mercado de beleza e bem

estar, concentrará inicialmente suas atividades na fotodepilação, assim, seu foco

será homens e mulheres dos 18 aos 49 anos de idade.

4.3.3 Estrutura organizacional e legal

Neste item a Sens Depil demonstrará a ordenação e o agrupamento de

atividades e recursos, visando ao alcance de seus objetivos e resultados

estabelecidos.

4.3.4 Descrição legal

O regime jurídico da Sens Depil será de sociedade por cotas de

responsabilidade limitada. A Sens Depil estará sujeita à inspeção da Vigilância

Sanitária do município, e da ANVISA.

4.3.5 Estrutura funcional, diretoria, gerencia e staff

A Sens Depil terá estrutura moderna, a mobília e os equipamentos são de

última tecnologia. No início das atividades da empresa, a sócia proprietária será a

responsável pela área administrativa, comercial e técnica, tendo ajuda do

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investidor Deocir Luiz Berna Proprietário da Roks Restaurantes para analises das

atitudes a serem tomadas no que se refere a futuros investimentos. A proprietária

será técnica quanto à aplicação e manuseio da máquina de IPL e massagem,

também contará com a colaboração de mais uma técnica para manuseio do

equipamento de IPL, além da técnica em massoterapia.

Quanto à descrição da unidade de atendimento:

A Sens Depil prestará serviços a seus clientes em uma sala comercial

nova, sobre-loja a princípio alugada, com uma área de 90m², sendo propícia e

ampla para a instalação dos equipamentos, seguindo todas as condições

higiênico-sanitárias.

O fluxo de atendimento abrangerá as seguintes etapas:

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Figura 9 - Fluxograma de Atendimento. Fonte: Dados secundários, 2011.

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4.3.6 Síntese das responsabilidades de equipe e dirigentes

A equipe será composta por três mulheres, sendo uma delas a sócia

proprietária, a segunda componente será a técnica em IPL, e a terceira

componente será a massoterapeuta. Lembrando que ainda há o investidor.

A sócia proprietária Jan Carlini Berna, concluirá seu bacharel do curso de

Administração no final do ano de 2011, tem curso técnico em luz pulsada, ficará

responsável por administrar o centro de estética, e quando precisar fazer as

sessões de fotodepilação, fotorejuvenescimento ou as massagens. Jan Carlini

adquiriu conhecimentos sobre o setor de estética, beleza e bem estar a partir de

estudos criteriosos, desenvolvidos para proceder à análise de viabilidade da Sens

Depil e elaborar este plano de negócios. Tem experiência na área financeira, pois

já trabalhou em uma instituição financeira privada e ainda trabalho no setor

administrativo/ finanças de outra empresa privada. Tem vastas experiências no

setor de vendas, pois desde cedo trabalhou em feiras e eventos no qual o foco

principal era venda.

Durante este tempo vendia os produtos da AVON e Natura, no qual

sempre atingiu suas metas. Além de já ter se aventurado em sua própria loja de

acessórios, vestuário feminino e masculino durante quatro meses, na cidade de

Juquitiba, interior de São Paulo S/P. Que até então estava com uma saúde

financeira favorável, mas teve que vender, pois sua família acabava de adquirir um

grande negócio a Roks Restaurantes, setor alimentício, no estado de Santa

Catarina e precisava de sua ajuda.

Após o trabalho intenso de três anos na Roks Restaurantes surge a

necessidade de investir num ramo diferenciado que demonstra constante

crescimento, o setor de estética e beleza. Tendo assim como investidor o

proprietário da Roks Restaurante Sr. Deocir que obtém vasto conhecimento

prático no que se refere a investir bem e certo os valores monetários.

A segunda técnica em IPL auxiliará a sócia proprietária, desde a

abordagem do cliente até a aplicação da IPL. Nos momentos em que a sócia

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proprietária estiver ausente do local Sens Depil, a segunda técnica ficará como

responsável pelos pelo centro de estética.

A massoterapeuta auxiliará quanto à abordagem de clientes quando não

estiver atendendo algum paciente. A sócia proprietária prestara suporte quando

necessário.

4.3.7 Plano de operações

No plano de operações será analisado como a Sens Depil será

administrada, como venderá seus produtos, como efetuará seu controle de

qualidade, como treinará sua equipe (dirigente e funcional), etc.

4.3.7.1 Administração

A empresa terá estrutura hierárquica composta de gerência, técnico

auxiliar, e técnico em massoterapia. No início das operações, a gerência

acumulará as funções principais de administração e manuseio da máquina de IPL

(Luz Pulsada Intensa), terá o auxílio da segunda técnica de IPL que também será

secretária.

A centralização das funções no início das operações, além de ter vista a

redução dos custos operacionais, permitindo que a gerência adquira mais

experiência de gestão e se prepare para o crescimento da empresa.

4.3.7.2 Controle de qualidade

A alta qualidade é uma exigência dos clientes, e para a Sens Depil uma

obrigação, uma vez que os tratamentos têm contato direto com a pele do cliente.

Em vista disso a Sens Depil será extremamente rigorosa e atenciosa em cada

detalhe dos processos efetuados, garantindo qualidade extrema na prestação dos

serviços, na manutenção dos equipamentos e na escolha dos produtos.

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4.3.7.3 As parcerias

Participar de cursos sobre tecnologia, inovação, higiene e qualidade total em

entidades como o Sebrae, Anvisa e até mesmo formar parcerias com

fornecedores que disponibilizam cursos profissionalizantes no setor, é uma forma

de garantir o processo de certificação dos serviços prestados pelo centro de

estética e gerar vínculos de parceria que beneficie ambas as partes.

A Sens Depil estabelecerá parcerias com lojas de cosméticos, farmácias,

centros médicos, centros de estética, salões de beleza e empresas que não

possuem o mesmo serviço, com vista a disponibilizar a seus clientes um produto

diferente.

Também participará e ajudará à realização de feiras e eventos no ramo,

assim proporcionando a aproximação face a face com potenciais clientes de forma

ágil, rápida e inteligente, consequentemente a prestação de serviço aumentará e o

lucro também.

4.4 Plano Financeiro

Um plano financeiro representa o comportamento da empresa ao longo

do tempo, o mesmo pretende apresentar em números as ações planejadas para o

Centro de Estética Sens Depil a fim de visualizar a viabilidade do negócio proposto.

A Sens Depil utilizará o plano financeiro como instrumento para a sua

tomada de decisão, bem como para identificar uma melhor distribuição dos seus

recursos financeiros e para onde focalizar investimentos do seu capital. Com isso

o objetivo de garantir estabilidade financeira para a empresa e cooperar para a

rentabilidade e futuros investimentos.

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4.4.1 Investimento inicial

O investimento inicial apresenta os itens necessários para a implantação

do negócio. Projetou-se um investimento inicial total de R$ 77.710,00, onde o

capital para iniciar o negócio partirá proporcionalmente de recursos próprios da

acadêmica, ou seja, serão descartadas a princípio quaisquer fontes de

financiamento existente no mercado. O quadro a seguir, descreve os itens que

compõem o investimento inicial das Sens Depil:

INVESTIMENTO INICIAL

Projeto Arquitetônico R$ 2.000,00

Obra e Instalações R$ 10.000,00

Móveis e Equipamentos R$ 60.000,00

Estoque Inicial R$ 200,00

Alvará Sanitário R$ 40,00

Bombeiro R$ 70,00

Alvará Prefeitura R$ 400,00

Capital de Giro R$ 5.000,00

TOTAL R$ 77.710,00 Quadro 11 - Investimento Inicial.

Fonte: Dados primários, 2011

O item obra e instalações referem-se à pintura com utilização de

cartonado de gesso para divisão das salas dentre outros. Os móveis e

equipamentos referem-se à máquina de IPL no valor de R$ 50.000,00, um

computador, duas macas, dois armários, balcão para hall de entrada, uma TV,

uma cadeira, duas poltronas. O estoque inicial refere-se a cremes para massagem

e gel que é utilizado após a aplicação da IPL.

O item Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a

empresa precisa manter para garantir a dinâmica do seu processo operacional.

Este item precisa de controle permanente, pois tem a função de minimizar o

impacto das mudanças no ambiente de negócios onde a empresa atua. O

desafio da gestão do capital de giro deve-se, principalmente, à ocorrência dos

fatores tais como: Variação dos diversos custos absorvidos pela empresa,

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aumento de despesas financeiras, em decorrência das instabilidades desse

mercado, baixo volume de vendas, troca do manípulo da máquina de IPL

(efetuada a troca somente após utilizado 90 mil jatos de luz pulsada, prazo médio

de seis meses de durabilidade).

O investimento inicial total é no montante de R$ 77.710,00, onde,

conforme citado anteriormente, o capital para iniciar o negócio será de recursos

próprios da acadêmica, sendo descartadas a princípio quaisquer fontes de

financiamento existente no mercado.

Sendo assim, ilustra-se a seguir um gráfico demonstrando em percentual,

o investimento inicial para implementação do negócio.

INVESTIMENTO INICIAL

3% 13%

77%

0%0%0%1%6%

Projeto Arquitetônico Obra e Instalações Móveis e Equipamentos

Estoque Inicial Alvará Sanitário Bombeiro

Alvará Prefeitura Capital de Giro

Gráfico 2 - Investimento Inicial.

Fonte: Dados primários, 2011.

Referente ao total do montante do investimento inicial será destinado 77%

ao item móveis e equipamentos, 13% que se refere às obras e instalações, 6% do

montante será destinado ao capital de giro, 3% refere-se ao projeto arquitetônico,

sendo o restante, 1% para as demais despesas.

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4.4.2 Projeção dos resultados

Considerado como um dos mais importantes instrumentos de

planejamento, a projeção de resultados possibilita ao empreendedor conhecer o

possível resultado a ser obtido, além de identificar as prováveis causas deste

resultado. Demonstra de forma clara, o aumento ou diminuição da riqueza da

empresa, resumindo o resultado de todos os esforços do período. Gerando, assim,

inúmeras informações para a administração, que poderá planejar as ações,

melhorando o desempenho do negócio. (DOLABELA, 2006).

O primeiro quadro que se apresenta sobre as projeções de resultado

refere-se aos custos com mão-de-obra, conforme quadro 12. Para encargos

sociais foi considerado - FGTS – 8%, sendo que não há a incidência de nenhum,

outro encargo social pois a empresa enquadra-se ao Simples Nacional.

Gastos Mensais com Pessoal

Itens Quant. Funções VALOR MENSAL (R$)

1 1 Operadora Maq. IPL R$ 900,00

2 1 Massoterapeuta R$ 900,00

SOMA R$ 1.800,00

Encargos Sociais (8%)= R$ 144,00

Total=

R$ 1.944,00

Quadro 12 - Gastos mensais com pessoal.

Fonte: Dados primários, 2011.

Para início das operações da Sens Depil, é necessário a admissão de

duas colaboradoras, no qual inicialmente o salário estipulado é de R$ 900,00 para

cada colaboradora. Somando os encargos sociais, o valor total mensal com

pessoal será de R$ 1.944,00.

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127

4.4.3 Despesas Fixas e Variáveis

O segmento de centro de estética optará pelo SIMPLES Nacional -

Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos

pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. Com alíquota de 6% sobre

as vendas brutas mensais.

Tendo conhecido o imposto a ser recolhido, o qual tem seu valor

apresentado no quadro 18, pois seu valor depende do faturamento, o quadro a

seguir demonstra as despesas mensais detalhadas da empresa, totalizando

R$ 6.966,28 por mês, ou R$ 83.595,36 ao ano, conforme quadro 14 a seguir:

DESPESA FIXA MENSAL DESPESA ANUAL

Aluguel R$ 1.200,00 R$ 14.400,00

Funcionários e encargos R$ 2.106,00 R$ 25.272,00

Energia R$ 167,20 R$ 2.006,40

Água R$ 41,80 R$ 501,60

Telefone+internet+cartão R$ 434,08 R$ 5.208,96

Material de expediente R$ 83,60 R$ 1.003,20

Material de limpeza R$ 83,60 R$ 1.003,20

Contador R$ 350,00 R$ 4.200,00

Propaganda e material promocional R$ 836,00 R$ 10.032,00

Pró-labore R$ 1.500,00 R$ 18.000,00

TOTAL DAS DESPESAS R$ 6.966,28 R$ 83.595,36 Quadro 14 – Despesa fixa mensal.

Fonte: Dados primários, 2011

Para o cálculo das despesas fixas, no quadro 14, o item funcionários e

encargos, está incluído a previsão para 13º salário.

Verifica-se no gráfico a seguir, as estimativas das despesas em

percentuais:

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DESPESA FIXA MENSAL18%

29%

2%1%6%1%1%5%

15%

22%

aluguel funcionários e encargos

energia água

telefone+internet+cartão material de expediente

material de limpeza contador

propaganda e material promocional pró-labore

Gráfico 3 – Despesa fixa Mensal. Fonte: Dados primários, 2011.

O gráfico 3 refere-se as despesas mensais do Centro de estética Sens

Depil. A partir deste, verifica-se que 29% do montante de despesas está destinado

a Funcionários e encargos, 22% está destinado a Pró-labore, 18% foi destinado a

Aluguel, 15% do montante foi destinado a Propaganda e material promocional, 6%

das despesas serão vinculadas a telefone + Internet + cartão de crédito e débito

da máquina Cielo, 5% está destinado a gastos com contador, e a energia

corresponde a 2%, sendo para consumo de computador/ som ambiente/ lâmpadas

pois aos gastos com o produto será variável como segue no próximo quadro, 1%

refere-se a água, 1% está destinado a material de expediente e 1% a material de

limpeza.

Quanto as despesas variáveis mensais o valor total é de R$ 334,40,

destes R$ 284,40 será o despesa variável da depilação, sendo que R$ 80,00

refere-se a matéria-prima utilizada nas sessões: gel para depilação, papel para

higienização da cliente e foro descartável da maca. Neste quadro, o valor de

energia elétrica refere-se ao consumo direto da máquina de IPL, enquanto o

consumo de energia elétrica que é demonstrado no quadro 14, refere-se ao uso

geral.

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Para a massagem, o custo de matéria prima mensal é de R$ 100,00 que

compreende ao creme utilizado para a massagem e materiais de higienização

pessoal. A despesa variável anual totaliza o valor de R$ 4.612,80, sendo que

R$ 3.412,80 refere-se a despesa variável da depilação e R$ 1.200,00 será

destinado a despesa variável anual da massagem. Como se observa no quadro 15,

a seguir:

DESPESA VARIÁVEL MENSAL DESPESA MENSAL

DESPESA ANUAL

IPL ( Luz Intensa Pulsada)

matéria-prima (creme + papel + forro da maca) R$ 80,00 R$ 960,00

energia R$ 204,40 R$ 2.452,80

MASSAGEM

matéria-prima (creme + forro da maca) R$ 100,00 R$ 1.200,00

TOTAL R$ 384,40 R$ 4.612,80 Quadro 15 – Despesas Variáveis.

Fonte: Dados primários, 2011

A energia descrita no quadro acima enquadra-se no valor variável, pois a

energia utilizada varia seu consumo conforme for efetuada a utilização da IPL.

Levando em consideração que para cada flash de luz pulsada gasta-se em torno

de R$ 0,053 centavos com energia.

O gráfico 4, apresenta a distribuição entre as despesas variáveis de

matéria-prima.

Despesas Variáveis

62%

38%

matéria-prima IPL matéria-prima Massagem

Gráfico 4 – Despesa Variável.

Fonte: Dados primários, 2011.

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Com base no gráfico 4, verifica-se que as despesas variáveis com a IPL

(62%) são superiores aos gastos com a massagem (38%).

4.4.4 Preço de Venda

Para calcular o preço de venda foi utilizado o método de precificação

baseado em custos, onde primeiramente faz-se o levantamento de todos os

custos, incluindo custos variáveis, custos fixos e o custo de compra, além de

determinar a margem de lucro e um faturamento previsto. De posse destas

informações elabora-se um demonstrativo de resultado conforme o quadro 16 a

seguir:

PREÇO DE VENDA IPL (Luz intensa Pulsada)

FATURAMENTO PREVISTO R$ 15.000,00 100%

DESPESAS FIXAS R$ 6.804,28 45%

DESPESAS VARIÁVEIS (imposto) R$ 900,00 6%

(creme + papel+forro da maca) R$ 284,40 2%

LUCRO DESEJÁVEL 44,5%

CUSTO UNITÁRIO DE AQUISIÇÃO R$ 2,15455

PREÇO DE VENDA DEPILAÇÃO R$ 96,09355

Quadro 16 – Preço de Venda IPL (Luz intensa Pulsada). Fonte: Dados primários, 2011

Portanto, para o cálculo do preço de venda baseado em custos

determina-se os percentuais dos custos fixos e variáveis sobre a projeção de

vendas, e tendo determinado o lucro desejável e conhecido o custo do serviço

utilizou-se a seguinte fórmula.

100

%Margem%%%100(

$)(Venda de Preço

CFCV

RCDS

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Assim, o preço de venda da sessão da IPL estabeleceu-se no valor de

R$ 96,09. no entanto, conforme pesquisa realizada com possíveis clientes,

verificou-se que 80% estariam dispostos a pagar dentre R$ 130,00 a R$180,00.

Portanto, define-se o preço da sessão em R$ 100,00, independente da parte

aplicada.

O preço da sessão da massagem foi estipulado de acordo com a média de

preço cobrado pelo mercado, ficando no valor de R$ 40,00.

4.4.5 Projeção do volume de vendas

Conforme pesquisa realizada, cujos resultados estão apresentados na

página 92 deste trabalho, 99% das participantes interessam-se pela IPL e 100%

pela massagem. Desta forma, projetou-se que serão inicialmente atendidos 10

pacientes por dia, sendo que 6 pacientes apara IPL e 4 pacientes para a

massagem, totalizando no primeiro mês a projeção do volume de vendas de 220

pacientes, conforme quadro a seguir:

Projeção do volume de vendas

Descrição Diário Mês Preço

IPL 6 132 R$ 100

Massagem 4 88 R$ 40 Quadro 17 - Projeção de volume de vendas.

Fonte: Dados primários, 2011.

A Sens Depil, utilizou em seus cálculos para o cenário realista, a projeção

de volume de vendas por dia de 10 pacientes atendidos, sendo estes 6 com a IPL

e 4 pacientes com massagem.

A projeção de vendas para a IPL gera o valor mensal de R$ 13.200,00, e

R$ 3.520,00 para a massagem (sem dedução de impostos). O faturamento líquido

totaliza o valor de R$ 15.716,80 mensais e 188.601,60 anuais. Como segue no

quadro a seguir:

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PROJEÇÃO DE VENDAS VALOR MENSAL VALOR ANUAL

IPL R$ 13.200,00 R$ 158.400,00

MASSAGEM R$ 3.520,00 R$ 42.240,00

FATURAMENTO R$ 16.720,00 R$ 200.640,00

IMPOSTOS R$ 1.003,20 R$ 12.038,40

FATURAMENTO LÍQUIDO R$ 15.716,80 R$ 188.601,60 Quadro 18 - Projeção de vendas.

Fonte: Dados primários, 2011.

Na projeção de vendas, somam-se os rendimentos com IPL + os

rendimentos com a massagem deduzindo o imposto corresponde a 6%, que se

refere ao SIMPLES Nacional.

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4.4.6 Demonstrativo do resultado do exercício

Após obter os dados financeiros a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), oferece uma síntese

financeira dos resultados operacionais e não operacionais. Normalmente são elaborados anualmente para fins de legais

de divulgação e também pode ser utilizada como indicadores que auxiliam as decisões financeiras. Segue abaixo quadro

da DRE do primeiro ao quinto ano do Centro de Estética Sens Depil.

DRE ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

RECEITA BRUTA DE VENDAS R$ 200.640,00 R$ 210.672,00 R$ 221.205,60 R$ 232.265,88 R$ 243.879,17

(-) DEDUÇÕES (6%) -R$ 12.038,40 -R$ 12.640,32 -R$ 13.272,34 -R$ 13.935,95 -R$ 14.632,75

(=) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS R$ 188.601,60 R$ 198.031,68 R$ 207.933,26 R$ 218.329,93 R$ 229.246,42

(-) CUSTO DIRETO DOS SERVIÇOS PRESTADOS -R$ 27.940,80 -R$ 29.337,84 -R$ 30.804,73 -R$ 32.344,97 -R$ 33.962,22

(=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO R$ 160.660,80 R$ 168.693,84 R$ 177.128,53 R$ 185.984,96 R$ 195.284,21

(-) DESPESAS OPERACIONAIS -R$ 58.323,36 -R$ 61.239,53 -R$ 64.301,50 -R$ 67.516,58 -R$ 70.892,41

(=) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO R$ 102.337,44 R$ 107.454,31 R$ 112.827,03 R$ 118.468,38 R$ 124.391,80 Quadro 19 - Demonstrativo do resultado do exercício.

Fonte: Dados primários, 2011.

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Conforme o que se apresenta no quadro anterior da DRE, sobre o valor

total da Receita Bruta de Vendas é deduzido os 6% que refere-se ao SIMPLES

Nacional, deduz-se também o Custo Direto dos Serviços Prestados (IPL e

Massagem) e as Despesas Operacionais, obtendo até o momento o Lucro Líquido

do Exercício do primeiro ano no valor de R$ 102.337,44. Tendo a margem de

contribuição de 85% e o custo direto dos serviços prestados referem-se a 15% dos

100% da receita líquida de vendas.

Considerando o crescimento de 5% ao ano, o segundo ano finaliza com

um Lucro Líquido de R$ 107.454,31. O terceiro ano finaliza seu exercício com um

Lucro Líquido de R$ 112.827,03. O quarto ano finaliza seu exercício anual com um

Lucro Líquido de R$ 118.468,38. E quinto ano do demonstrativo do resultado

finaliza seu exercício anual com um Lucro Líquido de R$ 124.391,80.

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4.4.7 Projeção de fluxo de caixa

Tendo como base o quadro anterior de demonstrativo de resultado, simplifica-se que no período 0 esta com

resultado negativo de R$ -77.200,00 que refere-se ao investimento inicial, no ano 1, no qual já iniciada as atividades da

Sens Depil houve uma receita de vendas no valor de R$ 200.640,00, que após deduzido o total de saídas, tais como

despesas variáveis, despesas fixas, saídas com pessoal e impostos, finaliza o seu exercício anual com um fluxo do

período de R$ 102.337,44.

Conforme quadro a seguir:

FLUXO DE CAIXA ANO 0 ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

INVESTIMENTO INICIAL -R$ 77.710,00

TOTAL DE RECEITA

Receita de vendas R$ 200.640,00 R$ 210.672,00 R$ 221.205,60 R$ 232.265,88 R$ 243.879,17

TOTAL DE SAÍDAS

(-) Despesas variáveis R$ 4.612,80 R$ 4.843,44 R$ 5.085,61 R$ 5.339,89 R$ 5.606,89

(-) Despesas fixas R$ 58.323,36 R$ 61.239,53 R$ 64.301,50 R$ 67.516,58 R$ 70.892,41

(-) Saídas com pessoal R$ 23.328,00 R$ 24.494,40 R$ 25.719,12 R$ 27.005,08 R$ 28.355,33

(-) Impostos R$ 12.038,40 R$ 12.640,32 R$ 13.272,34 R$ 13.935,95 R$ 14.632,75

FLUXO DO PERÍODO -R$ 77.710,00 R$ 102.337,44 R$ 107.454,31 R$ 112.827,03 R$ 118.468,38 R$ 124.391,80 Quadro 20 – Fluxo de caixa.

Fonte: Dados primários, 2011

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4.4.7.1 Ponto de equilíbrio

Com base na DRE foi possível estabelecer o Ponto de Equilíbrio (PE)

ferramenta esta usada por gestores para determinar o faturamento bruto mensal,

ou seja, o valor mínimo que a empresa deve faturar para cobrir todos os gastos.

Conforme cálculo a seguir:

PE = Custos Fixos / Margem de Contribuição

PE = 4.860,28/ 0,85

Ponto de Equilíbrio = R$ 5.717,98 /mês ou anual R$ 68.615,76.

Sendo assim, verifica-se que a Sens Depil deve vender no mínimo

R$ 68.615,76, para não obter prejuízos.

4.4.8 Análise de Investimentos

A análise de investimentos envolve decisões de aplicação de recursos,

com o objetivo de propiciar retorno adequado aos proprietários da Sens Depil.

4.4.8.1 Tempo de retorno de investimento – Payback

Para recuperar o capital investido foi calculado o payback simples e o

paybak descontado. O tempo estipulado aproximadamente para o retorno do

payback simples é de 5 meses e para o payback descontado verifica-se um

retorno de 6 meses. Como segue nos quadros abaixo:

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137

Payback

Tempo Valor Saldo

0 -R$ 77.710,00 -R$ 77.710,00

1 R$ 197.991,84 R$ 120.281,84

2 R$ 207.891,43 5 meses

3 R$ 218.286,00

4 R$ 229.200,30

5 R$ 240.660,32 Quadro 21 - Payback Simples.

Fonte: Dados primários, 2011.

Analisando o quadro 21, verifica-se que no cenário realista o investimento se paga aproximadamente após 5 meses de atividade.

4.4.8.2 Payback descontado

No Payback descontado considera-se o Valor Presente, sendo assim o retorno do investimento ainda encontra-se favorável, como verifica-se no quadro 20 a seguir:

Payback descontado

Tempo Valor VP Saldo

0 -R$ 77.710,00 -R$ 77.710,00 -R$ 77.710,00

1 R$ 197.991,84 R$ 164.993,20 R$ 87.283,20

2 R$ 207.891,43 R$ 144.369,05 6 meses

3 R$ 218.286,00 R$ 126.322,92

4 R$ 229.200,30 R$ 110.532,55

5 R$ 240.660,32 R$ 96.715,98 Quadro 22 - Payback descontado.

Fonte: Dados primários, 2011.

O prazo de retorno do investimento no Payback descontado é de 6 meses,

como mencionado no quadro 22.

4.4.8.3 Valor Presente Líquido

O Valor Presente (VP) especificado para Sens Depil foi de R$ 332.317,68,

calculado pelo valor presente dos fluxos de cada investimento usando a Taxa

Mínima de Atratividade (TMA) como de referência 20%.

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138

n

j ij

FL jIVPLk

1 )1(

O cálculo do Valor Presente Líquido – VPL, leva em conta o valor do

dinheiro no tempo. Portanto, todas as entradas e saídas de caixa são tratadas no

tempo presente. O VPL do investimento é igual ao valor presente do fluxo de caixa

líquido do projeto em análise, descontado a Taxa Média de Atratividade – TMA,

que neste caso foi considerada de 20%a.a., desconsiderando o investimento

inicial. Para o cálculo de VPL utilizou-se a seguinte fórmula:

Onde:

VPL = valor presente líquido da alternativa k;

n = número de períodos do fluxo de caixa;

FLj = cada um dos diversos valores envolvidos no fluxo de caixa (recebimento ou desembolsos) para j = 1,.., n

i = taxa de juros, ou seja, a taxa mínima de atratividade.

Sendo assim, o valor presente líquido da Sens Depil é de R$ 254.607,68.

Mostrando que, o investimento é viável. Pois apresenta um VPL superior a zero,

ou seja, paga a taxa mínima de atratividade e tem um beneficio na data atual de

R$ 254.607,68.

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139

n

ji

j

FL jIVPLK 1

0

*)1(

4.4.8.4 Taxa Interna de Retorno

A Taxa Interna de Retorno – TIR é a taxa “i” que se iguala às entradas de

caixa ao valor a ser investido no projeto da Sens Depil. Em outras palavras, é a

taxa que iguala o VPL de um projeto a zero.

É possível encontrar a TIR através da seguinte fórmula:

Onde:

VPL = valor presente líquido

n = número de períodos do fluxo de caixa

FLj = fluxo líquido (receitas - despesas) para j= 1,.., n;

i* = taxa interna de retorno

Sendo assim, considerando os fluxos reaplicados a mesma taxa, o projeto

da Sens Depil apresenta uma TIR de 134,31% a.a. sendo favorável ao negócio,

pois a mesma é maior que a TMA (Taxa Mínima de Atratividade) estipulada em de

20%a.a.

Considerando os resultados do cenário realista, verifica-se que a

implantação do Centro de Estética Sens Depil é viável, pois apresenta um VPL

positivo no valor de R$ 254.607,68 e uma TIR de 134,31%a.a.

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140

4.4.9 Análise de cenários

A análise de sensibilidade procura determinar o efeito de uma variação de

um determinado item no seu valor total. Para a análise de sensibilidade deste

trabalho foi considerada a variação no faturamento, tanto para o cenário otimista

quanto para o cenário pessimista, permanecendo os custos em seus montantes

iniciais.

Este fator foi considerado especialmente no caso da análise pessimista,

pois conforme defendido em finanças, o ideal para verificar a viabilidade de um

negócio é subestimar as receitas e superestimar os custos.

4.4.9.1 Cenário Otimista

No cenário otimista projetou-se um crescimento de 50% das vendas. Pois,

embasado através da pesquisa junto aos concorrentes, este cenário demonstra-se

normal para quem já atua no mercado.

4.4.9.1.1 Projeção do volume de vendas

Desta forma, projetou-se que serão inicialmente atendidos 200 pacientes

por mês na IPL, e 130 pacientes por mês na massagem, totalizando ao mês 330

paciente atendidos, conforme quadro a seguir:

Volume de vendas mês PREÇO

Depilação 200 R$ 100,00

Massagem 130 R$ 40,00

Total: 330 Quadro 23 - Projeção de volume de vendas.

Fonte: Dados primários, 2011.

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A projeção de vendas para a IPL gera o valor mensal de R$ 20.000,00, e

R$ 5.200,00 para a massagem (sem dedução de impostos). O faturamento líquido

totaliza o valor de R$ 23.688,00 mensais e 284.256,00 anuais. Como se

demonstra no quadro a seguir:

PROJEÇÃO DE VENDAS VALOR MENSAL VALOR ANUAL

DEPILAÇÃO R$ 20.000,00 R$ 240.000,00

MASSAGEM R$ 5.200,00 R$ 62.400,00

FATURAMENTO R$ 25.200,00 R$ 302.400,00

IMPOSTOS R$ 1.512,00 R$ 18.144,00

FATURAMENTO LÍQUIDO R$ 23.688,00 R$ 284.256,00 Quadro 24- Projeção de vendas.

Fonte: Dados primários, 2011.

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142

4.4.9.1.2 Demonstrativo do resultado do exercício

Após obter os dados financeiros a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), oferece uma síntese

financeira dos resultados operacionais e não operacionais. Segue abaixo quadro da DRE do primeiro ao quinto ano do

Centro de Estética Sens Depil.

DRE ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

RECEITA BRUTA DE VENDAS R$ 302.400,00 R$ 317.520,00 R$ 333.396,00 R$ 350.065,80 R$ 367.569,09

(-) DEDUÇÕES (6%) -R$ 18.144,00 -R$ 19.051,20 -R$ 20.003,76 -R$ 21.003,95 -R$ 22.054,15

(=) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS R$ 284.256,00 R$ 298.468,80 R$ 313.392,24 R$ 329.061,85 R$ 345.514,94

(-) CUSTO DIRETO DOS SERVIÇOS PREST. -R$ 27.940,80 -R$ 29.337,84 -R$ 30.804,73 -R$ 32.344,97 -R$ 33.962,22

(=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO R$ 256.315,20 R$ 269.130,96 R$ 282.587,51 R$ 296.716,88 R$ 311.552,73

(-) DESPESAS OPERACIONAIS -R$ 58.323,36 -R$ 61.239,53 -R$ 64.301,50 -R$ 67.516,58 -R$ 70.892,41

(=) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO R$ 197.991,84 R$ 207.891,43 R$ 218.286,00 R$ 229.200,30 R$ 240.660,32 Quadro 25 - Demonstrativo do resultado do exercício.

Fonte: Dados primários, 2011.

Conforme o que se apresenta no quadro anterior da DRE, sobre o valor total da Receita Bruta de Vendas é

deduzido os 6% que refere-se ao SIMPLES Nacional, deduz-se também o Custo Direto dos Serviços Prestados (IPL e

Massagem) e as Despesas Operacionais, obtendo até o momento o Lucro Líquido do Exercício do primeiro ano no valor

de R$ 197.991,84. Lembrando que a margem de contribuição refere-se a 85% e o custo direto dos serviços prestados

referem-se a 15% dos 100% da receita líquida de vendas.

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143

Considerando o crescimento de 5% ao ano, o segundo ano finaliza com

um Lucro Líquido de R$ 207.891,43. O terceiro ano finaliza seu exercício com um

Lucro Líquido de R$ 218.286,00. O quarto ano finaliza seu exercício anual com um

Lucro Líquido de R$ 229.200,30. E quinto ano do demonstrativo do resultado

finaliza seu exercício anual com um Lucro Líquido de R$ 240.660,32.

4.4.9.1.3 Projeção de fluxo de caixa

Tendo como base o quadro anterior de demonstrativo de resultado,

simplifica-se que no período 0 esta com resultado negativo de R$ -77.200,00 que

refere-se ao investimento inicial, no ano 1, no qual já iniciada as atividades da

Sens Depil houve uma receita de vendas no valor de R$ 302.400,00, que após

deduzido o total de saídas, tais como despesas variáveis, despesas fixas, saídas

com pessoal e impostos, finaliza o seu exercício anual com um fluxo do período de

R$ 197.991,84.

Conforme quadro a seguir:

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144

FLUXO DE CAIXA ANO 0 ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

INVESTIMENTO INICIAL -R$ 77.710,00

TOTAL DE RECEITA

Receita de vendas R$ 302.400,00 R$ 317.520,00 R$ 333.396,00 R$ 350.065,80 R$ 367.569,09

TOTAL DE SAÍDAS

(-) Despesas variáveis R$ 4.612,80 R$ 4.843,44 R$ 5.085,61 R$ 5.339,89 R$ 5.606,89

(-) Despesas fixas R$ 58.323,36 R$ 61.239,53 R$ 64.301,50 R$ 67.516,58 R$ 70.892,41

(-) Saídas com pessoal R$ 23.328,00 R$ 24.494,40 R$ 25.719,12 R$ 27.005,08 R$ 28.355,33

(-) Impostos R$ 18.144,00 R$ 19.051,20 R$ 20.003,76 R$ 21.003,95 R$ 22.054,15

FLUXO DO PERÍODO -R$ 77.710,00 R$ 197.991,84 R$ 207.891,43 R$ 218.286,00 R$ 229.200,30 R$ 240.660,32 Quadro 26 – Fluxo de caixa.

Fonte: Dados primários, 2011.

Os anos seguintes obtiveram uma crescente de 5%, sendo que mercado de beleza prevê uma, crescente de 30% para o ano de 2011.

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145

4.4.9.1.4 Ponto de equilíbrio

Com base na DRE foi possível estabelecer o Ponto de Equilíbrio (PE) de

R$ 64.530,11 por ano.

4.4.9.1.5 Análise de Investimentos

4.4.9.1.5.1 Tempo de retorno de investimento – Payback

Para recuperar o capital investido foi calculado o payback simples e o

paybak descontado. O tempo estipulado aproximadamente para o retorno do

payback simples é de 11 meses e para o payback descontado verifica-se um

retorno de 6 meses. Como segue nos quadros abaixo:

Payback

Tempo Valor Saldo

0 -R$ 77.710,00 -R$ 77.710,00

1 R$ 102.337,44 R$ 24.627,44

2 R$ 107.454,31 10 meses

3 R$ 112.827,03

4 R$ 118.468,38

5 R$ 124.391,80 Quadro 27 - Payback Simples.

Fonte: Dados primários, 2011.

4.4.9.1.5.2 Payback descontado

No Payback descontado considera-se o Valor Presente, sendo assim o

retorno do investimento ainda encontra-se favorável, como verifica-se no quadro

28 a seguir:

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146

Payback descontado

Tempo Valor VP Saldo

0 -R$ 77.710,00 -R$ 77.710,00 -R$ 77.710,00

1 R$ 102.337,44 R$ 85.281,20 R$ 7.571,20

2 R$ 107.454,31 R$ 74.621,05 11 meses

3 R$ 112.827,03 R$ 65.293,42

4 R$ 118.468,38 R$ 57.131,74

5 R$ 124.391,80 R$ 49.990,27 Quadro 28 - Payback descontado.

Fonte: Dados primários, 2011.

O prazo de retorno do investimento no Payback descontado é de 11

meses, como apresentado no quadro 28.

4.4.9.1.5.3 Valor Presente Líquido

O Valor Presente (VP) especificado para Sens Depil foi de R$ 642.933,71,

calculado pelo valor presente dos fluxos de cada investimento usando a Taxa

Mínima de Atratividade (TMA) como de referência 20% a.a.

Sendo assim, o valor presente líquido da Sens Depil é de R$ 565.223,71.

Mostrando que, o investimento é viável. Pois apresenta um VPL superior a zero,

ou seja, paga a taxa mínima de atratividade e tem um beneficio na data atual de

R$ 565.223,71.

4.4.9.1.5.4 Taxa Interna de Retorno

Considerando os fluxos reaplicados a mesma taxa, o projeto da Sens

Depil apresenta uma TIR de 259,24% a.a. sendo favorável ao negócio, pois a

mesma é maior que a TMA (Taxa Mínima de Atratividade) estipulada em de 20%.

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147

4.4.9.2 Cenário Pessimista

No cenário pessimista estipulou-se uma redução de 40% nos serviços

prestados, faturamento bruto, com base ao cenário realista.

4.4.9.2.1 Projeção do volume de vendas

Neste caso serão inicialmente atendidos 80 pacientes por mês na IPL, e

53 pacientes por mês na massagem, totalizando ao mês 133 paciente atendidos,

conforme quadro a seguir:

Volume de vendas mês PREÇO

Depilação 80 R$ 100,00

Massagem 53 R$ 40,00

Total: 133 Quadro 29 - Projeção de volume de vendas.

Fonte: Dados primários, 2011.

A projeção de vendas para a IPL gera o valor mensal de R$ 8.000,00, e

R$ 2.120,00 para a massagem (sem dedução de impostos). O faturamento líquido

totaliza o valor de R$ 9.5612,80 mensais e R$ 114.153,60 anuais. Como segue no

quadro a seguir:

PROJEÇÃO DE VENDAS VALOR MENSAL VALOR ANUAL

DEPILAÇÃO R$ 8.000,00 R$ 96.000,00

MASSAGEM R$ 2.120,00 R$ 25.440,00

FATURAMENTO R$ 10.120,00 R$ 121.440,00

IMPOSTOS R$ 607,20 R$ 7.286,40

FATURAMENTO LÍQUIDO R$ 9.512,80 R$ 114.153,60 Quadro 30- Projeção de vendas.

Fonte: Dados primários, 2011.

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148

4.4.9.2.2 Demonstrativo do resultado do exercício

Após obter os dados financeiros a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), oferece uma síntese

financeira dos resultados operacionais e não operacionais. Segue abaixo quadro da DRE do primeiro ao quinto ano do

Centro de Estética Sens Depil.

DRE ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

RECEITA BRUTA DE VENDAS R$ 121.440,00 R$ 127.512,00 R$ 133.887,60 R$ 140.581,98 R$ 147.611,08

(-) DEDUÇÕES (6%) -R$ 7.286,40 -R$ 7.650,72 -R$ 8.033,26 -R$ 8.434,92 -R$ 8.856,66

(=) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS R$ 114.153,60 R$ 119.861,28 R$ 125.854,34 R$ 132.147,06 R$ 138.754,41

(-) CUSTO DIRETO DOS SERVIÇOS PRESTADOS -R$ 27.940,80 -R$ 29.337,84 -R$ 30.804,73 -R$ 32.344,97 -R$ 33.962,22

(=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO R$ 86.212,80 R$ 90.523,44 R$ 95.049,61 R$ 99.802,09 R$ 104.792,20

(-) DESPESAS OPERACIONAIS -R$ 58.323,36 -R$ 61.239,53 -R$ 64.301,50 -R$ 67.516,58 -R$ 70.892,41

(=) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO R$ 27.889,44 R$ 29.283,91 R$ 30.748,11 R$ 32.285,51 R$ 33.899,79 Quadro 31 - Demonstrativo do resultado do exercício.

Fonte: Dados primários, 2011.

Conforme o que se apresenta no quadro anterior da DRE, sobre o valor total da Receita Bruta de Vendas é

deduzido os 6% que refere-se ao SIMPLES Nacional, deduz-se também o Custo Direto dos Serviços Prestados (IPL e

Massagem) e as Despesas Operacionais, obtendo até o momento o Lucro Líquido do Exercício do primeiro ano no valor

de R$ 27.889,44.

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149

Considerando o crescimento de 5% ao ano, o segundo ano finaliza com

um Lucro Líquido de R$ 29.283,91. O terceiro ano finaliza seu exercício com um

Lucro Líquido de R$ 30.748,11. O quarto ano finaliza seu exercício anual com um

Lucro Líquido de R$ 32.285,51. E quinto ano do demonstrativo do resultado

finaliza seu exercício anual com um Lucro Líquido de R$ 33.899,79.

4.4.9.2.3 Projeção de fluxo de caixa

Tendo como base o quadro anterior de demonstrativo de resultado,

simplifica-se que no período 0 esta com resultado negativo de R$ -77.200,00 que

refere-se ao investimento inicial, no ano 1, no qual já iniciada as atividades da

Sens Depil houve uma receita de vendas no valor de R$ 121.440,00, que após

deduzido o total de saídas, tais como despesas variáveis, despesas fixas, saídas

com pessoal e impostos, finaliza o seu exercício anual com um fluxo do período de

R$ 27.889,44.

Conforme quadro a seguir:

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FLUXO DE CAIXA ANO 0 ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

INVESTIMENTO INICIAL -R$ 77.710,00

TOTAL DE RECEITA

Receita de vendas R$ 121.440,00 R$ 127.512,00 R$ 133.887,60 R$ 140.581,98 R$ 147.611,08

TOTAL DE SAÍDAS

(-) Despesas variáveis R$ 4.612,80 R$ 4.843,44 R$ 5.085,61 R$ 5.339,89 R$ 5.606,89

(-) Despesas fixas R$ 58.323,36 R$ 61.239,53 R$ 64.301,50 R$ 67.516,58 R$ 70.892,41

(-) Saídas com pessoal R$ 23.328,00 R$ 24.494,40 R$ 25.719,12 R$ 27.005,08 R$ 28.355,33

(-) Impostos R$ 7.286,40 R$ 7.650,72 R$ 8.033,26 R$ 8.434,92 R$ 8.856,66

FLUXO DO PERÍODO -R$ 77.710,00 R$ 27.889,44 R$ 29.283,91 R$ 30.748,11 R$ 32.285,51 R$ 33.899,79 Quadro 32 – Projeção de Fluxo de caixa.

Fonte: Dados primários, 2011.

Nos anos seguintes o crescimento permanece a 5% ao ano, tanto nas receitas quanto nas despesas.

4.4.9.2.4 Ponto de equilíbrio

Com base na DRE foi possível estabelecer o Ponto de Equilíbrio (PE) de R$ 77.225,44 anual.

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151

4.4.9.2.5 Análise de Investimentos

4.4.9.2.5.1 Tempo de retorno de investimento – Payback

Para recuperar o capital investido foi calculado o payback simples e o paybak

descontado. O tempo estipulado aproximadamente para o retorno do payback

simples é de 2 anos e 8 meses para o payback descontado verifica-se um retorno de

4 anos. Como segue nos quadros a seguir:

Payback

Tempo Valor Saldo

0 -R$ 77.710,00 -R$ 77.710,00

1 R$ 27.889,44 -R$ 49.820,56

2 R$ 29.283,91 -R$ 20.536,65

3 R$ 30.748,11 R$ 10.211,46

4 R$ 32.285,51 2 anos e 8 meses

5 R$ 33.899,79 Quadro 33 - Payback Simples.

Fonte: Dados primários, 2011.

A seguir apresenta-se payback descontado.

4.4.9.2.5.2 Payback descontado

No Payback descontado considera-se o Valor Presente, sendo assim o

retorno do investimento ainda encontra-se favorável, como verifica-se no quadro 34 a

seguir:

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152

Payback descontado

Tempo Valor VP Saldo

0 -R$ 77.710,00 -R$ 77.710,00 -R$ 77.710,00

1 R$ 27.889,44 R$ 23.241,20 -R$ 54.468,80

2 R$ 29.283,91 R$ 20.336,05 -R$ 34.132,75

3 R$ 30.748,11 R$ 17.794,04 -R$ 16.338,71

4 R$ 32.285,51 R$ 15.569,79 -R$ 768,92

5 R$ 33.899,79 R$ 13.623,56 R$ 12.854,65

4 anos Quadro 34 - Payback descontado.

Fonte: Dados primários, 2011.

O prazo de retorno do investimento no Payback descontado é de 4 anos e

um mês.

4.4.9.2.5.3 Valor Presente Líquido

O Valor Presente (VP) especificado para Sens Depil foi de R$ 90.564,65,

calculado pelo valor presente dos fluxos de cada investimento usando a Taxa Mínima

de Atratividade (TMA) como de referência 20%.

Sendo assim, o valor presente líquido da Sens Depil é de R$ 12.854,65.

Mostrando que, o investimento é viável mesmo considerando uma queda de 40%

nas vendas e mantendo os custos. Pois apresenta um VPL superior a zero, ou seja,

paga a taxa mínima de atratividade e tem um beneficio na data atual de

R$ 12.854,65.

4.4.9.2.5.4 Taxa Interna de Retorno

Considerando os fluxos reaplicados a mesma taxa, o projeto da Sens Depil

apresenta uma TIR de 27,06% a.a. sendo favorável ao negócio, pois a mesma é

maior que a TMA (Taxa Mínima de Atratividade) estipulada em de 20%.

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153

Dessa forma, verifica-se que o negócio é viável nos três cenários

apresentados, realista, otimista e pessimista, sendo portanto, uma oportunidade de

investimento.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tendo em vista um Centro de Estética como uma boa oportunidade de

negócio, elaborou-se para este ramo de atividade um Plano de Negócios como tema

para o Trabalho de Conclusão de Estágio. Objetivando o planejamento deste

empreendimento foi possível atender aos propósitos que consistiram em realizar um

diagnóstico do ambiente, definir o negócio e elaborar os planos: marketing,

operacional, recursos humanos e o financeiro. Além de realizar uma análise de

mercado;

Firmando-se, que a partir deste trabalho as regulamentações impostas pelas

legislações vigentes exigem do gestor e dos profissionais da área maior atenção e

cuidados com segurança e higiene na prestação de serviço, já que a saúde é um

tema que deve ser tratado com muita serenidade pelos órgãos públicos e pela

equipe de colaboradores do centro de estética. Outra forma de estar sempre em dia

com a legislação vigente é ter o apoio do contabilista da empresa para prestação de

serviços de assessoria contábil, serviços fiscais frequentes, além da atenção voltada

ao aprimoramento constante à tecnologia de ponta.

Para se iniciar qualquer empreendimento deve-se ter conhecimento suficiente

do setor, do negócio e principalmente sobre a legislação vigente, com isso, a

complexidade do trabalho proporcionou a acadêmica um aprendizado fundamental

para quem almeja o título de bacharel em administração. Este conhecimento pode

ser coligado também através de sociedades com pessoas que já possuem o

conhecimento ou formação na área em que se deseja atuar.

O acompanhamento às notícias e tendências do setor, se torna fundamental

ao gestor, seja qual for o negócio, afinal o mercado não é estático, sendo assim, a

empresa também não deve ser estática. Até mesmo planejamentos em longo prazo

devem ser constantemente revisados, já que as oportunidades e ameaças surgem

diariamente.

A busca pela qualificação profissional torna-se um diferencial fundamental aos

centros de estéticas, visto que a demanda dos consumidores cada vez mais é por

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produtos e serviços com tecnologia e qualidade comprovada. Participar de cursos

sobre tecnologia, inovação, higiene e qualidade total em entidades com o Sebrae,

Anvisa e até mesmo formar parcerias com fornecedores que disponibilizam cursos

profissionalizantes no setor, é uma forma de garantir o processo de certificação dos

serviços prestados pelo centro de estética.

Dentre as dificuldades para operacionalizar um centro de estética pode-se

citar a falta de mão-de-obra qualificada, e a falta de cobrança da legislação em

relação a salões de beleza que atuam informalmente gerando uma concorrência

desleal e abusiva para com os empresários corretos e éticos com o governo e com a

sociedade.

Entretanto, pode-se declarar que o planejamento realizado atende ao proposto

e serve como base para estudos mais aprofundados.

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156

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ANEXOS

Anexo A: Questionário – Pesquisa de Mercado

FOTODEPILAÇÃO

A Fotodepilação consiste na eliminação do pêlo através da luz. O

calor é absorvido pela melanina presente no pêlo, provocando um superaquecimento do

folículo piloso e das células germinativas que ficam ao seu redor, destruindo o folículo e

os vasos que o nutren. O tratamento é unissex e indolor, sendo necessária entre quatro a

oito sessões por área do corpo, a luz ainda auxilia o rejuvenescimento e ao clareamento

da pele e/ou coloração uniforme da pele. Os dados desta pesquisa serão utilizados para elaboração

de trabalho de estágio, conto com a sua colaboração e sinceridade.

Idade:_______________.Sexo: Fem( ) Masc( ) Profissão:______________________.

Renda Aproximada:______________. Cidade e bairro que reside:_________________.

Lhe interessa a fotodepilaçao: Sim( ) Não ( ) Se não, Porque? _________________.

Qual região do corpo você faria: Busto( ) Face( ) Axilas( ) Virilha( ) Pélvica( )

Pernas( ) Coxas( ) Outros( )__________________________________.

Qual seria o investimento que estaria disposto a pagar por sessão? (Lembrando que a

depilação a laser esta em torno de R$ 300,00 a sessão) R$_______________.

O que você acha mais interessante em um centro de estética?_____________________

_________________________________________________________________________.

De a sua sugestão referente ao que falta em um centro de estética, que ainda não tem na

região? ________________________________________________________________.

Você indicaria a algum conhecido a Fotodepilação:

Sim( ) Se me perguntassem comentaria( ) Não( ) Porque? ____________________

Gostaria de esclarecer alguma dúvida? Qual? __________________________________

_________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________.

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Nome (se quizer): _________________________________.

Telefones para Contato (se quizer):______________________________.

Ao comparar o preço e resultados da Fotodepilação com qualquer outra técnica de depilação,

concluirá que a Fotodepilação é uma opção economicamente vantajosa e viável, em consequência dos avanços tecnológicos e da grande adesão que esta técnica tem tido em todo o mundo.

MUITO OBRIGADA!